Edio Souza
Douglas Punhal
Fabíola Saraiva
Heloiza Qualhano
Jeanini Zimerman
Max Weber
Santa Teresa
2018
Sumário
Introdução…………………………………………………………………………………………..1
Biografia de Max Weber…………………………………………………………………………..2
Método da sociologia compreensiva……………………………………………………..….2 e 3
Tipos ideais de ação social………………………………………………………………………..3
Burocracia………………………………………………………………………………..……..3 e 4
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo……………...…………………………………4
Economia e Sociedade………………………………………………………..………..….…4 e 5
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Biografia de Max Weber
Maximilian Karl Emil Weber, nasceu em 1864 em Erfurt, Turíngia, e morreu em 1920 em
Munique. Filho de Helene Fallenstein Weber, uma senhora culta e liberal de crença
protestante e do Sr. Max Weber um próspero politico.
Sua formação na capital Berlim foi marcada pelo ambiente político do pai, como deputado
nacional liberal na Câmara de Deputados. Não foi menor a influência que exerceu sobre
ele, no entanto, o engajamento da mãe em favor de reformas sociais. Também os
parentes do lado materno contribuíram para sua formação, segundo o mundo de valores
do liberalismo e protestantismo. Weber obteve formação acadêmica como jurista o que
fez dele, para o resto da vida, alguém conceitualmente muito rigoroso. Casou-se em 1893
com sua prima distante Marianne Schnitger (1870-1954), uma inteligente autora feminista
que mais tarde cuidaria de publicar seus escritos.
Ao lado de Émile Durkheim e Karl Marx, o alemão Max Weber integra o trio dos grandes
pensadores clássicos responsáveis pela fundação da Sociologia.
Dedicou sua obra a compreender a nova sociedade que se formava a partir da
consolidação do capitalismo industrial na Europa e sua propagação pelo planeta. Weber
morreu em 1920, tendo vivenciado as turbulências da Primeira Guerra.
Suas obras de destaque são, “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” e
“Economia e Sociedade”.
Para compreendermos melhor a obra produzida por Weber, é importante saber que ele
recebeu muita influência de Immanuel Kant, cujas ideias o ajudaram a desenvolver o
conceito de “tipo ideal”. O tipo é ideal porque é uma mera representação mental da
realidade que se quer investigar, porém essa organização do real, mentalmente ocorre a
partir de juízos de valor.
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De acordo com essa ideia, Weber defendia que as categorias inseridas nas ciências
sociais eram uma espécie de produto da subjetividade do pesquisador, ou seja, a
interpretação pessoal de cada estudioso acabava influenciando na construção das
teorias.
De modo geral, Weber empreende em sua obra toda uma perspectiva crítica ao
pensamento conservador e ao marxismo e defende que a tarefa das Ciências Sociais é
entender os sentidos da ação social e jamais elas podem emitir juízos de valor, mas
devem buscar entender significado das ações sociais.
Weber estipula quatro tipos ideais de ações sociais: a ação racional com relação a fins, a
ação racional com relação a valores, a ação afetiva e a ação tradicional.
Uma ação social é considerada como sendo relacionada a fins quando é tomada tendo
em vista um objetivo racionalmente estabelecido, no qual o autor da ação busca atingir
um resultado e, para isso, utiliza os meios necessários. A conduta científica em busca do
entendimento de um fenômeno é um exemplo.
Uma ação social é entendida como sendo relacionada a valores quando o autor da ação
orienta seu sentido de acordo com seus valores e convicções pessoais. O autor orienta o
sentido de sua ação de acordo com o que acredita ser correto, o que pode ser observado
no exercício das ações baseadas em crenças religiosas ou políticas.
Por fim, a ação do tipo emocional é realizada com base nas emoções do indivíduo. O
objetivo é mostrar sentimentos pessoais, como o choro do luto ou a risada de momentos
alegres, sem, no entanto, levar em consideração os fins que se deseja atingir.
