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BALÇA, Ângel a. A promoção de uma educação mult icult ural at ravés da literatura infant il e juvenil. ln: AZEVEDO, Fernando (org.). Língua materna e
Líteratura Infantil. Elementos Nucleares para Prof essores do Ensino Básico. Lisboa: Lidei, 2006. p. 231-244.
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u vc/I. aem" ..10ne> de la JLLO Pedro (2003) (Coord ) ª· •,·
• . . f301< . CERR ' . f. · 111 . reflecte-se e demonstra-se como
cuen<ª· AnronJO e 'óll dei discurso{/!/ Sflco, Cuenca·/ º''e.tio 51e caP rtu~over
'o - . ' através da 1·
uma educaçao multicultural 1·u t iteratura infa111·11 . .
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de textos literários de re' • no .das crianças
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0 ntexto Pedagógito 1co
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;'J,iSfl. Vfudimll' (197-) ·o de /tbtos dei posado, de/ Prese111 lllento1
(1998) EI d1se11 daci6n Germán Sánchez Ruipére e Y la/''~
;bt1ir P 's humano, dota o de um pensamento ind e um aluno e ele um
PROPP.E
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rr dẠma1 ependente e crilic
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, Sa/11man · BART Alain (20 es n)eu.x du,.
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Ed1c10nes Robin .
Q Numa sociedade onde diariamente as nhnçU!· .
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diversos. • •
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. _ das cnanças,
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valorizando · s nrlo
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escola
· ( Balça. 2003 ). " · uras que e cgam a
Em primeiro lugar. consideramos necessário precisar conceito de
0
multiculturalidade, que se num momento inicial nos surge intimamente
ligado a qucstocs de ordem cultural ou mesmo racial, nos parece hoje
mais al;irgado, incluindo deste modo questões de Orllem cultural e
racial. mas também de ordem sexual, linguística, religiosa e social.
Assim, através da literatura mfantil e juvenil procura-se promover uma
educação multicultural, Junto das crianças e dos jovens, revelando-se as
mensagens transmitidas nestes textos litenínos como sendo de grande
actualidade e pertinência, nos dias que correm.
Para Leite e Rodrigues (2000), uma sociedade, onde se assiste ao fenó-
meno da globalização e à mobilidade das populações, exige uma esco-
la que seja capaz de recontextualizar os seus conteúdos : as. suas
estratégias de ensino, de fonna a reconhecer e a valorizar a diversidade
cultural.
230
231
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da educa~·:io mulucultural.
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(Bal.-a ~ • -..,00-3)• \ase Apôar de lllh debruçannos ªPl!nas sob
renh3m :til 0 , 1, 1 de pr.írica pedagog1ca. que tem sub· cos. não nos parece difícil conceber · re esh:s <locu11 .
1 entos progr.1ma11-
,
~J· c.mk\ ~acen
· . educar~
_ .
\.t " '· .. , tar uma c:ducaçao mult1cultura1. apresent te a pode igualrn_cme ser promoYida noutra .que _, . ..uma ,.io mu1ttcu· 1ura1
c:~trateg1a
_ id:lde de 1tlnlt n • . _ , . a neces. - 's utsc1p 1 inas do . . I 1
tm.tl .1), merodolog1as. e recursos JJed a de: Históna. Geografia. línoua Estran,, .. ' · <11rric 1111111. como
mamente .·onrem ' . . - . agó~i-
~•tl-d1.±K·n,
. . . . diferenciados. n:io perdendo nunca de \ ista as i ,
o~ . - d d. e nter.
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mente alr..1\ es ili! plund1sciplinanda<le · ' gcu 'nt ,i,' ~ntrc.1
outras
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. gna a-
• .. ' . . .. . . .
Ponugucs.i 1: ,,, d1sl 1plmas Ja referid·is t 'lld , e re a urscr phna de Língua
.u~. partilh:i e: a 1·alonzaçao . as 11erenças, cond·•çoes _
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-relaçoes .
pt·~~ 0
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impre,crnd11 . º"J uma proeressirn
