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HIDROLOGIA FISICA
GEOMETRIA DOS MOVIMENTOS DA TERRA
Lembrando Definições
ALTITUDE SOLAR () - ângulo que o eixo Sol-Terra faz com a horizontal.
LATITUDE () - ângulo do raio terrestre de um local com o plano equatorial.
DECLINAÇÃO SOLAR () - ângulo que o eixo Sol-Terra faz com o plano equatorial.
ANGULO HORÁRIO (h) - ângulo que o eixo Sol-Terra faz com o meridiano local.
CAMINHO ÓPTICO (m) - espessura da atmosfera na direção do eixo Sol-Terra.
por nascer
do Sol do Sol
+ hn - hn
Sol
Sol
Sol
m m90
Atmosfera Terra
capítulo 5 5. 2
Vimos também que o movimento diurno dos astros (de leste para oeste) é um reflexo do
movimento de rotação da Terra (de oeste para leste). Ao longo do dia, todos os astros
descrevem no céu arcos paralelos ao Equador. A orientação desses arcos em relação ao
horizonte depende da latitude do lugar. Por exemplo:
Nos pólos ( = 90): Todas as estrelas no hemisfério do observador permanecem 24h acima do
horizonte (não têm “nascer” nem “ocaso”) e descrevem no céu círculos paralelos ao horizonte.
As estrelas do hemisfério oposto nunca podem ser vistas.
No equador ( = 0): Todas as estrelas nascem e se põem, permanecendo 12h acima do horizonte e
12h abaixo dele (sem serem vistas). A trajetória das estrelas são arcos perpendiculares ao
horizonte. Todas as estrelas do céu (dos dois hemisférios) podem ser vistas ao longo do ano.
Angulos Sol-Terra
Na região entre os Trópicos (-23,5° e +23,5°), chamada de “região tropical”, o Sol passa pelo
zênite duas vezes por ano, com exceção das duas linhas dos Trópicos, onde a culminação zenital
se dá uma única vez. Acima ou abaixo dos Trópicos, o Sol nunca passa pelo zênite. Nas
regiões dentro dos Circulos Polares (-66,5° e +66,5°), o Sol permanece 24 horas acima do
horizonte durante verão e 24 horas “abaixo” durante inverno.
capítulo 5 5. 4
Pense sobre o fato de: Num ponto sobre os Trópicos haver um único dia no ano, em que
o Sol estará em seu completo zênite - no solstício de verão do respectivo hemisfério. Nos pontos
entre os Trópicos haverá dois dias no ano, na condição de "sol-a-pino". No Equador esses 2 dias
são os equinócios (21/Mar-Set), separados de 182 dias.
Ao norte do Trópico de Cancer e ao sul do Tropico de Capricórnio, o Sol nunca estará a pino.
Pense sobre o fato de: O dia de maior declinação solar é o dia de maior altitude solar. No Rio de
Janeiro, latitude de 22,9°, no dia 21/12 (solstício), o valor de z será 22,9 -23,5 = 0.6°... portanto, a altitude
solar será de 90-0,6 = 89,4°.
No Rio de Janeiro, latitude de 22,9°, no dia 21/06 (solstício), o valor de z será 22,9+23,5 = 46,4°...
portanto, a altitude solar será de 90-46,4 = 43,6°.
............................................ Esse assunto será visto no futuro ............................................
Como já visto, o dia do ano, por sua vez, pode ser determinado pela declinação solar. Veja na
tabela o valor da Declinação Solar para o primeiro dia de alguns meses do ano.
JAN MAR MAI JUL AGT OUT DEZ
Dia 01 0
- 23 27' 0
- 07 53' 0
+ 14 27' 0
+ 23 10' 0
+ 18 14' 0
- 02 53' - 210 40'
Veja também o comprimento máximo e o mínimo do dia solar (desde o início do aparecimento
da esfera solar até o seu final) para algumas latitudes.
