DOCENTE
▪ALVES, Ruben. Filosofia da Ciência. Introdução ao jogo e suas regras. 10ª ed. São Paulo: editora
brasiliense, 1987.
▪ANDRADE, Maria Margarida. Como Preparar Trabalhos para Cursos de Pós-Graduação. Noções
práticas. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.
____. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 6º ed. São Paulo: Atlas, 2003.
ARNAL, J.; RINCON, D.; LATORRE, A. Investigación Educativa. Fundamentos y Metodologia.
Barcelona: LABOR, 1992.
▪ DEMO, Pedro. Introdução à Metodologia da Ciência.2ª ed. São Paulo: Atlas, 1987.
▪____. Pesquisa. Princípio Científico e Educativo. 8ª ed. São Paulo: Cortez, 2001.
▪ FAZENDA, Ivani (Org.). Metodologia da Pesquisa Educacional. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 1997.
▪GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projeto de Pesquisa. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1993.
LACATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico. 4ª ed.
São Paulo: Atlas, 1995.
▪LUCKESI, Cipriano et al. Fazer Universidade: uma proposta metodológica. 6 ed. São Paulo: Cortez,
1991.
▪LÜKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A.Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. São Paulo:
EPU, 1986.
1
Curso de Pedagogia Disciplina:Metodologia da
Produção Acadêmica e Científica
▪MACRAE, Sandy. Modelos y Métodos para las Ciencias del comportamiento. Barcelona: Ariel
Psicología, 1995.
▪ Normas da ABNT.
▪ RUIZ, J. Álvaro. Metodologia Científica – Guia para eficiência nos estudos. 3ª ed. São Paulo: Atlas,
1991.
▪SEVERINO, Antônio Joaquim. 22ª ed. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez, 2003.
▪ZABALA, M. A. LOS DIARIOS DE CLASE. Documento para estudiar cualitativamente los dilemas
prácticos de los profesores. Barcelona: PPU, 1991.
2
Curso de Pedagogia Disciplina:Metodologia da
Produção Acadêmica e Científica
E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS14
14
SEVERINO, Joaquim Antônio. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez, 2002. p. 47-
61
3
Curso de Pedagogia Disciplina:Metodologia da
Produção Acadêmica e Científica
comunicação entre as consciências não pode ser feita diretamente; ela pressupõe sempre a
mediatização de sinais simbólicos. Tal é, com efeito, a função da linguagem.
Assim sendo, o texto-linguagem significa, antes de tudo, o meio intermediário pelo qual
duas consciências se comunicam. Ele é o código que cifra a mensagem.
Ao escrever um texto, portanto, o autor (o emissor) codifica sua mensagem que, por sua
vez, já tinha sido pensada, concebida e o leitor (o receptor), ao ler um texto, decodifica a
mensagem do autor, para então pensá-la, assimilá-la e personalizá-la, compreendendo-a: assim
se completa a comunicação.
Em todas as fases desse processo, o homem, dada sua condição existencial de
empiricidade e liberdade, sofre uma série de interferências pessoais e culturais que põem em
risco a objetividade da comunicação. É por isso que se fazem necessárias certas precauções
que garantam maior grau de objetividade na interpretação dessa comunicação.
Tal a justificação fundamental para a formulação de diretrizes para o trabalho científico
em geral e para a leitura e composição de textos em particular.
O processo de realização do trabalho científico pode ser visualizado no seguinte
fluxograma:
4
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2. A ANÁLISE TEXTUAL
5
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3. A ANÁLISE TEMÁTICA
De posse dos instrumentos de expressão usados pelo autor, do sentido unívoco de todos
os conceitos e conhecedor de todas as referências e alusões utilizadas por ele, o leitor passará,
numa segunda abordagem, à etapa da compreensão da mensagem global veiculada na unidade.
A análise temática procura ouvir o autor, apreender, sem intervir nele, o conteúdo de sua
mensagem. Praticamente, trata-se de fazer ao texto uma série de perguntas cujas respostas
fornecem o conteúdo da mensagem.
Em primeiro lugar busca-se saber do que fala o texto. A resposta a esta questão revela o
tema ou assunto da unidade. Embora aparentemente simples de ser resolvida, essa questão
ilude muitas vezes. Nem sempre o título da unidade dá uma idéia fiel do tema. Às vezes apenas
o insinua por associação ou analogia; outras vezes não tem nada que ver com o tema. Em
geral, o tema tem determinada estrutura: o autor está falando não de um objeto, de um fato
determinado, mas de relações variadas entre vários elementos; além dessa possível
estruturação, é preciso captar a perspectiva de abordagem do autor: tal perspectiva define o
âmbito dentro do qual o tema é tratado, restringindo-o a limites determinados.
Avançando um pouco mais na tentativa da apreensão da mensagem do autor, capta-se a
problematização do tema, porque não se pode falar coisa alguma a respeito de um tema se ele
não se apresentar como um problema para aquele que discorre sobre ele. A apreensão da
problemática, que por assim dizer "provocou" o autor, é condição básica para se entender
devidamente um texto, sobretudo em se tratando de textos filosóficos.
Pergunta-se, pois, ao texto em estudo: como o assunto está problematizado? Qual
dificuldade deve ser resolvida? Qual o problema a ser solucionado? A formulação do problema
nem sempre é clara e precisa no texto, em geral é implícita, cabendo ao leitor explicitá-la.
Captada a problemática, a terceira questão surge espontaneamente: o que o autor fala
sobre o tema, ou seja, como responde à dificuldade, ao problema levantado? Que posição
assume, que idéia defende, o que quer demonstrar? A resposta a esta questão revela a idéia
central, proposição fundamental ou tese: trata- se sempre da idéia mestra, da idéia principal
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Curso de Pedagogia Disciplina:Metodologia da
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defendida pelo autor naquela unidade. Em geral, nos textos logicamente estruturados, cada
unidade tem sempre uma única idéia central, todas as demais idéias estão vinculadas a ela ou
são apenas paralelas ou complementares. Daí a percepção de que ela representa o núcleo
essencial da mensagem do autor e a sua apreensão torna o texto inteligível. Normalmente, a
tese deveria ter formulação expressa na introdução da unidade, mas isto não ocorre sempre,
estando, às vezes, difusa no corpo da unidade.
Na explicitação da tese sempre deve ser usada uma proposição, uma oração, um juízo
completo e nunca apenas uma expressão, como ocorre no caso do tema.
A idéia central pode ser considerada inicialmente como uma hipótese geral da unidade,
pois que é justamente essa idéia que cabe à unidade demonstrar mediante o raciocínio. Por
isso, a quarta questão a se responder é: como o autor demonstra sua tese, como comprova sua
posição básica? Qual foi o seu raciocínio, a sua argumentação?
É através do raciocínio que o autor expõe, passo a passo, seu pensamento e transmite
sua mensagem. O raciocínio, a argumentação, é o conjunto de idéias e proposições
logicamente encadeadas, mediante as quais o autor demonstra sua posição ou tese. Estabelecer
o raciocínio de uma unidade de leitura é o mesmo que reconstituir o processo lógico, segundo
o qual o texto deve ter sido estruturado: com efeito, o raciocínio é a estrutura lógica do texto.
A esta altura, o que o autor quis dizer de essencial já foi apreendido. Ocorre, contudo,
que os autores geralmente tocam em outros temas paralelos ao tema central, assumindo outras
posições secundárias no decorrer da unidade. Essas idéias são como que intercaladas e não são
indispensáveis ao raciocínio, tanto que poderiam ser até eliminadas sem truncar a seqüência
lógica do texto. Associadas às idéias secundárias, de conteúdo próprio e independente,
complementam o pensamento do autor: são subtemas e subteses.
