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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS EXATAS

LABORATÓRIO
DE
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Título da Experiência:

Instalações elétricas prediais I

Oswaldo Tadami Arimura

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USJT – FTCE – Laboratório Integrado I
OBJETIVOS:

- Identificar as principais características de uma instalação elétrica;


- Conhecer os dispositivos de proteção para uma instalação elétrica;
- Verificar os diagramas unifilares e multifilares do interruptor simples e bipolar, tomadas
e quadro de distribuição.

1. INTRODUÇÃO TEÓRICA

A instalação elétrica residencial é composta por vários componentes e


equipamentos. Dentre esses componentes estão as tomadas, interruptores, fiação, quadro de
distribuição, tubulação, etc. Assim, para facilitar a instalação desses materiais é necessário
a compreensão dos esquemas elétricos, das representações dos eletrodutos com as fiações e
o desenho final representado em planta baixa de toda a instalação elétrica, normalmente nas
escalas 1:50 ou 1:100.
1.1 Condutores elétricos

Os condutores de eletricidade permitem facilmente a passagem de cargas elétricas.


O que caracteriza um material como condutor é a quantidade de elétrons existentes em
camada de valência. Em razão da grande distância entre essa última camada e o núcleo, os
elétrons ficam fracamente ligados com o núcleo, podendo se despreender facilmente,
quando o material for submetido à uma diferença de potencial. Desta forma, os metais de
forma geral, possuem essa característica, além da baixa resistividade, alta condutividade e
para aplicação em condutores alta temperatura de fusão. Nas instalações elétricas prediais
são normalmente utilizado o cobre e o alumínio.
Tabela 01 – características dos condutores

Nas instalações elétricas prediais os condutores são classificados em fios e cabos. O


fio é um elemento sólido coberto por uma camada isolante de proteção e o cabo é
constituído de vários fios entrelaçados, podendo ser encapado pela camada isolante ou não.

Figura 01 - Fio e cabo elétrico encapados

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A função básica da isolação que envolve os condutores é confinar o campo elétrico
gerado pela tensão aplicada no seu interior, por isso não podem existir furos, trincas,
rachaduras ou qualquer outro dano à isolação, uma vez que isso poderia significar um
“vazamento” de linhas de campo elétrico, com subsequente aumento na corrente de fuga do
cabo, o que provocaria aumento no risco de choques, curtos-circuitos e até incêndios.
A isolação dos condutores elétricos também influenciam na capacidade de condução
de corrente elétrica. Destacaremos dois tipos de material isolante para condutores mais
usados e conhecidos no mercado: o PVC e o EPR.
▪ Condutor elétrico com isolação em PVC:

A isolação é construída com cloreto de polivinila, resina sintética, plastificantes,


cargas e estabilizantes. Possui uma rigidez dielétrica e perdas dielétricas elevadas,
acima de 10kV. Por isso os condutores elétricos com isolação PVC são limitados,
com a tensão máxima de 6kV. A vantagem é que ele é altamente resistente a agentes
químicos em geral e a água, tem uma boa resistência de não propagação de chamas,
gerando consideravelmente fumaças e gases tóxicos e corrosivos quando submetido
ao fogo. A isolação do condutor elétrico também tem seu limite de temperatura. O
de PVC é 70°-regime normal; 100°-temperatura de sobre carga; 160°-temperatura
de curto-circuito. A capacidade de condução de corrente de um condutor PVC com
a bitola de 2,5mm² é cerca de 24 A.

▪ Condutor elétrico com isolação em EPR:

A isolação é construída em etileno – propileno, mistura reticulada quimicamente


resistente ao envelhecimento térmico, ótima flexibilidade. Rigidez dielétrica
elevada, com baixa perda dielétrica, possibilitando assim o seu uso em altas tensões
que podem chegar a seus 138kV. Possuem uma grande resistência a agua e produtos
químicos em geral. A isolação em EPR possuem uma aplicação em alta densidade
de corrente elétrica, devido ao seu bom desempenho em relação ao seu
envelhecimento térmico. Temperatura de regime 90°- temperatura em sobrecarga
130°- temperatura em curto circuito 250°. A capacidade de condução de um
condutor EPR de 2,5mm² é cerca de 31A.


