imaginário
Jornal do BrasilNELSON JOB*
+A -A Imprimir
O que fazer? Nem só de monomito vive a ficção. Existem casos em que ele
é desestabilizado, esgarçado ao extremo. Para citar poucos exemplos: a
literatura de Philip K. Dick, o cinema de Bergman, Lars Von Trier, os
recentes “Thelma”, de Joachim Trier e “A Chegada”, de Denis Villeneuve;
os melhores quadrinhos de Alan Moore, Grant Morrison, Alejandro
Jodorowsky, Masamune Shirow e a ótima série de animação “Rick &
Morty”.
Existem, ainda, obras que vão muito além do monomito, como a literatura
de Kafka, seguida de Samuel Beckett, Jorge Luis Borges, Italo Calvino, Paul
Auster etc. No Brasil, podemos citar João Gilberto Noll, Bernardo Carvalho,
Nuno Ramos etc. No cinema, uma grande referência é Andrei Tarkovski,
assim como os filmes que flertam com o entretenimento de Philip Kaufman
e, em quadrinhos, como o “Aqui” de Richard McGuire e “Desaplanar” de
Nick Sousanis.