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Santos
2018
BRUNA BEATRIZ LENCIONE MEDEIROS DA SILVA
Santos
2018
BRUNA BEATRIZ LENCIONE MEDEIROS DA SILVA
THAYNA MARQUES DOS SANTOS
BANCA EXAMINADORA:
Nome do examinador:
Titulação:
Instituição:
Nome do examinador:
Titulação:
Instituição:
Data da aprovação:
“Lembre-se sempre, o seu foco determina a sua realidade.”
Gui Gon Jinn
RESUMO
A Musa ssp, pertence à família Musaceae, popularmente conhecida como “banana”, rica em
vitaminas e sais minerais. A banana é um dos frutos mais comercializados do mundo, sendo o
Brasil, o quinto maior produtor mundial. O seu fruto verde, quando consumido, além de
agregar os benefícios supracitados, possui amido resistente e fibras que funcionam como
espessante, tornando-se, então, um alimento prebiótico. Estudos comprovam sua eficácia em
determinados tratamentos, dentre eles, nos casos de pacientes portadores de doenças crônicas
não transmissíveis, diabetes e dislipidemias. Partindo dessa premissa, o presente projeto teve
como objetivo avaliar os perfis lipídicos de dez voluntários e para que essa análise fosse feita,
a biomassa obtida através do cozimento da banana verde, foi distribuída durante noventa dias,
tendo seu consumo estipulado em (20g/dia). Uma amostra de sangue venoso foi coletada no
dia zero e outra no nonagésimo dia e ambos os resultados foram analisados e comparados.
Dentre os resultados obtidos, não existe um delta significativo em relação a média do grupo
observado antes e depois do consumo de biomassa de banana verde.
Palavra-chave: Musa ssp, banana verde, biomassa, amido resistente, amido resistente tipo 2.
ABSTRACT
Musa ssp belongs to the family Musaceae, popularly known as "banana", rich in vitamins and
minerals. Banana is one of the most commercialized fruits in the world, Brazil being the fifth
largest producer in the world. Its green fruit, when consumed, in addition to all
aforementioned benefits, it has resistant starch and fibers that act as a thickener and by this
becoming a prebiotic food. Studies have shown its efficacy in some treatments, among them,
in cases of patients with chronic non-communicable diseases, diabetes and dyslipidemias.
Considering these assumptions, the purpose of this project is to evaluate the lipid profiles of
ten volunteers, and for this analysis to be done, the biomass obtained by cooking the green
banana was distributed during ninety days, with its consumption stipulated at (20g / day). A
venous blood sample was collected on day zero and another one on the ninetieth day and both
results were analyzed and compared. Among the results obtained, there is no significant delta
in relation to group observed before and after consumes of biomass green banana.
Key words: Musa ssp, green banana, biomass, resistant starch, resistant starch type 2.
LISTA DE FIGURAS
Figura 6. Esquema ilustrado do mecanismo de ação das estatinas por inibição da enzima
HMGCoA- redutase .............................................................................................. ................21
Figura 9. Cozimento.................................................................................................................25
Figura 14. Concentração plasmática de colesterol total de voluntários que ingeriram biomassa
de banana verde (20 g/dia) antes e após 90 dias.......................................................................29
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Propriedades nutricionais da banana verde e madura do tipo nanica em
100g.....................................................................................................................................11
1- INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 11
1.2.1 Dislipidemias........................................................................................................................ 19
1.2.2 Tratamentos medicamentosos das dislipidemias.................................................................. 21
2- OBJETIVO ....................................................................................................................................... 24
4- RESULTADOS ..................................................................................................................................... 27
5- DISCUSSÃO .................................................................................................................................... 30
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................ 32
7- REFERÊNCIA .................................................................................................................................. 33
ANEXO A ............................................................................................................................................. 40
ANEXO B ............................................................................................................................................. 42
ANEXO C ............................................................................................................................................. 44
ANEXO D ............................................................................................................................................. 58
11
1- INTRODUÇÃO
A banana, Musa spp, pertence à classe Monocotyledoneae, ordem Scimitales, família
Musaceae e subfamília Musoideae, divididos em dois gêneros: Musa, que possui o maior
número de espécies e frutos comestíveis, o gênero Ensete, de interesse tecnológico com frutos
ornamentais (ORMENESE, 2010). Originária do extremo oriente e típica de clima tropical
(NASCENTE et al., 2005), o fruto se adequou em nosso país, tornando-nos o quinto maior
produtor mundial (EMBRAPA, 2014). Normalmente, associamos o consumo com a fruta
madura, porém estudos têm demostrado o benefício do fruto verde. Vale (2003) em seu livro,
mostra a extensa variedade do preparo de alimentos feitos com a biomassa de banana verde.