Figura 02 – Isolação dos condutores

De um modo geral, as isolações sólidas possuem uma boa resistência ao


envelhecimento em serviço, uma reduzida sensibilidade à umidade e, desde que necessário,
podem apresentar um bom comportamento em relação ao fogo.

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Isolação: Como o próprio nome diz, é responsável por isolar o condutor eletricamente.
Cobertura: Tem a função de proteger o condutor contra influências externas, tais
como, impactos, cortes, abrasão, agentes químicos, entre outros.

Figura 03 – Tipos de isolação

1.2 Dimensionamento
O dimensionamento dos condutores elétricos leva em consideração vários fatores
que devido às características das instalações podem ocasionar algum dano no condutor.
Para tanto, três etapas devem ser consideradas: a verificação da seção mínima , o critério
da máxima capacidade de condução de corrente e o critério da máxima queda de
tensão. As três etapas devem ser verificadas e o resultado final é sempre o pior caso; ou
seja, a maior seção deve ser escolhida.
Esses cálculos serão utilizados nas aulas de projetos elétricos. Abaixo é apresentada
umas das tabelas utilizadas no critério da capacidade de condução.
Tabela 02 – Capacidade de condução de corrente (A)
Fios e cabos com isolação PVC – condutor de cobre

Fonte: Pirelli
A seçao máxima da Tabela 02, segundo a Pirelli, é de 1000mm 2.
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2.Disjuntores

2.1 Disjuntor Termomagnético

Os minidisjuntores ou disjuntores termomagnéticos para instalações domésticas ou


análoga seguem a norma técnica NBR NM IEC 60898 e têm a mesma função que as chaves
fusíveis e dos interruptores. Entretanto, o disjuntor quando atua, apenas desliga e não
queima, podendo, posteriormente, ser religado. Na verdade, eles possuem um dispositivo
bimetálico que na ocorrência de uma elevação de temperatura provocada pela sobrecarga,
ele desprende uma trava, abrindo o contato de modo a interromper o circuito (dispositivo
térmico) e um dispositivo magnético (bobina) que atua quando da ocorrência da corrente de
curto circuito, num tempo curto. Basicamente existem no mercado os disjuntores
monopolares ou unipolares, bipolares e tripolares, nos padrões IEC e NEMA.

Padrão IEC

Valores comerciais (A)

Padrão IEC:

6, 10, 16, 20, 25, 32, 40, 50,


63, 80, 100, 125.

Padrão NEMA:
5, 10, 15, 20, 25, 30,35, 40,
50, 60, 70, 80, 90, 100.

Padrão NEMA

Figura 04 – Disjuntores Termomagnéticos ou Minidisjuntores

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A ABNT NBR NM 60898 define 3 faixas de disparo denominada “faixa de atuação


eletromagnética”, ou “curva de atuação eletromagnética”.

- Os disjuntores curva B são usados onde se espera


um curto circuito com baixa intensidade, normalmente
cargas resistivas, em residências nas tomadas de uso
comum, onde a demanda de corrente de partida do
equipamento é baixa.

- Os disjuntores de curva C são usado onde se espera


um curto circuito de intensidade média e onde a
demanda de corrente para partida de equipamentos é
mediana, normalmente cargas indutivas, como
motores, sistemas de comando e controle, circuitos de
iluminação em geral e ligação de bobinas.

- Os disjuntores de curva D são usado onde se espera


um curto circuito de intensidade alta e onde a corrente
de partida é muito acentuada, sendo muito utilizados
em grande motores e grandes transformadores.

Figura 05 – Curvas de atuação eletromagnética

3 Diferencial Residual (DR)


É um dispositivo de proteção que protege as pessoas contra contatos diretos e
indiretos (choques elétricos);ou seja, permite desligar um circuito sempre que seja
detectada uma corrente de fuga superior ao valor nominal. Essa corrente de fuga é avaliada
pela soma algébrica dos valores instantâneos das correntes nos condutores monitorizados
(corrente diferencial).

3.1 Disjuntor Diferencial Residual (DDR)

É um dispositivo constituído de disjuntor termomagnético acoplado a um outro


dispositivo o diferencial residual (DR). Além da proteção contra sobrecarga e curto-circuito
(disjuntor), ele protege as pessoas contra contatos diretos e indiretos (choques elétricos) e
corrente de fuga (DR).
Os Módulos DR ou DDR de corrente nominal residual até 30mA, são destinados
fundamentalmente à proteção de pessoas, enquanto os de correntes nominais residuais de
100mA, 300mA, 500mA, 1000mA ou ainda superiores a estas, são destinados apenas a
proteção patrimonial contra os efeitos causados pelas correntes de fuga à terra, tais como
consumo excessivo de energia elétrica ou incêndios.

