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Apostila I

O ENEAGRAMA

20/09/2017
1. INTRODUÇÃO:

O Eneagrama não tem vínculo ou cunho religioso. É uma ferramenta muito


eclética e facilmente adaptável à qualquer tipo de leitura ou interpretação sem
perder a sua essência de origem científica e psicológica.
É um sistema de tipologia das personalidades. Embora seja utilizado
praticamente em vários países de religiões e filosofias diferentes, não pertence a
nenhum deles. É um patrimônio da humanidade, já que ninguém conseguiu, até
hoje, registrar sua propriedade.
É uma ferramenta prática e assertiva, que possibilita o autoconhecimento, e
também que possamos conhecer e entender como as outras pessoas “funcionam”
emocionalmente. Para muitos, é o sistema de compreensão do ser humano, mais
eficaz que tiveram conhecimento.
A partir do momento da fecundação, já começa a contribuição para a
formação do tipo eneagramático. O óvulo fecundado já contém uma memória
celular herdada dos seus pais, que herdaram dos pais deles, que herdaram dos pais
deles também. Assim, o óvulo traz memórias de muitas gerações passadas.
Essa mistura de memórias se estabiliza e solidifica formando já algumas
tendências características daquele SER.
Na gravidez, os sentimentos, pensamentos, emoções e reações da mãe no dia
a dia, produzem tanto a química do organismo quanto a vibração energética. Tudo
isso também é compartilhado com o bebê.
Nessa fase o bebê estando em desenvolvimento e formação da sua
personalidade, está totalmente receptivo e em estado de absorção total de
conhecimentos, sensações, emoções e principalmente vibrações para a sua
formação e definição de sua personalidade.
A partir daí, ele já começa a assimilar quem é a sua mãe, pai, irmãos,
família, ambiente em que vivem, e assim por diante. Começa também a
desenvolver alguns medos, traumas (quando a gravidez é problemática ou por
fatores externos).

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Conforme a memória celular que ele herdou, as sensações e percepções que
ele começa a incorporar vão fazer com que esse SER perceba e reaja de maneira
diferente e única.
O tipo de parto também tem grande influência na reação e percepção desse
indivíduo na interação com o mundo. E assim continua na infância até os 06 ou 07
anos de idade.
Até os seis ou sete anos, conforme o ambiente em que a criança vive, (se
hostil ou acolhedor; se confortável ou desconfortável; se opressor, protetor ou
ameaçador, castrador ou de liberdade, etc.), dependendo do resultado da fusão da
memória celular com o tipo da gestação, a percepção dessa criança sobre esse
ambiente será diferente e única também.

2- EPIGENÉTICA E MEMÓRIA CELULAR:

Para se entender o embasamento científico dessa sequencia de fatores que acontecem


com TODOS nós, sem exceção, na formação de nossa personalidade resultando no nosso
eneatipo, vamos entender um pouco de epigenética e memória celular:
Desde os anos de 1865, quando Gregor Mendel anunciou as leis da hereditariedade,
deduzidas a partir de seus experimentos com ervilhas, os genes têm sido considerados como a

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única forma pela qual as características biológicas podem ser transmitidas através de
sucessivas gerações.
Entretanto, hoje existem várias evidências moleculares da existência de uma herança
não genética. Esses estudos mostram que variações não genéticas adquiridas durante a vida de
um organismo podem frequentemente ser transmitidas para os descendentes; um fenômeno
conhecido como herança epigenética.
A epigenética é definida como modificações do genoma, que são herdadas das
gerações passadas, mas que não alteram a sequência do DNA. Por muitos anos, considerou-se
que os genes eram os únicos responsáveis por passar as características biológicas de uma
geração à outra. Entretanto, esse conceito tem mudado e hoje os cientistas sabem que
variações não genéticas (ou epigenéticas) adquiridas durante a vida de um organismo podem
frequentemente serem passadas aos seus descendentes. A herança epigenética depende de
pequenas mudanças químicas no DNA e em proteínas que envolvem o DNA.
Existem evidências científicas mostrando que hábitos da vida e o ambiente social em
que uma pessoa está inserida podem modificar o funcionamento de seus genes.
As modificações epigenéticas podem ser herdadas no momento da divisão celular
(mitose, ou momento da fecundação) e irão determinar parte da biologia do organismo,
definindo diferentes fenótipos (i.e. morfologia, desenvolvimento, comportamento etc).
A epigenética tem seu efeito biológico a partir de mudanças químicas que podem
ocorrer na molécula de DNA e em proteínas chamadas de histonas.
A partir do momento em que um óvulo é fertilizado por um espermatozoide, essa nova
célula (agora denominada de ovo) dará origem a um conjunto de células que irão originar o
embrião. A formação do embrião depende da captação de sinais pelas células, sinais estes que
podem vir de dentro das próprias células, de células vizinhas (incluindo as células da mãe) e
do meio externo (do ambiente). Os sinais recebidos pelas células irão determinar não somente
a morfologia e fisiologia do futuro embrião e indivíduo, mas também o seu comportamento.
Nesse sentido, as células respondem a nutrientes e hormônios, mas também a sinais físicos,
como calor e frio, e comportamentais, como estresse e carinho. Para que todos esses sinais
tenham reflexos na molécula de DNA sob a forma de modificações epigenéticas, eles
precisam alcançar um compartimento crucial da célula, o núcleo.

