Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
2
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Sumário
1 Língua Portuguesa ....................................................................................................... 4
Estrutura fonética ...................................................................................................... 4
Ortografia oficial conforme o novo acordo ortográfico.................. 8
Classes de palavras .................................................................................................. 21
Sintaxe da concordância ........................................................................................ 36
Colocação pronominal ............................................................................................ 40
Crase ................................................................................................................................... 43
Pontuação ........................................................................................................................ 49
Interpretação de textos. ........................................................................................ 55
2.LEGISLAÇÃO ................................................................................................................... 58
Constituição da República Federativa do Brasil -1988: 1.1. Título
I; .............................................................................................................................................. 58
Título III/Capítulo IV ................................................................................................. 66
Declaração Universal dos Direitos Humanos; .......................................... 69
Lei Federal n° 8.069, de 13/07/1990 - Estatuto da criança e do
Adolescente ECA;........................................................................................................ 73
Lei nº 10.741, de 01 de outubro de 2003, Estatuto do Idoso, Art. 1º
ao 10, 15 ao 25, 33 ao 42 e 95 ao 118. ............................................................ 122
Lei Municipal n° 8.198, de 13/07/2001 - Uso de focinheiras em
cães na via pública;................................................................................................... 157
Lei Municipal n° 8.354, de 24/04/2002 - Lei do "Pit Bul" ................... 158
Lei Municipal n° 8.616, de 14/07/2003 - Código de Posturas
Municipais ....................................................................................................................... 159
Lei Municipal nº 9.011, de 1º/01/2005. Dispõe sobre a estrutura
organizacional da administração direta do Poder Executivo e dá
outras providências................................................................................................. 228
Decreto Municipal n° 11.566, de 19/12/2003 - Designa Patrono
da Guarda Municipal o Embaixador Sérgio Vieira de Melo; ............. 283
Decreto Municipal n° 12.639 de 23/02/2007 - Dispõe sobre
alocação, denominação e atribuições dos órgãos de terceiro
grau hierárquico e respectivos subníveis da estrutura
organizacional da Administração Direta do Executivo, na
Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial e dá
outras providências; ............................................................................................... 284
Lei Municipal 9.319, de 19 de janeiro de 2007 – Estatuto da
Guarda Municipal de Belo Horizonte ............................................................ 307
3. NOÇÕES DE GEOGRAFIA URBANA .................................................................. 346
4. HISTÓRIA DE BELO HORIZONTE........................................................................ 369
3
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
1 Língua Portuguesa
Estrutura fonética
Letras e Fonemas
Fonema é a unidade mínima sonora que é capaz de estabelecer diferenciação entre um vocábulo
e outro.
Como se vê a diferenciação entre as duas palavras acima é marcada pelos fonemas /l/ e /t/.
Vogais
Vogal é o fonema produzido pelo ar que, expelido dos pulmões, faz vibrar as cordas vocais e não
encontra nenhum obstáculo na sua passagem pelo aparelho fonador. Classificam-se em:
Quanto à intensidade
Vogal tônica: é a vogal que se encontra na sílaba mais forte da palavra. Pode conter acentuação
gráfica ou não, ficando dependente das regras de acentuação neste caso. Porém, quando houver
acento, a vogal acentuada será sempre a vogal tônica, e, por consequência, a sílaba na qual ela
se encontrar será a sílaba tônica.
4
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Vogal átona: é a vogal que se encontra na(s) sílaba(s) mais fraca(s) da palavra.
Não possuem acentuação gráfica, mas podem apresentar o sinal gráfico de nasalação – til /~/ –
quando a sílaba tônica for acentuada (órfão, órgão etc). O número de vogais átonas em uma
palavra varia, podendo até mesmo ser zero (no caso de palavras monossílabas).
Exemplos:
Pato – divide-se pa.to . Então o a é a vogal tônica, pois a sílaba mais fortemente pronunciada é
pa . O o é a vogal átona pois a sílaba to é fracamente pronunciada. Neste caso, não há acento
em nenhuma vogal.
Ábaco – divide-se á.ba.co . Então o primeiro a é a vogal tônica pois a sílaba mais fortemente
pronunciada é á . O segundo a e o o são as vogais átonas, pois as silabas ba e co são
pronunciadas fracamente. Neste caso, a sílaba tônica é acentuada.
Presidente – divide-se pre.si.den.te . A segunda vogal e é a vogal tônica, pois a sílaba mais
fortemente pronunciada é den . Nesse caso a palavra possui três vogais átonas – o primeiro e,
o i e o último e -, que estão respectivamente nas sílabas pre , si e te .
Quanto ao timbre
Vogais abertas: São as vogais articuladas ao se abrir o máximo a boca. Por exemplo: no Brasil,
nas palavras “amora” e “café”, todas as vogais são abertas.
Vogais fechadas: São as vogais articuladas ao se abrir o mínimo a boca. Por exemplo: nas
palavras “êxodo” e “fôlego”, todas as vogais são fechadas.
Alguns gramáticos da língua portuguesa ainda classificam as vogais “e” e “o” na categoria de
vogais reduzidas quando são átonas no fim de uma palavra, que em geral são pronunciadas
como “i” e “u”. Por exemplo, nas palavras “análise” e “camelo”.
Vogais nasais: São as vogais pronunciadas em que uma parte do ar usado para a pronúncia
escapa pela cavidade nasal. Em português, existem cinco vogais nasais. Nas palavras: “maçã”,
“sempre”, “capim”, “bondade”, e “fundo”, os grafemas assinalados em negrito representam vogais
nasais. Também são nasais os ditongos “ão”, “ãe”, “õe” e o ditongo “ui” da palavra “muito”.
Semivogais
As semivogais são fonemas que não ocupam a posição de núcleo da sílaba, devendo, portanto,
associar-se a uma vogal para formarem uma sílaba. Em português, somente os fonemas
representados pelas letras “i” e “u” em ditongos e tritongos são considerados semi-vogais. Um
ditongo é sempre formado por uma vogal mais uma Semivogal. Quando a semivogal vem antes
da vogal, o ditongo é dito “crescente” (como em “jaguar”). Quando a semivogal vem depois, o
ditongo é dito “decrescente” (como em “/demais”). Nos ditongos “ui” e “iu”, uma das letras é
sempre considerada vogal e a outra é semivogal. No caso dos tritongos, todos eles são formados
por uma vogal intercalada entre duas semivogais.
Consoantes
5
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Consoantes são fonemas assilábicos que se produzem após ultrapassar um obstáculo que se
opõe à corrente de ar no aparelho fonador. Estes obstáculos incluem os lábios, os dentes, a
língua, o palato, o véu palatino e a úvula.
Um encontro vocálico acontece quando há duas letras com sons vocálicos juntas em uma mesma
palavra. Sendo assim, mesmo que a letra em questão seja uma consoante, se ela assumir um
som de vogal na palavra, ela pode constituir um encontro vocálico, como é o caso das letras “ol”
na palavra “farol”.
Portanto, quando há uma sequência de sons vocálicos, sejam eles na mesma sílaba ou em
sílabas separadas, caracterizamos um encontro vocálico. Existem três tipos de encontros
vocálicos:
HIATO
O encontro de duas letras com sons vocálicos, em uma mesma palavra, e em sílabas diferentes.
Exemplos:
democracia: de-mo-cra-ci-a
viela: vi-e-la
saída: sa-í-da
poesia: po-e-si-a
DITONGO
O encontro de duas letras com sons vocálicos, em uma mesma palavra e na mesma sílaba.
Neste caso, uma é caracterizada como vogal (a mais forte, tônica) e a outra como semivogal (a
mais fraca, átona).
Exemplos:
Os ditongos podem ser classificados de duas formas: crescente ou decrescente, e oral ou nasal.
Ditongo Crescente: o encontro de uma semivogal (menos intensa) mais uma vogal (mais
intensa), na mesma sílaba.
Ditongo Decrescente: o encontro de uma vogal (mais intensa) mais uma semivogal (menos
intensa), na mesma sílaba.
Ditongo Oral: o som passa pela cavidade oral, impedindo a passagem do ar pelas vias nasais.
Ditongo Nasal: o som passa essencialmente pela cavidade nasal, produzindo um som
nasalizado.
TRITONGO
6
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
É a sequência de três letras com sons vocálicos pertencentes à mesma sílaba de uma
determinada palavra, sendo que a primeira é uma semivogal, a segunda uma vogal, e a terceira
uma semivogal.
Os tritongos também podem ser classificados em nasais ou orais, seguindo as mesmas regras
dos ditongos.
O encontro consonantal ocorre quando duas ou mais consoantes se encontram em uma palavra.
Ou melhor, é quando duas ou mais consoantes estão em sequência, sem uma vogal entre elas.
São puros ou perfeitos quando ocorrem em uma mesma sílaba: prato (pra-to), palavra (pa-la-
vra), psicologia (psi-co-lo-gia), pneumático (pneu-má-ti-co), encontrar (en-con-trar), blusa (blu-
sa), atleta (a- tle-ta), Bíblia (Bí-blia), e assim por diante.
São disjuntos ou imperfeitos quando estão em sílabas diferentes, ou seja, quando na divisão de
sílabas ficam separados: alcançar (al-can-çar), subsolo (sub-so-lo), advogado (ad-vo-ga-do),
aspecto (as -pec-to), apto (ap-to), costa (cos-ta), etc.
Perceba que há uma sequência consonantal perfeita e uma imperfeita no verbo “encontrar”,
observe:
Há alguns encontros consonantais, tais como: gn, mn, pt, ps, pn, tm, que não são muito comuns:
magnético, mnemônica, ruptura, psicólogo, pneu, ritmo. Se estiverem no começo da palavra não
se separam, mesmo porque não há meio de um letra ficar sozinha: p-si-có-lo-go, está errado! A
letra “p” deve acompanhar a sílaba “si”: psi-có-lo-go.
Mas observe que o encontro consonantal da palavra “ritmo” se desfaz na divisão silábica porque
não está no início da palavra, e sim no meio: rit-mo.
Existe também o encontro consonantal fonético que acontece quando a letra x tem som de ks:
maxi, táxi, axila.
Dígrafo
Dígrafo é o encontro de duas letras que ao serem pronunciadas emitem um único fonema. São
exemplos de dígrafos: nascer, morrer, chorar, isso, aquilo.
A palavra “dígrafo” tem origem grega, sendo formada pela junção dos termos di (dois) + grafo
(escrever). Em outras línguas, podem existir trígrafos (três letras) ou quadrígrafos (quatro letras).
Por exemplo, na Língua Alemã, “tsch” (Deutschland) representa apenas um som.
Na Língua Portuguesa, os dígrafos são classificados em Vocálicos (encontro de duas letras que
formam um som de vogal) e Consonantais (encontro de duas letras que formam um som de
consoante).
7
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
É importante salientar que para haver um encontro consonantal, as duas consoantes devem
possuir dois sons distintos. Exemplo: letra (som de t e som de r). Caso apresentem apenas um
som, já vimos que são dígrafos. Exemplo: achatado (som de x).
Ortografia (do grego orthographia, escrita correta) é a parte da Gramática que trata do emprego
correto das letras e dos sinais gráficos na língua escrita. Em português utilizam-se, na expressão
escrita, letras, sinais diacríticos e sinais de pontuação.
O objetivo principal desse novo Acordo Ortográfico não foi, como era de se esperar, a
simplificação, mas a unificação ortográfica da língua portuguesa falada na comunidade lusófona.
8
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Para nós, brasileiros, as alterações ortográficas introduzidas na língua pelo novo sistema são,
lamentavelmente, superficiais, visto que se restringem ao uso dos sinais diacríticos (acentos
gráficos, trema, hífen, apóstrofo). São mais sensíveis para os portugueses e os lusofalantes
africanos, que passarão a grafar sem as consoantes mudas e e p palavras como actor, clirector,
lectivo, óptimo, etc.
ALFABETO PORTUGUÊS
a, b, e, d, e, f, g, h, i, j, k, 1, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z
Ora sozinhos, ora combinados com outras letras ou auxiliados por certos sinais gráficos (acentos,
til, cedilha, etc.), estes signos representam os mais de trinta fonemas de nossa fala.
Quanto à forma, as letras podem ser maiúsculas ou minúsculas, de imprensa (ou de fôrma) ou
manuscritas.
Como vimos nas páginas anteriores, nosso sistema ortográfico não é totalmente fonético, pois
nem sempre a grafia corresponde à pronúncia das palavras. Tem deficiências e imperfeições,
responsáveis pela maioria das dificuldades com que nos defrontamos no emprego de certas
letras, sobretudo as que representam fonemas consonânticos alveolares e palatais fricativos: g
ou j? s ou z? ch ou x?, etc.
Usam-se apenas:
Observações:
✓ Em palavras estrangeiras aportuguesadas, bem como nos demais casos não previstos
acima, o k foi substituído por e ou qu, conforme o caso, o w por vou u, conforme o valor
fonético, e o y por i: uísque, Iorque, Bálcãs, bloco, sanduíche, vermute, Vá/ter, Osvaldo,
jóquei, iate, ianque, Niterói, Rui, guarani, heureca, viquingue (menos usado que viking),
etc.
EMPREGO DA LETRA H
Esta letra, em início ou fim ele palavras, não tem valor fonético; conservou-se apenas como
símbolo, por força da etimologia e ela tradição escrita. Grafa-se, por exemplo, hoje, porque esta
palavra vem do latim hodie.
Emprega-se o H:
9
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
hábito, hélice, herói, hérnia, hesitar, haurir, hilaridade, homologar, Horácio, haxixe, hortênsia,
hulha, etc.
b) medial, como integrante dos dígrafos eh, Ih, nh: chave, beliche, broche, cachimbo, capucho,
chimarrão, cochilar, fachada, flecha, machucar, mochila, telha, companhia, etc.
c) final e inicial em certas interjeições: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc.
Observações:
Não se usa H:
a) no início ou no fim de certos vocábulos, no passado escritos com essa letra, embora sem
fundamento etimológico. Exemplos:
b) no início de alguns vocábulos em que oh, embora etimológico, foi eliminado por se tratar de
palavras que entraram na língua por via populaG como é o caso de erva, inverno e Espanha,
respectivamente do latim herba, hibernus e Hispania.
Observação:
c) em palavras derivadas e em compostos sem hífen: reaver (re + haver), reabilitaG inábil,
desonesto, desonra, desumano, exaurir, lobisomem, turboélice, etc.
EMPREGO DO E, I, O E U
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e li!, /oi e /ui nem sempre é nítida.
É principalmente desse fato que nascem as dúvidas quando se escrevem palavras como quase,
intitula" mágoa,, bulir, etc., em que ocorrem aquelas vogais.
a) a sílaba final de formas dos verbos terminados em -uar: continue, continues, habitue, habitues,
pontu e, pontues, etc.
b) a sílaba final de formas dos verbos terminados em -oar: abençoe, abençoes, magoe, magoes,
perdoe, perdoes, etc.
c) as palavras formadas com o prefixo ante- (antes,. anterior): antebraço, antecipar, antedatar,
antediluviano, antevéspera, etc.
10
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
• Emprega-se a letra i:
a) na sílaba final de formas dos verbos terminados em -uir: diminui , diminuis, influi, influis, possui,
possuis,, etc.
11
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Para representar o fonema !j! existem duas letras: g e j. Grafa-se este ou aquele signo não de
modo arbitrário, mas de acordo com a origem da palavra. Exemplos: gesso (do grego gypsos) -
jeito (do latim jactu) - jipe (do inglês jeep)
• Escrevem-se com g:
12
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Exceção: pajem.
b) as palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ágio, -úgio: contágio, estágio, egrégio, prodígio,
relógio, refúgio, etc.
massagista (de massagem)- vertiginoso (de vertigem) - ferruginoso (de ferrugem) – engessar (de
gesso) - faringite (de faringe) - selvageria (de selvagem), etc.
• Escrevem-se com j:
cereja: cerejeira
jeito: jeitoso, ajeitar, desajeitado, enjeitar, conjetura, conjeturar, dejetar, dejeção, dejeto(s),
ejetar, ejeção, ejetor, injetar, injeção, interjeição, objetar, objeção, objeto, objetivo, projetar,
projeção, projeto, projétil, rejeitar, rejeição, sujeitar, sujeição, sujeito, subjetivo, trajeto, trajetória,
trejeitar, trejeito
13
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
canjerê, canjica, jenipapo, jequitibá, jerimum, jia, jiboia, jiló, jirau, Moji, mojiano, pajé,
14
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
• adjetivos com os sufixos -aso, -asa: gostoso, gostosa - gracioso, graciosa - teimoso, teimosa,
etc.
• adjetivos pátrios com os sufixos -ês, -esa: português, portuguesa - inglês, inglesa - milanês,
milanesa, etc.
catequese, diocese, diurese- pitonisa, poetisa, sacerdotisa- glicose, metamorfose, virose, etc.
analisar (de análise) - apresar (de presa) - atrasar (de atrás) - abrasar (de brasa) - extasiar (de
êxtase) - enviesar (de viés)- afrancesar (de francês) - extravasar (de vaso) - alisar (de liso), etc.
15
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Avis, Baltasar, Brás, Eliseu, Garcês, Heloísa, Inês, Isabel, Isaura, Luís, Luísa, Queirós,
EMPREGO DA LETRA Z
Grafam-se com z:
• os derivados em -za/1 -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita: cafezal, cafezeiro, cafezinho, avezinha,
cãozito, avezita, etc.
• os derivados de palavras cujo radical termina em -z: cruzeiro (de cruz}, enraizar (de raiz},
esvaziar, vazar, vazão (de vazio), etc.
pobreza (de pobre), limpeza (de limpo), frieza (de frio), etc.
S OU Z?
a) O sufixo -ês (latim -ense) forma adjetivos (às vezes substantivos) derivados de substantivos
concretos:
16
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
aridez (de árido), cupidez (de cúpido), avidez (de ávido), acidez (de ácido), estupidez (de
estúpido), palidez (de pálido), rapidez (de rápido), mudez (de mudo), lucidez (de lúcido)
burguesa (de burguês), francesa (de francês), camponesa (de camponês), milanesa (de
framboesa, indefesa, lesa, mesa, sobremesa, obesa, Teresa, tesa, toesa, turquesa.
Escreve-se -eza:
Usa-se -eza (com z) nos substantivos femininos abstratos derivados de adjetivos e denotando
beleza (de belot franqueza (de franco), pobreza (de pobret leveza {de leve).
Observação:
Escreve-se -isar (com s) quando o radical dos nomes correspondentes termina em -s. Se o
avisar (aviso + -ar), anarquizar (anarquia + -izar), analisar (análise+ -ar), civilizar (civil + -izar),
alisar (a+ liso+ -ar), canalizar (canal + -izar), bisar (bis + -ar) amenizar (ameno + -izar)
catalisar (catálise+ -ar), colonizar (colono + -izar), improvisar (improviso+ -ar) vulgarizar (vulgar+
-izar), paralisar (paralisia+ -ar), motorizar (motor+ -izar), pesquisar (pesquisa + -ar) escravizar
(escravo + -izar), pisar, repisar (piso + -ar), cicatrizar (cicatriz + -ar)
frisar (friso + -ar), deslizar (deslize+ -ar), grisar (gris + -ar) matizar (matiz + -ar)
17
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Observações:
✓ Nos verbos derivados de nomes cujo radical termina em sou z, o sufixo é-ar; se o radical
termina por outra
✓ Dos verbos em -izar, uns, como oficializar, monopolizar, sintonizar, etc., foram formados
em nossa língua; outros, como batizar, catequizar, dramatizar, traumatizar, etc., derivam
do grego e entraram no vernáculo já formados. No grego, escrevem-se como dzeta,
letra que corresponde ao nosso z.
EMPREGO DO X
Observação:
✓ Nas palavras do segundo item, o x é parte do prefixo latino ex-, mas deveria ser abolido,
simplesmente por ser desnecessário. Bastaria a variante e- (em vez de ex ), tal como
ocorre em efusão, emigrar, evasão, emanar, etc.
expectativa, experiente, expiar (remir, pagart expirar (morrer), expoente, êxtase, extasiado,
extrair, fênix, têxtil, texto, etc.
Excepcionalmente, grafam-se com eh: encharcar (de charco), encher e seus derivados
(enchente, enchimento, preencher, etc.), enchova, enchumaçar (de chumaço), enfim, toda vez
que se trata do prefixo en- + palavra iniciada por eh.
18
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
abacaxi, xavante, caxambu (dança negra), caxinguelê, mixira, orixá, xará, maxixe, etc.
anexim, bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, mexer, mexerico, puxar, rixa,
oxalá, praxe, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, xampu.
bucha, charque, charrua, chávena, chimarrão, chuchu, cochilo, cochilar, fachada, ficha, flecha,
mecha, mochila, pechincha, tocha.
• Homônimos
bucho = estômago
chá= planta da família das Teáceas; infusão de folhas do chá ou de outras plantas
xeque= no jogo de xadrez, lance em que o rei é atacado por uma peça adversária
CONSOANTES DOBRADAS
Observação:
19
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Observação:
✓ No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da letra maiúscula.
José, Tiradentes, Brasil, Amazônia, Campinas, Deus, Jesus Cristo, Maria Santíssima, Tupã,
Minerva, Via Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, Região Sul, Baixada Fluminense, Triângulo
Mineiro, etc.
Observação:
✓ Grafa-se com inicial minúscula: o deus pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno.
e) nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação, Estado, Pátria, União,
Brasileira de Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, Secretaria de Saúde,
Guarda Municipal, Ministério da Fazenda, etc.
Vossa Excelência, Sr. Presidente, Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.
Observação:
✓ No interior dos títulos, as palavras átonas, como o, a, com, de, em, sem, um, etc.,
grafam-se com inicial minúscula.
a) nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos, nomes próprios tornados
comuns:
20
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
As igrejas evangélicas.
"Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra." (MANUEL BANDEIRA)
"A sobremesa era no pomar: chupar laranjas debaixo das árvores." (ELSIE LESSA)
• Casos opcionais
a) nomes designativos de logradouros públicos, edifícios, templos: Rua (ou rua) São José, Praça
(ou praça) da Paz, Edifício (ou edifício) Jabuti, Igreja (ou igreja) do Bonfim, etc.
d) nomes comuns antepostos a nomes próprios de acidentes geográficos: Baía (ou baía) de
Guanabara. Lagoa (ou lagoa) de Araruama, Rio (ou rio) Amazonas, Ilha (ou ilha) de Marajá,
e) nomes de livros (menos o inicial e substantivos próprios, que são sempre com maiúscula):
sem Data ou Histórias sem data, A Retirada de Laguna ou A retirada de Laguna, etc.
Classes de palavras
ARTIGO
ADVÉRBIO
ADJETIVO
CONJUNÇÃO
INTERJEIÇÃO
NUMERAL
21
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
PRONOME
PREPOSIÇÃO
SUBSTANTIVO
VERBO
---------------------------------------------
SUBSTANTIVO
O substantivo é a classe gramatical que utilizamos para dar nome aos objetos e às coisas. A
própria origem da palavra “substantivo”, que vem de “substância”, se refere ao fundamento de
algo.
Se você parar um pouco para pensar, verá que existem diversas classificações possíveis para
os substantivos.
Para começar, analise os substantivos “prazer” e “tesoura”. Ambos são substantivos, mas você
concorda que há algo de diferente entre eles?
Para explicar essas diferenças, vamos entender um pouco as classificações dos substantivos.
Substantivos Concretos
Os substantivos concretos são aqueles que nomeiam objetos, coisas, lugares, animais e plantas.
Substantivos Abstratos
Todos esses substantivos dependem da existência de um ou mais seres para fazer sentido. Por
isso não são concretos.
Substantivos Próprios
São aqueles que individualizam um ou mais seres. O substantivo próprio identifica esses seres
para diferenciá-los dos demais, por conta de suas características.
Teríamos muita confusão se os nomes próprios não existissem. Seria difícil identificar alguém se
chamássemos todos como “pessoas” ou “seres humanos”. Mais fácil identificar alguém que
chame Maria Raquel da Silva Barbosa.
Substantivos Comuns
Já o substantivo comum é aquele aplicado a vários objetos e coisas. Ele não cria identidades
específicas nos seres que nomeia.
22
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Substantivos Coletivos
Note que cada substantivo coletivo agrupa um conjunto de seres. Considerando os exemplos
acima, temos:
Substantivos primitivos
Essa é um tipo de classificação bem pouco cobrada em concursos públicos, mas vale a pena
atentarmos para ela.
Para entender melhor os substantivos primitivos, veja a seguir o que são os substantivos
derivados.
Substantivos derivados
Os substantivos derivados, por óbvio, são aqueles que derivam dos substantivos primitivos.
Veja os exemplos a seguir, usando os substantivos primitivos anteriores:
Substantivos compostos
Perceba que não necessariamente o radical precisa estar separado por hífen (como é o caso
de “passatempo”).
Substantivos simples
Já os substantivos simples são aqueles que possuem apenas um radical na sua estrutura.
É bom frisar que os substantivos variam em número, grau e gênero. Ou seja: podem ser
encontrados no singular e no plural (número), no aumentativo e diminutivo (grau) e no
masculino e feminino (gênero).
23
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Adjetivo
No Emprego das Classes de Palavras o adjetivo é um dos mais importantes. Ele tem a função
de delimitar e qualificar o significado de um substantivo.De maneira geral, podemos dizer que
os adjetivos dizem quais são as qualidades de um substantivo.
Carro azul
Homem belo
Sapato feio
Menino romântico
Cachorro bom
Gato mau
Bola arredondada
Locução adjetiva
Exemplos:
Cachorro de rua
Arroz de geladeira
“De rua”, “com cupim”, “de geladeira” e “sem capa” fazem o papel de adjetivos nesses casos.
Por isso, são locuções adjetivas.
Caso você encontre uma questão com pegadinha que pergunte se “De rua” está adjetivando a
palavra “Cachorro”, responda corretamente.
Substantivação do Adjetivo
Outra possível confusão que pode ser feita é quando um adjetivo é substantivado. Aqui o que
importa analisar é a função que a palavra está exercendo, e não necessariamente memorizar
que uma palavra é ou não um adjetivo.
Nesse caso, “fraco” não é adjetivo. A palavra não está qualificando nenhum substantivo. Ele é
o próprio substantivo.
Grau do Adjetivo
Outro tema importantíssimo quando falamos sobre os adjetivos é entender o grau de emprego
deles. Como assim?
24
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Quando falamos em graus estamos falando das relações entre as qualidades de um ou mais
seres. Os graus existentes são o positivo, o comparativo e o superlativo.
Grau Positivo
Grau Comparativo
É o grau onde o adjetivo está empregado em uma comparação entre dois ou mais seres. Veja
quais são as possibilidades do Grau Comparativo, e alguns exemplos:
Grau Superlativo
O Grau Superlativo é utilizado quando se pretende dar ênfase na adjetivação. Existem duas
possibilidades de emprego – o Grau Superlativo Absoluto (não faz comparações) e o Grau
Superlativo Relativo (faz comparações).
Importante dizer que no Grau Superlativo Absoluto existem duas possibilidades. A utilização de
expressões como “muito linda” ou a utilização do adjetivo modificado, como “lindíssima”. Daí
surgem mais duas classificações:
Artigo
Entre as classes de palavras o Artigo é muitas vezes desconsiderado pelos candidatos a
concurso público. Mas ele tem uma importância fundamental na construção da nossa
comunicação.
O Artigo é o termo que vem antes do substantivo, esclarecendo três pontos importantíssimos
sobre ele:
Artigo Definido
O Artigo Definido é utilizado para apontar um ou mais seres especificamente. Veja o exemplo de
quatro frases onde o Artigo Definido é utilizado:
25
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Como você pode ver, nesses casos há uma delimitação do substantivo em relação a seres
específicos.
Artigo Indefinido
Ao contrário do Artigo Definido, o Artigo Indefinido deixa oculto a quais ou qual ser se refere. Ele
generaliza o substantivo.
Quando um artigo feminino definido (a/as) está junto com uma proposição “a”, usa-se o sinal da
crase.
Pronome
Muita gente confunde bastante qual a real função do Pronome na Língua Portuguesa.
Certamente é um dos temas que os candidatos a concurso público mais erram nessa parte do
Emprego das Classes de Palavras.
Primeiro, saiba que um pronome nada mais é que uma palavra que substitui ou pode substituir
um substantivo.
Isso pode acontecer de diversas formas, por isso existem seis tipos de pronome:
1. Pronome pessoal
2. Pronome possessivo
3. Pronome demonstrativo
4. Pronome indefinido
5. Pronome interrogativo
6. Pronome relativo
Pronome Pessoal
Pronome pessoal é aquele que substitui o nome de alguém em uma construção gramatical. Além
disso, ele relaciona o nome a uma das 3 pessoas gramaticais. Veja quais são as três pessoas
gramaticais:
1. Reto
2. Oblíquo
3. De tratamento
26
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
O Pronome Reto é aquele que representa o sujeito do verbo na oração. São eles:
• Eu
• Tu
• Ele
• Nós
• Vós
• Eles
• Eu compro
• Tu compras
• Ele compra
• Nós compramos
• Vós comprais
• Eles compram
O Pronome Oblíquo é aquele que tem como função a complementação do verbo. Veja quais são
os pronomes oblíquos:
• Chamaram-me
• Fez para mim
• Comeu comigo
• Amo-te
• Levei a ti
• Viajei contigo
• Declaro-o inocente
• Mando-a para casa
• Faz-lhe esse favor
• Diz-se que abriu o carro
• Presenteia a si
27
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
• Você
• Vossa Senhoria
• Vossa Excelência
• Vossa Majestade
• Fulano
• Cicrano
• Beltrano
Pronomes Possessivos
São aqueles que trazem a ideia de posse, em referência a alguém a quem pertence algo.
Pronome Indefinido
Os pronomes indefinidos são muito pouco estudados, e quando são cobrados nos concursos a
maioria dos candidatos são induzidos ao erro.
Basicamente, podemos dizer que o Pronome Indefinido é aquele que determina o substantivo de
maneira vaga. Conheça os pronomes indefinidos:
• Algum
• Bastante
• Cada
• Certo
• Diferentes
• Diversos
• Mais
• Menos
• Muito
• Nenhum
• Outro
• Pouco
• Qualquer
• Quanto
• Quem quer
• Tanto
• Todo
• Um
• Vários
28
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Tome cuidado com os pronomes indefinidos. Eles podem ser confundidos com outras classes
gramaticais.
Pronome Interrogativo
Os pronomes interrogativos são os mais fáceis de compreender. São aqueles que integram
orações interrogativas.
São eles:
• Que
• Quem
• Qual
• Quanto
Pronome Relativo
O pronome relativo é aquele faz referência a um termo de outra oração, que não aquela que ele
fez parte.
• O qual
• Que
• Quem
• Cujo
Numeral
Agora vamos aprender sobre os numerais, que são as palavras que tem função quantificadora
definida em uma oração.
Enquanto o artigo indefinido “um” fala genericamente de uma quantidade possível de seres, o
numeral “um” quantifica exatamente.
Uma dica para verificar se o “um” encontrado em uma oração é numeral ou outra classe de
palavra é substituí-lo por outro numeral e verificar se faz sentido. No nosso exemplo, faria
sentido:
Numeral Ordinal
Os numerais ordinais são aqueles que expressam ideia de ordem numa série.
29
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Numeral Cardinal
Numeral Multiplicativo
Nesse caso, estamos falando de numerais que determinam o número de vezes de algo.
Numeral Fracionário
Verbo
O verbo é a palavra que expressa a realização de alguma ação, ou o resultado dessa ação.
É possível analisar e classificar os verbos em relação a diversos aspectos. Vamos nos dedicar a
cada um deles.
Predicação do Verbo
O verbo também é chamado de predicado, já que atribui uma ação a uma coisa ou a uma pessoa.
Essa predicação pode ser incompleta ou completa.
Verbo Intransitivo
“Ontem choveu”
A oração é compreendida sem qualquer complemento ao verbo. Não é o caso do verbo transitivo.
Verbo Transitivo
Aqui o verbo precisa de um complemento, por não ser de predicação completa. Um exemplo é o
verbo “ver”. Confira:
Na oração acima, dizer apenas que “Saulo viu” ficaria incompleto. Saulo viu o quê? É preciso um
complemento, nesse caso, a palavra “morena”.
É bom ressaltar que o complemento do verbo transitivo é chamado de objeto. E que os verbos
transitivos podem ser considerados transitivos diretos e transitivos indiretos. Entenda:
30
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
• Verbo Transitivo Direito é aquele que a ação passa diretamente para a pessoa ou coisa
sobre que recai. Exemplo: ver, beber, derrubar.
• Verbo Transitivo Indireto é aquele que a ação não passa diretamente para a pessoa ou
coisa sobre que recai. Exemplo: gostar, obedecer.
Voz do Verbo
Outro ponto importante no estudo dos verbos é analisar em que voz ele se encontra. As vozes
verbais são ativa, passiva, reflexiva e neutra.
Voz Ativa
É quando a ação verbal é praticada pelo sujeito. Ele é o agente da ação verbal.
Voz Passiva
Na voz passiva a pessoa ou coisa a quem se atribui a ação verbal recebe a ação, em vez de
praticá-la.
Voz Reflexiva
A Voz Reflexiva pode ser entendida como a união entre a Voz Passiva e a Voz Ativa. O sujeito
pratica e, simultaneamente, sofre os efeitos da ação verbal.
Voz Neutra
Flexão do Verbo
Você já ouviu falar em conjugação verbal? A conjugação nada mais é que o conjunto de flexões
de um verbo. Primeiro, vamos aprender quais são os modos verbais.
Modo Indicativo
Nesse modo, a ação expressa pelo verbo é exercida de maneira real e definida, seja numa
afirmação, seja numa negação.
Modo Subjuntivo
No Modo Subjuntivo o verbo precisa estar subordinado a um outro verbo para ter sentido.
Entenda melhor no exemplo a seguir.
O verbo “estude”, nesse caso, está no modo subjuntivo, pois seu sentido está dependendo do
verbo “quero”.
Modo Imperativo
É o modo verbal dos “mandões”, pois são utilizados para a passar a ideia de ordem.
31
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Sabia que os verbos podem se tornar substantivos ou adjetivos? Eles exercem essas funções
quando estão em suas formas nominais. São elas:
Gerúndio
É a forma nominal do verbo terminada em “ndo”, que indica uma ação continuada.
Infinitivo
É o “nome” do verbo. Nessa forma, não há variação de modo, tempo, número ou pessoa.
Particípio
Tempo do Verbal
Já que o verbo indica a realização de uma ação, ou o resultado dela, faz muito sentido que exista
variações de tempo dessas ações. Afinal, elas podem ser realizadas, ou ter resultados, no
passado (ou pretérito), no presente ou no futuro.
Presente
Pretérito imperfeito
Pretérito perfeito
Pretérito mais-que-perfeito
Futuro
Futuro do presente
Futuro do pretérito
Verbo Auxiliar
São auxiliares os verbos que complementam o sentido de outros verbos (chamados principais).
São verbos auxiliares na Língua Portuguesa:
Ter
Haver
Ser
Estar
Verbos Regulares
32
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Os verbos regulares são aqueles em que o radical permanece invariável durante toda a sua
conjugação. Um verbo regular não modifica sua estrutura quando é modificado nas várias
pessoas.
Eu parto
Tu partes
Ele parte
Nós partimos
Vós partis
Eles partem
Verbo Irregular
Ao contrário do verbo regular, o verbo irregular sofre modificações em seu radical quando é
conjugado.
Eu firo
Tu feres
Ele fere
Nós ferimos
Vós feris
Eles ferem
Verbos Anômalos
Ser
Ir
Eu sou
Tu és
Ele é
Nós somos
Vós sois
Eles são
33
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Verbos Defectivos
Os verbos defectivos são aqueles que possuem deficiência na conjugação. Eles não possuem
todas as formas verbais.
Verbos Abundantes
São os verbos que possuem dupla forma, geralmente no particípio. Veja alguns exemplos:
Findado/findo
Limpado/limpo
Benzido/bento
Envolvido/envolto
Emergido/emerso
Frigido/frito
Advérbio
O advérbios nada mais são que palavras que modificam os verbos, os adjetivos e até mesmo
outros advérbios.
Preposição
As preposições são conectivos, palavras invariáveis (não têm variação de número, gênero etc)
que ligam o complemento à palavra completada.
O termo que vem antes de uma preposição é chamado antecedente. O termo que vem depois
é chamado consequente.
Preposições Essenciais
Preposições Acidentais
São palavras de outras classes que são empregadas como preposição eventualmente.
34
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Conjunção
Tal qual as preposições, as conjunções são conectivos, mas em vez de ligar palavras elas ligam
orações.
- Conjunções coordenativas
Ligam termos que exercem a mesma função sintática, ou orações independentes (coordenadas).
As conjunções coordenativas subdividem-se em: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas
e explicativas.
c) Alternativas (indicam alternância, escolha): ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer.
- Conjunções Subordinativas
Ligam duas orações sintaticamente dependentes. As conjunções subordinativas subdividem-se
em: causais, condicionais, consecutivas, comparativas, conformativas, concessivas, temporais,
finais, proporcionais e integrantes.
a) Causais (exprimem causa, motivo): porque, visto que, já que, uma vez que, como.
c) Consecutivas (exprime resultado, consequência): que (precedido de tão, tal, tanto), de modo
que, de maneira que.
f) Concessivas (exprimem concessão): embora, se bem que, ainda que, mesmo que,
conquanto.
g) Temporais (exprimem tempo): quando, enquanto, logo que, desde que, assim que.
i) Proporcionais (exprimem proporção): à proporção que, à medida que, quanto mais, quanto
menos.
35
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Assim como ocorre com as preposições, é o contexto que determina a relação estabelecida pela
conjunção (ou locução conjuntiva), pois uma mesma conjunção (ou locução conjuntiva) pode
estabelecer relações diferentes entre orações.
Você irá bem na prova desde que estude muito. (A locução conjuntiva desde que está
estabelecendo relação de condição.)
Não para de falar desde que a aula começou. (A locução conjuntiva desde que está
estabelecendo relação de tempo.)
Gritou tanto que ficou rouca. (A conjunção “que” está estabelecendo relação de consequência.)
Ele gritou mais que eu. (A conjunção “que” está estabelecendo relação de comparação.)
Interjeição
Chegamos à última classe de palavra: a Interjeição. Podemos definir a Interjeição como a
expressão sucinta do pensamento e/ou emoção.
Interrogação/Espanto (hem!)
Sintaxe da concordância
O que é sintaxe de concordância?
A sintaxe de concordância estuda a relação gramatical estabelecida entre dois termos. Ela pode
ser verbal ou nominal. Observe os exemplos:
Nota-se, com obviedade, que há erros nas frases anteriores. Para batizá-los, vamos dizer
que são ERROS DE CONCORDÂNCIA, ou seja, há algo que não está “de acordo” na
sentença, que está estranho. Apesar de você ter percebido rapidamente os erros das
36
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
sentenças anteriores, nem sempre eles são tão evidentes. Para conseguirmos entender os
princípios da concordância, vamos investigar suas principais regras.
a) a um dos termos determinados, optando por aquele que está mais próximo:
A família estava tão faminta que comiam tudo o que era trazido. Concordância
Verbal (Entre o verbo e seus termos relacionados)
Regras básicas:
1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. (regra para sujeito simples):
Núcleos ligados por COM: verbo concorda com o antecedente do COM ou vai para o
plural:
37
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Núcleos ligados por OU: verbo no singular ou plural, dependendo do valor do OU:
38
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Verbo “ser”:
b) com sujeito que indica quantidade e predicativo que indica suficiência, excesso:
concorda com o predicativo.
II.CONCORDÂNCIA NOMINAL
Meu belíssimo e antigo carro amarelo quebrou, ontem, em uma rua estreita.
Casos especiais:
Pode ser feita a concordância gramatical ou a atrativa, com mais de um termo determinado.
Bastante - bastantes:
39
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Dica: troque a palavra “bastante” por “muito”. Se “muito” for para o plural, “bastante” também
irá.
Menos, alerta:
Só, sós:
Dica: Troque “só” por “sozinho” (vai para o plural) ou “somente” (fica no singular).
Colocação pronominal
A Colocação Pronominal respeita aos três tipos de posição que os pronomes átonos me, te, o,
a, lhe, nos, vos, os, as, lhes podem ocupar na oração:
40
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Embora existam regras, a colocação dos pronomes está pendente de fatores como por exemplo,
o ritmo, a ênfase e o estilo.
USO DA PRÓCLISE
1. Orações negativas, que contenham palavras tais como não, ninguém, nunca.
Exemplos:
Nunca o vi assim.
Exemplos:
3. Verbos antecedidos por advérbios ou expressões adverbiais, exceto quando haja vírgula
depois do advérbio, uma vez que dessa forma o advérbio deixa de atrair o pronome.
Exemplos:
Agora, descansa-se.
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
7. Orações interrogativas.
Exemplos:
41
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Quem te presenteou?
USO DA MESÓCLISE
Exemplos:
USO DA ÊNCLISE
Quando o uso da Próclise e da Mesóclise não for possível, usa-se a Ênclise. A colocação de
pronome depois do verbo é atraída pelas seguintes situações:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
4. Verbo no gerúndio (sem a preposição em, pois quando regido pela preposição em deve ser
usada a Próclise).
Exemplos:
Agora, vejamos como ocorre a colocação do pronome nas locuções verbais. Lembrando que as
regras citadas para os verbos na forma simples devem ser seguidas.
42
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
1. Usa-se a Ênclise depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal nas locuções verbais
em que o verbo principal está no infinitivo ou no gerúndio.
Exemplos:
2. Caso não haja palavra que atraia a Próclise, usa-se a Ênclise depois do verbo auxiliar em que
o verbo principal está no particípio.
Exemplos:
O pronome "se" pode ter a função de objeto direto ou, por vezes, de objeto indireto em orações
em cuja voz verbal é reflexiva.
Exemplos:
Exemplos:
Procura-se cãozinho.
Alugam-se casas.
Exemplos:
Crase
Crase é uma palavra de origem grega e significa "mistura", "fusão". Nos estudos de língua
portuguesa, é o nome dado à fusão ou contração de duas letras "a" em uma só. A crase é indicada
pelo acento grave sobre o "a". Assim, apesar do uso corrente, crase não é o nome do acento,
mas do fenômeno representado através do acento grave.
43
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
4) o a dos pronomes relativos a qual e as quais: Existem comunidades às quais não é possível
enviar mensagens
A ocorrência da crase depende, pois, da verificação da existência de duas vogais "a" (preposição
+ artigo ou preposição + pronome) no contexto sintático. Como obrigatoriamente o primeiro a é
preposição, exigida quase sempre por um verbo ou um nome, a crase é um fato gramatical
estreitamente relacionado à regência verbal e nominal.
Observe as frases:
• Encontrei a menina.
• Gostei da menina.
• Conversei com a menina.
• Agradei à menina.
Veja que a crase só ocorreu na última frase. No primeiro caso (Encontrei a menina), o verbo
encontrar não exige a preposição a, já que é transitivo direto; por isso, o substantivo menina é
precedido apenas de artigo.
Nos dois casos seguintes (Gostei da menina e Conversei com a menina), os verbos gostar e
conversar, transitivos indiretos, exigem preposição que se contrai (de+a=da) ou não (com a) com
aquele artigo.
No último caso (Agradei à menina), o verbo agradar, na acepção de "ser gentil", "ser agradável",
é transitivo indireto e exige a preposição a, que se contrai com o artigo a resultando em crase.
REGRAS PRÁTICAS:
A primeira regra prática para descobrir se ocorreu ou não a crase é também a mais simples e
mais utilizada:
Primeira Regra Prática: Substitua a palavra feminina por uma masculina, de mesma natureza.
Se aparecer a combinação ao, é certo que ocorrerá crase antes do termo feminino:
• Amanhã iremos ao colégio / à escola.
• Prefiro o Corinthians ao Palmeiras / à Portuguesa.
• Resolvi o problema / a questão.
• Vou ao campo / à praia.
• As crianças foram ao largo / à praça.
Veja abaixo alguns casos nos quais a substituição pelo substantivo masculino explicitou a não
ocorrência da crase (repare que o ao não aparece após a substituição, seja por falta da
preposição ou do artigo):
Segunda Regra Prática: A segunda regra a ser verificada consiste em substituir o termo
regente da preposição a por outro que exija uma preposição diferente (de, em, por). Se essas
preposições não se contraírem com o artigo, ou seja, se não surgirem as formas da(s), na(s) ou
pela(s), não haverá crase:
44
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Mais uma regra que deve ser verificada é a de substituir verbos que transmitem a idéia de
movimento (ir, voltar, vir, chegar etc.) pelo verbo voltar. Ocorrendo a preposição "de", não haverá
crase. E se ocorrer a preposição "da", haverá crase:
Terceira Regra Prática: deve ser usada no caso de locuções, ou seja, reunião de palavras que
equivalem a uma só idéia. Se a locução começar por preposição e se o núcleo da locução for
palavra feminina, então haverá crase:
• Gente à toa.
• Vire à direita.
• Tudo às claras.
• Hoje à noite.
• Navio à deriva.
• Tudo às avessas.
Mais exemplos:
• Ele estava à procura de trabalho.
• Pedro estava à busca de aventuras.
• Ana estava à espera de um prêmio.
• A turma de Paulo está à frente de todas.
• O problema foi resolvido à maneira de Paulo.
• O arroz estava à moda da casa.
No caso da locução à moda de, a expressão "moda de" pode vir subentendida, deixando
apenas o "à" expresso, como nos exemplos abaixo:
Mas cuidado: De acordo com a normal culta, em "bife a cavalo" e "frango a passarinho", as
expressões "moda de" ou "maneira de" não estão implícitas ou subentendidas e, assim, o a
não recebe o acento indicativo da crase, já que precede palavras masculinas.
45
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
• Às três e quarenta.
Vimos que dois elementos são necessários para que apareça a crase. Um deles é a palavra com
sentido incompleto (palavra relativa) que venha seguida da preposição a; e o outro é o artigo
feminino singular ou plural.
Nas páginas a seguir, listamos alguns casos em que, obviamente, não poderá haver crase, já
que se exclui a hipótese de aparecer o artigo "a" exigido.
Não haverá crase antes de pronomes de tratamento. Se aparecer Vossa, por exemplo, troque
por Você e analise:
• Refiro-me a Vossa Excelência.
• Refiro-me a você.
46
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Mas lembre-se: como vimos anteriormente, usa-se a crase nas locuções adverbiais que
exprimem hora determinada. Ainda, usa-se a crase nos casos em que o numeral estiver
precedido de artigo.
• Chegamos às nove horas da manhã.
• Assisti às duas sessões de ontem.
• Entregaram-se os prêmios às quatro alunas.
47
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
A crase é facultativa diante dos nomes próprios de pessoas, antes de possessivos e depois da
preposição até que antecede substantivos femininos, desde que o termo antecedente reja
preposição a:
• Ofereci um presente a (à) Carolina.
• O porteiro entregou os papéis a (à) minha secretária.
• Irei a (à) vila.
• Enviei flores a (à) Paula.
• Vou até a (à) escola.
• Fui até as (às) últimas consequências.
• Não te dirijas a (à) tua terra nem a (à) minha.
• Até a (à) praia.
Algumas expressões adverbiais de lugar formadas por nomes de cidades, estados e países
aceitam o uso do artigo definido feminino. Nesses casos, se houver também a presença da
preposição a, haverá crase. Você poderá fazer a verificação da ocorrência do artigo definido
feminino por meio da troca do termo regente:
• Vou à Bahia (Vim da Bahia / Estou na Bahia)
• Vou a Florença. (Vim de Florença / Estou em Florença)
• Vou à Itália (Vim da Itália / Estou na Itália)
Atenção: É importante ter cuidado de não esquecer de verificar os dois lados. Não basta constatar
que surge da ou na antes de Itália, por exemplo. Isso não é garantia de acento indicador de crase;
apenas confirma a existência de artigo antes de Itália. Para que ocorra crase, é preciso que o
termo anterior peça a preposição a. No caso de "Visitei a Itália", por exemplo, não há crase, já que
visitar é verbo transitivo direto.
Com as palavras casa e terra, deve-se observar o comportamento de tais palavras nas
expressões:
A crase com o pronome a qual é detectável pelo expediente da substituição do termo regido
feminino por um termo masculino:
• A professora à qual devo meu aprendizado já se aposentou.
• O professor ao qual devo meu aprendizado já se aposentou.
48
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
• Muitas das alunas às quais ele dedicou seus estudos estiveram presentes à homenagem de
ontem.
• Muitos dos alunos aos quais ele dedicou seus estudos estiveram presentes à homenagem de
ontem.
Em algumas locuções adverbiais femininas, ainda que não haja, a rigor, uma fusão entre o "a"
preposição e o "a" artigo (já que existe apenas o "a" preposição), muitos gramáticos consideram
aceitável (e alguns acham até mesmo preferível) o uso do acento indicativo da crase no "a". A
justificativa é buscar a forma que dê maior clareza à frase. Veja:
• Eu estudo a distância. (Que distância você estuda?)
• Eu estudo à distância. (Ah! Você estuda pela internet, não é?)
• Foi caçada a bala. (É a bala que foi caçada?)
• Foi caçada à bala. (Coitada... Será que tomou algum tiro?)
• Bateu a máquina. (Será que ele bateu o carro?)
• Bateu à máquina. (Usando a máquina de escrever até hoje, hein?)
• Tranquei a chave. (Trancou a chave? Onde?)
• Tranquei à chave. (Trancou usando a chave.)
• Pagou a prestação. (Pagou qual prestação? A primeira?)
• Pagou à prestação. (Pagou parcelado.)
• Lavei a mão. (Isso mesmo, não coma com as mãos sujas!)
• Lavei à mão. (Lavei alguma coisa usando as mãos.)
• Lavou a máquina. (Que máquina? O carro?)
• Lavou a máquina. (Lavou usando a máquina de lavar.)
• Veio a tarde. (O tempo passa tão rápido, não é?)
• Veio à tarde. (Ele veio durante a tarde.)
• Combateremos a sombra. (A sombra atrapalha a visão.)
• Combateremos à sombra. (Combateremos sem que ninguém perceba).
Além dos exemplos citados nas páginas anteriores, há várias outras locuções adverbiais que
podem ter o sentido esclarecido pelo sinal indicativo de crase:
às avessas, à beira-mar, às centenas, à disposição, às escondidas, à frente, à mão armada, às
mil maravilhas, à noite, às ordens, à paisana, à parte, à perfeição, à primeira vista, à revelia, à
risca, à solta, à toa, à vela, às vezes, à vontade.
Lembre-se que, como foi dito antes, nesses casos o uso do acento indicativo da crase pode ser
considerado aceitável ou preferível apenas para tornar o texto mais claro, mas não representa a
fusão do "a" artigo com o "a" preposição.
Pontuação
A pontuação deve restringir-se ao mínimo necessário. São três as finalidades dos sinais de
pontuação:
49
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
As partes do discurso que têm entre si ligação íntima não pode ser separada por qualquer sinal
de pontuação. Não se separam:
A vírgula (,) serve para mostrar ao leitor as separações breves de sentido entre termos vizinhos,
quer na oração, quer no período.
Geralmente a vírgula é interpretada na leitura por uma breve pausa.
Para separar os elementos de igual função sintática quando não ligados por conectivo.
a) Orações: "Trabalhei em vão, busquei, catei, esperei, não vieram os versos." (Machado de
Assis)
b) Adjuntos adverbiais: Hoje, por volta das 20 horas, em Santana, por imprudência do motorista,
um ônibus chocou-se com uma lotação.
c) Termos de uma enumeração: Comprei um romance, um dicionário, uma enciclopédia.
Para separar certas expressões explicativas, ou retificativas, como isto é, a saber, por exemplo,
ou melhor, ou antes, etc.
• O amor, isto é, o mais forte e sublime dos sentimentos humanos, tem seu princípio em
Deus.
50
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
• Pelas 12 horas do dia, que foi de sol ardente, alcançamos a cidade de Nova Viçosa.
Para separar certas conjunções pospostas, como porém, contudo, pois, entretanto, portanto,
etc.
• Os alunos da professora Rosalva, contudo, haviam desde a véspera voltado às aulas.
Obs: Se entre o sujeito e o verbo ocorrer adjunto ou oração, com pausas obrigatórias, terá lugar
a vírgula:
• Meus olhos, devido à fumaça, ardiam e lacrimejavam muito.
51
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
O ponto-e-vírgula (;) denota uma pausa maior que a vírgula, mas não ao ponto de encerrar o
período. Emprega-se principalmente:
Para separar os “considerandos” de uma lei, de um decreto, de uma sentença ou de uma petição:
• Considerando...; considerando ....; considerando....; ...
Para separar as partes principais de uma frase cujas ideias já apresentam clareza:
• Itu, Botucatu e Tefé são ruas do bairro Renascença; Levindo Lopes, Antônio de
Albuquerque e Cristóvão Colombo, do Funcionários.
Encerra o período e é, de todos os sinais de pontuação, o que exige pausa mais ampla.
Emprega-se principalmente:
Os dois pontos (:) anunciam e introduzem uma citação, uma enumeração ou um esclarecimento.
Usa-se este sinal de pontuação:
Na determinação de hora:
• 5:00 de quarta-feira.
Coloca-se (?) após a palavra, a frase ou a oração que incluem pergunta direta.
• Você não vai a festa hoje?
52
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Coloca-se (!) após qualquer palavra, frase ou oração de caráter exclamativo, indicando espanto,
surpresa, admiração, entusiasmo, desprezo, ironia, ordem, súplica, chamamento, dor, alegria,
etc.
• Manuel! Vem cá! Nossa!
Reticências (...)
As reticências (...) indicam interrupção da frase. Essa interrupção é, muitas vezes, de caráter
subjetivo, quando o autor pretende mostrar determinados estados emotivos:
hesitação,
ansiedade,
surpresa,
dúvida, etc.
Parênteses ( )
Usam-se ( ) para isolar palavras, locuções ou frases intercaladas no período, com caráter
explicativo, as quais são proferidas em tom mais baixo:
• "Finjamos pois (o que até fingido e imaginado faz horror), finjamos que vem a Bahia e o
resto do Brasil a mãos dos holandeses..." (Vieira)
Também entre parênteses devem ser postos os nomes de autores, obras, capítulos, etc.,
relativos a citações feitas, como foi feito ao final do exemplo acima.
Os parênteses são usados no caso de parte independente de uma sentença ou parágrafo, não
diretamente relacionada com o restante da oração:
• Os profissionais liberais (advogados, médicos, dentistas, engenheiros), quando
exercem a profissão por conta própria, são considerados segurados autônomos.
53
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Travessão ( - )
No discurso direto:
• Parece que não se machucou - disse Paulo.
Nos diálogos, para indicar mudança de interlocutor, ou, simplesmente, início da fala de um
personagem:
• "- Você é daqui mesmo? Perguntei.
• - Sou, sim senhor, respondeu o garoto." (Aníbal Machado)
Ligar palavras em cadeia de um itinerário, indicar enlace de vocábulos, mas sem formar palavras
compostas:
• A linha aérea Brasil - Estados Unidos.
Aspas (“”)
Empregam-se as aspas (" ") no início e no final de uma citação textual. Costuma-se colocar
aspas em expressões ou conceitos que se deseja pôr em evidência:
Coloca-se aspas ou, então, grifam-se palavras estrangeiras, termos da gíria, expressões que
devem ser destacadas:
• Paulo vestiu um "short" branco e foi jogar bola.
As aspas simples são usadas para enfatizar palavras de um texto que já se encontra entre aspas:
• Marcela disse: "É necessário dizer 'bondoso' com bastante energia."
Colchetes [ ]
Os colchetes ([ ]) têm a mesma finalidade que os parênteses; todavia, seu uso se restringe aos
escritos de cunho didático, filosófico, científico:
54
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Os colchetes indicam que a expressão por eles compreendida não faz parte do texto original ou
que a data é apenas suposta:
"Eles se recusam [o João e o José] a assinar o documento."
Parágrafo
O Parágrafo representa-se com o sinal (§) e serve para indicar um parágrafo de um texto ou
artigo de lei. Parágrafo é cada frase ou conjunto de frases que não se separa, na página, pelo
processo de mudança de linha.
Observação: É impossível estabelecer normas rígidas para determinar quando se deve concluir
um parágrafo e iniciar outro. De modo geral, isso é feito para indicar mudança de assunto. Em
muitos casos, porém, representa apenas descanso para a vista, deixando no papel necessários
espaços em branco que quebram o caráter compacto e monótono das páginas inteiramente
cheias.
Asterisco (*)
Interpretação de textos.
Compreensão:
Ex.: Segundo o autor... / O autor diz que... / O texto informa que...
Interpretação:
Ex.: Conclui-se do texto... / O texto permite deduzir... / A intenção do autor é...
Entendemos também que podemos analisar o texto sob dois pontos: o subentendido e o
pressuposto. Quando se fala em subentendido, atribui-se a ideia do que está contido nas
entrelinhas do texto. Agora, já o pressuposto, nos mostra as ideias explícitas que acontecem no
texto.
55
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Variações históricas:
Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do
tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão da ortografia, se levarmos em
consideração a palavra farmácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo-se
à linguagem dos internautas, a qual fundamenta-se pela supressão dos vocábulos.
Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito
prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo
sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses
debaixo do balaio."
Carlos Drummond de Andrade
Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado.
Variações regionais:
São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes
regiões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras
nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade estão os
sotaques, ligados às características orais da linguagem.
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio,
Para melhor dizem mió,
Para pior pió,
Para telha dizem teia,
Para telhado dizem teiado,
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
CHOPIS CENTIS
Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
56
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
57
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
2.LEGISLAÇÃO
TÍTULO I
I - a soberania;
II - a cidadania;
V - o pluralismo político.
➔ SO CI DI VA PLU
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
I - independência nacional;
58
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
IV - não-intervenção;
VI - defesa da paz;
Art. 5º (IMPORTANTÍSSIMO) Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à Vida, à Liberdade, à Igualdade, à Segurança e à Propriedade, nos termos seguintes:
➔ V.I.L.P.S
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades
civis e militares de internação coletiva;
59
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado
o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
60
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade
produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua
utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de
empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento
tecnológico e econômico do País;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira
em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a
lei pessoal do "de cujus"; → Comentário: de cujus = o falecido.
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena
de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:
a) a plenitude de defesa;
61
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
b) perda de bens;
c) multa;
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
*Comentário: Existe pena de MORTE em caso de guerra declarada!
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
62
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
d) de banimento;
e) cruéis;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus
filhos durante o período de amamentação;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas
hipóteses previstas em lei;
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no
prazo legal;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;
63
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado,
sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado
de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de
poder;
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições
do Poder Público;
64
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial
ou administrativo;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso
além do tempo fixado na sentença;
b) a certidão de óbito;
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os
atos necessários ao exercício da cidadania.
65
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Título III/Capítulo IV
CAPÍTULO IV
Dos Municípios
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do
respectivo Estado e os seguintes preceitos:
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos,
mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do
ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no
caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao da
eleição;
IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de:
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes;
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de
até 30.000 (trinta mil) habitantes;
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de
até 50.000 (cinquenta mil) habitantes;
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e
de até 80.000 (oitenta mil) habitantes;
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes
e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes;
f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil)
habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes;
g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil)
habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes;
h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil)
habitantes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes;
i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e
cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes;
j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil)
habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes;
k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e
cinquenta mil) habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes;
66
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
67
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do
mandato e na circunscrição do Município;
IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber,
ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do
respectivo Estado para os membros da Assembleia Legislativa;
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça;
XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal;
XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal;
XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade
ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;
XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único.
Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos
Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes
percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5o
do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior:
I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil)
habitantes;
II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000
(trezentos mil) habitantes;
III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e
um) e 500.000 (quinhentos mil) habitantes;
IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população entre
500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes;
V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e
um) e 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;
VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima
de 8.000.001 (oito milhões e um) habitantes.
§ 1o A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha
de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores.
§ 2o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal:
I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo;
II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou
III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária.
§ 3o Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal o
desrespeito ao § 1o deste artigo.
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas,
sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em
lei;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
68
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
69
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso,
Agora portanto como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o
objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta
Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses
direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional,
por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos
dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.
Artigo I
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados
de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.
Artigo II
1 - Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades
estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo,
idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza,
nascimento, ou qualquer outra condição.
2 - Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou
internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território
independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de
soberania.
Artigo III
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo IV
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos
serão proibidos em todas as suas formas.
Artigo V
Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou
degradante.
Artigo VI Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como
pessoa perante a lei.
Artigo VII
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção
da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente
Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Artigo VIII Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes
remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos
pela constituição ou pela lei.
Artigo IX
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Artigo X
Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por
parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres ou
do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.
Artigo XI
1. Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente
até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no
qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não
constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será imposta pena
mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.
70
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Artigo XII
Ninguém será sujeito à interferência em sua vida privada, em sua família, em seu lar ou
em sua correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito
à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.
Artigo XIII
1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das
fronteiras de cada Estado.
2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este
regressar.
Artigo XIV
1. Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo
em outros países.
2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada
por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações
Unidas.
Artigo XV
1. Todo homem tem direito a uma nacionalidade.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar
de nacionalidade.
Artigo XVI
1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade
ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos
em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução.
2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes.
A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e
do Estado.
Artigo XVII
1. Todo ser humano tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.
Artigo XVIII Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e
religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar
essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, em público ou
em particular.
Artigo XIX Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito
inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir
informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.
Artigo XX
1. Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
Artigo XXI
1. Todo ser humano tem o direito de fazer parte no governo de seu país diretamente ou
por intermédio de representantes livremente escolhidos.
2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.
3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa
em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo
equivalente que assegure a liberdade de voto.
Artigo XXII
Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social, à
realização pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização
71
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua
dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.
Artigo XXIII
1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições
justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual
trabalho.
3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que
lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana e
a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção
de seus interesses.
Artigo XXIV
Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas
de trabalho e a férias remuneradas periódicas.
Artigo XXV
1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar-lhe, e a sua
família, saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os
serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença,
invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias
fora de seu controle.
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as
crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio gozarão da mesma proteção social.
Artigo XXVI
1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos
graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução
técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no
mérito.
GRATUITA E
ELEMENTAR
OBRIGATÓRIA
TÉCNICO ACESSIVEL A
PROFISSIONAL TODOS
BASEADA NO
SUPERIOR MÉRITO
Artigo XXVII
72
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade,
de fruir das artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios.
2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes
de qualquer produção científica literária ou artística da qual seja autor.
Artigo XXVIII
Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e
liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.
Artigo XXIX
1. Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno
desenvolvimento de sua personalidade é possível.
2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas às
limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido
reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas
exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos
contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas.
Artigo XXX
Nenhuma disposição da presente declaração pode ser interpretada como o
reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade
ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui
estabelecidos.
73
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
74
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
75
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
76
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
pela colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta
Lei.
§ 2o A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional
não se prolongará por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada necessidade que atenda
ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.
77
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
78
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção,
independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.
§ 1o Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe
interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as
implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada.
§ 2o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu consentimento,
colhido em audiência.
§ 3o Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de
afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da
medida.
§ 4o Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família
substituta, ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que justifique
plenamente a excepcionalidade de solução diversa, procurando-se, em qualquer caso, evitar o
rompimento definitivo dos vínculos fraternais.
§ 5o A colocação da criança ou adolescente em família substituta será precedida de sua
preparação gradativa e acompanhamento posterior, realizados pela equipe interprofissional a
serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com o apoio dos técnicos
responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito à convivência
familiar.
§ 6o Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou proveniente de comunidade
remanescente de quilombo, é ainda obrigatório:
I - que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural, os seus costumes
e tradições, bem como suas instituições, desde que não sejam incompatíveis com os direitos
fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela Constituição Federal;
II - que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de sua comunidade ou junto a
membros da mesma etnia;
III - a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal responsável pela política
indigenista, no caso de crianças e adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante a equipe
interprofissional ou multidisciplinar que irá acompanhar o caso.
Art. 29. Não se deferirá colocação em família substituta a pessoa que revele, por qualquer
modo, incompatibilidade com a natureza da medida ou não ofereça ambiente familiar adequado.
Art. 30. A colocação em família substituta não admitirá transferência da criança ou
adolescente a terceiros ou a entidades governamentais ou não-governamentais, sem
autorização judicial.
Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional,
somente admissível na modalidade de adoção.
Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável prestará compromisso de bem e
fielmente desempenhar o encargo, mediante termo nos autos.
Subseção II
Da Guarda
Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança
ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos
pais.
§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou
incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por estrangeiros.
§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para
atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser
deferido o direito de representação para a prática de atos determinados.
§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os
fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários.
§ 4o Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade judiciária
competente, ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção, o deferimento da
guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas pelos
pais, assim como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de regulamentação específica,
a pedido do interessado ou do Ministério Público.
Art. 34. O poder público estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e
subsídios, o acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente afastado do convívio
familiar.
79
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
80
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
81
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 8o O processo relativo à adoção assim como outros a ele relacionados serão mantidos
em arquivo, admitindo-se seu armazenamento em microfilme ou por outros meios, garantida a
sua conservação para consulta a qualquer tempo.
§ 9º Terão prioridade de tramitação os processos de adoção em que o adotando for criança
ou adolescente com deficiência ou com doença crônica.
§ 10. O prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 120 (cento e vinte)
dias, prorrogável uma única vez por igual período, mediante decisão fundamentada da
autoridade judiciária.
Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso
irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após completar
18 (dezoito) anos.
Parágrafo único. O acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao adotado
menor de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e
psicológica.
Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece o poder familiar dos pais naturais.
Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um registro de
crianças e adolescentes em condições de serem adotados e outro de pessoas interessadas na
adoção.
§ 1º O deferimento da inscrição dar-se-á após prévia consulta aos órgãos técnicos do
juizado, ouvido o Ministério Público.
§ 2º Não será deferida a inscrição se o interessado não satisfazer os requisitos legais, ou
verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 29.
§ 3o A inscrição de postulantes à adoção será precedida de um período de preparação
psicossocial e jurídica, orientado pela equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude,
preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de
garantia do direito à convivência familiar.
§ 4o Sempre que possível e recomendável, a preparação referida no § 3o deste artigo
incluirá o contato com crianças e adolescentes em acolhimento familiar ou institucional em
condições de serem adotados, a ser realizado sob a orientação, supervisão e avaliação da
equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude, com apoio dos técnicos responsáveis pelo
programa de acolhimento e pela execução da política municipal de garantia do direito à
convivência familiar.
§ 5o Serão criados e implementados cadastros estaduais e nacional de crianças e
adolescentes em condições de serem adotados e de pessoas ou casais habilitados à
adoção.
§ 6o Haverá cadastros distintos para pessoas ou casais residentes fora do País, que
somente serão consultados na inexistência de postulantes nacionais habilitados nos cadastros
mencionados no § 5o deste artigo.
§ 7o As autoridades estaduais e federais em matéria de adoção terão acesso integral aos
cadastros, incumbindo-lhes a troca de informações e a cooperação mútua, para melhoria do
sistema.
§ 8o A autoridade judiciária providenciará, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a
inscrição das crianças e adolescentes em condições de serem adotados que não tiveram
colocação familiar na comarca de origem, e das pessoas ou casais que tiveram deferida sua
habilitação à adoção nos cadastros estadual e nacional referidos no § 5 o deste artigo, sob pena
de responsabilidade.
§ 9o Compete à Autoridade Central Estadual zelar pela manutenção e correta alimentação
dos cadastros, com posterior comunicação à Autoridade Central Federal Brasileira.
§ 10. Consultados os cadastros e verificada a ausência de pretendentes habilitados
residentes no País com perfil compatível e interesse manifesto pela adoção de criança ou
adolescente inscrito nos cadastros existentes, será realizado o encaminhamento da criança ou
adolescente à adoção internacional.
§ 11. Enquanto não localizada pessoa ou casal interessado em sua adoção, a criança ou
o adolescente, sempre que possível e recomendável, será colocado sob guarda de família
cadastrada em programa de acolhimento familiar.
§ 12. A alimentação do cadastro e a convocação criteriosa dos postulantes à adoção serão
fiscalizadas pelo Ministério Público.
§ 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliado no Brasil não
cadastrado previamente nos termos desta Lei quando:
I - se tratar de pedido de adoção unilateral;
82
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
II - for formulada por parente com o qual a criança ou adolescente mantenha vínculos de
afinidade e afetividade;
III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 (três)
anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de laços
de afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer das
situações previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei.
§ 14. Nas hipóteses previstas no § 13 deste artigo, o candidato deverá comprovar, no curso
do procedimento, que preenche os requisitos necessários à adoção, conforme previsto nesta
Lei.
§ 15. Será assegurada prioridade no cadastro a pessoas interessadas em adotar criança
ou adolescente com deficiência, com doença crônica ou com necessidades específicas de
saúde, além de grupo de irmãos.
Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na qual o pretendente possui residência
habitual em país-parte da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção das
Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, promulgada pelo Decreto
no 3.087, de 21 junho de 1999, e deseja adotar criança em outro país-parte da
Convenção.
§ 1o A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro ou domiciliado no Brasil
somente terá lugar quando restar comprovado:
I - que a colocação em família adotiva é a solução adequada ao caso concreto;
II - que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou adolescente
em família adotiva brasileira, com a comprovação, certificada nos autos, da inexistência de
adotantes habilitados residentes no Brasil com perfil compatível com a criança ou adolescente,
após consulta aos cadastros mencionados nesta Lei;
III - que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por meios
adequados ao seu estágio de desenvolvimento, e que se encontra preparado para a medida,
mediante parecer elaborado por equipe interprofissional, observado o disposto nos §§ 1 o e 2o do
art. 28 desta Lei.
§ 2o Os brasileiros residentes no exterior terão preferência aos estrangeiros, nos casos de
adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro.
§ 3o A adoção internacional pressupõe a intervenção das Autoridades Centrais Estaduais
e Federal em matéria de adoção internacional.
Art. 52. A adoção internacional observará o procedimento previsto nos arts. 165 a 170 desta
Lei, com as seguintes adaptações:
I - a pessoa ou casal estrangeiro, interessado em adotar criança ou adolescente brasileiro,
deverá formular pedido de habilitação à adoção perante a Autoridade Central em matéria de
adoção internacional no país de acolhida, assim entendido aquele onde está situada sua
residência habitual;
II - se a Autoridade Central do país de acolhida considerar que os solicitantes estão
habilitados e aptos para adotar, emitirá um relatório que contenha informações sobre a
identidade, a capacidade jurídica e adequação dos solicitantes para adotar, sua situação
pessoal, familiar e médica, seu meio social, os motivos que os animam e sua aptidão para
assumir uma adoção internacional;
III - a Autoridade Central do país de acolhida enviará o relatório à Autoridade Central
Estadual, com cópia para a Autoridade Central Federal Brasileira;
IV - o relatório será instruído com toda a documentação necessária, incluindo estudo
psicossocial elaborado por equipe interprofissional habilitada e cópia autenticada da legislação
pertinente, acompanhada da respectiva prova de vigência;
V - os documentos em língua estrangeira serão devidamente autenticados pela autoridade
consular, observados os tratados e convenções internacionais, e acompanhados da respectiva
tradução, por tradutor público juramentado;
VI - a Autoridade Central Estadual poderá fazer exigências e solicitar complementação
sobre o estudo psicossocial do postulante estrangeiro à adoção, já realizado no país de
acolhida;
VII - verificada, após estudo realizado pela Autoridade Central Estadual, a compatibilidade
da legislação estrangeira com a nacional, além do preenchimento por parte dos postulantes à
medida dos requisitos objetivos e subjetivos necessários ao seu deferimento, tanto à luz do que
dispõe esta Lei como da legislação do país de acolhida, será expedido laudo de habilitação à
adoção internacional, que terá validade por, no máximo, 1 (um) ano;
83
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
84
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 11. A cobrança de valores por parte dos organismos credenciados, que sejam
considerados abusivos pela Autoridade Central Federal Brasileira e que não estejam
devidamente comprovados, é causa de seu descredenciamento.
§ 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não podem ser representados por mais de uma
entidade credenciada para atuar na cooperação em adoção internacional.
§ 13. A habilitação de postulante estrangeiro ou domiciliado fora do Brasil terá validade
máxima de 1 (um) ano, podendo ser renovada.
§ 14. É vedado o contato direto de representantes de organismos de adoção, nacionais ou
estrangeiros, com dirigentes de programas de acolhimento institucional ou familiar, assim como
com crianças e adolescentes em condições de serem adotados, sem a devida autorização
judicial.
§ 15. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá limitar ou suspender a concessão de
novos credenciamentos sempre que julgar necessário, mediante ato administrativo
fundamentado.
Art. 52-A. É vedado, sob pena de responsabilidade e descredenciamento, o repasse de
recursos provenientes de organismos estrangeiros encarregados de intermediar pedidos de
adoção internacional a organismos nacionais ou a pessoas físicas.
Parágrafo único. Eventuais repasses somente poderão ser efetuados via Fundo dos
Direitos da Criança e do Adolescente e estarão sujeitos às deliberações do respectivo Conselho
de Direitos da Criança e do Adolescente
Art. 52-B. A adoção por brasileiro residente no exterior em país ratificante da Convenção
de Haia, cujo processo de adoção tenha sido processado em conformidade com a legislação
vigente no país de residência e atendido o disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da referida
Convenção, será automaticamente recepcionada com o reingresso no Brasil.
§ 1o Caso não tenha sido atendido o disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da Convenção de
Haia, deverá a sentença ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça.
§ 2o O pretendente brasileiro residente no exterior em país não ratificante da Convenção
de Haia, uma vez reingressado no Brasil, deverá requerer a homologação da sentença
estrangeira pelo Superior Tribunal de Justiça.
Art. 52-C. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país de acolhida, a decisão da
autoridade competente do país de origem da criança ou do adolescente será conhecida pela
Autoridade Central Estadual que tiver processado o pedido de habilitação dos pais adotivos, que
comunicará o fato à Autoridade Central Federal e determinará as providências necessárias à
expedição do Certificado de Naturalização Provisório.
§ 1o A Autoridade Central Estadual, ouvido o Ministério Público, somente deixará de
reconhecer os efeitos daquela decisão se restar demonstrado que a adoção é manifestamente
contrária à ordem pública ou não atende ao interesse superior da criança ou do
adolescente.
§ 2o Na hipótese de não reconhecimento da adoção, prevista no § 1 o deste artigo, o
Ministério Público deverá imediatamente requerer o que for de direito para resguardar os
interesses da criança ou do adolescente, comunicando-se as providências à Autoridade Central
Estadual, que fará a comunicação à Autoridade Central Federal Brasileira e à Autoridade Central
do país de origem.
Art. 52-D. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país de acolhida e a adoção
não tenha sido deferida no país de origem porque a sua legislação a delega ao país de acolhida,
ou, ainda, na hipótese de, mesmo com decisão, a criança ou o adolescente ser oriundo de país
que não tenha aderido à Convenção referida, o processo de adoção seguirá as regras da adoção
nacional.
Capítulo IV
Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o
trabalho, assegurando-se lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares
superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
85
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico,
bem como participar da definição das propostas educacionais.
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo
a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;
VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material
didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular
importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes
a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela frequência à escola.
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na
rede regular de ensino.
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao
Conselho Tutelar os casos de:
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;
III - elevados níveis de repetência.
Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas a
calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de
crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório.
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos
próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da
criação e o acesso às fontes de cultura.
Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a
destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas
para a infância e a juventude.
Capítulo V
Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho
Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na
condição de aprendiz.
Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação especial, sem
prejuízo do disposto nesta Lei.
Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada segundo
as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor.
Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:
I - garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular;
II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;
III - horário especial para o exercício das atividades.
Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é assegurada bolsa de aprendizagem.
Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os direitos
trabalhistas e previdenciários.
Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido.
Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de
escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado trabalho:
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte;
II - perigoso, insalubre ou penoso;
III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico,
psíquico, moral e social;
IV - realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola.
Art. 68. O programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob responsabilidade
de entidade governamental ou não-governamental sem fins lucrativos, deverá assegurar ao
86
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
adolescente que dele participe condições de capacitação para o exercício de atividade regular
remunerada.
§ 1º Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que as exigências
pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do educando prevalecem sobre o
aspecto produtivo.
§ 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na
venda dos produtos de seu trabalho não desfigura o caráter educativo.
Art. 69. O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no trabalho,
observados os seguintes aspectos, entre outros:
I - respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento;
II - capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.
Título III
Da Prevenção
Capítulo I
Disposições Gerais
Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da
criança e do adolescente.
Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão atuar de forma
articulada na elaboração de políticas públicas e na execução de ações destinadas a coibir o uso
de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante e difundir formas não violentas de
educação de crianças e de adolescentes, tendo como principais ações:
I - a promoção de campanhas educativas permanentes para a divulgação do direito da
criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
tratamento cruel ou degradante e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos;
II - a integração com os órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria
Pública, com o Conselho Tutelar, com os Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente e
com as entidades não governamentais que atuam na promoção, proteção e defesa dos direitos
da criança e do adolescente;
III - a formação continuada e a capacitação dos profissionais de saúde, educação e
assistência social e dos demais agentes que atuam na promoção, proteção e defesa dos direitos
da criança e do adolescente para o desenvolvimento das competências necessárias à
prevenção, à identificação de evidências, ao diagnóstico e ao enfrentamento de todas as formas
de violência contra a criança e o adolescente;
IV - o apoio e o incentivo às práticas de resolução pacífica de conflitos que envolvam
violência contra a criança e o adolescente;
V - a inclusão, nas políticas públicas, de ações que visem a garantir os direitos da criança
e do adolescente, desde a atenção pré-natal, e de atividades junto aos pais e responsáveis com
o objetivo de promover a informação, a reflexão, o debate e a orientação sobre alternativas ao
uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante no processo educativo;
VI - a promoção de espaços intersetoriais locais para a articulação de ações e a elaboração
de planos de atuação conjunta focados nas famílias em situação de violência, com participação
de profissionais de saúde, de assistência social e de educação e de órgãos de promoção,
proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente.
Parágrafo único. As famílias com crianças e adolescentes com deficiência terão prioridade
de atendimento nas ações e políticas públicas de prevenção e proteção.
Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas, que atuem nas áreas a que se refere o art.
71, dentre outras, devem contar, em seus quadros, com pessoas capacitadas a reconhecer e
comunicar ao Conselho Tutelar suspeitas ou casos de maus-tratos praticados contra crianças e
adolescentes.
Parágrafo único. São igualmente responsáveis pela comunicação de que trata este artigo,
as pessoas encarregadas, por razão de cargo, função, ofício, ministério, profissão ou ocupação,
do cuidado, assistência ou guarda de crianças e adolescentes, punível, na forma deste Estatuto,
o injustificado retardamento ou omissão, culposos ou dolosos.
Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer, esportes,
diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento.
Art. 72. As obrigações previstas nesta Lei não excluem da prevenção especial outras
decorrentes dos princípios por ela adotados.
Art. 73. A inobservância das normas de prevenção importará em responsabilidade da
pessoa física ou jurídica, nos termos desta Lei.
87
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Capítulo II
Da Prevenção Especial
Seção I
Da informação, Cultura, Lazer, Esportes, Diversões e Espetáculos
Art. 74. O poder público, através do órgão competente, regulará as diversões e espetáculos
públicos, informando sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais
e horários em que sua apresentação se mostre inadequada.
Parágrafo único. Os responsáveis pelas diversões e espetáculos públicos deverão afixar,
em lugar visível e de fácil acesso, à entrada do local de exibição, informação destacada sobre a
natureza do espetáculo e a faixa etária especificada no certificado de classificação.
Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões e espetáculos públicos
classificados como adequados à sua faixa etária.
Parágrafo único. As crianças menores de dez anos somente poderão ingressar e
permanecer nos locais de apresentação ou exibição quando acompanhadas dos pais ou
responsável.
Art. 76. As emissoras de rádio e televisão somente exibirão, no horário recomendado para
o público infanto juvenil, programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e
informativas.
Parágrafo único. Nenhum espetáculo será apresentado ou anunciado sem aviso de sua
classificação, antes de sua transmissão, apresentação ou exibição.
Art. 77. Os proprietários, diretores, gerentes e funcionários de empresas que explorem a
venda ou aluguel de fitas de programação em vídeo cuidarão para que não haja venda ou
locação em desacordo com a classificação atribuída pelo órgão competente.
Parágrafo único. As fitas a que alude este artigo deverão exibir, no invólucro, informação
sobre a natureza da obra e a faixa etária a que se destinam.
Art. 78. As revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado a crianças e
adolescentes deverão ser comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência de seu
conteúdo.
Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas que contenham mensagens
pornográficas ou obscenas sejam protegidas com embalagem opaca.
Art. 79. As revistas e publicações destinadas ao público infanto-juvenil não poderão conter
ilustrações, fotografias, legendas, crônicas ou anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco, armas e
munições, e deverão respeitar os valores éticos e sociais da pessoa e da família.
Art. 80. Os responsáveis por estabelecimentos que explorem comercialmente bilhar, sinuca
ou congênere ou por casas de jogos, assim entendidas as que realizem apostas, ainda que
eventualmente, cuidarão para que não seja permitida a entrada e a permanência de crianças e
adolescentes no local, afixando aviso para orientação do público.
Seção II
Dos Produtos e Serviços
Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de:
I - armas, munições e explosivos;
II - bebidas alcoólicas;
III - produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda que
por utilização indevida;
IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo seu reduzido potencial sejam
incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida;
V - revistas e publicações a que alude o art. 78;
VI - bilhetes lotéricos e equivalentes.
Art. 82. É proibida a hospedagem de criança ou adolescente em hotel, motel, pensão ou
estabelecimento congênere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou responsável.
Seção III
Da Autorização para Viajar
Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da comarca onde reside,
desacompanhada dos pais ou responsável, sem expressa autorização judicial.
§ 1º A autorização não será exigida quando:
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança, se na mesma unidade da
Federação, ou incluída na mesma região metropolitana;
b) a criança estiver acompanhada:
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o
parentesco;
88
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
89
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
VIII - especialização e formação continuada dos profissionais que trabalham nas diferentes
áreas da atenção à primeira infância, incluindo os conhecimentos sobre direitos da criança e
sobre desenvolvimento infantil;
IX - formação profissional com abrangência dos diversos direitos da criança e do
adolescente que favoreça a intersetorialidade no atendimento da criança e do adolescente e seu
desenvolvimento integral;
X - realização e divulgação de pesquisas sobre desenvolvimento infantil e sobre prevenção
da violência.
Art. 89. A função de membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais e municipais
dos direitos da criança e do adolescente é considerada de interesse público relevante e não será
remunerada.
Capítulo II
Das Entidades de Atendimento
Seção I
Disposições Gerais
Art. 90. As entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das próprias
unidades, assim como pelo planejamento e execução de programas de proteção e
socioeducativos destinados a crianças e adolescentes, em regime de:
I - orientação e apoio sócio familiar;
II - apoio socioeducativo em meio aberto;
III - colocação familiar;
IV - acolhimento institucional;
V - prestação de serviços à comunidade;
VI - liberdade assistida;
VII - semiliberdade; e
VIII - internação.
§ 1o As entidades governamentais e não governamentais deverão proceder à inscrição de
seus programas, especificando os regimes de atendimento, na forma definida neste artigo, no
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o qual manterá registro das
inscrições e de suas alterações, do que fará comunicação ao Conselho Tutelar e à autoridade
judiciária.
§ 2o Os recursos destinados à implementação e manutenção dos programas relacionados
neste artigo serão previstos nas dotações orçamentárias dos órgãos públicos encarregados das
áreas de Educação, Saúde e Assistência Social, dentre outros, observando-se o princípio da
prioridade absoluta à criança e ao adolescente preconizado pelo caput do art. 227 da
Constituição Federal e pelo caput e parágrafo único do art. 4o desta Lei.
§ 3o Os programas em execução serão reavaliados pelo Conselho Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente, no máximo, a cada 2 (dois) anos, constituindo-se critérios para
renovação da autorização de funcionamento:
I - o efetivo respeito às regras e princípios desta Lei, bem como às resoluções relativas à
modalidade de atendimento prestado expedidas pelos Conselhos de Direitos da Criança e do
Adolescente, em todos os níveis;
II - a qualidade e eficiência do trabalho desenvolvido, atestadas pelo Conselho Tutelar, pelo
Ministério Público e pela Justiça da Infância e da Juventude;
III - em se tratando de programas de acolhimento institucional ou familiar, serão
considerados os índices de sucesso na reintegração familiar ou de adaptação à família substituta,
conforme o caso.
Art. 91. As entidades não-governamentais somente poderão funcionar depois de
registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o qual comunicará
o registro ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária da respectiva localidade.
§ 1o Será negado o registro à entidade que:
a) não ofereça instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, higiene,
salubridade e segurança;
b) não apresente plano de trabalho compatível com os princípios desta Lei;
c) esteja irregularmente constituída;
d) tenha em seus quadros pessoas inidôneas.
e) não se adequar ou deixar de cumprir as resoluções e deliberações relativas à
modalidade de atendimento prestado expedidas pelos Conselhos de Direitos da Criança e do
Adolescente, em todos os níveis
90
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
91
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
92
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
93
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
94
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
95
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
96
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
e feriados ou em dias úteis, de modo a não prejudicar a freqüência à escola ou à jornada normal
de trabalho.
Seção V
Da Liberdade Assistida
Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida mais
adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.
§ 1º A autoridade designará pessoa capacitada para acompanhar o caso, a qual poderá
ser recomendada por entidade ou programa de atendimento.
§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a
qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador,
o Ministério Público e o defensor.
Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão da autoridade competente, a
realização dos seguintes encargos, entre outros:
I - promover socialmente o adolescente e sua família, fornecendo-lhes orientação e
inserindo-os, se necessário, em programa oficial ou comunitário de auxílio e assistência social;
II - supervisionar a freqüência e o aproveitamento escolar do adolescente, promovendo,
inclusive, sua matrícula;
III - diligenciar no sentido da profissionalização do adolescente e de sua inserção no
mercado de trabalho;
IV - apresentar relatório do caso.
Seção VI
Do Regime de Semi-liberdade
Art. 120. O regime de semi-liberdade pode ser determinado desde o início, ou como forma
de transição para o meio aberto, possibilitada a realização de atividades externas,
independentemente de autorização judicial.
§ 1º São obrigatórias a escolarização e a profissionalização, devendo, sempre que
possível, ser utilizados os recursos existentes na comunidade.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado aplicando-se, no que couber, as
disposições relativas à internação.
Seção VII
Da Internação
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de
brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da
entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada,
mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.
§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o adolescente deverá ser liberado,
colocado em regime de semi-liberdade ou de liberdade assistida.
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade.
§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de autorização judicial, ouvido
o Ministério Público.
§ 7o A determinação judicial mencionada no § 1o poderá ser revista a qualquer tempo pela
autoridade judiciária.
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa;
II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;
III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta.
§ 1o O prazo de internação na hipótese do inciso III deste artigo não poderá ser superior
a 3 (três) meses, devendo ser decretada judicialmente após o devido processo legal.
§ 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida adequada.
Art. 123. A internação deverá ser cumprida em entidade exclusiva para adolescentes, em
local distinto daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por critérios de idade,
compleição física e gravidade da infração.
Parágrafo único. Durante o período de internação, inclusive provisória, serão obrigatórias
atividades pedagógicas.
Art. 124. São direitos do adolescente privado de liberdade, entre outros, os seguintes:
I - entrevistar-se pessoalmente com o representante do Ministério Público;
II - peticionar diretamente a qualquer autoridade;
97
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
98
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Parágrafo único. Da medida cautelar constará, ainda, a fixação provisória dos alimentos
de que necessitem a criança ou o adolescente dependentes do agressor.
Título V
Do Conselho Tutelar
Capítulo I
Disposições Gerais
Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional,
encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente,
definidos nesta Lei.
Art. 132. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá,
no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local,
composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro)
anos, permitida 1 (uma) recondução, mediante novo processo de escolha.
Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes
requisitos:
I - reconhecida idoneidade moral;
II - idade superior a vinte e um anos;
III - residir no município.
Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia e horário de funcionamento
do Conselho Tutelar, inclusive quanto à remuneração dos respectivos membros, aos quais é
assegurado o direito a:
I - cobertura previdenciária;
II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da
remuneração mensal;
III - licença-maternidade;
IV - licença-paternidade;
V - gratificação natalina.
Parágrafo único. Constará da lei orçamentária municipal e da do Distrito Federal previsão
dos recursos necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e formação
continuada dos conselheiros tutelares.
Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro constituirá serviço público relevante
e estabelecerá presunção de idoneidade moral.
Capítulo II
Das Atribuições do Conselho
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando
as medidas previstas no art. 101, I a VII;
II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art.
129, I a VII;
III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência,
trabalho e segurança;
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de
suas deliberações.
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa
ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no
art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;
VII - expedir notificações;
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando
necessário;
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para
planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos
no
XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder
familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto à
família natural.
99
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
100
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Disposições Gerais
Art. 145. Os estados e o Distrito Federal poderão criar varas especializadas e exclusivas
da infância e da juventude, cabendo ao Poder Judiciário estabelecer sua proporcionalidade por
número de habitantes, dotá-las de infra-estrutura e dispor sobre o atendimento, inclusive em
plantões.
Seção II
Do Juiz
Art. 146. A autoridade a que se refere esta Lei é o Juiz da Infância e da Juventude, ou o
juiz que exerce essa função, na forma da lei de organização judiciária local.
Art. 147. A competência será determinada:
I - pelo domicílio dos pais ou responsável;
II - pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou responsável.
§ 1º. Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do lugar da ação ou
omissão, observadas as regras de conexão, continência e prevenção.
§ 2º A execução das medidas poderá ser delegada à autoridade competente da residência
dos pais ou responsável, ou do local onde sediar-se a entidade que abrigar a criança ou
adolescente.
§ 3º Em caso de infração cometida através de transmissão simultânea de rádio ou
televisão, que atinja mais de uma comarca, será competente, para aplicação da penalidade, a
autoridade judiciária do local da sede estadual da emissora ou rede, tendo a sentença eficácia
para todas as transmissoras ou retransmissoras do respectivo estado.
Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude é competente para:
I - conhecer de representações promovidas pelo Ministério Público, para apuração de ato
infracional atribuído a adolescente, aplicando as medidas cabíveis;
II - conceder a remissão, como forma de suspensão ou extinção do processo;
III - conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;
IV - conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos afetos
à criança e ao adolescente, observado o disposto no art. 209;
V - conhecer de ações decorrentes de irregularidades em entidades de atendimento,
aplicando as medidas cabíveis;
VI - aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações contra norma de proteção
à criança ou adolescente;
VII - conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas
cabíveis.
Parágrafo único. Quando se tratar de criança ou adolescente nas hipóteses do art. 98, é
também competente a Justiça da Infância e da Juventude para o fim de:
a) conhecer de pedidos de guarda e tutela;
b) conhecer de ações de destituição do poder familiar, perda ou modificação da tutela ou
guarda;
c) suprir a capacidade ou o consentimento para o casamento;
d) conhecer de pedidos baseados em discordância paterna ou materna, em relação ao
exercício do poder familiar;
e) conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando faltarem os pais;
f) designar curador especial em casos de apresentação de queixa ou representação, ou de
outros procedimentos judiciais ou extrajudiciais em que haja interesses de criança ou
adolescente;
g) conhecer de ações de alimentos;
h) determinar o cancelamento, a retificação e o suprimento dos registros de nascimento e
óbito.
Art. 149. Compete à autoridade judiciária disciplinar, através de portaria, ou autorizar,
mediante alvará:
I - a entrada e permanência de criança ou adolescente, desacompanhado dos pais ou
responsável, em:
a) estádio, ginásio e campo desportivo;
b) bailes ou promoções dançantes;
c) boate ou congêneres;
d) casa que explore comercialmente diversões eletrônicas;
e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e televisão.
II - a participação de criança e adolescente em:
a) espetáculos públicos e seus ensaios;
101
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
b) certames de beleza.
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, a autoridade judiciária levará em conta, dentre
outros fatores:
a) os princípios desta Lei;
b) as peculiaridades locais;
c) a existência de instalações adequadas;
d) o tipo de frequência habitual ao local;
e) a adequação do ambiente a eventual participação ou frequência de crianças e
adolescentes;
f) a natureza do espetáculo.
§ 2º As medidas adotadas na conformidade deste artigo deverão ser fundamentadas, caso
a caso, vedadas as determinações de caráter geral.
Seção III
Dos Serviços Auxiliares
Art. 150. Cabe ao Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta orçamentária, prever
recursos para manutenção de equipe interprofissional, destinada a assessorar a Justiça da
Infância e da Juventude.
Art. 151. Compete à equipe interprofissional dentre outras atribuições que lhe forem
reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito, mediante laudos, ou
verbalmente, na audiência, e bem assim desenvolver trabalhos de aconselhamento, orientação,
encaminhamento, prevenção e outros, tudo sob a imediata subordinação à autoridade judiciária,
assegurada a livre manifestação do ponto de vista técnico.
Parágrafo único. Na ausência ou insuficiência de servidores públicos integrantes do Poder
Judiciário responsáveis pela realização dos estudos psicossociais ou de quaisquer outras
espécies de avaliações técnicas exigidas por esta Lei ou por determinação judicial, a autoridade
judiciária poderá proceder à nomeação de perito, nos termos do art. 156 da Lei no 13.105, de 16
de março de 2015 (Código de Processo Civil)
Capítulo III
Dos Procedimentos
Seção I
Disposições Gerais
Art. 152. Aos procedimentos regulados nesta Lei aplicam-se subsidiariamente as normas
gerais previstas na legislação processual pertinente.
§ 1º É assegurada, sob pena de responsabilidade, prioridade absoluta na tramitação dos
processos e procedimentos previstos nesta Lei, assim como na execução dos atos e diligências
judiciais a eles referentes.
§ 2º Os prazos estabelecidos nesta Lei e aplicáveis aos seus procedimentos são contados
em dias corridos, excluído o dia do começo e incluído o dia do vencimento, vedado o prazo em
dobro para a Fazenda Pública e o Ministério Público.
Art. 153. Se a medida judicial a ser adotada não corresponder a procedimento previsto
nesta ou em outra lei, a autoridade judiciária poderá investigar os fatos e ordenar de ofício as
providências necessárias, ouvido o Ministério Público.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica para o fim de afastamento da
criança ou do adolescente de sua família de origem e em outros procedimentos necessariamente
contenciosos.
Art. 154. Aplica-se às multas o disposto no art. 214.
Seção II
Da Perda e da Suspensão do Poder Familiar
Art. 155. O procedimento para a perda ou a suspensão do poder familiar terá início por
provocação do Ministério Público ou de quem tenha legítimo interesse.
Art. 156. A petição inicial indicará:
I - a autoridade judiciária a que for dirigida;
II - o nome, o estado civil, a profissão e a residência do requerente e do requerido,
dispensada a qualificação em se tratando de pedido formulado por representante do Ministério
Público;
III - a exposição sumária do fato e o pedido;
IV - as provas que serão produzidas, oferecendo, desde logo, o rol de testemunhas e
documentos.
Art. 157. Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público,
decretar a suspensão do poder familiar, liminar ou incidentalmente, até o julgamento definitivo
102
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
103
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
104
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 168. Apresentado o relatório social ou o laudo pericial, e ouvida, sempre que possível,
a criança ou o adolescente, dar-se-á vista dos autos ao Ministério Público, pelo prazo de cinco
dias, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo.
Art. 169. Nas hipóteses em que a destituição da tutela, a perda ou a suspensão do pátrio
poder poder familiar constituir pressuposto lógico da medida principal de colocação em família
substituta, será observado o procedimento contraditório previsto nas Seções II e III deste
Capítulo.
Parágrafo único. A perda ou a modificação da guarda poderá ser decretada nos mesmos
autos do procedimento, observado o disposto no art. 35.
Art. 170. Concedida a guarda ou a tutela, observar-se-á o disposto no art. 32, e, quanto à
adoção, o contido no art. 47.
Parágrafo único. A colocação de criança ou adolescente sob a guarda de pessoa inscrita
em programa de acolhimento familiar será comunicada pela autoridade judiciária à entidade por
este responsável no prazo máximo de 5 (cinco) dias.
Seção V
Da Apuração de Ato Infracional Atribuído a Adolescente
Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem judicial será, desde logo,
encaminhado à autoridade judiciária.
Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será, desde logo,
encaminhado à autoridade policial competente.
Parágrafo único. Havendo repartição policial especializada para atendimento de
adolescente e em se tratando de ato infracional praticado em co-autoria com maior, prevalecerá
a atribuição da repartição especializada, que, após as providências necessárias e conforme o
caso, encaminhará o adulto à repartição policial própria.
Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional cometido mediante violência ou grave
ameaça a pessoa, a autoridade policial, sem prejuízo do disposto nos arts. 106, parágrafo único,
e 107, deverá:
I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o adolescente;
II - apreender o produto e os instrumentos da infração;
III - requisitar os exames ou perícias necessários à comprovação da materialidade e autoria
da infração.
Parágrafo único. Nas demais hipóteses de flagrante, a lavratura do auto poderá ser
substituída por boletim de ocorrência circunstanciada.
Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou responsável, o adolescente será
prontamente liberado pela autoridade policial, sob termo de compromisso e responsabilidade de
sua apresentação ao representante do Ministério Público, no mesmo dia ou, sendo impossível,
no primeiro dia útil imediato, exceto quando, pela gravidade do ato infracional e sua repercussão
social, deva o adolescente permanecer sob internação para garantia de sua segurança pessoal
ou manutenção da ordem pública.
Art. 175. Em caso de não liberação, a autoridade policial encaminhará, desde logo, o
adolescente ao representante do Ministério Público, juntamente com cópia do auto de apreensão
ou boletim de ocorrência.
§ 1º Sendo impossível a apresentação imediata, a autoridade policial encaminhará o
adolescente à entidade de atendimento, que fará a apresentação ao representante do Ministério
Público no prazo de vinte e quatro horas.
§ 2º Nas localidades onde não houver entidade de atendimento, a apresentação far-se-á
pela autoridade policial. À falta de repartição policial especializada, o adolescente aguardará a
apresentação em dependência separada da destinada a maiores, não podendo, em qualquer
hipótese, exceder o prazo referido no parágrafo anterior.
Art. 176. Sendo o adolescente liberado, a autoridade policial encaminhará imediatamente
ao representante do Ministério Público cópia do auto de apreensão ou boletim de ocorrência.
Art. 177. Se, afastada a hipótese de flagrante, houver indícios de participação de
adolescente na prática de ato infracional, a autoridade policial encaminhará ao representante do
Ministério Público relatório das investigações e demais documentos.
Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional não poderá ser
conduzido ou transportado em compartimento fechado de veículo policial, em condições
atentatórias à sua dignidade, ou que impliquem risco à sua integridade física ou mental, sob pena
de responsabilidade.
Art. 179. Apresentado o adolescente, o representante do Ministério Público, no mesmo dia
e à vista do auto de apreensão, boletim de ocorrência ou relatório policial, devidamente autuados
105
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
106
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
107
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 190-C. Não comete crime o policial que oculta a sua identidade para, por meio da
internet, colher indícios de autoria e materialidade dos crimes previstos nos arts. 240, 241, 241-
A, 241-B, 241-C e 241-D desta Lei e nos arts. 154-A, 217-A, 218, 218-A e 218-B do Decreto-Lei
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).
Parágrafo único. O agente policial infiltrado que deixar de observar a estrita finalidade da
investigação responderá pelos excessos praticados.
Art. 190-D. Os órgãos de registro e cadastro público poderão incluir nos bancos de dados
próprios, mediante procedimento sigiloso e requisição da autoridade judicial, as informações
necessárias à efetividade da identidade fictícia criada.
Parágrafo único. O procedimento sigiloso de que trata esta Seção será numerado e
tombado em livro específico.
Art. 190-E. Concluída a investigação, todos os atos eletrônicos praticados durante a
operação deverão ser registrados, gravados, armazenados e encaminhados ao juiz e ao
Ministério Público, juntamente com relatório circunstanciado.
Parágrafo único. Os atos eletrônicos registrados citados no caput deste artigo serão
reunidos em autos apartados e apensados ao processo criminal juntamente com o inquérito
policial, assegurando-se a preservação da identidade do agente policial infiltrado e a intimidade
das crianças e dos adolescentes envolvidos.
Seção VI
Da Apuração de Irregularidades em Entidade de Atendimento
Art. 191. O procedimento de apuração de irregularidades em entidade governamental e
não-governamental terá início mediante portaria da autoridade judiciária ou representação do
Ministério Público ou do Conselho Tutelar, onde conste, necessariamente, resumo dos fatos.
Parágrafo único. Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, ouvido o Ministério
Público, decretar liminarmente o afastamento provisório do dirigente da entidade, mediante
decisão fundamentada.
Art. 192. O dirigente da entidade será citado para, no prazo de dez dias, oferecer resposta
escrita, podendo juntar documentos e indicar as provas a produzir.
Art. 193. Apresentada ou não a resposta, e sendo necessário, a autoridade judiciária
designará audiência de instrução e julgamento, intimando as partes.
§ 1º Salvo manifestação em audiência, as partes e o Ministério Público terão cinco dias
para oferecer alegações finais, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo.
§ 2º Em se tratando de afastamento provisório ou definitivo de dirigente de entidade
governamental, a autoridade judiciária oficiará à autoridade administrativa imediatamente
superior ao afastado, marcando prazo para a substituição.
§ 3º Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade judiciária poderá fixar prazo para
a remoção das irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o processo será extinto,
sem julgamento de mérito.
§ 4º A multa e a advertência serão impostas ao dirigente da entidade ou programa de
atendimento.
Seção VII
Da Apuração de Infração Administrativa às Normas de Proteção à Criança e ao
Adolescente
Art. 194. O procedimento para imposição de penalidade administrativa por infração às
normas de proteção à criança e ao adolescente terá início por representação do Ministério
Público, ou do Conselho Tutelar, ou auto de infração elaborado por servidor efetivo ou voluntário
credenciado, e assinado por duas testemunhas, se possível.
§ 1º No procedimento iniciado com o auto de infração, poderão ser usadas fórmulas
impressas, especificando-se a natureza e as circunstâncias da infração.
§ 2º Sempre que possível, à verificação da infração seguir-se-á a lavratura do auto,
certificando-se, em caso contrário, dos motivos do retardamento.
Art. 195. O requerido terá prazo de dez dias para apresentação de defesa, contado da data
da intimação, que será feita:
I - pelo autuante, no próprio auto, quando este for lavrado na presença do requerido;
II - por oficial de justiça ou funcionário legalmente habilitado, que entregará cópia do auto
ou da representação ao requerido, ou a seu representante legal, lavrando certidão;
III - por via postal, com aviso de recebimento, se não for encontrado o requerido ou seu
representante legal;
IV - por edital, com prazo de trinta dias, se incerto ou não sabido o paradeiro do requerido
ou de seu representante legal.
108
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 196. Não sendo apresentada a defesa no prazo legal, a autoridade judiciária dará vista
dos autos do Ministério Público, por cinco dias, decidindo em igual prazo.
Art. 197. Apresentada a defesa, a autoridade judiciária procederá na conformidade do
artigo anterior, ou, sendo necessário, designará audiência de instrução e julgamento.
Parágrafo único. Colhida a prova oral, manifestar-se-ão sucessivamente o Ministério
Público e o procurador do requerido, pelo tempo de vinte minutos para cada um, prorrogável por
mais dez, a critério da autoridade judiciária, que em seguida proferirá sentença.
Seção VIII
109
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 1o A ordem cronológica das habilitações somente poderá deixar de ser observada pela
autoridade judiciária nas hipóteses previstas no § 13 do art. 50 desta Lei, quando comprovado
ser essa a melhor solução no interesse do adotando.
§ 2o A habilitação à adoção deverá ser renovada no mínimo trienalmente mediante
avaliação por equipe interprofissional.
§ 3o Quando o adotante candidatar-se a uma nova adoção, será dispensável a renovação
da habilitação, bastando a avaliação por equipe interprofissional.
§ 4o Após 3 (três) recusas injustificadas, pelo habilitado, à adoção de crianças ou
adolescentes indicados dentro do perfil escolhido, haverá reavaliação da habilitação
concedida.
§ 5o A desistência do pretendente em relação à guarda para fins de adoção ou a devolução
da criança ou do adolescente depois do trânsito em julgado da sentença de adoção importará na
sua exclusão dos cadastros de adoção e na vedação de renovação da habilitação, salvo decisão
judicial fundamentada, sem prejuízo das demais sanções previstas na legislação vigente.
Art. 197-F. O prazo máximo para conclusão da habilitação à adoção será de 120 (cento e
vinte) dias, prorrogável por igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade
judiciária.
Capítulo IV
Dos Recursos
Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juventude, inclusive os
relativos à execução das medidas socioeducativas, adotar-se-á o sistema recursal da Lei
no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), com as seguintes
adaptações:
I - os recursos serão interpostos independentemente de preparo;
II - em todos os recursos, salvo nos embargos de declaração, o prazo para o Ministério
Público e para a defesa será sempre de 10 (dez) dias;
III - os recursos terão preferência de julgamento e dispensarão revisor;
VII - antes de determinar a remessa dos autos à superior instância, no caso de apelação,
ou do instrumento, no caso de agravo, a autoridade judiciária proferirá despacho fundamentado,
mantendo ou reformando a decisão, no prazo de cinco dias;
VIII - mantida a decisão apelada ou agravada, o escrivão remeterá os autos ou o
instrumento à superior instância dentro de vinte e quatro horas, independentemente de novo
pedido do recorrente; se a reformar, a remessa dos autos dependerá de pedido expresso da
parte interessada ou do Ministério Público, no prazo de cinco dias, contados da intimação.
Art. 199. Contra as decisões proferidas com base no art. 149 caberá recurso de apelação.
Art. 199-A. A sentença que deferir a adoção produz efeito desde logo, embora sujeita a
apelação, que será recebida exclusivamente no efeito devolutivo, salvo se se tratar de adoção
internacional ou se houver perigo de dano irreparável ou de difícil reparação ao
adotando.
Art. 199-B. A sentença que destituir ambos ou qualquer dos genitores do poder familiar
fica sujeita a apelação, que deverá ser recebida apenas no efeito devolutivo.
Art. 199-C. Os recursos nos procedimentos de adoção e de destituição de poder familiar,
em face da relevância das questões, serão processados com prioridade absoluta, devendo ser
imediatamente distribuídos, ficando vedado que aguardem, em qualquer situação, oportuna
distribuição, e serão colocados em mesa para julgamento sem revisão e com parecer urgente do
Ministério Público.
Art. 199-D. O relator deverá colocar o processo em mesa para julgamento no prazo
máximo de 60 (sessenta) dias, contado da sua conclusão.
Parágrafo único. O Ministério Público será intimado da data do julgamento e poderá na
sessão, se entender necessário, apresentar oralmente seu parecer.
Art. 199-E. O Ministério Público poderá requerer a instauração de procedimento para
apuração de responsabilidades se constatar o descumprimento das providências e do prazo
previstos nos artigos anteriores.
Capítulo V
Do Ministério Público
Art. 200. As funções do Ministério Público previstas nesta Lei serão exercidas nos termos
da respectiva lei orgânica.
Art. 201. Compete ao Ministério Público:
I - conceder a remissão como forma de exclusão do processo;
110
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
111
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
112
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
113
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
114
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
115
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
116
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
117
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
118
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
119
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
120
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
estejam criados os conselhos dos direitos da criança e do adolescente nos seus respectivos
níveis.
Art. 262. Enquanto não instalados os Conselhos Tutelares, as atribuições a eles conferidas
serão exercidas pela autoridade judiciária.
Art. 263. O Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passa a
vigorar com as seguintes alterações:
1) Art. 121 ............................................................
§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de um terço, se o crime resulta de inobservância
de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à
vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de um terço, se o crime é praticado
contra pessoa menor de catorze anos.
2) Art. 129 ...............................................................
§ 7º Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer qualquer das hipóteses do art. 121, § 4º.
§ 8º Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121.
3) Art. 136.................................................................
§ 3º Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de catorze
anos.
4) Art. 213 ..................................................................
Parágrafo único. Se a ofendida é menor de catorze anos:
Pena - reclusão de quatro a dez anos.
5) Art. 214...................................................................
Parágrafo único. Se o ofendido é menor de catorze anos:
Pena - reclusão de três a nove anos.»
Art. 264. O art. 102 da Lei n.º 6.015, de 31 de dezembro de 1973, fica acrescido do seguinte
item:
"Art. 102 ....................................................................
6º) a perda e a suspensão do pátrio poder. "
Art. 265. A Imprensa Nacional e demais gráficas da União, da administração direta ou
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público federal promoverão edição
popular do texto integral deste Estatuto, que será posto à disposição das escolas e das entidades
de atendimento e de defesa dos direitos da criança e do adolescente.
Art. 265-A. O poder público fará periodicamente ampla divulgação dos direitos da criança
e do adolescente nos meios de comunicação social.
Parágrafo único. A divulgação a que se refere o caput será veiculada em linguagem clara,
compreensível e adequada a crianças e adolescentes, especialmente às crianças com idade
inferior a 6 (seis) anos.
Art. 266. Esta Lei entra em vigor noventa dias após sua publicação.
Parágrafo único. Durante o período de vacância deverão ser promovidas atividades e
campanhas de divulgação e esclarecimentos acerca do disposto nesta Lei.
Art. 267. Revogam-se as Leis n.º 4.513, de 1964, e 6.697, de 10 de outubro de
1979 (Código de Menores), e as demais disposições em contrário.
➔ A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou
a suspensão do poder familiar
121
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se lhe, por lei ou por outros
meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e
seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e
dignidade.
III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção
ao idoso;
Art. 4o Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência,
crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na
forma da lei.
§ 2o As obrigações previstas nesta Lei não excluem da prevenção outras decorrentes dos
princípios por ela adotados.
122
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
TÍTULO II
Dos Direitos Fundamentais
CAPÍTULO I
Do Direito à Vida
CAPÍTULO II
II – opinião e expressão;
123
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
CAPÍTULO III
Dos Alimentos
Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores.
Art. 13. As transações relativas a alimentos poderão ser celebradas perante o Promotor
de Justiça ou Defensor Público, que as referendará, e passarão a ter efeito de título executivo
extrajudicial nos termos da lei processual civil.
Art. 14. Se o idoso ou seus familiares não possuírem condições econômicas de prover o
seu sustento, impõe-se ao Poder Público esse provimento, no âmbito da assistência social.
CAPÍTULO IV
Do Direito à Saúde
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de
Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo
das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo
a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos.
III – unidades geriátricas de referência, com pessoal especializado nas áreas de geriatria e
gerontologia social;
124
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
II - quando de interesse do próprio idoso, este se fará representar por procurador legalmente
constituído.
Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades mentais é assegurado o direito
de optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais favorável.
Parágrafo único. Não estando o idoso em condições de proceder à opção, esta será
feita:
II – pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou este não puder ser contactado em
tempo hábil;
III – pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e não houver tempo hábil para
consulta a curador ou familiar;
IV – pelo próprio médico, quando não houver curador ou familiar conhecido, caso em que
deverá comunicar o fato ao Ministério Público.
Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos critérios mínimos para o atendimento
às necessidades do idoso, promovendo o treinamento e a capacitação dos profissionais, assim
como orientação a cuidadores familiares e grupos de autoajuda.
I – autoridade policial;
II – Ministério Público;
125
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 1o Para os efeitos desta Lei, considera-se violência contra o idoso qualquer ação
ou omissão praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou
sofrimento físico ou psicológico.
CAPÍTULO V
Da Educação, Cultura, Esporte e Lazer
Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos,
produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade.
Art. 21. O Poder Público criará oportunidades de acesso do idoso à educação, adequando
currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais a ele destinados.
Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos
conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de
forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria.
Art. 23. A participação dos idosos em atividades culturais e de lazer será proporcionada
mediante descontos de pelo menos 50% (cinquenta por cento) nos ingressos para eventos
artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem como o acesso preferencial aos
respectivos locais.
Comentário: Não é desconto de 50 %, é de PELO MENOS 50%, pode ser mais de 50%.
Art. 24. Os meios de comunicação manterão espaços ou horários especiais voltados aos idosos,
com finalidade informativa, educativa, artística e cultural, e ao público sobre o processo de
envelhecimento.
CAPÍTULO VI
Da Profissionalização e do Trabalho
Art. 26. O idoso tem direito ao exercício de atividade profissional, respeitadas suas
condições físicas, intelectuais e psíquicas.
126
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
CAPÍTULO VII
Da Previdência Social
Art. 30. A perda da condição de segurado não será considerada para a concessão da
aposentadoria por idade, desde que a pessoa conte com, no mínimo, o tempo de contribuição
correspondente ao exigido para efeito de carência na data de requerimento do benefício.
Art. 31. O pagamento de parcelas relativas a benefícios, efetuado com atraso por
responsabilidade da Previdência Social, será atualizado pelo mesmo índice utilizado para os
reajustamentos dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, verificado no período
compreendido entre o mês que deveria ter sido pago e o mês do efetivo pagamento.
CAPÍTULO VIII
Da Assistência Social
Art. 33. A assistência social aos idosos será prestada, de forma articulada, conforme os
princípios e diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, na Política Nacional do
Idoso, no Sistema Único de Saúde e demais normas pertinentes.
Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios
para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o
benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência
Social – Loas.
127
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 35. Todas as entidades de longa permanência, ou casa-lar, são obrigadas a firmar
contrato de prestação de serviços com a pessoa idosa abrigada.
§ 3o Se a pessoa idosa for incapaz, caberá a seu representante legal firmar o contrato a que
se refere o caput deste artigo.
Art. 36. O acolhimento de idosos em situação de risco social, por adulto ou núcleo familiar,
caracteriza a dependência econômica, para os efeitos legais.
CAPÍTULO IX
Da Habitação
Art. 37. O idoso tem direito a moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou
desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública
ou privada.