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SENSIBILIDADE: de 30 à 300m
TENSÃO NOMINAL: 240 Vca Bipolar, 415 Vca tetrapolar
CORRENTE NOMINAL: 25, 40, 63, 80, 100 e 125A (até 225 A sob consulta)
PROTEÇÃO CONTRA CONTATO DIRETO: 30mA
PROTEÇÃO CONTRA CONTATO INDIRETO: 100mA a 300mA
TEMPO DE FECHAMENTO DIFERENCIAL: <0,10 S
BORNES PARA CABOS RÍGIDOS: até 35mm
INSTALAÇÃO PARA TRILHOS DIN: 35mm
Figura 06 – Ilustração modelos de DR e DDR

3.2 Interruptor Diferencial Residual (IDR)


Este dispositivo possui as características do dispositivo diferencial residual,
entretanto, não possui o modulo termomagnético. Assim, sua função é interromper a
corrente elétrica, quando detectada uma corrente de fuga superior ao valor nominal, ou seja,
fazer o chaveamento e proteger as pessoas contra contatos diretos e indiretos (choques
elétricos). Esse Interruptor diferencial residual (IDR) deve ser ligado aos condutores fases e
também o neutro. Encontrado IDR no mercado modelos bipolar e tetrapolar.

Figura 07 – Ilustração de modelos de IDR´s bipolar e tetrapolar

O IDR deve ser usado no circuito em conjunto com os disjuntores termomagnéticos


colocado anteriormente ou posterior a eles, para se obter as proteções térmicas, magnéticas
e fuga de corrente. O IDR deve ser maior ou igual a do disjuntor do respectivo circuito.

Figura 08 – Curva de atuação do DR e efeito no organismo


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Diferentes correntes de sensibilidade:

Figura 09 – Sensibilidades para proteção de pessoas ou patrimônio

Os benefícios oferecidos pelo DR ou DDR são tão importantes que a Norma de


Instalações Elétricos - NBR 5410 torna a sua instalação obrigatória nos alimentadores de
áreas perigosas tais como: cozinhas, banheiros e áreas externas de residenciais, prédios
públicos, supermercados, shoppings, hotéis e outras instalações públicas e privadas.

Figura 10 – Locais de obrigatoriedade do uso do DR

4. Dispositivo de proteção contra surtos elétricos (DPS)

Os Dispositivos de Proteção contra Surtos elétricos ou descargas atmosféricas


(DPS) são normalmente varistores que descarregam para terra o surto protegendo a parte
interna da residência, desligando a energia da rede elétrica quando há uma descarga
atmosférica muito forte.
Essa descarga, conhecida como surto elétrico, tem como consequência danificar
parcial ou totalmente os equipamentos conectados à tomada. Ou seja, compromete tanto a
rede elétrica quanto a telefônica.

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Figura 11 – Ilustração DPS

Desta forma, o DPS pode ser instalado na entrada padrão ou no Quadro de


Distribuição Geral (QDG), protegendo todos os aparelhos ou apenas um. De um lado, o
dispositivo está ligado à fase/ neutro; do outro extremo, à terra.
Quando há descargas atmosféricas, o dispositivo regula a tensão fornecida e a
absorve, escoando-a para o sistema de aterramento. Quando essa energia está além da sua
capacidade, o aparelho é queimado, acionando o dispositivo térmico que desliga toda a rede
elétrica, evitando danos aos equipamentos.
Para verificar se houve essa queima, todos os dispositivos de proteção possuem um
indicador de estado. Se ele ficar vermelho, é porque o circuito está danificado, precisando
ser trocado.
Os circuitos de dados e telefonia também devem ser protegidos por DPS.
No quadro de distribuição os DPS`s devem ser conectados na saída do disjuntor
termomagnético e a entrada do dispositivo DR e o barramento do aterramento conforme
mostra a figura10.

Figura 12 – Disjutor termomagnético, interruptor DR e DPS.