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O núcleo é responsável por abrigar o DNA, entre outras moléculas (i.e. proteínas e
RNA). Entretanto, sabemos que a molécula de DNA é infinitamente maior do que o próprio
núcleo; por exemplo, o DNA humano, se esticado, teria um comprimento de cerca de 1,5m; o
núcleo de uma célula humana, mede cerca de 5 micrometros (5 x 10-6 m). Como isso é
possível? O DNA é capaz de caber dentro do núcleo graças à ação de proteínas nucleares
denominadas de histonas.
As histonas se especializaram para empacotar a molécula de DNA numa estrutura
chamada de nucleossomos, que assumem conformações similares a de um carretel de linha.
Fazendo uma analogia, imaginem o carretel sendo as histonas, e a linha sendo a molécula de
DNA. Se agora imaginarmos que o DNA (a linha do carretel) é composto pelos genes, e que
muitos dos genes precisam ser expressos (ou seja, eles precisam decodificar suas sequências
na forma de proteínas, que efetivamente são as moléculas que fazem as células funcionarem),
se o DNA permanecesse totalmente enrolado, os genes não seriam capazes de serem
expressos na forma de proteínas. É justamente nesse momento que entra a epigenética.
Para que os genes possam ser expressos, mediante a chegada dos sinais (mencionados
acima), a molécula de DNA precisa ser parcialmente desempacotada, para que os genes
fiquem acessíveis à ação de proteínas (os fatores de transcrição, que efetivamente disparam a
ativação dos genes).
Entretanto, diferentes genes são expressos em diferentes momentos e, naturalmente,
estão localizados em diferentes regiões da molécula de DNA (ou nos cromossomos). Nesse
sentido, partes da molécula de DNA são constantemente desenroladas e enroladas (o que se
conhece por “remodelamento dos cromossomos”, ou “da cromatina”).
Um exemplo de controle da expressão gênica pode ser descrito pela ação dos
hormônios sexuais; na fase da puberdade, uma alta concentração de testosterona (nos
meninos) ou estrogênio (nas meninas) é lançada na corrente sanguínea e esse é o sinal para
que genes relacionados ao desenvolvimento sexual (i.e. crescimento de pelos, dos seios,
aumento da massa muscular, etc), sejam ativados e expressos.
No momento desta sinalização, regiões do DNA (ou cromossoma) onde esses genes
estão localizados, precisam ser abertas, desempacotadas, remodeladas. Por outro lado, no
momento em que a fase da puberdade passa e os níveis de hormônios caem drasticamente,

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muitos destes genes precisam ser desativados e, agora, as mesmas regiões do DNA precisam
ser fechadas, reempacotadas, para que esses mesmos genes não mais sejam ativados.

Esse constante remodelamento do DNA se dá justamente por mudanças epigenéticas,


ou seja, mudanças químicas que ocorrem tanto na molécula de DNA (a linha do carretel),
como nas proteínas histonas (o próprio carretel).
No DNA, ocorre a metilação, que é a adição de um grupo metila (-CH3, ou seja, um
átomo de carbono ligado a três átomos de hidrogênio) ao nucleotídeo citosina; nas histonas,
pode ocorrer tanto a metilação como a acetilação (-COCH3) nos aminoácidos lisina e/ou
arginina. As modificações no DNA ou nas histonas são realizadas por enzimas do tipo DNA
metilases/desmetilases, histona metilases/desmetilases e histona acetilases/desacetilases.
A metilação do DNA, que geralmente ocorre em regiões que controlam a expressão
gênica (denominadas de promotores), está relacionada à repressão gênica, ou seja, genes que
estão marcados (metilados) para não codificarem (ou produzirem) proteínas. Já a acetilação
das histonas está geralmente relacionada à ativação gênica.
Como aprendemos acima, a adição de um grupo metila a molécula de DNA leva ao
silenciamento de diversos genes, tendo um profundo impacto sobre a forma e a função das
células e organismos, sem alterar o DNA correspondente. A metilação, e consequentemente o
silenciamento de genes num determinado período do ciclo ou do desenvolvimento celular ou
em determinados tipos celulares faz parte da estratégia evolutiva que culminou com o bom

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funcionamento celular (conhecido por homeostase) e de um organismo sadio. Caso esse
padrão de metilação do DNA seja alterado, por exemplo, por agentes químicos (ou advindos
de fatores emocionais geradores de química orgânica estressantes), afetando a atividade das
metilases, um novo padrão de metilação no DNA será instalado, ativando genes que deveriam
permanecer silenciados, podendo ter efeitos significativos na vida (no comportamento e na
saúde) de um organismo. Esse novo padrão epigenético será passado para as gerações futuras,
o que caracteriza uma “memória epigenética”.
A herança epigenética traz implicações profundas para o estudo da evolução e reforça
os argumentos do naturalista do século XVIII, Jean Baptiste Lamarck que acreditava que a
evolução era dirigida em parte pela herança de características adquiridas durante a vida.
O epigenoma pode mudar rapidamente em resposta aos diversos sinais que a célula
pode receber. Nesse sentido, através da herança epigenética, um organismo pode ajustar a
expressão gênica de acordo com o ambiente onde vive, sem mudanças no seu genoma. Por
exemplo, experiências vividas pelos pais (dieta, maus tratos, tratamento hormonal) podem ser
transmitidas para as gerações futuras. Isso tem sido bem demonstrado em uma série de
estudos onde famílias com grave escassez de alimentos na geração dos avós, filhos e netos
têm maior risco de doenças cardiovasculares e diabetes. Outros estudos sugerem que as mães
passem aos filhos os efeitos cognitivos durante a gestação, provavelmente liberando
hormônios que fazem com que marcadores químicos epigenéticos (não dependentes dos
genes) apareçam nos genes de seus filhos, regulando sua expressão depois do nascimento.
Outro exemplo claro do papel da herança epigenética pode ser encontrado nos gêmeos
idênticos; estudos mostram que durante a transição da infância para a vida adulta, os gêmeos
passam a divergir significativamente em seus níveis de sintomas relacionados à ansiedade e à
depressão. Como compartilham do mesmo background genético (exatamente a mesma
sequência de bases em ambos os genomas) essa divergência só pode ser fruto das experiências
individuais durante a vida (e das mudanças epigenéticas).
Passado a era do sequenciamento do genoma humano (publicado em 2004), o esforço
atual tem sido depositado em cima do sequenciamento do epigenoma, ou seja, na
identificação de todas as citosinas metiladas ao longo do genoma. O epigenoma na sua
totalidade irá levar a um melhor entendimento de como a função do genoma é regulada na

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saúde e na doença, e também como a expressão genética é influenciada pela alimentação e
pelo ambiente.
*Obs: O texto acima é uma adaptação do texto original do Prof. MARCELO
FANTAPPIÉ, Ph.D., é Professor Associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro e
Pesquisador do Laboratório de Helmintologia e Entomologia Molecular do Instituto de
Bioquímica Médica da UFRJ.

E assim, a pseudo personalidade e temperamento dessa pessoa estarão se


consolidando, portanto formando seu tipo psicológico com as características de seu
tipo eneagramático, ou eneatipo.

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3- BENEFÍCIOS DO AUTOCONHECIMENTO PROFUNDOATRAVÉZ DO
ENEAGRAMA.

Na nossa cultura, a ocidental, o autoconhecimento é pouco estimulado.