Art. 38. Nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados com recursos públicos, o
idoso goza de prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria, observado o seguinte:
I - reserva de pelo menos 3% (três por cento) das unidades habitacionais residenciais
para atendimento aos idosos;
CAPÍTULO X
Do Transporte
128
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a gratuidade dos
transportes coletivos públicos urbanos e semiurbanos, exceto nos serviços seletivos e
especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares.
§ 1o Para ter acesso à gratuidade, basta que o idoso apresente qualquer documento pessoal
que faça prova de sua idade.
§ 2o Nos veículos de transporte coletivo de que trata este artigo, serão reservados 10% (dez
por cento) dos assentos para os idosos, devidamente identificados com a placa de reservado
preferencialmente para idosos.
I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para idosos com renda igual ou
inferior a 2 (dois) salários-mínimos;
II – desconto de 50% (cinquenta por cento), no mínimo, no valor das passagens, para
os idosos que excederem as vagas gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-
mínimos.
Parágrafo único. Caberá aos órgãos competentes definir os mecanismos e os critérios para
o exercício dos direitos previstos nos incisos I e II.
Art. 41. É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos da lei local, de 5% (cinco por
cento) das vagas nos estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser
posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao idoso.
TÍTULO III
Das Medidas de Proteção
CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais
Art. 43. As medidas de proteção ao idoso são aplicáveis sempre que os direitos
reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:
CAPÍTULO II
Das Medidas Específicas de Proteção
129
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 44. As medidas de proteção ao idoso previstas nesta Lei poderão ser aplicadas,
isolada ou cumulativamente, e levarão em conta os fins sociais a que se destinam e o
fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
Art. 45. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 43, o Ministério Público ou o
Poder Judiciário, a requerimento daquele, poderá determinar, dentre outras, as seguintes
medidas:
V – abrigo em entidade;
VI – abrigo temporário.
TÍTULO IV
Da Política de Atendimento ao Idoso
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 46. A política de atendimento ao idoso far-se-á por meio do conjunto articulado de
ações governamentais e não-governamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
CAPÍTULO II
Das Entidades de Atendimento ao Idoso
130
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 48. As entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das próprias
unidades, observadas as normas de planejamento e execução emanadas do órgão competente
da Política Nacional do Idoso, conforme a Lei no 8.842, de 1994.
131
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
X – propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de acordo com suas crenças;
XIV – fornecer comprovante de depósito dos bens móveis que receberem dos idosos;
Art. 51. As instituições filantrópicas ou sem fins lucrativos prestadoras de serviço ao idoso
terão direito à assistência judiciária gratuita.
CAPÍTULO III
Da Fiscalização das Entidades de Atendimento
Art. 53. O art. 7o da Lei no 8.842, de 1994, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 7o Compete aos Conselhos de que trata o art. 6o desta Lei a supervisão, o
acompanhamento, a fiscalização e a avaliação da política nacional do idoso, no âmbito das
respectivas instâncias político-administrativas." (NR)
Art. 54. Será dada publicidade das prestações de contas dos recursos públicos e privados
recebidos pelas entidades de atendimento.
I – as entidades governamentais:
a) advertência;
132
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
II – as entidades não-governamentais:
a) advertência;
b) multa;
CAPÍTULO IV
Das Infrações Administrativas
Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais), se o fato não
for caracterizado como crime, podendo haver a interdição do estabelecimento até que sejam
cumpridas as exigências legais.
Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais), aplicada em
dobro no caso de reincidência.
Art. 58. Deixar de cumprir as determinações desta Lei sobre a prioridade no atendimento
ao idoso:
133
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 1.000,00 (um mil reais) e multa civil a
ser estipulada pelo juiz, conforme o dano sofrido pelo idoso.
CAPÍTULO V
Da Apuração Administrativa de Infração às
Normas de Proteção ao Idoso
Art. 61. O autuado terá prazo de 10 (dez) dias para a apresentação da defesa, contado da
data da intimação, que será feita:
Art. 62. Havendo risco para a vida ou à saúde do idoso, a autoridade competente aplicará
à entidade de atendimento as sanções regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das
providências que vierem a ser adotadas pelo Ministério Público ou pelas demais instituições
legitimadas para a fiscalização.
Art. 63. Nos casos em que não houver risco para a vida ou a saúde da pessoa idosa
abrigada, a autoridade competente aplicará à entidade de atendimento as sanções
regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das providências que vierem a ser adotadas pelo
Ministério Público ou pelas demais instituições legitimadas para a fiscalização.
CAPÍTULO VI
Da Apuração Judicial de Irregularidades em Entidade de Atendimento
Art. 66. Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público,
decretar liminarmente o afastamento provisório do dirigente da entidade ou outras medidas que
julgar adequadas, para evitar lesão aos direitos do idoso, mediante decisão fundamentada.
Art. 67. O dirigente da entidade será citado para, no prazo de 10 (dez) dias, oferecer
resposta escrita, podendo juntar documentos e indicar as provas a produzir.
134
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 3o Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade judiciária poderá fixar prazo para
a remoção das irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o processo será extinto,
sem julgamento do mérito.
TÍTULO V
Do Acesso à Justiça
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 70. O Poder Público poderá criar varas especializadas e exclusivas do idoso.
§ 4o Para o atendimento prioritário será garantido ao idoso o fácil acesso aos assentos e
caixas, identificados com a destinação a idosos em local visível e caracteres legíveis.
CAPÍTULO II
Do Ministério Público
135
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 73. As funções do Ministério Público, previstas nesta Lei, serão exercidas nos termos
da respectiva Lei Orgânica.
I – instaurar o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos direitos e interesses
difusos ou coletivos, individuais indisponíveis e individuais homogêneos do idoso;
III – atuar como substituto processual do idoso em situação de risco, conforme o disposto
no art. 43 desta Lei;
VII – zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados ao idoso,
promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis;
X – referendar transações envolvendo interesses e direitos dos idosos previstos nesta Lei.
§ 1o A legitimação do Ministério Público para as ações cíveis previstas neste artigo não
impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo dispuser a lei.
§ 2o As atribuições constantes deste artigo não excluem outras, desde que compatíveis
com a finalidade e atribuições do Ministério Público.
136
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 75. Nos processos e procedimentos em que não for parte, atuará obrigatoriamente o
Ministério Público na defesa dos direitos e interesses de que cuida esta Lei, hipóteses em que
terá vista dos autos depois das partes, podendo juntar documentos, requerer diligências e
produção de outras provas, usando os recursos cabíveis.
Art. 76. A intimação do Ministério Público, em qualquer caso, será feita pessoalmente.
Art. 77. A falta de intervenção do Ministério Público acarreta a nulidade do feito, que será
declarada de ofício pelo juiz ou a requerimento de qualquer interessado.
CAPÍTULO III
Da Proteção Judicial dos Interesses Difusos, Coletivos e Individuais Indisponíveis ou
Homogêneos
Art. 79. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade por ofensa
aos direitos assegurados ao idoso, referentes à omissão ou ao oferecimento insatisfatório de:
Parágrafo único. As hipóteses previstas neste artigo não excluem da proteção judicial
outros interesses difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos, próprios do
idoso, protegidos em lei.
Art. 80. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no foro do domicílio do idoso,
cujo juízo terá competência absoluta para processar a causa, ressalvadas as competências da
Justiça Federal e a competência originária dos Tribunais Superiores.
Art. 81. Para as ações cíveis fundadas em interesses difusos, coletivos, individuais
indisponíveis ou homogêneos, consideram-se legitimados, concorrentemente:
I – o Ministério Público;
137
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 82. Para defesa dos interesses e direitos protegidos por esta Lei, são admissíveis
todas as espécies de ação pertinentes.
Art. 83. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não-fazer,
o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem
o resultado prático equivalente ao adimplemento.
Art. 84. Os valores das multas previstas nesta Lei reverterão ao Fundo do Idoso, onde
houver, ou na falta deste, ao Fundo Municipal de Assistência Social, ficando vinculados ao
atendimento ao idoso.
Parágrafo único. As multas não recolhidas até 30 (trinta) dias após o trânsito em julgado
da decisão serão exigidas por meio de execução promovida pelo Ministério Público, nos
mesmos autos, facultada igual iniciativa aos demais legitimados em caso de inércia daquele.
Art. 85. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos recursos, para evitar dano irreparável
à parte.
Art. 86. Transitada em julgado a sentença que impuser condenação ao Poder Público, o
juiz determinará a remessa de peças à autoridade competente, para apuração da
responsabilidade civil e administrativa do agente a que se atribua a ação ou omissão.
Art. 88. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá adiantamento de custas,
emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas.
Art. 89. Qualquer pessoa poderá, e o servidor deverá, provocar a iniciativa do Ministério
Público, prestando-lhe informações sobre os fatos que constituam objeto de ação civil e
indicando-lhe os elementos de convicção.
Art. 90. Os agentes públicos em geral, os juízes e tribunais, no exercício de suas funções,
quando tiverem conhecimento de fatos que possam configurar crime de ação pública contra
idoso ou ensejar a propositura de ação para sua defesa, devem encaminhar as peças
pertinentes ao Ministério Público, para as providências cabíveis.
138
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 91. Para instruir a petição inicial, o interessado poderá requerer às autoridades
competentes as certidões e informações que julgar necessárias, que serão fornecidas no prazo
de 10 (dez) dias.
Art. 92. O Ministério Público poderá instaurar sob sua presidência, inquérito civil, ou
requisitar, de qualquer pessoa, organismo público ou particular, certidões, informações,
exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 (dez) dias.
TÍTULO VI
Dos Crimes
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima privativa de liberdade não
ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento previsto na Lei no 9.099, de 26 de
setembro de 1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do Código Penal e do
Código de Processo Penal.
CAPÍTULO II
Dos Crimes em Espécie
Art. 95. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada, não se
lhes aplicando os arts. 181 e 182 do Código Penal.
Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações
bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou
instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade:
§ 2o A pena será aumentada de 1/3 (um terço) se a vítima se encontrar sob os cuidados ou
responsabilidade do agente.
139
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 97. Deixar de prestar assistência ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco pessoal,
em situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à saúde, sem
justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro de autoridade pública:
Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de longa permanência,
ou congêneres, ou não prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei ou mandado:
Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o
a condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados indispensáveis,
quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho excessivo ou inadequado:
§ 2o Se resulta a morte:
Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa:
IV – deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial
expedida na ação civil a que alude esta Lei;
Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem
judicial expedida nas ações em que for parte ou interveniente o idoso:
Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento
do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade:
Art. 103. Negar o acolhimento ou a permanência do idoso, como abrigado, por recusa deste
em outorgar procuração à entidade de atendimento:
140
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou
pensão do idoso, bem como qualquer outro documento com objetivo de assegurar recebimento
ou ressarcimento de dívida:
Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de comunicação, informações ou imagens
depreciativas ou injuriosas à pessoa do idoso:
Art. 106. Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus atos a outorgar procuração para
fins de administração de bens ou deles dispor livremente:
Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar procuração:
Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem discernimento de seus atos, sem
a devida representação legal:
TÍTULO VII
Disposições Finais e Transitórias
Art. 110. O Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, Código Penal, passa a vigorar
com as seguintes alterações:
"Art. 61. II -h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida;
"Art. 121. § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta
de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar
prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime
é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
"Art. 140. § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia,
religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
"Art. 141. IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto
no caso de injúria.
141
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
"Art. 159 § 1o Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado é menor
de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha.
"Art. 183 III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta)
anos." (NR)
"Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18
(dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta)
anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão
alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer
descendente ou ascendente, gravemente enfermo:
"Art. 21 Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é maior
de 60 (sessenta) anos." (NR)
Art. 112. O inciso II do § 4o do art. 1o da Lei no 9.455, de 7 de abril de 1997, passa a vigorar
com a seguinte redação:
Art. 113. O inciso III do art. 18 da Lei no 6.368, de 21 de outubro de 1976, passa a vigorar
com a seguinte redação:
"Art. 18- III – se qualquer deles decorrer de associação ou visar a menores de 21 (vinte e um)
anos ou a pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou a quem tenha, por
qualquer causa, diminuída ou suprimida a capacidade de discernimento ou de autodeterminação:
Art. 114. O art 1º da Lei no 10.048, de 8 de novembro de 2000, passa a vigorar com a
seguinte redação:
Art. 116. Serão incluídos nos censos demográficos dados relativos à população idosa do
País.
Art. 117. O Poder Executivo encaminhará ao Congresso Nacional projeto de lei revendo os
critérios de concessão do Benefício de Prestação Continuada previsto na Lei Orgânica da
Assistência Social, de forma a garantir que o acesso ao direito seja condizente com o estágio de
desenvolvimento socioeconômico alcançado pelo País.
Art. 118. Esta Lei entra em vigor decorridos 90 (noventa) dias da sua publicação, ressalvado
o disposto no caput do art. 36, que vigorará a partir de 1o de janeiro de 2004.
142
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
*IMPORTANTE
(2 VAGAS
( Menor ou Igual a 2 salários mínimos
Transporte
Interestadual Se exceder as 2 vagas, 50% de
descontos nas passagens
• 1 Salário mínimo= para idosos a partir dos 65 anos que não consigam
promover sua subsistência, nem sua família.
143
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Parágrafo único - O Município se organiza e se rege por esta Lei Orgânica e demais leis que
adotar, observados os princípios constitucionais da República e do Estado.
Art. 2º - Todo o poder do Município emana do povo, que o exerce por meio de seus
representantes eleitos, ou diretamente, nos termos da Constituição da República e desta Lei
Orgânica.
§ 1º - O exercício indireto do poder pelo povo no Município se dá por representantes eleitos pelo
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para todos, na forma da legislação
federal, e por representantes indicados pela comunidade, nos termos desta Lei Orgânica.
§ 2º - O exercício direto do poder pelo povo no Município se dá, na forma desta Lei Orgânica,
mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular no processo legislativo;
IV - participação na administração pública;
V - ação fiscalizadora sobre a administração pública.
Art. 3º - São objetivos prioritários do Município, além daqueles previstos no art. 166 da
Constituição do Estado:
I - garantir a efetividade dos direitos públicos subjetivos;
II - assegurar o exercício, pelo cidadão, dos mecanismos de controle da legalidade e da
legitimidade dos atos do Poder Público e da eficácia dos serviços públicos;
III - preservar os interesses gerais e coletivos;
IV - promover o bem de todos, sem distinção de origem, raça, sexo, cor, credo religioso, idade,
ou quaisquer outras formas de discriminação;
V - proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatíveis com a dignidade humana,
a justiça social e o bem comum;
VI - priorizar o atendimento das demandas da sociedade civil de educação, saúde, transporte,
moradia, abastecimento, lazer e assistência social;
VII - preservar a sua identidade, adequando as exigências do desenvolvimento à preservação
de sua memória, tradição e peculiaridades;
VIII - valorizar e desenvolver a sua vocação de centro aglutinador e irradiador da cultura
brasileira.
Parágrafo único - O Município concorrerá, nos limites de sua competência, para a consecução
dos objetivos fundamentais da República e prioritários do Estado.
Art. 4º - O Município assegura, no seu território e nos limites de sua competência, os direitos e
garantias fundamentais que a Constituição da República confere aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País.
§ 1º - Nenhuma pessoa será discriminada, ou de qualquer forma prejudicada, pelo fato de litigar
com órgão ou entidade municipal, no âmbito administrativo ou judicial.
144
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 4º - Todos têm o direito de requerer e obter informação sobre projeto do Poder Público,
ressalvada aquela cujo sigilo seja, temporariamente, imprescindível à segurança da sociedade e
do Município, nos termos da lei, que fixará também o prazo em que deva ser prestada a
informação.
§ 7º - Será punido, nos termos da lei, o agente público que, no exercício de suas atribuições e
independentemente da função que exerça, violar direito previsto nas Constituições da República
e do Estado e nesta Lei Orgânica.
§ 9º - O Poder Público coibirá todo e qualquer ato discriminatório, nos limites de sua competência,
dispondo, na forma da lei, sobre a punição dos agentes públicos e dos estabelecimentos privados
que pratiquem tais atos.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Parágrafo único - Salvo as exceções previstas nesta Lei Orgânica, é vedado a qualquer dos
Poderes delegar atribuição e, a quem for investido na função de um deles, exercer a de outro.
145
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
Art. 11 - Compete ao Município prover a tudo quanto respeite ao seu interesse local.
146
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
CAPÍTULO III
DO DOMÍNIO PÚBLICO
Art. 14 - Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que, a
qualquer título, pertençam ao Município.
CAPÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
§ 1º - A moralidade e a razoabilidade dos atos do Poder Público serão apuradas, para efeito de
controle e invalidação, em face dos dados objetivos de cada caso.
Art. 16 - A administração pública direta é a que compete ao órgão de qualquer dos Poderes do
Município.
147
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 20 - Funcionará junto a cada sistema administrativo uma instância, com atribuições de:
I - participar da elaboração de política de ação do Poder Público para o setor;
II - participar da elaboração de planos e programas para o setor e do levantamento de seus
custos;
III - analisar e manifestar-se sobre o plano diretor, o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias
e o orçamento anual;
IV - acompanhar e fiscalizar a execução de plano e programas setoriais;
V - acompanhar e fiscalizar a aplicação de recursos públicos destinados ao setor;
VI - manifestar-se sobre proposta de alteração na legislação pertinente à atividade do setor.
Art. 22 - Funcionará junto a cada Administração Regional uma instância, com atribuições de:
I - relacionar as carências e reivindicações regionais, nas áreas, entre outras, de saúde,
educação, habitação, transporte, saneamento básico, meio ambiente, urbanização, cultura,
esporte e lazer e nas relativas à criança, ao adolescente e ao portador de deficiência, e
hierarquizar as prioridades;
II - participar da elaboração de planos de obras prioritárias para a região e do levantamento de
seus custos;
III - analisar e manifestar-se sobre o plano diretor, o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias
e o orçamento anual;
IV - acompanhar e fiscalizar as ações regionais do Poder Público;
V - acompanhar e fiscalizar a aplicação de recursos públicos destinados à região;
VI - elaborar proposta de solução para problema da região.
148
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 26 - Para o procedimento de licitação, obrigatório para contratação de obra, serviço, compra,
alienação e concessão, o Município observará as normas gerais expedidas pela União.
Art. 28 - A publicidade de ato, programa, projeto, obra, serviço e campanha de órgão público, por
qualquer veículo de comunicação, somente pode ter caráter informativo, educativo ou de
orientação social, e dela não constarão nome, cor ou imagem que caracterizem a promoção
pessoal de autoridade, servidor público ou partido político.
Art. 29 - A lei definirá os atos decisórios de relevância que deverão ser publicados para produzir
efeitos.
Art. 30 - Para registro dos atos e fatos administrativos, o Município terá livros, fichas ou outro
sistema, convenientemente autenticados, que forem necessários aos seus serviços.
Parágrafo único - O Município terá um livro especial para o registro de suas leis.
Art. 33 - A alienação de bem imóvel público edificado depende de avaliação prévia, licitação e
autorização legislativa.
149
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 34 - A alienação de bem imóvel público não edificado depende de interesse público,
avaliação prévia, autorização legislativa e licitação, observadas, quanto a esta, as exceções
previstas em lei.
Caput com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 22, de 01/06/2010 (Art. 1º)
§ 1º - São inalienáveis os bens imóveis públicos, edificados ou não, utilizados pela população
em atividades de lazer, esporte e cultura, os quais somente poderão ser utilizados para outros
fins se o interesse público o justificar e mediante autorização legislativa.
§ 1º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 22, de 01/06/2010 (Art. 1º)
.
§ 2º - A autorização legislativa mencionada neste artigo e no art. 33 é sempre prévia e depende
do voto da maioria dos membros da Câmara.
Parágrafo único - O título de domínio e o de concessão do direito real de uso serão conferidos
ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil, nos termos e condições
previstos em lei.
Art. 36 - Os bens imóveis públicos de interesse histórico, artístico ou cultural somente podem ser
utilizados por terceiros para finalidades culturais.
§ 1º - Para os fins do artigo, o órgão competente expedirá laudo técnico que comprove a
obsolescência ou exaustão, em razão de uso, do bem.
Art. 38 - O uso especial de bem patrimonial do Município por terceiro será objeto, na forma da
lei, de:
I - concessão, mediante contrato de direito público, remunerada ou gratuita, ou a título de direito
real resolúvel;
II - permissão;
III - cessão;
IV - autorização.
§ 1º - O uso especial de bem patrimonial por terceiro será sempre a título precário, condicionado
ao atendimento de condições previamente estabelecidas e submetido à aprovação de comissão
a ser criada pelo Executivo.
Parágrafo único renumerado como § 1º e com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 4,
de 21/12/1993 (Art. 1º)
150
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 3º - O uso especial de bem patrimonial poderá ser gratuito quando se destinar a outras
entidades de direito público, entidades assistenciais, religiosas, educacionais, esportivas, desde
que verificado relevante interesse público.
§ 3º acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 4, de 21/12/1993 (Art. 2º)
Art. 40 - É vedado ao Poder Público edificar, descaracterizar ou abrir vias públicas em praças,
parques, reservas ecológicas e espaços tombados do Município, ressalvadas as construções
estritamente necessárias à preservação e ao aperfeiçoamento das mencionadas áreas.
CAPÍTULO V
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 45 - Os cargos, empregos e funções são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei.
§ 2º - O prazo de validade do concurso público é de até dois anos, prorrogável, uma vez, por
igual período.
151
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 5º - Ao servidor público municipal são garantidos, nos concursos públicos, cinco por cento da
pontuação total dos títulos, por ano de serviço prestado, mediante subordinação, à administração
pública do Município, até o máximo de trinta por cento.
Art. 46 - A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público.
Art. 49 - A revisão geral da remuneração do servidor público, sob um índice único, far-se-á
sempre no mês que a lei fixar, sendo, ainda, assegurada a preservação mensal de seu poder
aquisitivo, desde que respeitados os limites a que se refere a Constituição da República.
§ 1º - A lei fixará o limite máximo e a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores
públicos, a qual não poderá exceder a percebida, em espécie, a qualquer título, pelo Prefeito.
§ 2º - Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não podem ser superiores aos percebidos
no Poder Executivo.
§ 4º - Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados, para o fim de concessão de acréscimo ulterior, sob o mesmo título ou idêntico
fundamento.
Art. 49-A - Fica proibida a nomeação ou a designação para cargos ou empregos de direção,
chefia e assessoramento, na administração direta e indireta do Município, de pessoa declarada
inelegível em razão de condenação pela prática de ato ilícito, nos termos da legislação federal.
Art. 49-A acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 23, de 14/09/2011 (Art. 1º)
152
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 1º - Incorrem na mesma proibição de que trata este artigo os detentores de mandato eletivo
declarados inelegíveis por renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de
representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo
da Constituição Federal, da Constituição Estadual ou da Lei Orgânica do Município ou do Distrito
Federal.
Art. 49-B - Não poderão prestar serviço a órgãos e entidades do Município os trabalhadores das
empresas contratadas declarados inelegíveis em resultado de decisão transitada em julgado ou
proferida por órgão colegiado relativa a, pelo menos, uma das seguintes situações:
Art. 49-B acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 23, de 14/09/2011 (Art. 2º)
I - representação contra sua pessoa julgada procedente pela Justiça Eleitoral em processo de
abuso do poder econômico ou político;
II - condenação por crimes contra a economia popular, a fé pública, a administração pública ou
o patrimônio público.
Parágrafo único - Ficam as empresas a que se refere o caput deste artigo obrigadas a apresentar
ao contratante, antes do início da execução do contrato, declaração de que os trabalhadores que
prestarão serviço ao Município não incorrem nas proibições de que trata este artigo. (NR)
Art. 52 - A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para pessoas portadoras de
deficiência e para ex-presidiários recém-colocados em liberdade e definirá os critérios de sua
admissão.
Art. 52 com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 14, de 16/06/1999 (Art. 1º)
Art. 53 - Os atos de improbidade administrativa importam suspensão dos direitos políticos, perda
de função pública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na forma e na gradação
estabelecidas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Art. 54 - É vedado ao servidor público desempenhar atividades que não sejam próprias do cargo
de que for titular, exceto quando ocupar cargo em comissão ou desempenhar função de
confiança.
Art. 55 - Os servidores dos órgãos da administração direta, das autarquias e das fundações
públicas sujeitar-se-ão a regime jurídico único e a planos de carreira a serem instituídos pelo
Município.
153
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 2º - Ao servidor público que, por acidente ou doença, se tornar inapto para exercer as
atribuições específicas de seu cargo, serão assegurados os direitos e vantagens a ele inerentes,
até seu definitivo aproveitamento em outro cargo, de atribuições afins, respeitada a habilitação
exigida, ou até a aposentadoria.
Art. 56 - O Município assegurará ao servidor os direitos previstos no art. 7º, incisos IV, VI, VII,
VIII, IX, XII, XV, XVI, XVII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX da Constituição da República e os que,
nos termos da lei, visem à melhoria de sua condição social e à produtividade no serviço público,
especialmente:
I - duração do trabalho normal não-superior a oito horas diárias e quarenta semanais, facultada
a compensação de horários e a redução da jornada nos termos em que dispuser a lei;
II - adicionais por tempo de serviço;
III – férias-prêmio, com duração de seis meses, adquiridas a cada período de dez anos de efetivo
exercício na administração pública do Município, admitida a sua conversão em espécie, por
opção do servidor, ou, para efeito de aposentadoria, a contagem em dobro das não gozadas;
Inciso III com a redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 10, de 27/12/1995 (Art. 1º)
Inciso III revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19, de 05/01/2006 (Art. 1º)
Emenda à Lei Orgânica nº 19 declarada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais
(ADI nº 1.0000.07.467.202-3/000)
IV - assistência e previdência sociais, extensivas ao cônjuge ou companheiro e aos dependentes;
V - atendimento gratuito, em creche e pré-escola, aos filhos e dependentes, desde o nascimento
até seis anos de idade;
VI - licença a gestante, com duração de cento e vinte dias e, nos termos da lei, a adotante, sem
prejuízo da remuneração;
VII - auxílio-transporte;
VIII - progressão horizontal e vertical.
§ 2º - Para os fins do inciso II, é assegurado o cômputo integral do tempo de serviço público.
Art. 58 - É livre a associação profissional ou sindical dos servidores públicos, nos termos da
Constituição da República.
154
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 59 - É garantido ao servidor público o direito de greve, a ser exercido nos termos e limites
definidos em lei complementar federal.
Art. 60 - É estável, após dois anos de efetivo exercício, o servidor público nomeado em virtude
de concurso público.
§ 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor público estável, será ele reintegrado
no cargo anteriormente ocupado, com ressarcimento de todas as vantagens, sendo o eventual
ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em
outro cargo ou posto em disponibilidade.
Art. 62 - O Município manterá plano de previdência e assistência sociais para o agente político e
o servidor público submetido a regime próprio e para a sua família.
§ 1º - O plano de previdência e assistência sociais visa a dar cobertura aos riscos a que estão
sujeitos os beneficiários mencionados no artigo e atenderá, nos termos da lei, a:
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em serviço, falecimento e
reclusão;
II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade;
III - assistência à saúde;
IV - ajuda à manutenção dos dependentes dos beneficiários.
§ 5º - Nos casos previstos nas alíneas “d”, “e” e “f” do inciso I do parágrafo anterior, o servidor
perceberá remuneração integral, como se em exercício estivesse.
155
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 1º - As exceções ao disposto no inciso III, alíneas “a” e “c”, no caso de exercício de atividades
consideradas penosas, insalubres ou perigosas, serão as estabelecidas em legislação federal.
§ 1º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 30/06/1992 (Art. 1º)
§ 7º - A pensão de que trata o parágrafo anterior será devida ao cônjuge ou companheiro e aos
demais dependentes, na forma da lei.
Art. 64 - O servidor público que retornar à atividade após a cessação dos motivos que causaram
sua aposentadoria por invalidez terá direito, para todos os fins, salvo para o de promoção, à
contagem do tempo relativo ao período de afastamento.
156
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 4º - Caso o Prefeito não o nomeie ou emposse, no prazo do parágrafo anterior, ficará o eleito
investido no respectivo cargo.
Art. 1º Fica obrigatório o uso de focinheiras e correntes pelos cães que circulam com os donos
nas ruas e praças do Município.
Art. 2º O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita o responsável pelo cão às seguintes
penalidades:
I - apreensão do cão;
Parágrafo Único. Após o pagamento da multa, o cão será devolvido ao seu dono.
Art. 3º O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias, contado a partir da
data de sua publicação.
157
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
I - pitbull:
Art. 2º - Fica o proprietário de cão das raças referidas no art. 1º obrigado, no prazo de 30 (trinta)
dias, contado a partir da publicação do decreto de regulamentação desta Lei aos seguintes
procedimentos:
III - (VETADO)
Art. 4º - O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias, contado a partir da
data de sua publicação.
158
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
§ 2º - Entende-se por via pública o conjunto formado pela pista de rolamento e pelo acostamento
e, se existentes, pelas faixas de estacionamento, ilha e canteiro central.
Art. 3º - (VETADO)
Art. 4º - O uso do logradouro público é facultado a todos e o acesso a ele é livre, respeitadas as
regras deste Código e de seu regulamento.
Art. 6º - Dependerá de prévio licenciamento a realização das operações e dos usos previstos nos
incisos do caput do art. 2º, conforme exigência expressa que neste Código se fizer acerca de
cada caso.
Art. 6º-A - É vedada a colocação de qualquer elemento que obstrua, total ou parcialmente, o
logradouro público, exceto o mobiliário urbano que atenda às disposições desta Lei.
Art. 6º A acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 2º)
159
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 7°-A - Constatada a irregularidade urbanística da edificação onde seja exercida atividade
que cause dano ou ameaça de dano a terceiros, especialmente ocasionando risco à segurança
ou à saúde pública, a fiscalização, mediante despacho fundamentado, poderá solicitar à
autoridade competente autorização para interdição da atividade.
Art. 7º A acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 4º)
§ 1º - A decisão desfavorável baseada no previsto pelo inciso II deste artigo será acompanhada
de justificativa técnica.
Parágrafo único - Deverá o documento de licenciamento ser mantido no local onde se realiza a
operação ou se usa o bem, devendo ser apresentado à fiscalização quando solicitado.
§ 1° - O prazo para a interposição dos recursos previstos no caput deste artigo será de 15
(quinze) dias, contados da notificação pessoal do requerente ou da publicação no Diário Oficial
do Município.
Art. 9º-B - O Executivo deverá definir parâmetros específicos para regulação e fiscalização de
posturas nas Zonas de Especial Interesse Social – ZEIS.
Art. 9º B acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 5º)
160
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 10 - Dos atos do Executivo previstos neste Título e que se relacionem a casos omissos ou a
interpretação dos dispositivos deste Código, caberá recurso ao Conselho Municipal de Política
Urbana (COMPUR), conforme ritual a ser estabelecido em regulamento.
Art. 11 - (VETADO)
TÍTULO II
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 11-A - No caso de realização de obra ou serviço, o responsável por dano ao logradouro
público deverá restaurá-lo integralmente, sem saliências, depressões, defeitos construtivos ou
estéticos, abrangendo toda a largura e extensão do logradouro ao longo da intervenção,
imediatamente após o término da obra, conforme parâmetros legais, normas e padrões
estabelecidos pelo Executivo.
Art. 11-B - Estando a recomposição do logradouro público em conformidade com esta Lei e livre
de entulho ou outro material decorrente da obra, o Executivo emitirá o Termo de Aceitação
Provisório, que será relativo à sua perfeita condição de utilização.
Art. 11-C - A faixa de pedestre na via pública deve ter largura compatível com o volume de
pedestres e garantir, por meio de demarcação com sinalização horizontal, passagem separada
em ambos os sentidos, evitando colisão entre os pedestres.
DO PASSEIO
Art. 11-D - A utilização do passeio deverá priorizar a circulação de pedestres, com segurança,
conforto e acessibilidade, em especial nas áreas com grande fluxo de pedestres.
Parágrafo único - O Executivo deverá identificar rotas preferencialmente utilizadas por pedestres,
priorizando nas mesmas o tratamento de passeios e travessias das vias, de modo a garantir a
acessibilidade.
Art. 11-D acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 7º)
§ 2º - A obrigatoriedade de construir o passeio não se aplica aos casos em que a via pública não
esteja pavimentada ou em que não tenha sido construído o meio-fio correspondente.
161
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 3º - No caso de não cumprimento do disposto no caput deste artigo, poderá o Executivo realizar
a obra, cujo custo será ressarcido pelo proprietário, acrescido da taxa de administração, sem
prejuízo das sanções cabíveis.
§ 5° - O regulamento desta Lei irá definir os passeios considerados de fluxo intenso de pedestres,
que receberão tratamento especial e manutenção pelo Executivo.
§ 5º acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 8º)
Parágrafo único - A faixa reservada a trânsito de pedestres deverá ter largura igual ou superior
a 1,50m (um metro e meio) ou, no caso de passeio com medida inferior a 2,00m (dois metros), a
75% (setenta e cinco por cento) da largura desse passeio.
Art. 12-A acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 9º)
Art. 13 - No caso de dano a passeio, a restauração deverá ser realizada sem defeitos construtivos
ou estéticos, abrangendo toda a largura e extensão do passeio ao longo da intervenção, de forma
a atender aos parâmetros legais estabelecidos.
§ 1° - O Executivo poderá definir padrões para passeio e fixar prazos para a adaptação dos
existentes, respeitando a especificidade de cada região do Município.
Parágrafo único renumerado como § 1º e com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 11)
§ 2° - Os padrões deverão ser obedecidos inclusive para eventuais acréscimos posteriores aos
passeios.
§ 2º acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 11)
Art. 15 - O passeio não poderá ser usado como espaço de manobra, estacionamento ou parada
de veículo, mas somente como acesso a imóvel.
162
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 16 - As águas pluviais serão canalizadas por baixo do passeio até a sarjeta lindeira à testada
do imóvel respectivo, sendo proibido seu lançamento sobre o passeio.
Parágrafo único - Equipara-se a obstáculo físico permanente a porta ou o portão com abertura
sobre o passeio.
Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 13)
Art. 18 - Será prevista abertura para arborização pública no passeio, a qual será localizada junto
ao meio-fio, na faixa destinada a mobiliário urbano, com dimensões e critérios de locação
determinados pelo órgão competente.
Parágrafo único - Para a construção de acesso de veículo poderão ser admitidos parâmetros
diferentes dos definidos neste artigo ou no seu regulamento, devendo, para tanto, ser
apresentado projeto específico, que será avaliado e, se for o caso, aprovado pelo órgão municipal
responsável pelo trânsito.
CAPÍTULO II
DA ARBORIZAÇÃO
Art. 21 - É obrigatório o plantio de árvores nos passeios públicos do Município, respeitada a faixa
reservada ao trânsito de pedestre, nos termos deste Código.
Parágrafo único - Nos passeios com largura inferior a 1,50m (um metro e cinquenta centímetros),
o Executivo poderá autorizar o plantio de árvore na via pública, sem obstrução do escoamento
de águas pluviais, nos termos do regulamento desta Lei.
Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 16)
163
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 22 - O plantio das mudas, sua prévia obtenção e posterior conservação constituem
responsabilidade do proprietário do terreno para o qual for aprovado projeto de construção de
edificação.
§ 2º - Caso o passeio lindeiro ao terreno onde se pretende construir já seja arborizado, deverá o
projeto arquitetônico prever, na inexistência de ordenamento técnico contrário, o aproveitamento
da arborização existente.
Art. 26 - As operações de transplantio, supressão e poda de árvores, bem como outras que se
fizerem necessárias para a conservação e a manutenção da arborização urbana, não causarão
danos ao logradouro público ou a mobiliário urbano.
Art. 29 - Qualquer árvore do Município poderá, mediante ato do Conselho Municipal de Meio
Ambiente (COMAM), ser declarada imune de corte, por motivo de sua localização, raridade ou
antiguidade, de seu interesse histórico, científico ou paisagístico, ou de sua condição de porta-
sementes, ficando sua proteção a cargo do Executivo.
Art. 29-A - O Executivo deverá priorizar, nos espaços públicos, o plantio de árvores frutíferas de
pequeno porte e floríferas, observadas as restrições técnicas.
Art. 29-B - O Executivo procederá ao exame periódico das árvores localizadas nos logradouros
públicos do Município, com o objetivo de combater a ação de pragas e insetos e de preservar o
meio ambiente.
164
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Parágrafo único - No caso de árvores que estejam em risco de queda devido à ação de pragas
e insetos, o Executivo obriga-se a proceder ao seu isolamento, de forma a evitar danos materiais
e a resguardar a segurança dos munícipes.
Art. 29-B acrescentado pela Lei nº 10.610, de 15/01/2013 (Art. 1°)
CAPÍTULO III
DA LIMPEZA
Art. 32 - O Executivo exigirá que os muros e paredes pintados com propaganda comercial ou
política sejam limpos imediatamente após o prazo previsto pela legislação específica ou pelo
licenciamento concedido para a pintura.
Parágrafo único - No caso de não cumprimento do disposto no caput, poderá o Executivo realizar
a limpeza dos locais pintados, sendo o respectivo custo, acrescido da taxa de administração,
ressarcido pelo proprietário do imóvel, sem prejuízo das sanções cabíveis.
CAPÍTULO IV
Art. 35 - Para o licenciamento previsto no art. 34 deste Código, o responsável pela execução de
obra ou serviço em logradouro público apresentará requerimento ao Executivo, instruído, dentre
outros documentos, com os planos e programas de trabalho previstos para o local, conforme
definido no regulamento.
Parágrafo único - Sempre que a execução da obra ou serviço implicar interdição de parte do
logradouro público, deverá o requerimento de licenciamento ser instruído ainda com projeto das
providências que garantirão o trânsito seguro de pedestre e veículo, devidamente sinalizado.
Art. 36 - Atendidas as exigências de que trata o art. 35 deste Código, o Executivo emitirá seu
parecer dentro de 7 (sete) dias, a contar da data de protocolo do requerimento devidamente
instruído com os planos e programas de trabalho e demais documentos exigidos.
Parágrafo único - O Executivo poderá estabelecer restrições quanto ao trabalho diurno nos dias
úteis.
165
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 39 - A execução de obra ou serviço em logradouro público, por particular ou pelo Poder
Público, somente poderá ser iniciada se tiverem sido atendidas as condições que o documento
de licenciamento respectivo tiver estabelecido para a segurança do pedestre, do bem localizado
em sua área de abrangência e do trânsito de veículo.
Art. 40 - (VETADO)
Art. 41 - O responsável pela execução de obra ou serviço deverá, ao seu final, recompor o
logradouro público na forma em que o tiver encontrado.
Parágrafo único - A obrigação prevista no caput se estende pelo prazo dos 24 (vinte e quatro)
meses seguintes ao final da obra ou serviço, caso o dano superveniente seja deles decorrente.
Art. 42 - (VETADO)
Art. 43 - Concluída a obra ou serviço, o responsável fará a devida comunicação ao órgão próprio
do Executivo, que realizará a competente vistoria.
Art. 43-A - A instalação de mobiliário urbano subterrâneo deverá ser feita conforme projeto
previamente licenciado, ficando suas caixas de acesso na faixa destinada a mobiliário urbano,
respeitando, ainda, os critérios definidos em regulamento.
TÍTULO III
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
166
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 46 - Com exceção dos usos de que trata o Capítulo II deste Título, o uso do logradouro
público depende de prévio licenciamento.
Art. 47-A - As licenças para utilização do logradouro público para afixação de engenho de
publicidade, para colocação de mesa e cadeira e para utilização de toldo, entre outros, ficarão
vinculadas ao Alvará de Localização e Funcionamento da atividade.
Art. 47-A acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 20)
Art. 48 - O logradouro público não poderá ser utilizado para depósito ou guarda de material ou
equipamento, para despejo de entulho, água servida ou similar ou para apoio a canteiro de obra
em imóvel a ele lindeiro, salvo quando este Código expressamente admitir algum destes atos.
Art. 49 - O logradouro público, observado o previsto neste Código, somente será utilizado para:
I - trânsito de pedestre e de veículo;
II - estacionamento de veículo;
III - operação de carga e descarga;
IV - passeata e manifestação popular;
V - instalação de mobiliário urbano;
VI - execução de obra ou serviço;
VII - exercício de atividade;
VIII - instalação de engenho de publicidade;
IX - eventos;
Inciso IX acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 21)
X - atividades de lazer.
Inciso X acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 21)
CAPÍTULO II
Seção I
Seção II
Seção I
167
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Disposições Gerais
Art. 59 - Mobiliário urbano é o equipamento de uso coletivo instalado em logradouro público com
o fim de atender a uma utilidade ou a um conforto públicos.
Parágrafo único - Em caso de mobiliário urbano considerado pelo regulamento deste Código
como de risco para a segurança pública, será exigida, em termos a serem definidos no mesmo
regulamento, documentação complementar, podendo ser estabelecido ritual específico para a
renovação do respectivo documento de licenciamento.
§ 1º - A definição dos tipos e dos padrões será feita pelos órgãos responsáveis pela gestão
urbana, ambiental, cultural e de trânsito, que observarão critérios técnicos e especificarão para
cada tipo e para cada padrão as seguintes condições, dentre outras:
I - dimensão;
II - formato;
III - cor;
IV - material;
V - tempo de permanência;
VI - horário de instalação, substituição ou remoção;
VII - posicionamento no logradouro público, especialmente em relação a outro mobiliário urbano.
§ 2º - O Executivo poderá adotar diferentes padrões para cada tipo de mobiliário urbano, podendo
acoplar dois ou mais tipos, bem como poderá adotar padrões distintos para cada área do
Município.
§ 3º - Poderá ser vedada, nos termos do regulamento deste Código, a instalação de qualquer
tipo de mobiliário urbano em área específica do Município.
Parágrafo único - A regra do caput aplica-se, por extensão, ao parque e à área verde.
Art. 63 - Em via pública, somente poderá ser autorizada a instalação de mobiliário urbano
quando:
168
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Inciso II com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 22)
III - manterá distância mínima de 5,00 m (cinco metros) da esquina, contados a partir do
alinhamento dos lotes, quando se tratar de mobiliário urbano que prejudique a visibilidade de
pedestres e de condutores de veículos;
Art. 67 - É vedada a instalação de mobiliário urbano em local em que tal mobiliário prejudique a
segurança ou o trânsito de veículo ou pedestre ou comprometa a estética da cidade.
Art. 68 - É vedada a instalação de mobiliário urbano em posição em que tal mobiliário interfira na
visibilidade de bem tombado.
§ 1º - O órgão responsável pela gestão cultural deverá estabelecer a altura e a distância que
cada tipo de mobiliário urbano deverá ter em relação a cada bem tombado, de forma a não
comprometer sua visibilidade.
§ 2º - Enquanto o órgão referido no § 1º deste artigo não definir a altura e a distância de cada
mobiliário em relação a algum bem tombado, poderá ser expedido documento de licenciamento
para sua instalação, desde que se respeitem a distância mínima de 10,00 m (dez metros) e a
altura máxima de 3,00 m (três metros), que prevalecerão pelo prazo de vigência do mesmo.
Art. 71 - O mobiliário urbano que constituir engenho de publicidade e aquele em que for acrescida
publicidade deverão respeitar as regras do Capítulo V do Título III deste Código, sem prejuízo
das previstas nesta Seção, no que não conflitarem com aquelas.
169
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 72 - O mobiliário urbano deverá ser mantido, por quem o instalar, em perfeita condição de
funcionamento, conservação e segurança.
§ 1º - Os ônus com a remoção do mobiliário urbano são de quem tiver sido o responsável por
sua instalação.
Art. 73-B - A instalação de mobiliário urbano será onerosa, na forma disposta em regulamento.
Art. 73-B acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 23)
Art. 73-C - O Município adotará políticas para viabilizar a colocação de câmeras de vídeo em
locais públicos, em toda a cidade, em cooperação com o Estado de Minas Gerais e com a
iniciativa privada.
Art. 73-C acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 23)
Seção II
Da Mesa e Cadeira
Parágrafo único - A colocação de mesa e cadeira na área de afastamento frontal de que trata o
caput deste artigo independe de licenciamento.
III - Na área de estacionamento de veículos em via pública local lindeira à testada do imóvel
correspondente ao estabelecimento, quando o passeio tiver largura inferior a 2,70m (dois metros
e setenta centímetros), mediante avaliação do Executivo;
Inciso III com redação dada pela Lei nº 11.019, de 12/1/2017 (Art. 1º)
Parágrafo único - O licenciamento para a colocação de mesa e cadeira na área prevista no inciso
III do caput deste artigo será permitido mediante a instalação de tablado removível protegido,
que não impeça o escoamento de água pluvial, e poderá exceder a testada do imóvel
correspondente ao estabelecimento se contar com a anuência do vizinho lateral.
170
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 75 com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 24)
Art. 76 - Somente poderá colocar mesa e cadeira nos termos do art. 75 desta Lei a edificação
utilizada para o funcionamento de restaurante, bar, lanchonete, café, livraria ou similares.
Art. 76 com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 25)
Art. 77 - A colocação de mesa e cadeira nos locais definidos no art. 75 desta Lei depende de
prévio licenciamento, a ser definido no regulamento.
Caput com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 26)
Parágrafo único - Para a abertura do processo de que trata o caput, poderá ser solicitado ao
interessado, entre outros documentos, o layout da ocupação do espaço pretendido.
I - que o passeio lindeiro tenha largura igual ou superior a 2,00m (dois metros);
II - que o espaço utilizado não exceda a fachada da edificação, exceto se contar com a anuência
do vizinho lateral;
III - que sejam observadas as regras aplicáveis da Seção I deste Capítulo, referentes à instalação
de mobiliário urbano em passeio.
§ 4° - VETADO
Art. 78 com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 27)
Art. 79 - A área do quarteirão fechado a ser utilizada para a colocação de mesa e cadeira será
aquela imediatamente em frente à edificação, junto ao alinhamento, reservada, no eixo
longitudinal do logradouro, passagem para pedestre, livre de qualquer obstáculo, com largura
mínima de 3,00m (três metros).
Parágrafo único - O espaço utilizado para colocação de mesa e cadeira não poderá exceder a
testada do imóvel correspondente ao estabelecimento, exceto se contar com a anuência do
vizinho lateral.
Art. 79 com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 28)
Art. 80 - Nas hipóteses do art. 75 deste Código, o documento de licenciamento poderá fixar o
horário permitido para a colocação de mesa e cadeira, em função das condições locais de
sossego ou de segurança pública e do trânsito de pedestre.
Art. 81 - Com relação à largura do passeio, serão observadas, em qualquer dos casos previstos
nesta Seção, as seguintes regras:
I - não será permitida, salvo em condições especiais, a colocação de mesa e cadeira em passeio
com menos de 2,70m (dois metros e setenta centímetros) de largura;
Inciso I com redação dada pela Lei nº 11.019, de 12/1/2017 (Art. 2º)
171
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
II - nos passeios de até 4,00 m (quatro metros) de largura, a ocupação não poderá ter dimensão
superior à de sua metade;
III - nos passeios de dimensão superior a 4,00 m (quatro metros), a ocupação poderá exceder o
limite estabelecido no inciso II deste artigo, desde que o espaço livre não fique reduzido a menos
de 2,00 m (dois metros).
Parágrafo único - O disposto no caput não se aplica ao exercício de atividades em feira ou evento
regularmente licenciados.
Art. 83 - As mesas de que trata esta Seção poderão ter guarda-sol removível.
Seção III
Do Toldo
III- cortina, aquele instalado sob marquise ou laje, com planejamento vertical.
Art. 86 - É admitida a instalação de toldo sobre o passeio, desde que este toldo:
I - não desça nenhum de seus elementos a altura inferior a 2,30 m (dois metros e trinta
centímetros) do nível do passeio em qualquer ponto;
§ 1° - O toldo do tipo passarela sobre o passeio é admitido apenas em fachada de hotel, bar,
restaurante, clube, casa de recepção e congêneres e desde que utilize no máximo 2 (duas)
colunas de sustentação e não exceda a largura da entrada do estabelecimento.
§ 1º com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 30)
§ 2° - O pedido de licenciamento de toldo em balanço com mais de 1,20m (um metro e vinte
centímetros) deverá ser acompanhado de laudo de responsabilidade técnica de profissional
habilitado, atestando a segurança do mesmo.
§ 2º com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 30)
172
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 87 - Poderá ser instalado toldo sobre afastamento de edificação, sem que o espaço coberto
resultante seja considerado como área construída, desde que esse toldo:
Caput com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 31)
I - não tenha mais de 2,00m (dois metros) de projeção horizontal, limitando-se à metade do
afastamento;
Inciso I com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 31)
III - não desça nenhum de seus elementos a altura inferior a 2,30 m (dois metros e trinta
centímetros) do nível do piso do pavimento;
Art. 87-A - A área do passeio e do afastamento frontal lindeiro a restaurante, bar, café, lanchonete
e similares poderá ser coberta por toldo do tipo cortina após as 22h (vinte e duas horas),
dispensando-se as exigências contidas no inciso I do art. 86 e nos incisos I, III e IV do art. 87,
ambos desta Lei, desde que o toldo tenha a função de cobrir mesas e cadeiras regularmente
licenciadas.
Art. 87-A acrescentado pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 12)
Seção IV
Art. 88 - O Executivo poderá instalar sanitários públicos nos locais de maior trânsito de pedestres,
especialmente na Zona Central de Belo Horizonte - ZCBH -, podendo delegar a terceiros,
mediante licitação, a construção, manutenção e exploração do sanitário, conforme avaliação
técnica.
Art. 89 - O ponto final da linha de ônibus do serviço de transporte coletivo urbano será equipado
com cabine sanitária para uso exclusivo dos empregados neste serviço.
§ 1º - Considera-se ponto final o ponto de apoio onde ocorrem o controle dos horários de partida
da linha respectiva, a parada e o estacionamento dos veículos a seu serviço.
Parágrafo único renumerado como § 1º pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 33)
§ 2° - Nas hipóteses em que o ponto final de transporte coletivo for fixado na área central do
Município, fica vedada a instalação de sanitários no logradouro público.
§ 2º acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 33)
Art. 90 - A cabine sanitária será instalada pela empresa subconcessionária do transporte coletivo
e pelas cooperativas do sistema de transporte suplementar e não acarretará ônus para os cofres
públicos.
Art. 90 com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 34)
173
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 91 - Estando o ponto final a distância inferior ou igual a 100 m (cem metros) da garagem da
empresa subconcessionária da respectiva linha, esta fica desobrigada de instalar a cabine
sanitária, bastando comunicar o fato ao órgão competente do Executivo, que o comprovará.
Art. 92 - (VETADO)
Art. 93 - A mudança do ponto final de um local para outro no logradouro público obriga à
realocação da cabine no novo local e à recuperação do espaço em que ela estava instalada,
obedecido prazo previsto em regulamento.
Art. 93-A - Em local destinado a ponto de táxi, situado fora dos limites da Zona Central de Belo
Horizonte (ZCBH), poderá ser instalada uma cabine para uso dos motoristas de táxi.
Caput com redação dada pela Lei nº 10.370, de 30/12/2011 (Art. 1º)
§ 1º - A cabine de que trata o caput deste artigo será padronizada pelo órgão competente do
Executivo e não poderá exceder a 3m² (três metros quadrados).
§1º com redação dada pela Lei nº 10.370, de 30/12/2011 (Art. 1º)
§ 2º - A autorização para instalação da cabine deverá ser solicitada, por meio de requerimento à
Prefeitura de Belo Horizonte, cabendo aos motoristas de táxi, usuários do ponto, a instalação e
a manutenção desse equipamento.
Art. 93-B - As cabines previstas nesta seção poderão ser dotadas de um sanitário com vaso e
pia, sistema de água, esgotamento sanitário, energia elétrica, ponto de telefone e acesso à
internet.
Art. 93-B com redação dada pela Lei nº 10.370, de 30/12/2011 (Art. 1º)
Art. 93-C - Os sanitários a que se refere esta Seção deverão ter como área máxima a necessária
para atendimento das normas relativas à acessibilidade.
Art. 93-C acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 35)
Seção V
Da Banca
Art. 94 - Poderá ser instalada no logradouro público banca destinada ao exercício da atividade
prevista na Seção II do Capítulo IV do Título III deste Código, sendo que sua instalação depende
de prévio licenciamento, em processo definido neste Código e em seu regulamento.
Art. 96 - O local para a instalação de banca será indicado pelo Executivo, que cuidará de
resguardar as seguintes distâncias mínimas:
174
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
I - 10,00 m (dez metros) com relação aos pontos de embarque e desembarque de coletivos;
II - 100 m (cem metros) com relação a outra banca na Zona Hipercentral (ZHIP) e Zona Central
de Belo Horizonte (ZCBH) e 200 m (duzentos metros) nos demais locais;
III - 50 m (cinqüenta metros) com relação a lojas que comercializam o mesmo produto que a
banca.
Parágrafo único - As distâncias previstas nos incisos deste artigo serão medidas ao longo do
eixo do logradouro.
Art. 97 - Não será permitida alteração no modelo externo original da banca, nem mudança na
sua localização, sem autorização expressa do Executivo.
Art. 98 - A banca será de propriedade da pessoa a quem tiver sido conferido o documento de
licenciamento, que providenciará a sua instalação, obedecidos o prazo, as condições e o local
previamente estabelecidos.
Seção VI
Art. 99 - O suporte para colocação de lixo é equipamento da edificação e, quando fixo, será
instalado sobre base própria fixada na faixa de mobiliário urbano do passeio lindeiro ao
respectivo terreno.
Art. 99 com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 36)
Art. 100 - A instalação, a conservação e a manutenção do suporte para colocação de lixo são da
responsabilidade do proprietário do terreno e deverão seguir as normas do órgão de limpeza
urbana.
Seção VII
Da Caçamba
Art. 102 - Caçamba é o mobiliário destinado à coleta de terra e entulho provenientes de obra,
construção, reforma ou demolição de qualquer natureza.
175
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 104 - A caçamba obedecerá a modelo próprio, que terá as seguintes características, entre
outras a serem definidas em regulamento:
III - tarja refletora com área mínima de 100cm² (cem centímetros quadrados) em cada
extremidade, para assegurar a visibilidade noturna;
Art. 105 - O local para a colocação de caçamba em logradouro público poderá ser:
II - o passeio, na faixa destinada a mobiliário urbano ou faixa gramada, desde que deixe livre
faixa para circulação de pedestre de no mínimo 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) de
largura.
Inciso II com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 38)
III - junto ao hidrante e sobre registro de água ou tampa de poço de inspeção de galeria
subterrânea;
IV - inclinada em relação ao meio-fio, quando ocupar espaço maior que 2,70 m (dois metros e
setenta centímetros) de largura.
Art. 106 - Poderão ser formados grupos de até 2 (duas) caçambas no logradouro público, desde
que obedecido o espaço mínimo de 10,00 m (dez metros) entre os grupos.
Art. 107 - O tempo de permanência máximo por caçamba em um mesmo local, exceto o previsto
no art. 108 deste Código, é de 3 (três) dias úteis.
II - calços nas rodas traseiras dos veículos, no caso de logradouro com declividade.
Art. 110 - O Executivo poderá determinar a retirada de caçamba, mesmo no local para o qual ela
tenha sido liberada, quando, devido a alguma excepcionalidade, a mesma venha a prejudicar o
trânsito de veículo e pedestre.
176
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 111 - As penalidades previstas neste Código referentes a esta Seção serão aplicadas ao
proprietário da caçamba.
Seção VIII
Da Cadeira de Engraxate
Art. 112 - A cadeira de engraxate é o mobiliário utilizado para a prestação do serviço a que se
refere, com a realização de pequenos consertos em calçados e a venda de cadarços avulsos e
de palmilhas, devendo, para sua instalação, obedecer à padronização estabelecida pelo
Executivo.
Caput com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 39)
Parágrafo único - O licenciado para atividade em cadeira de engraxate poderá fazer a cadeira,
por sua conta, obedecendo ao modelo oficial.
Art. 113 - O Executivo definirá o local adequado à instalação da cadeira de engraxate, cuidando
para que a mesma não seja instalada:
Parágrafo único - O Executivo poderá, por conveniência pública, mudar a localização da cadeira
a qualquer tempo, devendo a transferência dar-se no prazo para tanto estabelecido.
Seção IX
Art. 115-A - O abrigo para ponto de ônibus é o mobiliário urbano destinado à proteção e ao
conforto dos usuários do transporte coletivo do Município.
II - banco;
Art. 115-B - O abrigo para ponto de ônibus obedecerá a padrões definidos em regulamento, que
especificará modelos e dimensões diferenciados, de modo a corresponder às particularidades
do local de instalação e ao número de usuários atendidos.
Parágrafo único - Poderá ser instalado abrigo para ponto de ônibus em desconformidade com os
padrões estabelecidos pelo regulamento, desde que haja licenciamento especial do Executivo,
com a finalidade de adaptá-lo a projeto de urbanização e paisagismo.
Seção X
177
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 115-C - Poderá ser instalado quiosque no logradouro público, exclusivamente em locais
destinados à prática de caminhada, sendo que sua instalação depende de prévio Iicenciamento,
em processo definido neste Código e em seu regulamento.
CAPÍTULO IV
DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADES
Seção I
Disposições Gerais
Art. 116 - O exercício de atividades em logradouro público depende de licenciamento prévio junto
ao Executivo.
