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CADERNO DE ESTÁGIO

CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA– EAD.


Caderno de Estágio: Profª. Terezinha Darli Nazar Bergamo

Meu nome é Terezinha Darli Nazar Bergamo. Sou especialista


em Administração Escolar, Supervisão Escolar, Didática, Direito
Educacional e Matemática pelo Centro Universitário Claretiano
de Batatais-SP. Sou, ainda, graduada em Matemática pelo Moura
Lacerda-RP e em Pedagogia pelo Claretiano. Atuo como docente
de Metodologia da Matemática e Ciências nos cursos de Gradu-
ação presencial do Ceuclar e sou, também, tutora, supervisora e
coordenadora de estágio dos cursos de Licenciatura nas modali-
dades presencial e a distância.

E-mail: nucleoestagio@claretiano.edu.br.
Profª. Terezinha Darli Nazar Bergamo

Caderno de Estágio
© Ação Educacional Claretiana, 2007 – Batatais (SP)
Trabalho realizado pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais (SP)

Curso: Licenciatura em Filosofia


Disciplina: Caderno de Estágio
Versão: 2011

Reitor: Prof. Dr. Pe. Sérgio Ibanor Piva


Vice-Reitor: Prof. Ms. Pe. Ronaldo Mazula
Pró-Reitor Administrativo: Pe. Luiz Claudemir Botteon
Pró-Reitor de Extensão e Ação Comunitária: Prof. Ms. Pe. Ronaldo Mazula
Pró-Reitor Acadêmico: Prof. Ms. Luís Cláudio de Almeida

Coordenador Geral de EAD: Prof. Ms. Artieres Estevão Romeiro


Coordenadora do Curso de Licenciatura em Filosofia: Prof. Dr. Marcelo Donizete da
Silva
Coordenadora de Estágio: Profa. Terezinha Darli Nazar Bergamo
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves

Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer
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SUMÁRIO
caderno de estágio
APRESENTAÇÃO........................................................................................................ 7
INTRODUÇÃO........................................................................................................... 9

ORIENTAÇÕES PARA ESTÁGIO


1 Regulamento Interno do Setor de Estágio Obrigatório dos Cursos do
Centro Universitário Claretiano . ............................................................. 11
2 Considerações Gerais.................................................................................... 13
3 O que é o estágio?. ......................................................................................... 15
4 O que é estágio obrigatório?. ..................................................................... 16
5 OBJETIVO GERAL................................................................................................. 18
6 objetivos . ........................................................................................................ 18
7 A FORMAÇÃO DE UM PROFISSIONAL ÉTICO....................................................... 20
8 CUMPRIMENTO DO ESTÁGIO.............................................................................. 24
9 EM QUE ESCOLA ESTAGIAR................................................................................. 25
10 CARGA HORÁRIA DO ESTÁGIO DE Licenciatura em FILOSOFIA....................... 25
11 FORMA DE ENTREGA.......................................................................................... 27
12 ASSINATURAS E CARIMBOS NA FICHA DE ESTÁGIO E NO ATESTADO.................. 28
13 MARCOS REGULATÓRIOS ................................................................................... 28
14 PERFIL DOS PROFESSORES PEB-II........................................................................ 29

Roteiro para a Elaboração de Relatórios do Estágio


Supervisionado
1 PLANO GESTOR E ADMINISTRATIVO .................................................................. 35
2 Unidade Escolar. ............................................................................................ 36
3 ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA................................................................................. 36
4 Organização Técnico-Administrativa: Observação e reflexão ........... 37
5 FILOSOFIA DA ESCOLA. ....................................................................................... 38
6 PROCESSO E MOVIMENTO DA ESCOLA............................................................... 38
7 DIAGNÓSTICO..................................................................................................... 38
8 DESENVOLVIMENTO PEDAGÓGICO DA ESCOLA.................................................. 38
9 DIRETOR DA ESCOLA........................................................................................... 38
10 Descrição do Prédio e Instalações............................................................. 39
11 Objetivos e Metas da Escola......................................................................... 39
12 Atividades extraclasse (Professores)........................................................ 39
13 Secretaria......................................................................................................... 39
14 CONCLUSÃO DO PLANO GESTOR........................................................................ 40
15 PERFIL DOS PROFESSORES.................................................................................. 40
16 Relatório de Aula – Roteiro (Optativo)...................................................... 45
17 Conclusão DOS RELATÓRIOS EM SALA DE AULA............................................. 47
18 Declarações a ser entregues no final do estágio.................................. 48
anexos.................................................................................................................... 51
BIBLIOGRAFIA........................................................................................................... 81
Apresentação

1
CE

A era da informação é um fato. Notamos que, a cada dia, o


aluno procura se manter mais informado, atendendo às exigências
de uma sociedade globalizada. Entretanto, ele precisa de ajuda
para aprender e interpretar a enorme quantidade de informações
que recebe diariamente.
Nesse sentido, o Estágio deve estar relacionado com a linha
de formação profissional. A atividade de Estágio é o meio privile-
giado de integração entre teoria e prática. Por isso, ele é um fator
decisivo na formação profissional.
Essa atividade é uma oportunidade para o futuro profissional
da Educação se preparar para enfrentar o desafio que o mercado
de trabalho impõe . E conduzir os educandos a uma postura crítica
diante da realidade da informação constitui um imperativo a todos
os profissionais, especialmente para os da área educacional.
Quando o estagiário se sente respeitado e percebe que seu
aprendizado está progredindo em todos os sentidos (formação
8 © Caderno de Estágio

profissional, capacitações complementares, exercício da cidadania


e trabalho em equipe), certamente ele estará seguro de que está
realizando um bom Estágio. O estagiário está em processo de for-
mação e, por isso, deve haver um profissional da sua área, para
ajudá-lo em suas atividades.
Consideramos importante o ato de cuidar da criação de
oportunidade de Estágios com muito critério, buscando caminhos
que possam conduzir o aluno ao sucesso profissional, pois, como
disse Fernando Sabino “Democracia é oportunizar a todos o mes-
mo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, depende de
cada um” (Disponível em: <http://www.pensador.info/autor/Fer-
nando_Sabino>. Acesso em: 17 jun. 2010).

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EAD
Introdução

CE

A passagem do professor pela vida das crianças, pré-ado-


lescentes e adolescentes é, sem dúvida, um marco inicial de uma
formação cultural. De fato, é nesse período que se estabelece a
base necessária para uma formação sólida, tanto para conviver
em sociedade quanto para o mercado de trabalho. Uma formação
educacional básica inadequada, posteriormente, pode contribuir
para o fracasso escolar do estudante, colocando-o até mesmo em
risco social. Daí a importância de se criar um ambiente estimulante
e agradável para todos os que entram na escola.
Para tanto, é desejável formar uma equipe de professores
que seja solidária e capacitada para introduzir as crianças no mun-
do da escrita e da leitura, ajudando-as a incorporar essas práticas
em suas vidas.
Os professores da Educação Básica são capazes de criar ex-
periências de educação, ou seja, alternativas pedagógicas de valor
incomparável, que poderão contribuir para a melhoria significativa
de qualquer sistema educacional.
10 © Caderno de Estágio

Neste contexto enfatizar a flexibilidade, integrar os ele-


mentos envolvidos no processo escolar, de modo que sejam ca-
pazes de construir projetos inovadores e próprios, respeitando os
eixos articuladores e norteadores da ação educativa se constituem
no objetivo geral do Estágio Supervisionado.

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EAD
Orientações para Estágio

CE

1. Regulamento Interno do Setor de Estágio


Obrigatório dos Cursos do Centro Universi-
tário Claretiano

Das atribuições e responsabilidades dos estagiários


Art. 14 – O Estágio se constitui de uma prática profissional orienta-
da, vivenciada em situações de trabalho, sob a supervisão de do-
centes.
Art. 15 – O estagiário assume obrigações para com a Instituição e
o local de Estágio.
Art. 16 – Os estagiários atenderão aos objetivos da instituição a que
estiverem subordinados, tendo como fundamento:
I O compromisso de estar atento à associação entre a teoria e a
prática, inclusive mediante a capacitação em serviço.
II Aproveitamento da formação e experiências dos profissionais da
instituição.
III Participar de programas de educação continuada, propostos
pela instituição.
12 © Caderno de Estágio

IV Programar propostas que possam melhorar o desempenho dos


atendidos da instituição.
V Programar períodos reservados a estudos e planejamento de
atividades extraclasses.
VI Procurar, com seus próprios recursos, vagas para Estágio.
VII Apresentar, com frequência, relatórios das atividades que esti-
ver desenvolvendo.
Parágrafo único – Ao término do Estágio, o estudante deverá apre-
sentar relatório final, contendo as informações:
a) local de Estágio;
b) atividades desempenhadas:
c) dificuldades encontradas;
d) resultados das atividades desempenhadas;
e) conclusões.
Art. 17 – O relatório deverá ser datilografado ou digitado em papel
tamanho ofício, contendo:
I Ficha de atividades:
a)  nome do local de Estágio;
b)  data;
c)  hora;
d)  atividades desenvolvidas;
e)  assinatura do responsável.
II  Índice dos relatórios.
III  Desenvolvimento de relatórios.
IV  Anexos.
V  Conclusões.
Art. 18 – O Relatório Final será aprovado se estiver de acordo com
as normas estabelecidas pelo Supervisor de Estágio.
Art. 19 – Ao Relatório, será atribuído o conceito de 0,0 (zero) a 10,0
(dez) e aprovado o que receber conceito igual ou superior a 5,0
(cinco).
Art. 20 – Os aspectos comportamentais do aluno durante o Está-
gio deverão constar no relatório final, assim como sua frequência,
cumprindo o mínimo da carga horária, estabelecida pelo Curso de
Graduação ou Bacharelado.

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© Caderno de Estágio 13

Art. 21 – O estagiário deverá cumprir rigorosamente o horário esta-


belecido pela instituição que o recebeu, bem como estar disponível
para cumprir os regulamentos e as normas do local.
I executar as tarefas previstas no programa básico;
II manter sigilo profissional sobre todo assunto ventilado durante
o Estágio;
III vivenciar com cordialidade toda atividade que lhe for atribuída;
IV zelar pelo patrimônio do local de Estágio;

Do período para a realização e duração do Estágio


Art. 22 – O Estágio Curricular obrigatório deverá ser realizado du-
rante o período escolar, em horário não coincidente com as aulas,
nas férias escolares, na época recomendada pela estrutura curri-
cular.
Art. 23 – O aluno que comprovar exercer ocupação idêntica àquela
a que se refere o curso poderá, em caso específico, consignar até
1/4 (um quarto) das horas devidas para efeito de Estágio.
Art. 24 – A duração do Estágio obrigatório para os cursos em funcio-
namento obedecerá à legislação em vigor.
Art. 25 – O Estágio, independentemente do aspecto profissiona-
lizante, direto e específico, poderá assumir a forma de extensão,
mediante a participação do estudante em projetos de interesse
social.

2. Considerações Gerais
É importante conhecer a legislação referente aos Estágios. A
Portaria n. 1.002, de 29 de setembro de 1972, do Departamento
Nacional de Mão de Obra do Ministério do Trabalho foi a primeira
referência à eles.
No Decreto n. 87. 497, de 18 de agosto de 1982, Artigo 2º,
lê-se:
Considera-se estágio curricular, para os efeitos deste Decreto, as
atividades de aprendizagem social, profissional e cultural, propor-
cionada ao estudante pela participação em situações reais da vida
e trabalho de seu meio, sendo realizada na comunidade em geral
ou junto a pessoas jurídicas de direito público ou privado, sob res-
ponsabilidade e coordenação da Instituição de Ensino.
14 © Caderno de Estágio

Na sequência, lê-se no Artigo 3°:


O estágio curricular, como procedimento didático-pedagógico, é
atividade de competência da Instituição a quem cabe a decisão so-
bre a matéria, e dele participam pessoas jurídicas de direito público
e privado, oferecendo oportunidade e campos de estágio, outras
formas de ajuda, e colaborando no processo educativo.

Conforme o Parecer CNE/CP 09/01, o Estágio é o momento


de efetivar, sob a supervisão de um profissional experiente, um
processo de ensino/aprendizagem, que se tornará concreto e au-
tônomo quando da profissionalização deste estagiário:
O estágio curricular supervisionado é um momento de formação
profissional do educando, seja pelo exercício direto in loco, seja
pela presença participativa em ambientes próprios de atividades
daquela área profissional, sob a responsabilidade de um profissio-
nal já habilitado.

Parecer cne/cp 21/2001


O Estágio não é uma atividade facultativa, e, sim, uma con-
dição para obtenção da respectiva licença. Não se trata de uma
atividade avulsa, que angaria recursos para a sobrevivência do
estudante ou que se aproveite dele como mão de obra barata e
disfarçada. Ele é necessário como um momento de preparação
próxima em uma unidade de ensino.
Entre outros objetivos pode-se dizer que o estágio é a ferra-
menta que reproduz a realidade a ser vivenciada após a licenciatu-
ra, pois oferece ao futuro profissional o conhecimento e a realida-
de da situação de trabalho que enfrentará.

Parecer CNE/CP 027/2001


O Conselho Pleno, em sua reunião de 2 de outubro de 2001,
decidiu alterar a redação do item 3.6, alínea c, do Parecer CNE/CP
9/2001, aprovado em 8 de maio de 2001, nos seguintes termos:
c) No estágio curricular supervisionado a ser feito nas escolas de
educação básica. O estágio obrigatório definido por lei deve ser vi-
venciado durante o curso de formação e com tempo suficiente para
abordar as diferentes dimensões da atuação profissional. Deve, de

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© Caderno de Estágio 15

acordo com o projeto pedagógico próprio, se desenvolver a partir


do início da segunda metade do curso, reservando-se um período
final para a docência compartilhada, sob a supervisão da escola de
formação, preferencialmente na condição de assistente de profes-
sores experientes. Para tanto, é preciso que exista um projeto de
estágio planejado e avaliado conjuntamente pela escola de forma-
ção inicial e as escolas campos de estágio, com objetivos e tarefas
claras e que as duas instituições assumam responsabilidades e se
auxiliem mutuamente, o que pressupõe relações formais entre ins-
tituições de ensino e unidades dos sistemas de ensino. Esses “tem-
pos na escola” devem ser diferentes segundo os objetivos de cada
momento da formação. Sendo assim, o estágio não pode ficar sob
a responsabilidade de um único professor da escola de formação,
mas envolve necessariamente uma atuação coletiva dos formado-
res.

