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Geovanne Passos2
Hilton Almeida3
RESUMO
Este estudo tem o intuito de apresentar uma nova perspectiva para o tratamento de fissuras e
infiltrações em manutenção predial, através da injeção de resinas de poliuretano. É válido esse
estudo porque essa tecnologia garante durabilidade na estrutura do concreto, reduz o
desperdício e consumo de materiais para realizar a manutenção. O objetivo geral desse estudo
parte da necessidade de analisar as vantagens que a tecnologia de injeção de resinas de
poliuretano apresenta para o tratamento de patologias em manutenções prediais. Levando em
consideração que os objetos em estudo não foram idealizados nesse trabalho, o processo já
existe no mercado e as fontes bibliográficas servirão para proporcionar a obtenção de
conclusões próprias dos autores desta pesquisa, este trabalho parte do método dedutivo. A
partir desse estudo foi possível observar que, a causa do surgimento da patologia deve ser
analisada de forma criteriosa e por um profissional apto para isso, a partir disso é que será
possível definir a forma de tratamento adequada, desse modo foi possível observar que a
injeção de resinas de poliuretano é a solução mais prática e eficaz para solucionar problemas
de infiltração e fissuras na estrutura de concreto.
1 INTRODUÇÃO
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2º Check do Paper institucional apresentado à disciplina de Metodologia e Técnicas de Pesquisa, da Unidade
de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB.
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Aluno do 1º período noturno do Curso de Engenharia Civil, da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco –
UNDB.
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Professor, orientador.
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3 PATOLOGIAS DO CONCRETO
Conforme Lapa (2008, p. 9), existem alguns fatores que influenciam diretamente a
durabilidade do concreto:
Na realidade a deterioração do concreto ocorre muitas vezes como resultado de uma
combinação de diferentes fatores externos e internos [...] Os processos de
degradação alteram a capacidade de o material desempenhar as suas funções, e nem
sempre se manifestam visualmente. Os três principais sintomas que podem surgir
isoladamente ou simultaneamente são: a fissuração, o destacamento e a
desagregação.
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Projeto de estruturas de concreto – Procedimento.
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4 MANUTENÇÕES PREDIAIS
Conforme a NBR 56745 (1999 apud CASTRO, 2007, p. 12), manutenção predial
“o conjunto de atividades a serem realizadas para conservar ou recuperar a capacidade
funcional da edificação e de suas partes constituintes de atender as necessidades e segurança
de seus usuários”. Desse modo, é possível verificar a importância da manutenção da
edificação para a sua vida útil, garantindo assim a segurança de seus usuários.
Ademais, as anomalias do concreto geralmente são detectadas pelos usuários da
edificação. Portanto, quanto mais cedo uma anomalia for detectada, menor será a perda de
desempenho, e mais barato será sua manutenção. Por isto, é importantíssima a realização de
inspeções periódicas através de profissional habilitado. Helene (2009 apud MOURÃO, 2010)
ressalta que, aproximadamente 50% dos gastos na construção civil são para reparos e
manutenções.
Portanto, as patologias das estruturas de concretos devem ser avaliadas de forma
adequada, para que as correções sejam apropriadas para o caso e também a escolha do melhor
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Manutenção de edificações - Procedimentos
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produto para este processo. A avaliação tem como objetivo, definir como determinada
estrutura está se desgastando, a partir daí deve-se definir se o reparo será efetuado ou não.
Dito isso, o responsável técnico deve ter contato direto com anomalia, utilizando
seus conhecimentos e testes para colher o maior número de informações possíveis, desse
modo, poderá aplicar as medidas necessárias para efetuar o reparo na edificação.
Apesar do constante avanço tecnológico tanto em materiais quanto nas técnicas de
construção, observa-se que edificações relativamente novas vêm apresentando patologias,
existem fatores predominantes para que isso ocorra, como: uso inapropriado de materiais,
ausência de cautela na execução do projeto, e principalmente, a falta de manutenção.
Segundo Takagi e Almeida Junior (2002, p. 3) apud Mourão (2010, p. 22), “as
condições de trabalho da resina endurecida devem levar em conta as solicitações mecânicas a
qual a resina estará submetida durante toda a vida útil da estrutura”.