Parágrafo único - O Executivo poderá licenciar, para o exercício em logradouro público, apenas
as seguintes atividades, observadas as limitações previstas neste Código:
I - em banca;
II - em veículo de tração humana e veículo automotor;
III - exercida por deficiente visual;
IV - de engraxate;
V - evento;
VI - feira;
VII - em quiosque em local de caminhada;
VIII - exploração de sanitário público;
IX - lavador de veículo automotor.
Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 10.520, de 30/7/2012 (Art. 1º)
Art. 118 - Fica proibido o exercício de atividade por camelôs, toreros e flanelinhas no logradouro
público.
Art. 118 com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 42)
Art. 118-A - O passeio poderá ser utilizado por ambulante somente para exercício de atividade de comércio:
II - (VETADO)
III - definir locais específicos para a concentração do comércio exercido por ambulantes.
178
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 121 - O licenciamento para exercício de atividade em logradouro público terá sempre caráter
precário e será feito por meio de licitação, conforme procedimento previsto no regulamento deste
Código, que poderá ser simplificado em relação a alguma atividade, particularmente a
classificada como eventual.
I - de até 1 (um) ano, prorrogável conforme dispuser o regulamento deste Código, quando se
tratar de atividade constante;
II - de até 3 (três) meses ou até o encerramento do evento, conforme o caso, quando se tratar
de atividade eventual, sendo, em ambos os casos, improrrogável.
§ 1º - Somente poderá ser licenciada para exercício de atividade em logradouro público a pessoa
natural e desde que não seja proprietária de estabelecimento industrial, comercial ou de serviços.
§ 2º - Não será liberado mais de um documento de licenciamento para a mesma pessoa natural,
mesmo que para atividades distintas.
I - o licenciado, sem motivo justificado, não iniciar o exercício da atividade no prazo determinado;
179
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 3º - Em ambos os casos, a pessoa desistente não estará isenta de suas obrigações fiscais
junto ao Poder Público.
I - falecer;
§ 1º - Nos casos admitidos nos incisos deste artigo, a transferência obedecerá à seguinte ordem:
II - filho;
III - irmão.
Art. 126 - O horário de exercício de atividade no logradouro público será previsto no documento
de licenciamento respectivo.
Art. 127 - Para os fins deste Código, o equipamento para exercício de atividade no logradouro
público constitui modalidade de mobiliário urbano.
Art. 128 - É expressamente proibida a instalação de trailer em logradouro público, à exceção dos
que, não se destinando a atividade comercial, tenham obtido anuência do órgão competente do
Executivo.
Art. 131 - O Executivo capacitará o licenciado para o exercício de atividade no logradouro público,
visando a engajá-lo nos programas de interesse público desenvolvidos no respectivo local,
podendo, inclusive, vir a utilizar o mobiliário onde a atividade é exercida como ponto de apoio e
referência para a comunidade.
Seção II
Da Atividade em Banca
Art. 133 - Poderá ser exercida a atividade de comércio em banca fixa instalada em logradouro
público, que se sujeita a prévio licenciamento, em processo a ser definido no regulamento deste
Código.
180
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 134 - O comércio de que trata o art. 133 deste Código será dedicado à venda ao consumidor
das mercadorias previstas nesta Seção para os seguintes tipos de banca:
Parágrafo único - Cada um dos tipos de banca somente poderá explorar o comércio das
mercadorias que para ele tiverem sido previstas nesta Seção.
§ 1º com redação e numeração dadas pela Lei nº 9.187, de 05/04/2006 (Art. 2º)
I - jornal e revista;
IV - mapa e livro;
VI - talão de estacionamento;
XXIII - bombonière;
XXVII - brinquedos;
XXVIII - artesanatos;
181
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
XXXI - refrigerantes;
§ 1º - Será facultado à banca de jornais e revistas fazer a distribuição de encarte, folheto e similar
de cunho promocional.
§ 3º - De acordo com o previsto no art. 131 desta lei, a banca de jornais e revistas deverá expor,
em local visível, e distribuir material institucional.
§3º acrescentado pela Lei nº 10.411, de 23/1/2012 (Art. 2º)
§ 4º - Entende-se como material institucional, para os efeitos desta lei, panfletos, folhetos,
encartes, publicações e similares, elaborados pelo poder público municipal, com objetivo de:
II - informar sobre pontos turísticos do Município de Belo Horizonte e de sua região metropolitana;
§ 6º - O licenciado para o exercício de atividade em banca de jornais e revistas e seus prepostos deverão
ser qualificados pelo Executivo para o exercício da função de divulgação e distribuição de material
institucional, de acordo com o previsto no art. 131 desta lei, passando a ser denominados Agentes de
Divulgação de Informações - Adin.
§6º acrescentado pela Lei nº 10.411, de 23/1/2012 (Art. 2º)
§ 7º - Nas laterais da banca será delimitado espaço, a ser definido em regulamento, para
instalação de painel destinado a publicidade institucional.
§7º acrescentado pela Lei nº 10.411, de 23/1/2012 (Art. 2º)
§ 8º - O espaço previsto no § 7º deste artigo deverá ocupar, no máximo, 30% (trinta por cento)
da área das laterais da banca.
§8º acrescentado pela Lei nº 10.411, de 23/1/2012 (Art. 2º)
§ 9º - A banca de jornais e revistas poderá funcionar 24 (vinte e quatro) horas por dia.
§9º acrescentado pela Lei nº 10.411, de 23/1/2012 (Art. 2º)
Art. 137 - A banca de flores e plantas naturais poderá comercializar, além de flores e plantas
naturais, também produto utilizado no cultivo domiciliar de pequeno porte, como terra vegetal,
adubo e semente.
Art. 138 - Em qualquer dos tipos de banca, a exposição do produto que comercializa somente
será permitida no local próprio, previsto para esta finalidade, em modelos padronizados
aprovados pelo Poder Público.
182
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Seção III
Art. 139 - Poderão ser utilizados o veículo de tração humana e o automotor para a
comercialização de alimento em logradouro público, devendo tais veículos, bem como os
utensílios e vasilhames utilizados no serviço, ser vistoriados e aprovados pelo órgão municipal
responsável pela vigilância sanitária.
Art. 140 - A atividade de que trata esta Seção poderá ser exercida em sistema de rodízio
estabelecido pela entidade representativa de cada segmento, segundo critérios a serem
definidos pelo regulamento.
Art. 141 - O licenciado para exercer atividade comercial em veículo de tração humana ou
automotor deverá, quando em serviço:
Art. 142 - O veículo será de tipo padronizado, definido pelo Executivo para cada modalidade de
comércio, sendo, em qualquer caso, dotado de:
Parágrafo único - O veículo não poderá apresentar expansão ou acréscimo de qualquer espécie,
vedada a exposição de mercadoria em suas partes externas.
Art. 143 - A mercadoria não poderá ficar exposta em caixote ou assemelhado colocado no
passeio ou via pública.
I - refresco;
II - caldo de cana;
III - café;
IV - carnes e derivados;
VI - fruta descascada ou partida, exceto laranja, que deverá ser descascada na hora, a pedido e
à vista do consumidor.
Incisos II a VII renumerados pela Lei nº 10.947, de 13/7/2016 (Art. 1º)
183
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 146 - O licenciado para o comércio em veículo de tração humana somente poderá
comercializar algodão-doce, milho verde, água-de-coco, doces, água mineral, suco e refresco
industrializado, refrigerante, picolé, sorvete, pipoca, praliné, amendoim torrado, cachorro-quente,
churro e frutas.
Art. 147 - É vedado ao licenciado para atividade desenvolvida em veículo de tração humana:
Art. 148 - O licenciado para o comércio em veículo automotor somente poderá comercializar
lanche rápido, água mineral, suco ou refresco industrializado e refrigerante, conforme definido
em regulamento.
V - ser aprovado em vistoria técnica anual pelo órgão municipal responsável pelo trânsito.
II - som.
Art. 152 - Não será permitida a venda ambulante de alimento em cesto, baú, tabuleiro ou qualquer
outro recipiente similar.
184
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Seção III-A
Art. 153-A - Poderá ser exercida, nos termos desta Seção, a atividade de comércio em logradouro
público por pessoa com deficiência, que dependerá de prévio licenciamento.
Caput com redação dada pela Lei nº 10.947, de 13/7/2016 (Art. 3º)
I - exercer a atividade de que trata esta Seção sem a utilização de carrinho, banca, mesa ou
outro equipamento que ocupe espaço no logradouro público;
Seção IV
Da Atividade de Engraxate
Art. 154 - Poderá ser exercida em logradouro público a atividade de engraxate, que dependerá
de licenciamento, observado que:
I - seja dada prioridade aos candidatos com maior grau de carência socioeconômica;
Art. 155 - O Executivo poderá celebrar convênio com entidade voltada à garantia dos direitos da
criança e do adolescente com vistas à seleção de menores candidatos à obtenção do
licenciamento de que trata o art. 154 deste Código.
Art. 156 - O licenciado poderá explorar apenas 1 (uma) cadeira de engraxate e uma mesma
cadeira de engraxate poderá ser explorada por até 2 (duas) pessoas.
Parágrafo único - A proibição prevista no caput não atinge o irmão ou o filho do licenciado, desde
que comprovada e comunicada ao Executivo a sua incapacidade temporária ou definitiva.
Art. 157-A - É permitido ao licenciado, vedado o uso de outro mobiliário urbano além da cadeira
de engraxate:
185
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
II - ocupar o logradouro público com mercadoria, objeto ou instalação diversa de sua atividade;
Seção V
Do Evento
Art. 160 - Poderá ser realizado evento em logradouro público, desde que atenda ao interesse
público, devidamente demonstrado no processo de licenciamento respectivo.
Parágrafo único - Considera-se evento, para os fins deste Código, qualquer realização, sem
caráter de permanência, de atividade recreativa, social, cultural, religiosa ou esportiva.
Seção VI
Da Feira
Subseção I
Disposições Preliminares
Art. 164 - As áreas destinadas a feira em logradouro público serão fechadas ao trânsito de
veículos durante sua realização.
Art. 165 - É vedada a realização de feira que fira o interesse público, a critério do Executivo.
Art. 166 - A feira será criada pelo Executivo, nos termos do art. 31 da Lei Orgânica do Município
de Belo Horizonte.
Subseção II
Do Documento de Licenciamento
186
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 168 - O documento de licenciamento será específico para cada feira ou, se for o caso, para
cada dia.
Art. 169 - O Executivo reservará vagas nas feiras, nos termos prescritos no regulamento, até o
limite de 5% (cinco por cento), para entidades assistenciais ou filantrópicas ou para pessoas
portadoras de deficiência, que ficarão isentas do pagamento das taxas devidas.
Art. 170 - Em caso de necessidade, devidamente comprovada, o feirante poderá indicar pessoa
prevista no § 3° do art. 123 desta Lei para substituí-lo.
Caput com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 51)
Parágrafo único - O prazo máximo para substituição será de 60 (sessenta) dias, ficando os casos
excepcionais sujeitos a avaliação pela comissão paritária de que trata o art. 182 deste Código.
Subseção III
187
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
VI – explorar a atividade exclusivamente por meio de auxiliar previsto no § 3º do art. 123 desta
Lei;
Inciso VI com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 52)
VII - lançar, na área da feira ou em seus arredores, detrito, gordura e água servida ou lixo de
qualquer natureza;
IX - utilizar letreiro, cartaz, faixa e outro processo de comunicação no local de realização da feira;
X - fazer propaganda de caráter político ou religioso durante a realização da feira, no local onde
ela funcione.
Parágrafo único - No caso de feira permanente, é permitido ao feirante fazer uso do passeio, desde que seja
respeitada a faixa reservada a trânsito de pedestre, conforme dispõe o art. 64 deste Código.
Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 9.746, de 24/9/2009 (Art. 1º)
Art. 174 - O feirante deverá utilizar banca para expor sua mercadoria, respeitando o disposto nos
arts. 95, 96 e 97 deste Código, no que for compatível.
Subseção IV
I - permanente, a que for realizada continuamente, ainda que tenha caráter periódico;
Parágrafo único - As feiras permanentes deverão ter espaço destinado a apresentação gratuita
de grupos regionais, culturais e de diversão.
I - feira livre, a que se destinar à venda, exclusivamente a varejo, de frutas, legumes, verduras,
aves vivas e abatidas, ovos, gêneros alimentícios componentes da cesta básica, pescados,
doces e laticínios, biscoitos a granel, cereais, óleos comestíveis, artigos de higiene e limpeza
artesanais, utilidades domésticas, produtos comprovadamente artesanais e produtos da lavoura
e indústria rural;
V - de antigüidades;
188
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
VII - promocional.
Art. 177 - A feira de plantas e flores naturais comercializará os produtos naturais previstos no art.
137 deste Código.
Art. 179 - A feira de antigüidade comercializará objetos selecionados de acordo com a data de
fabricação - que é critério fundamental -, com o estilo de época, a raridade, a possibilidade de
serem colecionados e as peculiaridades locais.
Parágrafo único - A fim de se evitar a evasão do patrimônio histórico, artístico e cultural, cada
expositor deverá manter registro de procedência e destino das peças sacras, mobiliário e outros
que porventura venha a comercializar na feira.
I - estejam ligados a origem cultural determinada, constituindo tradição cultural das cozinhas
mineira, nacional e internacional;
Art. 181 - A feira promocional será destinada a divulgar atividade, produto, tecnologia, serviço,
país, estado ou cidade.
Subseção V
Art. 182 - As feiras serão coordenadas por uma comissão paritária constituída, em igual número,
por representantes do Executivo e dos feirantes, com suplência, sendo que haverá uma
comissão para cada uma das modalidades de feira previstas no art. 176 deste Código.
§ 1º - Os representantes dos feirantes serão eleitos diretamente entre os licenciados nas feiras,
em processo autônomo.
§ 3º - O mandato dos membros da comissão paritária será de 1 (um) ano, renovável uma vez por
igual período.
189
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 183 - Em virtude da dimensão de alguma feira em particular, poderá ser criada uma comissão
paritária específica para ela, obedecidas as regras do art. 182 deste Código.
I - solicitar ao Poder Público a constituição de grupo técnico de avaliação, sempre que entender
necessário;
Art. 185 - O Poder Público, de ofício ou mediante solicitação da comissão paritária, constituirá
um grupo técnico de avaliação, composto por especialistas nas atividades desenvolvidas nas
feiras e em urbanismo e que não sejam feirantes.
Seção VII
Art. 185-A - Poderá ser exercida atividade de comércio em quiosque instalado no logradouro
público, exclusivamente em locais de caminhada, sujeita a prévio Iicenciamento, em processo a
ser definido no regulamento deste Código.
I - água mineral;
II - água de coco;
IV - bombonière;
CAPÍTULO V
Art. 186 - Poderá ser instalado engenho de publicidade no logradouro público e no espaço aéreo
do Município, observadas as permissões expressas constantes neste Capítulo e o disposto no
Capítulo II do Título VI desta Lei, no que couber.
Art. 186 com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 55)
190
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
II - nas árvores;
Art. 190-A - O engenho de publicidade instalado no mobiliário urbano poderá ser luminoso, sendo
proibido o engenho iluminado.
191
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 191 - É permitida a instalação de engenho de publicidade no canteiro central da via pública
e na praça, respeitados a legislação específica e o modelo padronizado pelo Executivo, nas
seguintes hipóteses:
II - em relógios.
Art. 191 com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 60)
Parágrafo único - Entende-se por espaço aéreo aquele situado acima da altura máxima permitida
para a instalação de engenho de publicidade no local.
CAPÍTULO VI
DO TRANSPORTE COLETIVO
TÍTULO IV
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 198 - Serão observadas, para a promoção e a manutenção do controle sanitário nos terrenos
e nas edificações, as disposições contidas no Código Sanitário Municipal e no Regulamento de
Limpeza Urbana.
Art. 199 - Para a instalação de cerca elétrica ou de qualquer dispositivo de segurança que
apresente risco de dano a terceiros exige-se que:
192
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
CAPÍTULO II
Art. 201 - Entende-se por terreno ou lote vago aquele destituído de qualquer edificação
permanente.
Art. 202 - Em logradouro público dotado de meio-fio, o proprietário de terreno ou lote vago deverá
fechá-lo em sua divisa com o alinhamento, com vedação de no mínimo 1,80 m (um metro e
oitenta centímetros) de altura, medida em relação ao passeio.
§ 1º - O fechamento de que trata este artigo poderá ser feito com qualquer material admitido no
regulamento, podendo este padronizar ou proibir determinado material em alguma área
específica do Município.
Parágrafo único - O proprietário de terreno ou lote vago é obrigado a mantê-lo limpo, capinado e
drenado, independendo de licenciamento os respectivos atos.
CAPÍTULO III
DO LOTE EDIFICADO
TÍTULO V
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 208 - O tapume, o barracão de obra e o dispositivo de segurança instalados não poderão
prejudicar a arborização pública, o mobiliário urbano instalado, nem a visibilidade de placa de
identificação de logradouro público ou de sinalização de trânsito.
CAPÍTULO II
DO TAPUME
Art. 209 - O responsável pela execução de obra, reforma ou demolição deverá instalar, ao longo
do alinhamento, tapume de proteção.
§ 1º - O tapume terá altura mínima de 1,80 m (um metro e oitenta centímetros) e poderá ser
construído com qualquer material que cumpra finalidade de vedação e garanta a segurança do
pedestre.
193
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 210 - O tapume poderá avançar sobre o passeio correspondente à testada do imóvel em que
será executada a obra, desde que o avanço não ultrapasse a metade da largura do passeio e
desde que deixe livre faixa contínua para passagem de pedestre de no mínimo 1,20 m (um metro
e vinte centímetros) de largura.
Parágrafo único - Nos casos em que, segundo a devida comprovação pelo interessado, as
condições técnicas da obra exigirem a ocupação de área maior no passeio, poderá ser tolerado
avanço superior ao permitido neste artigo, mediante o pagamento do preço público relativo à
área excedente, excetuando-se o trecho de logradouro de grande trânsito, a juízo do órgão
competente do Executivo.
Art. 211 - A instalação de tapume sobre o passeio sujeita-se a processo prévio de licenciamento,
nos termos do regulamento deste Código.
Art. 212 - O documento de licenciamento para a instalação de tapume terá validade pelo prazo
de duração da obra.
§ 2° - No caso de paralisação da obra, o tapume colocado sobre passeio deverá ser recuado
para o alinhamento do terreno no prazo máximo de 7 (sete) dias corridos, contados da
paralisação respectiva.
§ 2º com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 64)
§ 3° - Decorridos 120 (cento e vinte dias) de paralisação da obra, o tapume deverá ser substituído
por muro de alvenaria ou gradil no alinhamento.
§ 3º acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 64)
CAPÍTULO III
DO BARRACÃO DE OBRA
Art. 213 - A instalação de barracão de obra suspenso sobre o passeio será admitida quando se
tratar de obra executada em imóvel localizado em logradouro público de intenso trânsito de
pedestre - conforme classificação feita pelo órgão responsável pela gestão do trânsito - e desde
que não tenha sido concluído qualquer piso na obra.
Art. 214 - A instalação de barracão de obra sujeita-se a processo prévio de licenciamento, sendo
de 1 (um) ano o prazo máximo de vigência do documento de licenciamento respectivo.
Art. 215 - O barracão de obra será instalado a pelo menos 2,50m (dois metros e cinqüenta
centímetros) de altura em relação ao passeio, admitida a colocação de pontalete de sustentação
na faixa de mobiliário urbano.
CAPÍTULO IV
194
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
CAPÍTULO V
Art. 217 - A descarga de material de construção será feita no canteiro da respectiva obra,
admitindo-se excepcionalmente o uso do logradouro público para tal fim, observadas as
determinações contidas no Regulamento de Limpeza Urbana.
Parágrafo único - Na exceção admitida no caput, o responsável pela obra deverá iniciar
imediatamente a remoção do material descarregado para o respectivo canteiro, tolerando-se
prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas da finalização da descarga, para total
remoção.
Art. 218 - O responsável pela obra é obrigado a manter o passeio lindeiro ao imóvel em que está
sendo executada a obra em bom estado de conservação e em condições de ser utilizado para
trânsito de pedestre.
CAPÍTULO VI
Art. 219 - O movimento de terra e entulho sujeita-se a processo prévio de licenciamento, devendo
o respectivo requerimento ser instruído com:
Art. 221 - A terra e o entulho decorrentes de terraplenagem ou de demolição serão levados para
local de bota-fora definido pelo Executivo.
Parágrafo único - O licenciado poderá indicar outro local para o bota-fora, desde que tal local
seja de propriedade privada, que o proprietário respectivo apresente termo escrito de
concordância e que a indicação seja aprovada pelo Executivo.
Art. 222 - É proibida a utilização de logradouro público, de parque, de margens de curso d’água
e de área verde para bota-fora ou empréstimo.
195
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 223 - A operação de remoção de terra e entulho será realizada de segunda-feira a sábado,
no horário de 7 (sete) às 19 (dezenove) horas.
Art. 224 - Caberá ao infrator remover imediatamente o material depositado em local não
autorizado, sem prejuízo das demais penalidades previstas neste Código.
TÍTULO VI
DO USO DA PROPRIEDADE
CAPÍTULO I
DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADES
Seção I
Disposições Gerais
Art. 228 - O exercício de atividade em parque deverá atender às exigências contidas no Capítulo
IV do Título III deste Código no que for compatível, bem como às exigências adicionais previstas
nos regulamentos específicos de cada parque.
Art. 229 - Deverão ser afixados no estabelecimento onde se exerce a atividade, em local e
posição de imediata visibilidade:
I - o documento de licenciamento;
II - cartaz com o número do telefone dos órgãos de defesa do consumidor e da ordem econômica;
III - cartaz com o número do telefone do órgão de defesa da saúde pública, conforme exigência
no regulamento, considerada a natureza da atividade;
Parágrafo único - O certificado de que trata o inciso IV deste artigo deverá ser mantido em local
próximo ao equipamento, sem prejuízo de sua imediata visibilidade.
Art. 230 - É permitida a exposição de produto fora do estabelecimento, nos afastamentos laterais,
frontal e de fundo da respectiva edificação, desde que se utilizem para tanto vitrine, banca ou
similares e desde que a projeção horizontal máxima desses equipamentos não tenha mais de
0,25m (vinte e cinco centímetros) além dos limites da edificação.
196
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Parágrafo único - A exposição de produto fora do estabelecimento não pode avançar sobre o
passeio, mesmo quando se tratar de edificação construída sobre o alinhamento, sem
afastamento frontal.
Art. 231 - A edificação destinada total ou parcialmente a atividade não- residencial que atraia um
alto número de pessoas está sujeita à elaboração de laudo técnico descritivo de suas condições
de segurança.
§ 1º - O laudo previsto no caput deve ser de autoria de profissional competente, com a respectiva
anotação de responsabilidade técnica junto ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia de Minas Gerais (CREA/MG).
II - a relação e o nível de detalhamento mínimos dos itens de segurança que deverão constar na
análise para cada tipo de atividade;
§ 3º - O laudo técnico e suas respectivas renovações, em inteiro teor, serão arquivados no órgão
competente do Executivo, para fins de fiscalização.
Art. 232 - As atividades mencionadas no art. 231 deste Código obrigam-se a contratar seguro de
responsabilidade civil em favor de terceiros.
Seção II
Da Atividade em Trailer
Parágrafo único - Poderá ser excepcionado da regra prevista no caput deste artigo o trailer que,
não se destinando a atividade empresarial, tenha obtido prévia anuência do órgão competente
do Executivo.
Parágrafo único com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 69)
Art. 235 - A instalação de trailer sujeita-se a prévio processo de licenciamento, em que deverá
ser observado o atendimento das exigências da legislação sobre parcelamento, ocupação e uso
do solo no que diz respeito à localização de atividades e ao afastamento frontal.
197
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 236 - A utilização de mesa e cadeira no passeio pelo trailer está sujeita a prévio processo de
licenciamento, obedecidos os limites estabelecidos na legislação vigente, vedada a utilização de
instrumento de som.
Caput com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 70)
Parágrafo único - O trailer não poderá possuir área superior a 30 m² (trinta metros quadrados).
Seção III
Da Atividade Perigosa
Art. 237 - A atividade perigosa será definida no regulamento deste Código, nela se incluindo,
necessariamente, aquela relacionada com a fabricação, a guarda, o armazenamento, a
comercialização, a utilização ou o transporte de produto explosivo, inflamável ou químico de fácil
combustão.
Parágrafo único - Entende-se por produto químico de fácil combustão a tinta, o verniz, o
querosene, a graxa, o óleo, o plástico, a espuma e congêneres.
§ 3º - Aplicam-se as regras deste artigo mesmo que a atividade perigosa não seja a única
exercida no local.
Parágrafo único - A apólice de seguro cobrirá qualquer dano material causado a terceiros
instalados ou residentes no imóvel onde tenha ocorrido o incêndio.
Seção IV
Do Estacionamento
Parágrafo único - Será exigida a instalação de alarme sonoro e visual na saída do imóvel em que
a atividade vier a ser exercida.
Parágrafo único com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 71)
198
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 242-A - Nos dias de jogos e/ou eventos realizados no Mineirão ou no Mineirinho, a atividade
de estacionamento será permitida em imóveis residenciais, imóveis comerciais e lotes vagos
existentes no entorno desses estádios, desde que possuam espaço para abrigar veículos.
§ 1º - O licenciamento para a atividade referida no caput deste artigo se sujeita a processo prévio
simples de licenciamento e só terá validade pelo período de 12 (doze) horas antes e 3 (três)
horas depois do evento.
§ 2º - O processo prévio simples de licenciamento se dará pelo pagamento de uma taxa a ser
fixada pelo poder público para cada dia ou evento.
§ 3º - O valor da taxa será fixado por meio de portaria ou decreto regulamentador e a guia deverá
ser afixada em local visível à fiscalização.
§ 6º - O proprietário que utilizar o imóvel como estacionamento fica obrigado a manter segurança
física no local.
Art. 242-A acrescentado pela Lei nº 10.973, de 16/9/2016 (Art. 1º)
§ 2º - O estabelecimento a que se refere este artigo fica obrigado a contratar e manter atualizado
seguro de responsabilidade civil em favor dos proprietários dos veículos que ali estacionarem,
devendo este cobrir obrigatoriamente os casos de furto, roubo e colisões.
Art. 244 - Cartaz informativo, contendo a transcrição das responsabilidades de que trata o art.
243 deste Código, será afixado pelo proprietário em local visível da área do estabelecimento
dedicado à atividade de estacionamento.
Art. 245 - O estabelecimento comercial que presta serviço por tempo decorrido terá de tomar
como fração, para fins de cobrança, o tempo de 15 (quinze) minutos.
§ 1º - O valor cobrado na primeira fração, ou seja, nos primeiros 15 (quinze) minutos, tem de ser
o mesmo nas frações subseqüentes e, necessariamente, representar parcela aritmética
proporcional ao custo da hora integral.
§ 2º - Deverá ser afixada placa, próximo à entrada do estabelecimento, com os valores devidos
por permanência de 15 (quinze), 30 (trinta), 45 (quarenta e cinco) e 60 (sessenta) minutos.
Seção V
199
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
III - laudo técnico descritivo de suas condições de segurança, conforme previsto pelo art. 231
deste Código.
Art. 247 - A instalação de parque de diversões somente será feita após a expedição do
documento de licenciamento, e seu funcionamento somente terá início após a vistoria feita pelo
órgão competente do Executivo, observando-se o cumprimento da legislação municipal e as
normas de segurança.
§ 2° - O responsável pelo parque de diversões deverá instalar pelo menos 2 (dois) banheiros
para uso dos frequentadores, sendo um para cada sexo, do tipo móvel ou não.
Art. 247-A - Para os efeitos deste Código, considera-se atividade circense a atividade de diversão
pública de caráter permanente com funcionamento itinerante.
Art. 247-A acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 74)
Art. 247-B - O licenciamento para o exercício de atividade circense será anual e dependerá de
apresentação dos seguintes documentos:
III - cópia da inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ -, se o responsável pelo
circo for pessoa jurídica, ou cópia do Cadastro de Pessoas Físicas - CPF - e documento de
identidade, se o responsável pelo circo for pessoa física;
IV - laudo de vistoria realizada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais para
o local em que se montou o circo.
200
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 248 - A maior de 60 (sessenta) anos será garantida a gratuidade do acesso a cinema,
cineclube, evento esportivo, teatro, parque de diversões e espetáculos circense e musical
instalados em próprio público municipal.
Art. 249 - O direito previsto no art. 248 deste Código será exercido nas seguintes condições:
II - nos demais locais, em qualquer dia e horário, em percentual a ser definido no regulamento
deste Código.
Art. 250 - No caso de o evento previsto no art. 248 deste Código não se realizar em próprio
público municipal, a pessoa com mais de 60 (sessenta) anos terá direito de adquirir ingresso pela
metade do preço cobrado normalmente ao público freqüentador.
Parágrafo único - O benefício previsto no caput deste artigo incidirá somente sobre as
apresentações realizadas de segunda a quinta-feira.
Art. 252 - O responsável pelo estabelecimento ou evento referidos nos arts. 248 e 250 deste
Código deverá afixar, na bilheteria, cartaz contendo a transcrição ou o resumo e o número dos
arts. 248 a 252 deste Código.
Seção VI
Da Feira
Art. 253 - A feira promovida pelo Executivo na propriedade atenderá às seguintes exigências:
201
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
I - caso a modalidade da feira seja uma das previstas no art. 176 deste Código, será obedecido
o regramento estabelecido pela Seção VI do Capítulo IV do Título III deste Código, no que for
compatível;
II - caso a modalidade da feira não esteja entre as previstas no art. 176 deste Código, seus
licenciados serão exclusivamente pessoas naturais e será obedecido o regramento da Lei
Municipal nº 6.854, de 19 de abril de 1995, da que a modificar ou suceder.
Art. 254 - A feira promovida por particular na propriedade privada e que inclua venda a varejo se
sujeita a processo prévio de licenciamento e não poderá ter duração superior a 10 (dez) dias
consecutivos.
Art. 254 com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 75)
III - projeto de segurança contra incêndio, devidamente aprovado pelo órgão competente;
a) à cobertura de sinistros contra edificações e instalações em todo o espaço ocupado pela feira;
b) à cobertura de danos pessoais que atinjam visitantes, freqüentadores, clientes da feira, bem
como servidores públicos e trabalhadores em serviço;
VI - cópia do contrato social do organizador da feira, bem como dos expositores devidamente
registrados;
Inciso VII revogado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 91, I)
VIII - (VETADO)
Art. 256 - O expositor manterá à disposição da fiscalização do Município, durante todo o período
de duração da feira, os documentos a que se referem os incisos V, VI e VII do art. 255 desta
Seção, bem como as notas fiscais dos produtos expostos.
Art. 257 - O Executivo, na ausência isolada ou em conjunto dos documentos a que se refere o
art. 255 desta Seção, deixará de liberar o documento de licenciamento para a realização da feira,
podendo fazê-lo, ainda, quando essa realização, a seu critério, venha a ferir o interesse público
do Município.
202
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 258 - A realização das feiras de que trata o art. 254 desta Seção sem o respectivo documento
de licenciamento ensejará a aplicação de multa, que variará de acordo com o porte do
estabelecimento, conforme vier a estabelecer o regulamento deste Código.
§ 1º - A aplicação da multa não prejudica o dever de encerramento imediato das atividades, até
que seja liberado o documento de licenciamento respectivo.
Seção VII
Da Defesa do Consumidor
Art. 259 - A administradora de imóveis para locação deverá afixar em locais de seu
estabelecimento, visíveis ao público, placas contendo, no mínimo, as seguintes informações:
Parágrafo único - As placas deverão ser confeccionadas com caracteres legíveis e de fácil
entendimento e em dimensões compatíveis com as informações delas constantes.
§ 1º - A certidão de que trata o caput será a expedida pela delegacia de trânsito competente.
II - a afixar em local visível cartaz com os dizeres: "Se você for beber, não dirija. Se dirigir, não
beba. Além do perigo, existem pesadas multas e você ainda poderá ficar sem a sua carteira de
habilitação”.
III - a afixar nos cardápios ou em lugar conveniente os telefones dos serviços de táxi ou outro
serviço de transporte de passageiros.
Inciso III acrescentado pela Lei nº 10.192, de 7/7/2011 (Art. 1º)
CAPÍTULO II
203
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Seção I
Art. 262 - Este Capítulo é aplicável a todo engenho de publicidade exposto na paisagem urbana
e visível de qualquer ponto do espaço público.
VII - compatibilização técnica entre as modalidades de engenho e os locais aptos a receber cada
uma delas, nos termos desta Lei;
Art. 264 - Para os fins desta Lei, não são considerados como engenho de publicidade:
III - as denominações de prédios e condomínios quando possuírem área de até 1,00m 2 (um metro
quadrado);
IV - qualquer elemento, pintura, adesivo ou similar, com função decorativa, bem como
revestimento de fachada diferenciado;
204
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
III - os anúncios conterão apenas indicação do anunciante, seu telefone e mensagem que indique
a qual destinação o imóvel se encontra disponível;
IV - é vedada a instalação na área comum dos prédios, devendo o engenho ser afixado
exclusivamente em vão de janela, vitrine ou similar da unidade habitacional ou comercial
anunciada, observadas as regras contidas na convenção do condomínio;
V - poderá ser instalado apenas um engenho em lote ou terreno não edificado, diretamente sobre
o solo, com área máxima de 1m2 (um metro quadrado) e não ultrapassando a altura de 2m (dois
metros), desde que fora da área destinada ao afastamento frontal mínimo, do fechamento do
imóvel, de tapume ou barracão de obras.
§ 1º acrescentado pela Lei nº 10.893, de 23/12/2015 (Art. 2º)
Art. 265 - Com relação à mensagem que transmitem, os engenhos de publicidade classificam-se
em:
III - cooperativo: engenho indicativo que também contém mensagem publicitária, não superior a
50% (cinquenta por cento) de sua área;
205
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
II - complexos: todos os demais engenhos que não se enquadrem na descrição contida no inciso
I deste artigo.
Seção II
Subseção I
I - nos corpos d’água, tais como rios, lagoas, lagos e congêneres, exceto quando vinculada a
datas comemorativas, observado o interesse público e a autorização pelo Executivo;
III - sobre faixas de domínio nas rodovias e ferrovias, bem como nas áreas non aedificandi
adjacentes às mesmas;
VII - em toldos, exceto o engenho de publicidade classificado como indicativo na testeira frontal
do toldo, limitado à altura máxima de 0,30m (trinta centímetros);
XII - na área de afastamento frontal mínimo do lote edificado localizado nas vias de ligação
regional e arterial;
XIV - onde obstruam visadas de referenciais simbólicas como edifícios históricos, obras de arte
e Serra do Curral;
XVI - em terrenos e lotes vagos localizados na Zona Central de Belo Horizonte - ZCBH -, na Zona
Hipercentral - ZHIP -, na Zona Central do Barreiro - ZCBA -, na Zona Central de Venda Nova -
ZCVN - e em ambos os lados da Avenida do Contorno, nos termos da Lei de Parcelamento,
Ocupação e Uso do Solo;
XVIII - que veicule mensagem classificada como publicitária em lotes edificados, à exceção da
previsão contida nos arts. 269 e 270 desta Lei;
206
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
XXI - no muro situado em qualquer local da cidade, exceto aquela destinada à veiculação de
programação de eventos culturais, hipótese em que deverão obedecer às regras constantes do
inciso VI do art. 264 desta Lei e terão área limitada a 15m 2 (quinze metros quadrados);
Subseção II
Art. 267 - Nas edificações existentes nos locais descritos no inciso XV do artigo 266 desta Lei,
em edificações tombadas, em conjuntos urbanos protegidos e em monumentos públicos
somente são admitidos engenhos de publicidade classificados como indicativos e institucionais.
Parágrafo único - A instalação de engenhos de publicidade nos locais previstos no caput deste
artigo deve respeitar as determinações estabelecidas em deliberações pelo Conselho
Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte para os conjuntos urbanos
protegidos e imóveis com tombamento isolado.
Art. 269 - Respeitado o disposto no Capítulo V do Título III desta Lei e as regras previstas neste
Capítulo, a instalação de engenhos de publicidade classificados como institucionais somente
será permitida nos seguintes locais:
I - em terreno ou lote vago lindeiro a via de ligação regional ou arterial, limitada a 2 (dois)
engenhos por face de quadra;
II - em empena cega de edificações situadas em via de ligação regional ou arterial, fora da ZHIP,
da ZCBH e de ambos os lados da Avenida do Contorno, limitada a 1 (uma) empena por face de
quadra;
III - em telas protetoras de edificações em obra, respeitado o disposto no art. 275 desta Lei;
VI - em terrenos não parcelados, limitada a 1 (um) engenho a cada 100m (cem metros);
207
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
c) esteja situado em via arterial ou de ligação regional, fora da ZCBH, da ZHIP e de ambos os
lados da Avenida do Contorno;
VIII - em imóvel destinado exclusivamente a fins comerciais que possuam área lateral não
edificada, desde que atendidas, cumulativamente, as seguintes condições:
a) a área lateral não edificada tenha, no mínimo, 150m2 (cento e cinquenta metros quadrados);
b) esteja situado em via arterial ou de ligação regional, fora da ZCBH, da ZHIP e de ambos os
lados da Avenida do Contorno;
d) o engenho de publicidade seja instalado inteiramente na área lateral e não avance sobre o
afastamento frontal do imóvel.
IX - em imóvel destinado a campo de futebol de várzea, entendido como campo de uso público,
usado para a prática de futebol amador, desde que atendidas condições a serem estabelecidas
pelo Executivo.
Inciso IX acrescentado pela Lei nº 10.653, de 2/9/2013 (Art. 1º)
§ 2° - A limitação do número de engenhos por face de quadra prevista nos incisos I, II, VI, VII e
VIII do caput deste artigo compreende todas as formas de instalação de publicidade previstas
nesses incisos, de modo que a instalação do engenho baseada em um dos referidos incisos
exclui a possibilidade de instalação dos demais na mesma face de quadra.
§ 3° - Para efeito do disposto na alínea "b" do inciso VII e na alínea "a" do inciso VIII do caput
deste artigo, não se consideram como área construída as coberturas com até 3,00m (três metros)
de altura e que não possuam fechamento lateral.
Art. 270 - Respeitado o disposto no art. 265 desta Lei, a permissão para a instalação das demais
classificações de engenho de publicidade atenderá ao seguinte:
Seção III
Art. 271 - A altura máxima para instalação de engenho de publicidade é de 9,00m (nove metros),
exceto quando instalado:
I - em empena cega;
208
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 1° - A altura a que se refere este artigo é contada do ponto médio do passeio no alinhamento.
§ 2° - A projeção do engenho deve estar contida nos limites do lote no qual o mesmo estiver
instalado, não sendo admitido avançar sobre lote vizinho ou sobre logradouro público.
Art. 272 - O engenho de publicidade luminoso não poderá ser instalado em posição que permita
a reflexão de luz nas fachadas laterais e de fundos dos imóveis contíguos ou que interfira na
eficácia dos sinais luminosos de trânsito.
Art. 273 - O engenho de publicidade instalado em terreno ou lote vago, bem como nos locais
previstos nos incisos VII e VIII do art. 269 terá, no máximo, 27m 2 (vinte e sete metros quadrados)
de área.
Art. 274 - O engenho de publicidade instalado sobre empena cega poderá ocupar até 50%
(cinquenta por cento) da área da empena sobre a qual se apoia.
Art. 275 - A utilização de telas protetoras de edificações em obras como engenho de publicidade
somente será possível nas seguintes hipóteses:
II - obra de edificação pública, mediante realização de licitação pelo Executivo, visando seu
financiamento parcial ou integral;
§ 1° - A tela protetora deverá envolver toda a edificação, e a publicidade deverá ser veiculada na
própria tela, sendo vedada a fixação de quaisquer engenhos sobre a mesma.
§ 3° - Na hipótese prevista no inciso III do caput deste artigo, fica facultado o uso de tela protetora
como engenho de publicidade em outra edificação, situada em área de maior visibilidade,
mediante autorização do Executivo, em área equivalente à das fachadas do imóvel tombado.
Art. 276 - O engenho de publicidade indicativo e cooperativo sobre o solo deverá atender aos
seguintes requisitos:
I - engenhos verticais:
II - engenhos horizontais:
a) altura máxima de 1,00m (um metro), contada a partir do piso natural do terreno;
209
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
II - ter projeção com comprimento máximo de 2/3 (dois terços) da largura do passeio limitada a
1,50m (um metro e cinquenta centímetros);
III - apresentar espessura máxima igual a 0,05m (cinco centímetros), se iluminado, e de até
0,15m (quinze centímetros), se luminoso;
IV - estar instalado a uma altura mínima de 2,30m (dois metros e trinta centímetros), medidos
entre o ponto mais baixo do anúncio e o ponto mais alto do passeio.
I - 0,45m² (quarenta e cinco decímetros quadrados) para cada 1,00m (um metro) de testada
medida sobre o alinhamento do lote correspondente;
II - 0,50m² (meio metro quadrado) para cada 1,00m (um metro) de testada medida sobre o
alinhamento do lote correspondente, para estabelecimentos que atendam o seguinte:
Seção IV
Do Licenciamento e Fiscalização
210
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 286 - Para fins de fiscalização, serão consideradas responsáveis pelo engenho de
publicidade as pessoas relacionadas no art. 12, parágrafo único e seus incisos, da Lei nº 5.641,
de 22 de dezembro de 1989, independente da ordem ali inscrita.
§ 1° - Não removido o engenho irregular pelo responsável, o Poder Público procederá à remoção
do mesmo, mantendo, em qualquer hipótese, a multa a que se refere o caput deste artigo.
211
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 288 - Ocorrendo a retirada do engenho, fica o responsável obrigado a providenciar sua baixa
junto ao órgão municipal competente, conforme dispuser o regulamento, no prazo máximo de 30
(trinta) dias, a contar da data da ocorrência.
Art. 289 - O regulamento deverá prever critérios que assegurem a proporcionalidade entre a
multa e a área de exposição do engenho.
Seção V
Do Cadastro
Art. 290 - O engenho de publicidade, licenciado ou não, inclusive o classificado como simples,
deverá integrar cadastro municipal específico, cujos elementos darão suporte ao exercício do
poder de polícia.
Parágrafo único - A área do engenho de publicidade será arbitrada pelo agente público
responsável quando sua apuração for impedida ou dificultada.
Seção VI
Disposições Finais
Art. 292 - Regulamento irá dispor sobre os prazos e as condições para o licenciamento dos
engenhos de publicidade.
Seção VII
CAPÍTULO III
DA ANTENA DE TELECOMUNICAÇÃO
TÍTULO VII
DA INFRAÇÃO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 305 - A ação ou a omissão que resultem em inobservância às regras deste Código
constituem infração, que se classifica em leve, média, grave e gravíssima.
Art. 306 - O regulamento definirá a classificação de cada infração prevista neste Código,
considerando o grau de comprometimento à saúde, à segurança, ao meio ambiente, à paisagem
urbana, ao patrimônio, ao trânsito e ao interesse público.
212
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 2º - (VETADO)
§ 3º - (VETADO)
§ 4º - (VETADO)
CAPÍTULO II
DAS PENALIDADES
II - multa;
VII - demolição.
§ 2º - Decreto irá dispor sobre as infrações que comportam notificação prévia ou acessória, e
sobre as hipóteses em que a notificação é dispensada.
§ 2º acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 77)
Art. 308 - A aplicação da penalidade prevista no art. 307 deste Código não isenta o infrator da
obrigação de reparar o dano resultante da infração.
Art. 309 - Responderá solidariamente com o infrator quem, de qualquer modo, concorrer para a
prática da infração ou dela se beneficiar.
IV - o infrator já tiver sido autuado por cometimento da mesma infração no período compreendido
nos 24 (vinte e quatro) meses imediatamente anteriores;
213
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 311 - A multa será aplicada quando o infrator não sanar a irregularidade dentro do prazo
fixado na notificação, ou imediatamente, nas hipóteses em que não haja previsão, nesta Lei ou
em seu regulamento, de notificação prévia.
Caput com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 79)
III - na infração grave, de R$1.200,00 (um mil e duzentos reais) a R$3.000,00 (três mil reais);
IV - na infração gravíssima, de R$4.000,00 (quatro mil reais) a R$10.000,00 (dez mil reais).
§ 1º com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 79)
§ 3° - Considera-se reincidência, para os fins desta Lei, o cometimento da mesma infração pela
qual foi aplicada penalidade anterior, dentro do prazo de 24 (vinte e quatro) meses, contados da
última autuação, por prática ou persistência na mesma infração, mesmo que tenha sido emitido
novo documento de licenciamento.
§ 3º com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 79)
§ 5° - A multa deverá ser paga no prazo fixado no regulamento desta Lei e, na hipótese de não
pagamento, poderá ser inscrita em dívida ativa 30 (trinta) dias após o vencimento desse prazo.
§ 5º com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 79)
Art. 312 - O regulamento deverá indicar os casos em que a multa será aplicada diariamente.
Parágrafo único - Sanada a irregularidade, o infrator comunicará por escrito o fato ao Executivo
e, uma vez constatada sua veracidade, o termo final do curso diário da multa retroagirá à data
da comunicação feita.
Art. 312-A - As multas aplicadas aos responsáveis pela fixação de cartazes, faixas e outros meios
de publicidade corresponderão, no mínimo, a 3 (três) vezes o custo de remoção do respectivo
engenho de publicidade.
Art. 312-A acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 80)
Art. 313 - A penalidade de apreensão de produto ou equipamento será aplicada quando sua
comercialização ou utilização, respectivamente, estiver em desacordo com o licenciamento ou
sem este, sem prejuízo da aplicação da multa cabível.
I - no caso de exercício de atividade comercial sem licença no logradouro público, ainda que
acondicionados em bolsas, sacolas, malas ou similares, mesmo que apoiadas sobre o corpo;
214
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 3° - O bem apreendido e não reclamado no prazo fixado no § 2° deste artigo, e nem retirado
no prazo fixado para liberação, será destruído ou inutilizado, ressalvadas as seguintes hipóteses:
II - quando for de interesse público a doação para fim social, destinado exclusivamente a órgão
ou entidade de assistência social;
III - quando for recomendável a alienação, por razões econômicas, que deverá ser realizada por
meio de hasta pública pelo Executivo.
§ 3º com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 81)
Art. 314 - A penalidade de embargo de obra ou serviço executado em logradouro público será
aplicada quando:
215
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 318 - A demolição, total ou parcial, será imposta quando se tratar de:
216
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 319 - O responsável pela infração será intimado a providenciar a necessária demolição e,
quando for o caso, a recompor o logradouro público segundo as normas deste Código.
Parágrafo único - No caso de não cumprimento do disposto no caput, poderá o Executivo realizar
a obra, sendo o custo respectivo, acrescido da taxa de administração, ressarcido pelo
proprietário, sem prejuízo das sanções cabíveis.
CAPÍTULO III
Art. 320 - O documento de autuação deverá conter, além de outros dados previstos no
regulamento deste Código:
I - a identificação do infrator;
Art. 321 - O infrator será notificado da lavratura da autuação por meio de entrega de cópia do
documento de autuação ou por edital.
§ 3° - Não sendo o infrator ou seu representante legal encontrado para receber a autuação, esta
será feita mediante publicação em diário oficial, consumando-se a autuação na data da
publicação.
§ 3º com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 86)
217
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 322 - O infrator poderá recorrer em primeira instância no prazo de 15 (quinze) dias, contados
da autuação respectiva.
Art. 323 - Da decisão condenatória caberá recurso em segunda instância, desde que interposto
no prazo de 15 (quinze) dias, contados da publicação, em diário oficial, daquela decisão.
Art. 324 - Os recursos serão julgados por juntas criadas para este fim.
Parágrafo único - A interposição de recurso não suspende o curso da ação fiscal respectiva,
suspendendo apenas o prazo para pagamento da multa.
TÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 325 - As regras e conceitos deste Código estendem-se às leis que vierem a ser editadas
para sua complementação.
Parágrafo único - As leis de que trata o caput não deverão conter prescrições sobre penalidades,
aplicando-se a elas as regras do Título VII deste Código.
Art. 325-A - As regras do Título VII desta Lei e de seu regulamento se aplicam à Lei nº 9.063, de
17 de janeiro de 2005.
Parágrafo único - O descumprimento pelo promotor do evento das condições ajustadas com o
Poder Público para a sua realização impede a concessão de licenciamento para o mesmo
promotor ou para o mesmo evento pelo prazo de 2 (dois) anos.
Art. 325-A acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 87)
Art. 326 - Na contagem dos prazos estabelecidos neste Código ou em seu regulamento, excluir-
se-á o dia do começo e incluir-se-á o do vencimento e, se este recair em dia sem expediente, o
término ocorrerá no primeiro dia útil subseqüente.
Art. 327 - Para efeito do cumprimento deste Código, as citações nele contidas referentes a
zoneamento, Área de Diretrizes Especiais (ADE), parâmetros urbanísticos e uso correspondem
ao previsto pela legislação relativa ao parcelamento, ocupação e uso do solo em vigor.
Art. 328 - O regulamento deste Código poderá acrescentar outros documentos a serem exigidos
para a instrução de requerimentos de licenciamento.
Art. 329 - Aplicar-se-ão as regras previstas no art. 7º das Disposições Transitórias deste Código
às propostas de modificação, acréscimo ou decréscimo do regulamento deste Código.
Art. 330 - Este Código entra em vigor em até 180 (cento e oitenta) dias após a sua publicação,
sendo que os prazos que nele não tiverem sido previstos para adequação a seus dispositivos
serão estabelecidos pelo regulamento, conforme o tipo de documento de licenciamento.
Parágrafo único - Este artigo, o art. 326 e o art. 7º das Disposições Transitórias deste Código
entram em vigor na data da publicação deste Código.
Art. 331 - A partir da publicação deste Código qualquer disciplinamento legal referente aos temas
nele contidos deverá ser feito por meio de lei que o altere expressamente.
Art. 332 - A Conferência Municipal de Política Urbana, instituída pela Lei Municipal nº 7.165, de
27 de agosto de 1996, que contém o Plano Diretor do Município de Belo Horizonte, deverá
analisar e sugerir modificações a este Código de Posturas.
I - o art. 138, do art.152 ao 155, do art. 269 ao 277, o art. 297 e o art. 300 do Decreto-Lei nº 84,
de 21 de dezembro de 1940;
218
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
XXIX - (VETADO)
219
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
LXVIII - (VETADO)
220
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
LXXVII - (VETADO)
LXXXIX - (VETADO)
221
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
TÍTULO IX
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Parágrafo único - O responsável pelos equipamentos a que se referem os incisos do caput deste
artigo terá o prazo de 60 (sessenta) dias a partir da entrada em vigor deste Código para o
cumprimento do previsto no artigo.
Art. 3º - Os camelôs e toreros cadastrados pelo Executivo entre 1998 e novembro de 2002 e que
estejam exercendo suas atividades poderão permanecer no local de exercício até que sejam
criados os espaços de que trata o § 1º do art. 4º das Disposições Transitórias deste Código, para
os quais serão transferidos.
Art. 4º - O Executivo promoverá, de forma negociada, dentro do prazo de 6 (seis) meses a partir
da vigência deste Código, a desocupação de camelôs e toreros do logradouro público.
§ 1º - Serão criados, fora do logradouro público, na Zona Central de Belo Horizonte (ZCBH), na
Zona Hipercentral (ZHIP) ou em área de grande circulação de pedestres, locais específicos com
viabilidade econômica destinados a abrigar as atividades exercidas por camelôs e toreros.
§ 2º - (VETADO)
§ 4º - A utilização dos locais previstos no § 1º deste artigo será feita de forma não gratuita.
Art. 5º - (VETADO)
Art. 6º - As atividades obrigadas, por este Código, a contratar seguro de responsabilidade civil
terão prazo de 180 (cento e oitenta) dias a partir da entrada em vigor deste Código para
regularizarem sua situação mediante apresentação de comprovante da apólice junto ao órgão
municipal competente.
Art. 7º - O Executivo elaborará, nos 90 (noventa) dias seguintes à publicação deste Código, a
proposta de regulamento do mesmo.
§ 1º - A proposta de que trata o caput será publicada no Diário Oficial do Município, abrindo-se
prazo de 60 (sessenta) dias para apresentação de sugestões populares e dos Conselhos
Municipais de Política Urbana (COMPUR), de Meio Ambiente (COMAM) e Deliberativo do
Patrimônio Cultural do Município.
§ 2º - O Executivo terá 30 (trinta) dias, ao final do prazo previsto no § 1º deste artigo, para apreciar
as sugestões apresentadas e decidir sobre a forma final do regulamento a ser publicado.
222
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 5º - O regulamento de que trata o caput poderá ser elaborado por partes, sem prejuízo das
regras previstas neste artigo.
Art. 8º - Entrando em vigor este Código sem que tenha havido a publicação de seu regulamento,
as infrações nele previstas serão consideradas leves.
Parágrafo único - A consideração de que trata o caput será provisória, deixando de aplicar-se
com a publicação de decreto que promova a classificação das infrações previstas neste Código.
ANEXO I
GLOSSÁRIO
Anexo I acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 90)
EMPENA CEGA: fachada da edificação totalmente sem aberturas, voltada para as divisas
laterais ou de fundos do lote e sobre elas construída.
ESPAÇO AÉREO DA PROPRIEDADE: aquele situado acima dos locais permitidos para a
instalação de engenho de publicidade.
223
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
FACE DE QUADRA: o mesmo que lado ou face de quarteirão, testada de lotes contíguos
voltados para a mesma via, compreendido entre dois logradouros públicos.
LOTE: porção do terreno parcelado, com frente para via pública e destinado a receber edificação.
LOTE EM OBRAS: aquele onde esteja sendo construída ou modificada uma edificação.
LOTE COM OBRA PARALISADA: aquele com obra iniciada e paralisada por período superior a
3 (três) meses.
LOTE EDIFICADO: aquele onde exista edificação concluída ou onde seja exercida alguma
atividade.
PUBLICIDADE: mensagem veiculada por qualquer meio, forma e material, cuja finalidade seja a
de promover ou identificar produtos, empresas, serviços, empreendimentos, profissionais,
pessoas, coisas ou idéias de qualquer espécie.
ANEXO II
Anexo II acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 90)
Os desenhos constantes deste Anexo são ilustrativos e visam demonstrar a lógica de aplicação
de conceitos desta Lei:
Anexo II-A: permuta de área de estacionamento, nos termos do art. 15, § 4°;
224
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
225
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
226
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
227
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Capítulo I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
XIV - Secretaria Municipal de Serviços Urbanos; (Redação acrescida pela Lei nº 10.101/2011)
XVI - Secretaria Municipal de Esporte e Lazer. (Redação acrescida pela Lei nº 10.264/2011)
I - Gabinete do Prefeito;
II - Gabinete do Vice-Prefeito;
228
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
VII - Coordenação Executiva do Programa BH Metas e Resultados. (Redação acrescida pela Lei
nº 10.101/2011)
III - à Gerência de 1º Nível classe C equivalem as demais Coordenadorias. (Redação dada pela
Lei nº 10.101/2011)
Capítulo II
SEÇÃO I
DO GABINETE DO PREFEITO
Art. 3º O Gabinete do Prefeito, órgão dotado de autonomia funcional, tem por finalidade prestar
assistência e assessoramento direto e imediato ao Prefeito.
229
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
III - desempenhar missões específicas, expressamente atribuídas por meio de atos próprios e
despachos.
SUBSEÇÃO I
SEÇÃO II
DO GABINETE DO VICE-PREFEITO
Art. 7º O Gabinete do Vice-Prefeito, órgão dotado de autonomia funcional, tem por finalidade
prestar assistência e assessoramento direto e imediato ao Vice-Prefeito.
III - desempenhar missões específicas, expressamente atribuídas por meio de atos próprios e
despachos.
SEÇÃO III
I - assessorar nas relações institucionais entre a PBH, PMMG, CBMMG, Organizações Militares,
Polícia Civil e Polícia Federal;
III - assessorar e acompanhar o apoio policial-militar aos diversos órgãos do Executivo Municipal,
estabelecendo os contatos com as Unidades do Comando de Policiamento da Capital
envolvidas;
Parágrafo Único. As funções previstas para a Assessoria Policial-Militar serão exercidas por
servidores da ativa da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais - PMMG-, cedidos pela referida
corporação, observada a legislação própria da instituição.
SEÇÃO IV
230
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SEÇÃO V
DA AUDITORIA DO MUNICÍPIO
SEÇÃO VI
DA PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO
II - representar o Município em qualquer juízo ou tribunal, atuando nos feitos em que tenha
interesse;
231
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 5º O ato de delegação e sua revogação serão publicados no Diário Oficial do Município - Dom.
SUBSEÇÃO I
SUBSEÇÃO II
III - exercer demais atribuições definidas em decreto. (Redação acrescida pela Lei nº
10.878/2015)
SUBSEÇÃO III
III - exercer demais atribuições definidas em decreto. (Redação dada pela Lei nº 10.878/2015)
232
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SEÇÃO VI-A
Art. 15-A A Coordenação Executiva do Programa BH Metas e Resultados tem por finalidade
planejar, coordenar e monitorar a execução do Plano de Governo, gerenciando os
Compromissos de Resultados, viabilizando a ação coordenada do Executivo em cada Área de
Resultado e alinhando as ações estratégicas de governo, de forma a proporcionar a atuação
articulada dos órgãos e das entidades encarregados da gestão dos Projetos Sustentadores.