A Lei n. 11.788/2008 dispõe que:


Art. 1° Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvi-
do no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho
produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regu-
lar em instituições de educação superior, de educação profissional,
de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino
fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e
adultos.
§ 1° O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de
integrar o itinerário formativo do educando.
Art. 2° O estágio poderá ser obrigatório ou não obrigatório, confor-
me determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade
e área de ensino e do projeto pedagógico do curso.
§ 1° Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do
curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de
diploma.

3. O que é o estágio?
Segundo a Lei n. 11.788, de 25 de setembro de 2008, o Está-
gio é definido como:
O ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente
de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo do
estudante. O estágio integra o itinerário formativo do educando e
faz parte do projeto pedagógico do curso.
16 © Caderno de Estágio

4. O que é estágio obrigatório?


Segundo o §1º do Artigo 2º da Lei n. 11.788/2008, Estágio
obrigatório “é o Estágio definido como pré-requisito no projeto pe-
dagógico do curso para aprovação e obtenção do diploma”.

Benefícios do Estágio
O Estágio é uma atividade que traz uma série de benefícios:
1) Possibilita a aplicação prática dos conhecimentos teóri-
cos obtidos no Centro Universitário Claretiano;
2) motiva o estudo, pois percebe-se a finalidade de aplica-
ção do aprendizado e sentem-se suas possibilidades;
3) permite maior assimilação das matérias de estudo;
4) facilita e antecipa a autodefinição face à futura profis-
são;
5) ameniza o impacto da passagem da vida estudantil para
a profissional;
6) possibilita perceber as próprias deficiências e buscar o
aprimoramento;
7) permite adquirir uma atitude de trabalho sistematizado,
desenvolvendo a consciência de produtividade;
8) propicia melhor relacionamento humano;
9) incentiva a observação e a comunicação concisa de
ideias e experiências adquiridas por meio dos relatórios
que devem ser elaborados;
10) incentiva o exercício do senso crítico e estimula a criati-
vidade;
11) permite o conhecimento da filosofia, diretrizes, organi-
zação e funcionamento das empresas e instituições em
geral.

Direitos e responsabilidades do estagiário


Inicialmente, é importante denotar quais são os direitos dos
estagiários. Observe-os a seguir:

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© Caderno de Estágio 17

1) Ser assegurado contra acidentes pessoais.


2) Pedir ajuda sempre que surgirem dúvidas quanto ao Es-
tágio.
3) No termo de compromisso, deverão ser estabelecidas as
atividades a serem desenvolvidas.
4) Ser orientado, acompanhado e avaliado durante todo o
Estágio.
Além disso, é necessário que você saiba, ainda, quais são as
responsabilidades dos estagiários:
1) A cordialidade é um sinal de boa educação.
2) Cumprimente as pessoas que atuam na instituição con-
cedente.
3) Vista-se com discrição.
4) Seja prestativo e coloque-se à disposição do seu super-
visor de Estágio.
5) Ao falar com as pessoas, trate-as pelo nome.
6) Saiba ouvir o que falam e, em caso de dúvida, pergunte
e peça esclarecimentos.
7) Procure sugerir metodologias mais compatíveis com o
grupo que está seguindo, sem querer impô-las.
8) Cuide do material da instituição com responsabilidade.
9) Organize seus relatórios com cuidado e com atenção à
linguagem escrita.
10) Quando criticado, procure rever suas ações e tirar pro-
veito dos ensinamentos.
11) Fale a mesma linguagem da instituição concedente, evi-
tando desacordos.
12) Verifique a qualidade de suas obrigações antes da exe-
cução.
13) Erros são passíveis de correção. Corrija e busque a me-
lhor forma de se trabalhar.
18 © Caderno de Estágio

5. OBJETIVO GERAL
O objetivo geral do Estágio é enfatizar a flexibilidade neces-
sária, integrando os elementos envolvidos no processo escolar, a
fim de que se construam projetos inovadores e próprios, respei-
tando-se os eixos articuladores, norteadores da ação educativa.
Além disso, tem por finalidade:
Reformular, em caráter experimental, o Estágio Supervisio-
nado, por meio da realização do estagiário de uma observação acu-
rada das diferentes realidades educacionais, bem como de propos-
tas inovadoras capazes de promover o contato e o conhecimento
dos métodos usados nas instituições de ensino que os recebem.
Promover uma atitude crítica, por parte do estagiário, diante
da realidade observada, comparando todos os aspectos relevantes
de seu desempenho.
Desenvolver reflexões criteriosas acerca das problemáticas
evidenciadas no período de Estágio, acompanhando-se tais refle-
xões de sugestões de estratégias capazes de promover, senão a
solução imediata, pelo menos o enfrentamento correto das difi-
culdades detectadas.
Estabelecer intercâmbio de informações entre os estagiá-
rios, e destes com as unidades de ensino participantes do Estágio
Supervisionado.

6. objetivos

Estágio
O Estágio chama a atenção do estagiário para o fato de que
cada professor está integrado em contextos sociais, afetivos, histó-
ricos e econômicos diferenciados, de suma importância para que
ele possa mediar os processos de conhecimentos, o desenvolvi-
mento de competências e a ética de respeito à diversidade huma-
na, transformando a escola em um espaço cidadão.

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© Caderno de Estágio 19

A teoria pedagógica não é mera análise que retrata a realidade


educacional, mas um guia para o educador se tornar consciente da
responsabilidade da ação educativa, pela análise dos pressupostos
ocultos de sua atividade (PIMENTA, 1994 p. 101).

Nas escolas percebemos que é frequente a observação de


aulas e sua análise não ultrapassarem os limites da sala de aula, os
métodos e as técnicas ali empregadas e mesmo o relacionamento
professor/aluno, sem que se explicitem os determinantes sociais
dos agentes ali em ação – professor – aluno – da própria situa-
ção aula e sem examinar os determinantes concentricamente mais
amplos da aula.
Se quisermos pesquisar a atividade docente num processo
de aprendizagem significativa, de modo integral, precisamos moti-
var os estagiários a focar a ótica de que o homem é um ser que se
realiza na relação com o contexto social; assim, ao mesmo tempo
em que altera seu meio, ele modifica a si mesmo.
Cada época e cada professor têm seu próprio repertório de
discursos, que funciona como um espelho que reflete seu cotidia-
no na sala de aula.
A sala de aula é um espaço no qual os valores se exprimem
e se confrontam num debate ético na diversidade humana, que
leva à construção da cidadania, como condição essencial para a
existência histórica e social da criança em formação.
É imprescindível que você conheça a escola, seus programas,
seus projetos pedagógicos, suas atividades em sala de aula e os
programas extraclasses (HTPC, reuniões de pais e mestres, entre
outros).
Objetivos específicos
• Propiciar a abertura das escolas de Educação Básica para
o Estágio.
• Familiarizar o estagiário com o ambiente da unidade es-
colar em que vai trabalhar.
20 © Caderno de Estágio

• Identificar a função e as atribuições de todos os elemen-


tos envolvidos no processo educacional observado.
• Registrar a realidade do estabelecimento observado em
todos os aspectos (físico, administrativo, pedagógico, hu-
mano etc.).

7. A FORMAÇÃO DE UM PROFISSIONAL ÉTICO

Ética na educação
Contempla segundo o PCN (Ética, 75) os itens:
• identificação de situações em que a solidariedade se faz
necessária;
• as formas de atuação solidária em situações cotidianas
(em casa, na escola, na comunidade local) e em situações
especiais (calamidades públicas, por exemplo);
• a resolução de problemas presentes na comunidade lo-
cal, por meio de variadas formas de ajuda mútua;
• as providências corretas, como alguns procedimentos de
primeiros socorros, para problemas que necessitam de
ajuda específica;
• o conhecimento da possibilidade de uso dos serviços pú-
blicos existentes, como postos de saúde, corpo de bom-
beiros e polícia, e formas de acesso a eles;
• a sensibilidade e a disposição para ajudar as outras pesso-
as, quando isso for possível e desejável.
Nesse sentido, a ética pode ser resumida como um conjunto
de valores morais aceitos e determinados pela sociedade, os quais
devem ser seguidos e repetidamente reproduzidos. A cidadania,
por exemplo, conota a ideia de uma participação consciente, vo-
luntária na totalidade dos deveres e direitos cívicos, e é um dos
termos que abrange o ato ético. Ela deve estar presente no dia a

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© Caderno de Estágio 21

dia do ser humano e deve ser vivenciada durante todo o processo


de ensino-aprendizagem do estagiário.
Na construção da história, de sua cultura, a ética é algo que
sempre procuramos identificar, sobretudo os indivíduos voltados
à (re) conquista da dignidade; é algo que nenhuma instituição hu-
mana foi capaz de levar os seres humanos a desenvolver em níveis
suficientemente conscientes e de convicção em relação à finalida-
de da presença humana no planeta, em diversas regiões e climas,
elaborando, de maneira tão diferenciada, o seu modo de viver, de
estar na Terra, de se relacionar, de aprender a aprender, de desen-
volver relações afetivas, explicações para o mundo, enfim, de criar
os seus próprios significados, a sua própria cultura.
Nenhuma instituição social – política, religiosa, educacional
– foi capaz de elaborar processos orientadores que levassem os in-
divíduos à autonomia, à assunção de posturas éticas, morais, que
partissem da convicção em seu próprio valor e no valor do outro,
do seu direito de desenvolver as suas potencialidades, respeitan-
do as potencialidades alheias como elementos enriquecedores e
complementares.
No trabalho, interessa-nos conhecer e refletir sobre algumas
posições de educadores, pesquisadores e filósofos da educação a
respeito da ética nessa área, como meio de reorientar o nosso pró-
prio rumo profissional, participando ativamente na reconstrução
de novos caminhos para a identidade humana.
A ética voltada à reflexão crítica de preceitos morais funda-
menta-se num conjunto de princípios historicamente produzidos,
que buscam equilibrar teoria e ação, balizando as ações humanas,
existindo como referência para as atitudes no convívio cotidiano.
Em relação à ética na educação e da educação, temos muito
a refletir, analisar e reconstruir. Vivemos momentos de intensas
mudanças de concepções de aprendizagem e de ser humano, de
sociedade e de conhecimentos e, por isso, precisamos ter a consci-
ência ética de mudar como profissionais, de assumir novas postu-
22 © Caderno de Estágio

ras e novas ideologias que coloquem o desenvolvimento humano


no centro da ação educativa.
Aquino (1998) lembra que, no campo da ética profissional, o
professor é um dos elementos que mais se afastou de sua identi-
dade, da finalidade de seu trabalho. Assim, para o autor:
[...] em maior ou menor grau, acabamos tomando a figura dos “alu-
nos-problema” como obstacularizadora ou impeditiva de nosso tra-
balho, quando, a rigor, poderia/deveria funcionar como propulsora
de nossa ação profissional, vetor ético da intervenção pedagógica e
ocasião privilegiada de afirmação profissional e social do educador,
bem como de (re)potencialização institucional do contexto escolar
(AQUINO, 1998, p. 9).

A instituição, como formadora do ser humano e reprodutora


das prioridades e necessidades da sociedade, tem função de cons-
truir, no estagiário, mecanismos específicos da educação ética, que
possibilitem a ele interagir pacificamente com outros e, portanto,
construir-se como um cidadão ético.
A ética pedagógica de cada professor encontra-se em sua
concepção teórica, muitas vezes, não muito clara nem mesmo
para o próprio professor. A atuação do professor com seus alunos
reflete os valores e as crenças que formam o “corpo teórico e me-
todológico” que o orienta.
Dessa forma, são os objetivos, as crenças e os valores que
comandam o trabalho com os alunos. Isso pode ser observado até
na organização espacial da sala de aula.
Assim, por exemplo, se numa escola a arrumação das car-
teiras é feita em fileiras que impossibilitam a interação entre os
alunos, a crença que domina os professores é a de que cada aluno
aprende individualmente, em contato com o conteúdo “passado”
pelo professor, que, em tese, é o detentor do conhecimento, dan-
do ao estagiário uma visão tradicionalista de conduta.
Se, em outra escola, observamos as carteiras dispostas em
grupo, favorecendo a interlocução entre os alunos e possibilitan-
do trabalhos diversificados, percebemos o valor que o professor

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© Caderno de Estágio 23

dá à construção coletiva de conhecimentos, entendendo que os


alunos têm diferentes formas de construir conceitos, significados
e valores.
Dessa forma, conhecer bem diferentes teorias é muito im-
portante para que os estagiários reflitam sobre a sua prática ética
e, se necessário, a redirecionem, procurando nas várias teorias os
pontos convergentes e complementares.
Entretanto, a formação do educador estagiário não deve se
realizar de forma fragmentada, no ato de educar, mas, sim, cons-
truindo significados relativos à construção profissional.
Por isso, o estagiário deve discutir eticamente as teorias nas
escolas à luz da prática pedagógica de cada um e do conjunto de
professores, reconhecendo que todo conhecimento é provisório,
exigindo constantes autoavaliações em suas formas de pensar e
nas ações que pratica.

Formação do estagiário
Segundo Kenski (1999), a instituição formadora deve formu-
lar uma proposta de Estágio voltada para a formação do futuro
professor, que seja consciente de que sua prática envolverá um
comportamento de observação, reflexão crítica e reorganização de
suas ações, tendo em vista o que aprendeu teoricamente e o que
acontece no dia a dia do profissional.
Essa característica coloca o estagiário próximo à postura de
um pesquisador, não em uma postura acadêmica, mas como inves-
tigador preocupado em aproveitar as atividades comuns de sala
de aula e delas extrair respostas que orientem sua futura prática
pedagógica com os alunos.
Outro ponto importante diz respeito à necessidade de tornar
os estagiários conscientes de que suas práticas em salas de aula re-
fletem não apenas o grau de aquisição teórica obtido, mas, entre
outras coisas, a forma com que, como estagiários, foram marcados
pela vivência escolar.
24 © Caderno de Estágio

Independentemente do nível em que o estagiário for atuar,


a preocupação com a reflexão sobre a concepção de ser professor
deve ser uma prática constante, ou seja, a preocupação com a prá-
tica docente é imprescindível.
O Estágio, sem dúvida, traz uma série de benefícios para o
profissional em formação, entre eles:
• possibilita a aplicação prática dos conhecimentos teóri-
cos;
• facilita e antecipa a autodefinição diante da futura pro-
fissão;
• possibilita perceber as próprias deficiências e buscar o
aprimoramento;
• propicia melhor relacionamento humano;
• permite o conhecimento da filosofia, diretrizes, organiza-
ção e funcionamento da Educação Básica.
Segundo Catão (1995, p. 45):
A falta de ética é um fenômeno mais profundo e mais amplo: pare-
ce estar ligado a uma espécie de descompasso entre a estrutura da
sociedade em que se vive e o tipo de relacionamento interpessoal
em que se tende a viver. Sendo assim, a falta de ética é resultante
das transformações sociais, mais aceleradas, hoje em dia, do que
talvez em toda a história da humanidade.

