Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DA IGREJA
Sumário
O espírito da equipe................................................................61
A disciplina na igreja........................................................... . 83
Pontos positivos
❖ E o modelo de governo que dá mais agilidade à igreja.
Tudo só depende da aprovação de uma pessoa. Assim,
não existe burocracia.
❖ O pastor decide fazer, quem vai fazer e o que vai ser
feito. Tudo é resolvido de forma rápida e ágil.
❖ Os casos de disciplina também são rapidamente resol
vidos, trazendo a devida ordem à comunidade.
Pontos negativos
♦ > E desnecessário dizer que a concentração de poder na
mão de uma única pessoa é algo muito perigoso.
♦♦♦ Os erros do pastor podem desviar para sempre sua igre
ja, uma vez que não há uma autoridade superior para
trazer o equilíbrio.
♦♦♦ Em caso de desvio de conduta pessoal do pastor, não
haverá ninguém para exortá-lo.
❖ Nos casos de haver injustiças na aplicação da discipli
na, o membro da igreja ficará sem ter a quem recorrer,
prejudicado.
❖ Esse modelo também dá margem para perseguições de
oponentes, ainda que esses estejam com a razão, bem
como o beneficiamento e falta de disciplina para alia
dos. Todos esses problemas são decorrentes do poder
absoluto de um pastor ou líder.
Pontos negativos
♦ > Em qualquer igreja, há pessoas maduras e pessoas ima
turas, mas, nesse tipo de governo, todas podem votar.
A palavra de um novo convertido tem o mesmo valor
da palavra de um ancião. Esta é uma das maiores difi
culdades desse regime de governo da igreja.
❖ A situação é muito constrangedora no caso de disciplina
de um membro. Nesse caso, não é raro a assembléia cair
no confronto direto entre pessoas e grupos.
❖ A morosidade na tomada de decisão complica muito o
processo de liderança.
❖ Como qualquer membro pode ser eleito, a liderança
pode tornar-se frágil e inexperiente.
Pontos positivos
❖ Esse tipo de governo está livre tanto dos perigos do
poder concentrado nas mãos de apenas uma pessoa
quanto da participação de pessoas imaturas numa de
cisão democrática.
❖ Ele pressupõe que os homens mais preparados da
igreja são eleitos pelos membros em assembléia para
governá-la.
❖ A igreja é autônoma e livre para escolher seus represen
tantes, baseada nas condições pré-estabelecidas na Bíblia
para a ordenação de um presbítero (o problema é que
só os mais proeminentes são eleitos).
❖ Em casos de disciplina de um membro, o conselho da
igreja tem condições de tratar o faltoso e aplicar-lhe a
pena necessária para trazê-lo de volta aos caminhos da
Palavra de Deus.
❖ Em caso de problemas com o conselho da igreja local, um
membro sempre pode recorrer a outro conselho superior.
❖ Isso diminui bastante a possibilidade de injustiças e erros
na condução da igreja local.
Pontos negativos
*1* Como a congregação não participa das decisões, isso
acaba dando margem para críticas ao conselho.
*1* Nesse tipo de governo, os processos se desenrolam de
forma muito lenta. Existe uma grande burocracia e o
pastor fica limitado pela diretoria.
♦♦♦ Normalmente, esses conselhos debatem os assuntos por
muito tempo até chegarem a um acordo. Existe muita
política entre grupos que compõem a diretoria.
♦♦♦ O pastor não pode tomar as decisões sozinho, e algumas
vezes é difícil conseguir reunir os membros da diretoria.
♦♦♦ Essa demora nas decisões poder dar uma impressão
de desgoverno e abandono da igreja, uma vez que
somente os membros da diretoria podem decidir os
rumos a serem tomados e quase nunca o fazem com a
agilidade necessária.
*t* Os membros da diretoria comumente não são homens
conhecedores da Palavra e nem cheios do Espírito o que
gera uma grande perda para a obra de Deus.
4 . O governo central
Nessa forma de governo, a igreja é controlada externa
mente por uma diretoria regional ou nacional, ou por alguma
organização externa. Esse controle externo pode ser feito pelo
Estado - como em alguns países europeus - , por uma diretoria
denominacional, por um bispo ou por um supremo pontífice.
Nesse tipo de governo, náo podemos dizer que existe uma
igreja local autônoma como estamos acostumados a ver nos
outros tipos de governo. O pastor local é apenas um adminis
trador dos programas, que são decididos e administrados por
uma diretoria externa.