VII - alinhar as ações estratégicas de governo, de forma a proporcionar a atuação articulada dos
órgãos e das entidades encarregados da gestão dos Projetos Sustentadores;
VIII - incentivar o alcance dos objetivos e metas das Áreas de Resultado e de Projetos
Sustentadores;
SEÇÃO VII
Art. 16 - A Secretaria Municipal de Governo tem por finalidade coordenar as atividades de apoio
às ações políticas do Governo Municipal.
233
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SUBSEÇÃO I
SUBSEÇÃO I
Art. 19 - A Secretaria Municipal Adjunta de Gestão Compartilhada tem por finalidade planejar e
coordenar a implantação das políticas de participação popular no Município, fomentando o
envolvimento habitual e significativo dos cidadãos nos processos de tomada de decisão, na
definição de metas e objetivos, na resolução de problemas e no acesso às informações da
Administração Pública. (Redação dada pela Lei nº 10.101/2011)
SUBSEÇÃO II
234
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SEÇÃO VIII
SUBSEÇÃO II
SEÇÃO IX
Art. 27 - A Secretaria Municipal de Finanças tem por finalidade planejar e coordenar a política
fazendária municipal, estabelecendo programas, projetos e atividades relacionadas com as
áreas financeira, contábil, fiscal e tributária, bem como coordenar, planejar e executar as
atividades de gestão administrativa visando a garantir o pleno funcionamento da Administração
Direta do Executivo e a promover o seu constante aprimoramento organizacional. (Redação dada
pela Lei nº 9489/2008)
III - coordenar a organização da legislação tributária municipal, para orientação aos contribuintes
sobre sua correta aplicação;
235
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
X - coordenar e executar o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres do Município;
SUBSEÇÃO I
SUBSEÇÃO II
236
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SUBSEÇÃO III
SUBSEÇÃO IV
SEÇÃO X
237
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
VIII - coordenar outras atividades destinadas à consecução dos objetivos do Governo Municipal.
XIII - planejar, gerir e monitorar o Regime Próprio de Previdência Municipal, assim como os seus
respectivos Fundos; (Redação dada pela Lei nº 10.101/2011)
XIV - planejar, coordenar, monitorar e executar, com a colaboração de suas Secretarias Adjuntas,
o Plano Plurianual de Ação Governamental - PPAG - e o Plano Estratégico de Longo Prazo;
238
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
III - Secretaria Municipal Adjunta de Gestão Previdenciária; (Redação dada pela Lei nº
10.101/2011)
SUBSEÇÃO I
SUBSEÇÃO I
Art. 35 - A Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento e Gestão tem por finalidade planejar,
coordenar, monitorar e avaliar, em colaboração com os órgãos e entidades da Administração
Direta e Indireta do Poder Executivo, planos, programas e projetos relativos às políticas públicas
nas áreas econômica e social. (Redação dada pela Lei nº 10.101/2011)
SUBSEÇÃO II
Art. 37 - A Secretaria Municipal Adjunta de Orçamento tem por finalidade coordenar a elaboração
das Leis Orçamentárias do Município e supervisionar a sua execução, exercer seu
gerenciamento realizando as liberações, suplementações e demais procedimentos
orçamentários demandados pelas Secretarias Municipais além de dar apoio logístico e
administrativo à Junta de Coordenação Orçamentária e Financeira - JUCOF.
239
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SUBSEÇÃO III
SUBSEÇÃO III
Art. 39 - A Secretaria Municipal Adjunta de Gestão Previdenciária tem por finalidade planejar,
coordenar e executar a política de previdência social dos servidores públicos estatutários da
Administração Municipal. (Redação dada pela Lei nº 10.101/2011)
III - relacionar-se com órgãos externos fiscalizadores e normatizadores dos Regimes Próprios de
Previdência Social;
IV - zelar pela fiel aplicação da legislação previdenciária, relativamente aos benefícios vinculados
ao Fundo Previdenciário, orientando, quando necessário, os órgãos e entidades da
Administração Municipal;
SUBSEÇÃO IV
240
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SEÇÃO XI
Art. 41 - A Secretaria Municipal de Políticas Sociais tem por finalidade articular a definição e a
implementação das políticas sociais do Município de forma integrada e intersetorial.
241
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
II - Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional; (Redação dada pela Lei
nº 10.101/2011)
SUBSEÇÃO I
Art. 44 - A Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social tem por finalidade planejar e
coordenar a execução de projetos, programas e atividades visando à erradicação da pobreza,
ao desenvolvimento social e à garantia dos direitos sociais.
II - prestar suporte técnico e administrativo aos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e
do Adolescente e de Assistência Social;
SUBSEÇÃO II
SUBSEÇÃO II
Art. 46 - A Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional tem por finalidade
coordenar a política municipal de segurança alimentar e nutricional, planejando e executando
programas, projetos e atividades que visem ao adequado funcionamento do sistema de
distribuição e comercialização de alimentos, bem como assegurar o acesso e garantir o direito
da população à alimentação de boa qualidade, com regularidade e quantidade suficiente e de
baixo custo. (Redação dada pela Lei nº 10.101/2011)
242
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SUBSEÇÃO IV
SUBSEÇÃO IV
Art. 50 - A Secretaria Municipal Adjunta de Direitos de Cidadania tem por finalidade elaborar
políticas públicas voltadas para a propagação e garantia dos direitos humanos. (Redação dada
pela Lei nº 9155/2006)
Art. 51 - Compete à Secretaria Municipal Adjunta de Direitos de Cidadania: (Redação dada pela
Lei nº 9155/2006)
VIII - prestar suporte técnico e administrativo aos conselhos municipais dos Direitos da Mulher,
do Idoso, da Pessoa com Deficiência e de Promoção da Igualdade Racial; (Redação dada pela
Lei nº 10.883/2015)
243
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
XII - gerenciar o Fundo Municipal do Idoso; (Redação dada pela Lei nº 10.883/2015)
Art. 53
SEÇÃO XII
I - oferecer educação básica em todos os seus níveis e nas modalidades de educação especial
e educação de jovens e adultos;
244
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SEÇÃO XIV
Art. 65 - A Secretaria Municipal de Saúde tem por finalidade coordenar e executar programas,
projetos e atividades visando promover o atendimento integral à saúde da população do
Município, como gestora municipal do Sistema Único de Saúde - SUS.
Parágrafo Único. Integra a Secretaria Municipal de Saúde a Secretaria Municipal Adjunta, a cujo
titular compete atuar em parceria com o Secretário Municipal de Saúde e substituí-lo em suas
ausências e impedimentos.
SEÇÃO XV
Art. 67 - A Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial tem por finalidade, planejar
e coordenar políticas municipais de segurança patrimonial e em conjunto com o Estado e a União
cooperar na busca da redução do índice de criminalidade no Município de Belo Horizonte.
c) auxiliar a obtenção de linhas de crédito específicas para programas voltados para a segurança;
245
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
III - a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil. (Redação dada pela Lei nº 10.101/2011)
SUBSEÇÃO I
Art. 69 - A Guarda Municipal Patrimonial tem por finalidade garantir a segurança aos órgãos,
serviços e patrimônio do Poder Público Municipal.
III - auxiliar nas ações de defesa civil, sempre que em risco bens, serviços e instalações
municipais e, em situações excepcionais, a critério do Prefeito;
Parágrafo Único. A proteção dos bens serviços e instalações do Município, prevista neste artigo,
inclui a atividade de orientação e proteção dos agentes públicos e dos usuários dos serviços
públicos.
SUBSEÇÃO III
Art. 71 A - A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil tem por finalidade articular a definição e a
implementação das políticas de Defesa Civil do Município de forma integrada e intersetorial.
246
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
III - elaborar plano de ação anual, visando ao atendimento das ações em tempo de normalidade
e também das ações emergenciais;
SUBSEÇÃO II
SEÇÃO XVI
247
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SUBSEÇÃO I
V - acompanhar o plano de intervenção para o setor de cultura, em especial nas ações referentes
ao adolescente e ao idoso;
VII - relacionar carências e reivindicações regionais nas áreas, entre outras, de saúde, educação,
habitação, transporte, saneamento, meio ambiente, urbanização, cultura, esporte e relativas à
criança, ao adolescente e ao idoso;
VIII - coordenar a implementação das ações dos conselhos setoriais, garantindo sua integração.
Art. 76 - Cada Conselho será composto por representantes do Poder Público e da população.
Art. 77 - O regulamento de cada Conselho deverá ser aprovado pelo plenário respectivo.
Art. 78 - Cada Conselho será presidido pelo Administrador Municipal Regional da respectiva
circunscrição.
248
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 79 - Cada Conselho terá uma Secretaria Executiva, competente para dar suporte a seus
trabalhos e decisões.
SEÇÃO XXII
Art. 80-A B - A Secretaria Municipal de Esporte e Lazer tem por finalidade planejar, dirigir,
executar, controlar e avaliar as atividades setoriais a cargo do Município que visem ao
desenvolvimento social, por meio de ações relacionadas ao esporte e ao lazer. (Redação
acrescida pela Lei nº 10.264/2011)
IV - articular-se com o Governo Federal, o Governo do Estado, o terceiro setor e o setor privado,
com a finalidade de promover a intersetorialidade das ações voltadas para o incremento das
atividades físicas, da prática esportiva e do lazer;
SUBSEÇÃO I
Art. 80-A E A Secretaria Municipal Adjunta de Esporte tem por finalidade coordenar a execução
de programas, projetos e atividades relacionadas ao esporte para a população do Município.
(Redação acrescida pela Lei nº 10.264/2011)
III - gerir, executar e avaliar convênios e parcerias estabelecidas com associações e entidades
públicas e privadas para a implantação de programas e para a realização de atividades do
esporte;
249
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
VIII - executar outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. (Redação acrescida
pela Lei nº 10.264/2011)
SUBSEÇÃO II
Art. 80-A G A Secretaria Municipal Adjunta de Lazer tem por finalidade coordenar a execução de
programas, projetos e atividades relacionadas ao lazer para a população do Município. (Redação
acrescida pela Lei nº 10.264/2011)
III - organizar e gerir programas e eventos de lazer que incentivem a cultura da atividade física e
a busca pela qualidade de vida, considerando a diversidade cultural e a pluralidade de interesses
dos grupos sociais das comunidades;
VII - articular-se com outras secretarias e órgãos, com o objetivo de promover a intersetorialidade
das ações propostas;
SEÇÃO XVII
250
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 80 A - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente tem por finalidade coordenar a elaboração
e implementação da política ambiental do Município, visando a promover proteção, conservação
e melhoria da qualidade de vida da população. (Redação acrescida pela Lei nº 9718/2009)
XII - prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM;
Parágrafo Único. Integra a Secretaria Municipal de Meio Ambiente a Secretaria Municipal Adjunta
de Meio Ambiente, a cujo titular compete atuar em parceria com o Secretário Municipal de Meio
Ambiente e substituí-lo em suas ausências ou impedimentos. (Redação acrescida pela Lei nº
9718/2009)
SEÇÃO XVIII
251
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
XIV - coordenar a execução das atividades de proteção e defesa do consumidor e gerir o fundo
municipal correspondente; (Redação dada pela Lei nº 10.883/2015)
SUBSEÇÃO I
252
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
II - promover e gerenciar a integração dos planos e projetos dos diversos órgãos e entidades da
Administração Direta e Indireta do Poder Executivo relacionados ao desenvolvimento econômico
do Município, de forma a maximizar o crescimento econômico sustentável;
III - promover e propor programas e políticas que estimulem a economia solidária e a concessão
de crédito popular, bem como a articulação de cooperativas de trabalho, crédito, serviços,
produção e consumo;
X - produzir, gerir e difundir dados e informações sobre o Município e sua economia, com ênfase
nos incentivos fiscais e creditícios;
SUBSEÇÃO II
Art. 80 H - A Secretaria Municipal Adjunta de Trabalho e Emprego tem por finalidade elaborar e
implementar a política de investimento em qualificação e requalificação profissional e em geração
de emprego no Município, visando ao desenvolvimento econômico com inclusão social.
253
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SUBSEÇÃO III
Art. 80 J - A Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento Urbano tem por finalidade elaborar e
implementar a política de planejamento urbano e a execução de atividades destinadas ao
desenvolvimento urbano sustentável do Município.
SUBSEÇÃO IV
254
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
III - fornecer suporte técnico aos órgãos da Administração Direta e Indireta do Poder Executivo
em contatos internacionais, bem como no desenvolvimento e na elaboração de convênios e
projetos de cooperação internacional;
SEÇÃO XIX
Art. 80 N - A Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura tem por finalidade articular a definição
e a implementação da política de obras públicas a cargo do Município, inclusive sua política de
moradia.
255
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
XV - manter atualizado, em conjunto com a URBEL, o banco de dados unificado das famílias
beneficiadas pelos programas do Município;
XIX - planejar e coordenar a relação institucional com os entes federados para a execução de
obras públicas;
SUBSEÇÃO I
III - planejar, coordenar, controlar, apurar, sistematizar e divulgar os dados relativos à elaboração
de empreendimentos;
256
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SEÇÃO XX
Art. 80 S - A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos tem por finalidade articular a definição e
a implementação das políticas públicas concernentes à prestação de serviços públicos e ao
controle e regularização urbanos.
III - licitar e contratar serviços de saneamento básico e limpeza urbana, como varrição, capina,
coleta de lixo e disposição final de resíduos sólidos, inclusive sob a forma de concessão ou
permissão, aqui autorizadas mediante licitação;
SUBSEÇÃO I
Art. 80 V - A Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana tem por finalidade planejar e
coordenar a elaboração e a implementação da política de regulação e controle urbano no
257
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SUBSEÇÃO II
II - normatizar a aplicação das sanções legais pelos agentes da fiscalização nos casos de
infração;
SEÇÃO XXI
258
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
II - responsabilizar-se pela relação e pela gestão da relação política e administrativa com o Poder
Legislativo Municipal, bem como com outras instâncias legislativas e entes federados;
V - articular as respostas às demandas da sociedade civil que lhe forem encaminhadas pelo
Prefeito;
Capítulo III
II - estabelecerão as diretrizes técnicas para a execução das atividades, conforme sua área de
atuação.
Parágrafo Único - A ordenação de despesas prevista no caput deste artigo poderá ser delegada
nos termos fixados em Decreto. (Redação dada pela Lei nº 10.878/2015)
259
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
III - nos demais casos, por recrutamento limitado e amplo, na proporção de 65% (sessenta e
cinco por cento) e 35% (trinta e cinco por cento), respectivamente, podendo este último
percentual atingir 50% (cinqüenta por cento), com redução proporcional do primeiro, desde que
o acréscimo seja destinado, exclusivamente, a servidor da Administração Indireta.
260
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
I - governadoria:
I.1 - procuradoria;
I.4 - gabinete;
261
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
III. 1 - arrecadação;
III. 2 - tesouraria;
III. 3 - pessoal;
IV. 5. - habitação;
V - política social:
V.1 - saúde;
262
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
V.2 - educação;
V.3 - abastecimento;
V.5 - cultura;
V.6 - esportes;
III - controlar resultados, garantindo o cumprimento dos objetivos institucionais e as metas dos
planos, programas e projetos;
Art. 90 - Para o fim de atribuição específica a órgão de terceiro grau hierárquico, as atividades
são discriminadas por subáreas de planejamento ou execução compreendidas nas áreas
funcionais ou temáticas, nos termos do art. 87 desta Lei. (Vide Art. 39 da Lei nº 10.101)
263
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
regulamento desta Lei e conforme os atos de nomeação para o provimento dos referidos cargos.
(Redação acrescida pela Lei nº 10.101/2011)
Art. 92 - Na alocação das gerências, estas poderão ser agrupadas em cada grau ou subgrau e
subáreas constantes no art. 87 desta Lei, observada a segmentação a que se refere o § 2º de
seu art. 90. (Redação dada pela Lei nº 10.101/2011)
I - a alocação dos órgãos de terceiro grau hierárquico por Secretaria Municipal, Secretaria
Municipal Adjunta ou órgãos equivalentes, bem como dos órgãos correspondentes aos 3 (três)
subníveis daquele terceiro grau hierárquico, todos criados por esta Lei;II - a descrição
pormenorizada das atribuições incluídas nas especificações das atividades relativas às sub-
áreas de planejamento ou execução das áreas e os núcleos de atividades de apoio.
Art. 94 - Ficam mantidos os atuais Conselhos Municipais, criados anteriormente à vigência desta
Lei, permanecendo com o número de membros atuais, sendo que a composição dos Conselhos
será definida em decreto, respeitada a paridade existente.
I - Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural, criado pela Lei nº 3.802, de 6 de julho de 1984,
com as alterações posteriores: Administração Direta do Poder Executivo; (Redação dada pela
Lei nº 9549/2008)
III - Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas de Belo Horizonte - CMPD-BH, criado pela Lei
nº 8.806, de 6 de abril de 2004: Secretaria Municipal de Governo; (Redação dada pela Lei nº
10.591/2012)
V - Conselho Municipal de Saúde, criado pela Lei nº 5.903, de 3 de junho de 1991, e recomposto
pela Lei nº 7.536, de 19 de junho de 1998, com as alterações posteriores: Secretaria Municipal
de Saúde;
VI - Conselho Municipal do Idoso, criado pela Lei nº 6.173, de 28 de maio de 1992, com as
alterações posteriores: Secretaria Municipal de Políticas Sociais;
VII - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, criado pela Lei nº 8.502, de
06 de março de 2003: Secretaria Municipal de Políticas Sociais;
VIII - Conselho Tutelar, previsto na Lei nº 6.263, de 20 de novembro de 1992, instituído pela
Portaria nº 3.704, de 19 de maio de 1999, e disciplinado pelas Leis nºs 6.705, de 5 de agosto de
1994, e 7.024, de 3 de janeiro de 1996, com as alterações posteriores: Secretaria Municipal de
Políticas Sociais;
264
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
XII - Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, criado pela Lei nº 6.948, de 14 de setembro de
1995, regulamentado pelo Decreto nº 8.544, de 8 de janeiro de 1996: Secretaria Municipal de
Políticas Sociais;
XIII - Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR -, criado pela Lei nº 7.165, de 27 de
agosto de 1996: Secretaria Municipal de Desenvolvimento; (Redação dada pela Lei nº
10.101/2011)
XIV - Conselho Municipal de Assistência Social, criado pela Lei nº 7.099, de 27 de maio de 1996:
Secretaria Municipal de Políticas Sociais;
XVII - Conselho Municipal de Educação, criado pela Lei nº 7.543, de 30 de junho de 1998:
Secretaria Municipal de Educação;
XVIII - Conselho Municipal da Juventude, criado pela Lei nº 7.551, de 9 de julho de 1998:
Secretaria Municipal de Governo;
XIX - Conselho Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor - Comdecon/BH, criado pela Lei
nº 7.568, de 4 de setembro de 1998: Secretaria Municipal de Desenvolvimento; (Redação dada
pela Lei nº 10.883/2015)
XXI - Conselho Municipal de Defesa Social, criado pela Lei nº 7.616, de 10 de dezembro de 1998:
Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial;
XXII - Conselho Consultivo do Eixo Cultural Rua da Bahia Viva, criado pela Lei nº 7.620, de 12
de dezembro de 1998: Secretaria Municipal de Políticas Sociais;
XXIV - Conselho de Alimentação Escolar - CAE -, criado pelo Decreto nº 10.306, de 26 de julho
de 2000: Secretaria Municipal de Políticas Sociais;
XXV - Conselho Municipal de Habitação, criado pela Lei nº 6.508, de 12 de janeiro de 1994:
Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura; (Redação dada pela Lei nº 10.101/2011)
265
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 96 - Ficam mantidos como órgãos os Centros de Apoio Comunitário - CAC -, os centros
culturais, os museus, os teatros, as bibliotecas, os parques, as unidades de Ensino, as unidades
auxiliares de Ensino, as unidades de Atendimento à Saúde, os laboratórios, as centrais de
Internação, as farmácias, os centros de Convivência e de Referência especializados, as centrais
de Esterilização e as unidades de Controle Sanitário.
Parágrafo Único. Decreto disporá sobre a alocação dos órgãos referidos no caput, bem como
dos equipamentos públicos e comunitários, observada a circunscrição respectiva.
Art. 99 - A habilitação exigida para o provimento dos cargos públicos efetivos da estrutura
funcional da Administração direta do Poder Executivo são os previstos na Lei nº 7.235/96, na Lei
nº 7.238/96, na Lei nº 7.645/99, na Lei nº 7.971/00, na Lei nº 8.690/03, na Lei nº 8.691/03, na Lei
nº 8.788/04, e na legislação pertinente à matéria inclusive no regulamento desta Lei.
Art. 100 - Ficam extintos os cargos em comissão do Quadro da Administração Direta do Poder
Executivo cuja quantidade de vagas não conste do Anexo I.
Art. 101 - Ficam criados os cargos especificados no Anexo I, com a quantidade de vagas nele
prevista, dentre os quais se incluem os decorrentes de transformação, mantida a correlação entre
o Quadro previsto no Anexo I da Lei nº 8.146/00, com a redação dada pela Lei nº 8.288/01, e
pela Lei nº 8.567/03 e o composto pelos cargos criados ou transformados por força desta Lei na
forma de seu Anexo I.
Art. 103 - Fica mantida, para os servidores alcançados pela norma do Parágrafo único do artigo
76 da Lei nº 6.352, de 15 de julho de 1993, a ratificação ali determinada.
266
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 1º - À SUDECAP compete:
I - elaborar projetos e executar obras, inclusive em ZEIS, conforme os planos definidos pela
Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura; (Redação dada pela Lei nº 10.101/2011)
I - Na administração superior:
267
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
I.3.3 - 1 (um) cargo de Diretor de Planejamento e Controle; (Redação dada pela Lei nº
10.632/2013)
I.3.6 - 1 (um) cargo de Diretor de Manutenção; (Redação dada pela Lei nº 10.101/2011)
II - Na estrutura organizacional:
a) 26 (vinte e seis) cargos de Chefe de Departamento, de 3º nível; (Redação dada pela Lei nº
10.632/2013)
d) 46 (quarenta e seis) cargos de Chefe de Divisão, de 4º nível; (Redação dada pela Lei nº
10.632/2013)
e) 12 (doze) cargos de Chefe de Seção, de 5º nível; (Redação dada pela Lei nº 10.632/2013)
Art. 106 - Fica mantida a Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte - SLU -,
autarquia municipal criada pela Lei nº 2.220, de 27 de agosto de 1973, com as alterações da Lei
nº 6.290, de 23 de dezembro de 1992, com seu objetivo circunscrito à implementação da política
governamental para o Sistema de Limpeza Urbana e de metas do Plano Diretor de Resíduos
Sólidos em colaboração com a Administração Direta do Poder Executivo.
§ 1º - À SLU compete:
II - executar, direta ou indiretamente, os serviços de limpeza urbana; (Redação dada pela Lei nº
10.101/2011)
I - Na administração superior:
268
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
II - Na estrutura organizacional:
Art. 107 - O provimento dos cargos em comissão das Autarquias dar-se-á sob as seguintes
regras:
III - o provimento dos cargos de diretores, chefes de departamento; de divisão; de seção, chefe
de gabinete, assessor e secretários, dar-se-á por recrutamento limitado e amplo, na proporção
de 65% (sessenta e cinco por cento) e 35% (trinta e cinco por cento), respectivamente, podendo
este último percentual atingir 50% (cinqüenta por cento), com redução proporcional do primeiro,
desde que o acréscimo seja destinado, exclusivamente, a servidor da Administração Direta e
Indireta.
Art. 107 Parágrafo único
269
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 108 - Serão fixadas pelos superintendentes da SUDECAP e da SLU e pelos titulares da
Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura e da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos,
respectivamente, conforme a vinculação estabelecida nesta Lei, aprovadas pelo Chefe do Poder
Executivo, mediante decreto, as atribuições das diretorias, dos departamentos, das divisões e
das seções dos referidos entes autárquicos. (Redação dada pela Lei nº 10.101/2011)
Art. 109 - O Programa de Incentivo à Aposentadoria - PIA -, criado pela Lei nº 8.288, de 28 de
dezembro de 2001, fica mantido exclusivamente para os ocupantes de emprego público das
autarquias municipais referidas na sua Lei de criação admitidos até a data da publicação desta
Lei.
Art. 110 - Ficam extintas da estrutura organizacional da Administração Direta do Poder Executivo
a Secretaria Municipal de Estrutura Urbana, a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana e a
Secretaria Municipal Administrativa e Financeira da Política Urbana e Ambiental, a Secretaria
Municipal de Cultura e a Secretaria Municipal Administrativa e Financeira da Política Social.
Art. 111 - Fica o Executivo autorizado a promover os atos de alteração dos objetivos da
Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte - URBEL -, cuja constituição inicial, como Ferro de
Belo Horizonte S.A., ocorreu mediante autorização contida na Lei nº 898, de 30 de outubro de
1961, e que passa a ser designada Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte
- URBEL -, para circunscrevê-los, em colaboração com a Secretaria Municipal de Obras e
Infraestrutura, às seguintes atividades:
(Redação dada pela Lei nº 10.101/2011)
I - coordenação e execução de projetos e obras de urbanização de vilas e favelas, em
colaboração com os órgãos da Administração Municipal;
II - habitação popular em vilas e favelas;
III - coordenação da estratégia de intervenção em áreas de risco no Município;
IV - urbanização, reurbanização e administração de patrimônio imobiliário do Poder Público
Municipal e de áreas classificadas como ZEIS-1;
V - atividades de cooperação em nível técnico e de execução com a Administração Direta do
Executivo, mantidos os demais objetivos legais e estatutários;
VI - elaborar e implementar a política de moradia no Município;
VII - coordenar a elaboração de projetos e obras de conjuntos habitacionais, edificações e
parcelamentos de interesse social e as atividades de produção de moradia;
VIII - normatizar, monitorar e avaliar as ações de intervenção em conjuntos habitacionais de
interesse social no Município;
IX - manter atualizado banco de dados unificado das famílias beneficiadas pelos programas do
Município;
X - implementar ações visando à organização e à convivência dos grupos de famílias
beneficiárias dos programas habitacionais, especialmente no que diz respeito à gestão de áreas
de uso coletivo;
XI - prestar, em colaboração com a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, suporte
técnico e administrativo ao Conselho Municipal de Habitação. (Redação acrescida pela Lei nº
10.101/2011)
Art. 112 - Fica criada a Fundação de Parques Municipais - FPM -, com personalidade jurídica de
direito público, prazo de duração indeterminado, sede e foro nesta Capital.
270
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 115 - A Fundação de Parques Municipais reger-se-á pelas disposições da presente Lei, pelo
estatuto a ser aprovado por decreto, e pelas demais normas de direito aplicáveis. (Estatuto
aprovado pelo Decreto nº 12.307/2006)
III - renda patrimonial, inclusive a proveniente de concessão e permissão de uso de bens imóveis;
VII - empréstimos;
IX - outras rendas.
I - Na administração superior:
271
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
1.3.3 - 1(um) cargo de Diretor de Parques da Área Sul, de 2º nível; (Redação dada pela Lei nº
10.101/2011)
II - Na estrutura organizacional:
a) 1 (um) cargo de Chefe de Departamento, de 3º nível; (Redação dada pela Lei nº 10.101/2011)
e) 4 (quatro) cargos de Chefe de Divisão, de 4º nível; (Redação dada pela Lei nº 10.101/2011)
II - O Conselho Fiscal, unidade colegiada de fiscalização e controle, será composto por 3 (três)
membros efetivos e respectivos suplentes, de livre escolha do Prefeito, para mandato de 2 (dois)
anos, permitida a recondução;
Art. 120 - O provimento dos cargos em comissão da Fundação de Parques Municipais dar-se-á
sob as seguintes regras:
I - a Diretoria Executiva será composta por 01 (um) presidente, nomeado pelo Prefeito a partir
de lista tríplice elaborada pelo Conselho Curador, e por 3 (três) diretores, nomeados pelo
Prefeito;
Art. 121 - O quadro de pessoal da Fundação de Parques Municipais é constituído por cargos de
provimento efetivo, cuja investidura dependerá de prévia aprovação em concurso público, bem
como de cargos de provimento em comissão, de livre nomeação e exoneração, nos termos desta
Lei. (Vide § 5º do Art. 19 da Lei nº 10.252/2011)
272
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
_________________________________________________________________
|================================|================================|
|Cargos públicos em comissão do|Gerente de 1º nível - C/Assessor| (Redação dada pela Lei nº
10.101/2011)
|C|
|--------------------------------|--------------------------------|
|4º nível | |
|--------------------------------|--------------------------------|
|5º nível | |
|________________________________|________________________________|
§ 5º - Aos ocupantes dos cargos públicos efetivos de Técnico de Nível Superior, Técnico de Nível
Médio e Assistente Administrativo da Fundação de Parques Municipais aplica-se, no que couber,
a legislação de pessoal dos servidores públicos efetivos da Administração direta do Poder
Executivo, especialmente as regras da Lei nº 7.169, de 30 de agosto de 1996 e suas alterações,
as regras de progressão profissional previstas na Lei nº 8.690/03, o disposto no art. 5º da Lei nº
6.560, de
28 de fevereiro de 1994 e suas alterações, e o disposto nos artigos 122, 122A e 122B da Lei nº
8.146, de 29 de dezembro de 2000, com redação dada pelo art. 23 da Lei nº 8.288, de 28 de
dezembro de 2001. (Redação acrescida pela Lei nº 9276/2006)
273
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 6º - Aos ocupantes do cargo público efetivo de Técnico de Nível Superior e aos servidores
titulares do cargo efetivo de Analista de Políticas Públicas, cedidos para a Fundação de Parques
Municipais é devida a gratificação instituída na Lei nº 7.717, de 4 de maio de 1999, suas
alterações e seu regulamento. (Redação acrescida pela Lei nº 9276/2006)
Art. 123 - Fica o Poder Executivo autorizado a conferir à Fundação de Parques Municipais,
diretamente ou através de estabelecimento oficial de crédito, garantia do Município de Belo
Horizonte em operações de crédito e financiamento.
Art. 124 - Será fixada, por decreto, a data de entrada em operação da Fundação de Parques
Municipais, após a aprovação do respectivo estatuto.
Art. 125 - O Parque Ecológico Francisco Lins do Rego permanece sob o gerenciamento e
conservação da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte - FZB.
Art. 126 - Fica alterada a redação do inciso I do artigo 3º da Lei nº 5.904/91, na seguinte forma:
Art. 127 - Fica revogado o item III. 1.1 do artigo 7º da Lei nº 5.904/91, e acrescidos os itens III.5,
III.5.1 e III.5.2, na seguinte forma:
III. 5.2 - Serviço de Gestão do Parque Ecológico Francisco Lins do Rego. (AC)”
Art. 128 - Fica alterada a redação do inciso III do art. 8º da Lei nº 5.904/91, na seguinte forma:
III - A Diretoria Executiva será composta por um presidente, nomeado pelo Prefeito, a partir de
lista tríplice elaborada pelo Conselho Curador e por 4 (quatro) diretores, correspondentes aos
Departamentos indicados no art. 7º, nomeados pelo Prefeito. (NR)”.
Art. 129 - Fica alterado o Anexo I a que se refere o artigo 10 da Lei nº 5.904/91, na seguinte
forma:
_____________________________________
274
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
|DENOMINAÇÃO|Nº DE CARGOS|RECRUTAMENTO|
|===========|============|============|
|-----------|------------|------------|
|Diretor | 04|amplo |
|-----------|------------|------------|
|Serviço | | |
|-----------|------------|------------|
|___________|____________|____________|” (NR).
Art. 130 - Fica criada a Fundação Municipal de Cultura - FMC -, com personalidade jurídica de
direito público, prazo de duração indeterminado, sede e foro nesta Capital.
Art. 131 - A Fundação Municipal de Cultura tem por finalidade planejar e executar a política
cultural do Município comatividades que visem ao desenvolvimento cultural.
Parágrafo Único. A Comissão Municipal de Incentivo à Cultura - CMIC-, instituída pela Lei nº
6.498, de 29 de dezembro de 1993, e suas alterações posteriores, vincula-se à Fundação
Municipal de Cultura.
Art. 132 - Para cumprir sua finalidade, compete à Fundação Municipal de Cultura:
VIII - articular-se com entidades públicas ou privadas visando aprimorar os recursos técnicos e
operacionais;
275
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 133 - A Fundação Municipal de Cultura reger-se-á pelas disposições da presente Lei, pelo
estatuto a ser aprovado por decreto, e pelas demais normas de direito aplicáveis. (Estatuto
aprovado pelo Decreto nº 16.049/2015)
III - renda patrimonial, inclusive a proveniente de cessão, concessão e permissão de uso de bens
imóveis;
VII - empréstimos;
IX - outras rendas.
I - Na administração superior:
2º nível.
II - Na estrutura organizacional:
276
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
c) 1 (um) cargo de Assessor III, de 3º nível; (Redação dada pela Lei nº 10.101/2011)
f) 6 (seis) cargos de Chefe de Seção, de 5º nível; (Redação dada pela Lei nº 10.101/2011)
g) 1 (um) cargo de Assessor II, de 4º nível. (Redação acrescida pela Lei nº 10.101/2011)
Art. 136 A - Fica criada a função pública de Gerente de Centro Cultural, provida por ato livre de
nomeação e exoneração do Prefeito, a ser exercida por servidor público municipal efetivo que
não ocupe cargo em comissão e que já tenha cumprido o estágio probatório. (Vide Lei nº
10.753/2014)
Art. 136 B - A jornada prevista para a função de Gerente de Centro Cultural será de 40 (quarenta)
horas semanais.
Art. 136 C - Fica criada a Gratificação por Exercício de Função de Gerente de Centro Cultural,
que será paga sem prejuízo da remuneração atribuída ao cargo de provimento efetivo, no valor
de R$ 1.322,25 (hum mil, trezentos e vinte e dois reais e vinte e cinco centavos).
Art. 136 D - É permitida a criação ou a extinção de centros culturais por decreto, devendo o
Prefeito encaminhar projeto de lei à Câmara Municipal contendo a respectiva ratificação, no
prazo de 30 (trinta) dias seguintes à publicação do referido decreto no Diário Oficial do Município.
(Redação acrescida pela Lei nº 10.101/2011)
Art. 137 - O estatuto da Fundação Municipal de Cultura detalhará as competências das unidades
mencionadas no artigo anterior, observadas as seguintes normas:
II - O Conselho Fiscal, unidade colegiada de fiscalização e controle, será composto por 3 (três)
membros efetivos e respectivos suplentes, de livre escolha do Prefeito, para mandato de 2 (dois)
anos, permitida a recondução.
Art. 138 - O provimento dos cargos em comissão da Fundação Municipal de Cultura dar-se-á sob
as seguintes regras:
I - a Diretoria Executiva será composta por 01 (um) presidente, nomeado pelo Prefeito a partir
de lista tríplice elaborada pelo Conselho Curador, e por 3 (três) diretores, nomeados pelo
Prefeito;
277
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Parágrafo Único. O recrutamento limitado a que se refere o inciso III do caput deste artigo
compreenderá servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo da Fundação Municipal de
Cultura, bem como servidores ocupantes de cargos ou empregos de provimento efetivo da
administração direta ou indireta do Município, cedidos à Fundação Municipal de Cultura, que
tenham exercido cargo, emprego ou função pública na extinta Secretaria Municipal de Cultura.
(Redação acrescida pela Lei nº 10.764/2014)
Art. 139 - O quadro de pessoal da Fundação Municipal de Cultura é constituído por cargos de
provimento efetivo, cuja investidura dependerá de prévia aprovação em concurso público, bem
como de cargos de provimento em comissão, de livre nomeação e exoneração, nos termos desta
Lei. (Vide § 5º do Art. 19 da Lei nº 10.252/2011)
____________________________________________________________________________
_______
|=========================================|==============================
===========|
278
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
|C|
|-----------------------------------------|-----------------------------------------|
|-----------------------------------------|-----------------------------------------|
|_________________________________________|__________________________________
_______| (Redação dada pela Lei nº 9549/2008)
§ 5º - Aos ocupantes dos cargos públicos efetivos de Técnico de Nível Superior, Técnico de Nível
Médio, Técnico Cultura de Nível Médio e Assistente Administrativo da Fundação Municipal de
Cultura aplica-se, no que couber, a legislação de pessoal dos servidores públicos efetivos da
Administração direta do Poder Executivo, especialmente as regras da Lei nº 7.169, de 30 de
agosto de 1996 e suas alterações, as regras de progressão profissional previstas na Lei nº
8.690/03, o disposto no art. 5º da Lei nº 6.560, de 28 de fevereiro de 1994 e suas alterações, e
o disposto nos artigos 122, 122A e 122B da Lei nº 8.146, de 29 de dezembro de 2000, com
redação dada pelo art. 23 da Lei nº 8.288, de 28 de dezembro de 2001. (Redação acrescida pela
Lei nº 9276/2006)
§ 6º - Aos ocupantes do cargo público efetivo de Técnico de Nível Superior e aos servidores
titulares do cargo efetivo de Analista de Políticas Públicas, cedidos para a Fundação Municipal
de Cultura é devida a gratificação instituída na Lei nº 7.717, de 4 de maio de 1999, suas
alterações e seu regulamento. (Redação acrescida pela Lei nº 9276/2006)
Art. 141 - Fica o Poder Executivo autorizado a conferir à Fundação Municipal de Cultura,
diretamente ou por meio de estabelecimento oficial de crédito, garantia do Município de Belo
Horizonte em operações de crédito e financiamento.
Art. 142 - Será fixada, por decreto, a data de entrada em operação da Fundação Municipal de
Cultura, após a aprovação do respectivo estatuto.
Art. 144 - Poderão participar, mediante atos de cessão ou outro instrumento de cooperação, do
Grupo de Trabalho de Implementação da Gestão Regionalizada, a ser disciplinado em decreto,
279
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
servidores e empregados públicos das entidades da Administração Indireta que tenham sofrido
redução de objetivos e de estrutura organizacional por força desta Lei.
Art. 145 - O Fundo de Transportes Urbanos - FTU -, a que se refere o art. 7º da Lei nº 5.953, de
31 de julho de 1991, mantidos os objetivos, a disciplina e as fontes de sua composição, será
gerido pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos. (Redação dada pela Lei nº 10.101/2011)
Art. 146 - Fica criada a Câmara Intersetorial de Políticas Sociais, órgão colegiado com a
finalidade de discutir, avaliar, coordenar e deliberar sobre a implementação das políticas sociais
e das ações delas decorrentes, buscando a articulação, a integração e a intersetorialidade no
seu planejamento e execução, em âmbito municipal.
Art. 147 - A Câmara Intersetorial de Políticas Sociais será composta pelos seguintes membros:
IV - Secretário Municipal Adjunto de Segurança Alimentar e Nutricional; (Redação dada pela Lei
nº 10.101/2011)
VIII - Secretários de Administração Regional Municipal de cada uma das nove Regionais;
V - analisar, discutir e deliberar sobre a proposta de cota orçamentária e financeira anual para
as ações e programas de cada secretaria que compõe a Câmara Intersetorial, de acordo com o
planejamento apresentado por cada órgão;
280
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 154 - A partir da data da vigência desta Lei, o pessoal contratado na forma da Lei nº 6.833,
de 16 de janeiro de 1995, e da Lei nº 7.125, de 12 de junho de 1996, fica vinculado ao Regime
Geral de Previdência de que trata a Lei Federal nº 8.213, de 24 de julho de 1991, conforme
disposto em seu regulamento. Parágrafo Único. Em decorrência da vinculação estabelecida no
caput, fica revogado o inciso VI do art. 5º da Lei nº 6.833, de 16 de janeiro de 1995.
Art. 155 - Aplica-se o disposto na Lei nº 7.125, de 12 de junho de 1996, combinada com o que
contém o art. 1º da Lei 7.523, de 20 de maio de 1998, às demais Áreas de Atividades da
Administração Direta e Indireta, quando, por ato devidamente motivado pelo titular do órgão da
Administração Direta ou da entidade da Administração Indireta, aprovado pela JUCOF, restarem
comprovadas a necessidade temporária de interesse público ou o interesse público excepcional
ou a insuficiência de pessoal efetivo no momento de sua ocorrência, inclusive o de candidatos
aprovados em concurso público, tais como: (Regulamentado pelo Decreto nº 12.037/2005)
V - situações de ameaça ou perturbação à continuidade dos serviços públicos e que possa gerar
prejuízo ou comprometer a segurança dos cidadãos, bens, obras, serviços, equipamentos e
outros bens públicos e particulares, assim como na hipótese de grave perturbação da ordem
pública.
281
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 158 A - Fica criada a Coordenadoria de Defesa dos Animais, vinculada à Secretaria Municipal
de Meio Ambiente, cuja finalidade é elaborar, coordenar e executar políticas públicas voltadas à
proteção e defesa dos animais que compõem a fauna urbana, em cooperação com as demais
instâncias municipais, estaduais e federais envolvidas, as instituições de ensino e pesquisa e a
sociedade civil em geral. (Redação acrescida pela Lei nº 10.764/2014)
Art. 160 - A previsão contida na legislação anterior a esta Lei a órgãos da Administração Direta
e Indireta do Poder Executivo será revista, por decreto.
Art. 161 - Será constituída uma comissão composta por representantes do Poder Executivo, da
Câmara Municipal e das entidades representativas dos servidores, com igual número de
membros para cada uma das três representações, com a finalidade de acompanhar a
implantação da reforma promovida por esta Lei.
Parágrafo Único. Decreto fixará a quantidade de membros da comissão de que trata o caput,
bem como a forma de escolha dos representantes do Poder Executivo e das entidades
representativas dos servidores.
Art. 162 - As previsões desta Lei, ou da legislação anterior a ela que esteja sendo mantida e que
seja relacionada com a natureza de seu conteúdo, que sejam relacionadas com a outorga de
competência a órgão do Poder Executivo para normatizar, regular, criar obrigações, limitar
direitos ou elaborar políticas públicas, implicam o dever de se exercer tais atividades nos estritos
termos e limites previstos em lei.
Art. 163 - O prazo previsto no artigo 14 da Lei nº 8.486/03, com a redação dada pelo artigo 5º da
Lei 8.794/04, fica prorrogado, a partir de 19 de janeiro de 2005, por mais 12 (doze) meses ou até
a data da homologação do primeiro concurso público para o provimento do cargo público efetivo
de Guarda Municipal Patrimonial, o que ocorrer primeiro.
Art. 164 - Para atender às despesas decorrentes da estrutura organizacional, fica o Poder
Executivo autorizado a reprogramar o Orçamento, a partir da vigência desta Lei, nos termos do
inciso III, § 1º do artigo 43 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, por meio dos seguintes
dispositivos:
Art. 165 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário, em especial os artigos 1º a 112 da Lei 8.146, de 29 de dezembro de 2000, com suas
alterações posteriores, os incisos I e I.1. do artigo 3º e o artigo 5º, ambos da Lei nº 6.290, de 23
de dezembro de 1992.
282
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
9816/2010)
____________________________________________________________________________
Designa patrono da guarda municipal patrimonial - gmp - o embaixador sérgio vieira de mello.
Decreta:
Art. 1º - Fica designado Patrono da Guarda Municipal Patrimonial o Embaixador Sérgio Vieira de
Mello.
283
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Capítulo I
284
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
I.4 - Gerência de Suporte Regional I - Regionais Pampulha, Venda Nova e Norte, de 2º nível;
I.5 - Gerência de Suporte Regional II - Regionais Pampulha, Venda Nova e Norte, de 2º nível;
285
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
III - Gerência Operacional da Defesa Civil, de 1º nível - classe A: (Redação dada pelo Decreto nº
14.797/2012)
VII - Gerência de Preparação para Emergências, de 2º nível. (Redação acrescida pelo Decreto
nº 16.587/2017)
Capítulo II
SEÇÃO I
DA GERÊNCIA DE PESQUISAS
SEÇÃO II
286
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
DA GERÊNCIA DE PROJETOS
III - avaliar projetos de financiamento de estudos sobre segurança urbana, indicando os passíveis
de adoção;
SEÇÃO IV
VI - monitorar todo o processo de execução de acordos desde a sua concepção até a prestação
de contas final.
SEÇÃO V
DA GERÊNCIA ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA
287
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SUBSEÇÃO I
I - dirigir, planejar e executar as atividades pertinentes aos recursos humanos, adotando medidas
para o seu aprimoramento e maior eficiência, observadas as políticas e diretrizes emanadas da
Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos;
288
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
III - controlar a freqüência e preparar as folhas de pagamento, bem como promover o controle
das despesas de custeio de pessoal;
VII - colaborar e receber apoio técnico das demais unidades administrativas dos órgãos
vinculados à Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial, no desempenho de suas
funções;
IX - controlar e manter o registro de aptidão dos Guardas Municipais de Belo Horizonte, para uso
de arma de fogo.
SUBSEÇÃO II
III - liberar as cotas às unidades orçamentárias com base na participação relativa de cada uma
no orçamento;
VII - realizar a execução financeira dos planos, programas, projetos e atividades previstos no
Orçamento Anual;
289
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
XIII - executar as atividades de conciliação bancária das contas movimentadas pela Secretaria.
SUBSEÇÃO III
III - apoiar todas gerências e assessorias e disponibilizar os recursos logísticos necessários aos
eventos por elas promovidos;
SUBSEÇÃO IV
SEÇÃO VI
290
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
VI - proceder à avaliação psicológica dos Guardas Municipais para definição acerca das
atribuições a serem exercidas;
VIII - analisar e emitir relatório de estudo psicológico sobre as atuações realizadas pelos Guardas
Municipais;
XII - elaborar e submeter periodicamente à análise superior, relatórios estatísticos das atividades
desenvolvidas;
SEÇÃO VII
II - buscar intercâmbio técnico, científico e cultural com outras instituições de ensino, pesquisa e
extensão, em nível municipal, estadual e nacional;
291
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SUBSEÇÃO I
VII - responsabilizar-se pela emissão de relatórios e análises anuais dos planos de ensino e
treinamento;
SEÇÃO VIII
292
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
III - realizar intercâmbio com órgãos e entidades dos três níveis federativos no tocante a assuntos
de segurança urbana;
VI - buscar e expedir informações sobre segurança urbana, por meio de relatórios e pareceres
utilizando e divulgando, no que couber, dados trabalhados pela Gerência de Controle
Institucional;
VII - acompanhar, na área de interesse, os trabalhos de municípios brasileiros que tenham reflexo
na segurança urbana. (Redação acrescida pelo Decreto nº 12.937/2007)
Capítulo III
SEÇÃO I
III - estabelecer mapas de controle de atividades operacionais, bem como sistemas codificados
de comunicações operacionais;
VII - zelar pelo rigoroso controle dos horários de serviço, da postura, compostura, uniformes e
equipamentos empregados nas atividades operacionais;
293
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SUBSEÇÃO I
II - manter estreita relação com órgãos e entidades municipais, estaduais e federais, visando o
emprego operacional da Guarda Municipal de Belo Horizonte em atividades de apoio, quando
solicitado.
SUBSEÇÃO II
V - manter as equipes da Central de Coordenação Geral atualizadas acerca dos planos, diretrizes
e instruções.
SUBSEÇÃO III
294
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
III - manter estreito relacionamento com a Secretaria Regional visando identificar as demandas
por segurança no âmbito da Regional, adotando as medidas necessárias para a sua solução;
IV - estar atento aos problemas e necessidades dos Guardas Municipais que integram o efetivo
de sua Regional, envidando esforços para a solução dos mesmos, encaminhando ao Comando
aqueles que fujam à sua capacidade de decisão;
VII - zelar pela postura e compostura dos Guardas Municipais sob seu comando, bem como pela
correta conduta disciplinar dos mesmos, adotando as medidas corretivas, nos casos de desvios
de conduta, em conformidade com a legislação em vigor e diretrizes do Comando;
VIII - apresentar sugestões para a elaboração do programa de instrução dos Guardas Municipais
de Belo Horizonte;
IX - zelar pela correta utilização do armamento e demais equipamentos distribuídos aos Guardas
Municipais sob seu comando;
SEÇÃO II
IV - zelar pela fiel observância das diretrizes estabelecidas para as atividades de inteligência;
VII - realizar estudos de análise de conjuntura relativos aos fatores que possam influenciar a
segurança urbana;
VIII - estabelecer relações com órgãos afins, nos âmbitos federal, estadual e municipal,
objetivando informações de interesse comum;
IX - acompanhar, os fatos e/ou eventos que possam influenciar na segurança urbana, visando à
produção de informações operacionais;
295
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SUBSEÇÃO I
DA GERÊNCIA DE INTELIGÊNCIA
VI - preparar toda a documentação dos diversos setores de inteligência para análise e decisão
do Gerente de Controle Institucional.
296
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
III - produzir informações relativas a sinistros e catástrofes naturais para apoio às atividades de
Defesa Civil;
SEÇÃO III
DA GERÊNCIA TÉCNICO-OPERACIONAL
VII - cooperar com a implementação de diretrizes que permitam o controle diário do efetivo
lançado em serviço;
VIII - implementar diretrizes que permitam o controle sistemático e diário das intervenções e
ocorrências verificadas;
II - Gerência de Estatística;
297
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SUBSEÇÃO I
III - buscar a identificação dos fatores causais das ocorrências, visando orientar a adoção de
medidas preventivas e/ou corretivas pelo Comando;
VI - buscar identificar tendências, postos mais problemáticos, horários mais críticos, com vistas
ao emprego eficaz dos recursos humanos e materiais.
SUBSEÇÃO II
DA GERÊNCIA DE ESTATÍSTICA
SUBSEÇÃO III
III - realizar visitas aos diversos próprios municipais, visando transmitir orientações para
segurança pessoal e coletiva aos gerentes e funcionários;
SUBSEÇÃO IV
298
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
III - colaborar na elaboração das diretrizes para emprego da Guarda Municipal em situações de
sinistros e/ou calamidades.
Capítulo IV
SEÇÃO I
SUBSEÇÃO I
299
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SEÇÃO II
DA GERÊNCIA CORREICIONAL
300
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SUBSEÇÃO I
SUBSEÇÃO II
301
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
VI - realizar pesquisas.
CAPÍTULO IV A
SEÇÃO I
III - propor e realizar estudos visando subsidiar a adoção de medidas de prevenção, proteção
e/ou mitigação dos riscos pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil;
SEÇÃO II
DA GERÊNCIA TÉCNICA
II - realizar vistorias técnicas e emitir laudos ou relatórios para subsidiar decisões a serem
tomadas pelo Coordenador Municipal de Defesa Civil;
IV - apoiar as equipes em ação de defesa civil a fim de orientar os trabalhos de forma segura;
V - realizar, de forma integrada com os demais órgãos municipais, estudos continuados, análise
e monitoramento em áreas de risco;
VII - manter atualizado o cadastro de voluntários dos Núcleos de Defesa Civil - NUDEC;
302
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SEÇÃO III
II - avaliar os danos e riscos a que está submetida a população em área de risco e adotar medidas
de proteção e/ou mitigação dos riscos;
VIII - articular ações integradas com os diversos órgãos do município tendo em vista as ações
de socorro, de prevenção, de reabilitação e recuperação de áreas deterioradas por acidentes ou
desastres;
303
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
VI - fazer o relatório de Serviço do Turno constando todas as demandas e soluções dadas para
cada caso;
VII - apoiar e orientar a equipe de atendimento de ocorrência de Defesa Civil. (Redação acrescida
pelo Decreto nº 14.276/2011)
SEÇÃO IV
DA GERÊNCIA ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA
VII - coordenar a implantação das atividades relacionadas com segurança do trabalho, segundo
diretrizes emanadas da Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos;
VIII - promover a guarda dos bens oriundos de aquisição e/ou doações recebidas, bem como o
controle e distribuição à população flagelada;
SEÇÃO V
304
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
SEÇÃO VI
V - ampliar a participação da iniciativa privada nas ações de proteção e defesa civil, através de
parcerias institucionalizadas;
VII - identificar fontes de recursos, elaborar planos de trabalho e propor convênios com entes
federados e instituições, visando o desenvolvimento de ações de proteção e defesa civil, com
ênfase na prevenção e mitigação de desastres;
VIII - planejar e desenvolver ações visando o intercâmbio com os sistemas de defesa e proteção
civil de outros municípios;
XI - avaliar e propor sugestões para a atualização da política municipal de defesa civil. (Redação
acrescida pelo Decreto nº 16.587/2017)
SEÇÃO VII
III - planejar e executar simulados previstos nos Planos de Contingências para resposta aos
desastres;
305
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
IX - implementar o programa "Defesa Civil nas Escolas", em conjunto com a Secretaria Municipal
de Educação;
Capítulo V
Art. 51 Cada gerência referida neste Decreto poderá atuar em projetos especiais que lhes forem
atribuídos, desde que pertinentes ao seu campo específico de competências.
Art. 52 - As competências previstas neste Decreto para cada gerência consideram-se atribuições
e responsabilidade dos respectivos titulares dos cargos.
Art. 53 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação e revoga o Decreto nº 11.743,
de 28 de junho de 2004.
306
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
DA DESTINAÇÃO E MISSÃO
Art. 4º - Compete ao Comandante da GMBH dirigir o órgão, nos aspectos técnico e operacional.
307
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 7º - Hierarquia é a ordem e a subordinação dos diversos cargos e funções que constituem a
estrutura e a carreira da Guarda Municipal e que, conforme a ordem crescente de níveis, investe
de autoridade o cargo mais elevado.
Art. 8º - A hierarquia e a disciplina manifestam-se por meio do exato cumprimento dos deveres
civis e funcionais, em todos os níveis, escalões, cargos e funções, e constituem a base
institucional da GMBH.
TÍTULO II
DO REGIME FUNCIONAL E DE TRABALHO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 10 - O presente Estatuto é de aplicação exclusiva aos servidores titulares dos cargos públicos
efetivos integrantes da estrutura funcional da GMBH, e no que couber, especialmente quanto ao
Regime Disciplinar previsto nesta Lei, aos ocupantes do cargo em comissão de Inspetor da
Guarda Municipal de Belo Horizonte.
308
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Parágrafo único - É vedada a aplicação aos servidores titulares dos cargos públicos efetivos da
GMBH da legislação pertinente aos demais servidores públicos efetivos integrantes da estrutura
funcional da Administração direta, especialmente o disposto na Lei nº 7.169, de 30 de agosto de
1996.
Art. 11 - Para os efeitos desta Lei, entende-se por servidor a pessoa legalmente investida em
cargo público ou função pública integrante da estrutura funcional da GMBH e da Secretaria
Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial.
Parágrafo único - Os cargos públicos previstos nesta Lei são providos em caráter efetivo ou em
comissão.
CAPÍTULO II
DO INGRESSO
Seção I
Das condições gerais
§ 2º - O curso de formação a que se refere o inciso VIII do § 1º deste artigo será a etapa final do
concurso para provimento do cargo público efetivo de Guarda Municipal, durante o qual o
candidato aprovado para a etapa correspondente ao mencionado curso receberá uma bolsa
mensal, em valor equivalente a 1 (um) salário mínimo, de natureza indenizatória, e sobre a qual
não incidirão quaisquer descontos, à exceção dos dias de falta ao curso, que serão descontados
na forma prevista nos artigos 56 e 57 desta Lei.
§ 4º - O candidato que, durante o curso de formação, tiver a sua conduta julgada inconveniente
ou incompatível com os critérios de planejamento e os regulamentos do sistema de ensino, será
imediatamente desligado e reprovado no concurso.
309
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 15 - A investidura em cargo público ocorrerá com a posse e com a entrada em exercício.
Art. 16 - São formas de provimento dos cargos públicos do quadro de pessoal da Guarda
Municipal de Belo Horizonte:
I - nomeação;
II - reversão;
III - reintegração;
IV - recondução;
V - aproveitamento.
Seção II
Da Nomeação
Art. 17 - A nomeação far-se-á em caráter efetivo para o cargo público de Guarda Municipal de 2ª
Classe, e em comissão, para cargos declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
Art. 17 alterado pela Lei nº 10.497, de 26/6/2012 (art. 14)
Art. 18 - A nomeação para o cargo público efetivo de Guarda Municipal de 2ª Classe depende
de prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, observados a ordem
de classificação e o prazo de validade do certame.
Caput do art. 18 alterado pela Lei nº 10.497, de 26/6/2012 (art. 15)
§ 1º - Quando de sua nomeação e dentro do prazo previsto no art. 20, o candidato terá direito à
reclassificação no último lugar da listagem de aprovados, caso o requeira, podendo ser
novamente nomeado, dentro do prazo de validade do concurso, se houver vaga.
§ 3º - O direito previsto no § 1º deste artigo poderá ser exercido uma única vez, por candidato,
no mesmo concurso.
Seção III
Da Posse
Art. 19 - Posse é a aceitação formal, pelo servidor, das atribuições, dos deveres, das
responsabilidades e dos direitos inerentes ao cargo público, concretizada com a assinatura do
respectivo termo pela autoridade competente e pelo empossado.