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Os DPS são instalados entre o condutor de fase e o terminal de aterramento da
instalação. Por isso a tensão nominal do DPS deverá ser a tensão fase-terra do sistema. Para
redes 220/127V, DPS 175V, redes 380/220V, DPS 280V e redes 440/254V, DPS 320V.

5. Quadro de Distribuição

O quadro de distribuição é o centro de distribuição de toda a instalação elétrica de


uma residência. Assim, a instalação elétrica é dividida em vários circuitos parciais, com a
finalidade de evitar sobrecargas, diminuir interferências, facilitar a manutenção, separar
cargas indutivas, etc.
Esses circuitos são separados por dispositivos de proteção para proteger os
condutores que alimentam diretamente as tomadas, as lâmpadas e os aparelhos elétricos.

Figura 13 – circuitos parciais de uma instalação.

O local da instalação do quadro deve ser de fácil acesso, o mais próximo possível do
centro de carga e distante de locais molhados como lavanderia, banheiro e cozinha. Deve
ser instalado a 1,2 m do piso acabado, medidos pela parte inferior do quadro. No mercado
são encontrados vários tamanhos de quadro, normalmente vendido pelo número de
disjuntores que serão acoplados.

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Figura 14 – Quadros de distruição.

5.1 Tipos de montagens do quadro de distribuição


Atualmente, os quadros são montados com disjuntores termomagnéticos e/ou
disjuntor diferencial residual. A quantidade de disjuntores é baseada no número de circuitos
terminais que a residência necessita. E a quantidade de fases, depende da quantidade de
carga instalada, ou seja, da quantidade de tomadas e lâmpadas.

5.2 Quadros com entrada monofásica, bifásica e trifásica


Esses tipos de montagens baseiam-se no tipo de fornecimento de energia. O
monofásico é realizado através de dois condutores, sendo um fase e um neutro, com tensão
de 127 V e potência até 10.000 W; o bifásico através de três fios condutores, sendo dois
fases e um neutro, tensão de 127 V e 220 V, e potência acima de 10.000 W até 20.000 W e
o trifásico através de quatro condutores, sendo três fases e um neutro. Abaixo estão
representados dois quadros utilizando disjuntor termomagnético na proteção geral e de cada
circuito parcial.

Figura 15 – Circuitos com proteção termomagnética.

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Atualmente, a norma NBR 5410, prevê a utilização de disjuntores DR na proteção
geral, conforme mostra as figuras abaixo:

Figura 16 – .Circuito com proteção termomagnética e diferencial residual.

A proteção pode ser realizada utilizando o interruptor IDR; entretanto ele deve ser utilizado
em conjunto com a proteção do disjuntor termomagnético, conforme as configurações
abaixo:

Figura 17a - IDR e DTM no quadro. Figura 17b - Uma proteção no medidor e outra no quadro.

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Os circuitos parciais também podem ser protegidos individualmente, principalmente
em áreas molhadas como banheiros, cozinha e lavanderias, conforme analisado
anteriormente. Nesses casos pode ser utilizado o interruptor DR para cada circuito ou
equipamento de potência alta como o chuveiro.

Figura 18 – Circuito parcial com proteção do IDR.

Conforme o local onde será instalado o quadro deve ser observado o grau de proteção dos
quadros

Figura 19 – IP conforme local de instalação


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Nos quadros de distribuição devem ser previstos espaços de reserva para ampliações
futuras, com base no número de circuitos com que o quadro for efetivamente equipado,
conforme abaixo.
Tabela 03 – Previsão de circuitos reservas

7. Interruptores

Os circuitos de iluminação podem ser comandados através de vários tipos de


interruptores. Todos os tipos possuem uma função específica de chaveamento e o cuidado
com a segurança do usuário. Desta maneira, torna-se importante a visualização da
instalação final antes da escolha do tipo de interruptor e seu posicionamento final. Dentre
os tipos, estudaremos os interruptores simples, bipolar, paralelo e intermediário.

7.1 Interruptor simples

O interruptor simples possui dois terminais que possibilita o acionamento da


lâmpada em apenas um ponto do ambiente. Normalmente, esse posicionamento é ao lado
da porta. A quantidade de pontos de luz num mesmo interruptor deverá levar em
consideração a corrente nominal do interruptor que normalmente é de 10A.