Quando há um problema na igreja local, a diretoria regio
nal ou nacional tem autoridade sobre a igreja local. Normal
mente, essa autoridade acontece porque é dona do prédio da
igreja. Podem também remover o pastor e destituir a diretoria
da igreja de acordo com suas diretrizes.
Creio que podemos dizer que as denominações neopen-
tecostais brasileiras possuem um sistema de governo central
(Universal do Reino de Deus, Igreja do Poder de Deus e Igreja
da Graça). O pastor local não possui autonomia para fazer coisa
alguma e se trata mais de um funcionário do escritório central. A
igreja local não possui vida própria porque os membros apenas
participam de cultos e campanhas e não produzem nenhuma
atividade de forma independente.
Nesse tipo de governo, não existe o conceito de igreja
local autônoma, portanto ná.o vamos nos deter estudando
suas características.
Ponto positivos
❖ O presbítero não é eleito, mas é discipulado pelo pastor.
❖ Como não há eleição, não há o risco de pessoas imaturas
serem colocadas no presbitério.
❖ Somente são aceitos como presbíteros homens que pos
suem um chamado e encargo ministerial.
❖ Todas as decisões são tomadas a partir de um consenso
de todos os presbíteros. Portanto, não existe o risco re
presentando pelo governo de um só homem.
❖ Existe uma autoridade superior fora da igreja local que
pode corrigir eventuais desequilíbrios.
❖ Existe uma pluralidade na liderança de todas as áreas
da igreja local.
❖ Não há presbítero nominal que apenas toma decisões,
mas todos possuem encargo pelo apascentamento.
Ponto negativos
❖ O maior risco desse tipo de governo é o presbitério se
tornar subserviente ao pastor e não participar ativamente
das decisões. Como são discípulos, podem se sentir cons
trangidos em discordar de alguma posição do pastor.
♦ > O pastor pode eventualmente pensar que sua autoridade
é maior que a do presbitério.
P rincípios de governo no
V elho T estamento
A unidade da família
O exemplo de Moisés
Podemos encontrar na vida de Moisés três exemplos do
princípio da equipe ministerial. O primeiro é quando o Senhor
o envia a Faraó junto com Arão.
Ele falará por ti ao povo; ele te será por boca, e tu lhe serás por
Deus (Êx 4.16).
A oliveira
Primeiramente, eles procuraram a oliveira, mas ela se recu
sou a aceitar. A oliveira fala de unção, e poderiamos dizer que
ela representa o ministério do grande pregador.
A figueira
A figueira também recusou o convite. Alguns ministérios
estão tão envolvidos com a tranquilidade e a doçura de seus
estudos que se recusam se envolver na turbulência de liderar
outros. Creio que a figueira aponta para o ministério do mestre.
A videira
A videira também recusou o convite por causa do seu vi
nho, que traz alegria. Este é aquele tipo de ministério focado
na alegria do Senhor. Talvez sejam grandes ministros de louvor.
O espinfieiro
O espinheiro rapidamente aceitou liderar as árvores.
Nos dias do Velho Testamento, o espinheiro era usado para
construir cercas para proteção contra animais selvagens. Essas
cercas eram particularmente usadas ao redor de apriscos para
proteger as ovelhas. Muitos pastores possuem o ministério de
proteger o rebanho.
O ponto central que quero enfatizar nessa parábola é que
diferentes indivíduos possuem diferentes ministérios necessários
na igreja local. Ter a igreja governada por apenas um homem
pode resultar em desequilíbrios.
A multidão de conselheiros
Três vezes se menciona a multidão de conselheiros no livro
de Provérbios.
Não havendo sábia direção, cai o povo, mas na multidão de
conselheiros há segurança (Pv 11.14).
Os santos
Os santos são todos os crentes da igreja de Filipos. Não
são apenas um grupo selecionado, mas todos os irmãos que
compõem a casa de Deus.
Os diáconos
São aqueles encarregados de suprir as necessidades naturais
dos santos e trazer ordem para a casa de Deus. Como não é
nossa intenção tratar do trabalho dos diáconos hoje, não vamos
nos deter no seu ministério.
Os presbíteros ou bispos
Um dos problemas que temos hoje é a quantidade de títu
los entre os cristãos usados para descrever o ministério: carde
ais, arcebispos, bispos, presbíteros, pastores, superintendentes,
supervisores, anciãos, papas, vigários, sacerdotes e reverendos.