. . p....
eis - aprendizagem do conhecim ...enro.
Por e.\emplo. te,to. hteranos ' · ' e · 0r. como
. . _ de recel\l'ão t 1 ·recurso ~ ~ ·
. pedagógico
n 111 an 1 e .1uveml.
preen. .:io e da aceiração do outro. Antes de olh.UT!1os para estes documentos program.- · . . .
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e ·
Por oucro lado, a atitude do professor e u~ 1actor capna1na Promoção de chamar a atençao • pam o documento orientador · ~ d" ·t'a1rcos, d gostaríamos
...• de
ed -0 mulcicultural na escola. Assun. Marco (2000) assinala que. d~· inf:1Jll•ia, as Oricmações C11rrirnlare.1 pura a f:dllrnçâo Pré-Esco!m~.
. -.s ma o aos ~ucadores
wnase ucaça
fomentar na escola uma educaçao - mu1·tlcu1lura,1 e•·imprescindível Neste documento. na..., áreas de conteúdos, salientamos a Área de Fonna-
: professor intercultural. O professor intercultural é aquele que encarda 1;Jo Pe,soal e Social. considerada uma área transversal e integradora no
cfüersidade cultural como fonte de riqueza para o processo de ensin(). curric 11/11111 da Educação Pré-Escolar. onde se evidencia a p;;moção de
-aprendiz.a.gem.
uma educação multicultural já neste contexto de jartlím-de-infância.
Na wdade. pensamos que o professor multicultural é aquele que promo1e A referência concreta à promoção de uma educação multicultural no
nos seus alunos o conhecimento e a retJexão crítica e contextualizada. a contexto da educação pré-escolar é basilar por dois motivos. O primeiro
partilha e a valoriz.ação. a compreensão, a aceitação activa da diversidade. motivo leva-nos a perceber que uma educação multicultural deve ser
Assim, a escola deverá promover valores como o respeito pelo outro, o promovida o mais cedo possível entre as crianças. que precocemente
direito à diferença, a tolerância e a solidariedade enrre as crianças e começam a desenvolver a sua identidade, em interacção com o outro,
enire as mais variadas culturas, presentes no seu seio, contribuindo tomando consciência da diversidade, aprendendo a conviver com ela. a
igualmente para que estes valores se estendam à família e a todas as valorizá-la e a respeitá-la.
instituições, que consigo colaboram (Balça, 2003). Por outro lado. consideramos fundamental que o professor. sobretudo o pro-
fessor do 1Q ciclo do Ensino Básico. tenha conhecimento e consciência de
232
233
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-""" iJJfJllJftlJ, q prc da.s reprc~nlaçoes prévia.., d· 4ul.! L <t 111. tudc~ de rc:-;peito pelo nut sa Prlltno~ Jug;u. t<>d,~ a º~ra,.
-~·- ..,.111ndo SC1Tl a~ C:rj. ''l.'\I .... . ro e d . cr, Cnt ~. os fac
COfJUlluado' 1 -· , lo Nado11al do En.\1110 Básico ~<1 e 'ci "'ão quero deixar der ·ti
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- uo curr.r/J - . llCJtu.... ~.
Em reJllÇ"ao rccNJ â promoçao de uma educur·ã "'º~ ,, utilizad<ls para operacional e hs h\ro~ •nr40 ac11,a. da div. ~\.1111
fcrêm:1a p ~ o IJJ"I ,~t: • . l/.ar 0 ºl'lllat . cr 'Uadc:
b4 u111a re cmo~ per.;pecrivá-la nas entrelinha~. De f· " li1:ui, ~i t·~mdo, tem 1guahncmc u contclÍdo / "'"'•que"""'
No cnUlll'º· pad oricnradores do currículo do cn~in bac:t<i, lJ ~'•I
. . rn Papel k.. . . ""14ru 1-vucm ">Cr
rnultrcultura1!., entre os m· ''"li.1\ar nh , Par., 111/0,,, _
. • HJlorcs . . o :h· 11J" u1~ nov0s .., 'lllncn10 1açu11 e
pnncfp1os e . valorização da d1vers1dadc dos · . 1C:'l E '"l\ A promoção de uma cduc· .,. · des~ 111 d
..0 respc110 eu _ ., •ncl1vrd Ju 1 • ilÇao rnu1t 11u cs
rnenic • uas pertenças e opçoe s ( p. 15). llos '<t sas escolas, des1gnadanicnt 1CUhural 1:
, qull/llO ª' :< fr . . <: ~ · e na 01 .. . ntre a~
gru~ ncsrc Joeumenro afirma-se que az parte m1cgra111c então. cm grande mcd1d·
- · . ª· i>elaSC1plrna·
de\ ín
• gua p
criança, das n°'
-
A~1m. . b"·. a abordagem de temas tran\vcrsa· . do C:IJ..._. recepçao rnfanlrl e juv1.:níl Uhl114çã11 d. onugucsa pa.~sa
ensino a.SICO IS as . "IJl • quer na p . . e tcx1., 11
