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IN Vl ents NA PRIMEIRA MODERNIDADE (1492 - 1750) Vol.1 4 e7 ARES-ESGUERRA Dy ema b NA BOHN MARTINS ug a3 ‘As Américas na Primeira Modernidade (1492-1750) Jorge Caftizares-Esguerra, Luiz Estevam de O. Fernandes, Maria Cristina Bohn Martins (Organizadores) 1° Edigdo - Copyright© 2017 Editora Prismas Todos 0s Direitos Reservados, Editor Chefe; Vanderlei Cruz - editorchefe@editoraprismas.com.br Agente Editorial: Sueli Salles - agenteeditorial@editoraprismas.com.br Diagramagio e Projeto Gritico: Jean Garcia Capa: Raphaél Miranda gem da Capa: Baseada no mapa de Sebastian Miinster, die neue welt, 1540, Dados Internacionais de Catalogasio na Publicasio (CIP) Blaborado por: Isabel Schiavon Kinase Biblioteciria CRB 9-626 As Américas na primeira modernidade (1492-1750) 7 A512 _onganizasio de Jorge Cafizares-Esguerra, Luiz Estevam de O. Fernandes, Maria Cristina Bohn Martins ~ 1.ed. - Curitiba: Editora Prismas, 2017 vill; 23em ISBN: 978-85-5507-655-8 1, América ~ Histéria, 1492-1750.2, América — Condigdes econdmicas. 3. América ~ Condigbes sociais. 4. Historiografia 1. Catizares-Esguerra, Jorge (org,). Il. Fernandes, Luiz Estevam de . (org.). IIL Martins, Maria Cristina Bohn (org,) CDD 980.012 (22.ed) DU 980 Colegio Historia das Américas Diretor Cientifico Lie Estram de Olivers Fernandes (UFOP) Consultores cientificos Alexandre Varela (UNILA-PR) José Carlos Vitardaga (Unifesp-SP) Anderson Roberti dos Reis (UFMT-MT) Lis Guilherme Asse Kai (OFRRJ-RD) Caio Pedrosa daSilva (UFVIM-MG) Maria Cristina Boh Martins (UNIS Carlos Alberto Barbosa (UNESP-SP) Maria lisa Noroaha de Si Mader (PUC-R) Caroline Silveira Bauer (UFRGS-RS) Maria Helena Capelato (USP-SP) Fibio Fekrin de Souza (UFFS-SC) Mariana Martina Villga (UNIFESP-SP) Gabriela Pelegrino Sours (USP-SP) Mateus Pivazo Reis (UFOP-MG) Janice Teodoro (USP-SP) Paulo Renato daSilva (UNILA-PR) Joxé Alves de Freitas Neto (Unicamp-SP) Sella Mars Seatena Franco Vilardaga (USP-SP) Foe (0868 : & corona Be Mon S-Pr SX Paisinas wwweeditoraprismas.com.br Introdugao As Américas na Primeira Modernidade Jorge Cafiizares-Esguerra Luiz Estevam de O. Fernandes Maria Cristina Bohn Martins 1. Introdugao: Moderno e Modernidade A palavra “moderno” ja foi alvo de varios estudos. Por meio desses textos, sabemos que ela tem origem no latim, significando uma oposigao entre o “de hoje” eo tempo que o antecedeu. Tal oposigao era, no mais das vezes, neutra ou fraca em termos de antagonismo. Assim, com este sentido, foi usada por toda a chamada Idade Média, em diferentes contextos. A mudanga teria ocorrido no inicio do Renascimento italiano. Em meados do século XV, na peninsula italiana, uma tensao entre a emu- lado ou a imitag 40 dos antigos convivia com 0 elogio do novo, daquilo que era superior aos antigos. Patricia Seed (2013) mostra-nos como o vocibulo, carregado dessa tensio, foi incorporado pelo catalio e, logo em seguida, pelo portugués. Das terras da tiltima flor do Lacio, a palavra “moderno” passou a ser utilizada por franceses ¢, de 14, espalhou-se para a Europa do Norte, incluindo a Inglaterra, Alemanha e Escandindvia. Se em Dante, “moderno” tinha conotasao negativa, a oposi- ¢40 contida na expresso, entre temporalidades distintas, uma anterior, antiga, e outra do presente, de um tempo atual que se projetava a um novo futuro, inverteu seu sentido durante o Renascimento. Tal mudanga ocorreu tanto na Italia quanto em Portugal, coincidentemente ao mes- mo tempo, revelando o “advento de uma nova epistemologia” que elevou a observagdo em primeira mio como o “meio mais confidvel para se adquirir conhecimento” (Seed, 2013, 120). Era o triunfo da experientia sobre a auctoritas (Cezar, 2002, p. 42). Para os italianos, isto se fazia pre- sente na observagio do humano como sujeito/objeto da pintura ou da 0) 13 As Américas na Primeira Modernidade (1492-

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