Como resultado, existem uma variedade de posições e um nú
mero de hierarquias que foram desenvolvidas.
Na Bíblia, Deus usa muitas palavras diferentes para des
crever a mesma coisa. Por exemplo, Ele usa cerca de setenta
palavras para descrever a igreja. A mesma coisa acontece com os
ministros da igreja. Há diferentes palavras no grego, mas todas
elas descrevem a mesma coisa. Precisamos ser cuidadosos porque
alguns tomam a palavra “bispo” e constroem uma hierarquia
de bispos na igreja. Outros tomam a palavra grega traduzida
como “anciãos” ou “presbíteros” e constroem uma hierarquia
com base nessas palavras. E há ainda os que escolhem a pala
vra “pastor” e estabelecem igrejas tendo pastores como líderes.
Ancião ou presbítero
A palavra “ancião” era uma palavra com a qual os primeiros
cristãos estavam familiarizados por causa da sua origem judaica.
Anciãos eram usados desde os dias de Moisés (Nm 11.16). An
ciãos acompanharam Josué na conquista da terra (Js 7.6). O
Sinédrio era constituído de anciãos (Mt 26.3). E cada sinagoga
era liderada por anciãos.
Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como
eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-partici-
pante da glória que há de ser revelada (1 Pe 5.1).
Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como
eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-parti-
cipante da glória que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de
Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas esponta
neamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de
boa vontade (1 Pe 5.1-2).
Pastor
A palavra “pastor” é a tradução da palavra grega poimen.
Essa palavra é usada dezoito vezes no Novo Testamento. Em
quinze ocorrências, ela é traduzida como “pastor de rebanho”,
especialmente nos evangelhos. Em duas vezes, refere-se ao Se
nhor Jesus (Hb 13.20; 1 Pe2.25). Somente uma vez é traduzida
como pastor no sentido que usamos na igreja (Ef 4.11).
O verbo poimaino é traduzido como “pastorear” e aparece
dez vezes em nossas Bíblias. Dessas, três vezes tem o sentido
de “pastorear o rebanho de Deus” (Jo 21.16; At 20.28; 1 Pe
2.5). A palavra que usamos para nos referir ao ministro como
“pastor” era completamente desconhecida pela igreja primitiva.
A palavra “pastor” nunca é usada para se referir a um ministro
no Novo Testamento, exceto quando se refere ao Senhor Jesus.
No entanto, está claro que a função de pastorear está sobre os
ombros dos anciãos, presbíteros ou bispos. A palavra “pastor”
aponta para a função desses anciãos.
Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como
eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-partici-
pante da glória que há de ser revelada (1 Pe 5.1).
Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois
velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que
façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita
avós outros (Hb 13.17).
A liderança do presbitério
A liderança do presbitério é uma questão que envolve dois
aspectos. Em primeiro lugar, o Senhor advertiu os discípulos a
respeito de hierarquia e governo na igreja.
Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso
Mestre, e vós todos sois irmãos. A ninguém sobre a terra chameis
vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus.
Nem sereis chamados guias, porque um só é vosso Guia, o Cristo.
Mas o maior dentre vós será vosso servo. Quem a si mesmo se
exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será
exaltado (Mt 23.8-11).
O pastor presidente
O que podemos dizer da função de pastor presidente ou
pastor sênior, como são chamados hoje? Eles são realmente
necessários? Eu creio que a resposta é sim. Eles são necessários
e até vitais para o bom andamento da obra. A ideia de plurali
dade de presbíteros não retira a necessidade do reconhecimento
de um sênior.
A sabedoria nos ensina que toda discussão precisa de um
moderador, de um líder. Em toda família, há a necessidade de
um pai para dar ordem dentro da casa. Assim, todo presbité
rio precisa de um pastor para liderá-lo. Ele é o primeiro entre
iguais. Sua função principal é fazer com que tudo funcione
apropriadamente. Isso, porém, não significa que o pastor deva
dominar sobre a equipe e sobre a igreja. João escreveu a respeito
de alguém que amava a posição de proeminência.
1. Um ministério pleno
Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como
bons despenseiros da multiforme graça de Deus (1 Pe 4.10).