Valoriza-se mais as conquistas externas, como a riqueza exterior. Tentamos abafar
a voz da nossa alma conquistando coisas e acumulando bens e conhecimentos, mas
logo essa voz já está novamente sinalizando que falta algo, mesmo quando os bens
materiais e o conforto estão garantidos.
Por isso nós vivemos em constante busca. Nossa mente é inquieta, falante,
questionadora e crítica. Então vamos definindo metas que após alcançadas são
substituídas por outras, e assim por diante. Essa resposta pode estar em nível
inconsciente, e aparentemente inalcançável.
Para alguns, que são praticantes de yoga, meditação ou outras técnicas que
promovem uma autopercepção aguçada, essa inquietação e constante busca pode

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até estar mais tranquilizada, mas o autoconhecimento ainda será sempre um ponto
de interrogação e insatisfação.
Os livros de autoajuda, autoconhecimento, entre outros, são generalizados.
Às vezes fazem milagres para uns, mas causam ainda mais confusão para outros, e
para terceiros tipos nada fazem ou acrescentam.
Sendo assim, não existe uma fórmula universal que seja perfeita para todos
os tipos de seres humanos.
O Eneagrama chegou para que nos reconheçamos nos nossos eneatipos e
consigamos entender quem somos, como nossa personalidade e temperamento
foram formados, como variamos de emoções, humor e o porquê de tudo isso.
O Eneagrama nos possibilita que encontremos a nossa essência, que aos
poucos foi perdida devido à necessidade de nos protegermos das pessoas e meio
ambiente. Aos poucos fomos construindo e assumindo uma máscara, que acaba
sendo utilizada por tanto tempo, em tempo integral, até que nós mesmos acabamos
nos perdendo de nossa essência e não sabemos mais o que somos realmente e como
funciona nosso sistema emocional, mental e psicológico.

4- ORIGEM DO ENEAGRAMA:

Há uns 4.500 anos atrás, apareceu na mesopotâmia uma fraternidade de


homens sábios que descobriram o segredo cósmico da auto renovação e o
transmitiram através das gerações. Durante muito tempo, esse segredo foi
preservado na Babilônia. Após 2.000 anos foi revelado a Zoroastro, a Pitágoras e a
outros grandes sábios estavam na Babilônia.
Em seguida os guardiões da tradição migraram para o norte e cerca de mil
atrás chegaram a Bukhara, que fica em Usbequistão, na Ásia Central.

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Após o ano de 1877, na Rússia surgiu um grupo de exploradores
denominados “Os que buscam a verdade”. Era um grupo de homens conhecedores
das teorias de transformação da psique humana, que queriam resgatar as ciências
antigas que estavam perdidas, ou escondidas. Viajaram pelo Egito, Afeganistão,
Grécia, Pérsia, Índia e Tibete, conhecendo monastérios e santuários remotos
aprendendo tudo que podiam sobre as antigas tradições de sabedoria.

5- O ENEAGRAMA MODERNO

Entre esses buscadores estava George Ivanovich Gurdjieff,, que acabou


encontrando o símbolo do Eneagrama em um desses países que visitou. A partir
daí, elaborou uma síntese de tudo o que ele e seu grupo haviam pesquisado.
Então G. I. Gurdjieff começou a ensinar em São Petesburgo e Moscou,
atraindo muitos alunos. Surge então o Eneagrama moderno.
Gurdjieff foi o criador do sistema de desenvolvimento humano conhecido
mundialmente como “o quarto caminho”. Certamente foi um dos mais notáveis
transpessoalistas modernos.
O modelo ensinado por Gurdjieff era um modelo de processos naturais e
ainda não uma tipologia psicológica.
Não podemos deixar de citar aqui os outros dois colaboradores que fizeram a
atualização da sistematização do Eneagrama, possibilitando que ele fosse lido da
forma que é hoje. Dr. Oscar Ichazo e o Dr. Cláudio Naranjo, um prestigiado médico
Psiquiatra cuja contribuição resultou na descrição e leitura clara e objetiva dos nove
tipos de personalidade eneagramáticas conhecidas hoje.

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6- AS TRÍADES:

 A tríade do instinto, ou raiva:

Tipos Oito, Nove e Um preocupam-se em oferecer resistência à realidade (criar


limites para o EU, baseados em tensões físicas). Esses tipos tendem a ter problemas
com a agressividade e a repressão. Por detrás das defesas do ego há bastante raiva.

 A tríade do sentimento, ou imagem:

Tipos Dois, Três e Quatro preocupam-se com a auto imagem (prendem-se ao


falso EU da personalidade). Eles creem que as supostas qualidades da
personalidade são sua verdadeira identidade. Por trás das defesas do ego, há
bastante vergonha.

 A tríade do raciocínio, ou medo:

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Tipos Cinco, Seis e Sete preocupam-se com a ansiedade (sentem algo como
uma falta de apoio ou orientação). Eles adotam comportamento que acham que
aumentarão sua própria segurança. Por trás das defesas do ego, há bastante
medo.

7- AS VARIANTES INSTINTIVAS

Indicam quais foram os três instintos básicos que foram mais distorcidos na
infância, acarretando preocupações e comportamentos característicos através de
toda a gama de tipos de personalidade. Além dos dois subtipos fornecidos pelas
asas, cada eneatipo possui três variantes instintivas que indicam as diferentes áreas
onde se concentram os interesses particulares de cada tipo.
A variante Instintiva de uma pessoa representa o campo no qual os
problemas de seu tipo mais se apresentarão. Todos nós temos um pouco dos nove
tipos, e também um pouco das variantes instintivas. Mas uma delas sempre
predomina.
Os três instintos podem ser vistos como camadas de um bolo, e o
predominante seria a camada de cima. Isso também pode ser feito sem que se
conheça qual é o eneatipo da pessoa. Portanto, não é um subtipo. É apenas um
tempero. As variantes instintivas baseiam-se nos três instintos primários que
motivam o comportamento humano: - O instinto da Autopreservação, o instinto
Social, e o instinto Sexual. Assim, cada tipo possui uma variante, conforme um dos
três instintos predominantes.
Portanto, as pessoas podem ser descritas como sendo um combinado entre:
Um tipo básico, uma asa e uma variante instintiva.

