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E-mail: nucleoestagio@claretiano.edu.br.
Profª. Terezinha Darli Nazar Bergamo
Caderno de Estágio
© Ação Educacional Claretiana, 2007 – Batatais (SP)
Trabalho realizado pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do
autor e da Ação Educacional Claretiana.
1
CE
CE
CE
2. Considerações Gerais
É importante conhecer a legislação referente aos Estágios. A
Portaria n. 1.002, de 29 de setembro de 1972, do Departamento
Nacional de Mão de Obra do Ministério do Trabalho foi a primeira
referência à eles.
No Decreto n. 87. 497, de 18 de agosto de 1982, Artigo 2º,
lê-se:
Considera-se estágio curricular, para os efeitos deste Decreto, as
atividades de aprendizagem social, profissional e cultural, propor-
cionada ao estudante pela participação em situações reais da vida
e trabalho de seu meio, sendo realizada na comunidade em geral
ou junto a pessoas jurídicas de direito público ou privado, sob res-
ponsabilidade e coordenação da Instituição de Ensino.
14 © Caderno de Estágio
3. O que é o estágio?
Segundo a Lei n. 11.788, de 25 de setembro de 2008, o Está-
gio é definido como:
O ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente
de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo do
estudante. O estágio integra o itinerário formativo do educando e
faz parte do projeto pedagógico do curso.
16 © Caderno de Estágio
Benefícios do Estágio
O Estágio é uma atividade que traz uma série de benefícios:
1) Possibilita a aplicação prática dos conhecimentos teóri-
cos obtidos no Centro Universitário Claretiano;
2) motiva o estudo, pois percebe-se a finalidade de aplica-
ção do aprendizado e sentem-se suas possibilidades;
3) permite maior assimilação das matérias de estudo;
4) facilita e antecipa a autodefinição face à futura profis-
são;
5) ameniza o impacto da passagem da vida estudantil para
a profissional;
6) possibilita perceber as próprias deficiências e buscar o
aprimoramento;
7) permite adquirir uma atitude de trabalho sistematizado,
desenvolvendo a consciência de produtividade;
8) propicia melhor relacionamento humano;
9) incentiva a observação e a comunicação concisa de
ideias e experiências adquiridas por meio dos relatórios
que devem ser elaborados;
10) incentiva o exercício do senso crítico e estimula a criati-
vidade;
11) permite o conhecimento da filosofia, diretrizes, organi-
zação e funcionamento das empresas e instituições em
geral.
5. OBJETIVO GERAL
O objetivo geral do Estágio é enfatizar a flexibilidade neces-
sária, integrando os elementos envolvidos no processo escolar, a
fim de que se construam projetos inovadores e próprios, respei-
tando-se os eixos articuladores, norteadores da ação educativa.
Além disso, tem por finalidade:
Reformular, em caráter experimental, o Estágio Supervisio-
nado, por meio da realização do estagiário de uma observação acu-
rada das diferentes realidades educacionais, bem como de propos-
tas inovadoras capazes de promover o contato e o conhecimento
dos métodos usados nas instituições de ensino que os recebem.
Promover uma atitude crítica, por parte do estagiário, diante
da realidade observada, comparando todos os aspectos relevantes
de seu desempenho.
Desenvolver reflexões criteriosas acerca das problemáticas
evidenciadas no período de Estágio, acompanhando-se tais refle-
xões de sugestões de estratégias capazes de promover, senão a
solução imediata, pelo menos o enfrentamento correto das difi-
culdades detectadas.
Estabelecer intercâmbio de informações entre os estagiá-
rios, e destes com as unidades de ensino participantes do Estágio
Supervisionado.
6. objetivos
Estágio
O Estágio chama a atenção do estagiário para o fato de que
cada professor está integrado em contextos sociais, afetivos, histó-
ricos e econômicos diferenciados, de suma importância para que
ele possa mediar os processos de conhecimentos, o desenvolvi-
mento de competências e a ética de respeito à diversidade huma-
na, transformando a escola em um espaço cidadão.