As figuras anteriores ilustram as diversas durações do dia solar, variando com a latitude e com o
dia do ano. Vimos que nas regiões equatoriais, a insolação é alta ao longo de todo o ano, uma
vez que o ângulo solar é sempre alto e a duração do dia solar é pouco variável. Portanto, nessas
regiões não se percebe bem as estações do ano. Inversamente, nas regiões polares a distribuição
anual de insolação é acentuada. No inverso polar quase não há insolação direta, embora alguma
radiação (inclusive da faixa visível) chegue à superfície. Já no verão polar a insolação é baixa,
mas ocorre por longo período ininterruptamente, o que acaba por gerar uma grande incidência
de energia, que irá provocar degelo e evaporação na região.
No solstício de verão, quando o hemisfério deveria estar recebendo o máximo de energia solar,
seria esperado ter-se o mês de máxima temperatura. Isso não é verdadeiro, pois há um lag de
cerca de um mês entre o mês de máxima energia solar e de máxima temperatura. A variação
diária de temperatura é derivada do movimento de rotação em torno do eixo terrestre. Após o
nascer-do-sol a superfície começa seu aquecimento. No dia sem ventos, o processo de
condução eleva o calor da superfície para a atmosfera por um pequenino comprimento (~1 cm),
quando então atua o processo de difusão molecular do ar aquecido por uns poucos metros. Com
o vento, a ascensão do calor se dá com maior intensidade, elevando as moléculas aquecidas à
altitudes bem maiores, que chegam a centenas de metros. A hora de maior temperatura também
ocorre com um lag em relação à hora de maior insolação (meio-dia solar). Na parte da tarde,
percebe-se uma incidência extra de energia (infravermelha) proveniente da atmosfera aquecida.
A junção dessas duas radiações é que define a hora de maior temperatura.
Pela evapotranspiração, a umidade do solo, cobertura vegetal e água superficial reduzem o valor
da temperatura máxima diária da região. A evaporação é um dos mais eficientes processos de
resfriamento, pois retira cerca de 600 calorias da superfície para cada grama de água evaporada.
Após o pôr-do-sol, decresce a insolação. A superfície começa a receber cada vez menos energia,
até que a energia emitida torna-se igual a recebida. A partir daí, a superfície começa a resfriar-
se. Como a terra é melhor condutor de calor do que o ar, a superfície esfria-se mais rápida
mente que a atmosfera. Isso pode levar à situação de o ar bem próximo à superfície ser mais
frio do que o ar mais elevado, o que não é o esperado para o gradiente de temperatura do ar. O
resfriamento da superfície é maior se: - a noite é longa
- a umidade atmosférica é baixa
- a atmosfera é limpa
Lembremos a lei da energia radiante (Lei de Wien) que diz que o comprimento de onda da
radiação de maior intensidade será inversamente proporcional à temperatura absoluta do corpo
emissor max = 2897 / T. Assim, comparando o Sol, cuja temperatura é de cerca de 6000 oK, com
a Terra, cuja temperatura é de cerca de 290oK, pode-se estimar os valores de max :
SOL: max = 2897 / 6000 = 0,48 m
TERRA: max = 2897 / 290 = 9,99 m
Ângulo Zenital
Veja abaixo o ângulo Z para um ponto X no meio-dia solar, com Altitude Solar menor que 90o.
Sol
X
P
Imagine a Terra com seu centro no centro de dos 3 eixos cartesianos. A Linha NS é o EIXO Z.
A linha OE está no EIXO Y e ortogonal à NS e à OE será o EIXO X. Veja agora um corte na
Terra, de modo a isolar um “gomo” do globo (gomo N;1;S;2;N). O plano NES é o plano
cartesiano YZ.
capítulo 5 5. 7
Seja OS o eixo Sol-Terra... Essa linha estará contida no plano meridional N2S.
Seja OV o zênite do ponto P... Essa linha estará contida no plano meridional N1S.