lo d0 . como por exemplo a educação p· · dlf\:t<: u. sala de aula, 4ucr noutro!. P . ra1tc:a P<!duo. tcmnoS ue
jfreas disc1p1rnares, • . .- 1. aru os . •11t~ · roJ<:ctos .,ogrca cm
d facto. uma cducaçao mu llculturaJ é · drt1:· remem redor da leitura e do 1. · ou noutras a1;\ C()nt1:xto ui:
humanos. rJ eO · · uma . 1101 rvro pr IV1dades
. •vi·raveJmcnte os dtrellO!> humanos Pod C(Jllcao pela biblioteca da escola P<:I • omovidas rela b bl" ·que t.lcC{ir-
promove rnc . • cndo .....~1 • o~ clubes d<: leitur· ' rmeca de tunna,
que d não só amivés de pro1cctos de natun:za i de ra il, entre outro,
ser romenw a . . .. .. . . . . nterdis . . c1(1
bém no âmbito das aprendizagens nas drvcrsu. . c1p1r0. ruRA INFANTii E JUVENIL E EDuc . .
urff~A
como tam · s drscj . ij1,
iza este documento. Pl1001 . , . . A.ÇA() MULrt(Ul TlJRAL
comoprecOn • ·
notamos neste documento, na sequl:ncia d . . A ltLcratura infantil e juvenil d
Porourro 1ado• . a as dr~ . cscmpenh
--A~·· no Decreto-Lei n 6/2001. uma preocupação COllJ . Pos1ç<>t., fomento de uma educação multic 1 ª um Pape\ fundamcm \
COf1.'8gHWa.> . • . u lura\ n· . a no
. os 1·ovem; que frequentam o sistema de ensino Port . <t\ C1j. sagcns veiculadas nestes textos . '. ª medida em que as
anças e , ugue\ para a.-. cnan . mcn-
. língua materna não é a hngua portuguesa. rccomenct· · l'lla.1 dc novos saberes, nomeadament l· . ça.~ promovem a aqu,,.,.~
cuja . , and0 .. e re ac1onaú ,ao
ão de actividades cumculares especificas de Portu • \e a com outras realidades e com no º"com di>llma, cultum~
eIaboraÇ gues colll<i _ vo1., Valores · •
Segunda Língua. . . . construçao do conhecimento e . · • aux1\rando a criança na
na comprcens'" d .
No enl • anro a elaboração de
,
activ1dades curriculares
.
cspec·i-
1 ICa_\ d.
mundo que a rodeia. a dtverstdade do ªº
Português como Segunda Lmgua. para as cnanças c ujo portuguê· _e O itinerário educativo, l.JUe ressalta d· . . .
- . s nuo . . . . a leitura de muita~ .
é 8 sua língua marerna, se reve1a uma atençao muHo particular à d" mlanto-Juvcms portuguesas actuai. . narrativas
. _ . rver. s. aponta para uma ed - .
sidade linguística e cultura 1destas crianças, nao significa linea,....1 racial, mas também para uma educa ,. . ucaçao multtr-
_ • •" ente a • . çao mu1t1cu\tura\ uma educa ,.
promoção de uma educaçao mull1cul!uraJ nessas turmas, cm particular, para a tolerancia entre difercmcs pov . ' çao
., . os e cu1lura-, l Balça 2004)
e na escola, em geral. uma vez que outros factorcs contribuem para Alias. segundo Llorens García (2000) l't . . . '. , ·
0 . • a t eratura mlanttl e um bom
fomento de uma verdadeira educação mulcicultural nas crianças. me10. para
. dar a conhecer à criança pessoas · e cultura\ d'I·1 eremes da
Na verdade, tudo depende da conjugação desses factores. como con- nossa, atitude que deve ser transmitida no si'>tema de ensino.
teúdos, metodologias, esrrarégias, recursos pcdagógico-didácticos Para .?ornes ~ 1997 ). o c~ntacto das crianças do ensino bfu;ico {e para
diferenciados e a atirude do professor, uma vez que, pelo menos no que nós, Jª das crianças que !requentam a educação pré-escolar) com livros
à disciplina de Língua Portuguesa diz respeito, no 1{l' 2" e 3" ciclos do e outros materiais de ensino. onde esteja subjacente uma visão multir·
F.asmo Básico, os programas são praticamente omissos em relação ao racial, contribui de fonna positiva para o desenvolvimento de atitudes
fomenta de uma educação muJticuJturaJ. como a tolerância e a aceitação activa da diversidade.
Cremos eJdo que cabe ao professor, com os textos previstos nos pro· Na verdade, também partilhamos as considerações de.'>tes autores e acres-
,.... (neate caso do 'J!' e 3° ciclos do Ensino Básico), para opera· centamos que o contacto das crianças no sistema de ensino, desde a.s idades
•*8toQOJJtddo l,Jtura orientada em contexto pedagógico, ecom mais precoces, com a literatura infantil e juvenil, designadamente com tex-