Considerada uma fibra alimentar, a biomassa vem despertando o interesse dos pesquisadores.
Suas características derivam de vegetais e são resistentes à ação das enzimas digestivas
humanas. Posto isso, podemos considerar a biomassa um alimento funcional, classificado
como prebiótico. Este termo se aplica pois o produto final possui alta carga de amido
resistente do tipo 2, promovendo vários benefícios ao organismo, entre eles, a melhor
funcionalidade da biota intestinal e redução de lipídios plasmáticos.
Quando as concentrações plasmáticas de LDL estão elevadas, o tratamento
medicamentoso inclui as estatinas que inibem a síntese do colesterol hepático e as resinas que
promovem a eliminação intestinal dos ácidos biliares, drogas que acarretam alguns efeitos
colaterais. Neste contexto, este trabalho propõe-se a verificar se a banana verde, consumida na
forma de biomassa, pode contribuir para a diminuição do LDL- colesterol plasmático.
A biomassa de banana verde quando incluída na dieta auxilia no controle de
dislipidemias, devido à presença do amido resistente que atua no intestino de maneira análoga
às resinas, ou seja, sequestra ácidos biliares e os elimina nas fezes. Essa atividade pode
resultar no aumento da síntese de ácidos biliares no fígado a partir do colesterol,
consequentemente, diminuindo as concentrações plasmáticas dos lipídios principalmente do
LDL-colesterol.
Tabela 1. Propriedades nutricionais da banana verde e madura do tipo nanica em 100g (VALE
MAIS Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI, 2012).
Figura 1. Escala de maturação de Von Loesecke para bananas (PBMH & PIF, 2006).
14
1.1.2 Amido
Polissacarídeos são polímeros formados por unidades de monossacarídeos unidos por
ligações glicosídicas, com maior e menor peso molecular, solúveis ou insolúveis em água. As
homoglicanas são formadas por apenas uma espécie de monossacarídeo como unidade
monomérica e as heteroglicanas, formadas por diversas espécies de monossacarídeos.
Possuem funções como por exemplo reserva energética, estruturais e uso tecnológico. Os
polissacarídeos que encontramos com mais frequência na natureza são amido, glicogênio,
celulose, hemicelulose, pectina, gomas e quitinas (LEONI, 2001). Com toda diversidade
presente na natureza o amido constitui a mais importante reserva de nutrição das plantas,
sendo facilmente hidrolisado e digerido, portanto, um importante componente da alimentação
humana. Formado por cadeias de unidades de glicose, as variações do amido dependem da
maturação da planta e das proporções entre amilose e amilopectina, influenciando na
viscosidade e no poder de geleificação (LEONI, 2001).
Por ser tratar de um carboidrato, sua digestão inicia-se na boca por meio da atividade da
α amilase, liberada pelas glândulas salivares. São produtos de digestão a glicose, maltose e
outros oligossacarídeos. O pâncreas também libera amilase que vem a ser lançada no intestino
delgado, onde a digestão é finalizada, resultando em apenas unidades de glicose, que
atravessam a parede do intestino alcançando a corrente sanguínea (PEREIRA, 2007).
por sua estrutura densamente empacotada, como no macarrão tipo espaguete (COSTA, 2005).
Em plantas estão armazenados como corpos intracelulares parcialmente cristalinos
denominados grânulos são classificados como A, B e C. As moléculas de amilopectina de
cereais, contendo menos de 20 unidades de glicose, favorecem a formação de polimorfos
cristalinos tipo A. As cadeias maiores das moléculas de amilopectina de tubérculos, contendo
mais de 22 unidades de glicose, favorecem a formação de polimorfos tipo B, encontrados
também na banana, em amidos retrogradados e em amidos ricos em amilose. Embora com
estrutura helicoidal essencialmente idêntica, o polimorfo tipo A apresenta empacotamento
mais compacto do que o tipo B, o qual apresenta estrutura mais aberta e centro hidratado. Por
sua vez, o polimorfo tipo C é considerado um intermediário entre os tipos A e B, sendo
característico de amido de legumes e sementes (WALTER et al., 2005).