Para levantar tais idéias, basta ler o texto perguntando se a unidade ainda é questão de
outros assuntos.
Note-se que é esta análise temática que serve de base para o resumo ou síntese de um
texto. Quando se pede o resumo de um texto, o que se tem em vista é a síntese das idéias do
raciocínio e não a mera redução dos parágrafos. Daí poder o resumo ser escrito com outras
palavras, desde que as idéias sejam as mesmas do texto.
É também esta análise que fornece as condições para se construir tecnicamente um
roteiro de leitura como, por exemplo, o resumo orientador para seminários e estudo dirigido.
Finalmente, é com base na análise temática que se pode construir o organograma lógico
de uma unidade: a representação geometrizada de um raciocínio.
4. A ANÁLISE INTERPRETATIVA
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5. A PROBLEMATIZAÇÃO
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Os problemas podem situar-se no nível das três abordagens anteriores; desde problemas
textuais, os mais objetivos e concretos, até os mais difíceis problemas de interpretação, todos
constituem elementos válidos para a reflexão individual ou em grupo. 0 debate e a reflexão são
essenciais à própria atividade filosófica e científica.
Cumpre observar a distinção a ser feita entre a tarefa de determinação do problema da
unidade, segunda etapa da análise temática, e a problematização geral do texto, última etapa
da análise de textos científicos. No primeiro caso, o que se pede é o desvelamento da situação
de conflito que provocou o autor para a busca de =a solução. No presente momento,
problematização é tomada em sentido amplo e visa levantar, para a discussão e a reflexão, as
questões explícitas ou implícitas no texto.
6. A SÍNTESE PESSOAL
A discussão da problemática levantada pelo texto, bem como a reflexão a que ele
conduz, devem levar o leitor a uma fase de elaboração pessoal ou de síntese. Trata-se de uma
etapa ligada antes à construção lógica de uma redação do que à leitura como tal. De qualquer
modo, a leitura bem feita deve possibilitar ao estudioso progredir no desenvolvimento das
idéias do autor, bem como daqueles elementos relacionados com elas. Ademais, o trabalho de
síntese pessoal é sempre exigido no contexto das atividades didáticas, quer como tarefa
específica, quer como parte de relatórios ou de roteiros de seminários. Significa também
valioso exercício de raciocínio - garantia de amadurecimento intelectual. Como a
problematização, esta etapa se apóia na retomada de pontos abordados em todas as etapas
anteriores.
CONCLUSÃO
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ESQUEMA
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Produção Acadêmica e Científica
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1- VISÃO GERAL
Entende-se por trabalho científico aquele que, para ser executado, exige a utilização de
métodos e técnicas de investigação, e que no decorrer de sua realização são usados processos
de observação, descrição, análise, demonstração, com uso de normas metodológicas. O
trabalho científico se caracteriza por ter base em processo cumulativo e não ser um produto
pronto, dado como verdade única e eterna. Por outro lado, reveste-se de conhecimento em
permanente movimento. Constitui verdade provisória e produz ciência ou deriva de parte dela.
Este capítulo tem por objetivo descrever o que são trabalhos acadêmicos, suas
modalidades, princípios gerais, tipologia e normas e passos necessários para a sua elaboração,
apresentação e sustentação. Embora existam muitos livros que tratam desse assunto, existem
muitas discrepâncias em relação ao que determina a normalização feita pela ABNT, que regula
o assunto por meio da NBR 14724/2001. Outras normas da ABNT podem ser consultadas a
respeito desse tema, tais como NBR 6023/2002, NBR 6024/1989, NBR 6027/1989, NBR
6028/1989 e NBR 10520/2002, além das normas de tabulação do IBGE e Código de
Catalogação Anglo-Americano editado pela FEBAB. Os principais tipos de trabalhos
acadêmicos são a tese, a dissertação, a monografia, o trabalho de conclusão de curso de
graduação(TCC), trabalho de graduação interdisciplinar (TGI), trabalhos de disciplinas ou
módulos de cursos de graduação e outros trabalhos para serem apresentados para instituições,
bancas, comissões examinadoras, especialistas, etc.
Outros tipos de trabalhos acadêmicos e científicos são a comunicação cientifica, o artigo
cientifico, o informe científico, o ensaio teórico e a resenha crítica ou ressenção crítica. Estes
trabalhos podem ser apresentados em eventos científicos.
Conquanto a ABNT, pela NBR 14724/2001, trate da tese e da dissertação no mesmo
nível dos trabalhos propriamente ditos, acadêmicos, como o TCC, o TGI e outros de
conclusão de disciplina, módulos, estudos independentes, etc., optou-se nesta obra por dar ao
leitor a oportunidade de ter em mãos esquemas diferenciados e enriquecidos de tese,
dissertação e monografia, por entender que são trabalhos que exigem um esforço maior do
estudante, considerando que titulam o nível de pós-graduação com graus terminais de doutor,
de mestre e não terminal de especialistas, todavia sem desrespeitar a normalização oficial.
Quanto aos trabalhos ditos acadêmicos propriamente, estes serão descritos em parte
especial, em que se observam as normas determinadas. Considerando que são trabalhos em
nível de graduação, o tratamento será com mais detalhamento e com todos modelos e padrões
aceitável, com vistas a dar ao estudante elementos para que possa elaborar trabalhos de
elevado padrão de qualidade.
2- TESE
15
SANTOS DOS, Izequias Estevam. Textos selecionados de métodos e técnicas de pesquisa
científica. Rio de Janeiro: Ímpeto, 2003.
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3- DISSERTAÇÃO
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6.1- Introdução
Apresentação do assunto como um todo.
Elemento explicativo do autor ao leitor.
Colocação ou estabelecimento claro do assunto
Definição objetiva e clara sem deixar dúvidas do campo abrangido.
Indicação da finalidade e o objetivo do estudo, informando sob que ponto de vista é
tratado o assunto.
Exposição sobre tópicos principais do texto, dando a ordem e roteiro de exposição.
Descrição do que se pretende no estudo a ser feito.
6.3 - Desenvolvimento
. Todo trabalho intelectual ou cientifico tem este item
. Pode ser dividido em capítulos.
. Nas Dissertações e Teses contar os seguintes itens:
. Materiais, técnicas e métodos, responde à questão: como?
. Resultados: devem ser agrupados, analisados e utilizados.
14
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Produção Acadêmica e Científica
6.4 - Conclusão
Observação: Nas monografias, parte textual pode ser dividida em capítulos ou ser
disposta da seguinte forma: introdução, explicação, discussão, demonstração, conclusão,
recomendação.
Parte Pré-Textual
. Capa inicial
. Folha de rosto
. Ficha catalográfica
. Errata
. Página de aprovação
. Página de dedicatória
. Página de agradecimento
. Resumo
. Resume
. Abstract
. Índice ou sumário
. Lista de quadros, lâminas, gráficos, esquemas, siglas, apêndice e anexo(cada um
em folha separada).
Parte Textual
Capítulo I – O Problema
. Introdução
. Formulação da situação – Problema
. Objetivo, delimitação e importância do estudo
. Questões e/o hipótese a investigar
. Referencial teórico – Conceitual
. Definição de termos
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. Objetivos de revisão
. Fontes de revisão
. Introdução
. População e amostra
. Tratamento experimental
. Tratamento experimental
. Instrumento de medida
. Coleta de dados
. Tratamento e análise dos dados
. Limitação de método
. Apresentação
. Discussão
Parte Pós-textual
. Bibliografia
. Apêndice
. Anexos
. Glossário
. Capa final
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Produção Acadêmica e Científica
6.8.2 - Conteúdo
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Não reproduz experiências, para verificar se estão certas, como acontece nas dissertações e
nas teses.