JJ4 235
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.,,... 111rtllArvg,' • . b ·acenie uma visão multicu1111.... , dos valores <;OC1a1s pre~ent (/\ lt,..v., rn. r lt.,Vf ,
,. 4 •TfTl· e;te.Jll .!iU ~ • ~ QJ. ulll . os texto• de~ no texto rn~· "''·
'" .er.lfil°" onde -árfu ordelTI- conwrre certamente Par: a "i~ J1·teráfios.• Assim. , • ' evern h """ taznbérn
tO-'> ~ ql)<.!>IôeS de \ . iea1 educação mulúcultural. il llrr11,. 1\ valores hteranos. uma ve.r. que . . artnoni7.ar O\ drx \afore,
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ra1 ro de uma . - . . d · ~o atravé valore~ ·
• n\01,-iJflen 19971 salienta a importancia Para. .
""l'l1
r>;, a criança a qu1re uma comperê . s da Jeiiu '>Oc1u1s e º"
deSC Gomes ' . il cr1:.ft • nc1a e<.té . ra de texios 1.iterários
emocfo. -·"" ao conhecimento de Outro~ p . "''Ça cl. vo/virncnto d o seu e:.pírito cr'1· tica. que Ih .
De' t abe"'"- . a1\c, 1 lCO íl!o e j)(:fllljt" ,
. , de /j\'TO>· n3 . s[l1.lrivos ou de divulgação a
"I!
<'. d1: Ir~ desta fonna para a fonnação inte ren\ Garcia. 2oOO ira ~ de<,cn-
upa-
JrurJs - o~
fj\·ros Jíl. . . ' \ lt·
es esrrangeiros e os livros bihn <tduC'.A.., ~
11% J)este modo. ao longo de todo ~J .do aluno.
0 quotidiano da
). contnbuindo
cu os e romanc . guc:~ <'-'ll . .
'/buns. cone · . ~antil e juveml. de um modo geraJ · ~ foment.ar e contnburr para uma edu _ Jlrática JlCda,.
a . acura in1,
porém. a /Jrer.
. • contr'b
ao conhecimento de ou eras reaJict· d 1 Ili i da exploração de tex1os literários. decação lllulticul111...,1 , ,_g~ca. J>Ode.<,c
rec..n,,- . -..., aua~t."\ da I ·
aberrura a es ~~l _Aliás, esta parece ser a linha de trabaJh~-t'\-ao mfantil e ju~cnil.
menre para ª. (?(}()O 1 afirmam que os contos POdcm · Õe 1, · eitura e
odrigues - _ . de!ie ill4 vez que de acordo com esta mvesr Plefenda por Deitrd
Leite e R ma educaçao mtercultural. Seguna · ll!Pe >,
1 arcanie nu o as a llJi. . . .. igadora não é en t 1995). uma
um pape m . _ e com as personagens do!i como lllo;,. 1 muJuculturdJS, visto que a multicultu Li lleCC<.sãno --· . .
.d nufícam s s, Pe "'·<t; ra clacJe ~ -.....,~er h\ ro<,
criança~ 1 e em diversos contexLOs, que apresem· r~'lla.. pe acordo cm~ Dearden ( J995), 0 fundamennao ~ enconlr'd nos liwos.
~e movem í:lllJ Pe ~eiii
esta:. que. d'' rentes valores e comportamentos. r'°n·i· cultural
_
e os livros para crian""'S e
. . "- · rn gerai.
tal e formar um 1 ·r
. e1 or mulu-
d·sunia~. 11e .
rnaçao des.~ 1:11or. Este lenor rnulticuflUraJ: co111nbuir par;, a for-
4 '·
cJades 1 . ,. ntre a criança lerrora e a personagem d
.d uficaçao e o co1
Esta 1 en. . tomar contacto com o outro, 0 po . 110, JlT com a poss1b1hdade de ver o mundo b . :teriza-se por !>e!" um 1 ·
· a a cnança 0 s1c1on (). • !><> dtve~\ . . enor
porcion . 'buindo para a aceitação do oucro. ª'·~ ~ de reconhecer e valorizar as diferenr,,. d jlel';JlCCti\'a\ que é c,.,,,..,
a/beJO. contn l4l -r-•s. e ~ sen . . ....-.
cultura e da cultura do outro. em sum
lugar .d Leüe e Rodrigues (2000) fazem referência
11'"este )eíl!I o. . . 1 . con . ªº . . _ · a. que aceita 0\JveJ as riqueza\ da Mia
· . lturdis. Os hvros multrcu turars (que Pod. ct 1ii os lrHOS para cnancas 1em desta r0 outro.
de /i\'ros mu1ucu . . . - ern \er 1 , · '' nna um pa d .
. mra ínfanuJ e JUVemlJ sao obras que reve/ 01>v . eia, uma vez que apresentam desde M.l • pe1 e grande unportân-
amenre de 11era . . illll are 1 . '""""º as
• '- 00 respeito pela d1vemdade de cultura~ a llÇ&J outro. acostumando-as a reconhece .. cnanças essa visão do
na valonzaçao e , . , Prescnian . r e a pos1c10 .
·nrenções claramente pedagogtcas. dti Cremos assim que o professor tem pel fi nar-se no lugar alheio.
algumas deª~ 1 1 • . • • . a rente uma ta ,r .
. colha de rexros de Jrteratura mfantil e Juvenil co ciante. ;-.;a \'erdade. um dos prime·JI0 reia muito ali-
Assim. na e:, mo rcc , . • ~ passos a pJ .r .
, · para rrabalhar em contexto de sala de aula 0 ur. atraves de textos luerarios de recepça· . f . ant icar, para que.
;;o pedagog1c0 . . • Profe)SQr o tn annl e JUvc ·1 .
deve ter em Cone algunsª aspecros (Marco, 2000 ). mover uma educação multicult 1
ura entre os alunos • 0
m • se possa pro-
. .
. ei·~o lugar 0 professor pode de facto escolher livros rn • tar-se do lrvro único. do manu· J J· ··e professor hber-
Em prtm •· · . . · u1r1cu1• . a esco ar. e selecc1onar de fonna crítica
rurais. de /ireraiura infantil e 1uveml. para trabalhar na sala de aula dete . um vru;to conjunto de textos, que esteiam d d .
1 • J e acor o com a faixa etária.
minado rema, que está bem presente nesses textos. com o nivcl de dcsenvolv1men10 cognitivo ,
. . , · com o nivel de compe1ên-
0 professor tem rambém uma outra opção. podendo utilizar livroidt c 1a lellora _e a1e com os gostos literári·o," dos seus . alunas.
lireratura infantil e juvenil com um carácter mais geral. para trabalhar Os alunos tem então a oportunrdacle de tomar cont~"' d 1 d'
. . ""'ºe e er 1versos tex-
em contexto de prática pedagógica outros temas. No entanto, cabe ao i Os hter.ínos. o que certamente lhe~ uá permitir a abertura de nov~ hori-
profe~sor a respomabilidade de fazer uma análise crítica, de estar muno zonte.~. contribuindo para a foimação de um pen<;amenro mais crítico e mai~
atento aus mai~ divc~os e~tereótipo:. presentes e veiculados por e'se- livre.
/ivro.~. 4ucr no texto verba/ quer no texto icónico. Naturalmente, desta outrn maneim de olhar e de ler estes textos literários.
Por outro lado, o professor deve esrar igualmente muito vigilanre, na selecçã:i decorre uma distinta organização do espaço e planificação do tempo em
dcsles textrJ~ litcníríos. cm relação iJ invi~ibiJidade a que são votados deierm1• contexto pedagógico.
nadcl'I grupos e dívcrw<; tema.\, uma vez que a discriminação ocorrc muira1 O professor terá aqui o papel de mediador, aproximando os seus alunos do
VC7.l.l\ pelo siléncío e pela auséncia destas quesrõc:. nos rcspcçrívos 1exros. livro e da leiturn, mas também de orientador, na medida em que pode pro-
Oprofesr.or deve ler ainda uma ourrn preocupação, na escoJJ1a das obrai porcionar-lhes outros olhares, novas descobertas, distintas leituras do texto
que vai trabalhar com os seus alunos, que se centra não só na avaliaç~o literário. De facto, é através desta aproximação e apropriação do aluno do