Burocracia
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As relações burocráticas são tipicamente autoritárias. Os subordinados aceitam as ordens
de seus superiores por admitirem a ideia de que tais ordens estão amparadas por normas
e preceitos legais. Dessa maneira, a obediência não deriva de nenhuma pessoa em si,
mas sim do conjunto de normas e regulamentos estabelecidos e aceitos como legítimos
por todos.
Neste livro que percebemos um exemplo de emprego da noção de tipo ideal. Segundo
Weber, para compreender a realidade é preciso antes transportá-la ao campo das ideias,
o campo da teoria. Neste processo, que é uma espécie de reconstituição da realidade,
devemos simplificar a complexidade apresentada no mundo real, isolando e destacando
as características principais daquilo que pretendemos compreender. No caso da ética
protestante e o espírito do capitalismo, somos apresentados ao capitalismo a partir de um
tipo ideal. Weber reconhece que, no mundo concreto, ele se apresenta de formas
variadas, dependendo da época e do país onde é observado. Entretanto, alguns
elementos – como a busca pelo lucro e a organização racional do trabalho – aparecem
como típicos desse sistema de produção.
Economia e Sociedade
Nessa obra Weber traça um quadro do poder e da política, ou seja, das relações de
dominação. Defende a tese de que a forma de legitimação de um poder é decisiva para
se compreender que tipo de poder é aquele.
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Ele classifica a Autoridade em três tipos, dependendo principalmente das bases da
Sociedade em questão, ou seja, das bases de sua legitimidade:
Racional Legal: origina-se de regras, estatutos e leis sancionadas pela Sociedade ou
Organização. Tais regras definem a quem obedecer e até quando obedecer, tornando
possível a aceitação, por parte dos subordinados, de um superior devido uma consciência
de que este tem direito de dar ordens, ou seja, reconhecem que a Autoridade está no
cargo ocupado e não na pessoa que o ocupa, que só pode exercer a Dominação dentro
dos limites estabelecidos pelo cargo ocupado.
Exemplos: empresas capitalistas privadas, a estrutura moderna do Estado, forças
armadas, etc.
Tradicional: tem como base de legitimação, e de escolha de quem a exercerá, as
tradições e costumes de uma dada sociedade, personificando as instituições enraizadas
no seio desta sociedade na figura do líder.
Exemplos: a dominação patriarcal (tipo mais puro dessa dominação), uma aldeia
indígena, a monarquia, os despotismos, o Estado Feudal, etc.
Carismática: é aquela apoiada na devoção a um senhor e a seu carisma. Este tipo de
Autoridade é um dos maiores impulsores das revoluções pela qual a humanidade passa,
entretanto, por ser extremamente pessoal, tende a ser autoritário em sua forma mais
pura.
Exemplos: grandes demagogos, heróis guerreiros, profetas, Fidel Castro (na época da
Revolução Cubana), Antônio Conselheiro, Gandhi, Adolf Hitler, etc.
O propósito de Weber, era fazer uma construção intelectual, exagerando alguns aspectos
da realidade, possibilitando uma melhor compreensão da Sociedade em que vivemos.
Segundo Max Weber, uma “instituição” é uma organização onde tem profissionais que
têm uma autoridade legal racional sobre um grupo de individuo ou sobre a sociedade
inteira. Segundo ele, o Estado ou a Igreja são instituições.
Algumas instituições reivindicam o papel de socialização enquanto outras, não. Por
exemplo, a família, a escola e as igrejas têm como objetivo explícito socializar os
indivíduos.
Na família, a criança aprende e integra os ritmos sociais (quando dormir, a que horas
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almoçar, jantar, etc.) e as primeiras regras sociais (estar sempre de banho tomado). A
família ensina a linguagem, uma maneira de falar. A criança entende o estatuto e o papel
dele. Ela integra o que ela pode ou não pode fazer.
Na escola, a criança entra na coletividade. Ela não é mais a única porque têm outras
crianças no universo dela. Ela se comunica com as outras. Esta criança vai integrar
alguns valores (tais como o compartilhamento, o respeito). Também, ela vai aprender a
ler, escrever e vai integrar conhecimento relativo ao português, aos à matemática, à
história, etc.