Fibras que provêm da dieta, quando passam pelo trato gastrointestinal são degradadas
pelas bactérias, a digestão frente a flora microbiana fornece ao hospedeiro metabólitos
importantes para manutenção do trato gastro-intestinal, esta ação favorece a formação de
ácidos graxos de cadeia curta. O amido resistente é um carboidrato fermentador, posto isso,
seu produto final são ácidos graxos de cadeia curta, exemplo: butirato, acetato e propinato.
Ácidos graxos de cadeia curta são absorvidos rapidamente no intestino e sua metabolização
ocorre essencialmente pelos colonócitos, tecido hepático e muscular, cerca de 5 a 10% é
eliminado nas fezes (VINOLO, 2010).
1.2 Lipoproteínas
Segundo o autor SPOSITO et al (2007) a maioria das lipoproteínas são hidrofóbicas,
seu interior permite a solubilização e transporte dos lipídeos. O envelope é composto por
lipídeos anfipáticos de membrana e proteínas denominadas apolipoproteínas, seu núcleo é
constituído por lipídios apolares, triglicerídeos e ésteres de colesterol, que permite a
dissolução dos lipídios. A camada externa hidrófila, constituída por compostos polares, tais
como proteínas solúveis, apoproteínas, porção hidrófila dos fosfolípidos, e colesterol livre. As
lipoproteínas ricas em TG são as maiores e menos densas. A estrutura dessas lipoproteínas é
fundamental para o transporte dos lipídios através da corrente sanguínea (MOTTA, 2009).
1.2.1 Dislipidemias
Determinada por concentrações anormais de lipídios ou lipoproteínas no sangue, são
classificadas em primárias, vinculadas a alteração fenotípica e as secundárias que apresentam
20
elevação nas frações lipídicas, associada a doença preexistente (LIMA, 1999). São
classificadas de acordo com a Figura 5.
Hipercolesterolemia Familiar
Considerada uma doença genética do metabolismo das lipoproteínas cujo modo de
herança é autossômico codominante, se caracteriza por níveis muito elevados do colesterol da
lipoproteína de baixa densidade (LDL-c), e a presença de sinais clínicos característicos, como
xantomas, risco aumentado de doença arterial coronariana prematura (JATENE et al., 2012).
Hiperlipidemia
Caracteriza-se, por uma série de distúrbios ocasionados pelo excesso de colesterol,
triacilgliceróis e lipoproteínas no plasma sanguíneo, sendo assim considerado um fator de
risco no desenvolvimento de aterosclerose e doenças cardíacas. As lipoproteínas presentes no
sangue são: VLDL (lipoproteí- nas de densidade muito baixa), LDL (lipoproteínas de baixa
densidade) e IDL (lipoproteínas de densidade intermediária). Os quilomícrons também são
classificados como lipoproteínas e são compostos por triacilgliceróis, colesterol e proteína. Há
também lipoproteínas de alta densidade (HDL) que são consideradas o “bom colesterol”
conhecidas como fatores “anti-risco”. A hiperlipidemia pode ser resultado de um distúrbio
genético, de outras condições clínicas ou, uma consequência de uma combinação destes
fatores (IZAR; CHACRA, 2016).
Figura 6. Esquema ilustrativo do mecanismo de ação das estatinas por inibição da enzima
HMGCoA-redutase (SANTOS; BATISTA; MARTA, 2015).
Segundo o autor SCHULZ (2006), as estatinas podem gerar alguns efeitos adversos,
como exemplo, o aumento de enzimas hepáticas, que ocorre entre 0,5 a 2,5% dos casos. Estas
alterações ocorrem pela ação da dose-dependente e problemas graves são excepcionalmente
raros, melhorando com redução da dose ou suspensão da medicação.
Entretanto as resinas são consideradas sequestrantes de ácidos biliares, utilizadas no
tratamento da redução do LDL-colesterol, em aproximadamente 15 e 30% para atingir este
efeito, exige-se que a dose aplicada seja entre 24 g/dia e 30 g/dia. Tais dosagens são difíceis
de atingir, tanto pelo fato desta medicação ter baixa palatabilidade assim como efeitos
adversos gastrintestinais consequentes desta dosagem (ARAUJO et al., 2005).
São substâncias que se ligam a ácidos biliares e formam complexos que serão
eliminados pelas fezes, impedindo a recirculação destas substâncias. Para o organismo
compensar essas perdas, o fígado aumenta a conversão de colesterol a ácidos biliares,
23
2- OBJETIVO
Verificar a influência do consumo da biomassa de banana verde durante 90 dias sobre
o perfil lipídico de voluntários.