2. Um ministério variado
A liderança de Antioquia era múltipla, possuía diversos
profetas e mestres que governavam. O mesmo princípio pode
ser visto no envio de Paulo e Barnabé, que foram enviados
em dupla, e ainda temos João Marcos, que foi adicionado à
equipe apostólica. A liderança em Antioquia era diversificada
e heterogênea:
*1 * Barnabé - Levita natural de Chipre. Provavelmente, era
um homem rico e bem-sucedido.
*t* Simeão, o Niger - O sobrenome “Niger” significa “ne
gro”. Provavelmente ele era africano. Seu nome era ro
mano, o que indica que pertencia à sociedade romana.
Alguns acreditam que se trata de Simão, o cirineu, que
carregou a cruz de Cristo (Mc 15.21).
*!• Lúcio de Cirene - Provavelmente havia fugido para An
tioquia para se salvar da perseguição em Atos 11.19-20.
*t* Manaém - Era da classe alta e fora irmão de leite de
Herodes, o tetrarca, aquele que matou João Batista.
♦♦♦ Saulo de Tarso - E mencionado por último possivel
mente por ser o menos importante entre os líderes.
Creio que a parábola das árvores mencionada em Juizes
9.8-15 é também um bom exemplo de um ministério variado.
As árvores dessa parábola estavam procurando alguém que as
liderasse. Desejavam ungir um rei sobre elas. Primeiramente,
procuraram a oliveira. A oliveira fala de unção, e poderiamos
dizer que ela representa o ministério do grande pregador.
Como a oliveira recusou o convite, elas procuraram a fi
gueira, que também recusou. Creio que a figueira com os seus
frutos doces simboliza o ministério do mestre. Depois disso, as
árvores convidaram a videira. Esse é aquele tipo de ministério
focado na alegria do Senhor. Creio que são os grandes minis
tros de louvor.
3. Acelera o potencial
Evidentemente, uma equipe ministerial acelera a produti
vidade e produz sinergia. Mais trabalho pode ser feito quando
temos um grupo trabalhando junto do que ter os membros desse
mesmo grupo trabalhando isoladamente. Uma corda sozinha
pode levantar 100 Kg, mas duas cordas tracionadas juntas po
dem levantar seis vezes mais. Isso é chamado de sinergia.
4- Reafirma a verdade
A verdade só é estabelecida quando ela é reiterada e reafir
mada. Para que um ensino seja firmado numa congregação, é
preciso ter a confirmação e o amém de mais de um líder.
Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas,
para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda
palavra se estabeleça (Mt 18.16).
Esta é a terceira vez que vou ter convosco. Por boca de duas ou
três testemunhas, toda questão será decidida (2 Co 13.1).
5. Encoraja a renovação
Um grupo com pessoas diferentes e opiniões diferentes
pode ter mais luz a respeito de qualquer situação com a qual
se deparar. Não precisamos ter receio de discutir coisa alguma,
porque a verdade é capaz de tolerar inspeção e questionamentos.
Se uma afirmação caiu por terra por causa do questionamento
de alguém, então deveriamos agradecer essa pessoa por nos
guardar do erro.
6. Equilibra o ministério
Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero
como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda
co-participante da glória que há de ser revelada: pastoreai o re
banho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas
espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância,
mas de boa vontade nem como dominadores dos que vos foram
confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho (1 Pe 5.1-3).
7. Facilita a transição
É um fato que um pastor nem sempre ficará toda a sua vida
numa mesma igreja local. Por muitas razões, ele poderá mudar
de congregação e continuar seu ministério em outra cidade.
Alguns se aposentam, outros sentem um chamado específico
do Senhor, e outras vezes o pastor precisa ser removido por
causa de problemas morais. Essas mudanças podem ser muito
traumáticas para uma igreja local. Assim, a grande vantagem de
ter uma equipe ministerial é que ela permite que essa transição
aconteça de forma tranquila e saudável.
Assim como numa família, os irmãos precisam sentir segu
rança em todo o processo. Um presbitério maduro pode fazer
essa transição de forma muito tranquila. Atos 13.2 nos dá um
exemplo de transição. Paulo e Barnabé foram enviados para
o trabalho missionário, mas os demais anciões continuaram
tomando conta do trabalho da igreja.
9 . Favorece o crescimento
Um dos fatos mais misteriosos do ministério é o fato de
que alguns líderes somente conseguem frutificar plenamente se
são parte de uma equipe. Já vi alguns líderes de célula e discipu-
ladores que nunca foram explosivos na liderança, mas quando
se tornaram parte do presbitério da igreja, manifestaram uma
grande capacidade de liderança.