236 237
• l)E UMA EDUCAÇÀOML'LTlt 1
O''Ll(~O . -'I TllR-11 ~~\1s
~ ~,~
,,,...,TIL . ~ conrexto pedagógico""" R-ln11l.\·111r~·"
'


,~,,11
nv1•r."'' <e
ue ele .
roml!fá progress1vamenie nu.,,... le·
e"• . ''""C 'C
,up0rtes como o CD ou 0 DVo r Crtrrquccida .
"'( í/11\ -.,
11.
,JI. ' ...,. '
11
rtifͺ· q 'tor - ) ·
( ~i~V\{ . que rerm_ llcrn ªº' alu
e de
recul\0<; e
lo111 ,
a e~plorarà ·•-
r«'"' 1" vai pemlitir ao aluno lança,_ . \, .d . noso.i., omoaw 'º""
Juróll""JOd· re~ro /irer.fil 10 enriquecendo e dilatand Senil,.._
0

. ,r:i o . no rex · o 0 ~I\ n0 funb1ro a pesquisa. da 'C•1ecçã0 ""'Cnv0 ivinicnr0 or/d llid~ ,., »eh
.\ ter!l • presente~ . permitir uma postura refie . :.% ,, Proporcionando-lhes. ao llle•ni " o leni .
e da org,."·
11
-· .ação .
de cumpclcnc .
1
ª~
· . nridO" e l!Je ,·ai . .. )(1"ª ~ ~, mento .. que podem JJOssrbilitar Jlo. a ªlJUrs1ç·· da tnformarào
dd ,e __,. 10• o qu a l'isão mars cmica da tear ellJ "11- o alar ªºde . -, •
1" 1·meuiu -·'eia e um . ldad l'eJ. ' Ih
·equente me or compre<'nsUo d· ga111ento da . "º''" conheç;
rnU ' d que o rvu m prrmeiro lugar prrvilegiar e. "' '~ra \'erdade. cremos
. , . que a ui·i· ª realidade. ' 1e11ur·ª'com a con.
111 un o deve e . . • na fiai 1
.10 •
1 0
profe,;sor e dh•ersos texios luerários de rece ~ a de. I' 1 l:t.1çã0 d
k'-"' ·1 de inúmeros aJ res sociais e l'alores literário. Pçao inr '~I;, ·nfanlil e Juvenil pela escola e lc~tns 1 ••
1 P<>dcr · 1 · llerano d
Je1run rrem V o
a ·1 que ence . . !eiru!ll por prazer.
s. OU11i ~l"J
co. ' i d jvct"idade. a aperceb.:rcni.,c · quc o
ª cvar ª' cr"
•anças a
" e reçcpção
.
·u~eni . minar a "'e de que todasª' pessoa,, Í<lle lllUndo é com valorizar a
J de,·e predo . dern depois ser desenvolvidas ~Ir, c · amenre. . rn Pane de uni tOd Pl>sro ""ia d·r
,mde re"'ªs po 1. N • e11i ,~ • erença
. ras esrt11 " livro e a e1tum. aturalrne c00 nros . o, que tntera • h·
/nume . a c:.xplor.lf 0 . . . nie, lt~ por consegurnte, os livro, de 111 • . . gc •tm1u-
aóuico. par<
....,i , ·el de escolaridade. a far)(a erá . 0 Pro~. k, . . craturJ inr .
f~-ª" e onra o "'' . ria, 0 e'"· ·mp0rtan1e recurso ped;1gogic . anr11 e ruvcn·i1
de rer em e ... dos seus alunos e 1gualrne n;v .... °
rem . ro co!?nwv 0 . nte 0 e/"- 1 rarJ ;i pro ·
íllOÇào d~ uma ·<l
revelam-\C uni
. ~n"olnmen ola e-,, h"'"'ª e o programa da disciplina Pro; ~ rjculturaJ. que a escola não .,,_,,. _
de,.. ua ,,...,.. qu '~ . >""'C ignorar .. e ucaçao mu/.
curricular da es~ de e.~rrarégias que propomos prerendern sere 1eccio~. ellos. construir lecrores <!scriro
' cn \"
' ( .. l Jlorquc es po 'bi
s1 e con
A:;.<im. as sugesr possam ser adequadas a cada situaç· sur,cil'h. ( 1995:16). ana, lengua ·· '
pias par.1 que ao elll fb_·<e. s. 1Deardcn,
-red · ~~
lar. nm..ce-no 5 interessanre .a exploração da rnat . . bibliográr1cas
[)este mod0 •
d seus e eme
r--,- nros paratexruars. que. para alérn de
enar1
dade "·
ProPo ..,