Ética na educação
Contempla segundo o PCN (Ética, 75) os itens:
• identificação de situações em que a solidariedade se faz
necessária;
• as formas de atuação solidária em situações cotidianas
(em casa, na escola, na comunidade local) e em situações
especiais (calamidades públicas, por exemplo);
• a resolução de problemas presentes na comunidade lo-
cal, por meio de variadas formas de ajuda mútua;
• as providências corretas, como alguns procedimentos de
primeiros socorros, para problemas que necessitam de
ajuda específica;
• o conhecimento da possibilidade de uso dos serviços pú-
blicos existentes, como postos de saúde, corpo de bom-
beiros e polícia, e formas de acesso a eles;
• a sensibilidade e a disposição para ajudar as outras pesso-
as, quando isso for possível e desejável.
Nesse sentido, a ética pode ser resumida como um conjunto
de valores morais aceitos e determinados pela sociedade, os quais
devem ser seguidos e repetidamente reproduzidos. A cidadania,
por exemplo, conota a ideia de uma participação consciente, vo-
luntária na totalidade dos deveres e direitos cívicos, e é um dos
termos que abrange o ato ético. Ela deve estar presente no dia a
Formação do estagiário
Segundo Kenski (1999), a instituição formadora deve formu-
lar uma proposta de Estágio voltada para a formação do futuro
professor, que seja consciente de que sua prática envolverá um
comportamento de observação, reflexão crítica e reorganização de
suas ações, tendo em vista o que aprendeu teoricamente e o que
acontece no dia a dia do profissional.
Essa característica coloca o estagiário próximo à postura de
um pesquisador, não em uma postura acadêmica, mas como inves-
tigador preocupado em aproveitar as atividades comuns de sala
de aula e delas extrair respostas que orientem sua futura prática
pedagógica com os alunos.
Outro ponto importante diz respeito à necessidade de tornar
os estagiários conscientes de que suas práticas em salas de aula re-
fletem não apenas o grau de aquisição teórica obtido, mas, entre
outras coisas, a forma com que, como estagiários, foram marcados
pela vivência escolar.
24 © Caderno de Estágio
8. CUMPRIMENTO DO ESTÁGIO
Os alunos deverão cumprir o Estágio de Licenciatura em Fi-
losofia à partir do 4º semestre do curso, depois de ter em mãos
o ofício e convênio solicitados para a realização das atividades,
fazendo valer o que está disposto nos Artigos 11, 12 e 13 da Re-
solução que acompanha os Pareceres 009/2001 CNE/CP, CNE/CP
27/2001, CNE/CP n. 5/2005 e CNE/CP 3/2006, bem como a Lei n.
11.788/08.
10 horas de regência
ATENÇÃO!
No 5º semestre, você poderá realizar até 50 horas de estágio no
Ensino Fundamental Ciclo I.
DOCUMENTOS––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Os documentos necessários para análise são: Fichas de Estágio, atestados, de-
clarações, relatórios e histórico, podendo ser fotocópias. A documentação deve
ser enviada para:
A/C Núcleo de Estágio
Rua Dom Bosco, 466
Bairro: Castelo
Cidade: Batatais/SP
CEP 14300-000
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Conhecimento pedagógico
Este âmbito refere-se ao conhecimento de diferentes concepções
sobre temas próprios da docência, tais como, currículo e desen-
volvimento curricular, transposição didática, contrato didático,
planejamento, organização de tempo e espaço, gestão de classe,
interação grupal, criação, realização e avaliação das situações di-
dáticas, avaliação de aprendizagens dos alunos, consideração de
suas especificidades, trabalho diversificado, relação professor-alu-
no, análises de situações educativas e de ensino complexas, entre
outros. São deste âmbito, também, as pesquisas dos processos de
aprendizagem dos alunos e os procedimentos para produção do
conhecimento pedagógico pelo professor.
2. Unidade Escolar
Identificação
a) Nome:
b) Endereço:
c) CEP:
d) Telefone:
e) CGC:
f) Horário de funcionamento (Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio).
3. ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA
a) Normas regimentais básicas (Anexo C, F e D).
b) Análise do regimento escolar – medidas previstas de for-
ma genérica no regimento, sobretudo as que se referem
aos deveres e direitos do aluno e do professor.
c) Grade curricular (Educação Infantil, Ensino Fundamental
e Ensino Médio).
d) Calendário escolar e demais eventos da escola.
e) Análise de projetos propostos para o ano: ações para sua
execução, período letivo por turno e série e projetos es-
peciais.
f) Em que consiste o plano gestor (Anexo D).
Núcleos
a) Direção:
• Diretor.
• Vice-Diretor.
b) Técnico-pedagógico:
• Professor-coordenador.
• Supervisor de Estágio.
c) Administrativo:
• Secretária de administração escolar.
d) Operacional:
• Inspetor de alunos.
• Servente.
• Vigia.
• Zelador.
e) Corpo docente:
• Professor.
f) Corpo discente:
• Alunos da escola.
38 © Caderno de Estágio
5. FILOSOFIA DA ESCOLA
A orientação para análise da filosofia da escola encontra-se
no Anexo F.
7. DIAGNÓSTICO
Aspectos que devem ser analisados:
a) Eficiência do processo de ensino-aprendizagem.
b) Proposta pedagógica da escola.
c) Administração e gestão financeira da escola.
9. DIRETOR DA ESCOLA
a) O papel do diretor.
b) Programa de desenvolvimento do trabalho do diretor.
c) As condições de trabalho.
d) A sala do diretor.
e) As propostas do diretor para a construção de uma escola
democrática.
13. Secretaria
a) Organização.
b) Secretário:
• Atuação e análise de suas atribuições.
c) Escriturário:
40 © Caderno de Estágio
I – Temas e conteúdos:
Os temas e os conteúdos relevantes para o profissional habi-
litado a lecionar Filosofia para o ensino Médio são:
1) O ensino de filosofia e suas indagações na atualidade: a tradu-
ção do saber filosófico. Estratégias didáticas e seleção dos conte-
údos. Os objetivos da filosofia no Ensino Médio. A contribuição
das aulas de filosofia para o desenvolvimento do senso crítico.
2) A Filosofia: a atitude filosófica e o seu caráter crítico, reflexivo e
sistemático. Temas e áreas tradicionais da filosofia: História da
Filosofia, Metafísica, Ética, Filosofia Política, Epistemologia, Teo-
ria do Conhecimento, Lógica e Filosofia da arte ou Estética.
3) Técnica e ciência: a ciência e seus métodos. A razão instrumen-
tal. O pensamento filosófico e sua relação com as ciências.
4) O pensamento filosófico e as concepções de política: a política
antiga e medieval. O liberalismo: antecedentes e desenvolvi-
mento. O socialismo. A democracia: histórico do ideal democrá-
tico. A cidadania.
5) O racionalismo ético e os princípios da vida moral: Sócrates e
Aristóteles. Os epicuristas, hedonistas e estóicos. O formalismo
kantiano. Os críticos do racionalismo ético.
6) Temas contemporâneos: os direitos humanos - ideal e histórico.
7) História da Filosofia: Os modos de pensar que antecederam a fi-
losofia na Grécia Antiga: o mito e a tragédia. As condições histó-
ricas para o surgimento da filosofia na Grécia Antiga e as caracte-
rísticas da filosofia nascente. Filosofia Antiga: dos pré-socráticos
ao período helenístico. A Patrística e a Escolástica.
8) O período moderno (séculos XV a XVIII) e seus temas: antropo-
centrismo, humanismo, a revolução científica, a emergência do
Data:..........................
1. Atividades desenvolvidas:
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Relatório de Participação–––––––––––––––––––––––––––––––
Data:..........................