Parágrafo único - No ato da posse, o servidor apresentará declaração dos bens e valores que
constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou
função pública.
310
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 21 - Vencido o prazo para a posse, o servidor terá seu ato de nomeação revogado, abrindo-
se a vaga decorrente.
Art. 22 - Só poderá ser empossado aquele que, em inspeção médica feita pelo órgão municipal
competente, for julgado apto, física e mentalmente, para o exercício do cargo, desde que
preenchidos, também, os demais requisitos exigidos pelo concurso público.
Seção IV
Do Exercício e Lotação
Art. 23 - Exercício é o efetivo desempenho, pelo servidor, das atribuições do cargo público para
o qual foi nomeado.
§ 1º - É de 10 (dez) dias o prazo para o servidor público entrar em exercício, contados da posse.
§ 2º - Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício no prazo previsto no
parágrafo 1º deste artigo.
Seção V
Da Substituição
Art. 27 - A substituição de que trata o art. 26 desta Lei depende de autorização do Secretário
Municipal de Administração e Recursos Humanos mediante proposta do Secretário Municipal de
Segurança Urbana e Patrimonial.
Parágrafo único - O substituto fará jus à remuneração do cargo em comissão, paga na proporção
dos dias de efetiva substituição.
Seção VI
Da Estabilidade
Art. 28 - São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
311
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 1º - Para efeito do disposto no caput deste artigo, excetuam-se os períodos das licenças
previstas nos incisos I, II, III e IV do art. 87 desta Lei.
§ 4º - Os critérios de que trata o § 3º deste artigo serão determinantes para a decisão relativa à
estabilidade do servidor.
Art. 29 - A cada período de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias trabalhados, o servidor não
detentor de estabilidade será avaliado por comissão designada pelo Secretário Municipal de
Segurança Urbana e Patrimonial.
§ 3º - O Executivo terá o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, ao final dos 3 (três) anos necessários
para a integralização do estágio probatório, para apurar os resultados da avaliação de cada
Guarda Municipal, providenciando os encaminhamentos necessários para publicação da
estabilidade ou encaminhamento da devida exoneração.
Parágrafo único - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem
direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.
Seção VII
Da Reversão
Art. 31 - Reversão é o retorno à atividade do Guarda Municipal aposentado por invalidez quando,
por junta médica do órgão municipal competente, forem declarados insubsistentes os motivos
determinantes da aposentadoria e atestada sua capacidade para o exercício das atribuições do
cargo.
Art. 32 - O Guarda Municipal que retornar à atividade após a cessação dos motivos que causaram
sua aposentadoria por invalidez, e observada a contribuição previdenciária no período, terá
312
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
direito à contagem do tempo relativo ao período de afastamento para todos os fins, exceto para
progressão profissional.
Art. 33 - A reversão far-se-á no mesmo cargo ocupado pelo Guarda Municipal à época em que
ocorreu a aposentadoria, ou em cargo decorrente de sua transformação.
Art. 34 - Não poderá retornar à atividade o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos
de idade.
Seção VIII
Da Reintegração
Parágrafo único - Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o Guarda Municipal ficará em
disponibilidade, observado o disposto nos artigos 42 até 46 desta Lei.
Art. 36 - O Guarda Municipal reintegrado será submetido a exame por junta médica do órgão
municipal competente e, quando julgado incapaz para o exercício do cargo, será readaptado ou
aposentado.
Seção IX
Da Recondução
Seção X
Da Readaptação
§ 1º - Quando o período de readaptação for inferior a 1 (um) ano, o Guarda Municipal apresentar-
se-á ao órgão municipal competente ao final do prazo estabelecido para seu afastamento.
Art. 40 - O Guarda Municipal readaptado que exercer, em outro cargo ou emprego, funções
consideradas pelo órgão municipal competente como incompatíveis com o seu estado de saúde,
terá imediatamente cassada a sua readaptação e responderá a processo administrativo
disciplinar.
313
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Seção XI
Da Disponibilidade e do Aproveitamento
Art. 42 - O Guarda Municipal ficará em disponibilidade remunerada quando seu cargo for extinto
ou declarado desnecessário e não for possível o seu aproveitamento imediato em outro
equivalente.
Art. 45 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade do servidor que
não entrar em exercício no prazo legal, salvo caso de doença comprovada por junta médica do
órgão municipal competente.
CAPÍTULO III
DA VACÂNCIA
Seção I
Da Exoneração
I - a juízo do Prefeito;
II - a pedido do servidor integrante da GMBH.
Seção II
Da Demissão
314
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Seção III
Da Destituição
Seção IV
Da Aposentadoria
Art. 52 - O servidor titular de cargo público de provimento efetivo de Guarda Municipal vinculado
ao Regime Próprio de Previdência será aposentado consoante as regras estabelecidas na
Constituição da República Federativa do Brasil e na legislação pertinente.
CAPÍTULO IV
DO REGIME DE TRABALHO
Seção I
Da Jornada
Art. 53 - A jornada de trabalho dos servidores públicos efetivos integrantes da Carreira da Guarda
Municipal é de 8 (oito) horas diárias/40 (quarenta) horas semanais e poderá ser distribuída em
turnos diurnos e noturnos, inclusive em fim de semana, de acordo com as especificidades das
atividades e das necessidades da GMBH, podendo ser praticado o sistema de plantão.
Caput com redação dada pela Lei 10.753, de 17/09/2014 (art. 5º).
Seção II
Da Frequência e do Horário
Art. 54 - A frequência será apurada, diariamente, por meio de ponto, chamadas de pessoal ou
mediante equipamentos de comunicação, no início e ao término do horário do serviço.
Art. 55 - Salvo nos casos expressamente previstos em lei ou regulamento, é vedado dispensar o
servidor de registro de ponto ou das demais formas de registro de presença, bem como abonar
faltas ao serviço.
315
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 57 - No caso de faltas sucessivas, serão computados, para efeito de desconto, os domingos,
os feriados e os dias de folga intercalados.
TÍTULO III
DOS DIREITOS E DAS VANTAGENS
CAPÍTULO I
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
Art. 58 - Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício do cargo público, com valor fixado
em Lei.
Art. 60 - O vencimento do cargo público efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente,
é irredutível.
Art. 61 - Salvo por imposição legal ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a
remuneração ou provento.
Art. 63 - O integrante da GMBH em débito com o erário, e que for demitido ou exonerado, ou que
tiver a sua aposentadoria cassada, terá o prazo de 60 (sessenta) dias para quitar o débito.
Parágrafo único - A não-quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição na dívida
ativa do Município.
Art. 65 - As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de
concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico
fundamento.
Seção I
Das Indenizações
Art. 67 - Os valores das indenizações, assim como as condições para sua concessão, serão
estabelecidos em regulamento específico.
Art. 68 - O integrante da GMBH que, a serviço, se afastar do Município, fará jus a passagens e
diárias, para cobrir as despesas de pousada, alimentação e locomoção urbana.
Parágrafo único - A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade
quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede.
316
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 69 - O Guarda Municipal que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo,
fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias a partir do seu recebimento.
Parágrafo único - Na hipótese de o Guarda Municipal retornar à sede em prazo menor do que o
previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias em excesso no prazo previsto neste artigo.
Art. 70 - O Guarda Municipal que se afastar do Município, a serviço ou em treinamento, por mais
de 30 (trinta) dias, fará jus a diária de valor inferior ao estabelecido no art. 68.
Seção II
Do Auxílio Pecuniário
Seção III
Das Gratificações e dos Adicionais
Art. 73 - Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos aos
integrantes da GMBH as seguintes gratificações e adicionais:
I - gratificação pelo exercício de cargo em comissão ou de função gratificada;
II - décimo terceiro salário;
III - gratificação pelo exercício de atividades insalubres;
IV - gratificação pela prestação de serviço extraordinário;
V - adicional por tempo de serviço;
VI - gratificação pela função de instrutor em programa de aperfeiçoamento profissional;
VII - adicional de férias;
VIII - adicional por serviço noturno.
IX - adicional pelo exercício de atividades de risco.
Inciso IX acrescentado pela Lei 10.753, de 17/09/2014 (art. 7º).
Subseção I
Da Gratificação pelo Exercício de Cargo em Comissão ou de Função Gratificada
Subseção II
Do Décimo Terceiro Salário
Art. 75 - O décimo terceiro salário corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o
servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.
317
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 2º - A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano.
§ 3º - Juntamente com a remuneração do mês relativo às férias regulamentares será paga, como
adiantamento do décimo terceiro salário, e mediante requerimento do interessado, metade da
remuneração recebida no mês.
Art. 77 - O décimo terceiro salário não será considerado para cálculo de qualquer vantagem
pecuniária.
Art. 78 - É extensivo ao inativo o décimo terceiro salário, a ser pago no mês de dezembro, em
valor equivalente ao do provento no mesmo mês.
Art. 79 - No caso de remuneração composta de vantagem de caráter temporário cujo valor seja
variável, será considerada a média aritmética atualizada dos valores recebidos, sob tal título, no
respectivo exercício.
Art. 80 - A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem
pecuniária.
Subseção III
Da Gratificação pelo Exercício de Atividades Insalubres
Art. 81 - O Guarda Municipal que trabalhe com habitualidade em locais insalubres ou em contato
permanente com substâncias insalubres, de acordo com avaliação da unidade competente, faz
jus a um adicional a ser pago nos seguintes valores, segundo se classifique a atividade do
servidor nos graus mínimo, médio e máximo:
Subseção IV
Da Gratificação pela Prestação de Serviço Extraordinário
318
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Subseção V
Do Adicional por Tempo de Serviço
Art. 84 - Cada período de 5 (cinco) anos de efetivo exercício dá ao integrante da GMBH o direito
ao adicional de 10% (dez por cento) sobre o seu vencimento-base, o qual se incorpora ao valor
do provento de aposentadoria.
§ 1º - O integrante da GMBH fará jus ao adicional a partir do mês em que completar o qüinqüênio.
Parágrafo único renumerado como § 1º pela Lei nº 10.497, de 26/6/2012 (art. 18)
§ 2º - Para os fins do disposto neste art. 84, é assegurado o cômputo integral do tempo de serviço
público, inclusive o concernente a tiro de guerra, tendo vigência esse direito a partir da respectiva
averbação.
Parágrafo 2º acrescentado pela Lei nº 10.497, de 26/6/2012 (art. 18)
Art. 84 - Cada período de 5 (cinco) anos de efetivo exercício, conforme o disposto no caput do
art. 115, em cargo público de provimento efetivo prestado junto à administração direta, autárquica
e fundacional do Poder Executivo municipal, dá ao servidor o direito ao adicional de 10% (dez
por cento) sobre seu vencimento, o qual se incorpora ao valor do provento de aposentadoria.
Parágrafo único - O integrante da GMBH fará jus ao adicional a que se refere o caput a partir do
mês em que completar o quinquênio.
Art. 84 com redação dada pela Lei nº 11.080, de 30/11/2017 (Art. 25)
Subseção VI
Da Gratificação pela Função de Instrutor em Programa de Aperfeiçoamento Profissional
§ 1º - Para fazer jus à gratificação referida neste artigo, o integrante da GMBH exercerá a função
sem prejuízo da sua jornada de trabalho.
Subseção VII
Do Adicional de Férias
Art. 86 - É de 25 (vinte e cinco) dias úteis o período de férias anuais do integrante da Guarda
Municipal.
319
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 3º - Para a montagem do plano anual de férias deverá ser observado o limite de 1/12 (um doze
avos) do efetivo da GMBH a ser colocado de férias a cada mês, observadas a necessidade do
serviço e, quando possível, a opção do interessado.
§ 4º - Após ingressar no serviço público, o servidor da Guarda Municipal poderá gozar férias
somente após o 11º (décimo primeiro) mês de exercício.
§ 5º - O servidor da Guarda Municipal não poderá deixar de gozar férias anuais, obrigatórias, no
exercício a que corresponderem, ressalvada a hipótese daquele que completar o primeiro
período aquisitivo entre os meses de julho e dezembro, que poderá transferir o gozo de férias
para o exercício seguinte, não podendo ser parcelado.
§ 7º - Uma vez programado e registrado no sistema informatizado próprio, não serão permitidas
alterações no Plano de Férias Anual, exceto em casos de licença médica, desde que iniciada
antes do gozo e devidamente atestada pelo órgão competente, ou nas hipóteses de convocação
administrativa ou judicial, ou por necessidade de serviço.
Subseção VIII
Do Adicional pelo Exercício de Atividades de Risco
Art. 86-A - O Guarda Municipal faz jus a uma parcela mensal denominada adicional pelo exercício
de atividades de risco, calculado sobre o vencimento-base do nível inicial de seu posto
hierárquico, à razão de 40% (quarenta por cento) a partir de 1º de agosto de 2017.
Art. 86-A com redação dada pela Lei nº 11.080, de 30/11/2017 (Art. 26)
Art. 86-B - É vedado o pagamento simultâneo do adicional pelo exercício de atividades de risco
e da gratificação pelo exercício de atividades insalubres, sendo facultado ao servidor optar pela
vantagem pecuniária que lhe convier, caso ambas lhe sejam devidas.
Subseção VIII acrescentada pela Lei 10.753, de 17/09/2014 (art. 8º).
CAPÍTULO II
DAS LICENÇAS
§ 1º - O ocupante de cargo em comissão não terá direito às licenças previstas nos incisos V, VII
e VIII desse artigo.
Art. 88 - O Guarda Municipal que se encontrar licenciado nas hipóteses especificadas nos incisos
I, II, III e IV do art. 87 desta Lei não poderá, no prazo de duração do afastamento remunerado,
exercer qualquer atividade incompatível com o fundamento da licença, sob pena de imediata
320
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
cassação desta e perda da remuneração, até que reassuma o exercício do cargo, sem prejuízo
da aplicação das penas disciplinares cabíveis, sendo tal hipótese considerada falta grave.
Seção I
Da Licença para Tratamento de Saúde e por Motivo de Acidente em Serviço
Art. 89 - Será concedida ao Guarda Municipal licença para tratamento de saúde e por motivo de
acidente em serviço, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica realizada pelo órgão
municipal competente.
§ 1º - Sempre que necessário, a inspeção médica será feita na própria residência do servidor ou
no estabelecimento hospitalar onde estiver internado.
§ 2º - Somente poderá ser concedida licença por prazo superior a 15 (quinze) dias após exames
efetuados por junta médica do órgão municipal competente.
Art. 90 - O Guarda Municipal somente poderá permanecer em licença para tratamento de saúde
por prazo superior a 24 (vinte e quatro) meses, se for considerado recuperável por junta médica
do órgão municipal competente.
§ 2º - O Guarda Municipal poderá ser imediatamente aposentado por invalidez, caso a junta
médica do órgão municipal competente conclua pela irreversibilidade da moléstia e pela
impossibilidade de sua permanência em atividade.
Art. 92 - Durante o prazo da licença, o Guarda Municipal poderá requerer nova perícia, caso se
julgue em condições de retornar ao exercício de seu cargo ou de ser aposentado.
Parágrafo único - No curso da licença, o Guarda Municipal poderá ser convocado para se
submeter a reavaliação em perícia médica.
Art. 93 - Para concessão de licença, considera-se acidente em serviço o dano físico ou mental
sofrido pelo Guarda Municipal, relacionado com o exercício das atribuições específicas de seu
cargo.
Art. 94 - O acidente será provado em processo regular, devidamente instruído, cabendo à junta
médica do órgão municipal competente descrever o estado geral do acidentado.
Seção II
Da Licença à Gestante, à Lactante e à Adotante
Art. 95 - A integrante da GMBH, gestante, terá direito a 180 (cento e oitenta) dias consecutivos
de licença a partir do 8º (oitavo) mês de gestação.
Caput com redação dada pela Lei nº 10.104, de 18/1/2011 (Art. 1º)
321
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 3º - A integrante da GMBH não poderá exercer trabalho remunerando durante o tempo em que
estiver licenciada.
§ 3º acrescentado pela Lei nº 10.104, de 18/1/2011 (Art. 1º)
§ 4º - A integrante da GMBH que adotar uma criança terá todos os direitos enumerados no
presente artigo.
§ 4º acrescentado pela Lei nº 10.104, de 18/1/2011 (Art. 1º)
Art. 96 - Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora lactante terá
direito aos seguintes períodos diários:
I - 30 (trinta) minutos, quando estiver submetida a jornada diária igual a 6 (seis) horas;
II - 1 (uma) hora, quando estiver submetida a jornada diária superior a 6 (seis) horas.
Parágrafo único - A critério do serviço médico do órgão municipal competente, poderá ser
prorrogado o período de vigência do horário especial previsto neste artigo.
Art. 97 - A servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança, para fins de adoção, terá
direito a licença remunerada:
I - pelo período de 120 (cento e vinte) dias, se a criança tiver até 1 (um) ano de idade;
II - pelo período de 60 (sessenta) dias, se a criança tiver entre 1 (um) e 4 (quatro) anos de idade;
III - pelo período de 30 (trinta) dias, se a criança tiver de 4 (quatro) a 8 (oito) anos de idade.
Seção III
Da Licença-Paternidade
Parágrafo único - O Guarda Municipal que adotar ou obtiver guarda judicial de criança com até
180 (cento e oitenta) dias de idade terá direito a licença remunerada de 5 (cinco) dias corridos,
contados a partir da data da guarda judicial ou adoção definitiva.
Seção IV
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
Art. 99 - O integrante da GMBH poderá obter licença por motivo de doença de pai, mãe, filho,
cônjuge ou companheiro, desde que prove ser indispensável a sua assistência pessoal e não
puder prestá-la simultaneamente com o exercício das atribuições do cargo.
Art. 100 - Na ocorrência de enfermidade grave, conforme o rol definido em decreto, a licença
será concedida, sem prejuízo da remuneração, pelo prazo de até 30 (trinta) dias, consecutivos
ou não, a cada 24 (vinte e quatro) meses, excedido o qual a concessão passará a ser sem
remuneração.
Caput com redação dada pela Lei nº 11.080, de 30/11/2017 (Art. 28)
Seção V
Da Licença para Acompanhar Cônjuge ou Companheiro
322
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 101 - O Guarda Municipal terá direito a licença sem remuneração quando o cônjuge ou
companheiro, que detenha a condição de servidor público efetivo, for mandado servir,
independentemente de solicitação, em outro ponto do Estado ou do território nacional ou no
estrangeiro, ou passar a exercer cargo eletivo fora do Município.
Parágrafo único - A licença será concedida mediante pedido devidamente instruído e vigorará
pelo tempo que durar a missão, a função ou o mandato do cônjuge ou companheiro.
Seção VI
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares
§ 2º - Não será concedida nova licença antes de decorrido novo prazo de 5 (cinco) anos a contar
do término da licença.
Seção VII
Da Licença a Título de Assiduidade
Art. 103 - A cada período de 05 (cinco) anos de efetivo exercício em cargo de provimento efetivo
ou função pública da administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo
municipal, o servidor fará jus a 3 (três) meses de licença por assiduidade, com direito à percepção
do seu vencimento e das vantagens de caráter permanente.
§ 1º - O servidor deverá requerer o gozo de sua licença por assiduidade, que poderá ser gozada,
total ou parceladamente, de acordo com a conveniência da administração, em até 5 (cinco) anos
da data do requerimento, respeitado o período mínimo de um mês conforme estabelecido em
decreto.
§ 2º - O benefício previsto no caput deste artigo deverá ser usufruído pelo servidor ao longo da
sua vida funcional até o momento de sua aposentadoria, sob pena de perdimento, sendo vedada
a sua conversão em espécie, exceto na ocorrência das seguintes situações:
I - enfermidade grave, conforme o rol definido em decreto;
II - aposentadoria por invalidez;
III - falecimento do servidor, hipótese em que a verba respectiva será revertida aos seus
dependentes previdenciários ou, em sua falta, aos seus herdeiros;
IV - quando, por necessidade da administração pública, nos termos de regulamento, o servidor
não puder usufruir da licença até a sua aposentadoria ou exoneração.
§ 3º - Para fins do disposto no caput deste artigo, considerar-se-ão como dias de efetivo
exercício:
I - férias regulamentares;
II - licença por assiduidade;
III - licença por motivo de gestação, lactação, adoção ou em razão de paternidade;
IV - participação em programa de desenvolvimento profissional promovido ou aprovado pelo
Município;
V - licença por motivo de acidente em serviço ou de doença profissional;
VI - licenças para tratamento de saúde, até o limite de 15 (quinze) dias corridos, consecutivos ou
não, a cada ano, e as licenças decorrentes de enfermidade grave, conforme o rol definido em
decreto;
VII - missão ou estudo no exterior, desde que relacionados com as atribuições do cargo e
autorizado o afastamento;
323
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 105 - O gozo da licença por assiduidade ficará condicionado à conveniência do serviço.
Art. 106 - O número de Guardas Municipais em gozo simultâneo de licença por assiduidade não
poderá ser superior a 3% (três por cento) do efetivo da GMBH.
Art. 107 - A licença por assiduidade poderá ser convertida em espécie, por opção do servidor ou
por necessidade de serviço, a critério da Administração.
Seção VIII
Da Licença para Aperfeiçoamento Profissional
Art. 108 - O Guarda Municipal terá direito a licença para cursos ou atividades de aperfeiçoamento
ou atualização profissional relacionados com as atribuições específicas do seu cargo público
efetivo.
§ 1º - Para as atividades a que se refere o artigo poderão ser designados até 5% (cinco por
cento) da jornada anual do servidor, cumulativo por um período de até 7 (sete) anos.
Art. 109 - São condições para a concessão da licença a que se refere o artigo anterior:
I - ter o servidor adquirido estabilidade;
II - estar o servidor no exercício da função do seu cargo;
III - ser favorável o parecer da chefia imediata e haver liberação do Secretário Municipal de
Segurança Urbana e Patrimonial;
IV - haver autorização do órgão competente da Secretaria Municipal de Administração e
Recursos Humanos;
V - haver substituto definido, quando for o caso;
VI - ter aplicabilidade, no exercício da função, o curso ou atividade de aperfeiçoamento.
324
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 110 - Poderá ser concedida autorização para participação em cursos ou atividades de
aperfeiçoamento, com duração superior à determinada no § 1º do art. 108, com ou sem
vencimentos.
Art. 111 - Após o retorno, o servidor ficará obrigado a trabalhar na administração municipal pelo
período correspondente ao do afastamento, sob pena de ressarcimento aos cofres públicos
municipais.
Art. 112 - As regras complementares a respeito da concessão da licença de que trata esta Seção
serão estabelecidas pelo órgão competente.
CAPÍTULO III
DAS CONCESSÕES
Art. 113 - Sem qualquer prejuízo, poderá o integrante da GMBH ausentar-se do serviço:
I - por 1 (um) dia:
a) para doação de sangue;
b) para atender convocação judicial ou requisição de autoridade policial, podendo o prazo ser
ampliado, desde que a necessidade seja atestada pela autoridade convocante;
II - por 2 (dois) dias, em razão de falecimento de irmão;
III - por 7 (sete) dias consecutivos, em razão de:
a) casamento;
b) falecimento de cônjuge, companheiro, pais ou filhos.
CAPÍTULO IV
DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 114 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos,
considerado o ano como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
Art. 115 - Além das concessões previstas no art. 113 desta Lei, são considerados como de efetivo
exercício os afastamentos decorrentes de:
I - férias;
II - exercício de cargo em comissão ou função pública nos órgãos da Administração Direta do
Poder Executivo do Município de Belo Horizonte;
III - participação em programa de treinamento promovido ou aprovado pelo Município;
IV - júri e outros serviços considerados obrigatórios por lei;
V - missão ou estudo no exterior, desde que relacionados com as atribuições do cargo e
autorizado o afastamento;
VI - licença:
a) à gestante, à adotante e ao pai;
b) para tratamento de saúde, exceto para progressão profissional, observado o período máximo
estabelecido no art. 90, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado ao Município,
em cargo de provimento efetivo;
c) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
d) a título de prêmio por assiduidade;
e) por convocação para o serviço militar;
§ 1º - Após a reversão, o tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para
nova aposentadoria.
325
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
CAPÍTULO V
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 117 - O Guarda Municipal tem direito de petição às autoridades competentes em defesa de
seu direito ou interesse legítimo.
Art. 118 - Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido
a primeira decisão, não podendo ser renovado.
Parágrafo único - O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver
expedido o ato ou proferido a decisão.
Art. 121 - A autoridade competente decidirá quanto ao efeito a ser atribuído ao recurso.
Parágrafo único - Quando o ato impugnado não for publicado, o prazo será contado a partir da
ciência ao interessado.
Art. 125 - A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.
Art. 126 - A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de
ilegalidade.
CAPÍTULO VI
DA CARREIRA DE GUARDA MUNICIPAL
326
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 127 - Os ocupantes do cargo público efetivo de Guarda Municipal integram o Plano de
Carreira dos Servidores da Área de Atividades de Segurança Urbana e Patrimonial da Prefeitura
de Belo Horizonte, que será objeto de lei específica.
Art. 128 - O quantitativo do cargo público efetivo de Guarda Municipal é o previsto no Anexo
Único desta Lei.
Art. 129 - O vencimentos-base atribuído aos ocupantes do cargo público de Guarda Municipal é
de R$400,00 (quatrocentos reais).
Art. 130 - Ao ocupante do cargo público de provimento efetivo de Guarda Municipal são proibidas
a greve e a atividade político-partidária.
Art. 130 com redação dada pela Lei 10.753, de 17/09/2014 (art. 9º).
Art. 131 - A Guarda Municipal oferecerá cursos na sua área de atuação, com o propósito de
manter seus integrantes capacitados e atualizados para o desempenho de suas atividades, de
participação facultativa ou obrigatória, conforme a hipótese.
TÍTULO IV
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DA ÉTICA DA GMBH
Art. 132 - A honra, o sentimento do dever e a correção de atitudes impõem conduta moral e
profissional irrepreensíveis a todo integrante da GMBH, o qual deve observar, além dos demais
preceitos desta Lei, os seguintes princípios de ética:
I - amar a verdade e a responsabilidade como fundamentos da dignidade profissional;
II - observar os princípios da Administração Pública, no exercício das atribuições que lhe couber
em decorrência do cargo;
III - respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV - cumprir e fazer cumprir as leis, códigos, resoluções, instruções e ordens das autoridades
competentes;
V - ser justo e imparcial na apreciação e avaliação dos atos que lhe couber avaliar;
VI - zelar pelo seu próprio preparo profissional e incentivar a mesma prática nos companheiros,
em prol do cumprimento da missão comum;
VII - praticar a camaradagem e desenvolver o espírito de cooperação;
VIII - ser discreto e cortês em suas atitudes, maneiras e linguagem e observar as normas da boa
educação;
IX - abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de assuntos internos da GMBH ou de matéria
sigilosa;
X - cumprir seus deveres de cidadão;
XI - respeitar as autoridades civis e militares;
XII - garantir assistência moral e material à família ou contribuir para ela;
XIII - preservar e praticar, mesmo fora do serviço ou quando já na inatividade remunerada, os
preceitos da ética da GMBH;
XIV - exercitar a proatividade no desempenho profissional;
XV - abster-se de fazer uso do posto para obter facilidade pessoal de qualquer natureza ou
encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
XVI - abster-se do uso das designações:
a) em atividades liberais, comerciais ou industriais;
b) para discutir ou provocar discussão pela imprensa a respeito de assuntos institucionais;
c) no exercício de cargo de natureza civil, na iniciativa privada;
d) em atividades religiosas;
e) em circunstâncias prejudiciais à imagem da GMBH.
327
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
CAPÍTULO II
DAS AÇÕES DISCIPLINARES
Art. 133 - As ações disciplinares relativas aos integrantes da Guarda Municipal de Belo Horizonte
serão desenvolvidas pela Corregedoria da GMBH, à qual compete a orientação geral, mediante
instruções e atos normativos, bem como a coordenação e a execução de todas as atividades
relativas à disciplina dos servidores públicos da GMBH.
CAPÍTULO III
DOS DEVERES DO GUARDA MUNICIPAL
Art. 135 - São deveres dos integrantes da Guarda Municipal de Belo Horizonte, além da
observância aos princípios e garantias estabelecidos nos demais dispositivos desta Lei:
I - observar e cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens vigentes;
II - manter assiduidade e pontualidade ao serviço;
III - trajar o uniforme completo e usar corretamente os equipamentos e acessórios sob sua
responsabilidade, zelando pela sua correta apresentação pessoal em público;
IV - desempenhar com zelo e presteza as atribuições do cargo ou função;
V - participar de atividades de formação, aperfeiçoamento ou especialização sempre que for
determinado, e repassar aos seus pares informações e conhecimentos técnicos proporcionados
pela Administração Municipal;
VI - cumprir fielmente as ordens superiores, salvo se manifestamente ilegais;
VII - prestar atendimento e esclarecimentos ao público interno e externo, pessoalmente ou por
meio das ferramentas de comunicação que lhe forem disponibilizadas;
VIII - operar computadores, utilizando adequadamente os programas e sistemas informacionais
postos à sua disposição;
IX - redigir textos, ofícios, relatórios e correspondências, com observância das regras gramaticais
e das normas de comunicação oficial;
X - zelar pela guarda, economia e conservação dos materiais e equipamentos de trabalho e do
patrimônio público;
XI - propor à chefia imediata providências para a consecução plena de suas atividades, inclusive
indicando a necessidade de aquisição, substituição, reposição, manutenção e reparo de
materiais e equipamentos;
XII - zelar pelo cumprimento das normas de saúde e segurança do trabalho e utilizar
adequadamente equipamentos de proteção individual e coletivo;
XIII - ter iniciativa e contribuir para o bom funcionamento da unidade em que estiver
desempenhando as suas tarefas;
XIV - manter-se atualizado sobre as normas municipais e sobre a estrutura organizacional da
Administração Municipal;
XV - atender às requisições para a defesa do Município, bem como às solicitações da
Corregedoria-Geral, da Corregedoria da GMBH e dos demais órgãos da Administração
Municipal;
XVI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades ou as ilegalidades de que
tiver conhecimento em razão do cargo, da função ou do serviço;
XVII - ser leal às instituições a que servir;
XVIII - manter conduta profissional compatível com os princípios reguladores da Administração
Pública, especialmente os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
publicidade, da razoabilidade e da eficiência, preservando o sigilo das informações;
XIX - tratar com zelo e urbanidade o cidadão.
CAPÍTULO IV
328
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 136 - Entende-se como infração à disciplina qualquer ofensa aos princípios éticos e aos
deveres do Guarda Municipal, estabelecidos nesta Lei, em seu regulamento e na legislação
pertinente.
Art. 137 - Constituem infrações à disciplina, entre outras hipóteses, sem prejuízo das sanções
cíveis e penais aplicáveis à espécie:
I - toda ação ou omissão não especificadas neste Estatuto e/ou qualificadas como crime nas leis
penais, praticadas contra:
1) a Bandeira, o Hino, o Selo e as Armas Nacionais, os símbolos estadual e municipal e as
instituições nacional, estadual ou municipal;
2) a honra, o decoro da classe, os preceitos sociais e as normas da moral;
3) os preceitos de subordinação, regras, normas e ordens de serviço estabelecidas nas leis,
regulamentos ou prescritos por autoridade competente;
II - todas as ações ou omissões contrárias à disciplina, tais como as abaixo especificadas, entre
outras passíveis de sanção disciplinar:
1) chegar atrasado a qualquer ato de serviço ou chamada, sem motivo justificável;
2) omitir, em qualquer documento, dados indispensáveis ao esclarecimento dos fatos;
3) atribuir a outro servidor atividades estranhas ao cargo ou função que ocupa;
4) deixar de comparecer a qualquer ato de serviço sem causa justificada;
5) usar, durante o serviço, armamento, munição ou equipamento não autorizado;
6) executar ou determinar manobras perigosas com viaturas da Instituição;
7) utilizar pessoal ou recursos materiais da instituição em serviços ou atividades particulares;
8) suprimir sua identificação no uniforme ou utilizar-se de meios para dificultá-la;
9) tratar as pessoas com falta de zelo e urbanidade;
10) praticar a usura em qualquer de suas formas;
11) atuar como procurador ou intermediário, junto a repartição pública, salvo quando se tratar de
benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, de cônjuge ou
companheiro;
12) exercer, durante o horário de serviço, atividade a ele estranha, negligenciando o serviço e/ou
prejudicando o seu bom desempenho;
14) sobrepor ao uniforme peças ou acessórios não previstos nas normas da instituição;
15) deixar de preservar local de crime;
16) opor resistência injustificada ao andamento de documento, de processo ou à execução de
serviço;
17) simular doença para esquivar-se ao cumprimento do dever;
18) proceder de forma desidiosa durante o cumprimento de suas atividades ou desempenhar
inadequadamente suas funções, de forma intencional;
19) ausentar-se do serviço para o qual se encontrar escalado ou dos setores onde estiver
prestando expediente, sem prévia autorização da chefia imediata;
20) retirar, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da
repartição ou do local onde estiver prestando serviço;
21) disparar arma de fogo desnecessariamente;
22) praticar violência contra pessoa, em serviço ou fora dele;
23) ofender a dignidade ou o decoro de colega, subordinado, superior ou particular, bem como
propalar tais ofensas;
24) fazer uso de bebida alcoólica durante o serviço ou uniformizado;
25) violar local de crime;
26) valer-se ou fazer uso do cargo para praticar assédio sexual ou moral;
27) deixar de assumir a responsabilidade por seus atos ou pelos atos praticados por servidor da
Guarda Municipal, em função subordinada, que agir em cumprimento de sua ordem;
28) retirar ou tentar retirar, de local sob a administração da Guarda Municipal, objeto ou viatura
sem ordem dos respectivos responsáveis;
29) participar de movimentos de natureza reivindicatória ou de movimento grevista;
30) praticar ato contra expressa disposição de lei ou deixar de praticá-lo, em descumprimento de
dever funcional, em benefício próprio ou alheio;
31) manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou
parente, por consangüinidade ou afinidade até o segundo grau;
329
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
32) exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em empresas,
estabelecimentos ou instituições que tenham relação com o Poder Público Municipal;
33) fazer contratos com o Poder Público Municipal, por si ou como representante de outrem;
34) valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da
dignidade da função pública;
35) recusar fé a documento público;
36) faltar com a verdade;
37) envolver-se, ainda que de folga, em situações que comprometam a imagem, o nome e o
prestígio da Instituição;
38) deixar de observar a Lei em prejuízo alheio ou da Administração Pública;
39) atribuir a pessoa estranha à Guarda Municipal, fora dos casos previstos em lei, o
desempenho de atividade que seja de responsabilidade sua ou de subordinado;
40) receber comissão ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
41) exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em empresas com atividades
ilegais ou que atentem contra o decoro e a moral;
Parágrafo único - A instauração de processo cível ou criminal não impede a imposição imediata,
na esfera administrativa, de penalidade cabível pela transgressão disciplinar residual ou
subjacente no mesmo fato.
Art. 139 - O julgamento das transgressões deve ser precedido de exame que considere:
I - os antecedentes do transgressor;
II - as causas que a determinaram;
III - a natureza dos fatos ou dos atos que a envolveram;
IV - as consequências que dela possam advir.
CAPÍTULO V
DA RESPONSABILIDADE
Art. 141 - No caso de indenização à Fazenda Pública, por prejuízo causado na modalidade
dolosa, o integrante da GMBH será obrigado a repor, de uma só vez, o valor correspondente.
Art. 143 - Tratando-se de dano causado a terceiros, a Fazenda Pública promoverá ação
regressiva contra o integrante da GMBH, na forma prevista em lei, nos casos em que este agir
com dolo ou culpa.
Parágrafo único - A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será
executada, até o limite da herança recebida, na forma da legislação civil.
CAPÍTULO VI
330
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
DA ACUMULAÇÃO DE CARGOS
Parágrafo único - A acumulação de cargos, empregos e funções, ainda que lícita, fica
condicionada à comprovação da compatibilidade de horários.
Art. 145 - O integrante da GMBH não poderá exercer mais de um cargo em comissão ou mais
de uma função pública.
Art. 146 - O integrante da GMBH, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará
afastado do cargo público efetivo.
CAPÍTULO VII
DAS PENALIDADES DISCIPLINARES E DA SUA APLICAÇÃO
Seção I
Das Penalidades Disciplinares
Parágrafo único - Conforme a hipótese, o integrante da Guarda Municipal que sofrer punição
disciplinar poderá ser submetido a programa reeducativo.
Seção II
Da Aplicação das Penalidades
Art. 148 - Na aplicação das penalidades, deverão ser consideradas a natureza e a gravidade da
infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público e para a Guarda
Municipal, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
Art. 149 - Não haverá aplicação de penalidade disciplinar quando for reconhecida qualquer causa
de justificação.
331
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 153 - A repreensão será aplicada por escrito, nos casos de descumprimento de dever
funcional previsto em lei, regulamento ou norma interna que não justifique a imposição de
penalidade mais grave, conforme a hipótese.
Art. 154 - A suspensão será aplicada nos casos de reincidência específica das faltas punidas
com repreensão, bem como nos casos de violação das proibições que não constituam infração
sujeita à penalidade de demissão ou rescisão de contrato, e não poderá exceder a 90 (noventa)
dias consecutivos.
§ 1º - Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias consecutivos o integrante da GMBH
que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada por
autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.
§ 2º - Será punido com suspensão de 15 (quinze) dias consecutivos o integrante da GMBH que,
injustificadamente, deixar de comparecer, quando comprovadamente convocado, para prestar
depoimento ou declaração perante a Corregedoria-Geral do Município, a Corregedoria da GMBH
ou perante quem presidir, na forma desta Lei, à sindicância ou ao processo administrativo
disciplinar.
Art. 155 - As penalidades previstas nos incisos I a IV do art. 147 desta Lei terão seu registro
cancelado na ficha individual de registro do Guarda Municipal após o decurso de 5 (cinco) anos
de exercício, se o mesmo não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.
332
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
X - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo ou função, para lograr proveito
próprio ou alheio;
XI - lesão aos cofres públicos;
XII - dilapidação do patrimônio público;
XIII - corrupção;
XIV - acumulação ilícita de cargo, emprego ou função pública, desde que provada a má-fé do
servidor.
Parágrafo único - As infrações previstas no art. 137 desta Lei, além dos atos que resultarem em
violação aos demais dispositivos desta Lei, também poderão ser punidos com a pena de
demissão, caso sejam consideradas como infrações graves.
Art. 157 - Além dos casos enumerados no artigo anterior, é causa de demissão a sentença
criminal transitada em julgado que condenar o integrante da GMBH a mais de dois anos de
reclusão.
Art. 158 - Verificada a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, em processo
administrativo disciplinar, se ficar comprovada a boa-fé do Guarda Municipal, o mesmo poderá
optar por um dos cargos.
§ 1º - Provada a má-fé, o servidor perderá os cargos que estiver exercendo no serviço público
municipal e restituirá o que tiver percebido indevidamente.
§ 2º - Sendo um dos cargos, emprego ou função, exercido em outra esfera administrativa, esta
será comunicada da demissão verificada na esfera municipal.
Art. 159 - Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que tenha praticado, na
situação de atividade, falta punível com a pena de demissão.
Parágrafo único - Para efeito do disposto neste artigo, ao ato de cassação da aposentadoria ou
da disponibilidade seguir-se-á o de demissão.
Art. 160 - A destituição de cargo em comissão ou de função pública será aplicada nos casos de
infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.
§ 1º - Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração efetuada nos termos da lei
será convertida em destituição de cargo em comissão ou de função pública.
Art. 161 - A demissão ou a destituição de cargo em comissão ou de função pública, nos casos
dos incisos IV, IX, XI, XII, XIII e XIV do art. 156 desta Lei, implicará no ressarcimento ao erário
municipal, sem prejuízo da ação penal cabível.
Art. 162 - A demissão para o detentor de cargo de provimento efetivo ou a destituição de cargo
em comissão ou de função pública para o não-detentor de cargo provimento efetivo
incompatibilizam o ex-integrante da GMBH para nova investidura em cargo público municipal
pelo prazo de 5 (cinco) anos.
Art. 164 - Configura abandono de cargo a ausência intencional do integrante da Guarda Municipal
ao serviço por mais de 30 (trinta) dias consecutivos.
333
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
CAPÍTULO VIII
DA COMPETÊNCIA PARA A APLICAÇÃO DAS PENAS DISCIPLINARES
§ 1º - As sanções de que tratam os incisos II e III deste artigo poderão ser aplicadas pelo Prefeito.
Art. 166 - O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa
da sanção disciplinar.
Art. 167 - Constarão da ficha individual de registro do integrante da Guarda Municipal todas as
penalidades que lhe forem impostas, incluídas as decorrentes da falta de comparecimento às
sessões do Tribunal do Júri para o qual for sorteado.
Parágrafo único - Sem prejuízo das penalidades previstas na lei processual, serão considerados
como suspensão os dias em que o integrante da GMBH deixar de atender às convocações do
Tribunal do Júri.
CAPÍTULO IX
DA PRESCRIÇÃO DA AÇÃO DISCIPLINAR
TÍTULO V
DA APURAÇÃO SUMÁRIA, DA SINDICÂNCIA E DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DA APURAÇÃO SUMÁRIA
334
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 170 - Na apuração sumária, seu encarregado deverá limitar-se a ouvir e entrevistar as partes
e as testemunhas, relatando os fatos com os esclarecimentos necessários e o seu parecer
conclusivo.
Art. 171 - O prazo para a conclusão da apuração sumária é de 5 (cinco) dias úteis.
Art. 172 - O encarregado da apuração sumária será designado pela autoridade que determinar
sua execução, e os autos dessa apuração, quando conclusos, serão sempre encaminhados ao
Corregedor da GMBH a quem compete aprovar ou não o parecer apresentado pelo encarregado.
CAPÍTULO II
DA SINDICÂNCIA
Art. 173 - Sindicância é o procedimento utilizado pela Administração para investigar, de maneira
ágil e formal, atos e fatos que envolvam integrantes da GMBH, antecedendo a outras
providências cíveis, criminais ou administrativas, sendo sua instauração determinada pelo
Prefeito, pelo Secretário Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial ou pelo Corregedor da
GMBH.
Art. 174 - A sindicância precederá o processo administrativo disciplinar somente no caso de não
haver elemento de convicção suficiente para a imediata instauração do segundo procedimento.
§ 1º - Ao sindicado será assegurado o direito de ampla defesa, admitidos todos os meios a ela
inerentes, sendo-lhe facultado acompanhar o feito individualmente ou fazer-se representar por
advogado, juntar documentos pertinentes, formular quesitos e requerer prova técnica.
335
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 176 - Verificada, na fase de julgamento, a existência de falta punível com penalidade mais
grave do que aquela prevista no inciso V do art. 194 desta Lei, o Corregedor da GMBH, em
despacho, determinará a providência constante do inciso VI daquele artigo, expedindo a
respectiva portaria.
CAPÍTULO III
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
Art. 178 - O processo administrativo disciplinar será conduzido por comissão disciplinar composta
de 3 (três) integrantes, designada pelo Corregedor da GMBH.
Art. 179 - Será obrigatória a instauração de processo administrativo disciplinar sempre que a falta
imputada ao integrante da GMBH ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de
30
§ 1º - Ao processado será assegurado o direito de ampla defesa, admitidos todos os meios a ela
inerentes, sendo-lhe facultado acompanhar o feito individualmente ou fazer-se representar por
advogado, juntar documentos pertinentes, formular quesitos, e, às suas expensas, requerer
prova técnica.
336
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 2º - A autoridade competente, na forma do art. 165 desta Lei, decidirá sobre a penalidade a ser
aplicada dentro de sua competência ou remeterá o processo à autoridade superior, caso entenda
que deva ser aplicada pena que exceda à sua competência, justificando o ato.
Art. 181 - A comissão disciplinar procederá a todas as diligências que julgar necessárias,
ouvindo, se entender conveniente, a opinião de técnicos ou peritos.
Art. 182 - A citação ou intimação do acusado será pessoal, por carta expedida pelo presidente
da comissão disciplinar, assegurando-se-lhe vista dos autos.
§ 1º - O prazo para defesa, previsto no inciso VII do art. 180 desta Lei, será observado mesmo
quando houver mais de um acusado, e será comum a todos.
§ 2º - No caso de recusa do acusado em apor ciente na cópia da citação, o prazo para defesa
contar-se-á da data declarada pelo servidor que realizou a diligência.
Art. 183 - Achando-se o acusado em local incerto e não sabido ou no estrangeiro, a citação será
feita por edital publicado no DOM, durante 3 (três) dias consecutivos, hipótese em que o prazo
para defesa será contado da data da última publicação.
Art. 184 - O acusado que mudar de residência depois de citado fica obrigado a comunicar à
comissão do processo administrativo disciplinar o lugar onde poderá ser encontrado, sob pena
de ser considerado em lugar incerto e não sabido, para os efeitos de citação ou intimação.
Art. 185 - Considerar-se-á revel o acusado que, regularmente citado, não apresentar defesa no
prazo legal.
Art. 186 - O acusado será cientificado, no ato da citação, de que poderá fazer-se representar por
advogado, ao qual é facultado o direito de assistir ao interrogatório, formular perguntas e zelar
pela fiel transcrição das respostas.
Art. 187 - Comparecendo o acusado, no dia e hora designados, será interrogado pela comissão
disciplinar.
Parágrafo único - Havendo mais de um acusado, cada um deles será ouvido em separado e,
caso haja divergência entre suas declarações, poderá ser promovida uma acareação entre eles.
Art. 188 - Quando houver dúvidas quanto à sanidade mental do acusado, a comissão disciplinar
determinará que ele seja submetido a exame pelo serviço médico do órgão municipal
competente.
Parágrafo único - O incidente de sanidade mental poderá ser suscitado pelo próprio acusado e
será processado em autos apartados e apensos aos autos principais, ficando suspenso o
procedimento principal.
Art. 189 - O relatório é a peça que põe fim ao processo administrativo disciplinar.
337
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
§ 4º - A comissão disciplinar deverá sugerir no relatório quaisquer outras providências que lhe
pareçam de interesse do serviço público.
Art. 191 - O Guarda Municipal que responder a processo administrativo disciplinar só poderá ser
exonerado a pedido ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do feito e o cumprimento
da penalidade acaso aplicada.
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 192 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público, envolvendo
integrante da GMBH, deverá comunicar imediatamente à Corregedoria da GMBH, para a adoção
das medidas necessárias à sua imediata apuração.
Parágrafo único - Quando o ato atribuído ao integrante da GMBH for definido como crime de
ação pública incondicionada, o Comandante da GMBH, ou quem tomar conhecimento do fato,
dará imediato conhecimento à Corregedoria da GMBH, que providenciará a devida comunicação
à autoridade competente, para as providências cabíveis.
Art. 193 - As denúncias de irregularidades, formuladas por escrito ou reduzidas a termo, serão
objeto de investigação, observado o seguinte:
I - quando o fato narrado não configurar infração disciplinar, a denúncia será arquivada;
II - a denúncia desacompanhada de elemento de instrução não impede a abertura de apuração
sumária ou de sindicância.
338
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 197 - A apuração sumária, a sindicância e o processo administrativo disciplinar poderão ser
sobrestados, a qualquer tempo, mediante despacho fundamentado, pela autoridade que as
determinar, caso seja necessária a conclusão de ato processual que demande a extensão dos
prazos fixados à Administração.
§ 2º - Caberá recurso ao Prefeito, caso o tempo de afastamento preventivo supere 120 (cento e
vinte) dias.
Art. 199 - Não poderão proceder à sindicância ou compor a Comissão do processo administrativo
disciplinar cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta
ou colateral, até o 3º (terceiro) grau.
Art. 201 - Em qualquer fase de qualquer dos procedimentos, até a apresentação da defesa final,
poderão ser juntados documentos.
Parágrafo único - Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato não
depender de conhecimento técnico de perito.
Art. 202 - Testemunha é a pessoa que presta depoimento sob compromisso legal de dizer a
verdade e não omiti-la.
Art. 203 - O depoimento será fielmente reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo
por escrito, podendo consultar anotações.
Art. 205 - A autoridade sindicante, a processante ou aquela incumbida de aplicar a pena, será
responsabilizada se der causa à prescrição de que trata o art. 168 desta Lei.
339
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 206 - Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade indicada no art. 165 desta Lei
determinará seu registro nos assentamentos individuais do Guarda Municipal.
CAPÍTULO V
DO RECURSO EM MATÉRIA DISCIPLINAR
Art. 207 - Das decisões proferidas com supedâneo em apuração sumária, em sindicância ou em
processo administrativo disciplinar, caberá recurso, que será recebido no efeito devolutivo.
Art. 208 - Não constitui fundamento para o recurso a exclusiva alegação de injustiça da
penalidade aplicada.
Art. 209 - O prazo para a interposição do recurso é de 10 (dez) dias úteis e começa a fluir da
data do recebimento, pelo acusado, da notificação da decisão constante do relatório.
Parágrafo único - Não caberá recurso da decisão que decidir o recurso original.
Art. 211 - Provido o recurso, o acusado terá restabelecidos, parcial ou integralmente, conforme
a decisão, os direitos perdidos em conseqüência daquelas, exceto em relação à destituição do
cargo em comissão ou de função pública, a qual será convertida em exoneração.
Art. 212 - Do recurso não poderão constar fatos novos e nem dele poderá resultar agravamento
de penalidade.
CAPÍTULO VI
DA REVISÃO EM MATÉRIA DISCIPLINAR
Art. 213 - O procedimento disciplinar poderá ser revisto a qualquer tempo, a pedido ou de ofício,
quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias que militem em favor da inocência do
integrante da GMBH punido, agravem, atenuem ou revelem a inadequação da penalidade
aplicada.
Art. 214 - O pedido de revisão será dirigido ao Secretário Municipal de Segurança Urbana e
Patrimonial e apensado aos autos do procedimento originário.
§ 1º - Se a decisão atacada houver sido proferida com base em apuração sumária ou sindicância,
sua instrução será preferencialmente de responsabilidade do encarregado que a presidiu e a
decisão caberá ao Secretário Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial.
§ 4º - O prazo a que se refere o § 3º deste art. 214 contar-se-á da data em que o interessado
tomar ciência da decisão que negar seguimento à revisão.
Art. 215 - Se a revisão for cabível, sua apreciação quanto ao mérito competirá à Corregedoria da
GMBH.
340
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 216 - Recebido o pedido de revisão, a Corregedoria da GMBH mandará autuá-lo e apensá-
lo aos autos do procedimento originário.
§ 1º - Em qualquer caso, será dada vista ao requerente pelo prazo de 10 (dez) dias, para tomar
ciência do despacho e, se quiser, arrolar testemunhas até o máximo de 5 (cinco).
§ 3º - Escoado o prazo de que trata o § 2º deste art. 216, a revisão receberá parecer quanto ao
mérito, no prazo de 30 (trinta) dias consecutivos, e será encaminhada à autoridade julgadora.
Art. 218 - Julgado procedente o pedido de revisão, serão tornadas sem efeito as penalidades
aplicadas ao acusado, o que implicará, somente se for o caso, no restabelecimento de todos os
direitos perdidos em conseqüência daquelas, exceto em relação à destituição do cargo em
comissão ou de função pública, a qual será convertida em exoneração.
TÍTULO VI
DAS RECOMPENSAS DOS SERVIDORES DA GUARDA MUNICIPAL
Art. 220 - As recompensas constituem-se em reconhecimento aos bons serviços, atos meritórios
e trabalhos relevantes prestados pelo integrante da Guarda Municipal.
341
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
TÍTULO VII
DO CONTROLE E DA AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DO GUARDA MUNICIPAL
Art. 223 - O comportamento dos ocupantes do cargo público efetivo de Guarda Municipal será
permanentemente aferido e registrado em seus assentamentos funcionais, para os fins de seu
controle, avaliação e designação para as atividades rotineiras, para as missões especiais, para
a avaliação de sua permanência no serviço público e para a sua progressão na carreira.
Parágrafo único - Para os fins do disposto no caput, e sem prejuízo das disposições
complementares estabelecidas no regulamento desta Lei, os comportamentos dos Guardas
Municipais terão as seguintes classificações:
I - ao ingressar na instituição, o servidor terá sua conduta classificada de ofício no conceito "bom";
II - a cada período de 60 (sessenta) meses, se não tiver sofrido qualquer punição disciplinar, a
conduta do servidor será classificada no conceito "ótimo";
III - a cada período de 48 (quarenta e oito) meses, se não tiver atingido 4 (quatro) pontos
negativos, a conduta do servidor será classificada no conceito "muito bom";
IV - a cada período de 36 (trinta e seis) meses, se tiver atingido até 4 (quatro) pontos negativos,
a conduta do servidor será classificada no conceito "bom";
V - a cada período de 24 (vinte e quatro) meses, se tiver atingido até 8 (oito) pontos negativos, a
conduta do servidor será classificada no conceito "satisfatório";
VI - a cada período de 12 (doze) meses, tiver atingido pontuação superior a 8 (oito) pontos
negativos, a conduta do servidor será classificada no conceito "irregular".
Art. 224 - Exclusivamente para os fins do artigo anterior, e sem prejuízo da aplicação das
penalidades devidas na hipótese de cometimento de infração, serão levadas à compensação as
condutas positivas e as negativas atribuídas ao Guarda Municipal, conforme a seguinte
gradação:
I - recompensas:
a) nota meritória - 1 (um) ponto positivo;
b) elogio - 2 (dois) pontos positivos;
c) condecoração - 4 (quatro) pontos positivos;
II - penas disciplinares:
a) advertência - 1 (um) ponto negativo;
b) repreensão - 2 (dois) pontos negativos;
c) suspensão:
- até 15 dias: 2,5 (dois e meio) pontos negativos;
- de 16 a 30 dias: 3,0 (três) pontos negativos;
- de 31 a 60 dias: 3,5 (três e meio) pontos negativos;
- de 61 a 90 dias: 4,0 (quatro) pontos negativos.
342
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
TÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 225 - O Regime Disciplinar previsto nesta Lei aplica-se aos guardas municipais, contratados
por necessidade de excepcional interesse público, aplicando-se-lhes a pena de rescisão
contratual em todos os casos onde houver a previsão das penas de demissão ou de suspensão
por mais de 10 (dez) dias, sem prejuízo da rescisão contratual motivada por conveniência da
Administração ou por outras hipóteses previstas na legislação pertinente.
Art. 226 - Para os fins dos artigos 223 e 224 desta Lei, os atuais guardas municipais, contratados
por necessidade de excepcional interesse público, serão classificados no conceito "bom", a partir
da entrada em vigência desta Lei.
Art. 227 - O cargo de Inspetor da GMBH, previsto na Lei nº 9.011, de 1º de janeiro de 2005, de
recrutamento restrito e livre nomeação e exoneração pelo Prefeito, com jornada de 8 (oito) horas
diárias e remuneração equivalente à do Gerente de 3º nível, tem as seguintes atribuições, além
da observância aos demais preceitos desta Lei:
I - zelar pela boa execução das atividades da Guarda, conforme adequados parâmetros de
moralidade, impessoalidade, eficiência e cortesia;
II - inspecionar e avaliar o cumprimento de rotinas e horários por parte dos membros da GMBH;
III - auxiliar, por meio de informações, na apuração da demanda de serviços de guarda e na
alocação do pessoal;
IV - auxiliar no recolhimento e sistematização de informações relativas à segurança pública;
V - auxiliar no apoio logístico e material dos serviços de guarda, garantido sua economicidade.
Parágrafo único - Até que sejam preenchidos todos os cargos públicos efetivos de Guarda
Municipal de Belo Horizonte, previstos no Anexo único desta Lei, o provimento dos cargos em
comissão previstos no caput deste artigo poderá se dar por recrutamento amplo.
Art. 228 - O cargo de Ouvidor da Guarda Municipal de Belo Horizonte, previsto na Lei nº 9.011/05,
de recrutamento amplo e livre nomeação e exoneração pelo Prefeito, com jornada de 8 (oito)
horas diárias e remuneração equivalente à de Gerente de 1º nível, tem as seguintes atribuições:
I - receber reclamações relativas às atividades ou servidores da Guarda Municipal de Belo
Horizonte, realizando apuração preliminar e encaminhando, se necessário, o caso ao órgão
competente;
II - exercer suas atividades com independência e autonomia, buscando estabelecer canais de
comunicação de forma aberta, honesta e objetiva, procurando sempre facilitar e agilizar a
resposta às reclamações apresentadas;
III - publicar no DOM, mensalmente, balanço das reclamações recebidas.
Parágrafo único - Será criado, junto à Ouvidoria, o Conselho Municipal de Segurança e Cidadania
composto por representantes da sociedade civil organizada, sem remuneração, e sua
regulamentação será feita por decreto.
Art. 229 - O porte de armas pelos ocupantes dos cargos de Guarda Municipal e de Inspetor da
GMBH será autorizada pelos órgãos competentes e obedecerá a critérios e procedimentos
fixados na legislação própria, os quais deverão constar de regulamento específico em âmbito
municipal.
Parágrafo único - Para a utilização de arma por Guarda Municipal ou Inspetor da GMBH, é
indispensável a freqüência e aprovação em curso específico de capacitação e avaliação sócio-
psicológica, conforme previsto em legislação específica.