-11 c1:1'
rel<'re
/il'ro e os · . ro desies aspectos e do seu vocabul. . 1ciiin•. ' B,\l.ÇJ\. Ângela Coelho de· Paiv;i PO!H ..
0
conhecrmen an0 e -..,. .· .. - · l Somos lod
ao aluno . . exploração e a descobe11a de alguns dados d· SJlecir,. todos d rlercnles - A narr~tiva in1;101 0 . . · os im1ãos, somo,
e permitir a ári 'lh a hrs . Juvenil co1110
co. pod
-
guida de coment os panr ados ou rn 'ºn~ uma educaçao mulr1cuhu1~il, m Fc . meio ele promover
ra~~~se ·~d ma1111o Fr·ig·i A
A /e1ru . a1 os moderado pelo professor. pode rev eOIJJ critmça. a lmr:uu ,. t• rn10 /Jrcrarw 1 . '. ' ievedo (Coord. >. A
·nrre º" un · , · e1ar.se . " rnt·n11~ª\'cio 1) 1· • ·
debate" . dora propiciadora de multiplas leiiuras e d Orna do 1 Encon!ro l111ema1:1onal. Br·io·i· 'U . . pratrcas. Acta.s
esrrarégia ennquec~ • e O/IJarei •e". nivcrS1daclc do M. h
. ·ob- a realidade. dL' [:,1udl" da Crian~·a. 421 428 · rn o, lnsti1u10
lur;JJS s '~ · - d a1 'd ·
P . a consolidaçao e gumas 1 eras e rnesrno d B \!.('\, ,.\ngcla Codho de Paiva (2004) Aji .
O desenro/l'lmenro e . . . e aJ111•• 1
· . .
con/Jecrmenios. pers,--
.....,.1ivados por esta5 leituras d1s1Jntas. /lOdern º"'ª
. _ ser~ IÍl"ill m[t1TUO-Jltlem1 p11rr11~uewi acfrrlli
1 0
.rna rdad1· 1•drrca1fra'las narra-
rravés da expressão escnra. nao s6 em textos de . ·~ . . .- • · ·• • · i'scnaçàodeDoutor.rmcmocm
.d ei~m.. ra.' da ~uc.lliao, Lvorn: Unrvef\ldadc d. E·.
l 'díco ma.~ rambém em textos. que possrbiluem aos ai 11
subsrancia os a . .. c~
e vorJ. (mns polic J
.
e\pressrvo e u · . unos a D~ ARDI'· C.mnl'n Diana ( 1995) "La lircr 1 .. r . .. . "
. _ d d· ersas iécnica:, e modelos de escma. . . .
ulll de .1pro\1m:1t:mn y romprens16n de I· d
ª llr.t rn1am1I y Juvenil como
apropnaçao e iv
Ourra possr·b·l·dade
r1 que nos parece
. murro . rnteressanic
.
. .
e consirur
· n·a e,. , , .
\ \\ \. _4 Congre.w 11rremaciona/ dt'l fBBY d·
ª 1ver~1 dad cuhur.rl".
. . .
in
t 1rrerawra mjanri/ 1.
- d
e.\ploraçao o · rexro com o auxr1ro das
. drslrntas.
. mas ramas vezes
· com. Jlll'ellil l1emoria. OEPLI, 29-37. ·
plemenrares. expressões não-verbars. d:s1gnada~1.cn1e a expressão GO\ll:. . José António ( 1997) "Litl!ra1ura p"~a cri·anças· d
musical. a expressão plásrica. a expressao dramatrca e a c.\prcs~ão ~· .. um mun o sem
fronteira~. Os livros para rnanças na sociedade muhicuhural''. Rei·i.lla
mowra. que possibiliram aos alunos o desenvolvimento de outras for-
/111emac1011a/ de Lí11g11a Port11x11e.w. Associação da!> UníveNdade; de
mas de e'pressão e simultaneamente através delas revelar os semrdo; Língua Portuguesa, n" 17, 38-46.
plurais. proporcionados pela leitura do texto.
HELD. Jac4uclme ( 1987) ''Los niiios y la liter'dtura fantástica. Función
Incontomál'el pensamos que será o aces o às novas tecnologias de
y poder de lo imaginario.., 3g ed. Barcelona: Paidós.
infonnação e comunicação na escola actual. A leitura do texto liter.írio