6.8.3 - Finalidade
Comunicar aos ouvintes o resultado de seu trabalho e seu saber. Levar outras pessoas a
reflexionarem e a perceberem coisas e fatos do cotidiano que estão próximas, de forma
diferente. Influenciar, motivar, despertar outras pessoas para produzirem saber e
conhecimento.
6.8.4 - Público
6.8.5- Estrutura
Mesmo padrão exigido nos trabalhos científicos em nível internacional. Deve ser observado que os
assuntos podem diferir quanto ao conteúdo e material, mas nunca quanto ao aspecto formal, que
possui três fases:
6.8.6- Linguagem
Folha de rosto:
Sinopse da apresentação:
É um resumo, ou apresentação, redigida pelo autor. Em caso de publicação, poderá ser feita
pelo editor. Pode ser colocada antes da introdução ou no final. Deve ser escrita na língua
pátria, inglês ou outro idioma de grande alcance internacional.
Conteúdo :
18
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APRESENTAÇÃO: Ler com clareza e formalmente o que está escrito. Prender a atenção dos
ouvintes. Dar ênfase às palavras-chaves.
ARGÜIÇÃO: Responder aos questionamentos com atenção e respeito. Não sabendo, ser
sincero, não responder.
Deve ser formal, tendo a reunião um dirigente ou presidente da mesa, um secretário e o orador
(autor do trabalho). A apresentação é previamente acertada quanto: ao tempo de exposição,
tempo de argüição, se as perguntas serão de forma oral ou escrita. É melhor por escrito, se
houver bastante tempo para a argüição.
7- ARTIGO CIENTÍFICO
Estudo reduzido, mas completo, quanto aos assuntos tratados. Não é livro, mas pode
constituir parte dele. É o resultado de pesquisa, porém reduzida.
7.1- Divulgação
Revista e periódicos especializados não podem ficar sem divulgação; podem ser lidos e
discutidos por grupos especializados (pesquisadores, professores, técnicos).
7.1.1- Tipos
- Roteiro:
Artigo de Análise :
É analisada cada parte do texto em estudo. Descreve, classifica, define, entra em detalhe, dá
exemplo.
- Roteiro:
19
Curso de Pedagogia Disciplina:Metodologia da
Produção Acadêmica e Científica
- Roteiro:
e) Deve ser observado: redação clara, simples, técnica, de modo a ser entendida por todos.
f) Pode ser divulgado por escrito, oralmente ou em periódico. Pode ser discutido de várias
formas.
d) Permite mais liberdade ao autor para defender uma determinada posição sem ter de se
apoiar no rigor da metodologia científica (pesquisa e bibliografia).
h) É preferido por grandes pensadores e pode ser feito em quaisquer áreas do conhecimento
humano.
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Curso de Pedagogia Disciplina:Metodologia da
Produção Acadêmica e Científica
a) Descrição minuciosa que envolve certo número de fatos e não apenas um.
A resenha deve responder a alguns questionamentos, tais como: qual o assunto, suas
características e as suas abordagens; quais os saberes anteriores descritos na obra e qual o seu
direcionamento; se é acessível, se é bom, agradável e aconselhado ao público; se o conteúdo
servirá ao grupo. Estas indagações e quesitos devem ser respondidos, também, em relação ao
autor, na elaboração da resenha.
a) Referência Bibliográfica :Autor, Título, Imprensa (local, edição, editora, data). Número de
páginas, ilustrações (tabelas, gráficos, fotos).
c) Conhecilnento: resumo detalhado das idéias principais. De que trata a obra, o que ela diz. Se
possui característica especial. Como foi abordado, e se exige outros conhecimentos.
d) Conclusão do autor: existe conclusão ou não. Onde está (final do livro ou nos finais dos
capítulos. Quais foram as conclusões).
e) Quadro de Referênci do autor: modelo teórico, que teoria serviu de base, que método usou:
apreciação, mérito da obra, estilo, forma, indicação da obra.
7.4.3.3- Digesto
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Curso de Pedagogia Disciplina:Metodologia da
Produção Acadêmica e Científica
Discrição parafraseada do conteúdo da obra, podendo ser feita por parte ou capítulo da obra
ou num texto cobrindo todos capítulos ou partes. Não pode ser longa, devendo a escrita ser
simples, clara e objetiva.
Onde pode ser localizada, se está esgotada ou não. Informação se a obra está disponível para
venda, empréstimo ou apenas consultas e se onde está em depósito é particular ou público.
7.4.3.6- Resenhista
Após o término da resenha, à direita e abaixo do texto cinco espaços, colocar o nome, título
maior e principal função do resenhista.
Quando o conteúdo é inédito ou original. Quando contribui de forma elevada para ampliar
conhecimentos. Seus escritos têm de permitir que um pesquisador ou cientista possa
reproduzir os experimentos e obter os resultados do autor. Verificar as observações e obter os
resultados descritos. Repetir as observações e comprovar as conclusões do autor. Verificar a
exatidão das análises e deduções.
Traz no seu conteúdo informações novas. Não vem redigido com detalhes. Não permite
verificar provas. São escritos que guardam segredos. Em geral estão ligados a órgãos de
pesquisa pertencentes ao setor produtivo. Deve ser publicado rapidamente. Pode aparecer em
forma de carta contendo tópicos principais da descoberta ou ensaio.
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0 papel usado para digitação ou datilografia é do tipo A4, tamanho 21 29,7cm, ou a critério da
instituição à qual o trabalho será apresentado. As folhas numeradas a partir da primeira folha
da parte textual em algarismo arábico se entanto, consideradas, mas não numeradas a partir da
folha de rosto. A numeração colocada no anverso no canto direito da folha a 2cm de banda
superior, ficando o número a 2cm da borda direita da folha. No caso de trabalho com mais de
um volume, é mantida uma única seqüência de numeração em todos os volumes. Os apêndices,
anexos e glossário às folhas também são numeradas, dando a seqüência ao texto principal. No
caso de uso de verso da folha, a numeração fica ao alto, à esquerda, a 2cm superior da folha.
Nas teses, dissertações e monografias, TCC, TGI e outros relatórios científicos não editados
somente é usado o anverso da folha.
a) Margem
As margens são de 3cm, esquerda e superior, e de 2,5 cm, a direita e inferior. Os livros e
relatórios editados seguem outras normas.
b) Espacejamento:
A numeração das partes ou seções dos trabalhos deve obedecer a algumas regras; se o
trabalho é dividido em grandes partes, devem ser colocadas na margem esquerda em maiúscula
e seguida de letra maiúscula também. Ex.: PARTE A. PARTE B. PARTE C. As partes
podem ser numeradas com arábicos consecutivos separados por ponto. Ex.: 2.1, 2.2, 2.3. A
numeração dos capítulos e feita em arábicos não seguidos de pontos e acompanhados da
palavra capítulo. Se o trabalho é extenso e tem seções, estas são ordenadas com letras
maiúsculas e as subseções são antecedidas por letras maiúsculas. Outra forma de numerar as
partes do trabalho é a progressiva, que utiliza números romanos para os capítulos e arábicos
para as partes.
c) Fonte
Para texto é usada a fonte de tamanho 12; para citações destacadas e notas de rodapé,
fontes de tamanho 10. Títulos de seções fonte de tamanho 11 caixa alta ou baixa. Em dados de
capas, folhas de rosto, devem ser usadas fontes de tamanho 12 e 14cm caixa alta ou baixa,
dependendo da estética.
Os trabalhos científicos devem ser elaborados com discursos feitos sem fugir de alguns
princípios e regras básicos, para evitar interpretações ambíguas que possam tirar a legitimidade
e cientificidade dos mesmos.