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Relatório de Regência––––––––––––––––––––––––––––––––––
Tema de regência:
2. Objetivos:
3. Metodologia:
4. Conteúdos:
5. Avaliação:
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
ATESTADO
_______________________________
Diretor(a)
EAD
Anexos
CE
ANEXO A
Nível da Educação Básica, legalmente aceita para a realiza-
ção de Estágios, incluindo todas as áreas que embasam ou envol-
vem esses níveis.
Educação Infantil
• creches até três anos;
• pré-escolas de quatro a cinco anos.
Ensino Fundamental
Arts.: 32, 33, 34 – Objetivo: a formação básica do cidadão.
Ensino Fundamental: de 1° ao 9° ano.
Ensino Médio
Arts.: 35, 36 – Etapa final da Educação Básica, com duração mínima
de três anos.
Educação Profissional
Arts. 39, 40, 41, 42 – A educação profissional, integrada às dife-
rentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia,
conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida
produtiva.
ANEXO B
ANEXO C
Organização da escola
Atualmente, as unidades escolares denominam-se Escolas
Estaduais (EE) acrescidas do nome ou patronímico.
Colegiado/ Instituição Escolar Descrição
Colegiado de natureza consultiva e deliberativa
em assuntos referentes à gestão pedagógica,
Conselho de Escola administrativa e financeira da escola. É formado
por representantes de pais, alunos, professores e
funcionários.
Colegiado responsável pelo processo coletivo de
avaliação do ensino e da aprendizagem. É formado
Conselho de Classe/Série
por todos os professores da classe/série e alunos de
cada classe.
Instituição escolar que auxilia o processo
educacional por meio da integração família–escola–
Associação de Pais e Mestres
comunidade. É formada por representantes dos
pais, professores e alunos.
É uma instituição escolar que reúne os estudantes
de uma escola para que se organizem na defesa
Grêmio Estudantil
de seus interesses e na promoção de atividades
educativas, recreativas e culturais.
Secretário de Escola
Apoio administrativo ao
Oficial de Escola
Administrativo processo educacional e à
Assistente de Adm. direção da escola.
Escolar
Inspetor de Alunos
Apoio ao conjunto de ações
Servente complementares (limpeza,
Operacional vigilância, manutenção,
Vigia conservação, disciplina etc.)
da escola.
Zelador
Desenvolvimento das
atividades relacionadas
Corpo Docente Professor
ao processo de ensino-
aprendizagem dos alunos.
56 © Caderno de Estágio
ANEXO D
ANEXO E
O Plano Gestor é um documento elaborado por todos os
componentes da escola: corpo administrativo, corpo docente, cor-
po discente, pais e comunidade. Você deverá analisá-lo com muito
cuidado, verificando se os objetivos propostos realmente emanam
da filosofia traçada pela escola. Esse documento pertence a toda a
comunidade escolar e deve estar disponível para todos.
• Filosofia da escola.
• Objetivos da escola.
• Definição das metas a serem atingidas e das ações a se-
rem desencadeadas.
• Planos dos cursos mantidos pela escola.
• Planos de trabalho dos diferentes núcleos que compõem
a organização técnico-administrativa da escola.
• Projetos curriculares e atividades de enriquecimento cul-
tural.
• Critérios para acompanhamento, controle e avaliação da
execução do trabalho realizado pelos diferentes atores do
processo educacional.
O Plano de Curso, parte integrante do Plano de Gestão, tem
por finalidade garantir a organicidade do curso. Deve conter:
• objetivos do curso;
• integração e sequência dos componentes curriculares;
• síntese dos conteúdos programáticos, como subsídio à
elaboração dos Planos de Ensino;
• carga horária mínima do curso e dos componentes curri-
culares;
• plano de Estágio profissional, quando for o caso;
• procedimentos para o acompanhamento e a avaliação.
Considerando que cada ano letivo tem características pró-
prias, anualmente deverão ser incorporados ao Plano de Gestão
anexos contendo atualizações, complementações ou eventuais al-
terações de dados, sobretudo no que diz respeito:
• ao agrupamento de alunos e sua distribuição por curso,
série e turma;
• ao quadro curricular por turno e série;
• à organização das horas de trabalho pedagógico coletivo,
explicitando o temário e o cronograma;
62 © Caderno de Estágio
ANEXO F
A filosofia educacional consiste em propiciar, por meio do
ensino, o amadurecimento da pessoa, com o objetivo de fazê-la
definir sua própria vida.