8. CUMPRIMENTO DO ESTÁGIO
Os alunos deverão cumprir o Estágio de Licenciatura em Fi-
losofia à partir do 4º semestre do curso, depois de ter em mãos
o ofício e convênio solicitados para a realização das atividades,
fazendo valer o que está disposto nos Artigos 11, 12 e 13 da Re-
solução que acompanha os Pareceres 009/2001 CNE/CP, CNE/CP
27/2001, CNE/CP n. 5/2005 e CNE/CP 3/2006, bem como a Lei n.
11.788/08.

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 25

É importante que você saiba que o ofício e o convênio serão


enviados em duas vias pelo Claretiano, após o deferimento da au-
toridade competente, uma das vias de cada documento deverá re-
tornar para o Núcleo Geral de Estágio do Claretiano, sendo, então,
liberado para impressão o Termo de Compromisso de Estágio na
Sala de Aula Virtual. Você pode solicitar o ofício e o convênio pela
Sala de Aula Virtual, no ícone Secretaria/Tesouraria.

9. EM QUE ESCOLA ESTAGIAR


Você poderá estagiar em escolas oficiais particulares ou pú-
blicas (municipais, estaduais e federais), de Ensino Fundamental
e/ou de Ensino Médio. O horário do Estágio fica a seu critério, ou
seja, você poderá efetuá-lo de acordo com a sua disponibilidade,
em um total máximo de seis horas diárias, isto é, não superior a 30
horas semanais.
A carga horária, a duração e a jornada de Estágio Curricular
estão definidas no quadro “Carga Horária”, disposto a seguir.

10. CARGA HORÁRIA DO ESTÁGIO DE Licenciatura


em FILOSOFIA

Etapas do Estágio Supervisionado


O Estágio Supervisionado do curso de Licenciatura em Filo-
sofia deverá ter, no mínimo, 400 horas, sendo realizado a partir do
4º semestre do curso.
Segue, no Quadro 1, o número de semestres e as suas res-
pectivas cargas horárias:
26 © Caderno de Estágio

Quadro 1 Carga horária.


SEMESTRE ÊNFASE TOTAL DE HORAS DIVISÃO
A orientação para
análise do Plano
Gestão de instituições Gestor encontra-se nos
escolares e não anexos.
escolares.
Na ficha de estágio,
Relatório de observação 50 a assinatura diária
da dinâmica de poderá ser do:
funcionamento da secretario ou vice
organização escolar. diretor ou coordenador
pedagógico ou do
próprio diretor.

Os projetos de
interesse social deverão
Participação do ser desenvolvidos
estudante em projetos 50 sempre em parceria
de interesse social com a escola escolhida
que atinjam alunos da para o estágio.
Educação Básica.
Sugestões de temas de
trabalho no Anexo G.

Observação, par- A assinatura diária do


140 horas Ensino Fundamental e
ticipação e re-
gência no Ensino do Ensino Médio será
Fundamental (do de competência do
5º + professor regente.
6º ao 9º ano).

10 horas de regência Dê preferência às aulas


de Filosofia.
140 horas Observação, par-
ticipação e re-
gência no Ensino
+ Médio

10 horas de regência

ATENÇÃO!
No 5º semestre, você poderá realizar até 50 horas de estágio no
Ensino Fundamental Ciclo I.

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 27

O aluno que leciona poderá cumprir 100 horas em sua pró-


pria sala de aula, devendo registrar o período na ficha de Estágio,
sendo responsabilidade do coordenador assiná-la diariamente.
Deverão ser anexados no CD (ver item seguinte) o seu plano de
trabalho e os relatórios semanais, explicitando se conseguiu atin-
gir os objetivos propostos. Caso não tenha cumprido, deve-se ex-
plicar o porquê e o que pretende fazer para que o programa não
fique defasado.
O aluno deverá fazer estágio em todas os anos do Ensino
Fundamental e Médio.
Em hipótese alguma, ele poderá deixar de cumprir 150 horas
no Ensino Fundamental e 150 horas no Ensino Médio.

11. FORMA DE ENTREGA


É importante que o aluno fique atento às formas de entrega
do Estágio:
• Os relatórios e as fichas deverão ser postados no Portfó-
lio semestralmente, seguindo a orientação do Quadro 1
Carga horária.
• A ficha de Estágio pode ser encontrada no Material de
Apoio, na sua Sala de Aula Virtual.
• Ao final do curso, as fichas, os atestados e o CD conten-
do todos os relatórios deverão ser encaminhados para os
tutores.
• O modelo de atestado encontra-se no final deste material
e deverá acompanhar a Ficha de Estágio, de acordo com
seus respectivos períodos registrados.
• A digitação deverá estar de acordo com as normas da
ABNT.
• O aluno que não realizar o Estágio fica sem direito à cola-
ção de grau.
28 © Caderno de Estágio

• Os alunos que não cumprirem quaisquer das atividades


no semestre previsto serão automaticamente reprovados
e deverão refazê-las no semestre posterior.

12. ASSINATURAS E CARIMBOS NA FICHA DE ESTÁ-


GIO E NO ATESTADO
A Ficha de Estágio e os atestados deverão ser assinados da
seguinte forma:
a) Coluna de assinatura do responsável: diariamente.
b) Diretor: assinatura e carimbo.
c) Carimbo da escola em que estiver estagiando.
d) No atestado: carimbo e assinatura do diretor, assim
como carimbo da escola.
Caso as Fichas de Estágio e o atestado não estejam preen-
chidos de acordo com as orientações dadas, ou estejam rasurados,
eles serão devolvidos para que possam ser refeitos.

13. MARCOS REGULATÓRIOS


Licenças de qualquer natureza não se aplicam aos Estágios.
Nesses casos, o aluno cumprirá a carga horária posteriormente,
pois deve-se lembrar que o Estágio é uma atividade obrigatória, de
forma que o seu não cumprimento impossibilita o aluno de colar
grau.
Os alunos graduados nos últimos dez anos poderão requerer
dispensa de parte do Estágio, encaminhando para a instituição que
os recebe os documentos que comprovem o seu cumprimento.
Esses documentos deverão ser analisados pela autoridade com-
petente que irá deferi-los ou não, de acordo com a proposta em
vigor.
O coordenador pedagógico também poderá registrar até
100 horas com assinatura diária do diretor, anexando no CD a sua
proposta de trabalho para esse período.

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 29

DOCUMENTOS––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Os documentos necessários para análise são: Fichas de Estágio, atestados, de-
clarações, relatórios e histórico, podendo ser fotocópias. A documentação deve
ser enviada para:
A/C Núcleo de Estágio
Rua Dom Bosco, 466
Bairro: Castelo
Cidade: Batatais/SP
CEP 14300-000
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

14. PERFIL DOS PROFESSORES PEB-II


A Resolução SE n. 80/2009, publicada em 4 de janeiro de
2009, contribuiu para o avanço na construção da formação do
professor de graduação. Contudo, grande parte dos professores
ainda não conhece, na íntegra, essa resolução. Por isso, tomamos
a iniciativa de transcrevê-la, contribuindo para uma mudança em
seu comportamento como futuro professor, tornando-o bem in-
formado e consciente de suas escolhas, o que certamente trará a
você benefícios, proporcionando, inclusive, a melhoria da qualida-
de das aulas.

Cultura geral e profissional


Uma cultura geral ampla favorece o desenvolvimento da sensibi-
lidade, da imaginação, a possibilidade de produzir significados e
interpretações do que se vive e de fazer conexões – o que, por sua
vez, potencializa a qualidade da intervenção educativa.
Do modo como é entendida aqui, cultura geral inclui um amplo
espectro de temáticas: familiaridade com as diferentes produções
da cultura popular e erudita e da cultura de massas e atualização
em relação às tendências de transformação do mundo contempo-
râneo.
A cultura profissional, por sua vez, refere-se àquilo que é próprio da
atuação do professor no exercício da docência. Fazem parte desse
âmbito temas relativos às tendências da educação e do papel do
professor no mundo atual.
É necessário, também, que os cursos de formação ofereçam condi-
ções para que os futuros professores aprendam a usar tecnologias
de informação e comunicação, cujo domínio é importante para a
docência e para as demais dimensões da vida moderna.
30 © Caderno de Estágio

Conhecimentos sobre crianças, jovens e adultos


A formação de professores deve assegurar o conhecimento dos
aspectos físicos, cognitivos, afetivos e emocionais do desenvolvi-
mento individual tanto de uma perspectiva científica quanto à re-
lativa às representações culturais e às práticas sociais de diferentes
grupos e classes sociais. Igualmente relevante é a compreensão das
formas diversas pelas quais as diferentes culturas atribuem papéis
sociais e características psíquicas a faixas etárias diversas.
A formação de professores deve assegurar a aquisição de conheci-
mentos sobre o desenvolvimento humano e sobre a forma como
diferentes culturas caracterizam as diferentes faixas etárias e sobre
as representações sociais e culturais dos diferentes períodos: infân-
cia, adolescência, juventude e vida adulta. Igualmente importante
é o conhecimento sobre as peculiaridades dos alunos que apresen-
tam necessidades educacionais especiais.
Para que possa compreender quem são seus alunos e identificar as
necessidades de atenção, sejam relativas aos afetos e emoções, aos
cuidados corporais, de nutrição e saúde, sejam relativas às apren-
dizagens escolares e de socialização, o professor precisa conhecer
aspectos psicológicos que lhe permitam atuar nos processos de
aprendizagem e socialização; ter conhecimento do desenvolvimen-
to físico e dos processos de crescimento, assim como dos processos
de aprendizagem dos diferentes conteúdos escolares em diferentes
momentos do desenvolvimento cognitivo, das experiências institu-
cionais e do universo cultural e social em que seus alunos se inse-
rem. São esses conhecimentos que o ajudarão a lidar com a diversi-
dade dos alunos e a trabalhar na perspectiva da escola inclusiva.
É importante que, independentemente da etapa da escolaridade
em que o futuro professor vai atuar, ele tenha uma visão global
sobre esta temática, aprofundando seus conhecimentos sobre as
especificidades da faixa etária e das práticas dos diferentes grupos
sociais com a qual vai trabalhar.

Conhecimentos sobre a dimensão cultural, social, política e


econômica da educação
Este âmbito, bastante amplo, refere-se a conhecimentos relativos à
realidade social e política brasileira e a sua repercussão na educa-
ção, ao papel social do professor, à discussão das leis relacionadas
à infância, adolescência, educação e profissão, às questões da ética
e da cidadania, às múltiplas expressões culturais e às questões de
poder associadas a todos esses temas.
Diz respeito, portanto, à necessária contextualização dos conteú-
dos, assim como o tratamento dos Temas Transversais – questões

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 31

sociais atuais que permeiam a prática educativa como ética, meio


ambiente, saúde, pluralidade cultural, trabalho, consumo e outras
– seguem o mesmo princípio: o compromisso da educação básica
com a formação para a cidadania e buscam a mesma finalidade:
possibilitar aos alunos a construção de significados e a necessária
aprendizagem de participação social.
Igualmente, políticas públicas da educação, dados estatísticos, qua-
dro geral da situação da educação no país, relações da educação
com o trabalho, relações entre escola e sociedade são informações
essenciais para o conhecimento do sistema educativo e, ainda, a
análise da escola como instituição – sua organização, relações in-
ternas e externas – concepção de comunidade escolar, gestão esco-
lar democrática, Conselho Escolar e projeto pedagógico da escola,
entre outros.

Conteúdos das áreas de conhecimento que são objeto de ensino


Incluem-se aqui os conhecimentos das áreas que são objeto de en-
sino em cada uma das diferentes etapas da educação básica. O do-
mínio desses conhecimentos é condição essencial para a constru-
ção das competências profissionais apresentadas nestas diretrizes.
Nos cursos de formação para a educação infantil e séries iniciais
do ensino fundamental é preciso incluir uma visão inovadora em
relação ao tratamento dos conteúdos das áreas de conhecimento,
dando a eles o destaque que merecem e superando abordagens
infantilizadas de sua apropriação pelo professor.
Nos cursos de formação para as séries finais do Ensino Funda-
mental e Ensino Médio, a inovação exigida para as licenciaturas é
a identificação de procedimentos de seleção, organização e trata-
mento dos conteúdos, de forma diferenciada daquelas utilizadas
em cursos de bacharelado; nas licenciaturas, os conteúdos discipli-
nares específicos da área são eixos articuladores do currículo, que
devem relacionar grande parte do saber pedagógico necessário ao
exercício profissional e estar constantemente referidos ao ensino
da disciplina para as faixas etárias e as etapas correspondentes da
Educação Básica.
Em ambas situações é importante ultrapassar os estritos limites
disciplinares, oferecendo uma formação mais ampla na área de co-
nhecimento, favorecendo o desenvolvimento de propostas de tra-
balho interdisciplinar, na Educação Básica. São critérios de seleção
de conteúdos, na formação de professores para a Educação Básica,
as potencialidades que eles têm no sentido de ampliar:
a) a visão da própria área de conhecimento que o professor em
formação deve construir;
32 © Caderno de Estágio

b) o domínio de conceitos e de procedimentos que o professor em


formação trabalhará com seus alunos da educação básica;
c) as conexões que ele deverá ser capaz de estabelecer entre con-
teúdos de sua área com as de outras áreas, possibilitando uma
abordagem de contextos significativos.
São critérios de organização de conteúdos, as formas que possibi-
litam:
a) ver cada objeto de estudo em articulação com outros objetos da
mesma área ou da área afim;
b) romper com a concepção linear de organização dos temas, que
impede o estabelecimento de relações, de analogias etc.
Dado que a formação de base, no contexto atual da educação bra-
sileira, é muitas vezes insuficiente, será muitas vezes necessária a
oferta de unidades curriculares de complementação e consolida-
ção desses conhecimentos básicos. Isso não deve ser feito por meio
de simples “aulas de revisão”, de modo simplificado e sem o devido
aprofundamento.
Essa intervenção poderá ser concretizada por programas ou ações
especiais, em módulos ou etapas a serem oferecidos aos professo-
res em formação. As Diretrizes e os Parâmetros Curriculares Nacio-
nais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio devem ser usados
como balizadores de um diagnóstico a ser, necessariamente, reali-
zado logo no início da formação.
Convém destacar a necessidade de contemplar na formação de
professores conteúdos que permitam analisar valores e atitudes.
Ou seja, não basta tratar conteúdos de natureza conceitual e/ou
procedimental. É imprescindível que o futuro professor desenvolva
a compreensão da natureza de questões sociais, dos debates atuais
sobre elas, alcance clareza sobre seu posicionamento pessoal e co-
nhecimento de como trabalhar com os alunos.