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Curso de Pedagogia Disciplina:Metodologia da
Produção Acadêmica e Científica
0 estilo deve ser de limpeza e zelo, com observância às regras gramaticais inclusive na
separação de palavras, nas formatações e tipos de letras. Os parágrafos devem ter início a oito
ou dez toques da margem esquerda. Cada palavra deve ter o seu sentido próprio, isto é, não
deve ter duplo sentido, dando margem a várias interpretações.
A escrita deve ser informativa, técnica e racional e não pode ter sentido, histórico ou de
preciosismo literário. As frases devem ser feitas na ordem direta, devem ser curtas, assim como
os parágrafos não devem ser extensos. A linguagem simples, cIara, objetiva, impessoal e
concisa, sem ter erros e vícios.
A impessoalidade, evita o uso da primeira pessoa, com frases do tipo "eu fiz", "na
minha opinião". 0 tipo de escrita na primeira pessoa induz o autor a muitos erros e traz ao
trabalho um certo grau de subjetividade. A forma mais indicada são as frases do tipo “tal
estudo", “oestudo pretendido".
Ter estilo simples, mas sem deixar de zelar pela clareza, simplicidade e obediência às
regras gramaticais são pontos de suma importância na redação científica.
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Curso de Pedagogia Disciplina:Metodologia da
Produção Acadêmica e Científica
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Curso de Pedagogia Disciplina:Metodologia da
Produção Acadêmica e Científica
A pesquisa, qualquer que seja ela, tem a priori três fases que se integram e interagem,
que são: o planejamento, a execução e a apresentação. As duas primeiras etapas se
materializam por meio do projeto de pesquisa e a terceira, com o relatório de pesquisa e o
problema da pesquisa.
1. Projeto de Pesquisa
Toda pesquisa se inicia quando o estudioso é tomado por unia perplexidade em torno
de um problema e necessidade, surgindo as conjecturas para dar tratamento ou resposta à
questão. Nesse momento começa a elaboração do projeto, quando são formuladas as seguintes
indagações: Quem? 0 que quero descobrir ou o que quero fazer? Por quê? Para que e para
quem fazer? Onde? Como? Quem? Com quanto? Quando fazer? Com quanto fazer?
16
SANTOS DOS, Izequias Estevam. Textos selecionados de métodos e técnicas de pesquisa
científica. Rio de Janeiro: Ímpeto, 2003, p. 191-202.
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Curso de Pedagogia Disciplina:Metodologia da
Produção Acadêmica e Científica
3º) Por quê, para quê e para quem? Referem-se às justificativas da pesquisa (por quê), motivos
de ordem prática e teórica que ensejam pesquisar o assunto e o que trará de lucro ou benefício
para a sociedade. Objetivos gerais da pesquisa (para quê) é a definição clara do que se deseja
conseguir com o estudo, exposto de maneira bem geral e abrangente, mas sem ser muito
extensiva. Para quem? Refere-se aos objetivos específicos e deve conter as situações
particulares pela aplicação dos objetivos gerais.
4º) Onde? Como? Com quê? Quanto? Quando? Nesta parte está considerado o trabalho em si,
ou seja, o plano de experimento. Onde e como, referem-se ao campo de observação e variáveis
que sejam importantes para o estudo, catactetísticas da população. Justificativa do uso de
amostras, se for o caso, e plano de experimento que será usado na pesquisa. Os instrumentos a
serem usados (com quê) devem ser descritos e relacionadas as informações que se deseja
colher, quais serão os procedimentos e que resultados se pretende obter com os dados
coletados. Quanto?, relaciona-se com o uso das provas estatísticas, tais como a forma de
obtenção e de tratamento dos dados estatísticos, tipos de tabelas e maneira de elaborá-las, que
tipos e quais as provas que serão dimensionadas para comprovar as hipóteses, além da
previsão da interpretação dos dados. Quando?, responde sobre a definição de tempo para
planejamento, execução e apresentação da pesquisa, compreendendo todas as suas fases. É o
cronograma.
5º) Com quanto fazer? Toda e qualquer pesquisa, para ser feita, envolve gastos e esta pergunta
se refere ao orçamento ou plano de custos. Nele devem ser incluídos os gastos com recursos
materiais e humanos de maneira bem discriminada.
Castro (1977,p. 113-119) dimensiona o projeto de pesquisa em doze etapas, que são:
1ª) 0 que estou querendo descobrir? 2ª) Estabelecimento dos objetivos com a do projeto. 3ª)
Determinação do valor da pesquisa. 4ª) A escolha das variáveis empíricas. 5ª) Cálculo do valor
na precisão e do custo do erro. 6ª) A intimidade da pesquisa. 7ª) A determinação dos
obstáculos mais sérios na pesquisa. 8ª) ) A escolha dos métodos. 9ª) Preparar uma descrição
detalhada dos métodos de análise. 10ª) A coleta de dados. 11 A análise dos dados. 12ª) A
redação do relatório de pesquisa.
Para Gil um projeto de pesquisa deve ser composto das seguintes partes: “Identificação,
Objetivos, Justificativa, Sistema conceitual, Teoria de base, Metodolo Suprimentos e
Equipamentos, Anexos e Bibliografia."
Existem vários modelos de projetos de pesquisa, com nomenclaturas diferentes, mal que
acabarn por significar a mesma coisa. Para efeito puramente didático, é adotado o seguinte
esquema de projeto de pesquisa.
27
Curso de Pedagogia Disciplina:Metodologia da
Produção Acadêmica e Científica
1- Identificação
2 - Objetivos
3- Justificativa
4- Sistema conceitual
5- Teoria de base
6 - Metodologia
7 - Orçamento ou custo
8- Instrumentos
9- Cronograma
10- Bibliografia
11 - Anexos
1 - Identificação:
Título da pesquisa
Entidade executora
• Autor do projeto
• Coordenador da pesquisa
Equipe técnica
• Pessoal de apoio
Local e data
2 - Objetivos:
28
Curso de Pedagogia Disciplina:Metodologia da
Produção Acadêmica e Científica
3- Justificativa:
4 - Sistema conceitual:
É exigido quando o projeto de pesquisa trata de tema complexo.
Se for este o caso, deve ser feita a conceituação clara dos termos contidos na questão
a ser estudada e nas hipóteses formuladas.
Não precisa descrever este item em pesquisas cujas referências empíricas são claras
como nos estudos de grupos por idade, sexo, escolaridade, estado civil, nacionalidade
ocupação, etc..
5 - Teoria de base:
Somente é exigido quando existe uma ou mais teorias que sustentam o estudo a ser
feito. Depende da área da ciência onde se está se realizando a pesquisa.
Os estudos nas áreas da Antropologia, Economia, Psicologia, Ciência Política e
Sociologia têm suporte em teorias para o que é importante dimensionar qual ou teorias
fornecem indicação à pesquisa.
6 - Metodologia:
Seleção das técnicas de coleta de dados, demonstrando-os por quais instrumentos será
feita a coleta de dados, como será feita a tabudação, a análise dos dados e qual a forma
do relatório.
29
Curso de Pedagogia Disciplina:Metodologia da
Produção Acadêmica e Científica
Para efeito de pesquisa, "população” não significa apenas pessoas ou habitantes, mas
sim, a totalidade de elementos de um determinado universo.
7 - Orçamento ou custo:
• Os custos com pessoal colaborador devem ser feitos em dias e, para os consultores, em
horas trabalhadas.
Entre os dados que devem constar de forma detalhada no orçamento estão: salários,
honorários diárias, transporte, computação,etc.
- Responde à indagação: Com quanto?