Filosofia educacional
O termo “escola” vem do grego “scholé”, que significa o mo-
mento de descanso no qual, sem ter de fazer trabalhos manuais,
as pessoas se dedicam a aprender. Passou a designar, com o tem-
po, o estabelecimento em que se ministram conhecimentos. Peça
fundamental de toda a sociedade, a escola deve chegar a todos;
mais que ensinar conteúdos, deve ensinar a pensar, a ser. Segundo
Paulo Freire, “Nenhum educador de mediano bom senso vai achar
que a educação por si só liberta. Mas também não pode deixar de
reconhecer o papel da educação na luta pela libertação”. Em todo
enfoque pedagógico, surge, em primeiro plano, a figura do ser hu-
mano, responsável pelos princípios pedagógicos ditados pela Ins-
tituição e que consequentemente norteiam as medidas didáticas
adotadas pela escola.
A modernidade coloca-se como uma época em que se busca
compreender o mundo em geral e o homem em particular. Se, no
passado, a ética, os valores e o próprio conhecimento dependiam
de uma perspectiva espiritual, agora, o enfoque está centrado na
ciência do mundo dos sentidos.
ANEXO G
SUGESTÕES DE TRABALHO
Minicursos
A organização de minicursos pode ser desenvolvida sob a
forma de aula de curta duração para os alunos do Ensino Funda-
mental durante todas as horas de Estágio. As atividades deverão
ser planejadas juntamente com o professor titular, incluindo:
• Teatro de fantoches: as crianças orientadas pelos estagi-
Projetos de Estágios
Os alunos, em grupo, montam o Projeto de Estágio para o
desenvolvimento de um determinado tema que envolva não só
docência, como também a pesquisa. O ato pedagógico abrange a
pesquisa no sentido de se conhecer tanto o conteúdo com o qual
se vai trabalhar, como o aluno ao qual ele se dirige. Assim, identi-
ficam-se aspectos relacionados com a sala de aula e sua clientela
e propõe-se um trabalho que possibilita um acompanhamento e a
superação de problemas, fazendo da prática curricular dos alunos,
enquanto aprendizes, um momento relevante para seu aperfeiço-
amento profissional.
Temas sugeridos
Fracasso escolar
Por meio da observação e da participação com o professor ti-
tular do Ensino Fundamental ou Médio, o estagiário irá identificar
alunos com problemas de aprendizagem ou com histórico repeti-
do de fracasso escolar.
Após esse levantamento, serão propostas aulas de reforço e
recuperação, utilizando-se metodologias alternativas que possam
reverter a situação desses alunos com o trabalho inter e multidis-
ciplinar.
66 © Caderno de Estágio
Evasão escolar
Os estagiários deverão buscar compreender os determi-
nantes sócio-político-econômicos que perpassam e influenciam a
evasão dos alunos da escola pública. Podem propor um esquema
de trabalho, sob a orientação do professor-supervisor, sendo de-
vidamente assessorados pelos demais professores do curso e do
Ensino Fundamental ou Médio.
Ao longo do ano letivo, envolvendo pais, professores, comu-
nidade e autoridades, pode-se fazer a divulgação e a sensibilização
quanto ao problema. Ao mesmo tempo, pode-se elaborar um pla-
no de atendimento contínuo e constante aos alunos, objetivando
eliminar as causas escolares da evasão, bem como discutindo os
motivos externos à escola. Como atividade de enriquecimento,
pode-se fazer pesquisa em jornais e revistas sobre o tema, colher
depoimentos de professores e especialistas etc. O coordenador
pedagógico deve ter participação ativa nesse tipo de atividade.
Projeto de incentivo à leitura
Pode-se organizar, com os alunos, uma biblioteca por meio
de doações, incentivando o hábito de leitura.
