E-Mail: janneeyresarmento@gmail.com Funções de Supervisão Funções Frontais Funções do Lobo Frontal Funções de Controle Sistema Supervisor entre outros. São relacionadas à integridade anatômica dos lobos frontais, especificamente do córtex pré- frontal. A demonstração por neuroimagem funcional de que testes neuropsicológicos tradicionalmente “executivos” produzem ativação de regiões cerebrais fora dos lobos frontais forneceu evidência adicional de que regiões extensas dos hemisférios cerebrais e do cerebelo participam ativamente da elaboração dos comportamentos executivos. Lent,2013,pg 288 O desempenho executivo é organizado em redes neurais distribuídas por alças córtico-subcorticais integradas em setores especializados dos lobos frontais. É um importante marco adaptativo na espécie humana, estando relacionado a componentes universais de sua natureza, como: a) O altruísmo recíproco b)A formação de coalizões c)Capacidade de imitar e aprender com a observação do comportamento alheio... d)O uso de ferramentas e)Habilidades comunicativas f)Capacidade de lidar com grupos, resguardando-se de suas influências e manipulações. Atingem sua maturidade, em termos ontogenéticos, mais tarde em comparação às demais funções cognitivas. Desenvolvem-se desde o primeiro ano de vida até o inicio da vida adulta, com maior intensidade entre 6 e 8 anos de idade. Após sua maturação no fim da adolescência, passam por um período de relativa estabilidade durante a vida adulta, tendendo a diminuir sua eficiência de forma natural ao longo do processo de envelhecimento. O desenvolvimento inicial das funções executivas é de grande importância para a adaptação social, ocupacional e mesmo para a saúde mental em etapas posteriores da vida. É possível identificar comprometimentos em tais funções em bebês de 9 a 12 meses. As crianças de Mischel tem sido acompanhadas por vários anos. As crianças que conseguiram postergar a gratificação aos 4 anos tiveram melhor desempenho em termos de cognição social, enfrentamento de adversidades e desempenho acadêmico na adolescência. Além disso, a postergação da gratificação aos 4 anos foi capaz de predizer o desempenho em tarefas de inibição de respostas aos 18 anos. Em um estudo mais recente os mesmos sujeitos agora com 40 anos de idade, os pesquisadores verificaram diferenças entre aqueles que postergaram a gratificação aos 4 anos e aqueles que não o fizeram. Após a maturação ao final da adolescência, as funções executivas passam por um período de relativa estabilidade durante a idade adulta, tendendo a diminuir a eficiência de forma natural ao longo do processo de envelhecimento. Diversos mecanismos neurobiológicos naturais parecem contribuir para o processo de declínio das funções executivas. Por volta dos 50 anos, já pode ser observado um declínio sutil no desempenho de funções como categorização, organização, planejamento, solução de problemas e memória de trabalho. Outras funções executivas, como: a tomada de decisão afetiva e a teoria da mente, obedecem padrão semelhante, porém seu declínio ocorre um pouco mais tarde. Desta forma, o desenvolvimento das funções executivas ao longo da vida apresenta o formato de um U invertido. Até recentemente o estudo das funções executivas era dominado, predominantemente , por médicos e neuropsicólogos, que enfatizavam a importância do córtex pré-frontal no controle de processos e comportamentos afetados por essa área do cérebro. Ao longo dos anos educadores começam a reconhecer a importância das funções executivas no ambiente escolar. Nasceu de um paradoxo que só começou a ser entendido no século XX; Esse paradoxo é representado pelo contraste, observado na prática clínica, de indivíduos com graves alterações de comportamento e personalidade, mas com desempenho normal ou superior em testes cognitivos padronizados. “Elliotnão deixava de perceber sua falta de emoção. Ele dizia ter consciência que as fotos eram perturbadoras e que, antes da cirurgia, teria uma resposta emocional, mas agora não tinha nenhuma.” Conjuntode operações mentais que organizam e direcionam os diversos domínios cognitivos categoriais para que funcionem de maneira biologicamente adaptativa. Conjunto de habilidades