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Universidade Anhembi Morumbi

Aviação Civil - AVC2010/01 In Company

Acidente: voo 5390 da British Airways

Trabalho apresentado em Manutenção Aeronáutica


ao Prof. Luiz Negro.

Anne Carolyne Faria RA: 10123310


Fabiana Ayres RA: 10123549
Isabella Tampelini RA: 10126353
Jaqueline Bueno RA: 10126769
Jones Villacrez RA: 10120734
Marco Antonio Salomão RA: 10123588
Marcus Vinicius Sousa RA: 10121424
Paula Braga RA: 10120297
Romulo Rodrigues RA: 10122787
Vanessa Silva RA: 10120732
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São Paulo
Outubro de 2010
Introdução

Treze minutos após a decolagem, a 1500 metros de sua altitude programada, a


aeronave que operava o voo BA5390 da British Airways no dia 23 de junho de 1990
sofreu uma forte despressurização, lançando o comandante Tim Lancaster para fora do
equipamento.
O voo com oitenta e um passageiros e uma tripulação de seis integrantes foi
controlado, após a explosão, pelo copiloto Alastair Atchinson. Na parte de dentro da
cabine os pés do comandante bloquearam a coluna de controle para frente, fazendo o
avião cair em mergulho aumentando sua velocidade para quase 640 km/h. Segurado
pelos comissários de bordo pelos pés, o corpo do comandante do voo foi submetido a
tensões físicas, não sendo esperado assim que o mesmo sobrevivesse.
Auxiliado pela torre de Southamption, o copiloto Alastair conseguiu pousar o
avião às 8h55, após 32 minutos da decolagem. A aeronave com o tanque cheio de
combustível fez uma aterrissagem perfeita e sem nenhuma morte a bordo.
Trabalhando com psicólogos, os investigadores elaboraram um relatório de
acidente de uma maneira completamente nova para explicar a causa do acidente.
Descobriram o que levaram um engenheiro competente a cometer um erro fatal pelo
seu excesso de confiança. Esse novo enfoque levou a prevenção de acidentes aéreos
a um novo nível, não somente por expor os erros atrás dele mas também por mostrar
novas maneiras de evitá-lo.
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A Causa

Após o acidente o avião BAC ONE ELEVEN série 528Fl prefixo G-BJRT foi
retirado da operação para apuração do ocorrido. O fato de não haver cacos de vidros
descartou a hipótese de colisão com pássaros e no diário de bordo havia registro de
que o avião passou por manutenção 27 horas antes do voo, para fazer a troca do pára-
brisa.
Durante a investigação descobriu-se que havia grande movimento de aeronaves
no hangar naquele dia, fazendo com que o avião ficasse em um lugar de difícil acesso,
e o engenheiro não tivesse espaço adequado para realizar a manutenção. O laudo
revelou que a janela havia sido parafusada com parafusos incorretos, sendo
substituídos visualmente sem referência dos manuais de manutenção: 84 dos 90
parafusos tinham 0,026 polegadas (0,66 milímetros) os outros 06 tinham 0,1 polegadas
(2,5 milímetros).
O acidente também indica uma falha de projeto do avião, os parafusos das
janelas são colocados do lado externo para o interno, aplicando uma pressão maior
sobre os parafusos, do que se eles fossem fixados do lado interno. A diferença de
pressão de ar entre a cabine e a parte externa provocou a explosão.
Os investigadores responsabilizaram o gerente da manutenção por instalar a
janela com parafusos incorretos e por não seguir as políticas oficiais da British Airways.
Encontraram também falhas dos mecânicos da companhia que para esta tarefa crítica
devem efetuar os testes e verificações na presença de mais um funcionário, e a
gerência do aeroporto de Birmingham por não monitorar as praticas da manutenção.
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Conclusão

Diante de todos os aspectos aqui apresentados, toma-se como verdade que uma
manutenção deve ser sempre seguir as orientações dos manuais do fabricante da
aeronave, bem como haver condições adequadas para tal, uma vez que a negligência
poderá trazer conseqüências graves.
Acidentes aéreos acontecem sempre por sucessões de fatos, nunca podem ser
atribuídos a uma pessoa ou único motivo, porém basta que apenas um destes fatores
nao esteja ppresente para que o acidente não ocorra. Sendo assim, se a manutenção
tivesse seguido rigorosamente os procedimentos de segurança (e sua devida inspeção)
este caso hoje não seria narrado.
Investigações realizadas após acidentes aéros não tem caráter punitivo e não é
utilizada para apontar culpados. O objetivo da apuração é apontar fatores que
contribuíram para o acidente e emitir recomendações de prevenção, evitando assim
casos semelhantes e consequentemente aumento a segurança de voo.
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Referências Bibliográficas

- Voo 5390 da British Airways. Disponível em:


<http://www.worldlingo.com/ma/enwiki/pt/British_Airways_Flight_5390#Safety_recomme
ndations>. Acesso em: 18 out. 2010.
- Voo British Airways 5390. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Voo_British_Airways_5390 >. Acesso em: 18 out. 2010.
- Documentário May Day Desastres Aéreos. Parte 1. National Geographic
Channel. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=mmr6P5d1M9g>. Acesso
em 19 out. 2010.
- Documentário May Day Desastres Aéreos. Parte 2. National Geographic
Channel. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=W8_HZv4pZKM>. Acesso
em 19 out. 2010.
- Documentário May Day Desastres Aéreos. Parte 3. National Geographic
Channel. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=GS46WZb-aHU>. Acesso
em 19 out. 2010.
- Documentário May Day Desastres Aéreos. Parte 4. National Geographic
Channel. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=WcVvBNPa7RM>. Acesso
em 19 out. 2010.
- Documentário May Day Desastres Aéreos. Parte 5. National Geographic
Channel. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=it6s5b2GFAU>. Acesso em
19 out. 2010.
- Documentário May Day Desastres Aéreos. Parte 6. National Geographic
Channel. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=AtosFyr42jE>. Acesso em
19 out. 2010.

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