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ACELERAÇÃO DE PROJETOS
1.1. Aceleração de Projetos: Conceito de Crashing

Ao elençarmos todas as atividades de um projeto, com as respectivas durações e recursos alocados,


teremos o prazo do projeto. Pode ocorrer que este prazo atenda às necessidades do
empreendimento, porém é muito comum se buscar um prazo menor para a realização do projeto. Há
algumas técnicas utilizadas para este propósito, das quais hoje abordaremos o “crashing”,
eventualmente denominado PERT-custo.
Esta técnica se baseia no fato de que algumas atividades podem, sob certas circunstâncias, serem
aceleradas, ou seja, serem realizadas em menor prazo. Ou seja, trata-se de um método para encurtar
a duração de um projeto, ao menor custo possível, utilizando conceito de custo de aceleração.
Normalmente, a primeira ideia que ocorre é o aumento de recursos, seja em quantidade, seja pela
adoção de mais turnos de trabalho, ou ainda pela prática de horas-extras. Muitas fontes de referência
definem crashing como sendo o aumento de recursos, porém, ainda que esta seja uma opção muito
comum, há outras maneiras de acelerar tarefas.
Uma atividade de concretagem pode ser acelerada com a utilização de aceleradores de cura, uma
pintura pode ter sua secagem abreviada por métodos térmicos de secagem, processos de solda
manuais, com eletrodos revestidos, podem ser substituídos por processos automáticos ou
semi-automáticos.
Serviços de manutenção ou montagem no interior de uma torre podem ter restrições relativas à
quantidade de trabalhadores em seu interior, pela sobreposição de serviços, os quais poderiam ser
evitados, permitindo a alocação de maior efetivo nestes serviços, caso exista a possibilidade de
remover a torre e colocá-la em um berço, na horizontal. O mesmo raciocínio pode ser aplicado ao
refratamento de uma chaminé de grande porte.
Todas estas alternativas elencadas para a redução do prazo de realização das atividades tem um traço
em comum: implicam em maiores custos. Portanto, caberá ao Gestor do Projeto selecionar as
alternativas que impliquem em menores aumentos de custos.

1.2. Aceleração de Projetos: Custo de Aceleração

Para nortear esta tarefa de seleção, um parâmetro importante é o chamado Custo de Aceleração,
definido como a razão entre o aumento do custo e o ganho de prazo. Simbolicamente, teremos:

CA  CN s
CDA  
DTN  DTA t
Onde,

CDA = Custo de aceleração


CA = Custo da obra acelerada
CN = Custo da obra realizada no tempo normal
DTN = Tempo de duração da obra executada normalmente
DTA = Tempo de duração da obra executada acelerada

Obviamente, devemos escolher em primeiro lugar para aceleração as atividades de menor custo de
aceleração. No entanto, há um cuidado a ser tomado: diminuir uma atividade que não pertença ao
caminho crítico não irá reduzir o prazo do projeto.
Portanto, devemos escolher atividades do caminho crítico e que tenham os menores custos de
aceleração. Porém, ao reduzirmos as durações de atividades do caminho crítico, o caminho crítico
pode mudar.

Podemos imaginar, por exemplo a execussão de uma construção de um edifício, onde a armação faz
parte do caminho crítico e ao ser acelerada utilizando um novo método deixa de fazer parte do
caminho crítico ou mais demorado. Não necessariamente a aceleração vai tornar a obra mais cara,
em alguns casos, quando a mão de obra é específica e cara e se utiliza um material um pouco mais
caro para minimizar o tempo é possível se obter uma economia maior na mão de obra do que o
aumento do custo do material.
De toda forma, se faz necessária uma expertise das etapas da obra e dos tipos e preços de materiais,
máquinas e mão-de-obra para fazer uma aceleração de projeto com eficácia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

LIMER, C. V. Planejamento, Orçamentação e Controle de Projetos e Obras. Editora LTC.


2007

EXERCÍCIOS
1. Elabore o fluxograma e o cronograma da obra de uma casa, identificando o caminho crítico e
mostre como seria possível acelerar a obra.
2. Em uma determinada obra foi decidido utilizar um material mais caro, que custou cerca de 2 vezes
mais que o convencional mas reduziu o tempo da obra de 15 para 10 dias. Considerando que o custo
diário da mão de obra foi mantido em cerca de R$ 3700,00 e o custo total da obra foi de
R$ 120.000,00. Calcule:
(a) O CDA em reais/dia.
(b) O CN em reais
3. Considere que uma montadora de divisórias, decide mudar o material das divisórias de madeira
para PVC. Suponha que o custo da madeira é inferior ao de PVC, porém a mão de obra para montar
divisórias de PVC é mais barata e o tempo é menor. O CDA calculado foi igual a R$ 12,50/h, supondo
que o custo normal (CN) é a metade do Custo Acelerado (CA) e que o tempo de duração da obra
executada acelerada (DTA) foi de 12 dias, qual seria o tempo normal de execussão da obra
considerando que o custo normal da obra seria de R$72.000,00.
4. Defina aceleração de obras?

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