que, de forma integrada, permitem ao individuo direcionar comportamentos e metas, avaliar a eficiência e adequação desses comportamentos, abandonar estratégias ineficientes e resolver, desse modo problemas imediatos, de médio e de longo prazo. Fuentes,2008,pg.187. Fuentes,2014,pg.115. As FEs são funções cognitivas complexas, relacionadas ao comportamento dirigido a metas e que possibilitam ao individuo a solução de problemas novos, o planejamento em escala temporal, a análise de custo e benefício no processo de tomada de decisões e a autorregulação comportamental. Sendo compostas pela volição, planejamento, comportamento ativo e desempenho efetivo. Essa sucessão garante ao individuo maior possibilidade de atingir seus objetivos de forma competente, à medida que: 1)O aspecto motivacional seleciona, no ambiente interno e externo, estímulos, objetos a serem alcançados. A partir daí.... 2)Ele analisa a sucessão de passos para alcançar tal objetivo e, em seguida, em um momento oportuno,... 3)Transforma o plano de ação. OBS: Cabendo ainda ao individuo monitorar, ao longo do tempo, a eficiência do plano adotado, sustentando-o ou abandonando-o, se for o caso. Interferência Resolução de Problemas Organização Estratégica Tomada de Decisão Inibição Seletiva do Comportamento (controle inibitório) Seleção Verificação Controle da Execução de uma dada ação Flexibilidade Cognitiva Memória Operacional (ou de trabalho) entre outras. 1)Refere-se ao controle voluntário e consciente sobre o ambiente circundante e sobre a ação necessária para administrar contingências em função de um objetivo;
2)A expressão de sua valência se dá no
concatenar entre sensação, cognição e ação; 3)Não é uma entidade única, engloba processos de controle de função distintos; 4)Envolve-se nos âmbitos: cognitivo, emocional e social. Com relação aos correlatos neuroanatômicos. Luria (1981) coligou o lobo frontal à função de: programação, verificação, controle e execução do comportamento e ainda supervisão, controle e integração das demais atividades cerebrais. Os Lobos Frontais constituem uma vasta área cerebral; De acordo com a diversidade de habilidades afetadas nos pacientes estudados, parece improvável que os lobos frontais exerçam apenas uma função cognitiva única; A própria anatomia advoga em favor das múltiplas funções dos lobos frontais. O campo ocular é necessário para o controle voluntário do movimento ocular; Área de Broca está associada a articulação da fala; A área órbito-frontal está relacionada com as mudanças de personalidade; Além da assimetria hemisférica- direita (materiais não-verbais) e esquerda (ativação para materiais verbais). Relacionam-se com processos cognitivos racionais, inferenciais e lógico-dedutivos, estando ligadas ao circuito frontoestrial, dorsolateral do córtex-pré- frontal. Tem relação com o processamento emocional, motivacional e com a cognição social, estando associadas principalmente à atividade do circuito pré-frontal orbitofrontal. São referidas com o termo “Síndrome Disexecutiva” e geralmente ocorrem em consequência de comprometimento envolvendo o córtex pré-frontal e/ou os circuitos que fazem conexão com ele. Dificuldade no processo de tomada de decisões; Traça metas irrealistas sem prever consequências de suas atitudes em longo prazo; Passam a tentam solucionar seus problemas pelo método tentativa e erro; Apresentam dificuldade em controlar os impulsos; Tornam-se distraídos e insensíveis às consequências de seus comportamentos; As alterações de humor são frequentes e podem se traduzir por quadros de: apatia, sintomas depressivos, euforia e afeto descontextualizado. A Síndrome Disexecutiva não abriga, necessariamente, todos esses sintomas. Sua apresentação clínica depende de quais circuitos pré-frontais foram danificados. Os complexos circuitos relacionados às funções executivas envolvem diferentes sistemas de neurotransmissão, de modo que alterações nesses sistemas também estão relacionada ao desempenho das funções executivas. Por exemplo:... Estão relacionadas a memória operacional, atenção, controle inibitório, planejamento, flexibilidade cognitiva e tomada de decisão. Afetam todas essas funções citadas. É possível constatar