Conhecimento pedagógico
Este âmbito refere-se ao conhecimento de diferentes concepções
sobre temas próprios da docência, tais como, currículo e desen-
volvimento curricular, transposição didática, contrato didático,
planejamento, organização de tempo e espaço, gestão de classe,
interação grupal, criação, realização e avaliação das situações di-
dáticas, avaliação de aprendizagens dos alunos, consideração de
suas especificidades, trabalho diversificado, relação professor-alu-
no, análises de situações educativas e de ensino complexas, entre
outros. São deste âmbito, também, as pesquisas dos processos de
aprendizagem dos alunos e os procedimentos para produção do
conhecimento pedagógico pelo professor.

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 33

Conhecimento advindo da experiência


O que está designado aqui como conhecimento advindo da expe-
riência é, como o nome já diz, o conhecimento construído “na” e
“pela” experiência. Na verdade, o que se pretende com este âmbito
é dar destaque à natureza e à forma com que esse conhecimento é
constituído pelo sujeito. É um tipo de conhecimento que não pode
ser construído de outra forma senão na prática profissional e de
modo algum pode ser substituído pelo conhecimento “sobre” esta
prática. Saber – e aprender – um conceito ou uma teoria é muito
diferente de saber – e aprender – a exercer um trabalho. Trata-se,
portanto, de aprender a “ser” professor.
Perceber as diferentes dimensões do contexto, analisar como as
situações se constituem e compreender como a atuação pode in-
terferir nelas é um aprendizado permanente, na medida em que
as questões são sempre singulares e novas respostas precisam ser
construídas. A competência profissional do professor é, justamen-
te, sua capacidade de criar soluções apropriadas a cada uma das
diferentes situações complexas e singulares que enfrenta.
Assim, este âmbito de conhecimento está relacionado às práticas
próprias da atividade de professor e às múltiplas competências que
as compõem e deve ser valorizado em si mesmo.
Entretanto, é preciso deixar claro que o conhecimento experiencial
pode ser enriquecido quando articulado a uma reflexão sistemáti-
ca. Constrói-se, assim, em conexão com o conhecimento teórico,
na medida em que é preciso usá-lo para refletir sobre a experiên-
cia, interpretá-la, atribuir-lhe significado.

Conhecimentos para o desenvolvimento profissional


A definição dos conhecimentos exigidos para o desenvolvimento
profissional origina-se na identificação dos requisitos impostos
para a constituição das competências. Desse modo, além da forma-
ção específica relacionada às diferentes etapas da Educação Básica,
requer a sua inserção no debate contemporâneo mais amplo, que
envolve tanto questões culturais, sociais, econômicas, como co-
nhecimentos sobre o desenvolvimento humano e sobre a própria
docência.
EAD
Roteiro para a Elaboração
de Relatórios do Estágio
Supervisionado
CE

Inicie seus relatórios (do Plano Gestor e da sala de aula) pela


sua identificação:
• Identificação do curso: Licenciatura em Filosofia.
• Coordenação de Estágio: Profª Terezinha Darli Nazar Ber-
gamo.
• Supervisor de Estágio:
• Nome do aluno(a):
• Polo e ano:
É importante ressaltar que o supervisor de Estágio é aquele
que assinará a sua Ficha como responsável pelo desenvolvimento
do Estágio (diretor).

1. PLANO GESTOR E ADMINISTRATIVO


Você deverá fazer a análise do Plano Gestor e Administrativo
da escola em que estiver estagiando. Para isso, deverá levar em
36 © Caderno de Estágio

consideração o roteiro apresentado por essa coordenação. Nada


impede, porém, que você vá além desse roteiro quando encontrar
itens relevantes em seu trabalho.
Para facilitar o seu trabalho na elaboração dos relatórios,
apresentamos um guia dos itens que deverão ser analisados no
Plano Gestor e nas atividades da instituição em que você irá esta-
giar.

2. Unidade Escolar

Identificação
a) Nome:
b) Endereço:
c) CEP:
d) Telefone:
e) CGC:
f) Horário de funcionamento (Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio).

3. ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA
a) Normas regimentais básicas (Anexo C, F e D).
b) Análise do regimento escolar – medidas previstas de for-
ma genérica no regimento, sobretudo as que se referem
aos deveres e direitos do aluno e do professor.
c) Grade curricular (Educação Infantil, Ensino Fundamental
e Ensino Médio).
d) Calendário escolar e demais eventos da escola.
e) Análise de projetos propostos para o ano: ações para sua
execução, período letivo por turno e série e projetos es-
peciais.
f) Em que consiste o plano gestor (Anexo D).

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 37

A documentação exigida para análise deverá ser escaneada


e anexada no CD, obedecendo à ordem do roteiro (se você não
puder escanear, faça a análise de item por item).

4. Organização Técnico-Administrativa: Ob-


servação e reflexão
A definição dos núcleos da organização técnico-administrati-
va deverá ser relatada por meio de quantidade, não sendo neces-
sário citar os nomes.

Núcleos
a) Direção:  
• Diretor.
• Vice-Diretor.

b) Técnico-pedagógico:
• Professor-coordenador.
• Supervisor de Estágio.

c) Administrativo:
• Secretária de administração escolar.

d) Operacional:
• Inspetor de alunos.
• Servente.
• Vigia.
• Zelador.
e) Corpo docente:
• Professor.

f) Corpo discente:
• Alunos da escola.
38 © Caderno de Estágio

5. FILOSOFIA DA ESCOLA
A orientação para análise da filosofia da escola encontra-se
no Anexo F.

6. PROCESSO E MOVIMENTO DA ESCOLA


a) Em que realidade a escola está inserida?
b) Que escola “ideal” queremos para os nossos alunos?
c) Que tipo de cidadão queremos formar?
d) Que tipo de intervenção poderemos fazer para aproxi-
mar a realidade do ideal?
e) Formas de ingresso, classificação e reclassificação.
f) Frequência e compensação de ausências.

7. DIAGNÓSTICO
Aspectos que devem ser analisados:
a) Eficiência do processo de ensino-aprendizagem.
b) Proposta pedagógica da escola.
c) Administração e gestão financeira da escola.

8. DESENVOLVIMENTO PEDAGÓGICO DA ESCOLA


a) Processo de avaliação.
b) Recuperação.
c) Reforço.
d) Classes de aceleração.

9. DIRETOR DA ESCOLA
a) O papel do diretor.
b) Programa de desenvolvimento do trabalho do diretor.
c) As condições de trabalho.

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 39

d) A sala do diretor.
e) As propostas do diretor para a construção de uma escola
democrática.

10. Descrição do Prédio e Instalações


a) Sala de aula.
b) Salas ambiente.
c) Salas de vídeo e TV.
d) Sala de professores.
e) Sala de reuniões.
f) Biblioteca.
g) Espaço para aulas de Educação Física.
h) Conservação do prédio.
i) Outros.

11. Objetivos e Metas da Escola


a) Objetivo geral.
b) Objetivos específicos.

12. Atividades extraclasse (Professores)


a) Hora da atividade.
b) HTPC – organização de trabalho pedagógico coletivo, ex-
plicitando o temário e o cronograma.
c) Reunião de pais e mestres.

13. Secretaria
a) Organização.
b) Secretário:
• Atuação e análise de suas atribuições.
c) Escriturário:  
40 © Caderno de Estágio

• Serviços realizados na secretaria.


• Análise de escrituração.
• Livros existentes.
• Incineração de documentos.

14. CONCLUSÃO DO PLANO GESTOR


A conclusão deverá ser pessoal, apontando aquilo que o Pla-
no Gestor trouxe de benefício para sua vida profissional.

15. PERFIL DOS PROFESSORES


Segundo a LDB 9394/96:
os currículos do Ensino Fundamental e Médio devem ter uma base
nacional comum a ser complementada, em cada sistema de ensino
e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, para aten-
der às características sociais, culturais e econômicas da clientela.

Essas características profissionais formam um perfil que, to-


davia, não se pode tornar uma camisa de força, tendo em vista que
as pessoas são diferentes, as situações são diversas e as ações dos
professores nas salas de aula são imprevisíveis.
Em contrapartida, o perfil é útil para que se possa planejar
a formação profissional inicial e continuada e, também, para que
as escolas tenham um mínimo de expectativas quanto a critérios
para acompanhar e avaliar o trabalho docente (LIBANEO; OLIVEI-
RA; TOSCHI, 2007).
Apresentamos, nos tópicos a seguir, de acordo com a Legisla-
ção Estadual Resolução SE nº 09/2010, as habilidades e as compe-
tências do profissional de Licenciatura em Filosofia.

Perfil desejado para o Professor de Filosofia


Este texto foi elaborado com o objetivo de apresentar, su-
cintamente, o perfil do profissional da Educação que se vislumbra

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 41

para ensinar Filosofia nas escolas da rede pública de São Paulo e,


ao mesmo tempo, oferecer informações básicas sobre competên-
cias e conteúdos que serão avaliados no concurso.
Quais os elementos de sua formação a serem valorizados
para identificar a capacidade de ensinar a disciplina nas escolas de
nível Médio? Quais os conteúdos, principalmente teóricos, sobre
os quais os professores devem mostrar conhecimento e que deve-
rão ser aplicados - a partir de sua necessária adequação - nas aulas
do Ensino Básico?
Considerando as especificidades de cada nível de ensino,
com suas características e objetivos próprios, este documento está
alicerçado na estrutura curricular que orienta o desenvolvimento
dos cursos de graduação em Filosofia, tanto aqueles oferecidos pe-
las universidades públicas, quanto os ministrados nas instituições
privadas, com o que se pretende valorizar a formação dos profes-
sores, sem ampliar ou reduzir expectativas que possam compro-
meter os padrões de qualidade que deve ter a Escola Pública.
Os cursos de graduação em Filosofia oferecidos no País,
como é sabido, visam à formação de bacharéis e/ou licenciados.
O Bacharelado caracteriza-se, principalmente, pela ênfase
na pesquisa, direcionando os formandos aos programas de pós-
graduação em Filosofia e ao magistério superior. A Licenciatura
que aqui nos interessa mais diretamente - está voltada, sobretudo,
para o ensino de Filosofia no nível médio. Em termos de conteúdo
e qualidade, entretanto, as duas habilitações devem oferecer os
mesmos conteúdos básicos, ou seja, uma sólida formação em his-
tória da Filosofia, que:
[...] capacite para a compreensão e a transmissão dos principais te-
mas, problemas, sistemas filosóficos, assim como para a análise e
reflexão crítica da realidade social [...]. Bacharelado e Licenciatura
diferenciam-se antes pelas suas finalidades, sendo que do licencia-
do se espera uma vocação pedagógica que o habilite para enfrentar
com sucesso os desafios e as dificuldades inerentes à tarefa de des-
pertar os jovens para a reflexão filosófica, bem como transmitir aos
alunos do Ensino Médio o legado da tradição e o gosto pelo pen-
42 © Caderno de Estágio

samento inovador, crítico e independente (disponível em: <http://


portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES0492.pdf>. Acesso em: 11
jan. 2011).

A partir desses compromissos, com o objetivo de orientar os


candidatos em sua preparação para o concurso, apresentamos um
quadro sintético de temas que poderão constituir um referencial
básico para o professor, esclarecendo, ainda, que ele foi elaborado
em direta sintonia com o currículo implantado, em 2008, pela Se-
cretaria de Estado da Educação de São Paulo.

I – Temas e conteúdos:
Os temas e os conteúdos relevantes para o profissional habi-
litado a lecionar Filosofia para o ensino Médio são:
1) O ensino de filosofia e suas indagações na atualidade: a tradu-
ção do saber filosófico. Estratégias didáticas e seleção dos conte-
údos. Os objetivos da filosofia no Ensino Médio. A contribuição
das aulas de filosofia para o desenvolvimento do senso crítico.
2) A Filosofia: a atitude filosófica e o seu caráter crítico, reflexivo e
sistemático. Temas e áreas tradicionais da filosofia: História da
Filosofia, Metafísica, Ética, Filosofia Política, Epistemologia, Teo-
ria do Conhecimento, Lógica e Filosofia da arte ou Estética.
3) Técnica e ciência: a ciência e seus métodos. A razão instrumen-
tal. O pensamento filosófico e sua relação com as ciências.
4) O pensamento filosófico e as concepções de política: a política
antiga e medieval. O liberalismo: antecedentes e desenvolvi-
mento. O socialismo. A democracia: histórico do ideal democrá-
tico. A cidadania.
5) O racionalismo ético e os princípios da vida moral: Sócrates e
Aristóteles. Os epicuristas, hedonistas e estóicos. O formalismo
kantiano. Os críticos do racionalismo ético.
6) Temas contemporâneos: os direitos humanos - ideal e histórico.
7) História da Filosofia: Os modos de pensar que antecederam a fi-
losofia na Grécia Antiga: o mito e a tragédia. As condições histó-
ricas para o surgimento da filosofia na Grécia Antiga e as caracte-
rísticas da filosofia nascente. Filosofia Antiga: dos pré-socráticos
ao período helenístico. A Patrística e a Escolástica.
8) O período moderno (séculos XV a XVIII) e seus temas: antropo-
centrismo, humanismo, a revolução científica, a emergência do

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 43

indivíduo e do sujeito do conhecimento. Os procedimentos da


razão. As teorias políticas do período. O período contemporâ-
neo
9) Séculos 19 e 20 e seus temas: razão e natureza, razão e moral. As
críticas a moral racionalista. As indagações sobre a técnica. A no-
ção de ideologia. A inserção das questões econômicas e sociais.
Os questionamentos da filosofia da existência.