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Pós-graduação em Educação Infantil Disciplina: Metodologia da
Produção Acad~emica e Científica
Tal como o nome implica, a pesquisa-ação visa produzir mudanças (ação) e compreensão
(pesquisa). A consideração dessas duas dimensões, mudanças e compreensão, podem dar uma
importante contribuição na elaboração do projeto de pesquisa. Assim, as possibilidades de uso são
muito grandes, desde um professor em uma pequena escola numa região afastada dos centros
urbanos, até um estudo sofisticado de mudança organizacional com uma grande equipe de
pesquisadores financiado por importantes organizações. Cohen e Manion (1990), apontam três
possibilidades: o professor individual que trabalha em uma sala de aula para produzir determinadas
mudanças ou melhorias no processo de ensino-aprendizagem; a pesquisa feita por um grupo que
trabalha solidariamente, assessorados ou não por um pesquisador externo e, em último lugar, um
professor ou professores que trabalham com um pesquisador ou uma equipe de pesquisa com um
relacionamento permanente.
Ao igual que toda metodologia de pesquisa, as diversas tendências ideológicas do
pesquisador ou do grupo, influenciarão a escolha do marco teórico, a interpretação dos resultados e
as conclusões do trabalho.
Consideremos a idéia de Bob Dick (1997). Feche os olhos e imagine a seguinte situação:
Você tem alguma experiência em pesquisa, formado em ciências sociais e/ou humanas. Foi
contratado como consultor por uma associação de moradores da sua cidade, dentro de um
programa que procura mudanças num determinado bairro. Desconhecem-se os problemas, portanto,
é necessária uma quantidade de diagnóstico inicial. Sabe que o conhecimento sobre a situação da
associação surgirá no transcurso da pesquisa. O tempo é limitado. Portanto, precisa de metodologias
eficientes. Além disso, o grupo de associados espera participar do programa.
Você deseja que o programa seja adequado e que tenha um bom resultado. Portanto, deve
procurar que os membros do grupo compreendam o que estão fazendo. Também, espera melhorar a
sua compreensão das pessoas, sistemas e mudanças. Em outras palavras, quer combinar pesquisa
com a consultoria.
Na sua graduação estudou uma ou outra disciplina de pesquisa social, e já formado
participou em alguns projetos. Aprendeu a importância do empirismo, problemas bem definidos,
variáveis conhecidas e controladas, instrumentos estruturados, técnicas estatísticas de análise de
dados claramente estabelecidas,etc. No entanto, tem constatado as dificuldades práticas de aplicar
as metodologias e técnicas aprendidas.
Neste caso, não conhece o suficiente da situação, de tal maneira que não pode formular uma
pergunta específica de pesquisa, não conhece o número de variáveis a incluir, não pode padronizar
o processo de pesquisa, e o grupo deseja participar do processo.
O quê fazer ?
Muitos “pesquisadores” diriam que não tem possibilidade de fazer pesquisa, pois não existem
as condições metodológicas exigidas para um trabalho “confiável” e “científico”.
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Pós-graduação em Educação Infantil Disciplina: Metodologia da
Produção Acad~emica e Científica
resultado da discussão e reflexão crítica com os participantes do grupo. Não é fácil, mas vale a pena.
O método científico evoluiu, entre trancos e barrancos para chegar a sua fase atual. A pesquisa-
ação é recente, está evoluindo.
Objetivos da pesquisa-ação.
Seguindo as idéias de diversos autores (Kemmis e McTaggart, 1982; Dick, 1997 e 1998;
Arellano, (s.d); O´Brien, 1998), a pesquisa-ação procura a mudança, mas, uma mudança para
melhorar. Assim, os seus principais objetivos são:
1. Melhorar: - a prática dos participantes;
- a sua compreensão dessa prática; e
- a situação onde se produz a prática.
2. Envolver: - assegurar a participação dos integrantes do processo.
- assegurar a organização democrática da ação.
- propiciar compromisso dos participantes com a mudança.
Diagnóstico
Reflexão Ação
Avaliação
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Pós-graduação em Educação Infantil Disciplina: Metodologia da
Produção Acad~emica e Científica
Uma forma de começar poderia ser que todos os participantes escrevessem suas respostas
e comentários em folhas de papel. As folhas seriam colocadas na parede, provocando debates e
interpretações dos assuntos colocados.
Uma outra forma de proceder é aplicar aos participantes um questionário de reflexão, um ou
dois dias antes da primeira reunião de trabalho. O referido questionário inclui perguntas abertas que
permitirão aos participantes especificar e contextualizar a situação e os problemas.
De acordo com Snyder (apud. Dick,1997), existem três etapas no processo de avaliação.
Cada uma oferece uma forma diferente de avaliar e cada fase baseia-se na anterior. A avaliação do
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Pós-graduação em Educação Infantil Disciplina: Metodologia da
Produção Acad~emica e Científica
processo ajuda, entre outros, aos participantes do projeto a compreender o processo, a relação entre
os elementos do modelo, e a importância dos recursos e atividades desenvolvidas para alcançar as
metas e ideais. Inclui o desenvolvimento de ideais, definição de metas, comparação das metas e
ideais, definir atividades e efeitos imediatos, comprar metas e efeitos imediatos, definir recursos,
comparar atividades e recursos e, planejar nos atividades ou mudanças nas atuais.
A avaliação dos resultados refere-se à sua medição. Com base na avaliação do processo, os
participantes podem identificar indicadores válidos e objetivos para medir os resultados alcançados.
Alem disso, a avaliação dos resultados e uma maneira de revisar a avaliação do processo e mostrar
a eficiência do projeto. Inclui, destacar metas mensuráveis, efeitos imediatos mensuráveis,
atividades, e recursos mensuráveis, como também, desenvolver atividades de monitoração.
A avaliação cíclica utiliza os indicadores da avaliação dos resultados para desenvolver uma
efetiva realimentação. Em outras palavras, a avaliação cíclica contribui para que o projeto se
transforme em um sistema auto-desenvolvido com um aperfeiçoamento contínuo. Inclui, a
identificação de critérios de avaliação, informações para a avaliação, fontes de informação, criação
de sistemas de informação, revisão das avaliações de processo e dos resultados e, a criação de
mecanismos de revisão.
1 2 3
avaliação >>>> avaliação >>>> avaliação
do processo dos resultados cíclica
Para Dick (1998) os indicadores de desempenho devem ser capazes de mostrar progressos
em direção às metas e poderem ser utilizados por qualquer participante do projeto.
Na prática existem quatro condições que se aplicam ao desempenho dos indicadores:
- Devem ser uma amostra adequada dos elementos que compõem a visão do projeto (o que
se espera do futuro);
- para cada elemento, deve-se incluir os recursos utilizados e os efeitos imediatos, tanto
intencionais, quanto não intencionais;
- são utilizados e periodicamente revisados pelas pessoas que estão mais envolvidas com o
projeto. Não entanto, podem ser utilizados por outros participantes;
- são indicadores e não medidas. Assim, se um indicador não “resulta”, devem-se procurar os
motivos. Não significa, necessariamente, que o desempenho caiu.
No caso de não existir acordo na avaliação, o grupo pode utilizar as formas convencionais de
atividade grupal, como fazer uma votação. No entanto, raramente é necessário. Geralmente, após
um debate demorado é relativamente fácil alcançar um acordo razoável e justo sobre o êxito e os
resultados do projeto coletivo. Durante o projeto, os participantes aprenderam a compreender o
ponto de vista dos outros e, portanto, raramente porfiam na manutenção de suas opiniões originais.
Pelo contrário, com o transcurso do tempo, a atmosfera do grupo tende a ser mais entusiasta, e a
avaliação dos resultados pode chegar a ser muito positiva pelo clima existente. Para comprovar a
solidez da avaliação, o pesquisador pode ter uma segunda avaliação, aplicando, posteriormente, um
questionário ou entrevista aos participantes.