• Elaboração de material didático para o trabalho nas dife-
rentes áreas do Ensino Fundamental, por exemplo, blocos
lógicos, material dourado etc.
• Confecção de mural didático.
• Organização de um museu escolar.
• Confecção de jornal mural.
• Montagem de painéis ilustrativos
Essas sugestões de atividades procuram oferecer aos estagi-
ários um leque ampliado de trabalho. Entretanto, não esgotam o
rol de possibilidades que podem subsidiar o trabalho prático du-
rante os Estágios.
ANEXO H
1. 1. Alunos motivados
Escolas eficazes são aquelas que conseguem motivar (quase) a
totalidade dos seus alunos a aprender tanto habilidades básicas
quanto metacognitivas.
68 © Caderno de Estágio
ANEXO I
DIRETOR DA ESCOLA
O papel do diretor
O cargo de diretor é exercido por titular de cargo, seleciona-
do por concurso público de provas e títulos, na forma estabeleci-
da pela legislação vigente. O papel de diretor deve ser entendido
como o do coordenador geral da escola e de executor das libera-
ções do conselho de escola.
O diretor consciente de que a rotina tem um efeito paralisante no
trabalho escolar (a escola que se contenta com a realização, ano a
ano, dos mesmos procedimentos, das mesmas práticas, sem qual-
quer preocupação com seu aperfeiçoamento, acaba por perder
terreno, realizando um trabalho medíocre e cada vez mais inade-
quado) está sempre introduzindo algum tipo de inovação, quer no
trabalho em sala de aula, quer na forma de gestão, quer, ainda, em
relação à participação da comunidade na vida da escola.
Incerteza, ambiguidade, contradições, tensão, conflito e crise são
vistos como elementos naturais de qualquer processo social e
como condições e oportunidades de crescimento e formação.
São competências do diretor de escola, além de outras que lhe fo-
rem delegadas, respeitada a legislação pertinente:
• Assegurar o cumprimento das disposições legais e das diretrizes
da Política Educacional.
• Coordenar a utilização do espaço físico da unidade escolar.
• Encaminhar os recursos e processos, bem como petições, repre-
sentações ou ofícios dirigidos a qualquer autoridade e/ou reme-
tê-los devidamente informados a quem de direito, nos prazos
legais, quando for o caso.
• Decidir com o conselho da escola os recursos interpostos pelos
alunos ou seus responsáveis, relativos à verificação do rendi-
mento escolar, ouvido(s) o(s) professor(es) envolvido(s).
74 © Caderno de Estágio
As condições de trabalho
O diretor desenvolve seu trabalho num ambiente de coope-
rativas entre professores, equipes de apoio, alunos, funcionários,
órgãos colegiados, apresentando um bom relacionamento com a
comunidade, que reflete, de forma bastante positiva, na qualidade
dos serviços prestados.
A sala do diretor
A sala deve ser espaçosa, arejada, possuindo móveis em óti-
mo estado de conservação, armários, documentos inerentes à di-
reção, telefone, computador e sofás confortáveis.
Para o diretor, o processo de tomada de decisões baseia-se
em informações concretas, analisando cada problema em seus
múltiplos aspectos e na ampla democratização das informações.
A sala do diretor não é lugar regulador da disciplina, mas lo-
cal com livre e agradável acesso para se conversar sobre o que se
fez bem feito.
• As soluções de problemas passam por novas possibilidades de
relações no interior da hierarquia e com os clientes.
• A representação do diretor modifica-se de fiscal para educador
dirigente.
• A predominância do exercício do papel burocrático não atende
mais às necessidades dos clientes internos (professores/alunos)
e dos clientes externos (pais).