II – Perfil do professor de Filosofia:


As características de um professor de Filosofia para atuar na
escola básica devem associar domínio do conhecimento específico
da área, expresso no contato com autores, temas e problemas que
constituem a história da Filosofia e vocação pedagógica que habi-
lite o docente para enfrentar os desafios e dificuldades inerentes
à tarefa de despertar os jovens para a importância da reflexão fi-
losófica. Assim, em síntese, lembrando a sempre oportuna afirma-
ção de Kant de que “não se ensina Filosofia, ensina-se a Filosofar”,
espera-se que o candidato esteja apto a:
1) Elaborar reflexões sobre o caráter crítico, reflexivo e sistemático
da atitude filosófica, aplicadas aos temas e áreas tradicionais da
Filosofia: História da Filosofia, Metafísica, Ética, Filosofia Políti-
ca, Epistemologia, Teoria do Conhecimento, Lógica e Filosofia da
arte ou Estética.
2) Identificar e desenvolver reflexões sobre as principais caracterís-
ticas da Filosofia Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea.
3) Desenvolver com os alunos formas de consciência crítica sobre
conhecimento, razão e realidade social, histórica e política, for-
mulando e propondo, em linguagem filosófica, soluções para
problemas nos diversos campos do conhecimento;
4) Analisar e interpretar textos teóricos, segundo os procedimen-
tos de técnica hermenêutica;
5) Compreender a importância das questões acerca do sentido e
da significação da própria existência e das produções culturais;
6) Identificar a integração necessária entre a Filosofia e a produção
científica e artística, bem como com o agir pessoal e político;
7) Aplicar o conhecimento filosófico na análise de temas e proble-
mas contemporâneos, relacionados aos direitos humanos e às
questões de alteridade, visando à compreensão e superação das
variadas formas de preconceito e humilhação.
44 © Caderno de Estágio

8) Relacionar o exercício da crítica filosófica com a promoção inte-


gral da cidadania e com o respeito à pessoa, dentro da tradição
histórica de defesa dos direitos humanos.
9) Reconhecer e analisar os principais elementos formadores dos
conceitos de Mito, Cultura, Alteridade, Etnocentrismo e Relati-
vismo Cultural.
10) Reconhecer em textos e/ou imagens elementos que identi-
fiquem o papel da Arte na inserção ao universo subjetivo das
representações simbólicas.

III – Habilidades do professor de Filosofia


A seguir apresentamos algumas das principais habilidades
que um professor de Filosofia deve possuir para exercer sua fun-
ção com responsabilidade e profissionalismo:
1) A partir de textos, analisar as correntes do pensamento filosó-
fico, para compreender de que forma foram construídos os ali-
cerces do conhecimento científico e da cultura, em diferentes
tempos e por diferentes povos.
2) Analisar e interpretar textos teóricos, segundo os procedimen-
tos de técnica hermenêutica.
3) Identificar, a partir de textos, as principais características da Fi-
losofia Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea.
4) A partir de textos, analisar os pressupostos do conhecimento
científico, reconhecendo e analisando os principais fatores só-
cio-culturais que interferem na atividade científica.
5) Construir uma visão crítica da ciência, superando o entendi-
mento de conhecimento científico como verdade absoluta.
6) Desenvolver noções sobre os limites da racionalidade e, ao
mesmo tempo, abrir espaço para o diálogo baseado nas ques-
tões de alteridade.
7) Reconhecer e analisar os principais elementos formadores dos
conceitos de Mito, Cultura, Alteridade, Etnocentrismo e Relati-
vismo Cultural.
8) Estabelecer a distinção entre o “filosofar” espontâneo, próprio
do senso comum, e o filosofar propriamente dito, típicos dos fi-
lósofos especialistas;
9) Reconhecer em textos e/ou imagens elementos que identifi-
quem o papel da arte na inserção ao universo subjetivo das re-
presentações simbólicas.

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 45

10) Compreender de que forma os fundamentos da Filosofia Polí-


tica permitem identificar as funções do Estado, suas diversas
concepções e as formas como as teorias políticas interferem no
desenho das sociedades.
11) Compreender as diferenças entre moral e ética e identificar, a
partir da História da Filosofia, os fundamentos básicos da Ética
e dos valores que a definem, por meio de textos que expressem
o pensamento filosófico de Sócrates, Aristóteles e Epicuro.
12) Analisar, por meio de textos e/ou iconografias, situações que
expressem individualidades falsas ou pseudo-individualidades,
a partir da industrialização e produção em série de mercadorias
culturais.
13) Desenvolver reflexões sobre os conceitos de indústria cultural
e alienação moral e suas relações com os meios de comunica-
ção.
14) Desenvolver reflexões sobre a condição estética e existencial
dos seres humanos.
15) Analisar as relações entre cultura e natureza.
16) Compreender os fundamentos e conceitos centrais das princi-
pais correntes do pensamento político contemporâneo (anar-
quismo, socialismo e liberalismo).
17) Problematizar o mundo do trabalho e da política a partir de te-
orias filosóficas.
18) Compreender o conceito de liberdade com base nas teorias fi-
losóficas.
19) Analisar a condição dos seres humanos, a partir de reflexão filo-
sófica sobre diferenças e igualdades entre homens e mulheres.
20) Reconhecer a relevância da reflexão filosófica para análise dos
temas e problemas que atingem as sociedades contemporâne-
as, especialmente os relacionados às variadas formas de pre-
conceito e humilhação.

16. Relatório de Aula – Roteiro (Optativo)


O seu relatório deverá ser claro e abrangente. Se você acom-
panha o mesmo professor, o qual desenvolve o mesmo conteú-
do em todas as salas, com a mesma metodologia, relate-o apenas
uma vez, como, por exemplo: 5ª A, 5ª B, 5ª C, 5ª D e 5ª E.
46 © Caderno de Estágio

O roteiro apresentado é optativo. Caso você queira confec-


cionar o relatório diferentemente deste apresentado, poderá fazê-
lo. No entanto, toda aula assistida, participativa ou regida deverá
ter um relatório.

Relatório de Observação– ––––––––––––––––––––––––––––––

Data:..........................

Horário de entrada: ............................. Horário de saída: ...........................

Classe: ................ Nº. de alunos: ........... Idade média dos alunos:.................

Nome do(a) professor(a): ....................................................................................

1. Atividades desenvolvidas:

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

2. Comentários (relacionando teorias e práticas observadas):

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

Relatório de Participação–––––––––––––––––––––––––––––––

Data:..........................

Horário de entrada: ............................. Horário de saída: ...........................

Classe: ............... Nº. de alunos: ............ Idade média dos alunos:...................

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 47

Nome do(a) professor(a): ....................................................................................


1. Atividades desenvolvidas pelo(a) professor:

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................

2. Atividades desenvolvidas pelo(a) estagiário(a):

.........................................................................................................................

.........................................................................................................................
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

Relatório de Regência––––––––––––––––––––––––––––––––––

Tema de regência:

1. Justificativa da escolha do tema:

2. Objetivos:

3. Metodologia:

4. Conteúdos:

5. Avaliação:
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

17. Conclusão DOS RELATÓRIOS EM SALA DE


AULA
A conclusão dos relatórios deverá ser pessoal. Nela, você de-
verá apontar o que o Estágio acrescentou para a sua vida profissio-
nal em termos de ação dentro da sala de aula.
48 © Caderno de Estágio

18. Declarações a ser entregues no final do


estágio
Você deverá entregar, devidamente preenchidos, juntamen-
te com o CD, a Ficha de Estágio e o atestado. Não se esqueça de
que todos os documentos deverão ser entregues até o final do cur-
so, para efeito de colação de grau.

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 49

ATESTADO

Atesto para os devidos fins que o(a) aluno(a) ...........


......................................................................................................,
RG..........................., do curso de ..................................................
................................................., compareceu a este Estabeleci-
mento de Ensino, cumprindo um total de ............ horas de Estágio
Supervisionado, no período de ___/___/____ a ___/____/____.

_______________________________
Diretor(a)
EAD
Anexos

CE

Os anexos apresentados a seguir destinam-se à orientação


dos procedimentos que devem ser adotados durante o Estágio Su-
pervisionado.
Procuramos ser objetivos e práticos na apresentação desses
conteúdos, buscando atender aos objetivos propostos pela LDB,
bem como às normas internas do Claretiano de forma clara e pre-
cisa.

ANEXO A
Nível da Educação Básica, legalmente aceita para a realiza-
ção de Estágios, incluindo todas as áreas que embasam ou envol-
vem esses níveis.

Níveis e modalidades de educação e ensino


A Lei n.º 9394/96,
Art. 21. Define a composição dos níveis escolares.
52 © Caderno de Estágio

I – Educação Básica, formada pela Educação Infantil, Ensino Funda-


mental e Ensino Médio.
Objetivo da Educação Básica:
Art. 22. – Organização da Educação Básica:
Arts. 23, 24, 25, 26, 27,28.
Da Educação Infantil: Art. 29, 30, 31.

Educação Infantil, que é a primeira etapa da Educação Bási-


ca, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de
0 a 5 anos.

Educação Infantil
• creches até três anos;
• pré-escolas de quatro a cinco anos.

Ensino Fundamental
Arts.: 32, 33, 34 – Objetivo: a formação básica do cidadão.
Ensino Fundamental: de 1° ao 9° ano.

Ensino Médio
Arts.: 35, 36 – Etapa final da Educação Básica, com duração mínima
de três anos.

Educação de Jovens e Adultos


Arts. 37, 38 – A educação de jovens e adultos é destinada àqueles
que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino Fun-
damental e Médio na idade própria.

Educação Profissional
Arts. 39, 40, 41, 42 – A educação profissional, integrada às dife-
rentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia,
conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida
produtiva.

Portanto, podemos fazer o Estágio da Educação Básica nos


níveis:

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 53

• Educação Infantil: de 0 a 5 anos.


• Ensino Fundamental: de 6 a 14 anos, compreendendo
curso supletivo, que atendem de 1° ao 9° ano.
• Ensino Médio: de 15 a 18 anos, ou que atendem ao Suple-
tivo de 1° a 3° ano e o profissionalizante.

ANEXO B

REFLEXÃO SOBRE OS DIREITOS E DEVERES DO ESTAGIÁRIO


Estagiário é todo estudante sob responsabilidade e coorde-
nação de uma instituição de ensino, que desenvolva uma atividade
em situação real de trabalho, ou seja, que aplique os conhecimen-
tos adquiridos em sala de aula em um ambiente de trabalho da
vida real.
Exigências: que esteja matriculado em uma instituição de
ensino, quer seja particular, quer seja pública; que esteja frequen-
tando as aulas no horário de aula da instituição; que siga as orien-
tações do coordenador de Estágios da instituição em que estuda;
que oficialize o compromisso de Estágio entre a instituição de
formação e a instituição que o recebe; que respeite os horários e
as normas da instituição que o recebe; que respeite a orientação
dada pelo Plano Gestor e em sala de aula pelo titular.
De acordo com a legislação vigente e regulamentada, o esta-
giário tem o direito de: trabalhar em um horário que não conflite
com o escolar; ser estagiário e funcionário, ao mesmo tempo, em
duas situações: ser funcionário em uma Instituição e estagiário em
outra, desde que os horários não coincidam entre si nem com o es-
colar; ser funcionário e estagiário em uma mesma Instituição, des-
de que seja em áreas distintas e sem conflito com horário escolar.
Estagiários que terminaram o curso e não tenham cumprido
o total da carga horária obrigatória do Estágio, para a respectiva
conclusão do curso, têm o direito de ingressar em um Estágio para
o seu cumprimento.
54 © Caderno de Estágio

Estagiários remunerados: têm o direito de ter sua instituição


de ensino definindo as condições de Estágio, por meio de convê-
nios assessorados por agentes de integração entre o sistema de en-
sino e os setores de produção em serviço; com direito de receber
um seguro contra acidentes pessoais, que pode ser providenciado
pela empresa concedente ou pela instituição de ensino de origem;
têm o direito de não possuir qualquer vínculo empregatício com a
empresa que lhe deu oportunidade; têm o direito de reincidir um
termo de compromisso de Estágio antes do seu término; têm o
direito de receber uma bolsa auxílio, porém, não é necessário que
ela tenha o valor da mensalidade do curso frequentado pelo esta-
giário; portadores de deficiências físicas ou mentais têm o direito
de ser contratados como estagiários.

ANEXO C

Organização da escola
Atualmente, as unidades escolares denominam-se Escolas
Estaduais (EE) acrescidas do nome ou patronímico.
Colegiado/ Instituição Escolar Descrição
Colegiado de natureza consultiva e deliberativa
em assuntos referentes à gestão pedagógica,
Conselho de Escola administrativa e financeira da escola. É formado
por representantes de pais, alunos, professores e
funcionários.
Colegiado responsável pelo processo coletivo de
avaliação do ensino e da aprendizagem. É formado
Conselho de Classe/Série
por todos os professores da classe/série e alunos de
cada classe.
Instituição escolar que auxilia o processo
educacional por meio da integração família–escola–
Associação de Pais e Mestres
comunidade. É formada por representantes dos
pais, professores e alunos.
É uma instituição escolar que reúne os estudantes
de uma escola para que se organizem na defesa
Grêmio Estudantil
de seus interesses e na promoção de atividades
educativas, recreativas e culturais.

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© Caderno de Estágio 55

Colegiado/ Instituição Escolar Descrição


Outras instituições que venham a ser criadas pela
Outros escola, como: associação de mães, associação de
ex-alunos etc.

Processo de Avaliação – disciplina o acompanhamento e a


verificação do desempenho escolar do aluno ou do trabalho de-
senvolvido pela escola, em relação aos objetivos estabelecidos.
Contempla, dessa forma, os processos de avaliação do ensino e da
aprendizagem e de avaliação institucional, ocorrendo de forma
interna e externa.
As formas de avaliação serão definidas pela escola, no caso
de avaliação interna, e promovidas por órgãos de Administração,
quando se tratar de avaliação externa.