Em todo caso, a prática usual em pesquisa-ação é que o grupo avalia os resultados do
processo. Uma avaliação deste tipo está consoante com o ritmo normal da metodologia, sendo o
único modo eficiente pelo qual o grupo pode finalizar o trabalho, um acordo coletivo no qual os
resultados do trabalho serão confirmados como positivos.
Desenvolvido este processo, passamos à quarta, e última, etapa : a reflexão.
Neste momento procede-se à avaliação do aprendizado dos participantes e os resultados
teóricos. Participar em um projeto de pesquisa-ação é interessante e gratificante, particularmente,
pelo desenvolvimento das formas de pensar e trabalhar dos membros do grupo, suas habilidades,
atitudes e comportamento. Outrossim, durante o desenvolvimento da ação, o grupo pode estabelecer
a capacidade da comunidade de sustentar o projeto, ou outras ações a serem desenvolvidas.
Nesta etapa, o grupo, como um todo, faz uma análise crítica do processo. Possíveis
problemas de comunicação, relacionamento entre pesquisador e outros membros do projeto,
avanços, obstáculos, potencialidades e outros. Geralmente, a análise começa com o cumprimento
das metas.
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Produção Acad~emica e Científica
Coleta de informações
Se esta fosse uma pesquisa convencional, as recomendações levariam o pesquisador a
coletar todos os “dados”. Após dos dados ser coletados, começaria a codificação. Posteriormente,
faria a interpretação dos resultados e o relatório.
Na pesquisa ação, pode-se melhorar substancialmente a rigor do trabalho combinando a
coleta de informações, a interpretação, a revisão da literatura e, do relatório. O desenvolvimento da
interpretação das informações desde o primeiro momento, permite dispor de mais tempo e mais
ciclos para testar essas informações. Neste sentido, apenas um projeto de pesquisa-ação é
semelhante a um programa de pesquisa convencional. Em outras palavras, um ciclo de pesquisa
ação é semelhante a um experimento completo. Cada ciclo da pesquisa ação é menor, pois em cada
projeto existe uma quantidade de ciclos.
De acordo com Dick (1998), uma outra vantagem de fazer a interpretação na medida que se
avança no projeto, é economizar na quantidade de informação normalmente acumulada em uma
pesquisa qualitativa. É necessário, apenas registrar a interpretação feita e as informações que á
confirmam ou rejeitam. Além disso, considerando a natureza convergente do processo, a informação,
mais detalhada, coletada em ciclos posteriores pode substitui informações coletadas anteriormente.
Uma outra vantagem deste processo refere-se à revisão da literatura. Na investigação
convencional, o pesquisador tem que procurar uma vasta literatura sobre o fenômeno estudado, sob
pena de deixar de lado informações que podem ser importantes. No caso da pesquisa-ação, a leitura
está mais dirigida aos resultados do projeto. É necessário procurar conscientemente para achar
trabalhos relevantes, que contribuam na análise das informações. O resultado será uma revisão de
literatura estabelecida pela relevância e não por disciplinas ou matérias.
Alem disso, este processo permite a realização de mudanças no projeto. Se as informações
apontam para revisão das metas, novos objetivos, estratégias ou metodologias de ação.Isso poder
ser muito importante para os participantes e as ações futuras a serem desenvolvidas.
A seguir indicam-se algumas técnicas de coleta de informações utilizadas na pesquisa-ação:
- Resumos de reuniões administrativas ou de aprendizagem.
- Anotações feitas pelo pesquisador.
- Entrevistas com pessoas que não participam do projeto.
- Opiniões do grupo.
- Registros (relatos) anteriores do grupo ou comunidade alvo do projeto.
- Documentos anteriores elaborados pelo grupo ou comunidade.
- Relatórios de conferências de busca.
- Relatórios de oficinas.
O Diário de Pesquisa
Instrumento importante na realização da pesquisa-ação, e o diário de pesquisa. É o registro
diário que o investigador faz do desenvolvimento do projeto. Em geral, as anotações no diário
podem ser utilizadas como dados. No entanto, são diferentes das informações, observações,
registros ou outros dados coletados com a intenção de obter informações para o fenômeno estudado.
O diário contém informações sobre o pesquisador, o que ele faz e o processo da pesquisa.
Complementa os dados obtidos pela metodologia da investigação. De acordo com Hughes (2000),
os principais motivos para manter um diário de pesquisa são os seguintes:
- Gerar a história do projeto, o pensamento do pesquisador e o processo de pesquisa.
- Fornecer material para reflexão.
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Pós-graduação em Educação Infantil Disciplina: Metodologia da
Produção Acad~emica e Científica
Pesquisa-ação e participação.
Tal como foi colocado anteriormente, a diferença fundamental entre a pesquisa-ação e as
formas convencionais de investigar, está nos objetivos da primeira: melhorar e envolver para
produzir mudanças operacionais, justas e sustentáveis. Portanto, um aspecto crucial da pesquisa-
ação é a participação das pessoas que vivem na situação pesquisada ou que podem ser afetadas
pelos resultados da ação. Por exemplo, uma associação de moradores que procura a instalação de
um posto policial. A pesquisa-ação a ser desenvolvida deve incluir como participantes, os membros
da associação e da comunidade.
Assim, antes de começar o trabalho, propriamente tal, é necessário considerar os graus de
participação das pessoas. Duas perguntas podem ajudar nesta decisão: Quem pediu ajuda? Quais
são as mudanças esperadas? Em uma pesquisa onde a colaboração leal entre os participantes e
fundamental, não podem existir lacunas na comunicação. Assim:
- Deve ser possível a participação de todos os envolvidos.
- Todos devem ser ativos. Cada participante deve colocar a sua opinião e ajudaros outros a
colocar as deles.
- A participação, no pode estar apenas no papel.
- Os graus de participação devem ser amplamente discutidos pelo grupo. Ninguém está
isento das responsabilidades estabelecidas.
Nesse sentido, o papel do pesquisador é muito importante, deve ser mediador e facilitador
de um diálogo que permita chegar a decisões quase consensuais. Neste momento, cabe destacar
que uma maior participação produz um compromisso maior com a ação planejada.
Assim, os participantes que cumprem o papel de co-pesquisadores são essenciais,
informantes e intérpretes. Lembremos, saber é poder.
Seguindo as idéias de Dick (1997) a participação não é um assunto de todo ou nada. Pode
variar em diversas dimensões, e em cada uma dessas, existir ao longo de um contínuo. O autor
distingue sete dimensões. Quatro fazem referência ao conteúdo da situação:
- fornecimento de dados; os participantes são informantes;
- interpretação de dados; os participantes são intérpretes;
- planejamento de mudanças; os participantes são planejadores ou tomam decisões;
- implementação; os participantes são executores.
A primeira pergunta tem duas partes. Primeiro, existem pessoas que podem contribuir. Por
exemplo, pessoas que conhecem a situação e possuem informações importantes. Segundo, pode
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Pós-graduação em Educação Infantil Disciplina: Metodologia da
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não ser possível integrar ao projeto, todos os possíveis participantes. Pode ser necessário que o
pesquisador ou equipe de pesquisa tenha que escolher uma quantidade menor de pessoas. Em
outras palavras, quando a participação plena não é possível, podem-se escolher representantes.