Creio que isso acontece porque a equipe torna-se um
ambiente seguro para experimentações práticas no ministério.
Além disso, numa equipe, a pressão do ministério é distribuída
a todos e não se torna um jugo pesado para ninguém.
a. Insatisfação espiritual
Comerás e não te fartarás (v. 14a).
b. Falta de suprimento espiritual
A fome estará nas tuas entranhas (v. 14b).
d. Falta de fruto
Semearás; contudo, não segarás (v. 15a).
e. Falta de unção
Pisarás a azeirona, porém não te ungirás com azeite (v. 15b).
f. Falta de alegria
Pisarás a vindima; no entanto, não lhe beberás o vinho (v. 15c).
c. Um espírito de humildade
Um espírito humilde reconhece a necessidade de suporte
e força que se recebe dos demais membros da equipe.
Rogo igualmente aos jovens: sede submissos aos que são mais
velhos; outrossim, no trato de uns com os outros, cingi-vos todos
de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos
humildes concede a sua graça (1 Pe 5.5).
Se teu irmão pecar contra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele
te ouvir, ganhaste a teu irmão (Mt 18.15).
1. Objetivos
E
m Hebreus 12.5-11, observamos que Deus
mesmo disciplina e corrige Seus filhos. Nesse
sentido, todos nós somos constantemente disciplinados
por Deus. Todavia, Deus mesmo estabeleceu um go
verno em Sua igreja, e é Sua vontade que esse governo
também discipline o membro com o fim de zelar pela
vida da igreja.
11. As faltas
Devemos rejeitar categoricamente a postura de disciplinar
os crentes por comportamentos que não passam de preconceitos
humanos. Há lugares onde é proibido usar roupas coloridas,
barba ou até mesmo uma camiseta. Essas coisas surgem do
legalismo e da tradição humana. Devemos rejeitar tais coisas.
No entanto, a Bíblia nos ensina que devemos exercer a dis
ciplina na igreja quando necessário. Mas em que casos devemos
aplicá-la? O Novo Testamento coloca pelo menos seis tipos de
pessoas que não devemos tolerar na comunhão da igreja.
a) Admoestação
Primeiramente, o membro faltoso será exortado pelo líder
da célula. Se o membro não ouvi-lo, o líder deve comunicar o
caso ao discipulador e juntos ambos farão uma segunda exorta
ção. Se ainda assim ele não mudar seu comportamento, então
será conduzido para a segunda fase da disciplina.
O Senhor Jesus ensinou que pelo menos três pessoas devem
tentar dissuadir a pessoa do erro. O membro faltoso deverá pri
meiro ser admoestado pelo irmão que testemunhou ou tomou
conhecimento do erro. Se o faltoso ouvir e abandonar o erro,
o pecado deve ser coberto.
Se teu irmão pecar contra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele
te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma
ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento
de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se
ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também
a igreja, considera-o como gentio e publicano (Mt 18.15-17).
b) Afastamento da comunhão
Essa segunda fase da disciplina só poderá ser exercida pelo
presbitério. Se for o caso de disciplina de um membro da célu
la, ele deverá ser afastado da comunhão da célula e privado de
participar da Ceia do Senhor por um período de até três meses.
Findado o prazo, ele será avaliado para sua reintegração ou, se
for o caso, terá sua disciplina prorrogada por mais três meses.
Durante todo período de disciplina, o membro deverá
participar de todos os cultos dominicais e ser acompanhado por
um discipulador ou líder. Se ainda assim ele não abandonar a
prática pecaminosa, será conduzido para a terceira fase. Se for
o caso da disciplina de um líder, discipulador ou pastor, além
de seguir o procedimento acima, também será afastado da sua
função de liderança.
c) Exclusão da igreja
Se todos os recursos anteriores falharem, a pessoa será con
vidada a sair da igreja local e sua exclusão deverá ser comunicada
aos irmãos no nível de relacionamento que ela estiver inserida.
V) A restauração do faltoso
A restauração da comunhão só poderá ser feita depois de
cumprida a disciplina imposta pelo presbitério. O crente faltoso
deve manifestar mudança de vida e arrependimento genuíno.
Se tiver sido excluído, deverá ser recebido novamente
como membro da igreja publicamente. Se for caso de exclusão
de presbíteros, pastores ou líderes, a restauração deve ser gra
dual até que ele venha a ocupar a função anterior. O processo
deverá ser definido pelo presbitério.