Núcleos Composição Função


Centro executivo do
Diretor planejamento, organização,
Direção coordenação, avaliação e
Vice-Diretor integração das atividades da
unidade escolar.
Professor – Coordenador Apoio técnico aos docentes e
Técnico-Pedagógico
Supervisor de estágio discentes.

Secretário de Escola
Apoio administrativo ao
Oficial de Escola
Administrativo processo educacional e à
Assistente de Adm. direção da escola.
Escolar
Inspetor de Alunos
Apoio ao conjunto de ações
Servente complementares (limpeza,
Operacional vigilância, manutenção,
Vigia conservação, disciplina etc.)
da escola.
Zelador
Desenvolvimento das
atividades relacionadas
Corpo Docente Professor
ao processo de ensino-
aprendizagem dos alunos.
56 © Caderno de Estágio

Núcleos Composição Função


Corpo Discente –
alunos da escola aos
quais é garantido
o livre acesso às
informações necessárias
à sua educação, ao
seu desenvolvimento
como pessoa, ao seu
preparo para o exercício
de cidadania e à sua
qualificação para o
mundo do trabalho.

A escola não é uma instituição isolada; ao mesmo tempo


em que é uma unidade, com características específicas, ela deve
orientar-se pelas diretrizes e normas do sistema de ensino ao qual
pertence.

Normas Regimentais Básicas


A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei
Federal n. 9.394, de 20/12/1996) exigiu a atualização das normas
que regulamentam a organização e o funcionamento das escolas
na Rede Estadual de Ensino.
As Normas Regimentais Básicas para as Escolas Estaduais,
aprovadas pelo conselho Estadual de Educação, por meio do Pa-
recer n. 67/98, implementam os dispositivos da nova LDB na Rede
Estadual de Ensino, estabelecem normas gerais para a organização
e o funcionamento das escolas e explicitam os princípios e as di-
retrizes que fundamentam a gestão democrática da escola, articu-
lando e consolidando a política educacional.
As Normas Regimentais constituem, também, o documento
norteador para a elaboração do Regimento Escolar.
As diretrizes, normas e orientações que partem dos órgãos
centrais têm como objetivo fornecer as condições para que a esco-
la possa se organizar e tomar suas próprias decisões com base na
sua realidade.

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 57

• A gestão democrática tem por finalidade possibilitar à


escola maior grau de autonomia e responsabilidade co-
letiva, na prestação dos serviços educacionais. Ela será
assegurada mediante a:
a) participação dos profissionais da educação na elabora-
ção da proposta pedagógica da escola;
b) participação dos diferentes segmentos da comunidade
escolar – direção, professores, pais, alunos e funcioná-
rios – nos processos consultivos e decisórios, por inter-
médio dos órgãos colegiados e instituições escolares;
c) valorização da escola como espaço privilegiado de exe-
cução do processo educacional.
• As normas de gestão e convivência, fundamentadas
nos princípios de solidariedade, ética e respeito ao
bem comum, visam disciplinar as relações profissio-
nais e interpessoais que ocorrem no ambiente esco-
lar, definindo:
d) os direitos e deveres dos participantes do processo edu-
cativo;
e) as formas de utilização coletiva dos ambientes escola-
res;
f) a responsabilidade individual e coletiva na manutenção
de equipamentos, materiais, salas de aula e demais am-
bientes.

ANEXO D

Organização e desenvolvimento do ensino


A gestão democrática tem por finalidade possibilitar à escola
maior grau de autonomia e responsabilidade coletiva na prestação
de serviços educacionais.
58 © Caderno de Estágio

Organização técnica e administrativa


A gestão democrática será assegurada mediante a colabo-
ração dos profissionais da Educação na elaboração da proposta
pedagógica da escola, na participação dos diferentes segmentos
da comunidade escolar – direção, professores, pais, alunos e fun-
cionários nos processos consultivos e decisórios –, por meio dos
órgãos colegiados e Instituições escolares; valorização de escola
como espaço privilegiado de execução do processo educacional.
A organização e o desenvolvimento de ensino definem:
• níveis e modalidades de ensino oferecidos;
• currículo elaborado a partir das diretrizes curriculares na-
cionais e das normas e orientações do sistema de ensino
e da Secretaria da Educação;
• funcionamento dos cursos: anual, semestral, modular, de
progressão continuada ou parcial etc.;
• projetos especiais, tais como: classes de aceleração, ativi-
dades extraclasse de enriquecimento curricular etc.
Organização Técnico-administrativa – estabelece o modelo
de organização da escola, abrangendo:
• Núcleo de direção: diretor e vice-diretor – Função: centro
executivo de planejamento, organização, coordenação,
avaliação e integração das atividades da unidade escolar.
• Núcleo técnico-pedagógico: professor-coordenador e su-
pervisor de Estágio. Função: apoio técnico aos docentes
e discentes.
• Núcleo administrativo: secretário da escola, oficial da es-
cola, assistente de administração escolar. Função: apoio
administrativo ao processo educacional e à direção de
escola.
• Núcleo operacional: inspetor de aluno, servente, vigia e
zelador. Função: apoio ao conjunto de ações complemen-
tares da escola (limpeza, vigilância, manutenção, conser-
vação, disciplina etc.).

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 59

• Corpo docente: professor. Função: desenvolvimento das


atividades relacionadas ao processo de ensino-aprendiza-
gem dos alunos.
• Corpo discente: alunos da escola aos quais é garantido o
livre acesso às informações necessárias à sua educação,
ao seu desenvolvimento como pessoa, ao seu preparo
para o exercício da cidadania e à sua qualificação para o
mundo do trabalho.

ANEXO E
O Plano Gestor é um documento elaborado por todos os
componentes da escola: corpo administrativo, corpo docente, cor-
po discente, pais e comunidade. Você deverá analisá-lo com muito
cuidado, verificando se os objetivos propostos realmente emanam
da filosofia traçada pela escola. Esse documento pertence a toda a
comunidade escolar e deve estar disponível para todos.

Plano de Gestão da escola


O Plano de Gestão da escola é um instrumento de trabalho
dinâmico e flexível que:
• operacionaliza as medidas previstas de forma genérica no
regimento;
• propõe ações para a execução da proposta pedagógica da
escola em um determinado período letivo;
• norteia o gerenciamento das ações escolares.
No Plano de Gestão, a escola apresenta sua proposta de tra-
balho, ressaltando seus principais problemas e os objetivos que
quer alcançar. Relaciona as ações específicas que pretende desen-
volver, com vistas a solucionar os problemas ou a fortalecer os as-
pectos positivos que têm a seu favor. Explicita, também, como, por
quem e quando as ações serão realizadas, bem como os critérios
para acompanhamento, controle e avaliação do trabalho desen-
volvido.
60 © Caderno de Estágio

A gestão democrática da escola, com observância nos prin-


cípios da autonomia, coerência, pluralismo de ideias e concepções
pedagógicas e corresponsabilidade da comunidade escolar, cons-
tituir-se-á mediante:
• participações de seus profissionais na elaboração, imple-
mentação e na avaliação da proposta pedagógica;
• participação dos diferentes segmentos da comunidade
escolar – direção, professores, pais, alunos e funcioná-
rios – nos processos consultivos e decisórios, por meio do
Conselho de Escola e Conselhos de Classe e Série;
• autonomia da gestão pedagógica, administrativa e finan-
ceira, respeitadas as diretrizes e normas vigentes;
• participação da comunidade escolar, por intermédio do
conselho de escola, nos processos de escolha ou indica-
ção de profissionais para o exercício de funções, respeita-
da a legislação vigente;
• administração de recursos financeiros, por meio da elabo-
ração, execução e avaliação do respectivo plano de aplica-
ção, devidamente aprovado pelos órgãos ou instituições
escolares competentes, obedecida a legislação específica
para gastos e prestação de contas de recursos públicos;
• transparência nos procedimentos pedagógicos adminis-
trativos e financeiros, garantindo-se a responsabilidade e
o zelo comum na manutenção e otimização do uso, apli-
cação e distribuição adequada dos recursos públicos;
• valorização da escola como espaço privilegiado de execu-
ção do processo educacional.
Com duração prevista para quatro anos, o Plano de Gestão
deve conter, no mínimo:
• Identificação e caracterização da unidade escolar, de sua
clientela, de seus recursos físicos, materiais e humanos,
bem como dos recursos disponíveis na comunidade lo-
cal.

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 61

• Filosofia da escola.
• Objetivos da escola.
• Definição das metas a serem atingidas e das ações a se-
rem desencadeadas.
• Planos dos cursos mantidos pela escola.
• Planos de trabalho dos diferentes núcleos que compõem
a organização técnico-administrativa da escola.
• Projetos curriculares e atividades de enriquecimento cul-
tural.
• Critérios para acompanhamento, controle e avaliação da
execução do trabalho realizado pelos diferentes atores do
processo educacional.
O Plano de Curso, parte integrante do Plano de Gestão, tem
por finalidade garantir a organicidade do curso. Deve conter:
• objetivos do curso;
• integração e sequência dos componentes curriculares;
• síntese dos conteúdos programáticos, como subsídio à
elaboração dos Planos de Ensino;
• carga horária mínima do curso e dos componentes curri-
culares;
• plano de Estágio profissional, quando for o caso;
• procedimentos para o acompanhamento e a avaliação.
Considerando que cada ano letivo tem características pró-
prias, anualmente deverão ser incorporados ao Plano de Gestão
anexos contendo atualizações, complementações ou eventuais al-
terações de dados, sobretudo no que diz respeito:
• ao agrupamento de alunos e sua distribuição por curso,
série e turma;
• ao quadro curricular por turno e série;
• à organização das horas de trabalho pedagógico coletivo,
explicitando o temário e o cronograma;
62 © Caderno de Estágio

• ao calendário escolar e demais eventos da escola;


• ao horário de trabalho e à escala de férias dos funcioná-
rios;
• ao plano de aplicação dos recursos financeiros;
• aos projetos especiais.
O Plano de Gestão deve ser aprovado pelo conselho de esco-
la e homologado pela diretoria de ensino.

ANEXO F
A filosofia educacional consiste em propiciar, por meio do
ensino, o amadurecimento da pessoa, com o objetivo de fazê-la
definir sua própria vida.

Filosofia educacional
O termo “escola” vem do grego “scholé”, que significa o mo-
mento de descanso no qual, sem ter de fazer trabalhos manuais,
as pessoas se dedicam a aprender. Passou a designar, com o tem-
po, o estabelecimento em que se ministram conhecimentos. Peça
fundamental de toda a sociedade, a escola deve chegar a todos;
mais que ensinar conteúdos, deve ensinar a pensar, a ser. Segundo
Paulo Freire, “Nenhum educador de mediano bom senso vai achar
que a educação por si só liberta. Mas também não pode deixar de
reconhecer o papel da educação na luta pela libertação”. Em todo
enfoque pedagógico, surge, em primeiro plano, a figura do ser hu-
mano, responsável pelos princípios pedagógicos ditados pela Ins-
tituição e que consequentemente norteiam as medidas didáticas
adotadas pela escola.
A modernidade coloca-se como uma época em que se busca
compreender o mundo em geral e o homem em particular. Se, no
passado, a ética, os valores e o próprio conhecimento dependiam
de uma perspectiva espiritual, agora, o enfoque está centrado na
ciência do mundo dos sentidos.

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 63

O valor da existência do homem passa a ser essencialmente


material, reduzindo a existência humana à dimensão sensível, cuja
realidade pode ser considerada a preparação para o mercado de
trabalho.
Uma filosofia sempre desemboca em uma pedagogia, que
comunga com uma outra visão, empenhada em elaborar formas
de conhecimento que, se, por um lado, sustenta a fundamenta-
ção científica exigida pelo mundo moderno, por outro, amplia,
também, sua visão de mundo e de homem, facultando a este a
possibilidade de desenvolver sua identidade espiritual própria e
autônoma.
Entendemos que o amadurecimento do aluno somente é
possível quando esses princípios filosóficos, situados no plano ide-
al, puderem ser traduzidos para um currículo cuja intenção não
seja condicionar e adaptar esse sujeito às circunstâncias dominan-
tes, mas prepará-lo para ser ele mesmo.
As filosofias educacionais de um curso que se limita a prepa-
rar o aluno para o mercado de trabalho privam o jovem de ser ele
mesmo, mas aquelas que ampliam sua concepção, enxergando sua
dimensão espiritual no ser “pessoa”, procuram familiarizar o aluno
por intermédio do ensino, para que ele possa entender o presente
como resultado do passado, estabelecendo, assim, o rumo do seu
futuro e tomando a vida nas próprias mãos.
As exigências apresentadas pela filosofia educacional são ur-
gentes. Assim, aqueles que simplesmente se recusarem a experi-
mentar a pensar de maneira diferente não poderão chegar a novos
resultados.
Da filosofia da Instituição, emanam seus objetivos gerais:
1) Favorecer o autoconhecimento do aluno como pessoa e
profissional, para que ele possa interagir com o meio.
2) Oferecer condições para que o profissional enfrente as
diversidades e adversidades do mercado de trabalho.
64 © Caderno de Estágio

3) Integrar todos os envolvidos no processo pedagógico e


administrativo para que se apropriem da razão de ser do
curso.
4) Oferecer condições para o exercício da práxis docente e
discente.
5) Exercitar habilidades e competências para a qualificação
profissional.
6) Questionar a realidade formulando-se problemas e tra-
tando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento
lógico, a criatividade, a intuição e a capacidade de aná-
lise crítica.
7) Despertar o gosto por meio de situações motivadoras
pelo processo de ensino-aprendizagem.
8) Estimular a leitura por meio de um processo dinâmico
em que o aluno perceba a importância dela para o futu-
ro professor.
9) Aplicar os conhecimentos de modo reflexivo e crítico.
10) Desenvolver e aprimorar hábitos e atitudes de educa-
dor.
11) Compreender o processo de ensino-aprendizagem.
Esperamos que, com esse exemplo, tenha ficado claro a im-
portância de a Escola ter uma filosofia elaborada de acordo com o
público a que atende.