Art. 230 - O Executivo buscará a cooperação com outras esferas de governo, visando a
compartilhar institucionalmente informações relevantes à segurança pública, bem como para
343
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
dotar o Município dos instrumentos necessários para interagir, de forma suplementar, na área de
segurança pública.
Art. 231 - A Guarda Municipal de Belo Horizonte terá a sua implantação gradativa, assegurando-
se o treinamento e qualificação dos seus profissionais.
Art. 232 - A partir de 19 de janeiro de 2006, fica prorrogada por mais 36 (trinta e seis) meses ou
até o provimento integral do quantitativo do cargo público efetivo de Guarda Municipal, previsto
no Anexo Único desta Lei, a contratação temporária por excepcional interesse público de até 500
(quinhentos) trabalhadores para o exercício das funções específicas do referido cargo.
Art. 234 - Ficam alteradas as denominações dos órgãos e cargos, que compõem a estrutura da
Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial de Belo Horizonte, previstos na Lei nº
9.011/05, nos seguintes termos:
I - Guarda Municipal Patrimonial para Guarda Municipal de Belo Horizonte;
II - Corregedoria da Guarda Municipal Patrimonial para Corregedoria da Guarda Municipal de
Belo Horizonte;
Parágrafo único - Fica alterada, ainda, a denominação do cargo de Ouvidor da Guarda Municipal
Patrimonial para Ouvidor da Guarda Municipal de Belo Horizonte.
Art. 235 - Ficam criados os seguintes cargos públicos comissionados, passando o Anexo I da
Lei n° 9.011/05 a vigorar acrescido desses cargos:
"ANEXO I
QUADRO DE CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO DA ADMINISTRAÇÃO
DIRETA DO PODER EXECUTIVO E DE CORRELAÇÃO COM OS CARGOS
ANTERIORES
(...)
Art. 236 - Fica o Poder Executivo autorizado a abrir créditos adicionais ao orçamento vigente no
valor de R$17.550.805,00 (dezessete milhões, quinhentos e cinqüenta mil, oitocentos e cinco
reais), para atender ao disposto nesta Lei, podendo ser reaberto no exercício financeiro seguinte,
no limite de seus saldos, nos termos dos arts 40 a 43, 45 e 46 da Lei Federal nº 4.320, de
17/03/1964.
Art. 237 - Ficam revogadas as leis nºs 8.486, de 20 de janeiro de 2003, e 8.794, de 2 de abril de
2004, o art. 50 da Lei nº 9.154, de 12 de janeiro de 2006, e o art. 41 da Lei nº 9.155, de 12 de
janeiro de 2006.
344
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Art. 238 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, ressalvados o caput e os parágrafos
1º e 2º do art. 53, que retroagem seus efeitos a 1º de junho de 2006.
ANEXO ÚNICO
QUADRO QUANTITATIVO DE CARGOS DE GUARDA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE E
DE INSPETOR DA GUARDA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE
345
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Geografia
Belo Horizonte é a capital do segundo estado mais populoso do Brasil, Minas Gerais,
situando-se próximo ao paralelo 19º49'01'' sul e do meridiano 43º57'21'' oeste. A área real do
município é controversa, e varia conforme a fonte de dados. A própria Prefeitura informa 331 km²
e o Itamaraty indica 335 km². Já o IBGE refere uma área de 331,401 km² Suas cidades limítrofes
são Nova Lima e Brumadinho a sul; Sabará e Santa Luzia a leste; Santa Luzia e Vespasiano a
norte; e Ribeirão das Neves, Contagem e Ibirité a oeste.
De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde
2017, o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata de Belo Horizonte.
Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, o município fazia parte
da microrregião de Belo Horizonte, que por sua vez estava incluída na mesorregião Metropolitana
de Belo Horizonte.
O intenso processo de conurbação atualmente em curso na chamada Grande BH vem
criando uma metrópole cujo centro está em Belo Horizonte e atinge os municípios de Contagem,
Betim, Nova Lima, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Ibirité, Vespasiano e Sabará. A Região
Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) foi criada no ano de 1973 e atualmente é constituída
346
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
por 34 municípios, sendo atualmente a terceira maior aglomeração urbana do Brasil, atrás
apenas das de São Paulo e Rio de Janeiro; o 62º maior aglomerado urbano do mundo e o sétimo
da América Latina (atrás da Cidade do México, São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Bogotá
e Lima). Seu Produto Interno Bruto (PIB) somava em 2005 cerca de 62,3 bilhões de reais, dos
quais aproximadamente 45% pertenciam ao município de Belo Horizonte.
Geologia e hidrografia
Belo Horizonte está em uma região de contato entre séries geológicas diferentes do
proterozoico, compostas de rochas cristalinas, o que dá ao território paisagens diferenciadas.
Insere-se na grande unidade geológica conhecida como cráton do São Francisco, referente ao
extenso núcleo crustal do centro-leste do Brasil, estável tectonicamente no final do
paleoproterozoico e margeando áreas que sofreram regeneração no neoproterozoico.
Predominam as rochas arqueanas integrantes do Complexo Belo Horizonte e sequências
supracrustais do período paleoproterozoico. O domínio do Complexo Belo Horizonte integra a
unidade geomorfológica denominada Depressão de Belo Horizonte, que representa cerca de
70% do território da capital mineira e tem sua área de maior expressão ao norte da calha do
Ribeirão Arrudas. O domínio das sequências metassedimentares tem sua área de ocorrência a
sul da calha do Ribeirão Arrudas, constituindo cerca de 30% do território de Belo Horizonte. As
características deste domínio são as diversidades litológicas e o relevo acidentado que encontra
expressão máxima na Serra do Curral, limite sul do município. Engloba uma sucessão de
camadas de rochas de composição variada, representada por itabiritos, dolomitos, quartzitos,
filitos e xistos diversos, de direção geral nordeste-sudeste e mergulho para o sudeste. As serras
de Belo Horizonte são ramificações da Cordilheira do Espinhaço e pertencem ao grupo da Serra
do Itacolomi. Contornando o município estão as Serras de Jatobá, José Vieira, Mutuca, Taquaril
e Curral. O ponto culminante do município encontra-se na Serra do Curral, atingindo 1 538
metros. A sede da capital mineira encontra-se a 852,19 metros de altitude. A maior área está
entre 751 e 1 000 metros, de norte para sudoeste. As menores altitudes ocorrem a nordeste,
entre 650 e 750 metros; as maiores, nos limites a sul e sudeste, entre 1 001 e 1 150 metros nas
encostas, podendo atingir 1 500 metros, no topo da Serra do Curral.
Localizada na Bacia do São Francisco, Belo Horizonte não é banhada por nenhum
grande rio, mas por seu solo passam ribeirões e vários córregos, em sua maioria canalizados. A
capital é atendida por duas sub-bacias, do Ribeirão Arrudas e do Ribeirão da Onça, afluentes do
Rio das Velhas. O Ribeirão Arrudas atravessa a cidade de oeste para leste. Mais ao norte,
integrando a bacia do Onça, corre o Ribeirão Pampulha, represado para formar o reservatório
de igual nome, um dos recantos de turismo e lazer da cidade. O Ribeirão Arrudas deságua no
município de Sabará e o Ribeirão da Onça no município de Santa Luzia, ambos no Rio das
Velhas. Os trajetos dos córregos e ribeirões não foram utilizados como referências naturais na
composição do traçado da área urbana planejada inicialmente, embora estivessem à vista em
vários trechos da cidade em seus primeiros anos. Todos eles seriam progressivamente
canalizados em seus percursos dentro do perímetro da Avenida do Contorno.
Clima
O clima de Belo Horizonte é classificado como fronteiriço entre o tropical com estação
seca (Aw, segundo Köppen) e o tropical de altitude (ou subtropical úmido —- Cwa), com verões
moderadamente quentes e úmidos e invernos secos e agradáveis. A temperatura é amena
durante o ano, com médias variando de 19 °C a 24 °C, sendo a média compensada anual de 22
°C (normal climatológica de 1981-2010). O efeito da urbanização tem provocado o surgimento
de ilhas de calor e alterações na circulação das massas de ar frio, que, durante o inverno, têm
sido fortemente bloqueadas pela alta pressão da massa de ar seco, predominante nessa época
do ano.
As precipitações ocorrem sob a forma de chuva e, em algumas ocasiões, de granizo,
podendo serem de forte intensidade e ainda virem acompanhadas de raios e trovoadas. O índice
pluviométrico é de cerca de 1 600 milímetros anuais (mm), sendo mais frequentes de outubro a
347
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
março. Em algumas tardes a umidade do ar fica baixa, podendo ficar abaixo de 30% durante a
tarde, especialmente no período da estação seca, bem abaixo do estabelecido pela Organização
Mundial da Saúde, que é de 60%.
Estudos realizados pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostram que,
em um século, a média desse índice diminuiu 9,56% e a temperatura média da cidade subiu 1,5
°C. A Serra do Curral protege Belo Horizonte dos ventos mais fortes, mesmo assim podem
ocorrer episódios de forte ventania, com rajadas próximas aos 100 km/h.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de
1961 a 1979, 1981 a 1983 e a partir de 1986, a menor temperatura registrada em Belo Horizonte
(na estação convencional do bairro Santo Agostinho) foi de 3,1 °C em 1 de junho de 1979, e a
maior atingiu 37,4 °C em 22 de outubro de 2015. O maior acumulado de precipitação em 24
horas foi de 164,2 mm em 14 de fevereiro de 1978. Outros grandes acumulados foram 158,8 mm
em 18 de dezembro de 2000, 156,3 mm em 30 de novembro de 2006, 147,4 mm em 4 de janeiro
de 1997, 138,7 mm em 14 de dezembro de 1995, 130,6 mm em 12 de dezembro de 1992, 124,9
mm em 11 de janeiro de 1962, 116,9 mm em 2 de fevereiro de 1966, 112,6 mm em 3 de janeiro
de 1982, 111,4 mm em 21 de janeiro de 2013, 109,6 mm nos dias 14 de janeiro de 1964 e 5 de
março de 1989, 109,2 mm em 3 de janeiro de 1997, 108,6 mm em 25 de dezembro de 1969,
108,1 mm em 17 de janeiro de 2016 e 102,8 mm em 17 de março de 2009. O maior acumulado
mensal foi de 781,6 mm em janeiro de 2003. O menor índice de umidade relativa do ar foi
registrado em 12 de outubro de 2014, de 10%.
Atualmente Belo Horizonte preserva pouco de sua vegetação original e, como ocorre em
toda a região metropolitana, grande parte dos ambientes naturais foram extensamente
modificados pelo homem. Com o desenvolvimento industrial, também houve uma grande piora
na qualidade do ar nos últimos anos. A Região Metropolitana de Belo Horizonte é a que mais
emite ozônio no Brasil, segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Enquanto o padrão do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) é de
emissão de 160 mg/m³ por ano, o da capital mineira é de 300 mg/m³, ganhando até mesmo de
São Paulo, com 279 mg/m³. O desmatamento muito está colaborando com a destruição da Mata
Atlântica de Belo Horizonte, bioma onde a cidade está localizada. Entretanto há bastantes
parques, áreas preservadas e reservas naturais. A capital mineira possui o dobro do
recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de áreas verdes.
Belo Horizonte é uma das capitais mais arborizadas do país, sendo este um dos motivos
de ter recebido o título de "Cidade Jardim". São aproximadamente 560 mil árvores – número que
sobe para 2 milhões, quando considerados os parques e áreas de preservação. Aos 27 parques
acrescentam-se cerca de 500 praças e diversas áreas verdes. O percentual de áreas verdes por
habitante também está acima do recomendado pela OMS. O Parque Municipal Américo Renné
Giannetti é o mais antigo jardim público da cidade, inspirado nos parques franceses construídos
durante a Belle Époque. Foi inaugurado em 1897, no terreno da antiga Chácara do Sapo, que
pertencia a Aarão Reis, engenheiro responsável pelo planejamento de Belo Horizonte. São 50
espécies de árvores, emolduradas pelos arranha-céus do centro. Abriga ainda o orquidário
municipal. O Parque das Mangabeiras, na Serra do Curral, é a maior área verde de cidade e um
dos maiores parques urbanos da América Latina, possuindo 2,3 milhões de metros quadrados.
O Parque Ecológico Promotor Francisco Lins do Rego, ou Parque Ecológico da Pampulha, está
localizado na Ilha da Ressaca, na Lagoa da Pampulha. Ocupa uma área de 300 mil metros
quadrados, sendo umas das maiores áreas verdes da capital. O Parque do Museu de História
Natural da Universidade Federal de Minas Gerais foi criado em 1968. Ocupa uma área de 600
mil metros quadrados e possui vários exemplares da flora (pau-brasil, sapucaia, barriguda) e
fauna (mico-estrela, macaco-prego, saracura, jacu) nacionais originais da Mata Atlântica
regional, que podem ser observados nas trilhas.
Muitos destes parques são de responsabilidade do governo municipal. A Prefeitura de
Belo Horizonte criou em 1983 a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com atribuições relativas
à gestão da política ambiental do município, onde estão incluídas as funções de licenciamento,
348
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Demografia
A população do município em 2010, de acordo com o IBGE, era de 2 375 151 habitantes,
sendo o município mais populoso de Minas Gerais e o sexto do Brasil, atrás de São Paulo, Rio
de Janeiro, Salvador, Fortaleza e, mais recentemente, Brasília, apresentando uma densidade
demográfica de 7 167,02 hab./km² e uma taxa de urbanização de 100%. Isso não se deve à área
do município, mas à saturação das áreas disponíveis, o que tem incentivado fortemente a
verticalização das construções no município e a especulação imobiliária nas cidades da região
metropolitana mais próximas da capital, como Nova Lima, Santa Luzia e Contagem, entre outras.
Da população total, 1 113 513 habitantes eram do sexo masculino (46,88%) e 1 261 638 do sexo
feminino (53,12%), com uma razão sexual de 88,26. Quanto à faixa etária, 452 963 pessoas
tinham menos de 15 anos (19,07%%), 1 716 194 entre 15 e 64 anos (72,26%) e 205 994
possuíam 65 anos ou mais (8,67%).
O Índice de Desenvolvimento Humano do município é considerado alto, de acordo com
dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Segundo dados do relatório
de 2010, divulgados em 2013, seu valor era de 0,810, sendo o segundo maior de Minas Gerais,
atrás apenas de Nova Lima (0,813), e o vigésimo do Brasil. Considerando-se apenas o índice de
longevidade, seu valor é de 0,856, o valor do índice de renda é de 0,841 e o de educação é de
0,737. A incidência de pobreza, em 2003, era de 5,43% (o índice subjetivo era de 3,64%). De
2000 a 2010, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de até 140 reais reduziu
em 59,3%. Em 2010, 95,6% da população vivia acima da linha de pobreza, 3% encontrava-se
entre as linhas de indigência e de pobreza e 1,4% estava abaixo da linha de pobreza. No mesmo
ano, o índice de Gini era de 0,60 e os 20% mais ricos eram responsáveis por 65% no rendimento
total municipal, valor quase 23 vezes superior à dos 20% mais pobres, que era de 2,85%.
Segundo dados do início da década de 1990, Belo Horizonte possuía 132 favelas, que
ocupavam uma área de 10 046 575 m² e abrigavam uma população de 346 480 habitantes. O
surgimento dessas favelas ocorreu junto com a criação da cidade. Os trabalhadores que foram
para Belo Horizonte com objetivo de construir a cidade moravam precariamente em
acampamentos, canteiros de obras, favelas, vilas e aglomerados. Os operários que não foram
contemplados com lotes, como foram os funcionários públicos e comerciantes daquela época,
organizavam-se naqueles terrenos.
Etnias e migração
Belo Horizonte é uma cidade multirracial, fruto de intensa migração. O seu povoamento
foi efetuado de forma gradual principalmente por migrantes atraídos do interior mineiro, além de
outras regiões de outros estados e imigrantes oriundos de várias partes da Europa. Vieram
brancos, negros e mestiços de diversas origens, o que contribuiu para o equilíbrio entre o número
de pessoas brancas, pardas e pretas. Segundo o censo de 2010 do IBGE, em pesquisa de auto
declaração, dos 2 375 151 habitantes da cidade, existiam 1 101 397 brancos (46,37%), 1 000
021 pardos (42,1%), 243 985 pretos (10,27%), 25 606 amarelos (1,08%), 3 958 indígenas
(0,17%) e 184 sem declaração (0,01%).
No mesmo ano, 2 369 063 habitantes eram brasileiros (99,74%), sendo 2 367 032 natos
(99,66%) e 2 030 naturalizados brasileiros (0,08%), e 6 088 eram estrangeiros (0,26%). Em
relação à região de nascimento, 2 286 791 eram nascidos no Região Sudeste (96,28%), 46 870
no Nordeste (1,97%), 9 770 no Centro-Oeste (0,41%), 8 775 no Sul (0,37%) e 5 329 no Norte
(0,22%). 2 226 569 habitantes eram naturais do estado de Minas Gerais (93,74%) e, desse total,
1 584 970 eram nascidos em Belo Horizonte (66,72%). Entre os 148 582 naturais de outras
unidades da federação (33,46%), São Paulo era o estado com maior presença, com 27 322
habitantes residentes (1,15%), seguido pelo Rio de Janeiro, com 18 795 habitantes (0,79%) e
pelo Espírito Santo, com 14 105 residentes (0,59%). Um estudo genético realizado com pessoas
349
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
de Belo Horizonte revelou que a ancestralidade dos belo-horizontinos é 66% europeia, 32%
africana e apenas 2% indígena. O estudou condiz com o passado de ocupação do estado de
Minas Gerais e de sua capital. O estado foi povoado sobretudo no século XVIII, quando houve
uma grande imigração portuguesa para a região. Neste século chegaram ao Brasil
aproximadamente 600 mil portugueses, a esmagadora maioria deles se fixou na região
mineradora. No mesmo período houve um enorme fluxo de escravos de origem africana para as
minas, advindos de Angola ou trazidos da Bahia, estes sendo originários de outra região africana,
a denominada Costa da Mina. Também houve afluxo de pessoas de outras regiões do Brasil,
portanto já miscigenadas entre brancos, negros e índios. Os indígenas de Minas Gerais foram
massacrados durante a colonização, e isso explica porque atualmente os belo-horizontinos
possuem tão baixa ancestralidade indígena. Houve, portanto, grande miscigenação entre
portugueses e africanos, com o predomínio dos primeiros.
Belo Horizonte foi povoada por migrantes oriundos do interior de Minas. O grande afluxo
de colonos portugueses no século XVIII formou o grupo mais importante na formação da
população mineira, inclusive do belo-horizontino, seguido pela contribuição do escravo africano
que foi também bastante grande. No século XIX houve movimentos migratórios de alemães para
Minas Gerais, mas sobretudo de italianos, que eram numerosos em Belo Horizonte. O Anuário
Estatístico do Brasil de 1908-1912 aponta que a população belo-horizontina em 1900 era de
13.472 pessoas, e em 1912 de 38.822 pessoas, sendo que 34.450 brasileiros e 4.372
estrangeiros (Anuário Estatístico de Minas Gerais 1921, 1925). O recenseamento de 1920 conta
50.703 brasileiros e 4.824 estrangeiros como moradores de Belo Horizonte, a maioria deles
italianos.
A população de Belo Horizonte é, portanto, bastante miscigenada, havendo um
predomínio de ancestralidade europeia (66%), principalmente de antigos colonos portugueses
do século XVIII e em menor medida de imigrantes italianos do final do século XIX. Em seguida
vem a contribuição africana (33%), sobretudo do século XVIII quando Minas Gerais tinha a maior
população escrava de todo o Brasil. Por último uma mínima contribuição indígena (2%), como
dos Maxakalí, Krenak, Aranã e Xacriabá, que na região viviam durante o período colonial e foram
exterminados, deixando poucos traços para a população de Belo Horizonte
Religião
De acordo com dados do censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), a população de Belo Horizonte é composta majoritariamente por 1 422 084
católicos (59,87%), 595 244 evangélicos (25,06%), 190 414 pessoas sem religião (8,02%) e 96
639 espíritas (4,07%). Há também 14 944 testemunhas de Jeová (0,63%), 3 352 católicos
apostólicos brasileiros (0,14%), 2 869 esotéricos (0,12%), 2 581 budistas, 2 150 umbandistas
(0,09%), 1 909 espiritualistas (0,08%), 1 717 seguidores de novas religiões orientais (0,07%), 1
567 católicos ortodoxos (0,07%), 1 561 mórmons (0,07%), 1 494 candomblecistas (0,06%), 1 384
judaístas (0,06%), 259 seguidores de tradições indígenas (0,01%), 244 islâmicos (0,01%), 238
hinduístas (0,01%) e 121 pertencentes a outras religiões afro-brasileiras (0,01%). Outros 19 859
pertenciam a outras religiões cristãs (0,84%), 10 639 tinham religião não determinada ou com
múltiplo pertencimento (0,45%), 2 997 não souberam e 730 não declararam.
Igreja Católica Apostólica Romana
A Igreja Católica inclui o território do município de Belo Horizonte e mais 28 municípios
na circunscrição eclesiástica da Arquidiocese de Belo Horizonte. As dioceses sufragâneas da
arquidiocese são Divinópolis, Luz, Oliveira e Sete Lagoas. A sé arquiepiscopal está na Catedral
da Nossa Senhora da Boa Viagem.
A cidade possui algumas igrejas com grande valor artístico, como a Igreja São Francisco
de Assis, na Pampulha. O projeto arquitetônico da igreja é de Oscar Niemeyer e cálculo estrutural
de Joaquim Cardoso. Seu interior abriga a Via Sacra, constituída por catorze painéis de Cândido
Portinari, considerada uma de suas obras mais significativas. Os painéis externos são de
Cândido Portinari (painel figurativo) e de Paulo Werneck (painel abstrato). Os jardins são
assinados por Burle Marx. Alfredo Ceschiatti esculpiu os baixos-relevos em bronze do batistério.
Outros santuários que merecem ser destacados são a Basílica de Nossa Senhora de Lourdes
350
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
com seu estilo neogótico, no bairro de Lourdes, a Igreja São José, no hipercentro e a Igreja São
Judas Tadeu, no bairro da Graça. A Igreja Católica reconhece como padroeira da cidade Nossa
Senhora da Boa Viagem
Política
Subdivisões
O município de Belo Horizonte está dividido em nove administrações regionais (Barreiro,
Centro-Sul, Leste, Nordeste, Noroeste, Norte, Oeste, Pampulha e Venda Nova), cada uma delas,
por sua vez, dividida em vários bairros. Criadas em 1983, a jurisdição das unidades
administrativas regionais leva em conta a posição geográfica e a história de ocupação.
Entretanto, há certos órgãos e instituições (companhias telefônicas, zonas eleitorais, etc.) que
adotam uma divisão diferente da oficial. Cabe às administrações regionais a desconcentração e
descentralização administrativas no âmbito de suas respectivas jurisdições, para atendimento ao
público e manutenção e execução de obras de pequeno porte, além de outras atividades. Os
cargos de direção, assistência e assessoramento da administração regional são providos por
atos do prefeito.
Em 2002 havia cerca de 160 bairros em Belo Horizonte. Segundo o censo de 1991, os
bairros mais populosos da capital mineira eram: Jatobá, localizado na região do Barreiro, com
29 576 habitantes; o São Gabriel, no Nordeste, com 27 980 de habitantes; o Padre Eustáquio,
351
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Noroeste, com 27 980 de habitantes; o Santa Efigênia, Leste, com 27 141 de habitantes; e o Vila
Cafezal, Centro-Sul, com 26 120 habitantes.
Economia
Belo Horizonte é a quarta cidade mais rica do Brasil com 1,54% do PIB nacional, atrás
de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, respectivamente. Segundo dados do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013 seu PIB somou R$ 81.426.708.267,07 o que equivale
a aproximadamente 16,7% de toda produção de bens e serviços do estado. Segundo dados do
IBGE, em 2013, o PIB per capita do município foi de R$ 32 844,41. Em fevereiro de 2014, capital
possui 350.156 de empresas abertas, das quais 332.619 são matrizes e 17.537 são filiais,
configurando o terceiro município com maior número de empresas em atividade no país.
Sua região metropolitana teve o um PIB calculado em R$ 188,54 bilhões em 2013, o que
corresponde a 38,7% de todo o PIB mineiro. Segundo dados do IBGE, a rede urbana de
influência exercida pela cidade no resto do país abrange 9,1% da população e 7,5% do PIB
brasileiro. A influência é percebida em 698 cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e de Minas
Gerais. O município também está entre os sete municípios com a melhor infraestrutura do país.
Posicionada em um eixo logístico do Brasil, é servida por uma malha viária e ferroviária que a
liga aos principais centros e portos do país. Recebe voos nacionais e internacionais pelo
Aeroporto de Confins e voos nacionais e regionais pelo Aeroporto da Pampulha.
Um dos maiores centros financeiros do Brasil, Belo Horizonte é caracterizada pela
predominância do setor terciário em sua economia. Mais de 80% da economia do município se
concentra nos serviços, com destaque para o comércio, serviços financeiros, atividades
imobiliárias e administração pública. Segundo dados do IBGE, em 2006 o setor agropecuário
representou apenas 0,0005% de todas as riquezas produzidas na cidade. De acordo com
estudos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a
taxa de desemprego da capital mineira é a menor entre as capitais do Brasil, sendo o índice de
8,3%
Segurança e criminalidade
Belo Horizonte é a quinta capital estadual mais violenta do país, segundo o estudo "Mapa
da Violência dos municípios brasileiros", publicado pela Rede de Informação Tecnológica Latino
Americana (RITLA), com base nos dados do Ministério da Saúde de 2008. Em 2006, entre as
grandes cidades e capitais brasileiras, Belo Horizonte possuía o quinto maior número absoluto
de homicídios (1 168), somente atrás de São Paulo (2 546), Rio de Janeiro (2 273), Recife (1
375) e Salvador (1 176). A cidade registrou, em 2006, 49,2 casos de homicídios para cada grupo
de 100 mil habitantes, índice acima do verificado em cidades como São Paulo (23,7), Rio de
Janeiro (37,7), Goiânia (36,4), Porto Alegre (36,3), Fortaleza (35,4) ou Brasília (32,1). A cidade
também está entre os locais com mais mortes no trânsito. Em 2006, Belo Horizonte foi a segunda
no número de óbitos por acidentes de transporte, com 704 mortos, atrás somente de São Paulo,
com 1.593.
Segundo o Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), entidade acadêmica parceira do governo na
elaboração de políticas públicas de segurança, os homicídios na cidade têm alta concentração
justamente em seis aglomerados pobres controlados por traficantes: a Pedreira Prado Lopes, as
favelas do Cafezal, Morro das Pedras, Morro do Papagaio, Taquaril e Cabana do Pai Tomás. Do
total de homicídios ocorridos em Belo Horizonte entre janeiro e dezembro de 2002, 36%
aconteceram nessas áreas que, somadas, totalizam 310 mil pessoas, 14% da população e
apenas 4,3% da área da cidade. Em 2003, seis em cada dez assassinatos foram derivados do
uso e tráfico de drogas. Estima-se que 90% dos menores internados em centros de recuperação
de infratores têm algum envolvimento com drogas. Outra pesquisa em 50 escolas estaduais,
municipais e particulares de Belo Horizonte, realizada pelo Crisp, revelou que 51,9% dos alunos
já viram ou ouviram falar de consumo de drogas dentro de suas escolas.
A violência também tem seu custo econômico. O efetivo total da Polícia Militar de Minas
Gerais em 2001 era de 37.635 indivíduos. Desse total, 7.786 pertenciam a batalhões situados
352
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
em Belo Horizonte, isto é, 21% das verbas estaduais destinadas à segurança atenderam à capital
mineira. O gasto total pela Prefeitura no combate à violência atingiu R$ 4,06 milhões em 2000.
Em 1999, Belo Horizonte destinou aproximadamente R$ 835 milhões para o tratamento das
vítimas e prevenção da violência e com gastos indiretos. A soma dos custos endógenos e
exógenos com a violência chegou a 4,1% do PIB do município.
Apesar dos altos níveis de violência verificados em meados dessa década, tem-se
verificado uma queda nesses índices, como o de homicídio. Pode-se atribuir essa queda ao
aumento do investimento público em segurança pública e prevenção de crimes, com a melhoria
na estruturação e entrosamento das polícias, decorrente da metodologia de integração. Por meio
dessa nova metodologia, foi criado o Risp, Região Integrada de Segurança Pública, uma unidade
estratégica integrada pela Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros que articula a
atuação dos órgãos de defesa social num mesmo espaço físico, compartilhando informações e
planejando conjuntamente as ações de combate à criminalidade, respeitadas as funções de cada
uma das corporações. Em dezembro de 2003, foi criada a Guarda Municipal de Belo Horizonte,
que tem entre suas atribuições a proteção de órgãos, entidades e patrimônio da cidade, além da
atuação na fiscalização, controle e orientação do trânsito. Subordinada a uma das secretarias de
governo municipais, é limitada por lei a 3 000 homens. Apesar de serem autorizados a portar
armas de fogo, a Guarda ainda não as utiliza em suas atividades disso, a implantação de
programas de prevenção à criminalidade como o Fica Vivo! nos aglomerados populacionais mais
violentos da cidade e do Disque-Denúncia unificado contribuem para a diminuição dos índices
de criminalidade. Estudos indicam que os índices de criminalidade são fortemente determinados
pela desigualdade de renda e a coesão social em ambientes sociais marcados por altas taxas
de imigração, urbanização e grandes populações.
Transporte
O setor dos transportes é administrado pela Empresa de Transportes e Trânsito de Belo
Horizonte (BHTRANS). O Sistema de Transporte Coletivo de ônibus transporta diariamente cerca
de 1,4 milhão de passageiros e abrange aproximadamente 300 linhas exploradas por 50
empresas, que operam uma frota de 2 874 mil veículos com idade média de 5 anos e 8 meses.
Desde 1995 vem sendo implantado o BHBus (Plano de Reestruturação do Sistema de Transporte
Coletivo de Belo Horizonte), que busca aprimorar o sistema de ônibus no sentido de criar uma
rede de transporte integrada (metrô e ônibus municipais e intermunicipais), que se divide em dois
subsistemas: Tronco-alimentado e Interbairros. O sistema de táxis é considerado o melhor da
América Latina e serve de referência para outros estados brasileiros. Possui uma frota de 6.015
táxis padronizados na cor branca, operada por cerca de 12 mil taxistas.
Para ligações intermunicipais, Belo Horizonte ainda conta com o Terminal Rodoviário
Governador Israel Pinheiro, inaugurado em 9 de março de 1971, além da Estação Central, que
fornece passagens de trem até Vitória, no Espírito Santo, através da Estrada de Ferro Vitória a
Minas (EFVM).
Já o Metrô de Belo Horizonte é operado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos
(CBTU) e possui atualmente 19 estações e 28,2 km de extensão, transportando atualmente 203
mil usuários/dia. A operação comercial do Metrô de Belo Horizonte teve início em 1 de agosto de
1986. No dia 7 de novembro de 2005 foram concluídas as obras da Linha 1 do metrô da cidade.
Em 17 de setembro de 2011, a presidente da república, Dilma Rousseff, liberou as verbas para
extensão até Novo Eldorado, modernização da Linha 1, efetivação de parte das linhas 2 (do
Barreiro ao Calafate) e 3 (da Lagoinha a Savassi), além do Projeto Executivo da expansão até
Betim.
O transporte coletivo de passageiros em vans ou peruas é proibido em Belo Horizonte.
Desde 5 de julho de 2001, a Prefeitura tem o aval da Justiça para barrar os veículos que praticam
o transporte não-regulamentado de passageiros na capital mineira, que chegou a ter três mil
perueiros nas ruas em 2001. Atualmente, estima-se que há apenas 3% de clandestinos
circulando de madrugada e nos fins de semana, nas horas em que a fiscalização não atua e,
geralmente, em carros de passeio.
Metrô de Belo Horizonte.
Aeroporto Internacional de Confins.
353
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Em 2009, a frota de veículos atingiu a marca de quase 1,1 milhão de carros. Diariamente,
o Detran de Minas Gerais tem emplacado cerca de 500 veículos novos. A frota de carros tem
crescido a taxas que variam de 4 a 7% ao ano desde 1999 e esse crescimento só perde para o
número de motos na cidade, que registra um crescimento médio de 11,5% ao ano.
Proporcionalmente, Belo Horizonte tem uma das maiores proporções de veículo por habitante
do país: 1 veículo para cada grupo de 2,4 habitantes (em São Paulo, estima-se um veículo por
1,78 habitante; Brasília tem 1 veículo por 2,4 habitantes e o Rio de Janeiro 1 veículo por 2,9
habitantes). Enquanto os ônibus costumam andar lotados com até cem passageiros, os carros
costumam circular vazios. Na cidade, a taxa média de ocupação é de 1,4 pessoa por carro,
causando congestionamentos de filas de automóveis ocupados somente pelo motorista.
A BHTrans não mede congestionamentos como em São Paulo, mas um reflexo da saturação da
frota pode ser indicado pela velocidade média de tráfego dos ônibus, que, por causa do excesso
de carros, no horário de pico é de 18 km/h no hipercentro, chegando a 8 km/h em determinados
locais. A utilização de bicicletas como meio de transporte também é bastante reduzida. Em BH,
de acordo pesquisa da BHTrans de 2001, são realizados cerca de 4,1 milhões de viagens/dia,
28% das quais nos modos a pé ou de bicicleta.
A Região Metropolitana de Belo Horizonte possui três aeroportos. O Aeroporto de
Confins (Aeroporto Internacional Tancredo Neves), construído na década de 1980, é um dos
mais modernos do Brasil e capaz de receber cinco milhões de passageiros por ano com conforto
e comodidade. Com a conclusão da Linha Verde, a previsão é de que o trajeto do centro de Belo
Horizonte até Confins seja efetuado em 35 minutos. O Aeroporto Industrial de Confins opera
desde agosto de 2006, com a produção voltada para a exportação. O Aeroporto da Pampulha
(Aeroporto Carlos Drummond de Andrade), instalado em uma área de dois milhões de m² na
região da Pampulha, localiza-se distante oito quilômetros do centro da cidade. Opera voos
regionais para o interior do estado e dos estados limítrofes. Há também o Aeroporto Carlos
Prates, que é mais vocacionado para a aviação desportiva, aviação geral de pequeno porte e a
helicópteros, além de ser um polo formador de profissionais da aviação.
Feriados
Em Belo Horizonte, há quatro feriados municipais, definidos pela Lei nº 1.327, de 8 de
fevereiro de 1967, oito feriados nacionais e três pontos facultativos. Os feriados municipais são:
a Sexta-Feira Santa, que ocorre sempre em março ou abril; o Corpus Christi, que sempre é
realizado na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade; e o dia da Imaculada
Conceição, comemorado em 8 de dezembro. De acordo com a lei federal nº 9.093 de 12 de
setembro de 1995, os municípios podem ter no máximo quatro feriados municipais de cunho
religioso, já incluída a Sexta-Feira Santa.
Experiência pioneira no Brasil, o plano urbanístico de Belo Horizonte foi elaborado pela
Comissão Construtora da Nova Capital, chefiada pelo engenheiro Aarão Reis desde sua
instalação, em março de 1894, até maio de 1895, ocasião em que Reis foi substituído pelo
engenheiro Francisco de Paula Bicalho.
A ideia de construir uma nova capital para Minas Gerais remontava à Inconfidência
Mineira; sua retomada nos primeiros anos da República resultava não apenas das limitações
oferecidas pela velha capital Ouro Preto, mas respondia também a demandas colocadas pelo
rearranjo das forças econômicas e políticas do Estado.
A decisão de construir a nova capital no local onde se erguia o Arraial de Belo Horizonte
(anteriormente denominado Curral d'El-Rey) foi embasada por minucioso relatório, também
coordenado por Reis, sobre as condições oferecidas pelas as localidades indicadas: além do
Arraial de Belo Horizonte, pleiteavam tornar-se capital Barbacena, Juiz de Fora, Várzea do
Marçal e Paraúna. Em um estudo inédito no Brasil, em que foi detidamente avaliada a
potencialidade de cada uma dessas localidades em termos de salubridade, facilidades para a
354
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
355
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
população pobre da cidade. Inaugurada com muito ainda por fazer, em 12 de dezembro de 1897,
a cidade só se consolidará algumas décadas depois, num processo marcada por esse
desenvolvimento diferenciado entre a zona compreendida pela Avenida do Contorno e aquela
que lhe era exterior.
Após a inauguração da capital, vários dos engenheiros, arquitetos e projetistas que
participaram da Comissão Construtora estabeleceram-se definitivamente na cidade, como
técnicos do serviço público, autônomos ou professores, a partir da fundação da Escola Livre de
Engenharia (1911). Este enraizamento na nova cidade contribuiu para a vigência dos padrões
urbanísticos e arquitetônicos implantadas pela Comissão Construtora e que só começarão a ser
questionados na década de 30.
Os estudos necessários para a elaboração da planta geral da cidade foram agrupados
em uma publicação intitulada Revista Geral dos Trabalhos, onde também foram anexadas as
plantas e projetos desenvolvidos pela Comissão Construtora da Nova Capital.
356
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Ainda nessa década a Avenida foi regularizada entre a área central e a Avenida Barbacena e no
fim da década regularizada nos bairros de Santa Tereza e Santa Efigênia.
Durante a década de 30 até a sua conclusão já nos anos 40 a Avenida foi aberta e
regularizada em alguns trechos entre o bairro Funcionários e o Barro Preto. Foi nesse trecho que
a Avenida sofreu uma drástica alteração em relação ao seu traçado projetado pela Comissão
Construtora. Como podemos ver na imagem abaixo o trecho compreendido entre a Rua Rio de
Janeiro e a Rua Ouro Preto são na verdade trechos da Avenida Barbacena e Rua Antônio de
Albuquerque, trechos estes que foram incorporados à Avenida do Contorno quando da sua
abertura.
Mas qual teria sido o motivo da mudança de seu traçado? Em minhas pesquisas
relacionadas a esse assunto não encontrei nada que justificasse essa mudança. Fez-se
necessária então a análise das Plantas confeccionadas pela CCNC. Nelas o Córrego do Leitão
tinha, nas proximidades da Fazenda do Leitão uma grande área brejosa e essa área seria
exatamente cortada pela Avenida segundo a Planta de 1895. Como a Comissão Construtora não
executou as obras nessa região ela se tornou posteriormente uma das colônias Agrícolas que
existiram na infante capital de Minas, a Colônia Afonso Pena e mesmo após a sua incorporação
à malha urbana de Belo Horizonte essa região continuou pouco povoada.
Na época em que se resolveu dar continuidade à Avenida do Contorno certamente houve
um estudo da área em que deveria ser aberta a Avenida e acredito que três motivos levaram o
Poder Público a relocar a Avenida suprimindo 12 quarteirões que seriam construídos dentro da
zona urbana e que diminuiu consideravelmente a sua área. O primeiro motivo é o fato de que
seria muito oneroso e dispendioso realizar uma drenagem das áreas brejosas do Leitão, áreas
que até os dias atuais, mesmo estando totalmente ocupadas, saneadas e impermeabilizadas
continuam apresentando sérios problemas nos períodos chuvosos, um retrato do desprezo e
negligência dos órgãos responsáveis ao permitir a ocupação desenfreada nas vertentes do
Córrego, sem levar em consideração a sua topografia além que, se esse trecho tivesse sido
aterrado e nivelado quando da abertura da Avenida Prudente de Morais, na canalização do
Córrego em 1970 os problemas seriam bem menores. O segundo motivo é que nessa época já
existia a Rua Joaquim Murtinho, aberta exatamente no local em que deveria passar a Avenida e
que já contava com diversas casas. Remanejar a população ai residente e alargar a rua
certamente seria mais oneroso para a Prefeitura do que mudar o traçado da Avenida para uma
região ainda desabitada. O terceiro motivo é que já existia uma consciência da necessidade de
preservação da sede da Fazenda do Leitão, ultimo casarão remanescente da Freguesia do
Curral del Rey. A Avenida, se aberta conforme a Planta Cadastral incluiria o casarão dentro dos
limites da Zona Urbana e assim selaria a sua demolição.
Conforme já foi dito foi feita uma grande mudança nos arruamentos dessas Seções, ao
mesmo tempo em que eram realizadas obras de infra-estrutura sanitária no vale do Córrego do
Leitão área de extrema importância para a Prefeitura devido à arrecadação de impostos, entre
outros fatores. Após a relocação da avenida entre as ruas Rio de Janeiro e Ouro Preto ela foi
concluída no inicio dos anos 40 permitindo a expansão de uma área importante da capital,
ocupada a partir da gestão JK pela população de maior poder aquisitivo e proporcionando a
melhoria do acesso a toda a Zona Suburbana da capital.
A Avenida do Contorno é apenas uma das diversas vias que sofreram modificações no
seu traçado original devido às construções irregulares ou por necessidade de se acompanhar
um curso d’água. No caso da Contorno a mudança foi mais drástica, a tal ponto de extinguir
diversos quarteirões da Zona Urbana que na verdade, em relação a arrecadação de impostos e
venda de lotes não fez diferença pois a área suprimida se tornou anos mais tarde uma área nobre
da capital, conservando-se assim até os dias atuais. Ao modificar acertadamente o traçado da
Avenida desviando-se da área brejosa do Córrego do Leitão a Prefeitura evitou um problema que
ainda existe na área no período chuvoso, mas que certamente seria muito mais grave caso a
Avenida tivesse sido aberta segundo o traçado original devido ao grande fluxo de veículos que
passam diariamente pela Avenida.
357
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Avenida Alfredo Balena é uma das avenidas da região Centro Sul de Belo Horizonte. Ela
é considerada a Avenida dos Hospitais, por cortar uma região hospitalar.
O nome da avenida foi escolhido em homenagem ao grande farmacêutico, médico e
humanista ítalo-brasileiro Alfredo Balena, um dos fundadores da Faculdade de Medicina da
UFMG. Antes de mudar de nome, era chamada Avenida Mantiqueira.
358
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
AVENIDA AMAZONAS
A Avenida Amazonas de Belo Horizonte é uma das principais vias da cidade, junto com
a avenida do do Contorno e a Avenida Afonso Pena.
Ela cruza a Avenida Afonso Pena na altura da Praça Sete, passa pela Praça Raul Soares
(trecho no qual nela está localizado o Edifício JK construído no período em que o mesmo
governou a cidade) e rumando para Oeste, cruzando com a Avenida do Contorno e a Avenida
Barbacena, cruzando bairros como Barro Preto, Prado, Barroca, Alto Barroca, Nova Suíça,
Gameleira, Nova Gameleira, dentre outros.
Nela está localizado um grande centro de convenções, o Expominas, os campus I, II E VI
do CEFET-MG e a Transitolândia (5° Batalhão da Polícia Militar), parque educativo que tenta
ensinar crianças e jovens a educação no trânsito. Termina na BR-381, próximo a Contagem.
A Avenida dos Andradas é uma das importantes avenidas de Belo Horizonte. Ela nasce no centro
da cidade e vai até o município de Sabará.
Em 2006 foi construído um boulevard arborizado, sob o ribeirão Arrudas, através das
obras de recuperação do centro da cidade, financiado pela prefeitura e pelo governo estadual,
desde a Alameda Ezequiel Dias até as proximidades da Rodoviária.
A Avenida Augusto de Lima é uma das principais da região central de Belo Horizonte.
Ela passa pela Praça Raul Soares e também leva ao Mercado Central.
A Avenida Getúlio Vargas fica na região Centro Sul de Belo Horizonte, e é responsável
por conectar dois pontos da Avenida do Contorno.
Na Praça da Savassi, ela se encontra com a Avenida Cristóvão Colombo e em seu
cruzamento com a Avenida Afonso Pena está a Praça do ABC.
Denominada originalmente Av. Paraúna, conforme a planta original da cidade, planejada
por Aarão Reis, a avenida passou a se chamar Getúlio Vargas por meio do decreto 0037, de 9 de
novembro de 1938. Ao longo de seus quase dois quilômetros, a avenida abriga importantes
referências da cidade, como a sede do Tribunal Regional do Trabalho, a sede do jornal Estado
de Minas, além de luxuosos restaurantes, bares, lojas e agências bancárias.
Uma das mais tradicionais avenidas do centro de Belo Horizonte leva o nome de Avenida
João Pinheiro, uma homenagem a João Pinheiro da Silva. Originalmente chamado de avenida
Liberdade, o local também recebeu a sugestão de mudança de nome para avenida Marechal
Floriano, o que foi impedido pelo então presidente do Estado, Bias Fortes, durante a
inauguração da cidade, no século XIX.
A avenida João Pinheiro começa na Praça da Liberdade, no bairro Funcionários, e vai até
a Avenida Augusto de Lima, na região Centro-Sul da capital. Ela abriga uma variedade de
atrativos como Arquivo Público Mineiro, Grupo Escolar Afonso Pena, Departamento de Trânsito
359
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
360
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
uma paisagem quase rural. As duas casas mostradas ali permanecem preservadas. Uma delas
é um antiquário e a construção é de 1910, segundo o gerente do estabelecimento, Harley Langa.
O acervo do antiquário é de 100 mil itens, que vão de miudezas até uma imponente cristaleira
Chipandelle, da época da foto. O preço da relíquia: R$ 2,7 mil.
As estradas são de uma época anterior à ditadura do automóvel. Com a massificação do
transporte e a construção de complexos viários, como o da Lagoinha, a função das estradas foi
substituída por avenidas maiores, como a Antônio Carlos, a Pedro II e a Pedro I, que fazem
atualmente a ligação ao Vetor Norte. A Rua Padre Eustáquio, ressalta Borsagli, era chamada de
Estrada de Contagem ou Rua da Contagem e ligava a capital à cidade vizinha. “Na região ficava
a Colônia Agrícola Carlos Prates, que foi anexada à zona chamada de suburbana em 1910”,
detalha Borsagli. Outra antiga estrada que deixou marcas em uma rua do presente é a Estrada
do Matadouro, que tem parte do traçado preservado pela Rua Jacuí. A via era acesso ao
matadouro, localizado onde é o Bairro São Paulo, e ao curtume, no atual Bairro Ipiranga, na
Região Nordeste da capital. Depois, a via seguia até chegar à tricentenária Santa Luzia.
Localizada na Bacia do São Francisco, Belo Horizonte não é banhada por nenhum
grande rio, mas por seu solo passam ribeirões e vários córregos, em sua maioria canalizados. A
capital é atendida por duas sub-bacias, do Ribeirão Arrudas e do Ribeirão da Onça, afluentes do
Rio das Velhas. As duas sub-bacias estão situadas na região do Alto Velhas e abrangem os
municípios de Belo Horizonte e Contagem, que somam uma área de 525,58 km² e localizadas
na margem esquerda do Rio das Velhas. Trata-se da região mais urbanizada da bacia, com uma
população estimada em 2.776.543 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE de 2000.
O Ribeirão Arrudas, atravessa a cidade de oeste para leste. Mais ao norte, integrando a
bacia do Onça corre o Ribeirão Pampulha, represado para formar o reservatório de igual nome,
um dos recantos de turismo e lazer da cidade. O Ribeirão Arrudas deságua no município de
Sabará e o Ribeirão da Onça no município de Santa Luzia, ambos no Rio das Velhas.
Os ribeirões Arrudas e da Onça são responsáveis pela drenagem da maior parte dos
esgotos da Região Metropolitana de Belo Horizonte e sofrem ainda com a diminuição das áreas
de drenagem e ocupação desordenada de encostas e fundos de vale, problemas causados pela
intensa ocupação das áreas dessas sub-bacias. Logo que esses cursos d’água despejam suas
águas no Rio das Velhas, é observada uma acentuada degradação da qualidade do rio.
361
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
pelo lançamento das águas sem tratamento prévio em seus córregos e ribeirões. Isto
desencadeou um longo processo de poluição.
Os trajetos dos córregos e ribeirões não foram utilizados como referências naturais na
composição do traçado da área urbana planejada inicialmente embora estivessem à vista em
vários trechos da cidade em seus primeiros anos. Todos eles seriam progressivamente
canalizados em seus percursos dentro do perímetro da Avenida do Contorno.
Ao longo desse processo, os córregos, primeiro, foram canalizados a céu aberto, sendo
gradativamente cobertos por avenidas sanitárias. Os esgotos seriam despejados nesses cursos
d'água sem nenhum tratamento, transformando definitivamente a paisagem e ocultando a
natureza debaixo da terra. A visualização da passagem dos córregos pela cidade foi sacrificada,
cedendo aos imperativos da necessidade funcional da fluidez e do aumento da largura das ruas
para o tráfego de veículos. Surgiram algumas importantes avenidas, como Avenida Silviano
Brandão (canalização do córrego da Mata), Avenida Dom Pedro II (canalização do Córrego do
Pastinho), Avenida Nossa Senhora do Carmo e Uruguai (canalização do córrego Acaba-Mundo).
Canalização do Ribeirão Arrudas no cruzamento com a Avenida do Contorno, na década
de 1920.
O início da ocupação da Região Metropolitana de Belo Horizonte apresentou um padrão
urbano bastante precário, que trouxe as marcas do improviso, do inacabado e da carência
absoluta, originando um significativo comprometimento imediato do meio ambiente, devido à
devastação da cobertura vegetal, à ocupação de várzeas e à poluição, cada vez maior, das
bacias do Ribeirão Arrudas e do Ribeirão da Onça.
Como na bacia do Arrudas, observou-se o agravamento das condições sanitárias da
bacia do Ribeirão da Onça-Pampulha. Contribuintes do Rio das Velhas, ambas receberam
esgotos domésticos e industriais in natura da região urbana de Belo Horizonte, constituindo-se
no maior poluidor do Rio das Velhas e, por extensão, da bacia do Rio São Francisco.
Um importante fator responsável pela degradação desses cursos d'água é a
aglomeração de indústrias, especialmente as siderúrgicas, que também passaram a lançar os
seus efluentes sem nenhum tratamento prévio nos cursos d'água.
A Estação de Tratamento de Esgoto do Arrudas (ETE Arrudas) foi a primeira de Belo
Horizonte, iniciando suas atividades em outubro de 2001 e está localizada no município de
Sabará. A Estação de Tratamento de Esgoto do Ribeirão da Onça (ETE Onça), localizada no
bairro Ribeiro de Abreu (região norte do município) foi inaugurada em 2006 e tem capacidade
para tratar 1,8 mil litros de esgoto por segundo, o que corresponde a 155 milhões de litros
diariamente. Com as duas ETEs em funcionamento, Belo Horizonte e Contagem têm capacidade
para tratar 100% de seus efluentes.
Sob o ponto de vista da moderna engenharia ambiental e sanitária, a qualidade de vida
na cidade seria mais alcançada se seus cursos d´água tivessem sido conservados naturais e
incorporados à vida urbana com parques lineares e com largas avenidas e bulevares a média
distância de suas margens. Não tendo sido feito este planejamento ambiental, a especulação
imobiliária e a corrida das empreiteiras da construção civil agiram indiscriminadamente.
A Região Metropolitana de Belo Horizonte é cortada por três importantes rodovias federais:
BR-381 a sudoeste, com o nome Rodovia Fernão Dias, dá acesso à cidade de São Paulo,
passando pelo Sul de Minas; a Nordeste, dá acesso ao norte do Espírito Santo, passando pelo
leste de minas, e também é caminho para a região Nordeste do Brasil.
BR-262 a leste, acesso a cidade de Vitória, no Espírito Santo; a Oeste acesso à região do
Triângulo Mineiro e Região Centro Oeste do Brasil
362
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
MG-050 a sudoeste, acesso a região norte do Estado de São Paulo, passando pela região Oeste
de Minas.
Todas essas rodovias são interligadas pelo Anel Rodoviário, que contorna a área central de Belo
Horizonte.
363
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Os próprios municipais
364
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Criada em 2003, a Guarda Municipal de Belo Horizonte é, hoje, exemplo para o resto
do Brasil. a instituição recebeu indicações do Ministério da Justiça para levar a experiência das
ações realizadas em Belo Horizonte para outros municípios do país.
Prevenção
A Guarda Municipal realiza avaliações de segurança nos espaços físicos da Prefeitura.
Todos equipamentos municipais serão avaliados. A análise envolve aspectos relacionados à
segurança do trabalho, prevenção contra incêndio, riscos de desabamento, sinalizações
específicas e condições das estruturas físicas, entre outras situações. Atenção especial está
sendo dada a possíveis focos de dengue, que serão avalia-dos e erradicados.
A segurança do patrimônio público será reforçada com a instalação de câmeras de
vigilância monitoradas. A medida faz parte do projeto sustentador Vigilância Eletrônica,
integrante do programa BH Metas e Resultados.
São desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana e pela Guarda
Municipal projetos que têm como objetivo a formação dos seus agentes, a orientação dos
funcionários públicos e a proteção da população. Um destes projetos é o Escotismo na Guarda
Municipal, que prevê a implantação de grupos escoteiros formados por crianças de 6 a 9 anos
de idade em todas as regionais.
Outro importante projeto é o Educação para Segurança Pessoal, criado para difundir
métodos e técnicas preventivas de segurança individual e coletiva nas unidades municipais. As
ações são realizadas através de palestras e distribuição de cartilhas e exibição de vídeos aos
servidores e usuários nas salas de espera e de atendimento dos centros de saúde, escolas,
restaurantes populares, serviços de atendimento ao consumidor, centros culturais e centros de
convivência.
Grupamento Escolar
Instalação na Guarda Municipal de um grupamento de defesa e proteção da comunidade
escolar, particularmente alunos, docentes e servidores públicos municipais. É a Segurança
Cidadã e Comunitária, através da cooperação e solidariedade entre a GMBH e as escolas
municipais.
Com o objetivo de contribuir para a queda dos indicadores de violência escolar e
proporcionar maior legitimidade à Guarda Municipal. Outra meta é fortalecer a autoridade e a
legitimidade da GMBH entre a comunidade em geral, e a comunidade escolar em particular, e
estimular o protagonismo da GMBH no campo dos direitos da juventude, especialmente na
defesa dos direitos da criança e do adolescente.
Projeto que busca uma maior efetividade das ações protetivas da GMBH, através da
utilização de cães para atuação conjunta com os Guardas Municipais na proteção de servidores,
usuários dos serviços públicos e bens da municipalidade. A utilização de cães abrange o
farejamento de produtos e substâncias tóxicas, bombas e drogas em próprios municipais além
da busca e resgate de pessoas vítimas de deslizamentos, de escombros e desastres naturais,
entre outros.
Objetivo: Utilizar cães na proteção dos servidores, usuários e do patrimônio público municipal.
365
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Banda de Música
Formada por trinta e nove músicos escolhidos entre os membros da corporação, sendo
três cantores, iniciou suas atividades em fevereiro de 2007 com capacitação em aprendizagem
musical e apresentou-se pela primeira vez nas comemorações do aniversário de Belo Horizonte,
em 12 de dezembro do mesmo ano. Desde então a Banda da GMBH fez várias apresentações
em Belo Horizonte e em comemorações em outros municípios propiciando aos guardas
municipais a oportunidade de exercitar suas habilidades artísticas e valorizando a cultura
musical. O repertório é composto por canções nacionais e internacionais visando atender um
público variado. Somente em 2009, foram realizadas 66 apresentações em eventos variados em
creches, hospitais, escolas e praças entre outros.
366
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Ecológico da Pampulha e a Universidade Federal de Minas Gerais. Um dia será pouco para ver
tudo. Aproveite cada minuto para curtir a Pampulha. Vale até investir no aluguel de uma bike pra
dar uma volta.
367
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
368
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
A fundação da capital
Capitão João Leite da Silva Ortiz, fundador de Curral del Rei. Antiga Matriz de Nossa
Senhora da Boa Viagem do Curral. Na imensa faixa de terras ao largo do Rio das Velhas
assenhoradas pelo bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva (mais tarde Anhanguera II), veio seu
primo e futuro genro João Leite da Silva Ortiz à procura de ouro a ocupar em 1701 a Serra dos
Congonhas (mais tarde Serra do Curral) e suas encostas, em que estabeleceu a Fazenda do
Cercado, base do núcleo do Curral del Rei, onde desenvolveu uma pequena plantação e criou
gado, com numerosa escravatura.
O povoamento aos poucos foi se firmando, de forma tal que em 1707 já aparecia citada
em documentos oficiais. Em 1711, a carta de sesmaria é obtida por Ortiz, com a concessão da
área que "começava do pé da Serra do Curral, até a Lagoinha, estrada que vai para os currais
da Bahia, que será uma légua, e da dita estrada correndo para o rio das Velhas três léguas por
encheio".
Ortiz dedicou-se especialmente ao plantio de roças, criação e negociação de gado,
trabalhos de engenho e, provavelmente, a mineração de ouro nos córregos. O progresso da
fazenda atraiu outros moradores e um arraial começou a se formar, tornando-se um dos pontos
de concentração dos rebanhos transitados pelo registro das Abóboras, vindos do sertão da Bahia
e do São Francisco para o abastecimento das zonas auríferas.
Apoiado na pequena lavoura, na criação e comercialização de gado e na fabricação de
farinha, o arraial progrediu. A topografia da região favoreceu o estabelecimento de uma povoação
dada à agricultura e à vida pastoril. Os habitantes deram o nome de Curral del Rei, por causa do
cercado ou curral ali existente, em que se reunia o gado que havia pago as taxas do rei, segundo
a tradição corrente.