O PERFIL DE UM
LÍDER APROVADO
Vós bem sabeis como foi que me conduzi entre vós em todo o
tempo, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia (At 20.18).
Paulo esteve com eles por três anos, e nesse tempo ele não
teve uma vida oculta. Ele não se distanciou de todos em nome
da sua privacidade, mas deixou que sua própria vida fosse um
exemplo para a igreja. Os irmãos de Efeso sabiam como era
Paulo, porque sua vida havia sido compartilhada com eles. In-
felizmente, há alguns que se escondem porque sabem que sua
pregação não se harmoniza com sua vida pessoal.
a) autoridade soberana;
c) autoridade da consciência;
d) autoridade delegada;
e) autoridade funcional;
1. Autoridade soberana
É o maior nível de autoridade. É a autoridade imperial.
Este nível nunca é questionado ou desafiado. É absoluto e
infalível. Essa autoridade pertence somente a Deus. Todavia,
algumas igrejas e denominações se apropriam dessa autoridade
soberana, mas não há nenhuma base bíblica para que qualquer
ser humano exerça tal autoridade.
4 . Autoridade delegada
Os próximos quatro níveis de autoridade são reservados
aos homens: a autoridade delegada, a autoridade funcional, a
autoridade dos costumes e a autoridade dos contratos.
A autoridade delegada é o nível da autoridade exercida
pelos líderes da igreja, pelos governantes, pelos pais dentro da
família e pelo marido sobre a esposa. Quando essa autoridade
(ou governo) é bem exercida, o resultado será o que está em
Romanos 14.17: o governo de Deus sempre traz justiça, paz e
alegria no espírito.
Os líderes da igreja possuem autoridade delegada por
Deus. Somos seus embaixadores, seus representantes. Como
tais, devemos exercer nossa autoridade não como dominadores
do rebanho, mas nos tornando modelo (1 Pe 5.3).
Nossa autoridade pertence a Deus e por Ele nos foi de
legada. Se esperamos submissão do rebanho, precisamos ter
a atitude de Cristo: a de dar a vida pelas ovelhas. Jesus disse
que o bom pastor dá a vida pelas ovelhas (Jo 10.11). Quando
as ovelhas encontram pastores dispostos a dar a vida por elas,
naturalmente se disporão a obedecer-lhe.
A autoridade delegada não é igual à daquele que a delegou.
Nossa autoridade é limitada. Quando um governador manda
alguém representá-lo em alguma cerimônia, tal representante é
uma autoridade delegada, mas seria um absurdo pensar que tal
pessoa agora pode fazer tudo como se fosse o próprio governa
dor. A autoridade dele é limitada à missão e à responsabilidade
que recebeu.
A autoridade delegada procede dessa responsabilidade. Pelo
fato de ter responsabilidade pela minha esposa e filhos, então
tenho autoridade sobre eles. Eu não tenho autoridade na casa
do vizinho, porque não tenho responsabilidade por eles. Minha
autoridade é circunscrita ao meu chamado e àqueles por quem
sou responsável diante de Deus.
A autoridade delegada nunca pode ir além de sua respon
sabilidade. O limite de nossa autoridade é, portanto, nossa
responsabilidade. Nunca vai além dela. O inverso também é
verdadeiro: quando deixamos de assumir a responsabilidade,
perdemos a autoridade.
5. Autoridade funcional
A autoridade funcional é, muitas vezes, a base para estabe
lecermos a autoridade delegada. A autoridade funcional provém
da habilidade, competência, experiência e treinamento.
No momento do ensaio, o líder de música é autoridade
por causa de sua habilidade e treinamento. O pastor, mesmo
sendo uma autoridade delegada e, portanto, estando em um
nível superior, precisa se submeter a ele nessa situação. O médico
é autoridade dentro do seu consultório. Se alguém não deseja
obedecer à prescrição médica, não deveria fazer uma consulta.
O médico é uma autoridade funcional, e ignorá-lo poderia ser
considerado rebeldia.
O pastor deveria se submeter dentro da igreja aos enge
nheiros na questão de construção, aos médicos na questão de
saúde, e assim por diante. Não que os pastores deixem de ser
autoridade, mas eles reconhecem a autoridade funcional. Da
mesma forma, um marido deveria se submeter à sua esposa
naquilo em que ela possui mais habilidade, treinamento ou
experiência que ele, ainda que ele mesmo não deixe de ser au
toridade sobre ela.