3- MATERIAIS E MÉTODO
O estudo foi submetido para aprovação pelo comitê de ética, seguindo as normas da
RESOLUÇÃO Nº 510, DE 07 DE ABRIL DE 2016, e RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE
DEZEMBRO DE 2012 “Considerando o respeito pela dignidade humana e pela especial
proteção devida aos participantes das pesquisas científicas envolvendo seres humanos;”
Número do Comprovante: 032809/2018, comprovante de envio encontra-se no ANEXO D.
3º Na panela de pressão com água já fervente, as bananas foram cozidas com casca,
cobertas com água por vinte minutos.
26
4º Em seguida, o fogo foi desligado após os primeiros oito minutos e a pressão cozinhou
as bananas.
5º Aos poucos, a casca da polpa foi retirada e colocada a quantidade desejada da polpa
cozida quente no processador. Tudo foi processado até obter uma pasta bem espessa.
6° A pasta foi conservada no congelador.
4- RESULTADOS
A ingestão da biomassa de banana verde por 90 dias não alterou significativamente as
concentrações plasmáticas de triglicerídeos (Figura 10). Os valores de referência para os
triglicerídeos variam de limiar alto 150-199, desejável <150 e elevado 200-499. Com isso,
observa-se que em média o triglicerídeos encontram-se em concentrações desejáveis.
C o n c e n t r a ç ã o p l a s m á t i c a d e t r i g l i c e r íd e o s ( m g / d L )
200
150
100
50
0
s
is
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o
n
p
A
e
D
C o n c e n t r a ç ã o p la s m á t ic a d e L D L ( m g /d L )
200
150
100
50
0
An t e s D e p o is
40
30
20
10
0
An t e s D e p o is
29
80
60
40
20
0
An t e s D e p o is
O colesterol total é a soma do: (trigli/5 resultado) + LDL + HDL =. Seus valores de
referência indicam desejável <200 e limiar elevado 200-239. A Figura 14 mostra que a
ingestão de banana verde não alterou significativamente as concentrações plasmáticas de
colesterol total.
30
C o n c e n t r a ç ã o p l a s m á t i c a d e c o l e s t e r o l t o t a l ( m g /d L )
250
200
150
100
50
0
An t e s D e p o is
Figura 14. Concentração plasmática de colesterol total de voluntários que ingeriram biomassa
de banana verde (20 g/dia) antes e após 90 dias.
5- DISCUSSÃO
As pesquisas demostradas a seguir foram selecionadas afim de acompanhar o
desenvolvimento de estudos que se correlacionam ao tema, apresentados por uma linha
cronológica de 1995 a 2015. YOUNES et al., (1995) foi o pioneiro nesses estudos, sua
pesquisa acompanhou dois grupos de ratos, durante um certo período, com quatro tipo de
dietas, analisando a eficácia entre elas. O estudo mostra que ratos alimentados com a dieta
Amido resistente “A.R”, houve redução da concentração plasmática de colesterol, em todas as
fracções de lipoproteínas. Entre a colestiramina e o A.R, o amido também diminuiu a
concentração plasmática de triglicerídeos na fração de lipoproteínas ricas em triglicérideos.
Porém um em complemento ao outro, foi descrito de forma positiva e seus resultados foram
relevantemente considerados bons.
ACHOUR (1997) demostrou o efeito metabólico de amido de milho digerível e
parcialmente digerível. Mostrou que o amido pré-gelatinizado proporciona uma mudança na
digestão, induzindo a retrogradação que conduz a uma redução na resposta glicêmica e
insulínica. Nesta mesma linha de pesquisa, JENKINS. et al (1998) relatam que os potenciais
benefícios fisiológicos do amido resistente estudado parecem se relacionar com a saúde do
cólon, em termos de efeitos sobre o volume fecal e metabolismo ácidos graxos de cadeia
curta, em contra partida, relata que não houve efeito sobre os perfis lipídicos séricos. Visto
31
que o amido age de forma benéfica no trato gastrointestinal, BIRD, BROWN (2000) em seu
parecer, relatou que, a fermentação do amido no intestino grosso pode ser modulada de modo
a menor risco de doença, sobressaltando o benefício digestivo do mesmo para a microflora
intestinal.
PARK et al (2003) mostraram que um dos efeitos significativos do amido resistente é a
redução na concentração de colesterol total no soro e de LDL, porém não ficou claro o efeito
redutor no triglicerídeo. Vinte anos após a primeira pesquisa desta linha temporal,
JYOTHSNA et al., (2015) pesquisaram sobre o amido resistente presente no sorgo (um grão),
e a ação sobre o perfil lipídico de indivíduos saudáveis. Demonstraram que houve um efeito
significativo após o consumo de amido resistente em CT, TG, HDL-C, LDL-C.