No caso da segunda pergunta. É muito possível que as pessoas tenham diversos graus de
participação. Por exemplo, pode-se entrevistar um grupo pequeno de pessoas, em diversas
oportunidades, para aprofundar as informações obtidas. Outros, podem ser entrevistados só em uma
oportunidade. Alem disso, um outro grupo pode responder a um questionário. As informações podem
ser interpretadas pelo grupo responsável do projeto, incluindo ou não, representantes da
comunidade, etc. As possibilidades são múltiplas. Cabe insistir, que se o interesse é a realização de
uma ação acompanhada de uma pesquisa, é de grande vantagem a inclusão de todos.
Existem pessoas que não podem deixar de participar em uma pesquisa-ação, são os
chamados stakeholders. Para qualquer decisão ou ação, o stakeholder, é alguém que pode ser
influenciado ou pode influenciar essa decisão ou ação. De acordo com Uhlmann (1995) sua
participação é fundamental:
- estão familiarizados com a situação e podem identificar, claramente, os principais
elementos;
- conhecem a história, podem dizer o que foi feito e o que pode ser culturalmente
problemático;
- são capazes de avaliar a adequação de possíveis soluções a determinados problemas;
- continuaram no grupo ou comunidade após de concluída a pesquisa-ação;
- o seu relacionamento contribuirá à implementação das ações.
- duas cabeças pensam melhor que uma.
As categorias indicadas são relativamente artificiais. Por exemplo, é difícil obter ou dar
informações sem produzir algum tipo de influência nas atitudes pessoais ou alguma reação. Mas,
servem como ponto inicial na escolha dos stakeholders.
O Relatório da Pesquisa-Ação
Seguindo as ideais de Hughes (2000),em continuação apresentam-se algumas orientações
para escrever o relatório de uma pesquisa-ação. Não é necessário seguí-las ao pé de letra, mas todo
relatório inclui a informação apresentada. O uso da seqüência, aceita consensualmente, permite uma
melhor localização das informações e análise do projeto.
Cabe lembrar que de acordo com as recomendações feitas por diversos autores, conselhos
editoriais ou órgãos de financiamento, um relatório tradicional de pesquisa inclui cinco partes:
1.- Introdução.
Parte inicial do relatório. O autor responde, brevemente, o quê fez de pesquisa? Por quê
fez? Como fez? A que resultados chegou? Qual é a contribuição do trabalho?
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Pós-graduação em Educação Infantil Disciplina: Metodologia da
Produção Acad~emica e Científica
5.- Conclusão.
O autor conclui os argumentos apresentados no trabalho, recapitulando os resultados
obtidos. Opina em relação à contribuição do trabalho para resolver o problema formulado e avanço
do conhecimento na área.
- Relatório de Pesquisa-Ação
1.- Introdução.
- Apresentam-se os objetivos do projeto de pesquisa-ação (a pesquisa e a ação);
- as questões de pesquisa e objetivos;
- particpantes e tipos de participação;
- contexto e importância do projeto, com indicação dos stakeholders (organizações ou
indivíduos) e a relação do projeto com seus interesses;
- definição ou clarificação dos conceitos chaves;
- Pressupostos e escopo do projeto;
- Breve resumo do projeto e dos resultados.
5.- Conclusão
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Pós-graduação em Educação Infantil Disciplina: Metodologia da
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Avaliação da pesquisa-ação.
De acordo com Bermejo (2000), durante as décadas iniciais da pesquisa-ação existia uma
tendência de avaliá-la aplicando métodos e critérios da pesquisa convencional. Considerava-se a
pesquisa-ação um modelo de experimentação onde a ação era submetida a prova. Isso precisava
definir um grupo a ser testado e outro “grupo de controle” ao qual não se aplicava a ação.
Felizmente, essa prática ficou obsoleta e a pesquisa-ação começou a consolidar um tipo
determinado de pesquisa que enfatiza a participação e a mudança. Assim, a pesquisa-ação não deve
ser avaliada com os mesmos critérios da pesquisa empírica tradicional.
Se os objetivos são melhorar a participação e produzir mudanças, a avaliação deve incluir
pelo menos três momentos:
- solução ou controle do problema que motivou o projeto;
- melhoria da democracia no grupo e na comunidade e aprendizagem dos participantes;
- desenvolvimento de resultados teóricos que apontem a mudanças no grupo.
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Pós-graduação em Educação Infantil Disciplina: Metodologia da
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O rigor na pesquisa-ação
Antes de concluir considero necessário fazer algumas referências ao rigor na pesquisa ação.
Cabe destacar, o rigor dela não se baseia nos princípios da pesquisa empírica e experimental
tradicional. A pesquisa-ação utiliza diversas fontes de rigor, característicos da pesquisa qualitativa.
Por exemplo, o uso de metodologias, técnicas múltiplas, diversidade de fontes de informação e
processos para a coleta e análise das informações. A sua natureza cíclica permite uma revisão
constante das informações e interpretações realizadas.
Assim, podemos identificar quatro elementos que contribuem para o rigor científico da
pesquisa-ação:
- Participação.
Ainda na sua forma mais elementar (os informantes), é possível o uso de diversas fontes
para melhor a compreensão de um fenômeno. As discussões em grupo podem resultar em um
desafio para os participantes e os pesquisadores que pode ter grandes benefícios para o processo.
- Qualitativa.
As informações obtidas a través do diálogo, desenvolvidas em um clima apropriado, pode
contribuir para o aprofundamento do conhecimento acumulado. A qualidade permite chegar à
essência do fenômeno.
- A ação.
Considerando que a pesquisa está orientada para uma ação, os planes são testados
imediatamente. Também, os pressupostos podem ser testados. Se você que conhecer um sistema,
tente mudá-lo. A ação e a pesquisa informam-se mutuamente.
- Emergente.
De acordo com Dick (1999), este é um aspecto fundamental da pesquisa-ação. Na medida
que aumenta o conhecimento, a ação está melhor informada. O mesmo acontece com a metodologia
utilizada. É esta sensibilidade às informações, à situação, às pessoas, que da à pesquisa-ação a
possibilidade de mudar programas.
Referências bibliográficas.
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Pós-graduação em Educação Infantil Disciplina: Metodologia da
Produção Acad~emica e Científica
(http:// www.ariassociates.haverford.edu./inprint/conference/BDick.html)
___.(1999) Qualitative action research: improving the rigour and economy. (http://www.
scu.edu.au/schools/gcm/ar/arp/rigour2.html)
Kemmis,S. and McTaggart,R. (eds) (1988) The action research planner, 3rd. Ed. Victoria: Deakin
University.
Este texto trata a respeito das Normas da ABNT sobre a publicação de Artigos Científicos procurando
estabelecer, de forma sintética, os principais cuidados a ter na escrita do texto científico. Para esse efeito,
descrevem-se e comentam-se, seqüencialmente, as sucessivas componentes de um documento desta natureza.
Esta abordagem constitui um bom auxiliar aos autores que pretendam reforçar a coerência e adequação dos seus
artigos científicos.
PALAVRAS-CHAVE: Artigo - Pesquisa- Ciência
1. CONCEITUAÇÃO E CARACTERÍSTICAS
41
Pós-graduação em Educação Infantil Disciplina: Metodologia da
Produção Acad~emica e Científica
2. ESTRUTURA DO ARTIGO
1.Título
2. Autor (es)
3. Resumo e Abstract
5. Barra Divisória
6. Epígrafe (facultativa)
8. Referências.
2.1 TÍTULO
Indicados do centro para a margem direita, em ordem alfabética ou por titulação, sendo
numerados para indicar, em nota de rodapé, os títulos de cada um.
Palavras características do tema que servem para indexar o artigo, de até no máximo 6.
42
Pós-graduação em Educação Infantil Disciplina: Metodologia da
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2.5- BARRA DIVISÓRIA: utilizada para separar o Resumo, Abstract do texto propriamente
dito.