Figura 25 – Interrruptor simples – 2 pinos

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O modelo do interruptor Simples é parecido com o modelo do interruptor paralelo. Para
diferenciar basta verificar os dois pinos na parte traseira do interruptor.
7.1.1 Esquema elétrico
Verifique que no esquema elétrico do interruptor simples o condutor fase é
interrompido. Isto facilita na hora da troca de uma lâmpada queimada, pois com interrupção
do condutor fase o usuário fica protegido contra o choque elétrico.

Figura 26: Esquema elétrico do interruptor simples.

Na figura verifica-se que ao acionar o interruptor, o circuito é fechado, ou seja, a


fase chega até a lâmpada provocando uma d.d.p. e a passagem da corrente elétrica.
7.1.2 Representação final dentro dos eletrodutos
Perceba esta representação acompanha o caminho do esquema elétrico acima, ou
seja, o condutor fase caminha até o interruptor; do interruptor sai o condutor retorno que vai
até a lâmpada. A lâmpada por sua vez recebe o fechamento do condutor neutro. Muitos
“profissionais” não fazem a marcação dos condutores e encaminha o condutor neutro para
o interruptor, o circuito funciona, entretanto não protege o usuário.

Figura27: Circuito multifilar prático de interruptor simples.

Nos circuitos de iluminação externa, o esquema elétrico utilizado é o mesmo, porém


deve ser encaminhado também o condutor terra para fazer o aterramento da luminária a ser
ligada.
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7.1.3 Representação unifilar na planta

Figura28: Representação em planta baixa de circuitos com interruptor simples.

1. Dimmer

O dimmer que basicamente é composto por um resistor variável. Sua finalidade é


provocar uma queda de tensão para subtrai-la da carga principal. Assim, a tensão pode ser
diminuída fazendo variar a luminosidade e a velocidade nos ventiladores, como mostra o
esquema elétrico abaixo.

Existem varios tipos e modelos de Dimmer no mecado, entretanto eles são limitados
pela corrente do ponto de luz a ser controlado; pois são dispositivos utilizados para variar a
intensidade de uma corrente elétrica média em uma carga.

1.1 Esquema Elétrico

As ligações dos Dimmers consiste basicamente ligar o condutor fase e o condutor


retorno que liga o ponto de luz. Note que é a mesma sequência de ligação de um interruptor
Simples.

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Figura: Esquema elétrico do dimmer.

Observações:

• Esse tipo de controle não pode ser utilizado com as lâmpadas fluorescentes tubular
ou compacta, pois elas dependem de equipamentos auxiliares e uma tensão superior
para sua partida.
• As representações dentro da tubulação, diagrama multifilar e o diagrama unifilar
são as mesmas do interruptor simples.

7.2 - . Interruptor bipolar

Para lâmpadas que recebem alimentação através de duas fases (normalmente 220V),
devemos utilizar o interruptor bipolar. Sua função é interromper as duas fases e encaminhar
para a lâmpada dois fios retornos. Nessa condição a energia será interrompida sempre que o
circuito estiver desligado, permitindo manutenções e troca de lâmpadas com total segurança
para o usuário.

Figura 29 – Interruptor bipolar – 4 pinos.

Nos modelos apresentados acima, percebe-se que forma do interruptor Bipolar é


semelhante a de um interruptor Intermediário, por isso existe em sua placa de acionamento
a indicação de ligado e desligado (I – O).

7.2.1 Esquema elétrico

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O interruptor bipolar possui quatro terminais com dois contatos simultâneos.
Verifique que no esquema elétrico do interruptor os condutores fases são interrompidos.
Isto facilita na hora da troca de uma lâmpada queimada, pois com a interrupção do condutor
fase não existe possibilidade do choque elétrico.

Figura30: Esquema elétrico do interruptor bipolar.

7.2.2 - Representação final dentro dos eletrodutos

No esquema verifica-se a possibilidade de utilizar o interruptor bipolar num circuito


monofásico. O caminho do circuito dentro dos eletrodutos mostra que os dois condutores
fases devem ir até o interruptor e dele saem dois condutores retornos fechando a ligação
com a lâmpada. Perceba que a lâmpada fica isolada das fases quando esta desligada.

Figura31: Circuito multifilar prático de interruptor bipolar.