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A combinação de asas e variantes diferentes produz seis variações para cada
tipo, totalizando 54 importantes possibilidades em termos de eneagrama como um
todo.
Levar em consideração essa dimensão da personalidade representa exigir
um grau de detalhe muito maior do que a maioria das pessoas exigiria, mas para o
trabalho de transformação, as variantes tendem a compartilhar valores e
compreender-se. Por exemplo, casais que apresentem variantes diversas (ex.: auto
preservacionista X sexual) tendem a ter mais conflitos por seus valores mais
importantes serem diferentes.

7.1- VARIANTE AUTOPRESERVACIONISTA


Facilmente identificável. Os desse grupo de instinto preocupam-se em obter
e manter a segurança e o conforto físicos. Geralmente se traduz na preocupação
com a alimentação, o vestuário, o dinheiro, a moradia e a saúde. São sua maior
prioridade, assim como sua preocupação em obtê-los.
As outras áreas da vida pode ficar em segundo plano. Podemos observar isso
em nós mesmos e nos outros observando aquilo que se nota primeiramente, ao
entrar em uma sala.
Os auto preservacionistas logo prestam atenção ao conforto da sala, na
iluminação insuficiente, temperatura desagradável ou cadeiras desconfortáveis.
Reagem, procurando dar um jeito nessas coisas. Podem ficar pensando quando será
o próximo intervalo ou refeição, e preocupar-se com o tipo de alimentação que será
servida, isto é, se vai atender aos requisitos de sua dieta.
Quando esse instinto funciona em harmonia com o tipo de personalidade,
essas pessoas mostram-se práticas e simples.
Empregam sua energia no atendimento às necessidades básicas da vida, criar
um ambiente seguro, comprar provisões para manter a casa e o ambiente de

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trabalho, pagar as contas, adquirir habilidades práticas que lhe permitam agir sem
interromper a ordem e fluxo da vida. Porém, quando se mostra pouco saudável, a
personalidade distorce o instinto levando essas pessoas a não cuidarem bem de si
mesmas e muitas vezes apresentarem distúrbios de alimentação e de sono.
Elas podem estocar demasiadas coisas, comprando e comendo em excesso,
ou sobrecarregar-se com todo tipo de bagagem supérflua.
Os auto preservacionistas menos saudáveis, podem descuidar da parte física
ou tornar-se obsessivos com relação à saúde e ou comida. Além disso, seu tino
prático pode destorcer-se tornando os com problemas financeiros e com a
organização e tarefas. Podem partir para comportamentos autodestrutivos, nos
quais o instinto volta-se contra si mesmo.

7.2- VARIANTE SOCIAL


Todas as pessoas possuem um componente social, mas os tipos pertencentes
a essa variante, tendem a ter um desejo de ter uma vida social muito ativa,
participar de festas, reuniões, pertencer a grupos, etc. O instinto social é bem
primário. Esconde um desejo muito forte de ser apreciado, ser aceito e sentir-se
seguro ao lado dos outros.
Preocupam-se em ser necessárias em seu mundo. Se empenham em
alimentar a sensação de importância que têm pela participação em atividades com
outras pessoas, sejam elas familiares, grupais, comunitárias, globais, etc. Os tipos
sociais gostam de integrar-se com as pessoas em causas comuns.
Ao entrar numa sala, os tipos sociais imediatamente se apercebem das
estruturas de poder e das sutis políticas existentes entre as pessoas e os grupos
diversos. Eles, inconscientemente, se concentram nas reações que provocam nos
outros, principalmente se são aceitos ou não. Ajustam-se ao seu “lugar” na

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hierarquia social. Isso pode manifestar-se de várias maneiras, tais como: busca de
atenção, sucesso, fama, reconhecimento, liderança, apreciação.
De todas as variantes, o social é o que mais se sintoniza com o que se passa
ao seu redor. Necessitam de contato com os outros para se sentir seguros, vivos e
cheios de energia. Em geral, os tipos Sociais, gostam de interagir com as pessoas,
mas tendem a evitar a intimidade.
Quando não estão saudáveis, podem tornar-se extremamente antissociais,
detestando as pessoas e ressentindo-se contra a sociedade, e por isso apresentar
habilidades sociais mal desenvolvidas.
Ao mesmo tempo que têm medo e desconfiança dos outros e não conseguem
conviver com ninguém, eles não saber viver sem manter relações sociais. Enfim, os
tipos sociais concentram-se em interagir com as pessoas de modo que os ajude a
construir seu valor pessoal, sua noção de realização e seu lugar na sociedade.

7.3- VARIANTE SEXUAL


Nos tipos sexuais, há uma busca constante de conexão e uma atração por
experiências internas, não necessariamente sexuais, Mas qualquer situação que haja
uma carga semelhante. Eles buscam contato intenso com todas as coisas. Ex.: Uma
aventura radical, uma conversa séria, um filme cheio de emoções, etc. No lado
positivo, são dotados de uma abordagem exploratória e variada da vida.
No lado negativo, têm dificuldade de perceber quais são as suas verdadeiras
necessidades e prioridades. Ao entrar numa sala, os tipos sexuais os tipos sexuais
rapidamente concentram-se em descobrir onde estão as pessoas mais interessantes.
Eles rodeiam as pessoas que os atraem, independentemente da posição social que
tenham ou de sua potencial utilidade. É como se quisessem saber onde tem mais
vida nessa sala, quem tem mais energia e intensidade.

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Os tipos sociais têm dificuldades em levar adiante os próprios projetos e
cuidar bem de si mesmos, porque inconscientemente, estão sempre buscando a
situação ou a pessoa que os completará. São como uma tomada procurando um
plugue para se alimentar.
Quando não são saudáveis, eles podem mostrar-se profundamente
dispersivos e incapazes de concentrar-se.
Eles poderão manifestar promiscuidade sexual ou apresentar uma atitude
receosa e inadequada em relação ao sexo e a intimidade. Quando se pautam na
segunda possibilidade, demonstram igual intensidade naquilo que evitam.
Quando esse instinto é o mais baixo dos três, o individuo se situa na posição
de deixar em último plano o instinto sexual e intimidade. Essas pessoas sabem do
que gostam, mas geralmente têm dificuldades em emocionar-se ou entusiasmar-se
muito com qualquer coisa. Tais indivíduos têm, inclusive, dificuldades em
compartilhar intimidades com outras pessoas, podendo não se sentir muito à
vontade quando as coisas não lhe são muito familiares. Podem sentir-se
socialmente envolvidos com pessoas, mas curiosamente, distantes até de seus
parceiros, amigos e familiares.