2.6 EPÍGRAFE
3. CORPO DO ARTIGO
3.1 INTRODUÇÃO
Situa o leitor no contexto do tema pesquisado, oferecendo uma visão global do estudo
realizado, esclarecendo as delimitações estabelecidas na abordagem do assunto, os objetivos e
as justificativas que levaram o autor a tal investigação para, em seguida, apontar as questões
de pesquisa as quais buscará as respostas. Deve-se, ainda, destacar a Metodologia utilizada no
trabalho. Em suma: apresenta e delimita a dúvida investigada (problema de estudo - o quê), os
objetivos (para que serviu o estudo), a metodologia utilizada no estudo (como).
- faça uma exposição e uma discussão das teorias que foram utilizadas para entender e
esclarecer o problema, apresentando-as e relacionando-as com a dúvida investigada;
O corpo do artigo pode ser dividido em itens necessários que possam desenvolver a
pesquisa. É importante expor os argumentos de forma explicativa ou demonstrativa, através de
proposições desenvolvidas no corpo do artigo.
Nesta parte é importante constar uma Revisão de Literatura que tem por objetivo
informar o leitor sobre as contribuições de outros autores que já tenham escrito sobre o
assunto abordado. O autor demonstra, assim, ter conhecimento da literatura básica do assunto,
onde se procura analisar as informações publicadas sobre o tema até o momento da redação
final do trabalho, demonstrando teoricamente o objeto de seu estudo e a necessidade ou
oportunidade da pesquisa que realizou.
3.3 CONCLUSÃO
43
Pós-graduação em Educação Infantil Disciplina: Metodologia da
Produção Acad~emica e Científica
Não se permite que nesta seção sejam incluídos dados novos, que já não tenham sido
apresentados anteriormente.
3.4 REFERÊNCIAS
4. LINGUAGEM DO ARTIGO
Tendo em vista que o artigo se caracteriza por ser um trabalho extremamente sucinto,
exige-se que tenha algumas qualidades: linguagem correta e precisa, coerência na
argumentação, clareza na exposição das idéias, objetividade, concisão e fidelidade às fontes
citadas. Para que essas qualidades se manifestem é necessário, principalmente, que o autor
tenha um certo conhecimento a respeito do que está escrevendo.
44
Pós-graduação em Educação Infantil Disciplina: Metodologia da
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Segundo a NBR 14724, o texto deve ser digitado no anverso da folha, utilizando-se
papel de boa qualidade, formato A4 (210 x 297 mm), e impresso na cor preta, com exceção
das ilustrações.
Utiliza-se a fonte tamanho 12 para o texto; e menor para as citações longas, notas de
rodapé, paginação e legendas das ilustrações e tabelas. Não se deve usar, para efeito de
alinhamento, barras ou outros sinais, na margem lateral do texto.
5.2- MARGENS
5.3- PAGINAÇÃO
A numeração deve ser colocada no canto superior direito, a 2 cm. da borda do papel
com algarismos arábicos e tamanho da fonte menor, sendo que na primeira página não leva
número, mas é contada.
5.4 - ESPAÇAMENTO
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Pós-graduação em Educação Infantil Disciplina: Metodologia da
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As referências listadas no final do trabalho devem ser separadas entre si por um espaço
duplo. Contudo, a nota explicativa apresentada na folha de rosto, na folha de aprovação, sobre
a natureza, o objetivo, nome da instituição a que é submetido e a área de concentração do
trabalho deve ser alinhada do meio da margem para a direita.
a) seus títulos sejam grafados em caixa alta, com fonte 12, precedido do indicativo
numérico correspondente;
b) nas seções secundárias, os títulos sejam grafados em caixa alta e em negrito, com
fonte 12, precedido do indicativo numérico correspondente;
Os termos em outros idiomas devem constar em itálico, sem aspas. Exemplos: a priori,
on-line, savoir-faires, know-how, apud, et alii, idem, ibidem, op. cit. Para dar destaque a
termos ou expressões deve ser utilizado o itálico. Evitar o uso excessivo de aspas que
“poluem” visualmente o texto;
5.6- ALÍNEAS
De acordo com Müller, Cornelsen (2003, p. 21), as alíneas são utilizadas no texto
quando necessário, obedecendo a seguinte disposição:
c) a matéria da alínea começa por letra minúscula e termina por ponto e vírgula; e na
última alínea, termina por ponto;
46
Pós-graduação em Educação Infantil Disciplina: Metodologia da
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Quanto às tabelas, elas constituem uma forma adequada para apresentar dados
numéricos, principalmente quando compreendem valores comparativos.
b) o título da tabela deve ser o mais completo possível dando indicações claras e
precisas a respeito do conteúdo;
c) o título deve figurar acima da tabela, precedido da palavra Tabela e de seu número
de ordem no texto, em algarismo arábicos;
d) devem ser inseridas o mais próximo possível do texto onde foram mencionadas;
f) notas eventuais e referentes aos dados da tabela devem ser colocadas também no
rodapé da mesma, após o fio do fechamento;
g) fios horizontais e verticais devem ser utilizados para separar os títulos das colunas
nos cabeçalhos das tabelas, em fios horizontais para fechá-las na parte inferior. Nenhum tipo e
fio devem ser utilizados para separar as colunas ou as linhas;
5.8- CITAÇÕES
As citações podem ser feitas na forma direta ou na indireta. Na forma direta devem ser
transcritas entre aspas, quando ocuparem até três linhas impressas, onde devem constar o
autor, a data e a página, conforme o exemplo: “A ciência, enquanto conteúdo de
conhecimentos, só se processa como resultado da articulação do lógico com o real, da teoria
com a realidade”.(SEVERINO, 2002, p. 30).
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Pós-graduação em Educação Infantil Disciplina: Metodologia da
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As citações de mais de um autor serão feitas com a indicação do sobrenome dos dois
autores separados pelo símbolo &, conforme o exemplo: Siqueland & Delucia (1990, p. 30)
afirmam que “o método da solução dos problemas na avaliação ensino- aprendizagem apontam
para um desenvolvimento cognitivo na criança”.
Quando a citação ultrapassar três linhas, deve ser separada com um recuo de parágrafo
de 4,0 cm, em espaço simples no texto, com fonte menor:
No caso da citação direta, deve-se comentar o texto do autor citado, e nunca concluir
uma parte do texto com uma citação.
A citação de citação deve ser indicada pelo sobrenome do autor seguido da expressão
latina apud (junto a) e do sobrenome da obra consultada, em minúsculas, conforme o exemplo
Freire apud Saviani (1998, p. 30).
As notas são reduzidas ao mínimo e situar em local tão próximo quanto possível ao
texto. Para fazer a chamada das notas de rodapé, usam-se os algarismos arábicos, na entrelinha
superior sem parênteses, com numeração progressiva nas folhas. São digitadas em espaço
simples em tamanho 10. Exemplo de uma nota explicativa: A hipótese, também, não deve se
48
Pós-graduação em Educação Infantil Disciplina: Metodologia da
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basear em valores morais. Algumas hipóteses lançam adjetivos duvidosos, como bom, mau,
prejudicial, maior, menor, os quais não sustentam sua base científica. 17
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT, Rio de Janeiro. Normas
ABNT sobre documentação. Rio de Janeiro, 2000. (Coletânea de normas).
MÜLLER, Mary Stela; CORNELSEN, Julce. Normas e Padrões para teses, dissertações e
monografias. 5ª ed. Londrina: Eduel, 2003.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22ª edição, São Paulo:
Cortez, 2002.
17
Contudo nem todos os tipos de investigação necessitam da elaboração de hipóteses, que podem
ser substituídas pelas “questões a investigar”.
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Pós-graduação em Educação Infantil Disciplina: Metodologia da
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