isso em transtornos como esquizofrenia e o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. São importantes para processos como: controle inibitório e a tomada de decisão afetiva. A compreensão da relação entre a atividade neuroquímica cerebral e as funções executivas tem sido importante para o desenvolvimento de estratégias farmacológicas capazes de remediar déficits nesses processos mentais. Éimportante frisar que o córtex pré-frontal apresenta um nível de especialização funcional em que cada sistema neural está envolvido com aspectos cognitivos e comportamentais específicos. Brandshaw (2001) descreve a existência de cinco circuitos frontais subcorticais pararelos e inter- relacionados (motor, oculomotor, dorsolateral, orbitofrontal e cíngulo anterior); Desses cinco, três estão particularmente relacionados ao desempenho das funções executivas. Circuito Dorsolateral
Circuito Orbitofrontal
Circuito do Cíngulo Anterior
Processos Cognitivos de estabelecimento de metas, Planejamento, Solução de Problemas, Fluência, Categorização, Memória Operacional... Monitoração da Aprendizagem e da atenção, Flexibilidade Cognitiva, Capacidade de Abstração, Autorregulação, Julgamento, Tomada de Decisão, Foco e Sustentação da Atenção. É a dificuldade em recuperar livremente um determinado material aprendido. Os pacientes que sofrem desse problema, falham em testes de memória em relação a recuperação da memória espontânea do material consolidado. Aspectos motivacionais decorrentes da síndrome disexecutiva, também podem influenciar a recuperação espontânea do material aprendido. Fortemente interconectado com áreas de processamento cognitivo e emocional; Com alguns aspectos do comportamento social (empatia); Cumprimento de regras sociais; Controle Inibitório e Automonitoração. Está associado a comportamentos de risco e alteração da personalidade caracterizadas por redução da sensibilidade às normas sociais, infantilização e dependência de reforço evidente e baixa tolerância à frustração. Há também prejuízo no julgamento social e aprendizado, baseado em emoções. Sintomas de ecopraxia e ecolalia também são frequentes. Passando o paciente a apresentar dificuldades nos processos de tomada de decisão por não antecipação as futuras consequências de suas atitudes (“míopia do futuro”). A parte mais posterior e medial é considerada uma das principais regiões corticais para mediação autonômica e forma uma rede com outras áreas límbicas como: a ínsula, a amigdala cerebral, o córtex polar temporal, o hipotálamo e o tronco cerebral. É importante para a Motivação, A monitoração de comportamentos, O controle executivo da atenção, A seleção e o controle de respostas. Pode levar a dificuldades na realização de atividades que requerem a manutenção de respostas e controle da atenção. Passando o paciente apresentar: apatia, dificuldades em controlar a atenção, identificar e corrigir erros produzidos a partir de tendências automatizadas, desinibição de respostas instintivas e mutismo acinético. O componente de atenção seletiva, um aspecto das redes atencionais executivas proposto por Posner (2012) e passível de avaliação por meio do paradigma de Stroop (conflito intencional e interferência), é altamente dependente desse circuito. Neuropsicologia Hoje.Vivian Maria Andrade; Flavia Heloísa dos Santos e Orlando F. A.Bueno . 2004.Editora: Artes Médicas.São Paulo. Págs: 125 a 126- Cap 07: Funções Executivas. Neuropsicologia: Teoria e Prática. Daniel Fuentes, Leandro F. Malloy-Diniz, Candida H. Pires Camargo, Ramon Moreira Consenza e Colaboradores. 2008.Editora: Artmed.Porto Alegre. Págs: 187 a 194- Cap 11: Neuropsicologia das Funções Executivas. Neurociência da Mente e do Comportamento. Roberto Lent. 2013.Editora:Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. Págs: 288 a 289- Cap 14: Cognição e Funções Executivas. Neuropsicologia do Envelhecimento. MALLOY-DINIZ, Leandro F,FUENTES, Daniel e COSENZA, Ramon M.- -Porto Alegre: Editora: Artmed ,2013.Capitulo 13:Funções Executivas e Envelhecimento. Págs: 227 a 228.
Como Definir Objetivos com Kaizen & Ikigai: Foque, Cure a Procrastinação & Aumente sua Produtividade Pessoal (Alcance o Sucesso com Disciplina e Bons Hábitos)