As associações estão presentes na vida dos indivíduos desde criança até virarem idosos.
Por exemplo, muitas crianças fazem parte de um clube de esporte ou de uma escola de
música. Geralmente, os adultos fazem parte de partidos políticos ou sindicatos.
As Mídias, (televisão, rádio, cinema, Internet) socializam os indivíduos mostrando
modelos de comportamentos.
As organizações profissionais (empresas e administrações) também fazem parte da
socialização do indivíduo. Nesse ambiente profissional, o indivíduo tem de respeitar
valores e normas próprias ao trabalho.
Existem várias instituições sociais e todas não respeitam sempre os mesmos valores.
A educação, para Weber, é o modo pelo qual os homens são preparados para exercer as
funções que a transformação causada pela racionalização da vida lhes colocou à
disposição.
O capitalismo moderno prosperou no Estado racional. Este se funda na burocracia
profissional e no direito racional.
A racionalização e a burocratização alteraram radicalmente os modos de educar.
Alteraram também o status, o reconhecimento e o acesso a bens materiais por parte dos
indivíduos que se submetem à educação sistemática.
Educar no sentido da racionalização passou a ser fundamental para o Estado, porque ele
precisa de um direito racional e de uma burocracia montada em moldes racionais.
Educar no sentido da racionalização também passou a ser fundamental para empresa
capitalista, pois ela se pauta na lógica do lucro, do cálculo de custos e benefícios, e
precisa de profissionais treinados para isso.
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Educação, na medida em que a sociedade se racionaliza, historicamente, torna-se um
fator de estratificação social, um meio de distinção, de obtenção de honras, de poder e
de dinheiro.
No modelo ideal weberiano a educação é socialmente dirigida a três tipos de finalidades:
• Despertar o carisma (não constitui propriamente uma pedagogia, pois não se
aplica a pessoas comuns, mas apenas àquelas capazes de revelar qualidades
mágicas ou dons heroicos: ascetismo mágico antigo dos heróis guerreiros da
Antiguidade e do mundo medieval, que eram educados para adquirir uma “nova
alma”, renascer);
• Preparar o aluno para uma conduta de vida (Weber chama de pedagogia do
cultivo, pois procura formar um tipo de homem que seja culto, onde o ideal de
cultura depende da camada social para a qual o indivíduo está sendo preparado, e
que implica em prepará-lo para certos tipos de comportamento interior e exterior);
• Transmitir conhecimento especializado (Pedagogia do treinamento: Com a
racionalização da vida social e a crescente burocratização do aparato público de
dominação política e dos aparatos próprios às grandes corporações capitalistas
privadas, a educação deixa paulatinamente de ter como meta a qualidade da
posição do homem na vida e torna-se cada vez mais um preparo especializado
com o objetivo de tornar o indivíduo um perito).
Para Weber, além de minimizar a formação humanística de caráter mais integral, a
educação racionalizada (pedagogia do treinamento), continua a ser usada como
mecanismo de ascensão social e de obtenção de status privado.
O capitalismo reduzia tudo, inclusive a educação, à mera busca por riqueza material e
status.
Marx via no capitalismo a escravidão do ser humano por meio da alienação do trabalho, e
na educação a possibilidade de romper com ela. Weber via na pedagogia do treinamento
imposta pela racionalização da vida, o fim da possibilidade de desenvolver o talento
humano, em nome da preparação para a obtenção de poder e dinheiro. A racionalização é
inexorável, invencível, e a educação especializada, a lógica do treinamento, para Weber,
também é.
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Conclusão
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Bibliografia
http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/max-weber-e-os-tres-
tipos-puros-de-dominacao-legitima/43721/ acesso em 06/05/2018
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/sociologia/burocracia-max-weber-e-o-significado-
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06/05/2018
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https://pedagogiaaopedaletra.com/sociedade-educacao-desencantamento-max-weber-2/
acesso em 08/05/2018