238 239
1
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r1.;'h1 dl' 11111 kilor mu1trc111 . lJUc Podcrn rn1l 11n1a11u1,
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tO\'L'r l·ntn: as crianças ldto . · ç 11l'nrrcnuo , , rurJ a fur
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rorrHll u cnan~-a atl'nta e cntic•t ç,u os prohlcm· . . .o
. . " . . • . conduzi-la . ''' llt<U\ !?ravcs,
lücido snbtc n~ dr,unns do inund 0 '' u111 llllesti
· ljll~ ·1 r ld · onamc1110 111·1is
1 . l' ma~·uo ck cnançus lcitorns rnais , ' t eia. pcm1it1ndo . .' ·
l'r• ,:r.1ni.1 "' . , . - . • rnnscrcnt. ass1111 .1 lnr-
...... fd' , F1l~fmi Bc1s1t'tl. ( 0111pc1,~11cia, lctual. O lan1us11rn potll'. tul t'ori ~'cm n:lur·io .1 . d
E ' , .1 E:ss
1 . , ., • . iourdatorc . . ,, • soc1c ade
(\)1. I• . 'Í1llltll atl . . • As~tlll. upn: se rll,1mos uma sclcc .- .tlist,1. ser critico
.JI'.,,' ·id1•. -'''' _ D'•rtrt:nnento d.1 ducaçao Biis', ~'lfin· .. . ~ao de ob .
( t l•1 fJuc:iç:w.
\flll!Sft'íl<l l •
t" .ic:1, "'1.
l'itixus t'tarias. dcsdc os 5/f:i :inos ·11 ' • rns lJUc percorrem d'1\•cr
' • ' e " volta d . 1 'ª'
. r.1wc \Ç\0 R \SIC\ ( 1998) 01~r:a11f:ariio e Pcnsnmos .
que a promoção de um·t • .. os 4/15 anos. urnu vci yue
. ' cc1uc.1çiio muh' 1
tf"111 p,.\ " . I "" d ••. .
Cic· o. - e .. iv1m1stério dn"r11·r"1<'11/q iextos hternnos de n:ccp~·;io infant'I . . 1rn turnl, :ttr;tve, de
l)f.P\Rl·\' _ .
81/\'ft'li-1 • educa ' '
, • 1 e JllWnil p 1
) •{11//ltl.I' /;11s11u1
' f'n 8
•• .• •
EdurU\':10 Ba~r~a. \"o. l~·i1ura de albuns parn as cnanr"is pr • 1 .
'' · ~- e!lons (
· ll( e começar co 111 a
rt .1111t'll'° Jn
(Xf1:1. fº ciclo do ensino hásico) e deve coni' " que chegam ao I" ano do
. - . inuar com outra 1•
)/'11/~llt'S<I. Plano de 01;r:a11i:açâo d da sua torrnaçao. aprofundando conh, . 's c1111rns ao longo
P o r::,1 . cc1rncntos e p
1 1 Un~m1 e • cncla va mais conscientes em rch,.ãci , . · rornovcndo atitudes
fn1gn11 u • E . 1 Rasico. :!" Ciclo - Ministério d•t 10" s1lio.
'' ,t ucc11açao act1v·t ú d
11 11·•11111'1/I ,/IS/Ili
1
-tl{ rt • • ·' · Ensinos Básico c Seçundario.
• ' <.<{llJC• ,
ª\ao. No entanto. considcra111os que 0 cr!I 'r I" . ' u 1vcrs1úudc
Direcçào Gcral dos . e m .uxa ctdna nào é .1b. 1
pelo que cabe ao professor a tarefa de ~d, .· . , . ' 'º
• uto,
. " . .. ' .- ., . ccc1011<1r as obras que mais se
- Ponu~ucsa. Plano dl' 01;r:wli:açao do E adequam à l.11\,1 d,m,1, .io nivcl de descnv0 1 • • .•
'n1"1~111111 dt• L111g11t1
'
' ' C. I M.m1steno
. .. d • . . vrnicnto cogn111vo uu nível
· , · •,,
'. , d'·a•el//. E11Ji110 Bas1cv. 1c o -
.
llsilio
a Educar'
· de compelt'llcia lc11ora e até aos inleresscs ri. ,. . . ·
• 1 cr,1nos dos seus alunos
-·lprt11
• 1. ' · e ecun dar· ·1o
d Ensinos 8lis1co s, '"º· •
Por outro lado, l'sta lista de ohras não é uma r ·t , . ·
Direcç:io Gera1 os ' IS a encerrada. e apenas
um ponto de partida para auxiliar o professor ll'ls . . .
. .. •· sum, csco 11ias, poden-
R L e Nt)CLEO de EouCA\ÃO PRF.-Escot.AR (1997 do por isso mesmo ser sempre alargada e complementada com outras
Slt\.\. t.I.. 1SA BEL . • • - , )
. _
Om•111c1çoc.1 . Ciirrirnlares para o Educaçao
_ Prl'-Escolar.
, . .Ministério dn propostas de lcitura. vindas quer do docente quer dos seus alunos. .
Educaçao.- Depart·iniento
' ' da Educaçao_ Basrca, Gabinete pura• a Nesta lista de livros sugerimos obras que se cnymidram denlro dos
- "·'senvolvimcnto
Expansao e ..,,., da Educaçao Pré-Escolar. denominados livros multiculturais e obras yue apresentam um carácter
mais geral. mas que pelas personagens, pelos temas, pelos problemas.
pelas situações que apresentam e que levantam contribuem certamente
para a reflexão crítica sobre as questões da multiculturalidade. da diver-
Lei n9 -16/ll6, de 14 de Outubro sidade, da identidade e da alleridade.
Mais uma vez. cabe ao docente. de acordo com a planificação da sua
Decreto-Lei n'' 6/2001. de 18 de Janeiro pnítica pedagógica, eleger as obras que melhor se adequam a cada
momento lectivo.