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8-OS NOVE TIPOS.

8.1- TIPO UM: O PERFECCIONISTA.

Os representantes do tipo um são racionais, idealistas, resolvidos, dotados de


princípios, autocontrolados e perfeccionistas.
Seu medo fundamental é o de ser mau, corrupto, perverso, falível.
Seu desejo fundamental é ser bom, virtuoso, equilibrado e ter integridade.

Os seus representantes agem como se obedecessem uma missão, que os leva


a querer melhorar o mundo a todo custo, usando para isso, seu poder de influência e
persuasão.
Mesmo à custa de sacrifícios pessoais, eles lutam incansavelmente para
melhorar as coisas pregando valores, principalmente morais.
Na história, existem muitos representantes do número um, que lutaram
vorazmente para melhorar o mundo, atendendo a chamados de algo superior.
Durante a segunda guerra mundial, Raoul Wallemberg abandonou sua
cômoda vida de classe média para ajudar milhares de judeus a fugir dos nazistas
que os perseguiam. Na Índia, Ghandi deixou sua família e conforto, e a sua carreira
de bacharel em direito para percorrer seu país advogando pela independência, e por
mudanças sociais almejando acabar com a violência.
Joana D´arc deixou sua aldeia na França para lutar pela expulsão dos
ingleses e devolver o trono à Delfim.
As pessoas do tipo um, estão voltadas para a ação prática, querem ser úteis e
produtivas. Lutam para diminuir a desordem, desde seu ambiente até os níveis
maiores, mesmo que não estejam totalmente conscientes dela.

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Os tipo Um resistem aos impulsos do mundo do instinto, procurando
conscientemente não ceder a eles e tampouco manifesta-los abertamente, porque
são fiéis aos seus princípios.
O resultado disso é um tipo de personalidade que tem problemas com
repressão, a resistência e a agressividade.
Eles vivem num inferno particular, pois estão sempre tentando colocar em
prática sua visão e conceito de perfeição, sendo rigorosos consigo mesmos e com o
outro.

O PADRÃO DA INFÂNCIA.

O padrão de infância sozinho não forma o tipo de personalidade, mas


descreve as tendências que têm grandes impactos nos relacionamentos que o tipo
estabelece na vida adulta.
As pessoas do tipo Um, na infância esforçavam-se muito para serem boas.
Frequentemente relatam que precisavam justificar a sua própria existência. Ser
criança podia ser um fardo, por isso muitos jovens deste tipo acabam
desenvolvendo um senso de responsabilidade e seriedade precocemente. Sentiam
que os pais esperavam muito deles.

TIPO UM COM ASA NO NOVE

Na faixa saudável, as pessoas desse subtipo querem melhorar as coisas e o


mundo, mas com muita suavidade e imparcialidade que os demais subtipos desse
tipo.

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São emocionalmente reservadas, podem ter um pouco de introversão na
busca de refúgio da desordem à sua volta. São serenas, amantes da natureza e
apreciam a inocência dos animais e das criancinhas.

TIPO UM COM ASA NO DOIS

Na faixa saudável, o tipo Um com asa no Dois são persuasivos e capazes de


deixar seus interesses em segundo plano para convencer as pessoas a abraçarem a
sua causa e convicções. São menos idealistas que as do outros subtipos e seu
interesse genuíno em melhorar a humanidade torna-as mais dispostas a lutar pelas
mudanças que desejam e idealizam.

AS VARIANTES INSTINTIVAS DOS TIPOS UM

Os auto preservacionistas típicos do tipo Um, tendem a se preocupar com o


conforto material, tanto em termos de finanças como de saúde. Acreditam que têm
que trabalhar duro para conquistar esse padrão, e quando não o fazem, se castigam
por isso.

Os representantes do Instinto Social do tipo Um se satisfazem muito


defendendo seus ideais, os levando a tomar partido dos outros, os representando em
situações de injustiça(conforme seu conceito) social.

Os representantes do Instinto Sexual típicos do tipo Um almejam um


relacionamento impecável com um parceiro idealizado, perfeito e que seja uma

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fonte de segurança e estabilidade em suas vidas. Uma parceria estável e concreta.
Em alguns aspectos, podem ser confundidos com o tipo quatro.

NO ESTRESSE O TIPO UM ACESSA CARACTERÍSTICAS DO TIPO


QUATRO.

Quando estão sob estresse, os tipos Um podem começar a fantasiar romances


e fugas para lugares exóticos, se parecendo com os tipo Quatro. Também pode
desenvolver um súbito romantismo e atração proibida por pessoas conhecidas.
Porém como bons tipos Um, geralmente são bloqueadas e guardam isso para si.

NO CAMINHO DA INTEGRAÇÃO, O TIPO UM ACESSA


CARACTERÍSTICAS DO TIPO SETE NOS NÍVEIS SAUDÁVEIS.

Quando as pessoas do tipo Um estão em processo de integração passando


para o sete, estão sempre se atualizando. Percebem que podem se deixar afetar pela
realidade, para trabalhar o que for necessário para crescerem. Aprendem com isso a
gradualmente baixar a guarda e ficar mais à vontade consigo mesmas. Tornam-se
menos dogmáticas e mais abertas, aumentando assim seu leque de possibilidades.
Tornam-se mais curiosas, interessadas em conhecer pontos de vista diferentes e
assim aprender mais com a visão de outros.

A PERSONALIDADE SE TRANSFORMA EM ESSÊNCIA E SE


MANIFESTA

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O grande desafio dos representantes do tipo Um é entender e aceitar as suas
características, e reconhecer todo o aspecto positivo para aproveitar as qualidades
inerentes ao seu tipo sem julgar-se exageradamente, e rigorosamente se
condenando.
Os representantes do tipo Um evoluídos, alcançam finalmente o
discernimento. É a percepção de que as coisas possuem diferentes qualidades, e que
isso não significa que uma qualidade é melhor do que a outra. Os representantes do
tipo Um evoluídos aceitam a realidade e, principalmente, se aceitam também do
jeito que são. Assim conseguem se reinventar e repaginar sem se violentar com
autojulgamentos e se impondo punições por não serem seres perfeitos e infalíveis.