Nossos voluntários não apresentaram alterações no perfil lipídico como observado pelos
trabalhos citados acima. Tem-se demonstrado que o amido resistente tipo 2 age como um
sequestrante de esteroide, estimulando o fígado a produzir ácidos biliares e por consequência
observa-se a diminuição dos colesteróis fracionados séricos (YOUNES, H. et al., 1995),
segundo ARAUJO et al., (2005) a mesma funciona de maneira análoga a dos medicamentos
utilizados para o tratamento de dislipidemias. E quando associados podem potencializar sua
ação, de acordo com YOUNES, H. et al., (1995) em sua conclusão. Talvez isso tenha
acontecido pelo fato de nossos voluntários não apresentarem quadros de hiperlipidemias.
Novos estudos devem ser feitos em populações que apresentem este tipo de alteração, para
que possa ser observado o benefício da biomassa de banana verde.
Acreditamos também que a ingestão de biomassa de banana verde possa ter promovido
outros benefícios que não foram avaliados no trabalho. Como por exemplo, melhora na
função intestinal e saciedade. Tem sido demonstrado que a banana verde funciona como
alimento prebióticos, pois contém em sua composição alta quantidade de amido resistente, e, a
não digestão e absorção no intestino delgado favorecem sua fermentação no intestino grosso,
estimulando a proliferação de bactérias consideradas probióticas (CADERNETTE, 2006).
32
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o desenvolvimento deste trabalho, concluímos que a ingestão de biomassa de
banana verde durante 90 dias não alterou o perfil lipídico dos voluntários.
33
7- REFERÊNCIA
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Business Media. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1007/bf02533961> acesso em: 03 de
set 2016.
40
ANEXO A
Questionário da pesquisa
Favor marcar com um X somente em uma única resposta que melhor se apresente para você.
Sexo:
Masculino Feminino
Faixa de idade:
20 á 24 anos De 25 a 35 anos De 36 a 45 anos
Se sim, qual ?
_____________________________________________________________
41
Sim Não
Se sim, qual ?
______________________________________________________________
Conhece ou já ouviu falar na biomassa de banana verde ?
Sim Não
Possui algum problema, fobia, medo, desmaio, quando necessário a coleta de sangue?
Sim Não
ANEXO B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012
Nosso interesse neste assunto se dá pois: A banana verde possui propriedades benéficas ao
organismo, acreditamos que o consumo regular desse produto beneficie o organismo, como a
redução de LDL. O tema apresentado se faz importante devido a um grande número de pessoas
que possuem disfunções lipídicas, e o fruto (banana verde) se fazer presente em todo pais, o
que possibilita o consumo em maior escala e fácil acesso. O objetivo desse trabalho é verificar
a influência do consumo da biomassa de banana verde, ao longo de 90 dias, no perfil lipídico
Procedimentos: Primeiro, coleta de dados específicos feito através de um questionário. Após a
inclusão, os voluntario serão informados dos termos descritos pelo comitê de ética.
No Segundo passo: será feita há primeira coleta do sangue venoso. A Segunda coleta será feita
ao fim de 90 dias, de consumo da biomassa. Reforçando que será feita 2 coletas de sangue
venoso (principio e fim da pesquisa). Todos receberam seus resultados e estarão cientes dos
processos de coleta e análise.
Você será esclarecido(a) sobre a pesquisa em qualquer aspecto que desejar. Você é livre para
recusar-se a participar, retirar seu consentimento ou interromper a participação a qualquer
momento. A sua participação é voluntária e a recusa em participar não irá acarretar qualquer
penalidade ou perda de benefícios.
A participação no estudo não acarretará custos para você e não será disponível nenhuma
compensação financeira. Nos pesquisadores iremos tratar a sua identidade com padrões
profissionais de sigilo. Você não será identificado em nenhuma publicação que possa resultar
deste estudo. Uma cópia deste consentimento será arquivada e outra será fornecida a você.
Os riscos decorrentes dessa pesquisa pode ser: Intestino solto, devido ao excesso do consumo
da biomassa, por isso aconselha-se o consumo de 20g/dia. Possível perda de peso, de 1 a 4
quilos no período de 90 dias, devido a regulação intestinal, por consumo da fibra.
43
_______________________________________________________________
Nome Assinatura do Pesquisador Data
ANEXO C
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
ANEXO D
59