Os autores ainda afirmam que é necessário identificar as seguintes situações:
selamento; estrutural; trincas úmidas; trincas secas (TAKAGI; ALMEIDA, 2002, p. 3 apud
MOURÃO, 2010). Com base nisto, é possível obter o modo correto e eficiente para recuperar
o concreto.
As resinas mais utilizadas para recuperação do concreto são: Epóxi (rígido, altas
resistências, excelente aderência, grande durabilidade, não funciona com água); Microcimento
(rígido, boas resistências, excelente aderência, grande durabilidade, proteção alcalina, 23
funciona com água); Poliuretano (rígido, boas resistências, excelente aderência, grande
durabilidade, funciona com água).
Mesmo com a utilização de diferentes tipos de resina para recuperação do
concreto, neste estudo será tratado apenas à utilização das resinas de poliuretano.
expansão em contato com superfícies molhadas, podendo aumentar seu volume em até 40
vezes, gerando uma espuma.
Entretanto, como foi explicado anteriormente, o tamponamento gerado pela
espuma é apenas provisório, pois estas possuem células fechadas e abertas, por onde a água
pode penetrar com o passar do tempo, causando novamente o vazamento. Por isto a utilização
da espuma não deve ser isolada, devendo ser injetado logo em seguida o gel de poliuretano,
não expansivo, flexível e capaz de selar os poros da espuma formada e do concreto (QUINI,
2012). Deve-se salientar que onde não há fluxo de água, pode-se optar pela injeção apenas do
gel.
Há ainda as resinas de poliuretano rígidas, com aplicação estrutural em trincas,
fissuras e cavidades com ou sem fluxo de água. Esta resina também forma espuma em contato
com superfícies molhadas, mas com menor expansão que os hidroativos, formando um
polímero de alta resistência.
Como citado anteriormente, a área a ser tratada deve ser preparada, portanto, o
local da fissura e dos furos deve estar limpo, removendo partículas soltas, poeiras e outros
contaminantes com ar comprimido.
A injeção é feita utilizando bombas de alta pressão e através de injetores. A
perfuração da estrutura é feita por meio de uma broca que tenha diâmetro compatível com o
do bico injetor utilizado. Os modelos de bicos injetores são basicamente dois, os de
perfuração e de adesão, podendo ser metálicos ou plásticos, para a resina de poliuretano.
Recomenda-se a utilização de bicos metálicos, pois esses suportam maiores pressões de
injeção, até 200 bar6 (20 MPa7), explica Takagi e Júnior (IBRACON, 2014).
O concreto deve ser perfurado para a instalação dos bicos de perfuração em duas
linhas de cada lado da fissura, com distância entre cada bico de 25cm. O furo deverá ter um
ângulo de 45º em relação ao concreto, indo em direção à fissura. Feito isso, deve-se limpar os
furos e instalar os bicos de injeção (OLIVEIRA, 2014, p. 22). Para melhor entendimento,
observe a figura abaixo:
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Unidade de pressão (símbolo: bar) e equivalente a exatamente 100.000 Pa (10 5 Pa). Este valor da pressão é
muito próximo ao da pressão atmosférica que é definido como 101.325 Pa.
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O pascal (símbolo Pa) é a unidade de pressão e tensão no S.I. O nome dessa unidade é uma homenagem a
Blaise Pascal, eminente matemático, físico, filósofo e teólogo francês.
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Fonte: http://www.g-maia.com.br/wp-content/uploads/2012/05/foto2-orig1.jpg
5.2.1 Cura
O processo de cura da resina de poliuretano é rápido, Oliveira (2014, p. 25)
explica que em torno de “1 a 2 minutos a resina inicia o processo de expansão e
endurecimento (polimerização)”, nesse tempo a resina irá cobrir a área da fissura onde a
resina foi injetada. Após isso os excessos podem ser retirados.
Ademais, Quini (2012) afirma que a cura dependendo da dosagem a cura pode
ocorrer no tempo de 30 a 60 segundos.
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6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BASTOS, Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos. Fundamentos do concreto armado. São Paulo:
2011. Disponível em: < http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/FUNDAMENTOS.pdf>.
Acesso em: 03 mai. 2015.
LAPA, José Silva. Patologia, recuperação e reparo das estruturas de concreto. Trabalho
de Estágio (Especialização em Construção Civil) – Universidade Federal de Minas Gerais,
Belo Horizonte: 2008.