8.2- TIPO DOIS: O ALTRUÍSTA

Os representantes do tipo dois são emocionais, altruístas, amorosos,


protetores, facilitadores, amigos especiais e generosos.
 Seu medo fundamental é o de não ser amado ou querido simplesmente pelo
que ele é.
 Seu desejo fundamental é sentir-se amado.

Os representantes do tipo Dois podem agir de duas maneiras: Podem ser os


que verdadeiramente mais ajudam os outros quando estão nos níveis saudáveis; ou
quando estiverem nos níveis não saudáveis podem ser os que mais investem em
“aparentar“ ser úteis aos outros.
Seu amor e interesse pelo próximo faz com que acreditem que são as pessoas
que têm a vida mais plena de sentido que existe. Sentem seus corações aquecidos e

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se sentem dignos, pois praticam as melhores coisas que a vida oferece: o amor, o
carinho, família e amizade.
Quando estão saudáveis e equilibradas, realmente são amorosas, solícitas,
generosas e atenciosas. Sua doçura atrai os outros, e seus corações abertos e
calorosos aquecem os necessitados tornando suas vidas mais felizes.
Fazem de tudo para alegrar e elevar a autoestima das pessoas. Geralmente
têm uma vida agitada e dinâmica, pois estão sempre prontas aos préstimos dos
apelos alheios. Os tipos dois nos ensinam e ajudam a descobrir nosso lado mais
humano. Eles realmente se importam com as pessoas.
Porém, existe o lado sombra dos representantes dos tipos Dois. Quando não
estão saudáveis tendem a viver na soberba, autoengano e se meter demasiadamente
na vida das pessoas tentando manipula-las no intuito de satisfazer suas próprias
necessidades emocionais.
Para que haja transformação, os tipos Dois precisam reconhecer seus pontos
mais sombrios, que é o que mais os apavoram ver nas pessoas. Reconhecer isso em
si mesmo é uma tarefa bem difícil! Ele prefere ver-se apenas como se estivesse no
ponto mais saudável.

O PADRÃO DA INFÂNCIA

Pode ter ocorrido nas pessoas do tipo Dois, que na infância tenham
começado a acreditar que as necessidades dos outros sempre será prioridade. Outra
crença é que precisam sempre ceder para conseguir obter o que desejam, e também
que precisam sempre lutar para conquistar a afeição e amor dos outros, pois senão
não os obterão.

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Podem ter aprendido também que não devem ser egoístas colocando sempre
em primeiro lugar, por isso devem fazer gentilezas e prestar serviços aos outros
para ser uma boa pessoa.

TIPO DOIS COM ASA UM

Na faixa saudável, as pessoas desse subtipo querem melhorar as coisas e o


mundo, mas com muita suavidade e imparcialidade que os demais subtipos desse
tipo. A moralidade e a disposição para alcançar os ideais relativos ao tipo um,
aliado com a generosidade e afetuosidade do tipo Dois, torna esse tipo eficientes
ajudadores as causas alheias, não objetivando que haja reconhecimento ou
recompensas, mas pelo simples prazer de fazer bem ao próximo.

TIPO DOIS COM ASA NO TRÊS

Na faixa saudável, os representantes desse subtipo são mais sociáveis.


Costumam obter amor nos laços de amizade e relacionamentos com as pessoas, e
nas boas atitudes que têm. Medem sua autoestima pelas suas qualidades e não pelo
serviço prestado à comunidade. São pessoas encantadoras, ótimas anfitriãs,
comunicativas e gentis. Têm muita personalidade e gostam de comemorar por
qualquer motivo, oferecendo o que têm de melhor.
Têm muitos talentos diferentes, e compartilham de sua riqueza interior com
os outros.

AS VARIANTES INSTINTIVAS DO TIPO DOIS

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Os auto preservacionistas do tipo Dois reprime esse seu próprio instinto.
Pois com o fato de não se auto preservarem, acabam focando nas necessidades dos
outros em primeiro lugar, e são as que mais se dedicam às necessidades alheias.
Olham pouco para si mesmas e não se cuidam. Passam a maior parte do tempo
prestando serviços, por exemplo, fazem reuniões e cozinham para eles, mas quase
nem sentam para se alimentar. Não se divertem nas reuniões que promovem, só
servem. Apesar de que, inconscientemente, esperam que as pessoas se cuidem
sozinhas, raramente conseguem verbalizar isso.

Quando os representantes do Instinto Social do tipo Dois estão na faixa de


nível médio, o instinto social se manifesta por uma necessidade de ser aceito,
amado e querido pelo seu círculo social. Parecidos com os tipos Sete, estão sempre
interagindo com as pessoas e com a agenda lotada. Gostam de ser o centro das
atenções para jamais serem esquecidos, que é o que mais temem na vida.

Quando os representantes do Instinto Sexual do tipo Dois estão na faixa de


nível médio, são os viciados em intimidade. Têm um forte impulso de se aproximar
tanto emocionalmente como fisicamente dos outros. A ânsia de intimidade os torna
grandes conquistadores, principalmente quando a pessoas e mostram indiferente a
eles representando um desafio. Diferente dos representantes do tipo Dois variante
Social que os levam a ter muitos amigos, os tipo Dois da variante Sexual os levam
a ser um grande amigo de alguém ou de poucos.

NO ESTRESSE O TIPO DOIS ACESSA CARACTERISTICAS DO


TIPO OITO.

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Os tipo Dois se comportam como Oito quando estão em descontrole
emocional. Mesmo transmitindo uma imagem desinteressada e controlada,
mostram claramente um punho de ferro por debaixo da luva de pelica. Ao invés de
se comportarem com meias palavras e se esconderem, utilizam de palavras fortes
confrontando os outros quando não reagem da forma que esperam.
Toma satisfações pela ingratidão e descaso com a dedicação deles. Tornam-
se agressivas, pegando todos de surpresa.

NO CAMINHO DA INTEGRAÇÃO, O TIPO DOIS ACESSA


CARACTERÍSTICAS DO TIPO OITO NOS NÍVEIS SAUDÁVEIS.

Para alcançar o caminho da integração, os tipos Dois terão que reconhecer e


aceitar seus sentimentos sem censurá-los. Assim são os representantes mais
saudáveis do tipo Quatro. De tanto que vivem pelos sentimentos dos outros,
desenvolvem a capacidade por captar as emoções alheias e são muito afetados por
isso, se tornando muito sensíveis às mudanças na energia dos outros. Quando
integram as qualidades positivas do tipo Quatro, essa sensibilidade atinge seu
campo mental inclusive. Isso faz com que elas saibam quando é o momento de
cuidar de si próprio, das suas necessidades. E conseguem verbalizar claramente.