ANEXO G

SUGESTÕES DE TRABALHO

Minicursos
A organização de minicursos pode ser desenvolvida sob a
forma de aula de curta duração para os alunos do Ensino Funda-
mental durante todas as horas de Estágio. As atividades deverão
ser planejadas juntamente com o professor titular, incluindo:
• Teatro de fantoches: as crianças orientadas pelos estagi-

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 65

ários deverão preparar o material, fazer os bonecos, as


roupas, o cenário e montar a peça, que será apresentada
para a própria classe ou para as demais.
• Teatro de marionetes.
• Teatro de sombras.
• Banda rítmica.
• Pintura a guache, aquarela etc.
• Desenho com lápis, giz de cera.

Projetos de Estágios
Os alunos, em grupo, montam o Projeto de Estágio para o
desenvolvimento de um determinado tema que envolva não só
docência, como também a pesquisa. O ato pedagógico abrange a
pesquisa no sentido de se conhecer tanto o conteúdo com o qual
se vai trabalhar, como o aluno ao qual ele se dirige. Assim, identi-
ficam-se aspectos relacionados com a sala de aula e sua clientela
e propõe-se um trabalho que possibilita um acompanhamento e a
superação de problemas, fazendo da prática curricular dos alunos,
enquanto aprendizes, um momento relevante para seu aperfeiço-
amento profissional.

Temas sugeridos
Fracasso escolar
Por meio da observação e da participação com o professor ti-
tular do Ensino Fundamental ou Médio, o estagiário irá identificar
alunos com problemas de aprendizagem ou com histórico repeti-
do de fracasso escolar.
Após esse levantamento, serão propostas aulas de reforço e
recuperação, utilizando-se metodologias alternativas que possam
reverter a situação desses alunos com o trabalho inter e multidis-
ciplinar.
66 © Caderno de Estágio

Evasão escolar
Os estagiários deverão buscar compreender os determi-
nantes sócio-político-econômicos que perpassam e influenciam a
evasão dos alunos da escola pública. Podem propor um esquema
de trabalho, sob a orientação do professor-supervisor, sendo de-
vidamente assessorados pelos demais professores do curso e do
Ensino Fundamental ou Médio.
Ao longo do ano letivo, envolvendo pais, professores, comu-
nidade e autoridades, pode-se fazer a divulgação e a sensibilização
quanto ao problema. Ao mesmo tempo, pode-se elaborar um pla-
no de atendimento contínuo e constante aos alunos, objetivando
eliminar as causas escolares da evasão, bem como discutindo os
motivos externos à escola. Como atividade de enriquecimento,
pode-se fazer pesquisa em jornais e revistas sobre o tema, colher
depoimentos de professores e especialistas etc. O coordenador
pedagógico deve ter participação ativa nesse tipo de atividade.
Projeto de incentivo à leitura
Pode-se organizar, com os alunos, uma biblioteca por meio
de doações, incentivando o hábito de leitura.
• Elaboração de material didático para o trabalho nas dife-
rentes áreas do Ensino Fundamental, por exemplo, blocos
lógicos, material dourado etc.
• Confecção de mural didático.
• Organização de um museu escolar.
• Confecção de jornal mural.
• Montagem de painéis ilustrativos
Essas sugestões de atividades procuram oferecer aos estagi-
ários um leque ampliado de trabalho. Entretanto, não esgotam o
rol de possibilidades que podem subsidiar o trabalho prático du-
rante os Estágios.

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 67

ANEXO H

Para futuros professores e Diretores de Escola


Como aperfeiçoar as escolas para que mais alunos apren-
dam mais
Nas últimas décadas, tem-se debatido, em países do mundo
inteiro, duas grandes questões:
• Quais são as características de escolas eficazes?
• Como aperfeiçoar as escolas menos eficazes?
A primeira questão é importante porque precisamos saber
o que devemos implementar nas escolas, se quisermos fazer com
que mais alunos aprendam mais.
Mas, respondida esta questão, a segunda torna-se vital, pois
implica em identificar as medidas a serem tomadas, dentro das
escolas e fora delas, para que sua prática passe realmente a pro-
mover o sucesso de todos.
Refletir sobre os dois temas, portanto, é essencial para todos
os envolvidos no esforço de aperfeiçoar a qualidade da educação.
Neste artigo, apresentaremos uma descrição concisa das
respostas que os pesquisadores vêm oferecendo a essas questões
cruciais.

1. Características das escolas eficazes


Num estudo recente, Reynolds et al. (1996, p. 36-56) apre-
sentam uma síntese das características de escolas eficazes, resul-
tante da análise de um número considerável de pesquisas sobre
eficiência das escolas.

1. 1. Alunos motivados
Escolas eficazes são aquelas que conseguem motivar (quase) a
totalidade dos seus alunos a aprender tanto habilidades básicas
quanto metacognitivas.
68 © Caderno de Estágio

É importante despertar no aluno a vontade de dedicar o maior tem-


po possível a atividades de aprendizagem, fazendo uso intensivo
das oportunidades de ensino que lhe são oferecidas. Isto evidencia
que, no final das contas, o aluno é o fator determinante no proces-
so. Como diz o provérbio americano: “You can bring the horse to
the water, but you cannot make it drink.” [É possível levar o cavalo
à água, mas não se pode obrigá-lo a beber]. É necessário, natural-
mente, dar aos alunos a chance de despenderem tempo com os
estudos.
Um currículo sobrecarregado torna impossível a aprendizagem.
Além disso, é necessário fornecer aos estudantes oportunidades
concretas de aprender: materiais de estudo e livros atraentes e
convidativos, por exemplo. O que nos leva automaticamente aos
responsáveis pela oferta destas oportunidades de aprendizagem.

1.2. Professores Competentes


Os professores, em sala de aula, são responsáveis pela implemen-
tação de elementos importantes do currículo, tais como:
• objetivos e conteúdo das lições claros e explícitos;
• estrutura e transparência do conteúdo;
• emprego de planos de aula;
• avaliação sistemática dos resultados do aluno, oferecendo o fe-
edback positivo e a instrução adicional.
Além disso, eles podem decidir como agrupar os alunos na classe.
É preciso lembrar que a eficácia destes grupos de trabalho depen-
de, em muito, dos materiais diversificados que o professor utiliza,
da maneira como é feita a avaliação, do modo como é oferecido o
feedback e da forma como as informações suplementares são apre-
sentadas.
O currículo e as formas de agrupamento dos alunos, em si mes-
mos, representam apenas condições para o sucesso. O fator mais
importante é o próprio professor, o ser humano que está à frente
da classe. Ele (ou ela) pode exercer grande influência.
Esta possibilidade, é claro, depende do sistema de ensino, do país
e da escola em questão.
Nem todos os currículos nacionais ou estaduais possuem objetivos
claros, estruturam os conteúdos de forma transparente, prevêem
emprego de planos de aula e avaliação dos resultados.
Nem todas as escolas realmente envolvem desde o início os seus
professores na realização de mudanças educacionais concretas. E,
em muitos casos, o grande número de alunos por sala de aula limita
as variações nas formas de agrupamento.

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 69

No entanto, só o professor pode proporcionar:


• uma organização calma e ordenada da classe;
• uma forma inteligente de acoplar sistematicamente o trabalho
da classe às lições de casa;
• a formulação precisa de objetivos, com ênfase em um número
limitado de metas, focalizando as habilidades básicas e a apren-
dizagem cognitiva;
• a estruturação dos conteúdos curriculares, partindo dos conhe-
cimentos que o aluno já possui;
• apresentações breves e claras, que prendem a atenção dos alu-
nos;
• respostas às perguntas dos estudantes;
• a introdução de exercícios logo após a apresentação de novo
conteúdo, para que os alunos possam praticar e assimilar a ma-
téria;
• muita atenção para a avaliação, feedback positivo e instrução
adicional para os estudantes defasados.
O professor competente é essencial a qualquer proposta de educa-
ção em que se pretenda que mais alunos aprendam mais.
Porém, todas as pesquisas demonstram que, sozinho, o docente
pouco irá avançar. Ele precisa da escola.

1.3 Escolas Com os Necessários Requisitos Educacionais E


Organizacionais
Na escola, são criadas as condições didáticas e organizacionais que
permitem um bom desempenho do professor em sala de aula, com
seus alunos.
São condições educacionais importantes:
• consenso entre a direção da escola e os membros do corpo do-
cente quanto a métodos didáticos, material de ensino, formas
de agrupamento, atitudes dos professores;
• um sistema de avaliação dos resultados do aluno que facilite o
seu acompanhamento durante todo o curso, evitando proble-
mas ou corrigindo-os numa fase inicial.
• São condições organizacionais importantes:
• cultura voltada à melhoria da eficácia do ensino, tendo como
centro a aprendizagem do aluno e que se manifesta, entre ou-
tros aspectos, pela presença de coordenação/supervisão (lide-
rança) e profissionalismo;
70 © Caderno de Estágio

• planejamento sistemático e bem concebido das atividades de


aprendizagem, no qual o mínimo de tempo possível seja desper-
diçado – por exemplo, combatendo as faltas de alunos e profes-
sores e estruturando melhor as aulas;
• ênfase à construção de um ambiente calmo e ordenado na es-
cola;
• consenso entre a direção e os professores no tocante à missão
institucional da escola, ou seja, o que ela pretende fazer, por
que, como.
• existência, na escola, de um Plano Diretor ou Plano de Desen-
volvimento bem definido;
• acordo sobre a progressão do aluno através do currículo, com
atenção especial para a promoção de uma série para outra.
Escolas eficazes dão muita importância à coerência entre os vários
participantes da equipe escolar. Todo o pessoal (tanto a direção
como os docentes) deve estar disposto a assumir a responsabilida-
de pela coerência da escola.
Isto significa que a política de uma unidade escolar não pode ser
modificada muito freqüentemente. Os professores e a direção pre-
cisam de tempo para se familiarizar com eventuais mudanças. Esta
realidade colide às vezes com as idéias e os interesses da sociedade
ou das autoridades. Evidencia-se, por outro lado, a importância do
papel desempenhado pelos diretores das escolas no processo de
inovação educacional.

1.4. Um Contexto Estimulador


Uma escola (e com certeza uma escola pública) nunca está isolada
no bairro, cidade ou região. A escola tem laços com as Delegacias
de Ensino, com as Secretarias Estadual e Municipal de Educação,
com o Ministério da Educação, com os Conselhos de Educação, com
as autoridades, com outras escolas, com empresas e instituições.
Chamamos a isto o contexto da escola, o qual pode contribuir para
sua eficácia mediante:
• uma política (nacional, estadual, municipal) visando especifica-
mente aumentar a eficácia das escolas;
• um método sistemático de avaliar e de testar a qualidade do
ensino;
• educação continuada, apoio aos docentes e à direção, visando
à eficácia;

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 71

• o financiamento diferenciado das escolas, com base nos resul-


tados dos alunos (levando em conta os antecedentes e o meio
social da clientela).
Além disso, é o contexto que deve oferecer parâmetros para que
se possa lidar com o tempo necessário ao ensino. E, por fim, o con-
texto pode promover a eficácia, proporcionando um bom currículo
nacional/estadual e colocando à disposição os recursos a ele asso-
ciados.
Resumindo, podemos afirmar que os professores dispõem de mui-
tas possibilidades para estimular os alunos a aprenderem mais,
desde que a escola crie, de forma consistente, as condições didáti-
cas e organizacionais.

2. Tornando as Escolas mais Eficazes


Todo mundo quer que as escolas sejam eficazes. É bastante tris-
te constatar que os alunos, depois de anos de escolaridade, não
aprenderam nada, ou aprenderam coisas erradas. Em sua maioria,
os docentes ficam muito frustrados quando, de repente, o aluno
abandona a escola. Para o professor, cada desistência é uma de-
cepção.
Não obstante, a prática mostra que não é nada fácil concretizar
uma educação eficaz em um grande número de escolas.
Aperfeiçoar escolas é um processo complexo, que envolve muitos
agentes em diferentes níveis: sala de aula, escola, Delegacia Regio-
nal, órgãos centrais da Secretaria de Educação, prefeituras, Conse-
lhos.
Estes agentes, em todos os níveis, deveriam colaborar uns com os
outros. Reformas em grande escala, nas quais as escolas e os pro-
fessores são considerados exclusivamente como agentes executo-
res de uma política com a qual não se identificam, têm resultado
em fracasso.
Em seguida, apresentaremos algumas lições aprendidas a partir de
pesquisas realizadas sobre tentativas bem-sucedidas de aperfei-
çoar escolas (VAN DEN BERGH; MULDER, 1996; LITTLE, 1996; LA-
GERWEY, 1994):
• Cada pessoa envolvida em um processo de mudança – profes-
sor, diretor, pais, alunos – interpreta à sua própria maneira as
mensagens, sobretudo as governamentais. Por isso é preciso
comunicar-se claramente, de forma inequívoca e com muitos
exemplos concretos. Deve ficar evidente o que cada um ganhará
com a mudança e o que perderá. E, especialmente no que diz
respeito aos professores, é importante que tenham tempo sufi-
ciente para experimentar e assimilar a nova situação.
72 © Caderno de Estágio

• Projetos de inovação em grande escala, nacionais ou estaduais,


precisam de lideranças claras e objetivas que possam traduzi-los
em nível local e de unidade escolar. Só o diretor e outras lideran-
ças da escola podem transformar atitudes arraigadas na equipe,
visando atingir a nova situação desejada. É preciso assegurar
que o corpo docente discuta sobre os conceitos educacionais
subjacentes à proposta de mudança. Assim, todos irão compre-
ender os aspectos que a reforma envolve. Todas as lideranças
existentes na escola devem ser mobilizadas, criando uma sólida
base de apoio para a reforma.
• É essencial mobilizar o interesse de todos os docentes para a
questão da qualidade do ensino. O ensino é o processo primário
que ocorre entre o professor e o aluno, e toda inovação visa ao
seu aperfeiçoamento. Os professores devem ser estimulados a
aprender com as qualidades profissionais uns dos outros. Juntos
podem descobrir quais são os critérios que definem o ensino de
qualidade em sua escola. A escola deve transformar-se em uma
oficina de trabalho.
• Abordagens dinâmicas e interativas de inovação educacional
têm mais possibilidades de sucesso que abordagens estáticas e
lineares, embora, para os responsáveis pela política educacio-
nal, as primeiras tenham a desvantagem de serem menos previ-
síveis.
Os projetos nacionais ou estaduais, portanto, devem limitar-se
a oferecer as diretrizes mais amplas, dentro das quais as escolas
terão autonomia para formular seus próprios projetos em curto
prazo. Indivíduos e grupos devem ter espaço para experiências. É
necessário, igualmente, proporcionar formação continuada e apoio
técnico, com ênfase especial nas estratégias de resolução de pro-
blemas (problem solving), e colocando em segundo plano a trans-
missão de conhecimentos. Através dos professores e dos diretores,
é preciso centrar a atenção na aprendizagem crítico-reflexiva.
• É essencial ter consciência de que, em última instância, o êxito
de uma reforma educacional de grande escala, em nível tanto
nacional como estadual, se define pela soma de milhares de pe-
quenos projetos específicos bem-sucedidos, realizados em cada
uma das escolas.
Podemos afirmar como conclusão que as propostas de mudança
em grande escala, em nível tanto nacional como estadual, podem
contribuir para a inovação educacional, se criarem um ambiente fa-
vorável para que as escolas construam e realizem os seus próprios
projetos. Mas podem também sufocar qualquer eventual inovação,
se forçarem as escolas a seguir um rumo prefixado, de maneira rígi-
da, linear e diretiva. Em propostas de inovação bem-sucedidas, ao

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 73

contrário, são oferecidas aos educadores oportunidades de apren-


der de forma crítica e reflexiva. E, para finalizar: a presença de uma
liderança estimulante na escola é essencial para que uma inovação
tenha êxito.