A liderança efetiva da direção da escola, e não a sua atitude de con-
trole e cobrança, é um fator primordial na qualidade da gestão e
do ensino. Dirigentes de escolas eficazes são líderes, estimulam os
professores e funcionários da escola, pais, alunos e comunidades a
utilizar seu potencial na promoção de um ambiente escolar, edu-
76 © Caderno de Estágio
ANEXO J
FICHA DE ESTÁGIO
Nome do Aluno:
Curso:
Escola:
P.G. – Normas
1/8/2005 8h 12h 3
Regimentais Básicas
P.G. – Análise do
1/8/2005 14h 16h 3
Regimento Escolar
P.G. – Análise de
2/8/2005 7h 12h 2
Projetos
P.G. – Agrupamento
2/8/2005 14h 17h 4
de Alunos
P.G. – A organização
3/8/2005 8h 12h 4
do ensino
P.G. – Organização
4/8/2005 13h 17h 4
Rede Estadual
P.G. – Núcleos:
5/8/2005 8h 12h 4
Direção
6º s. E.F. História,
19/9/2005 7h 12h 5 Independência do
Brasil
7º s. E.F. Português
20/9/2005 7h 9h 2 - Interpretação de
Texto
1º E.M. Filosofia -
21/9/2005 19h 22h 3
Moral e ética
E. F. - Ensino Fundamental
Projeto
Social
Proj.: “Caminhando”
23/9/2005 8h 12h 4 - Pesquisa
Bibliográfica
Elaboração do
24/9/2005 8h 12h 4
Projeto
Execução - 3ª A, B,
26/9/2005 8h 12h 4
C, E.F.
Execução - 8ª A, B,
27/9/2005 8h 12h 4
E.F.
Assim
28/9/2005 8h 12h 4
sucessivamente.
Observações
As linhas que não tiverem registro deverão ser inutilizadas (passar um traço).
Você tem liberdade para usar uma ficha para cada escola.
Este modelo foi feito com o nome de duas escolas; portanto, deverão aparecer 02 (duas)
assinaturas de diretor com os devidos carimbos, de acordo com o Tópico 12 Assinaturas e
carimbos na ficha de estágio e no atestado, do Caderno de Estágio.
Lembre-se:
• Nunca ultrapasse o limite de 6 horas de Estágio por dia;
• Você poderá utilizar mais de uma linha/dia para registrar
as atividades.
80 © Caderno de Estágio
ANEXO L
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
NOME DO ALUNO
(maiúsculo, centralizado, fonte nº. 12)
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
(maiúsculo, centralizado, fonte nº. 14, negrito)
CURSO DE ________
(maiúsculo, centralizado, fonte nº. 12, negrito, digitar o nome do curso)
POLO:________/ANO_____
(maiúsculo, centralizado, fonte nº. 12, negrito)
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
BIBLIOGRAFIA
AQUINO, J. G. (Org.). Diferenças e Preconceitos na Escola: alternativas teóricas e práticas.
São Paulo: Summus, 1998.
BARREIRO, E. J. Ética no desenvolvimento dos fármacos. 2005. Disponível em: <http://
www.farmacia.ufrj.br/lassbio/download/etica_desenvolvimento.pdf>. Acesso em: 17
jun. 2010.
BIANCHI, A. C. M. Manual de orientação: estágio supervisionado. São Paulo: Pioneira,
1998.
BRASIL. Parecer CNE/CP 009/2001. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/sesu/
arquivos/pdf/02101formprof.pdf>. Acesso em: 17 jun. 2010.
CATÃO, F. Pedagogia ética. Petrópolis: Vozes, 1995.
FAZENDA, I. C. Interdisciplinariedade: história, teoria e pesquisa. Campinas: Papirus,
1994.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo:
Paz e Terra, 1996.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO/SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. A
organização do ensino na rede estadual: orientação para as escolas. São Paulo, 1998.
HERNANDEZ, F. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Tradução
de Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
KENSKI, V. M. A prática de ensino e o estágio supervisionado. Campinas: Papirus, 1991.
LAGERWEY, N.; HAAK, E. M. Eerst goed kijken .... de dynamiek van scholen in ontwikkeling.
Leuven/Apeldoorn: Garant, 1994.
LIBANEO, J. C. Organização e Gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa,
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