A PERSONALIDADE SE TRANSFORMA EM ESSÊNCIA E SE


MANIFESTA

Quando as pessoas do tipo Dois conseguem alcançar a compreensão de que


acima de tudo, nós mesmos é que temos que nos amar, nos conscientizar de nossas
fraquezas (sem nos culparmos) para conseguir administra-las, e assim nos

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transformarmos em seres plenos, desse momento em diante é certo que não
precisam mais correr atrás de amor dos outros porque ele virá naturalmente.
Quando as pessoas do tipo Dois conseguem atingir o nível saudável mais
profundo, atraem o amor naturalmente, pois já perceberam que esse sentimento não
pode ser tomado dos outros, apenas pode acontecer naturalmente devido ao encanto
que causam nas pessoas devido à sua personalidade gentil e generosa
gratuitamente.

8.3- TIPO TRÊS: O WORKAHOLIC (Trabalhador compulsivo)

Os representantes do tipo três são motivadores, modelos e paradigmas para


os outros, comunicadores, buscam status e serem “os melhores”.
Seu medo fundamental é o de não ser valorizado pelos outros, de não ter
valor para si mesmos a não ser pelo que realizam.
Seu desejo fundamental é sentir-se valorizado, desejado e aceito.
Os representantes do tipo três podem atingir sucesso em várias áreas de
atuação, por isso são chamados de realizadores.
São conscientes da sua própria imagem, por isso geralmente se tornam
“estrelas” na natureza humana, e as pessoas costumam admira-los e vê-los como
ideal de realização profissional.
Os representantes do tipo Três acreditam que o universo não funciona se eles
não arregaçarem as mangas e correrem para a luta, e que nada pode dar certo se
eles não estiverem se esforçando para isso.
Nutrem uma grande preocupação com a aparência que apresentam ao
mundo, e com o efeito que isso causa nas pessoas. Por isso, vive sempre
preocupado com a sua imagem.

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Quando estão em níveis saudáveis, os representantes do tipo Três sentem-se
muito bem em se desenvolver e contribuir positivamente com o mundo.
Personificam uma boa posição a ser alcançada na cultura a qual pertencem, pois são
exemplos de que se lutarmos, conseguimos alcançar nossos objetivos. Acreditam
totalmente em si mesmos, na sua capacidade de superação e realização. São
otimistas, inquietos e dinâmicos. Sempre alcançam o sucesso naquilo que se
propõem. Portanto, são ótimos exemplos para todos nós.
Os representantes do tipo Três, definem seus objetivos e assim, fazem de
tudo para conseguir a admiração alheia.
Todos os tipos buscam a atenção e carinho, mas as pessoas do tipo Três
querem o sucesso para se sentir preenchidos do vazio, com a sensação de
grandiosidade que o sucesso traz. Diferente das pessoas do tipo Sete, que buscam o
sucesso para poder “comprar” coisas materiais, ou dos tipo Oito, que buscam o
sucesso para poder obter independência.
EU, da sua essência, para se transformar no ideal que os outros traçaram para
ele. Desde a infância, aprendem que só conseguirão ser “valorizados” se atenderem
às expectativas dos outros e tendo aprovação deles. Isso pode fazer com que os tipo
Três se afastem de seu verdadeiro

O PADRÃO DE INFÃNCIA

Na infância, os representantes do tipo Três eram validados pelo que faziam


bem, e por coisas alcançadas. Mas sentiam que queriam ser validados por ser quem
eram de verdade, e não pelos seus feitos. Mas, como isso parecia impossível,
acabaram por incorporar esse papel, adquirindo o grande vazio existencial.

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Procuram, cada vez mais, ter mais conquistas, na intenção de sufocar ou preencher
esse vazio que só cresce.
Essas pessoas, quando criança, criaram um vínculo muito forte com os
provedores da família. Esperavam o tempo todo pelos elogios desses pelos seus
feitos, pois se identificavam com esses conquistadores provedores.
Inconscientemente, procuraram imita-los para serem elogiados e queridos. E assim,
se tornam os exibicionistas, pois estão constantemente se exibindo para obter esses
elogios e validação dos familiares.
Costumam captar, sem perceber, os ideais dos seus idealizados. Por
exemplo, um pai que é trabalhador industrial, mas sempre quis ser engenheiro
mecânico. A pessoa do tipo Três se forma em engenharia mecânica por “sentir” que
deve fazer isso para se realizar, mas inconscientemente (ou até mesmo consciente)
é para que o pai sinta orgulho dele.
As pessoas desse tipo, muitas vezes, acabam por ser a estrela, ou o exemplo
da família. Captam a mensagem de que “é melhor estar sempre bem”, e assim agem
durante toda a vida. Assumindo o papel de herói da família, as pessoas do tipo Três
precisam sempre estar fortes e firmes para poder ser o esteio.

TIPO TRÊS COM ASA NO DOIS

Quando na faixa saudável, as pessoas do tipo Três com asa no Quatro


lembram as pessoas do tipo Sete, pois são emotivas e vivazes. São prestativas e
generosas típico do tipo Dois, e são também alegres e cheias de vida devidas às
características do Sete. Querem ser amadas e aproximar-se dos outros, mas
preferem ter uma vida pessoal estável e equilibrada do que viver para os outros.

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TIPO TRÊS COM ASA NO QUATRO

Na faixa saudável, esse subtipo valoriza mais seu desempenho e realização


no trabalho do que na vida pessoal. É no profissional que se realizam e alimentam
sua autoestima, por isso fazem de tudo o que for possível e necessário para crescer
e brilhar profissionalmente, inclusive grandes sacrifícios pessoais.
Embora sejam encantadoras, elas são mais sérias e vivem mergulhadas no
seu sucesso profissional, num impulso de perfeição parecido com os tipo Um. Mas
no caso dos subtipos três com asa no Quatro, almejam alcançar essa perfeição por
medo de serem rejeitadas ou acusadas de inferiores.

