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Em internação hospitalar:
Em torno de 30% dos pacientes idosos desenvolverão delirium;
Podendo subir para 50% em pós cirúrgicos (principalmente cx ortopédica e cardíaca);
No CTI a incidência pode chegar a 75% nos pacientes idosos.
PRECIPITANTES:
Hospitalização
Anticolinérgicos
Opióides
Benzodiazepínicos
Polifarmácia
Distúrbios metabólicos
Infecções / sepse
CLÍNICA:
Declínio cognitivo agudo (perda de memória, desorientação, disfasia)
Flutuante (ao longo do dia, pior a noite)
Déficit de atenção (PRINCIPAL MANIFESTAÇÃO)
Alteração ciclo sono-vigília
Alucinação
Agitação
Sonolência
DIAGNÓSTICO:
DSM-V
- A. Distúrbio de atenção (capacidade reduzida de direcionar, focalizar, manter e
mudar a atençao) e da consciência (menor orientação para o ambiente);
- B. Se desenvolve de forma aguda (horas ou dias), representando uma mudança da
atenção e da consciência basal e tende a oscilar quanto a gravidade ao longo do
dia;
- C. Perturbação adicional da cognição (déficit de memória, desorientação, linguagem,
capacidade visuoespacial ou percepção)
- D. Itens A e C não são bem explicados por outro transtorno neurocognitivo
preexistente;
- E. Evidências de que a perturbação é consequência de outra condição médica,
intoxicação ou abstinência, de exposição a uma toxina ou de que ela se deva a
múltiplas etiologias.
2. DÉFICIT DE ATENÇÃO
3. PENSAMENTO DESORGANIZADO
OU
4. ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
DELIRIUM = 1 + 2 + (3 OU 4)
TRATAMENTO:
Medidas ambientais;
Se agitação psicomotora:
- Antipsicótico em BAIXA dose:
- Típicos (haloperidol)
- Atípicos (quetiapina, olanzapina, risperidona - escolha para parkinsonianos)
BENZODIAZEPÍNICOS?
Não devem ser utilizados, exceto se por abstinência alcoólica (delirium tremens) ou
abstinência pelo próprio benzodiazepínico.
PROFILAXIA?
Não existe evidência e não está indicado o uso.