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CURSO DE COMPOSTAGEM DE
RESÍDUOS ORGÂNICOS
Belo Horizonte
Junho /2003
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COMPOSTAGEM – CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA OPERAÇÃO DO PROCESSO
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COMPOSTAGEM – CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA OPERAÇÃO DO PROCESSO
SUMÁRIO
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COMPOSTAGEM – CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA OPERAÇÃO DO PROCESSO
2 – O que é a Compostagem
A compostagem é definida como sendo a decomposição biológica do conteúdo orgânico
dos resíduos, sob condições controladas (CARDENAS & WANG, 1980; OBENG, 1982).
3 – Histórico da compostagem
Há milênios que o homem aprendeu a amontoar restos de animais e vegetais para
fermentar e, depois, empregar como adubo. (Ministério da Agricultura, 1980).
Os chineses têm empregado este sistema natural por milhares de anos, como um
processo intermediário no retorno de resíduos agrícolas e dejetos para o solo. As
técnicas eram artesanais e fundamentavam-se na formação de leiras ou montes de
resíduos que ocasionalmente eram revolvidos. Após cessar o processo de fermentação,
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Diversos autores, dentre eles, Howard (1920, 1933, 1935, 1938,1940), Howard e Wad
(1931), Beccari (1922), Shell (1954), Fairfield & Hardy trabalharam no aperfeiçoamento
da técnica de preparar adubos orgânicos, a partir de resíduos diversos, utilizando
técnicas tanto aeróbicas quanto anaeróbicas.
Nos últimos anos, os sistemas de compostagem por leiras sofreram um grande avanço,
o mesmo não ocorrendo com os sistemas mecanizados (STENTIFORD, 1986).
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5 – Preparo da matéria-prima
Mais da metade de todo o lixo domiciliar brasileiro é constituído de matéria orgânica,
boa parte proveniente de restos de alimentos ou de sobras de áreas ajardinadas que
podem, através da compostagem, retornar ao solo na forma de fertilizante orgânico.
O que pode ser compostado - Todo material de origem animal ou vegetal pode entrar na
produção do composto. Mas, para se ter um composto realmente de boa qualidade,
- restos de alimentos
- casca de frutas
- legumes
- hortaliças
- esterco / lodo
A matéria-prima a ser compostada deve estar livre de materiais inertes, ter partículas
com diâmetro médio de 35mm, umidade satisfatória (55%), concentração adequada de
nutrientes e uma relação carbono/ nitrogênio próxima a 35:1.
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Termômetro
1,20 a 1,50 m
2,00 m
» Método construtivo
» Material (folhas, palhas podas, restos de comida.
» Cobertura com material inerte.
Depois de montada, cada leira deve receber uma placa de identificação, nela constando
o número da leira e a data de montagem.
temperatura
taxa de oxigenação ou taxa de aeração
teor de umidade
concentração de nutrientes
tamanho da partícula
pH
8.1 TEMPERATURA
- as características da matéria-prima;
- o tipo de sistema utilizado;
- o controle operacional (teor de umidade, ciclo de reviramento, temperatura);
- a configuração geométrica das leiras.
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A medida da temperatura deve ser feita com termômetro de haste longa, que permita a
leitura no mínimo a cerca de 40 cm da superfície da leira.
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Formas de reviramento
(Aeração) da massa de compostagem
A aeração é feita através do
reviramento das leiras, podendo
ser manual ou mecânica.
A decomposição da matéria
orgânica depende, sobretudo, da
umidade, para garantir a atividade
microbiológica. Baixos teores de
umidade, menores que 40%
restringem esta atividade.
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PEREIRA NETO (1987) diz que a fração orgânica do lixo é fonte satisfatória de
aminoácidos, vitaminas, proteínas, sais minerais e macro e micro nutrientes, essenciais
à boa atividade de oxidação biológica, nos processos de compostagem.
Dentre os fatores operacionais, tem-se o aspecto econômico como principal, haja vista o
alto custo dos equipamentos de trituração (PEREIRA NETO, 1990).
8 .6 PH
Para a maioria das bactérias, a faixa ótima de pH fica entre 6 e 7,5 (PEREIRA NETO,
1986). Já para os fungos, situa-se na faixa de 5,5 a 8,0 (ALEXANDER, 1977).
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De acordo com essa fundação, essas usinas, que podem ser mecanizadas ou
simplificadas, apresentam basicamente os seguintes módulos: balança, fosso de
recepção, esteiras de catação, trituração, peneiramento e pátio de compostagem.
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10 – Referências Bibliográficas
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Adicionar à massa de
Material com excesso compostagem composto
de umidade maturado seco, terra vegetal
seca ou material palhoso
seco
Adicionar material
Material rico em nitrogenado: grama, lodo de
carbono esgoto, esterco de animal,
frações orgânicas do lixo
urbano, etc.
Adicionar material
Material rico em carbonáceo: folhas secas,
nitrogênio capim seco, etc. (OBS.:
nunca adicionar serragem)
Adicionar à massa de
Baixa atividade compostagem uma certa
microbiológica quantidade de matéria
orgânica de lixo ou de
esterco e promover uma
mistura criteriosa desses
materiais.
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Continuar o processo de
Presença de grande compostagem (fase ativa)
quantidade de material até que a temperatura
ativo: o material não permaneça na faixa
está completamente mesofílica
degradado como
deveria.
2 - Emissão de odor, atração de vetores 1º fase de Compostar o material com
( fatos que jamais deverão ocorrer na compostagem mal as recomendações
fase de maturação) feita, processo mal sugeridas
operado.
3 - Material continua com alta contagem Controle precário na Continuar o processo de
de patógenos ( > 102 col/g), ou alta primeira fase do degradação caso sejam
relação C/N ( > 18:1) processo registrados picos de
temperaturas termofílicas.
Prolongar o período de
maturação caso a
temperatura esteja na fase
mesofílica ( < 45 ºC) até que
os parâmetros se
normalizem: C/N < 15 e
patógenos < 102 col/g.
4 - Geração espontânea de vegetação Colonização de Retirar toda e qualquer
nas pilhas em maturação sementes por vegetação das pilhas.
pássaros, vento, etc.
Não utilizar o material em
Colonização atividades agrícolas nobres (
emergente do próprio hortas, jardins, etc.) e
material ( controle retorná-lo parcialmente para
precário na Segunda as leiras novas.
fase do processo) Ex.:
ervas daninhas