1523560485ebook - Tudo o Que Voc Precisa Saber Sobre A Mosca Branca PDF

MELHOR EQUIPE,
MELHOR QUALIFICAÇÃO.
Tudo o que você

precisa saber sobre a
Mosca Branca (Bemisia tabaci)
Ricardo Siqueira da Silva, Arthur Vieira Ribeiro,
Elizeu de Sá Farias, João Rafael Silva Soares, Marcelo Coutinho Picanço
Tudo o que você precisa saber sobre
a Mosca Branca (Bemisia tabaci)
MELHOR EQUIPE, MELHOR QUALIFICAÇÃO.
AGROPÓS CURSOS AGROPÓS
AgroPós, parceria da Clonar e Grupo UNIS.
Silva, R. S. Ribeiro, A. V. Farias, E. S. Soares, J. R. S.

Picanço, M. C. (2018). Tudo o que você precisa
saber sobre a Mosca Branca (Bemisia tabaci).
AgroPós, 18p.
Edição Interminas, Viçosa-MG, 2018.
ISBN: 978-85-94390-01-1
1
1. Introdução
A mosca branca Bemisia tabaci (Genn.)
(Hemiptera: Aleyrodidae) é um inseto
sugador de grande importância por
causar elevadas perdas de produtividade
e m d i v e rsas cu l t u ras e p o r e s ta r
distribuída mundialmente em várias
regiões agrícolas. Trata-se de uma espécie
polífaga e pode causar danos diretos às
plantas devido à sucção de seiva, e danos
indiretos pela transmissão de viroses e
formação de fumagina sobre as folhas.
2
A mosca branca apresenta hemimetabolia

(metamorfose incompleta) e a reprodução
pode ser sexual ou por partenogênese. Na
partenogênese, a fêmea produz descendentes
com as mesmas características genéticas da
fêmea produtora. A duração do seu ciclo de
v i d a d e p e n d e d a al i m e n ta çã o e d a
temperatura. Os ovos são depositados pelas
fêmeas em plantas hospedeiras, na maioria
das vezes, na parte abaxial da folha.
3
A fase de ninfa passa por pelo menos quatros

e s tá d i o s e e las p o ss u e m co lo ra çã o
amarelada.
4
A mosca branca é um inseto que vem

causando sérios problemas em diversas
culturas agrícolas, principalmente grandes
culturas e hortaliças. Esse inseto, por possuir
o aparelho bucal sugador, causa as seguintes
injúrias nas plantas:
- Sucção de seiva.
- Introdução de toxinas.
-Transmissão de doenças (principalmente
viroses).
5
O adulto possui uma camada cerosa de

coloração branca e grande capacidade de
voo. A fêmea tem alta taxa de fertilidade,
colocando centenas de ovos durante seu
ciclo de vida.
6
Ao se alimentar do floema da planta, a mosca

branca excreta substâncias açucaradas
(honeydew) sobre as folhas. A produção
dessas excreções favorece a formação de
fumagina. Fumagina consiste na formação
de camada escura sobre a superfície da
planta devido a fungos oportunistas que se
desenvolvem sobre as excreções açucaradas
desses insetos. A fumagina reduz a
transpiração e a fotossíntese das folhas, o
que provoca a diminuição da capacidade
produtiva da planta.
7
As plantas atacadas por mosca branca

podem apresentar os seguintes sintomas:
- Retorcimento ("engruvinhamento").
- Amarelecimento.
- Anormalidade no crescimento e
desenvolvimento.
- Secamento.
8
2. Fatores Favoráveis
Entre os fatores favoráveis para o aumento
populacional da mosca branca estão: plantios
consecutivos de plantas hospedeiras; presença
de plantas daninhas hospedeiras; períodos
secos e quentes e, por isso, é observado
aumento populacional desse inseto na estação
seca. Além desses fatores, o controle não
planejado, a má escolha de produtos para o
controle, o não monitoramento e incorreta
identificação dos estádios de vida da mosca
branca também favorecem uma alta
intensidade de ataque.
9
3. Controle
Para garantir um controle eficiente do inseto,
é necessário que o agricultor utilize Componentes
diferentes técnicas e estratégias, seguindo de programas MIP
as recomendações do Manejo Integrado de
Pragas (MIP).
- Diagnose
- Tomada de decisão de controle
- Métodos de controle de pragas
10
Recomenda-se priorizar as medidas preventivas