(Repare que esse plano não contem a linha PS)
Seja o ângulo 2OX (ou EOX) a Declinação Solar desse dia do ano.
N V
S
P . . S
Assim, podemos verificar que o ÂNGULO ZENITAL Z será o ângulo XOP (ou SPV). Isto é, o
ângulo zenital é o ângulo formado entre o plano da área unitária iluminada e sua projeção no
plano ortogonal ao feixe luminoso. É, pois, o ângulo entre as normais desses planos (PV e PS).
Vamos agora projetar esses vetores nos três planos cartesianos, de modo a permitir o cálculo
doas coordenadas dos vetores PV e OS.
capítulo 5 5. 8
Z
PV: sen
PS: sen
V
S
S
P .
90 - X .
PV: cos sen h h
PS: zero
X .
P
PV: cos cos h
PS: cos
PS Y
PV
Ângulo Zenital: Projeção no Plano XZ Projetando o vetor PV sobre o plano XZ, teremos
uma linha com ângulo de projeção igual a (90 - h).
Projetando o vetor PS sobre XZ teremos uma linha com ângulo de projeção igual a (90 – ).
(cos sen h) 0
PV = (cos cos h) PS = cos
sen sen
Pela fórmula do Produto Escalar, o cosseno do ângulo entre os vetores será o cosseno do ângulo
zenital e definido como abaixo:
A declinação (ângulo entre os raios solares e o plano equatorial) é igual a latitude onde o Sol
culmina zenitalmente. Assim, o ângulo zenital é o número de graus de latitude que separa a sua
localização da declinação do Sol. Por exemplo, qual é o ângulo de elevação solar ao meio dia,
no dia 21 de junho, em uma cidade localizada na latitude 44º N?
Temos que ao meio-dia, = 90 – z ... mas o ângulo zenital depende da declinação solar.
Como é dia 21/junho, a declinação solar é 23,5º. Então, o ângulo zenital será
z = -
Assim, nessa cidade o valor máximo de ( ao meio dia) será (90º - 20,5º) = 69,5º. Isto é, ao
meio dia de 21 de junho, na latitude 44ºN, o Sol aparecerá 69,5º acima do horizonte.
Assim, nessa outra cidade o valor máximo de ( ao meio dia) será (90º - 67,5º) = 22,5º. Isto
é, ao meio dia de 21 de junho, na latitude 44ºS, o Sol aparecerá 22,5º acima do horizonte.
EXERCICIOS
= - 70
(2) No polo norte, durante o dia polar, um observador vê o Sol se elevar no horizonte por
um período de 3 meses... para em seguida ver o Sol declinar até o horizonte por mais 3 meses.
Qual será a Elevação Solar máxima vista pelo observador ?
cos Z = sen
Isto é, e Z são ângulos complementares e, portanto, o menor valor de Z será quando ocorrer a
maior Declinação Solar
Assim, quando ocorrer o dia de maior Declinação Solar irá também ocorrer a maior Elevação
Solar no polo norte... ambos com o mesmo valor... de 23o 27'.
(3) Logo após passar pelo Equinócio de Outono, o polo começa a noite de 24 horas. A
cada dia que passa, maior será a calota sob noite de 24 horas, isto é, menor será a latitude coberta
com noite de 24 horas.
Em quais dias ocorrem as noites de 24 horas para as latitudes: = 70; = 80 e = 90 ?
tg = - cotg
(4) Prove que, no Equador, todo o dia do ano tem insolação por 12 horas. Prove também
que, no Equinócio, o mesmo ocorre em todas as cidades da Terra.
cos h = - tg tg
Portanto:
No Equador ( = 0) a equação acima é verdadeira para qualquer valor de , isto é para qualquer
dia do ano.
No Equinócio ( = 0) a equação acima é verdadeira pra qualquer valor de , isto é para qualquer
cidade da Terra.