7.2.3 - Representação unifilar na planta

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Figura32 :Representação em planta baixa de circuitos com interruptor bipolar.

8. INSTALAÇÃO DAS TOMADAS E INTERRUPORES

O posicionamento final das tomadas em uma residência são: a 0,30 m do piso


acabado (baixa), a 1,3m do piso ( média) e a 2,2 m do piso (alta), tanto para as tomadas de
uso geral ou de uso especifico.

Figura 33 – Posicionamento das tomadas, interruptores e quadro.

9. PARTE PRÁTICA

MATERIAL UTILIZADO:

- Multímetro analógico;
- Amperímetro Alicate;
- Disjuntor Termomagnéticos monopolar, bipolar e tripolar;
- Interruptor DR;
- Interruptor simples,
- Tomada,
- Interruptor bipolar
- Lâmpadas
- Fios e cabos de ligação

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:

1. Teste dos componentes

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1.1 Mantenha o Quadro de Proteção(QP) DESLIGADO. Ligue as fases R(L1), S(L3) e T(L4)
na entrada do Disjuntor Tripolar a partir dos Bornes do QP;
1.2 Ligue as saídas R e S do Disjuntor Tripolar nas entradas do Disjuntor Bipolar;
1.3 Ligue a saída S do disjuntor Tripolar na entrado do Disjuntor Monopolar;
1.4 Ligue a saída T do disjuntor tripolar na entrada L do interruptor Diferencial e o N do borne
de entrada na entrada N.

Figura 34 – Diagrama de ligação

1.5 Ligue o QP, o Disjuntor Geral, o Disjuntor Tripolar, os Disjuntores Bipolar, Monopolar e o
Interruptor DR. Ajuste o Multímetro para medir tensão alternarda na escala de 750Vac e
meça as tensões nas saidas dos Disjuntores Bipolar, Monopolar e o Interruptor DR e
anote:
Saída do Disjuntor Bipolar: _________________

Saida doDisjuntor Monopolar e oNeutro: _______________________

Saída do Interruptor DR:_________________________________

2. Ligação do Interruptor Simples

2.1 Mantenha as ligações e desligue todos os disjuntores.

2.2 Ligue a saida do Disjuntor Monopolar na entrada (F) do Interruptor Simples, a saida (R )do
Interruptor Simples na entrada L1 da Lampada H1, a saida da Lampada H1 no Borne do
N.;

2.3 Acione os Disjuntores Tripolar e Monopolar, verifique se o circuito está funcionando e


meça a tensão e a corrente na lampada H1.Verifique o valor nominal do disjuntor (In)

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VL =___________

IL=____________

In=____________

Figura 35 – Diagrama Interruptor simples

3. Ligação do Dimmer

3.1Ligue a saida do Interruptor Diferencial (DR) na entrada (F) Dimmer, a saida (R) do Dimmer
na entrada L1 da Lampada H1, a saida da Lampada H1 no Borne N do DR.;

3.2 Acione os Disjuntores Tripolar e Monopolar, verifique se o circuito está funcionando e


meça a tensão e a corrente na lampada H1.Verifique o valor nominal do DR (In)

VL =___________

IL=____________

In=____________

4. Mantenha as ligações e desligue todos os disjuntores.

4.1 ligue as saidas do Disjuntor Bipolar nas entradas (F) do Interruptor Bipolar, as saida R do
Interruptor Bipolar nas entrada L1 e L2 da Lampada H2, a saida da Lampada H1;

4.2 Acione os Disjuntores Tripolar e Bipolarr, verifique se o circuito está funcionando e meça a
tensão e corrente na lampada H2 e o valor nominal do disjuntior.

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VL =___________

IL=____________

In=____________

Figura 36 – Diagrama interruptor bipolar

5. Desligue o Disjuntor Tripolar, e desmonte todos os circuitos que estão nas saidas dos
Disjuntores Bipolar, Monopolar e o Interruptor DR.

5.1Ligue a saida L do Interruptor DR na entrada do Resistor, a saida do Resistor na fase R


dos bornes do QP.

5.2Com o Interruptor DR ligado, ligue o Disjuntor Tripolar para verificar a atuação da proteção
DR.

Figura 38 – Diagrama IDR


Valor do Resitor: _________________________

Tensão entre as fases sobre o Resistor: ________________________

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