ANEXO I

DIRETOR DA ESCOLA
O papel do diretor
O cargo de diretor é exercido por titular de cargo, seleciona-
do por concurso público de provas e títulos, na forma estabeleci-
da pela legislação vigente. O papel de diretor deve ser entendido
como o do coordenador geral da escola e de executor das libera-
ções do conselho de escola.
O diretor consciente de que a rotina tem um efeito paralisante no
trabalho escolar (a escola que se contenta com a realização, ano a
ano, dos mesmos procedimentos, das mesmas práticas, sem qual-
quer preocupação com seu aperfeiçoamento, acaba por perder
terreno, realizando um trabalho medíocre e cada vez mais inade-
quado) está sempre introduzindo algum tipo de inovação, quer no
trabalho em sala de aula, quer na forma de gestão, quer, ainda, em
relação à participação da comunidade na vida da escola.
Incerteza, ambiguidade, contradições, tensão, conflito e crise são
vistos como elementos naturais de qualquer processo social e
como condições e oportunidades de crescimento e formação.
São competências do diretor de escola, além de outras que lhe fo-
rem delegadas, respeitada a legislação pertinente:
• Assegurar o cumprimento das disposições legais e das diretrizes
da Política Educacional.
• Coordenar a utilização do espaço físico da unidade escolar.
• Encaminhar os recursos e processos, bem como petições, repre-
sentações ou ofícios dirigidos a qualquer autoridade e/ou reme-
tê-los devidamente informados a quem de direito, nos prazos
legais, quando for o caso.
• Decidir com o conselho da escola os recursos interpostos pelos
alunos ou seus responsáveis, relativos à verificação do rendi-
mento escolar, ouvido(s) o(s) professor(es) envolvido(s).
74 © Caderno de Estágio

• Apurar ou fazer apurar irregularidades que venham a tomar co-


nhecimentos no âmbito da escola, comunicando e prestando
informação sobre elas ao Conselho de Escola e à Secretaria de
Educação e Cultura.
• Delegar atribuições, inclusive aos readaptados, quando se fizer
necessário.
• Dar exercício a funcionários nomeados ou designados para pres-
tar serviços na escola.

Programa de desenvolvimento do trabalho do diretor


• Coordenar a elaboração do Plano Escolar e acompanhar a sua
execução em conjunto com a Equipe Escolar e o Conselho de
Escola.
• Coordenar a elaboração e acompanhar a execução de todos os
projetos da escola, em especial dos planos educacionais.
• Organizar com Equipe Escolar as reuniões pedagógicas da uni-
dade.
• Coordenar a formação permanente das equipes de Ação Educa-
tiva e Auxiliar da Ação Educativa.
• Diligenciar esforços para que o prédio escolar e os bens patrimo-
niais da escola sejam mantidos preservados.
• Coordenar a organização e acompanhar as atividades adminis-
trativas.
• Controlar a frequência diária dos funcionários da escola, atestar
a frequência mensal, bem como responder pelas folhas de fre-
quência.
• Autorizar a matrícula e a transferência de alunos.
• Assinar os documentos relativos à vida escolar dos alunos, expe-
didos pela unidade.
• Expedir certificados.
• Autorizar a saída de funcionários durante o expediente.
• Coordenar o processo de atribuição de classes, aulas e turnos,
conforme dispositivos legais.
• Organizar o horário de trabalho da Equipe Escolar, de acordo
com as normas previstas no Regimento e legislação pertinente,
ouvidos os interessados.
• Aplicar as sanções de acordo com a legislação vigente a funcio-
nários e alunos da Unidade Escolar que administra, ouvindo o
Conselho de Escola e as partes envolvidas, assegurando o amplo

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 75

direito de defesa e o contraditório.


• Encaminhar mensalmente ao Conselho de Escola e à Secretaria
de Educação e Cultura prestação de contas sobre a aplicação dos
recursos financeiros.
• Garantir a circulação e o acesso a toda informação de interesse
da comunidade, do conselho de Escola e do conjunto dos servi-
dores e dos educandos da unidade escolar.

As condições de trabalho
O diretor desenvolve seu trabalho num ambiente de coope-
rativas entre professores, equipes de apoio, alunos, funcionários,
órgãos colegiados, apresentando um bom relacionamento com a
comunidade, que reflete, de forma bastante positiva, na qualidade
dos serviços prestados.
A sala do diretor
A sala deve ser espaçosa, arejada, possuindo móveis em óti-
mo estado de conservação, armários, documentos inerentes à di-
reção, telefone, computador e sofás confortáveis.
Para o diretor, o processo de tomada de decisões baseia-se
em informações concretas, analisando cada problema em seus
múltiplos aspectos e na ampla democratização das informações.
A sala do diretor não é lugar regulador da disciplina, mas lo-
cal com livre e agradável acesso para se conversar sobre o que se
fez bem feito.
• As soluções de problemas passam por novas possibilidades de
relações no interior da hierarquia e com os clientes.
• A representação do diretor modifica-se de fiscal para educador
dirigente.
• A predominância do exercício do papel burocrático não atende
mais às necessidades dos clientes internos (professores/alunos)
e dos clientes externos (pais).
A liderança efetiva da direção da escola, e não a sua atitude de con-
trole e cobrança, é um fator primordial na qualidade da gestão e
do ensino. Dirigentes de escolas eficazes são líderes, estimulam os
professores e funcionários da escola, pais, alunos e comunidades a
utilizar seu potencial na promoção de um ambiente escolar, edu-
76 © Caderno de Estágio

cacional positivo e no desenvolvimento de seu próprio potencial,


orientando para aprendizagem e construção do conhecimento,
para que sejam criativos e proativos na resolução de problemas e
no enfrentamento de dificuldades.
O exercício dessa liderança, pelo dirigente, demanda o desenvol-
vimento de habilidades específicas e a transformação no sentido
do seu trabalho. A devolução da autoridade na tomada de deci-
são, para os participantes locais, é considerada como base para seu
desenvolvimento na efetivação das decisões transformadoras das
práticas escolares.

O diretor deverá ser um professor/diretor reflexivo, bastante


compreensivo, sendo autônomo e eficiente na tomada de decisão,
buscando uma coesão entre a equipe escolar, contribuindo para o
ensino de qualidade, além de acompanhar de perto a vida escolar
de cada educando, interagindo com a sua família.
A gestão democrática tem por finalidade possibilitar à escola maior
grau de autonomia, de forma a garantir o pluralismo de ideias e de
concepções pedagógicas, assegurando padrão adequado de quali-
dade do ensino ministrado.
A proposta de um diretor para uma melhor consecução da escola
democrática será mediante a participação dos profissionais da es-
cola na elaboração da proposta pedagógica; participação dos dife-
rentes segmentos da comunidade escolar – direção, professores,
pais, alunos e funcionários – nos processos consultivos e decisó-
rios, através do conselho de escola e associação de pais e mestres;
autonomia na gestão pedagógica, administrativa e financeira e res-
peitadas as cicatrizes e normas vigentes; transparência nos proce-
dimentos pedagógicos, administrativos e financeiros, garantindo-
se a responsabilidade e o zelo comum na manutenção e otimização
do uso, aplicação e distribuição adequada dos recursos públicos;
valorização da escola enquanto espaço privilegiado de execução do
processo educacional; instalações físicas e equipamentos adequa-
dos para o desempenho de suas funções.

Papel do Diretor na Formação do Professor em Serviço


Organização em classe
As classes são organizadas em ciclos destinados à criança em
idade própria prevista na legislação vigente:

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 77

• primeiro ciclo agrupando os dois primeiros anos do Ensi-


no Fundamental;
• segundo ciclo agrupando os terceiros, quartos e quintos
anos do Ensino Fundamental;
• terceiro ciclo agrupando os sextos e sétimos anos do En-
sino Fundamental;
• quarto ciclo agrupando os oitavos e nonos anos do Ensino
Fundamental;
• Educação Profissional – articulada com o Ensino Funda-
mental e Médio, em cursos de duração variável, definidos
no Plano Escolar, na forma modular.
A organização da grade curricular
Para o Ensino Fundamental, a grade curricular será compos-
ta pela Base Nacional Comum com os seguintes componentes: Lín-
gua Portuguesa, Matemática, História e Geografia.
Os grupos de estudo na escola
Reuniões semanais (HTPC) para reflexão e discussão da pra-
tica pedagógica de cada um e análise do desempenho de cada
classe.
Verificação periódica de caderno de alunos e diários de clas-
ses, comparando-os aos Planos de Ensino dos professores, visando
garantir que as diretrizes da Proposta Educacional da Escola e os
objetivos do curso sejam realmente pontos de partida e de chaga-
da do trabalho de cada um, bem como assegurar a utilização dos
PCNs.

ANEXO J

Preenchimento da Ficha de Estágio


Disponibilizaremos um modelo de Ficha de Estágio, na ten-
tativa de orientá-lo melhor. Por favor, em caso de dúvida, entre em
78 © Caderno de Estágio

contato conosco utilizando o Portfólio ou a Lista.


CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO

FICHA DE ESTÁGIO

Nome do Aluno:

Curso:

Escola:

Data Horário Assinatura do


Carga Horária Atividades
Início Término Responsável

P.G. – Normas
1/8/2005 8h 12h 3
Regimentais Básicas

P.G. – Análise do
1/8/2005 14h 16h 3
Regimento Escolar

P.G. – Análise de
2/8/2005 7h 12h 2
Projetos

P.G. – Agrupamento
2/8/2005 14h 17h 4
de Alunos

P.G. – A organização
3/8/2005 8h 12h 4
do ensino

P.G. – Organização
4/8/2005 13h 17h 4
Rede Estadual

P.G. – Núcleos:
5/8/2005 8h 12h 4
Direção

Assim sucessivamente, até completar as horas exigidas de P.G. – Plano


Gestor.

A seguir, como registrar em sala de aula.

6º s. E.F. História,
19/9/2005 7h 12h 5 Independência do
Brasil

7º s. E.F. Português
20/9/2005 7h 9h 2 - Interpretação de
Texto

1º E.M. Filosofia -
21/9/2005 19h 22h 3
Moral e ética

Assim sucessivamente, até cumprir os horários.

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 79

E. F. - Ensino Fundamental

E.M. – Ensino Médio

Projeto
Social

Proj.: “Caminhando”
23/9/2005 8h 12h 4 - Pesquisa
Bibliográfica

Elaboração do
24/9/2005 8h 12h 4
Projeto

25/9/2005 8h 12h 4 Preparo de Material

Execução - 3ª A, B,
26/9/2005 8h 12h 4
C, E.F.

Execução - 8ª A, B,
27/9/2005 8h 12h 4
E.F.

Assim
28/9/2005 8h 12h 4
sucessivamente.

Observações

As linhas que não tiverem registro deverão ser inutilizadas (passar um traço).

Você tem liberdade para usar uma ficha para cada escola.

Este modelo foi feito com o nome de duas escolas; portanto, deverão aparecer 02 (duas)
assinaturas de diretor com os devidos carimbos, de acordo com o Tópico 12 Assinaturas e
carimbos na ficha de estágio e no atestado, do Caderno de Estágio.

Preencher o campo da assinatura do responsável diariamente.

Lembre-se:
• Nunca ultrapasse o limite de 6 horas de Estágio por dia;
• Você poderá utilizar mais de uma linha/dia para registrar
as atividades.
80 © Caderno de Estágio

ANEXO L
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

MODELO DE CAPA PARA O CD-ROM (ESTÁGIO)

NOME DO ALUNO
(maiúsculo, centralizado, fonte nº. 12)

ESTÁGIO SUPERVISIONADO
(maiúsculo, centralizado, fonte nº. 14, negrito)

NOME DO(S) SUPERVISOR(ES) DE ESTÁGIO (Diretor)


(maiúsculo, centralizado, fonte nº. 12, negrito, digitar nome e titulação)

NOME DO TUTOR LOCAL DE ESTÁGIO

CURSO DE ________
(maiúsculo, centralizado, fonte nº. 12, negrito, digitar o nome do curso)

POLO:________/ANO_____
(maiúsculo, centralizado, fonte nº. 12, negrito)

––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

O CD deverá ser identificado com Uma Etiqueta, constando


os seguintes dados:
Identificação do curso: ..........................................................
Nome do aluno(a): ................................................................
Polo e ano: ............................................................................

Centro Universitário Claretiano


© Caderno de Estágio 81

BIBLIOGRAFIA
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São Paulo: Summus, 1998.
BARREIRO, E. J. Ética no desenvolvimento dos fármacos. 2005. Disponível em: <http://
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FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo:
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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO/SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. A
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HERNANDEZ, F. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Tradução
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KENSKI, V. M. A prática de ensino e o estágio supervisionado. Campinas: Papirus, 1991.
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Centro Universitário Claretiano

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