como a rotação de culturas, vazio sanitário,
destruição de restos culturais, utilização de
métodos f ísicos (cultivos protegidos e
armadilhas), uso de cultivares resistentes ao
inseto e às viroses (quando disponível) e a
preservação dos inimigos naturais no campo.
11
Na década de 1980, o controle era realizado

com uso de inseticidas organoclorados,
organofosforados, carbamatos e piretróides. A
partir da década de 1990, o controle passou a
ser feito através de inseticidas neonicotinóides
e reguladores de crescimento como o
piriproxifen e a buprofezina.
O controle químico é o principal método de controle utilizado. No Brasil, encontram-se

registrados 123 produtos de 13 grupos químicos diferentes para controle da mosca
branca. Desses produtos, 110 possuem apenas um ingrediente ativo e 13 são misturas
de dois ingredientes ativos de grupos químicos diferentes. Dos 13 produtos em
misturas, cinco são misturas de piretróides com neonicotinóides, quatro de
neonicotinóides com organofosforados, um de piretróides com metilcarbamato e três
são misturas de neonicotinóides com antralinamida, metilcarbamato e triazol. Apesar
do uso de inseticidas ser intenso, surtos populacionais têm ocorrido em diversos
cultivos agrícolas do Brasil.
12
No Brasil, há três produtos biológicos registrados para controle do inseto: um à base do

fungo Beauveria bassiana e dois oriundos do extrato vegetal da Azadirachta indica,
mais conhecida como Nim. Apesar do uso promissor de agentes biológicos como
liberação de predadores e parasitoides de mosca branca, não há predadores nem
parasitoides registrados para uso comercial.
Dentre as principais espécies de inimigos naturais com potencial uso no controle
biológico da mosca branca, estão parasitoides dos gêneros Encarsia e Eretmocerus
(Hymenoptera: Aphelinidae) e predadores dos gêneros Delphastus (Coleoptera:
Coccinellidae), Macrolophus (Hemiptera: Miridae) e Orius (Hemiptera: Anthocoridae).
Esses organismos são comercializados em países da Europa e nos Estados Unidos para
o controle biológico da mosca branca em casas de vegetação e campo.
13
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14
Literatura
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R., Gullino, M.L., van Lenteren, J.C., Elad, Y. (Eds.) Integrated pest and disease
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In: Gerling, D. (Ed.). Whiteflies: their Bionomics, Pest Status and Management. Intercept,
Andover, UK. p. 263–286. 1990.

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15
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66.
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Leite, G. L. D., Picanço, M., Guedes, R. N. C., & Ecole, C. C. (2006). Factors affecting the attack rate of
Bemisia tabaci on cucumber. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 41(8), 1241-1245.

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16
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Agropecuária Brasileira, 38(12), 1357-1363.
Naranjo, S. E., Castle, S. J., De Barro, P. J., & Liu, S. S. (2009). Population dynamics,
demography, dispersal and spread of Bemisia tabaci. In Bemisia: Bionomics and
management of a global pest (pp. 185-226). Springer Netherlands.
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biological control agents. IPM Practitioner, 25(7/8): 1-9.

Picanço, M. C., Gusmão, M. R., & Galvan, T. L. (2000). Manejo integrado de pragas de
hortaliças. Manejo integrado de doenças, pragas e ervas daninhas. Viçosa: UFV, 2, 275-
324.
17

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