O arraial contava com umas 30 ou 40 cafuas cobertas de sapé e pindoba, entre as quais
foi erguida uma capelinha situada à margem do córrego Acaba-Mundo (onde hoje se encontra a
catedral), tendo à frente um cruzeiro e ao lado um rancho de tropas.
Algumas poucas fábricas, ainda primitivas, instalaram-se na região, donde se produzia
algodão e se fundia ferro e bronze. Das pedreiras, extraía-se granito e calcário, e frutas e
madeiras eram comercializadas para outros locais. Das trinta ou quarenta famílias inicialmente
existentes, a população saltou para a marca de 18 mil habitantes.
Em 1750, por ordem da Coroa, foi criado o distrito de Nossa Senhora da Boa Viagem do
Curral, então sede da freguesia do mesmo nome instituída de fato em 1718, por Miguel Garcia
Velho. Elevado à condição de freguesia em 1780, mas ainda subordinado a Sabará, o Curral del
Rei englobava as regiões (ou curatos) de Sete Lagoas, Contagem, Santa Quitéria (Esmeraldas),
Buritis, Capela Nova do Betim, Piedade do Paraopeba, Brumado, Itatiaiuçu, Morro de Mateus
Leme, Neves, Aranha e Rio Manso.
Com a extinção dos curatos, a jurisdição do Curral del Rei viu-se novamente reduzida ao
primeiro arraial, com sua população de 2.500 habitantes, que chegou a 4.000 moradores já ao
fim do século XIX.
Está situada em campos amenos na extensa planície de sua serra de onde emanam
imensas fontes de cristalinas e saborosas águas; o clima da região e temperado; está circulada
de pedras e mais materiais onde se podem fazer soberbos edifícios; a natureza criou este lugar
para sua formosa e linda cidade, si algum dia for auxiliada esta lembrança.
O Arraial de Curral del Rei (1896).Porém, enquanto Vila Rica, Sabará, Serro Frio e outros
núcleos mineradores se constituíam em centros populosos e ricos, Curral Del Rei e sua vocação
para o comércio do gado sertanejo estacionou em seu desenvolvimento, não oferecendo lucro
que fixasse ao solo uma população como a de outros lugares. O apogeu de Ouro Preto perdurou
369
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
até o fim do século XVIII, quando as jazidas se esgotaram e o ciclo do ouro deu lugar à pecuária
e agricultura, criando novos núcleos regionais e inaugurando uma nova identidade estadual.
A região de montanhas negras que vai de Ouro Preto à região do Curral del Rei, com
uma área de aproximadamente 7.160 km² e reservas próximas a 29 bilhões de toneladas de
minério de ferro, formam o local conhecido como Quadrilátero Ferrífero. Para entrar na era que
então se anunciava, deixando para trás o passado monárquico, os sócios do Clube Republicano
do arraial propuseram a mudança de seu nome para Belo Horizonte. Assim, em 1890, o arraial
do município de Sabará tornou-se Belo Horizonte.
A então capital de Minas Gerais, a cidade de Ouro Preto, não apresentava alternativas
viáveis ao desenvolvimento físico urbano, o que gerou a necessidade da transferência da capital
para outra localidade. Com a República e a descentralização federal, as capitais tiveram maior
relevo: ganhava vigor a ideia de mudança da sede do governo mineiro, pois a antiga Ouro Preto
era travada pela topografia.
Comissão Construtora no campo de obras. O governador Augusto de Lima encaminhou
ao Congresso Mineiro a questão, que reunido em Barbacena, em sessão de 17 de dezembro de
1893, indicou pela lei n. 3, adicional à Constituição Estadual, a disposição de que a mudança da
capital ocorresse para local que reunisse as condições ideais.
Cinco localidades foram sugeridas: Juiz de Fora, Barbacena, Paraúna, Várzea do Marçal
e Belo Horizonte. A comissão técnica, chefiada pelo engenheiro Aarão Reis, julgou em igualdade
de condições Belo Horizonte e Várzea do Marçal, decidindo-se ao final pela última localidade.
Voltou o Congresso a se pronunciar, e depois de novos e extensivos debates, institui-se que a
capital fosse construída nas terras do arraial de Belo Horizonte.
Inauguração de Belo Horizonte, em 12 de dezembro de 1897.O local escolhido oferecia
condições ideais: estava no centro da unidade federativa, a 100 km de Ouro Preto, o que muito
facilitava a mudança; acessível por todos os lados embora circundado de montanhas; rico em
cursos d'água; possuidor de um clima ameno, numa altitude de 800 metros.
A área destinada à nova capital parecia um grande anfiteatro entre as Serras do Curral
e de Contagem, contando com excelentes condições climatológicas, protegida dos ventos frios
e úmidos do sul e dos ventos quentes do norte, e arejada pelas correntes amenas do oriente que
vinham da serra da Piedade ou das brisas férteis do oeste que vinham do vale do Rio Paraopeba.
Era um grande vale cercado por rochas variadas e dobradas, com longa e perturbada
história geológica, solos rasos, pouco desenvolvidos, de várias cores, às vezes arenosos e
argilosos, com idade aproximada de 1 bilhão e 650 milhões de anos.
Em 1893, o arraial foi elevado à categoria de município e capital de Minas Gerais, sob a
denominação de Cidade de Minas. Em 1894, foi desmembrado do município de Sabará. No
mesmo ano, os trabalhos de construção foram iniciados pela Comissão Construtora da Nova
Capital, chefiada por Aarão Reis, com o prazo de 5 anos para o término dos trabalhos.
Em maio de 1895, Aarão Reis foi substituído pelo engenheiro Francisco de Paula
Bicalho. Ao 12 de dezembro de 1897, em ato público solene, o então presidente de Minas,
Crispim Jacques Bias Fortes, inaugurou a nova capital. A cidade, que já contava com 10 mil
habitantes em sua inauguração, custou aos cofres estaduais a importância de 36 mil contos de
réis. Em 1901, a Cidade de Minas teve seu nome modificado para o atual, em virtude da
dualidade de nomes, já que o distrito e a comarca se chamavam Belo Horizonte.
Projetada pelo engenheiro Aarão Reis entre 1894 e 1897, Belo Horizonte foi a primeira
cidade brasileira moderna planejada. Elementos chaves do seu traçado incluem uma malha
perpendicular de ruas cortadas por avenidas em diagonal, quarteirões de dimensões regulares
e uma avenida em torno de seu perímetro, a Avenida do Contorno.
Trecho do relatório escrito por Aarão Reis, engenheiro-chefe da Comissão Construtora
da Nova Capital, sobre a planta definitiva de Belo Horizonte, aprovada pelo Decreto nº 817 de
15 de abril de 1895:
Foi organizada, a planta geral da futura cidade dispondo-se na parte central, no local do
atual arraial, a área urbana, de 8.815.382 m², dividida em quarteirões de 120 m x 120 m pelas
370
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
ruas, largas e bem orientadas, que se cruzam em ângulos retos, e por algumas avenidas que as
cortam em ângulos de 45º.
Às ruas fiz dar a largura de 20 metros, necessária para a conveniente arborização, a livre
circulação dos veículos, o trafego dos carros e trabalhos da colocação e reparações das
canalizações subterrâneas. Às avenidas fixei a largura de 35 metros, suficiente para dar-lhes a
beleza e o conforto que deverão, de futuro, proporcionar à população (…)''
Planta geral da cidade de Belo Horizonte (1895). Entretanto, Aarão Reis não queria a
cidade como um sistema que se expandiria indefinidamente. Entre a paisagem urbana e a natural
foi prevista uma zona suburbana de transição, mais solta, que articulava os dois setores através
de um bulevar circundante, a Avenida do Contorno, bastante flexível e que se integrava
perfeitamente na composição essencial.
A concepção do plano fundia as tradições urbanísticas americanas e europeias do século
XIX. O tabuleiro de xadrez da primeira era corrigido por meio das amplas artérias oblíquas, e
espaços vazios, uma preocupação constante com as perspectivas monumentais que provinha
do Velho Mundo, com marcadas influências de Haussmann.
Belo Horizonte surgia como uma tentativa de síntese urbana no final do século XIX. O
objetivo de se criar uma das maiores cidades brasileiras do século XX era atingido. Porém, o
plano de Belo Horizonte pertencia a sua época, seu conceito estava embasado em fundamentos
do século anterior.
O projeto da cidade foi inspirado no modelo das mais modernas cidades do mundo, como
Paris e Washington. Os planos revelavam algumas preocupações básicas, como as condições
de higiene e circulação humana. A cidade foi dividida em três principais zonas: a área central
urbana, a área suburbana e a área rural.
Praça Sete e Avenida Afonso Pena. A área central urbana receberia toda a estrutura
urbana de transportes, educação, saneamento e assistência médica, e abrigaria os edifícios
públicos dos funcionários estaduais. Ali também deveriam se instalar os estabelecimentos
comerciais. Seu limite era a Avenida do Contorno, que à época se chamava 17 de Dezembro.
A região suburbana, formada por ruas irregulares, deveria ser ocupada mais tarde e não
recebeu de imediato a infraestrutura urbana. A área rural seria composta por cinco colônias
agrícolas com inúmeras chácaras e funcionaria como um cinturão verde, abastecendo a cidade
com produtos hortigranjeiros.
Para a concretização do projeto, o arraial de Curral del Rei foi completamente destruído,
com a transferência de seus habitantes para outro local. Sem condições de adquirir os terrenos
valorizados da área central, os antigos moradores foram empurrados para fora da cidade,
principalmente para Venda Nova.
Acreditava-se que os problemas sociais seriam evitados com a retirada dos operários
após a conclusão das obras, o que na prática não ocorreu. A cidade foi inaugurada às pressas,
ainda inacabada. Os operários, em meio às obras, não foram retirados e, sem lugar para ficar,
formaram favelas na periferia da cidade juntamente com os antigos moradores do Curral del Rei.
Comissão Construtora da Nova Capital. A inauguração da cidade encerrava um período
mais do que iniciava outro. Mostrava preocupações com a pesquisa urbanística, arquitetônica e
construtiva bastante excepcionais para a sua época. Sem dúvida indicou uma tendência
promissora para o urbanismo no Brasil.
As novas construções se opunham ao barroco colonial, tentando apagar as lembranças
do passado. O Brasil independente buscava seu estilo no ecletismo desse tempo. Os primeiros
conjuntos urbanos se definiam. A Praça da Liberdade aparecia como grande paço municipal,
com as Secretarias de Estado e o Palácio do Governo.
O Parque Municipal, embora com seu traçado inicial modificado, se implantava no local
previsto. A Praça da Estação, a Avenida Santos Dumont, a Rua da Bahia e a Avenida Afonso
Pena faziam parte de diversas imagens de época que contavam a trajetória da cidade.
A expansão urbana extrapolou em muito o plano original. Quando foi iniciada sua
construção, os idealizadores do projeto previram que a cidade alcançaria a marca de 100 mil
habitantes apenas quando completasse 100 anos. Em 1997, ano do centenário, a cidade possuía
mais de 2 milhões de pessoas. Essa falta de visão se repetiu em toda a história da cidade, que
jamais teve um planejamento consistente que previsse os desafios da grande metrópole que se
tornaria.
371
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
A expansão
A nova capital foi o maior problema do governo do Estado no início do regime: construída
após vencer muitos obstáculos, ela permaneceu em relativa estagnação devido à crise
financeira. Ligações ferroviárias com o sertão e o Rio de Janeiro puseram a cidade em
comunicação com o interior e a capital do país. O desenvolvimento foi mínimo até 1922.
Pelas proclamadas virtudes de seu clima, a cidade tornou-se atrativa, especialmente
para o tratamento da tuberculose: multiplicaram-se os hospitais, pensões e hotéis, mas até 1930
exerceu função quase estritamente administrativa.
Foi também na década de 1920 que surgiu em Belo Horizonte a geração de escritores
de raro brilho que iria se destacar no cenário nacional. Carlos Drummond de Andrade, Ciro dos
Anjos, Pedro Nava, Alberto Campos, Emílio Moura, João Alphonsus, Milton Campos, Belmiro
Braga e Abgar Renault se encontravam no Bar do Ponto, na Confeitaria Estrela ou no Trianon
para produzir os textos que revolucionaram a literatura brasileira.
Nos anos 1930, Belo Horizonte se consolidava como capital, não isenta de críticas e de
louvores. Deixava de ser uma teoria urbanística para ser uma conquista humana, algo para ser
não somente visto, mas para ser vivido também. Nesta época o município já contava com
120.000 habitantes e passava por problemas de ocupação, gerando uma crise de carência de
serviços públicos. Necessitava de um novo planejamento para que se recuperasse a cidade
moderna.
Praça Raul Soares em meados da década de 1930. As construções que mais marcaram
este período são o Cine Brasil, de 1931; o Edifício Chagas Dória, de 1934, do arquiteto Alfredo
Marestrof; o Edifício Ibaté, de 1935, de Ângelo Murgel; o Edifício Sulacap, de 1941, de Roberto
Capello, com sua interessante articulação com o Viaduto de Santa Teresa; o Edifício Acaiaca,
de 1943, de Luís Pinto Coelho; a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, de 1935; o Hospital da
Santa Casa, de 1946, e o Edifício do Banco do Brasil, de 1942, ambos de Raffaelo Berti.
Estas obras representavam um primeiro momento do modernismo na cidade.
Abandonava-se o ecletismo dos anos 1920 em função de um racionalismo temperado com
elementos da art-déco, da Bauhaus, ou mesmo elementos decorativos de origem indígena, como
no Edifício Acaiaca. Contraditoriamente, Ouro Preto, a cidade espontânea, apresentava
contínuos urbanos muito bem definidos, e Belo Horizonte, a cidade planejada, se articulava
através de seus volumes soltos.
No início da década de 1940, a cidade dobrou sua população, bem mais do que o previsto
pela Comissão Construtora e passou por uma grande modernização. Consolidava-se a
verticalização de sua área central. Esboçavam-se planos diretores no sentido de reorganizar a
expansão da cidade. Abriam-se novas avenidas de fundo de vale. Tentava-se cadastrar a cidade.
Reconhecia-se a crise habitacional como grave problema social.
A década de 1940 trouxe o avanço da industrialização, além da criação do Complexo
Arquitetônico da Pampulha, inaugurado em 1943 por encomenda do então prefeito Juscelino
Kubitschek.
O conjunto da Pampulha reuniu os maiores nomes do modernismo brasileiro, com
projetos de Oscar Niemeyer, pinturas de Portinari, esculturas de Alfredo Ceschiatti e jardins de
Roberto Burle Marx. Ao mesmo tempo, o arquiteto Sílvio de Vasconcelos também criou muitas
construções de inspiração modernista, notadamente as casas do bairro Cidade Jardim, que
ajudaram a definir a fisionomia da cidade.
Na década de 1950, a população da cidade dobrou novamente, passando de 350 mil
para 700 mil habitantes. Como resposta ao crescimento desordenado da cidade, o prefeito
Américo René Gianetti deu início à elaboração de um Plano Diretor para Belo Horizonte.
372
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
373
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
nova sede do Estado mineiro. Nesse clima de otimismo, com a ideia de progresso associada às
inovações no campo jurídico, Belo Horizonte representou os interesses de um grupo “mudantista”
que, desde 1821, discutia a insuficiência de Ouro Preto3 e apontava a necessidade da mudança
para uma cidade que se adequasse ao crescimento em importância da capital mineira (riqueza
e território).
A proposta de mudança da capital mineira já aparecia nos programas dos conjurados
mineiros em 1789, assentada na proposta de implantação do regime republicano no país.
Naquele momento, segundo as aspirações dos inconfidentes, a nova capital deveria ser São
João Del Rey aponta as causas da mudança tardia como relacionadas ao contexto monárquico,
considerado centralizador “[...] de vontades, de pensar e de poder”. Com a proclamação da
República, novos debates nas tribunas e na imprensa colocaram como questão central e
revigorada a mudança de capital, dando início ao processo que culminou com a construção de
Belo Horizonte (antigo Curral Del Rey), inaugurada em 1897. Em Minas, a mudança da capital
tornou-se um projeto político com a meta de reordenamento do estado para permitir o
desenvolvimento econômico
A proclamação da república no Brasil não significou grandes transformações na
organização do estado. Constitui uma mudança política negociado resultado da aliança entre
civis e militares. É importante no contexto de construção da nação que vai se pautar pela busca
de um modelo político que proporcionasse o fortalecimento do Estado Nacional. Em Minas, Belo
Horizonte vai simbolizar a capital da república (como a noiva para a república na análise de Ciro
Bandeira de Mello), constituída sob os novos ventos nacionalizantes, porém política e
estruturalmente complexas. A autorização para a transferência da capital veio com o art. 2º, do
Decreto n. 7, em 20 de novembro de 1889. A permissão da mudança de capital em qualquer
estado brasileiro tinha como objetivo a criação de um instrumento legal aos governadores para
ação em caso de resistência ao novo regime. Em Minas Gerais não ocorreu uma resistência,
porém, com a abertura legal, consagra o ideal de mudança que já se apresentava desde o século
XVIII.
Mudar a capital, entretanto, significava, na gestão pública, uma promoção de esforços
e investimentos que acabariam por fortalecer a autonomia provincial. Belo Horizonte apresentou
uma exaltação da ordem, nos espaços e na administração como discutiremos aqui, que lhe
consagraria o novo status de suficiência/autonomia/independência defendido na escolha de um
sistema federativo para a República brasileira.
As bases republicanas brasileiras se estabelecem no manifesto republicano de 1870, em que
expõem no discurso brasileiro: a defesa da laicização do Estado como ideal do exercício da
participação, da liberdade e da igualdade; a afirmação do pacto entre cidadãos e a constituição
de uma sociedade civil organizada; a crítica ostensivamente à monarquia como símbolo da
miséria e da opressão; tradução de certa confusão entre a monarquia e a pessoa do imperador,
em especial à princesa Isabel.
Já em Minas, a adesão republicana se dá tardiamente com o Manifesto dos
Republicanos Mineiros (1888), que refletia o teor geral das campanhas que os partidos
republicanos já desenvolviam. É significativo o diminuto entusiasmo e apoio na campanha
republicana em Minas, assim como, também aqui, não houve discussão acerca da forma
republicana que seria adotada quando o movimento saísse vitorioso (dividida em unitária ou
federativa), a principal questão que unia os republicanos mineiros era a campanha de oposição
ao abolicionismo e a consequente eliminação da monarquia no país.
A escolha do sistema federativo, sob a influência do modelo de República dos Estados
Unidos, impunha a ordenação dos conflitos provinciais que se manifestaram em momentos de
crise da unidade brasileira, como durante as lutas internas após a emancipação e nas revoltas
regenciais. Adotar o modelo federativo significava a valorização da autonomia dos Estados,
porém, na prática, significava a conciliação, por meio dos ajustes, dos interesses das elites do
país para que o fim da monarquia se concretizasse. É importante destacar que a cidade de Belo
Horizonte vai estabelecer essa nova ordem federativa na distribuição espacial dos prédios e das
secretarias, representando simbolicamente a autonomia dos poderes e a relação orgânica com
a administração estadual. Na prática significou uma ameaça já que estabelecia o poder
descentralizado, mas que, em Minas, significou a reafirmação de um discurso de
conciliação da nossa elite política. Quando implantada a República, a elite política em Minas se
une em torno da república com o estabelecimento da ideia de conciliação, assumida como busca
de equilíbrio entre ordem e liberdade. Nessa representação da conciliação entre as elites tem
vez a ascensão, em Minas, do discurso libertário, construído no culto aos inconfidentes (e a
Tiradentes) como identidade. Em Minas, conciliação significou uma forma de continuidade na
374
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
mudança, segundo Dulci : “[...] conciliação é transigência, visando a evitar rupturas [...]” e claro,
resguarda o equilíbrio, traço da identidade do mineiro, da “mineiridade”.
Dessa forma, é possível afirmar que a Minas Gerais republicana buscou na tradição e na
luta libertária a sua identificação do regime republicano com a nação. Não significou uma ruptura,
como pode-se pensar no modelo das republicas europeias como fruto da revolução e ascensão
de uma nova ordem política, fazia-se necessário em Minas uma associação com o passado,
principalmente com o passado dos inconfidentes e a capital significou uma justaposição entre
tradição e futuro, novo e velho, moderno e antigo, justificando e glorificando a República como
transformação Apresenta-se aí o primeiro paradoxo do republicanismo no Brasil: como construir
uma imagem de participação, tradicional no ideário da República, sob resquícios de uma
monarquia e, principalmente, sem existência de revolução prévia ou participação popular direta
que desse significado às mudanças de poder, e, consequentemente de regime político
(monarquia para república)?
Para Gomez (1995), o termo república com destaque nas origens da teoria política com
Maquiavel, Milton, Harrington, entre outros, tem estado ausente das discussões teóricas da
política moderna e contemporânea em contraposição à valorização do conceito de democracia.
Cabe aqui uma definição de republicanismo como, no âmbito mais amplo e geral, a forma de
governo em que cidadãos organizados em sociedade, geralmente por meio do sufrágio universal,
participam da definição do Estado e de seu(s) dirigente(s) e representante(s).
Sua definição está relacionada com a tradição republicana clássica (Repúblicas grega e
romana) e com seu retorno no Estado Moderno associado à Renascença italiana que via na
república um retorno de inspiração aos princípios clássicos, tidos como modelos do “bem viver”
e, ao mesmo tempo, uma resposta ao movimento de rejeição ao mundo do seu tempo, do final
do Medievo.
Nossa discussão aponta para a ocorrência de uma seleção de elementos distintivos da
cidade que caracterizariam essa ideia de “nova ordem” republicana, garantidora do equilíbrio que
se apresentava. As motivações tradicionais de inspiração nas repúblicas italianas da
Renascença, que orientaram em muitos momentos as transformações políticas na História vão
aparecer seja nas colunas neoclássicas das construções da cidade como será discutido na
arquitetura na imagem de cidade moderna, seja na propaganda da liberdade em destaque nos
espaços mais valorizados da cidade construída.
O Renascimento italiano nasceu como um movimento de características urbanas e como
um movimento de minorias. Marcava-se por um aspecto de subversão à ordem estabelecida
(fruto das crises do século XIV), buscando nos clássicos modelos de bemviver e o discurso da
liberdade. As nações modernas utilizaram dos modelos italianos e os adaptaram para a realidade
singular que cada país vivenciava. Dessa forma, o renascimento no século XVI se difunde na
Europa do norte, reformulando os modelos para servirem aos interesses dos grupos e do poder
(inclusive nas monarquias absolutas em ascensão). O iluminismo, enquanto processo de ideias,
vai promover o resgate de alguns dos antigos valores do Renascimento, principalmente o da
liberdade, na construção dos ideais da nova sociedade sob a égide liberal burguesa.
A capital do Estado refletiu o discurso republicano construído sob as bases da busca do
equilíbrio e apoiada no pensamento progressista que invadiu as principais capitais do país na
segunda metade do século XIX. Tal corrente no Brasil tomava como base ideológica o
positivismo, defendendo o progresso em uma situação de harmonia, ausência de conflitos na
manutenção de um status quo garantidor da ordem e, consequentemente, do desenvolvimento.
A transformação da nova capital associava à República mineira e brasileira uma relação com a
história simbólica das lutas e da tradição, simbolizada e reinterpretada nas avenidas e ruas (que
traziam os nomes dos estados e das bacias fluviais).
Os ideais renascentistas vão aparecer sob essa nova roupagem, adaptados para a
realidade da nova cidade e de sua elite política, no final do século XIX. Por meio da arquitetura
eclética (muito influenciada pelo neoclassicismo, indicativa da exaltação dos clássicos) e de uma
simbologia instituída nos espaços da cidade, Belo Horizonte destacou a liberdade como ideal e
definiu uma organização de poderes que encenavam uma participação.
Para construir tudo isso foi preciso um exército de braços trabalhadores e, dessa forma
foi intensificado o apelo à imigração (BARRETO, 1936a). Deu-se início a construção de uma
infraestrutura específica e da aprovação de um detalhamento normativo para garantir que as
obras da nova cidade caminhassem como desejável pela Comissão Construtora da Capital.
Foram construídas linhas férreas para transporte de pessoas e de material, foi criada uma
Hospedaria de Imigrantes que a Inspetoria de Terras e Colonização usava para abrigar os
trabalhadores estrangeiros5 e, para evitar que os responsáveis pela condução das obras, os
375
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
tarefeiros, aliciassem trabalhadores uns dos outros, o ofício n. 469, da Comissão construtora da
capital, estabelecia que para o recebimento de tarefas fazia-se imprescindível ao empregador
trazer de fora o pessoal correspondente ao trabalho contratado.
A cidade com linhas modernas acomodou funcionários, militares, clero, trabalhadores
por meio da construção de ruas largas, edifícios firmes e esculpidos em concreto e de uma
divisão simbólica da cidade que separava os grupos em categorias e ordenava a cidade do ponto
de vista físico e social. Belo Horizonte foi setorializada e organizada em zonas: urbana,
suburbana e rural, definindo assim a ocupação dos grupos e seus espaços. A corporificação da
ordem se fazia na constituição dos espaços definidos a partir da noção de estar fora ou dentro
dos limites da Avenida do Contorno. Essa organização republicana carregava a influência do
positivismo em que a abstração e o rigor geométrico “[...] professavam a utopia de se traçar com
régua e o compasso uma ordem social harmônica, unitária, onde não haveria lugar para a
chamada desordem urbana”.
Fazia-se assim necessário, para os defensores do regime republicano, gradualmente
construir uma imagem de República no país, que incluía além do ideal de liberdade as noções
da defesa da cidadania e dos princípios de participação na valorização do bem coletivo. Belo
Horizonte refletiu essa tentativa de traduzir os princípios do republicanismo na constituição de
espaços da cidade: os planificadores da cidade, no caso a Comissão Construtora, revelam-se
como os manipuladores por excelência do meio ambiente físico e se mostram interessados ao
planejar os espaços, na interação que produz a imagem deste meio ambiente Oportunizaram a
construção de um mundo citadino como sendo uma paisagem ideal que impõem aos habitantes
da cidade uma nova atitude. As características dos objetos, equipamentos e estruturas tendem
a reforçar uma imagem e a cristalização da identidade com a cidade.
Em Belo Horizonte, a rua tornara-se o princípio organizativo da paisagem. A arquitetura
foi em grande parte importada do estilo neoclássico francês. O Traçado ortogonal, como a cidade
não era plana, exigiram que os construtores fizessem novos recortes e traçados. O ponto mais
alto da cidade, totalmente planificada, recortada para se enquadrar na planta de cidade moderna
foi a Praça da Liberdade. O caminho para se chegar à praça, onde foi estabelecido o centro da
Administração Pública Estadual era uma avenida larga e arborizada conhecida na época da
fundação como Avenida da Liberdade (hoje, Avenida João Pinheiro).
O local onde se estabeleceu a Praça da Liberdade e se instituiu o Centro Administrativo
do governo constituía o lugar mais elevado da cidade e, na visão de Grossi , “[...] a acrópole,
ícone visível e ostentório do poder”. Está no topo de uma colina e, para construção, foi necessário
um trabalho de terraplanagem para a criação artificial da esplanada de localização dos edifícios
públicos e da praça. Para materialização da noção de liberdade e República, o conjunto
arquitetônico da Praça da Liberdade ainda estava ligado, como um cordão umbilical, à Praça da
República (hoje, Praça Afonso Arinos):
O nome de Avenida da Liberdade é a concretude do próprio espírito do republicanismo
do século XIX, com suas musas e ideais que dão a representatividade do Estado de Minas Gerais
daquele tempo. A direção dos prédios públicos do entorno da Praça, por sua vez, é organizada
estrategicamente no espaço para construir determinadas simbologias e definições de poder (na
nascente, a Secretaria de Finanças e do Interior e no Poente a da Agricultura).
A Praça da Liberdade foi projetada como uma esplanada para o Palácio do Governo. No
projeto original da Comissão Construtora da cidade, só o Palácio Presidencial ficaria na Praça
da Liberdade, as secretarias seriam localizadas em uma praça triangular da VI seção, juntamente
com os palácios do Congresso e da Justiça, na Avenida Afonso Pena.
Seu formato como o de um tabuleiro e suas construções elegantes, que misturaram
vários estilos do final do século XIX (Art-decó, da década de 1940; Moderno, dos anos 1950 e
1960; e pós-moderno, de 1980), afirmaram-se sobre um belíssimo complexo paisagístico. Na
construção do edifício, apesar da variedade de estilos, merece destaque o desenho da Praça da
Liberdade com um estilo fin de siécle, eclético, mas com tendências marcantes do estilo
neoclássico em que o traçado e os jardins inspirados no Palácio de Versalhes. Pode-se
compreender Belo Horizonte como uma cidade representativa da República brasileira que
carregou, no seu planejamento, os desejos de uma elite ansiosa por uma ordem que rompesse
com o passado monárquico visto com opressão em favor da valorização da liberdade dos
inconfidentes. Vai concretizar simbolicamente esses desejos por meio das linhas e traçados da
cidade, nas avenidas, largas, nas construções ousadas, nas estruturas jurídico-administrativas,
na preocupação sanitária e nos modelos de gestão administrativa.
376
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Cidade Moderna
Belo Horizonte, como uma cidade projetada pelas elites políticas e cujo planejamento se
fez nas planilhas dos engenheiros, tinha uma perspectiva futurista e obedece à lógica do ideal
de perfeição modernizante, de que qualquer problema poderia ser redimido pela técnica, pela
organização dos espaços, influência do positivismo, desenhou a cidade como cidade ideal no
imaginário dos planejadores.
A outra imagem de Belo Horizonte, a de Cidade Moderna, se traduz em tudo aquilo que
a cidade vai proporcionar de ordem e perfeição aos seus habitantes: desde os confortos advindos
dos progressos técnicos, que tornariam o viver na cidade mais fácil do que o viver no campo, até
a tentativa de imitação dos modelos e estilos do mundo europeu.
As diferenças das cidades européias para Belo Horizonte eram explícitas: enquanto na
reurbanização européia o foco da construção era o combate à multidão (identificada como causa
da crise na cidade, numa associação com o caos e o desordenamento), que ameaçariam o
próprio funcionamento da cidade ideal, a cidade de Belo Horizonte mostrava-se uma paisagem
quase intocada pelo homem. Em comum, entretanto, a ideologia de que se fazia “[...] necessário
conhecer para ordenar, antecipando, na organização de mundo físico, o desenho de uma ordem
social”.
A noção modernizadora em Belo Horizonte mostrou a associação com os modelos das
cidades europeias tidas como modernas sob o ponto de vista da noção de metrópole e do ideal
do cosmopolitismo, consagradas pela ascensão da sociedade liberal burguesa. A cidade
metrópole reuniria grupos diferentes, traduzidos na impessoalidade das relações entre as
pessoas permitindo as trocas monetárias e a possibilidade de que, ao compartilharem modelos
comuns, as pessoas se sentissem bem em qualquer cidade metrópole do mundo Simmel (1987)
vê a metrópole como a sede da economia monetária. É a economia do dinheiro que domina a
metrópole e que vai acabar por desalojar os resquícios da sobrevivência da produção doméstica
e da troca direta de mercadorias.
Dessa forma, à cidade compete a mais alta divisão econômica do trabalho, onde o
dinheiro torna-se o denominador comum de todos os valores, arrancando a essência das coisas
e consagrando o ideal do século XVIII de libertação das dependências históricas ao Estado,
Religião, Moral e Economia. O homem da metrópole reivindica a preservação de sua autonomia
e individualidade frente às forças sociais o que, na sociedade liberal burguesa, vai exigir uma
especialização funcional. Nessa ótica pode-se dizer que a cidade de Belo Horizonte apresentou
grandes desafios sob o ponto de vista da modernização econômica: surgiam possibilidades para
o desenvolvimento material, advindas do significado de ser a sede administrativa do Estado e do
crescimento de investimentos na cidade, porém, essas possibilidades esbarravam na situação
de economia dependente, que se manteve por muito tempo, à sombra da herança rural da região.
Julião (1992) considera que a capital vai desenvolver uma forma de vida indefinida e híbrida que
hesita entre o passado e o futuro. As ruas, avenidas e praças representavam uma ruptura radical
com a tradição do urbanismo colonial mineiro, porém, plantada em meio a um “sertão”, marcado
pela estrutura agrária e atrasada.
A organização do espaço urbano se traduz em discurso de cidade moderna quando
associada à serviços, conforto, facilidades, instituições e administração, porém, no caso de Belo
Horizonte, marcava-se por um espaço-tempo ambíguo em que o homem vive a experiência de
dois mundos – aquele transformado pela modernidade e outro mantido pelas tradições a que ele
se liga material e espiritualmente.
Andrade (2004) também valoriza a ambiguidade do homem no mundo moderno como
iremos tratar ainda nesse artigo. A autora destaca que nas cidades do período moderno
europeias tradicionalmente se estabelece um caráter de ruptura na perda dos “muros” e do
caráter fechado das cidades. O modelo de cidade moderna europeia se
consagra na intensidade da relação da cidade-metrópole com o mundo exterior10,
materializando essa perda dos “muros” e do caráter autônomo das antigas cidades e incluindo
aí a perda da ideia de comunidade e dos valores provincianos. (
A substituição da capital de Ouro Preto para Belo Horizonte, entretanto não vai refletir a
abertura de forma sistemática e a promoção, de imediato pelo menos, da perda dos “muros”. A
transformação do espaço da cidade, na criação da nova capital vai ao encontro das novas
377
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
necessidades da cidade moderna que exige nova configuração onde as contradições e o caos
da urbanização se realizem, mas no caso de Belo Horizonte, a cidade moderna desejável não
compartilha a promoção de uma ruptura tão significativa que lhe daria um caráter de cidade
metrópole.
A cidade moderna tradicional tem como características o estabelecimento da moradia de
massa, da multidão manifestada na diferenciação das casas pela numeração, no
desaparecimento dos nomes próprios etc., porque é somente em meio à indiferença da
metrópole é que a individualidade pode desenvolver-se. A cidade é formada pelas interações
sociais, pelas ações recíprocas entre os homens pelas relações distintas que se estabelecem
entre os pequenos e os grandes grupos.
Entretanto, Belo Horizonte vai ter um sentido de expansão urbana, principalmente
quando consideramos a destruição do antigo Curral D’el Rey para que fosse erguida a nova
capital em seu lugar. Porém, a cidade híbrida como considerou Julião, vai manter-se com
características ainda de cidade pequena, marcada pelo conhecimento pessoal dos indivíduos
que ali vivem e por uma participação mais direta na vida da comunidade.
Na perspectiva simmeliana, o individualismo moderno decorre tanto das mudanças nas
condições externas vivenciadas na divisão do trabalho, no pertencimento a diferentes círculos
sociais e instituição de uma ordem social mais abstrata e mais preocupada com o geral do que
com o particular, quanto às condições subjetivas e culturais originadas na própria valorização da
individualidade.
Nessa concepção é importante a abstração do espaço sem ignorar o incentivo à
individualização que indicaria o status social dos indivíduos, percebida na moda, no número de
janelas da residência, no lugar de moradia e do trabalho, na posse de bens e na escolha dos
serviços (em que loja faz compra, qual restaurante frequenta, se utiliza um determinado
eletrodoméstico, etc.).
A tentativa de tornar Belo Horizonte uma cidade grande passaria, principalmente, pela oferta de
“facilitadores” da metrópole como serviços, comércio, transporte, infraestrutura e especialização
nos serviços e do funcionalismo, o que indica a dependência com a sociedade exterior, em que
indivíduos mais especializados, vinculam-se a uma maior divisão do trabalho e na relação
necessária com os outros.
Do ponto de vista sociocultural traduziu um aspecto inovador (e até artificial da cidade),
induziu os cidadãos a novos hábitos, trouxe uma nova era marcada pelo advento da
modernização: água encanada, iluminação elétrica, apitos de trem. A gestão da cidade tornou-
se complexa exigindo intervenções interdisciplinares (jurídica, médico-sanitarista, estatística
etc.). É importante destacar que construir uma cidade moderna significava, praticamente, “copiar”
um repertório urbanístico já experimentado na Europa e, para isso, era preciso importar
tecnologia e materiais e, sobretudo, um estilo de vida de cidade moderna.
Em princípio, Belo Horizonte ofereceu à classe média interiorana o estilo de vida da
cidade moderna: faculdades, empregos públicos e, principalmente uma vida social e cultural
prometida, como mais livre e muito mais intensa do que nas cidades pequenas, indo ao encontro
da representação urbana, que integrava o imaginário de uma parte das elites brasileiras no final
do século XIX.
Assim como Simmel, Frisby confere ao simbolismo do dinheiro no dinamismo da vida
moderna a função de mediador das trocas assim como fator de indiferenciação e calculabilidade.
O dinheiro proporciona a liberdade, já que o poder de compra significa a possibilidade de
escolher entre um produto e outro, um lugar e outro e assim sucessivamente e,
consequentemente, o dinheiro possibilita também a diferenciação como se percebe na moda e
na sua caracterização do próprio dinamismo da vida moderna.
A vida moderna é essencialmente marcada pela transitoriedade: de um lado, homogeneíza (com
produtos e serviços mais despersonalizados), enquanto, de outro, diferencia os indivíduos (com
a moda e a utilização de serviços, por exemplo).
Analisada sob essa ótica, Belo Horizonte também pode ser considerada como
conservadora ao perpetuar as barreiras entre elite e setores populares e não era exatamente
“moderna” no sentido de inovação do termo já que copiou o modo de vida cosmopolita e as
instituições políticas burguesas.
378
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Belo Horizonte, seu planejamento e construção obedeceram a um plano global e totalizante que
simbolizava para uma parte das elites, a república na utopia de uma nova ordem que já nascia
sob o signo da negação da liberdade e da igualdade, impondo um enquadramento da população,
a partir de uma destinação de espaços previamente definidos sob a ótica da organização social.
A arquitetura trouxe um espírito inovador sintonizado com a modernidade que rondava a Europa
no século XIX, mas um modelo de amplo controle social.
A cidade trazia consigo o elemento fundamental do modernismo urbano: rua longa, larga
e uniforme, diferente de Ouro Preto, a antiga capital, em que a rua era tortuosa e estreita, definida
pela disposição das edificações, e todas as inovações técnicas como iluminação pública,
saneamento básico e administração pública (os prédios tinham estruturas pré-moldadas
importadas assim como a iluminação pública e toda infraestrutura).
A cidade em termos de organização e espaço tentou traduzir o republicanismo como
espírito de condução de política e de ordem moderna, porém, a introdução de novos valores e
hábitos não garantiu a institucionalização do republicanismo na vida da cidade.
Paradoxalmente, a noção de cidade moderna, Belo Horizonte permanecia vinculada aos muros,
ao afetivo e provincial, marcadamente, nos grupos e na relação entre os grupos da cidade,
conservando valores herdados do período imperial e colonial brasileiro.
O povo continuou sem participar e o grupo constituído pela aristocracia instituiu um
modelo de poder que reforçou, no caso de Belo Horizonte, inclusive no ordenamento do espaço,
os ideais políticos que queriam consagrar como seus.
Como já enunciamos, Andrade (2004) trata a cidade sob dois conceitos opostos: a
racionalidade, que pressupõe objetividade, ausência de afetividade e de tradição; e ambivalência
ou ambiguidade, que pressupõe a coexistência de valores e/ou sentimentos contraditórios que
podem ser identificados com irracionalidade. A partir dos dois conceitos analisa o discurso de
autores modernistas em Belo Horizonte.
A cidade moderna é representada assim como um lugar de contrastes: pobreza riqueza,
degradação-opulência, ordem-caos, liberdade-controle e assim sucessivamente, que se
traduzem na grande diversidade que marca a cidade formada pela heterogeneidade de grupos,
de profissões, de nacionalidades.
Os modernistas analisados por Andrade (2004) na sua obra, Pedro Nava, Carlos Drummond de
Andrade e Cyro dos Anjos, vão representar Belo Horizonte como uma cidade provinciana por
seu tamanho, pela característica de sua vida social e, principalmente pelo seu
conservadorismo11. É o provincianismo que vai aparecer para os modernistas como a causa da
exclusão da cidade de Belo Horizonte e razão da sua ambivalência. Os mineiros não eram nem
cosmopolitas (aqueles que se sentem à vontade em qualquer cidade porque conhecem seus
aspectos comuns) e nem provincianos por conta da característica homogeneizadora da vida
moderna.
Drummond chama Belo Horizonte de “Cidade do Tédio”, mostrando a insatisfação com
a cidade, percebida como um grande vazio, sem intensidade que caracterizaria a expectativa do
autor em relação ao ideal de cidade moderna.
A resistência à capital demonstrada pelo apelido Cidade do Tédio, de Drummond,
coincide também na adoção de outros apelidos de caráter negativo adotados ainda na
construção da cidade. São eles: papudopolis, poeiropolis, formigopolis, expressões que
procuravam ferir os créditos do arraial às vésperas de se tornar a primeira cidade do Estado.
Os modernistas como críticos da modernidade apontam, de forma negativa, a característica da
artificialidade da cidade, manifestada na separação entre o homem e a natureza, e,
consequentemente uma representação negativa do homem como ser mecanizado autônomo que
teria perdido parte de sua humanidade com o advento das máquinas. Definem a transitoriedade
como marca da cidade moderna, destacando sua existência no acelerado fluxo de mudanças
que acabariam por destruir as referências físicas, sociais e afetivas.
E os modernistas de Belo Horizonte, segundo Marques (2011), vão realizar uma aliança
entre tradição e modernidade: vanguardismo literário e tradicionalismo político, numa cooptação
pelas oligarquias mineiras em seu projeto de modernização conservadora: “Aliança entre
tradição e modernidade é o elo (ou contradição) produzido pelo choque (ou acomodação) de dois
tempos históricos é o que define o grupo de Belo Horizonte.”
379
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Marques defende que apesar do estímulo vindo de São Paulo, o modernismo mineiro
teria conhecido uma dinâmica própria estabelecida na busca de equilíbrio entre a ousadia das
inovações e a fidelidade ao passado.
Na “vida de janela”, que reflete a vida provinciana de João Alphonsus, analisada por ele na obra
Cenas de um modernismo de província, o ambiente provinciano é apresentado como “[...]
universo lento, sem progressão, empedernido na ‘gratuidade burocrática de domingo’ [...]”,
destacando a marca da ambivalência daquele que vem do interior e procura se integrar à cidade
que se moderniza. Belo Horizonte é traduzida como uma novidade, cheia de euforia de um lado,
mas erguida sobre uma base de especulação e miséria. Uma cidade artificial, uma modernidade
postiça.
Como tentativa de formar uma metrópole, Belo Horizonte colocou-se como um espaço
excludente: ordenou as classes sociais e os grupos conforme sua importância valorativa na
cidade e criou modelos de vida pautados em intervenções que iam além das soluções
estritamente arquitetônicas de definição do espaço como a gestão mais complexa e
interdisciplinar, mobilizando saberes externos de caráter jurídico, médico sanitário, estatísticos
que respondiam às problemáticas urbanas causadas pelo adensamento populacional e já
experimentadas pelas cidades industriais (miséria, carência de saneamento, doenças e revoltas
sociais).
No significado geral, a cidade moderna possui um duplo e complexo significado:
transforma-se em espaço onde as contradições se realizam e, por isso mesmo exigem e
necessitam de ordenação política e científica. É assim que a cidade de Belo Horizonte se
transformou em discurso da modernidade: “Assim, Belo Horizonte simbolizava, para uma parte
das elites mineiras, a república na utopia de uma nova ordem, que já nascia sob o signo da
negação da liberdade e da igualdade com instituintes da cidadania. Símbolo do progresso e de
ruptura com o passado colonial, no tocante ao seu projeto urbanístico, por outro lado,
conformadora de uma ordem excludente e segregacionista do ponto de vista social.” (GROSSI,
1993, p. 13-14).
Assim, o discurso republicano brasileiro, amparado na Constituição de 1891, e a
configuração moderna pautada no planejamento urbano e ordenamento social vai marcar a
cidade como símbolo do novo e da República, entretanto, a aplicação dos ideais republicanos
na instituição da nova capital vai acabar por gerar a formação de nódulos de participação
mesclados à própria paisagem da cidade: núcleos religiosos, associações operárias,
comunidades étnicas, associação de bairros etc. Principalmente nos locais habitacionais, quanto
mais a setorialização gerava formas de segregação, mais se criava noções de pertencimento e
possibilitava-se a coesão de grupos.
Quando consideramos a Belo Horizonte, a partir da ótica dos grupos, faz-se necessário
descobrir se o discurso de cidade republicana e de cidade moderna é coincidente com a narrativa
dos grupos sobre a cidade e de como a cidade se transforma de fato, ao se moldar ao discurso
que apresenta a visão destes grupos sobre ela. Discutir a cidade a partir das suas contradições
entre a idealização da cidade planejada e a cidade instituída e percebida por seus grupos
significa perceber que os grupos interagem com a cidade transformando-a com seus novos
planejamentos e suas adaptações. Transformou-se a cidade, mas também se transformaram os
discursos e o dizer sobre a cidade.
A cidade foi ocupada por gente de toda parte. Braços trabalhadores que ainda tornavam-se
necessários para o grande canteiro de obras e a manutenção dos serviços que a cidade
apresentava; funcionários e burocratas para gerir o novo e ordenar a grande cidade; profissionais
liberais da saúde, da construção, do comércio e de todo lugar para caracterizar o moderno e dar
funcionalidade; gente para encher as ruas longas e largas, para ocupar os bancos da
universidade, as mesas do bar, as cadeiras do bonde, do cinema, do teatro.
Vir para a capital mineira significava, nas primeiras décadas do século XX, a
possibilidade de começar a vida numa cidade nova, portanto cheia de oportunidades e também
de evidentes carências da cidade imberbe que se estabelece. Significava adotar o estilo de vida
metropolitano, com seus confortos, mas com padrões de consumo e organização que impunham
modos de ser e viver próprios de Belo Horizonte.
Acima de tudo, vir para uma cidade planejada pelos idealizadores a serviço de uma elite
política tradicional significa servir a cidade, servir aos seus princípios conjugar o verbo inovar
380
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
381
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
382
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
regime burocrático-autoritário, que busca, por um lado, sua legitimação junto à população,
através da política de desenvolvimento social, e, por outro, o reforço e capitalização
das empresas de construção pesada” (Idem, 1997. p. 223).
Os anos 70 foram caracterizados por uma estratégia de desenvolvimento baseado na
implantação de grandes
projetos de infraestrutura ou de exploração de recursos naturais. Ao lado das multinacionais, o
Estado mostra-se o único parceiro nacional que dispõe de capacidade econômica para a
implantação desses projetos. Nesse período a urbanização intensiva acentuou o crescimento
das regiões metropolitanas em todas as capitais do país, mas principalmente em BH, São Paulo,
Rio de Janeiro e Recife. Nessas capitais os recursos naturais se tornaram bens escassos, sejam
em quantidade ou em qualidade, e, portanto, mais “caros”.
Nessa ocasião e nesse contexto que foram concebidos alguns projetos de saneamento
de BH. Esses se desenvolveram a sombra das políticas de transporte e expansão da
malha viária prevista no PLAMBEL (Plano Metropolitano de Belo Horizonte). A canalização e
esgotamento do Ribeirão Arrudas (principal curso d’água que corta a cidade), por exemplo, fora
concebido como obra de infraestrutura básica para criação da via expressa leste-oeste,
considerada necessária, por se tratar do principal acesso viário para os municípios de Betim e
Contagem importante parques industriais.
As políticas de abastecimento de água e saneamento, nas décadas que se seguiram a
de 70, mantiveram-se em um patamar restrito de debates. O desenvolvimentismo tecno-
burocrático e autoritário dos governos militares restringiu o debate sobre a questão da gestão
dos recursos hídricos nos centros urbanos. Os governos dos militares toleravam ou em alguns
momentos até incitava a sociedade civil (dentro de certo limite) a discutir as questões ambientais
e de saneamento, como um meio de desviar a atenção da opinião pública dos problemas
econômicos e políticos provenientes do fim do “milagre brasileiro”.
As questões ligadas ao saneamento e a proteção do meio ambiente foram tratadas como
questões técnicas. Sustentavam a tese de que a proteção do meio ambiente seria um objetivo
secundário, não prioritário e em conflito com o objetivo central e imediato do crescimento
econômico.
No caso de BH, o breve histórico apresentado sobre a questão da ocupação e
metropolização da capital operada na década de 70 denota essa situação.
As políticas públicas apresentadas para a solução de questões estratégicas, no conjunto da
saúde pública, tais como o esgotamento e a drenagem das águas pluviais evitando as enchentes,
sempre buscaram soluções locais e setoriais, que responderam de maneira ineficiente as
necessidades da população, conduzindo a uma crescente degradação urbana e ambiental na
RMBH.
“Sem dúvida o crescimento demográfico e a explosão dos grandes centros urbanos dos anos 60,
70 e 80 potencializaram os problemas, que foram agravados pelo descaso que a área social teve
no regime militar. A política financeira habitacional dos anos 70, que subsidiou fortemente os
usuários do sistema (e as construtoras), foi praticamente orientada
para a classe média”. (SORJ, 2000, p.21).
A urbanização em BH nas últimas décadas trouxe consigo, todos os problemas do
modelo de desenvolvimento oriundo da industrialização: Aumento da impermeabilização
do solo, aumento do carreamento de resíduos sólidos, deterioração das águas superficiais e
subterrâneas via esgotamentos irregulares. Somam-se a esse quadro seus resultados: Acúmulo
do lixo, frequentes enchentes e poluição dos rios e do lençol freático. As respostas dadas a
esses problemas, pelas administrações municipais de BH, em geral, estiveram historicamente
ligadas às concepções higienístas do século XIX.
As tendências racionalistas, operadas pela planta urbana original de BH influíram
durante décadas nas políticas de saneamento e drenagem. Em parte, essa
política fora facilitada pela ideologia desenvolvimentista do Estado brasileiro. A canalização dos
córregos e rios transformando-os em receptores dos esgotos domésticos e industriais são
medidas que ocuparam e ocupam a agendas públicas dedicadas a gestão dos recursos hídricos.
BH adotou políticas públicas que coadunam com essas inferências. Os antecedentes
relacionados à política de drenagem urbana, apresentados nas décadas de 70, 80 e 90
determinam uma solução ortodoxa para o problema das enchentes no município e em sua
RMBH. Em 1975 foi apresentado pela Fundação João Pinheiro
o “Plano Metropolitano de Águas Pluviais e Proteção contra cheias RMBH”, o objetivo deste
consistia no “levantamento de dados, análise e proposições para concepção do sistema
drenagem e controle de cheias e de recomendações gerais para execução de trabalhos futuros”.
383
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
384
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
385
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Nos anos que seguem à sua fundação, Belo Horizonte torna- se um importante núcleo
ferroviário e, principalmente, um centro burocrático-administrativo. A população, nesses
primeiros anos de existência, crescia lentamente, especialmente se se considera o crescimento
das outras capitais provinciais. Isso era reforçado pelo pequeno parque industrial, cuja
importância real no município era quase insignificante. Assim, a cidade tinha um crescimento
lento, aglomerando uma pequena classe média, composta, principalmente, de funcionários
públicos (Moraes,1998, p. 63).Belo Horizonte só passa a perceber um crescimento mais intenso
durante as décadas de 1930-1940, quando se instala em suas imediações um parque industrial
dinâmico (Cidade Industrial).
386
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO
Ao se analisar o envelhecimento populacional, o primeiro fato que deve ser considerado
é a definição de “idoso”. Normalmente, tal definição possui um grande componente subjetivo e é
influenciada por vários fatores que abarcam, além do critério cronológico, o envelhecimento
biológico, psicológico e social. Em geral, são considerados idosos, numa determinada sociedade,
aqueles que, depois de terem passado pelas fases de crescimento e maturidade, entram numa
etapa de alteração de seus papéis sociais, com diminuição de sua capacidade produtiva e
387
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
388
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Capital de Minas Gerais (MG), Belo Horizonte é o município mais populoso do Estado com uma
população de 3 milhões de habitantes aproximadamente.
Com intensa vida cultural, a cidade é conhecida mundialmente e já foi considerada a melhor
capital da América Latina no tocante à qualidade de vida.
Capital do Espírito Santo (ES), Vitória é a ilha capital, conhecida como “Ilha do Mel” ou “Cidade
Sol” com uma população de 400 mil habitantes aproximadamente. Dentre as capitais do Brasil,
possui a maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita e elevado Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH).
A Cidade de Minas, futura Belo Horizonte, nasceu nos primeiros anos do regime
republicano, quando setores da elite agro-exportadora assumiram o poder político. Em Minas,
grupos emergentes ligados à cafeicultura da Zona da Mata e Sul de Minas assumiram a bandeira
da mudança da Capital, contra os interesses consolidados na região mineradora, em processo
de estagnação e decadência econômica.
A escolha do Arraial do Curral del Rei foi uma solução de compromisso entre os dois
grupos da elite mineira . Os representantes da região mineradora não queriam a mudança,
enquanto as novas forças políticas pugnavam pela transferência para a Várzea do Marçal, na
Zona da Mata.
O sulinos ameaçavam até mesmo com o separatismo. O impasse foi resolvido com a escolha do
Curral del Rei, pelo
Presidente Afonso Pena. O pequeno Arraial do Curral del Rei produzia gêneros para o
abastecimento da região mineradora, especialmente gado e produtos agrícolas. Com a
instalação da Saint John del Rei Mining Co. em Nova Lima (1834) e da Cia. Mineira de Fiação e
Tecidos, em Marzagão, distrito de Sabará (1879) , algumas atividades industriais começam a se
desenvolver, constituindo-se em precursoras da indústria belo horizontina. Dentre os
empreendimentos mais significativos figuram “ um estabelecimento de fiação e tecelagem de
maior vulto para aquela época foi instalado em 1838, no distrito de Neves Venda Nova” ; “ uma
fundição de ferro e bronze, nas proximidades da Lagoa de Maria Dias, mais ou menos onde se
dá hoje o cruzamento da Av. Paraná com a Rua Carijós, de propriedade do Sr. Francisco de
Souza Menezes, fundada em 1845” ; “ em 1885 (...) os Srs. Cel. Virgílio Cristiano Machado, Cap.
José Carlos Vaz de Melo e Dr. Campos da Paz fundaram uma fábrica de manufatura (sic) de
ferro, no lugar denominado Cardoso, fábrica essa que produziu obras de vulto, como por exemplo
as grades da cadeia de Sabará. Liquidada a sociedade aí por volta de 1888, passou a fábrica a
pertencer à Cia. Progressista Sabarense, que a cedeu, mais tarde, à Comissão Construtora da
nova Capital “ ; e mais “ uma pequena manufatura de velas de sebo para fornecimento à Cia. de
Morro Velho, de propriedade dos Srs. Eduardo Edwards, Cap. José Vaz de Melo e D. Amélia
Goulart, que regulavam fornecer à Companhia, 18 mil dúzias por ano.”
Belo Horizonte, cidade planejada e construída pelas elites dirigentes do Estado para ser a Capital
política e administrativa, foi concebida sob a égide da ideologia republicana.
Seu planejamento, fortemente influenciado pelas ideias positivistas, dentro do paradigma de
modernidade da época, buscava controlar, através da concepção urbanística, as instâncias
pública e privada da população.
A concepção inicial da cidade, de autoria do engenheiro maranhense Aarão Reis,
contemplava aspectos extremamente modernos da teoria urbanística, dotando a nova
Capital de espaços de lazer, arborização, ruas e avenidas largas, equipamentos urbanos para a
prática esportiva, além de uma forte preocupação com a questão sanitária, numa clara referência
às cidades coloniais. Entretanto, não previa a determinação de espaços destinados à atividade
389
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
390
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
391
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
392
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
Belo Horizonte é a quinta cidade mais rica do Brasil com 1,38% do PIB nacional, atrás
de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba. Segundo dados de 2008 seu PIB somou 32,7
bilhões de reais o que equivale a aproximadamente 15,2% de toda produção de bens e serviços
do estado.Segundo dados do IBGE, em 2007, o PIB per capita do município é de R$
13.636,00.[4] A capital tem 77.454 sedes de empresas legalizadas, que abarcam 1.025.205
pessoas ocupadas. Sua região metropolitana possui um PIB de aproximadamente R$ 74,16
bilhões, o que corresponde a 34,5% de todo o PIB mineiro em 2006. Segundo dados do IBGE, a
rede urbana de influência exercida pela cidade no resto do país abrange 9,1% da população e
7,5% do PIB brasileiro.
A influência é percebida em 698 cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e de Minas Gerais.
A Região Metropolitana de Belo Horizonte possui o quinto maior parque produtivo da América do
Sul, com destaque para a indústria automobilística e de autopeças, siderurgia, eletrônica e
construção civil. Um dos maiores centros financeiros do Brasil, Belo Horizonte é caracterizada
pela predominância do setor terciário em sua economia. Mais de 80% da economia do município
se concentra nos serviços, com destaque para o comércio, serviços financeiros, atividades
imobiliárias e administração pública. Segundo dados do IBGE, em 2006 o setor agropecuário
representou apenas 0,0005% de todas as riquezas produzidas na cidade.
393
CONTATO INSTAGRAM: @ACIMADETUDOBRASIL
394