240 241
I "º Ml// 1/((llTUk,\(
MRAvts (JA, l ITF((A
TU((A lfl/fAN'(/
ll/!M.11//t

A Arvort•

O A11jo dt• 1rmor

A Port.I

um.i Aventur,1 N.il l/h.1s de eJr"'


L Vercit'
--;;;---fí"Jm;A;:c:nWr.iffnFi;;;n(:;------'C..Jm1nholitiqiõ.qon----
'Ai um.1 A1,enttlfu t'm Fmnç,1
--t"õõiü;J;"iTr:J,lç:;;:;--------JC..i.minho 1 _ _ _ ____;
19q!
Cortei ,IS Tr.111\•"
- A C.1s.1 c/,1• Ben ,1/,1$
PenJ~ 8r.1nc.1' /'elo Ar
ouçurJ t\m.1rg.1
Um.1 Quesl.W l e Cor
DiJrio de So1i,1 e C" Jos 15 .im"

para saber mais ...

AZEVEDO. Fernando Fraga (2004) "Vozes de alten"dade na L"1teratura


A

c~ntemporane~ de ~cepção infantil e juvenil", in Boletín Galego de


Literatura. Universidade de Santiago de Compostela. nv 31. le seme ._
tre. 5-16.
Neste texto, os professores podem encontrar a análise de um con1unto de
textos literários de recepção iniantil e juvenil, onde se manifesta das mais
diversas formas a presença do outro.
Por conseguinte, este texto proporciona uma visão muito interessante
sobre a questão da alteridade na actual literatura de recepçao infantil e
juvenil, sendo a sua leitura indispensável para a consecução de um pro-
~educativo que apresente como finalidade apromoção de uma edu-
o multicultural.

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