AS VARIANTES INSTINTIVAS NO TIPO TRÊS

Instinto auto preservacionista - Assim como os representantes do tipo Seis,


eles creem que devem se esforçar constantemente para ter estabilidade e segurança.
Mas o que os difere das pessoas do tipo Seis, é que para esse subtipo a segurança
está no dinheiro, nos bens materiais. Para eles não importa a fidelidade à empresa,
ideologias e nem as pessoas. Tentam impressionar pelos bens materiais que
conseguem obter, e não pelo que são, e nessa busca gastam toda a sua energia,
quase não sobrando nada para a vida pessoal e saúde.

O instinto social no tipo Três independente da cultura buscam a valorização


dos seus pares. Precisam estar sempre progredindo, subindo na vida, por isso
podem ser classificados como “os caçadores de status”. Seja qual for a sua função
ou profissão, esses subtipos precisam sempre saber que estão fazendo seu papel da
maneira mais proveitosa e produtiva possível.

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O instinto sexual no tipo Três: Têm a necessidade de ser desejados, tanto
sexualmente como social e afetivamente. Para isso criam uma imagem atraente e
sedutora, tentando causar o máximo de atração no outro. Gostam de ser expostos
para os amigos e tendem a cultivar qualidades para que o parceiro se orgulhe de
exibi-lo como um troféu, causando deslumbramento nas pessoas.
Ao contrário do tipo Dois, gostam de chamar a atenção e seduzir exibindo
suas próprias qualidades, e não adulando o outro.

NO ESTRESSE, O TIPO TRÊS ACESSA CARACTERÍSTICAS DO


TIPO NOVE.

Quando estão sobre estresse dão uma trégua para si mesmas migrando para
os níveis mais inferiores do tipo Nove, assim podem baixar um pouco a guarda.
Se parecem com o tipo Nove, quando baixam um pouco o ímpeto para
resolver os problemas criados no relacionamento pelo seu estrelismo. Então passam
a controlar o desejo de se destacar na multidão, mas nem tanto. Tentam entrosar-se
com os outros.

NO CAMINHO DA INTEGRAÇÃO: O TIPO TRÊS ACESSA


CARACTERÍSTICAS DO TIPO SEIS NOS NÍVEIS SAUDÁVEIS.

Quando estão no caminho da integração os tipo Três já não vivem apenas


para sustentar sua autoimagem, mas realizam grandes feitos para satisfazer suas
necessidades materiais, emocionais e a dos outros também. Concretizam suas
metas, mas atendendo não só aos seus interesses próprios, como também das outras
pessoas, parecido com as pessoas do tipo Seis em níveis saudáveis. Assim, sua

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autoestima é alimentada e sobe vertiginosamente, e proporcionalmente seu sucesso
também se supera. Isso se torna um circulo vicioso positivo.
O resultado disso é que a cooperação com os demais, tanto na carreira como
no relacionamento, os faz descobrir a coragem e orientação interior características
do tipo Seis em níveis mais saudáveis. Assim, sua comunicação se torna simples,
direta e sincera, pois não há mais a necessidade de deslumbrar o outro.

A PERSONALIDADE SE TRANSFORMA EM ESSÊNCIA E SE


MANIFESTA.

O caminho mais fácil e eficaz para o tipo Três se libertar e migrar para as
faixas de níveis saudáveis, é serem autênticos. A autenticidade significa voltar-se
para dentro de si mesmos e encontrar seu verdadeiro EU. Inicialmente poderão
encontrar apenas o vazio, mas aos poucos, com persistência e prática de amor
próprio, acabarão por encontrar as suas mágoas e vergonha que se escondem lá.
Após identificarem e curarem essas feridas poderão ser livres para ser como
realmente são, independente dos ditames alheios. Essa liberdade lhes dará mais
leveza e tranquilidade interior, muito mais prazer de viver.

8.4- TIPO QUATRO: O DRAMÁTICO.

Os representantes do tipo Quatro são artistas, românticos, melancólicos,


vítimistas, se sentem “especiais”, apreciadores da estética, sensíveis, retraídos,
dramáticos, ensimesmados e temperamentais.
Seu medo fundamental é o de não ter nenhuma identidade, nenhuma
importância pessoal.

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Seu desejo fundamental é ser capaz de encontrar-se e encontrar a sua
importância como pessoa, criar uma identidade a partir de sua experiência interior.
Se sentem “diferentes” dos outros e acham que ninguém consegue entendê-
los. Por isso costumam ser individualistas e se manter protegidos dos outros.
Podem ver-se como pessoas “especiais”, dotadas de talentos raros, mas também
com problemas raros e diferentes dos outros. É o tipo que mais se concentra nas
suas diferenças.
Os representantes mais saudáveis reconhecem seus problemas emocionais e
contradições, para si mesmos e para os outros. Não tentam se desviar da
responsabilidade racionalizando ou distorcendo os fatos atribuindo “culpa” ao
outro, mas entendem suas fragilidades emocionais e tentam equilibrar-se.
Quando saudáveis, mesmo não gostando do que veem, não têm medo de
encarar a sua realidade, e tentam saber quem são por mais penosa que seja essa
constatação. Aceitam esse sofrimento de forma serena, pois já são conhecedores de
seu lado sombrio, mais do que os outros tipos, e essa familiaridade com a sua
sombra facilita a assimilação das experiências dolorosas.
Mas essas pessoas sentem que lhes falta algo, sem conseguir definir o que
seja. Talvez seja a força de vontade, ou a habilidade de se relacionar com as
pessoas, com autoconfiança e tranquilidade emocional. Geralmente, quando entram
em contato com esses sentimentos, os tipo Quatro reconhecem essa insegurança a
respeito de sua auto imagem. Sentem que lhes falta uma identidade definida, e uma
personalidade que lhes permita ser autoconfiantes e agir mais à vontade.
As pessoas do tipo Quatro estão sempre procurando se relacionar com as
pessoas, na tentativa de que encontrem alguém que possa compreende-los e ajuda-
los a se encontrar. Esse tipo romântico do eneagrama, procura alguém que aprecie
sua identidade secreta, que não pode ser revelada ao mundo pois não será
entendida. Mas nem mesmo eles sabem ao certo que identidade é essa.

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O PADRÃO DE INFÂNCIA

As pessoas do tipo Quatro, geralmente não se identificam com seus pais.


Podem até desconfiar que fossem adotados ou foram trocados na maternidade.
Provavelmente, os pais podem não ter proporcionado uma relação muito próxima
com eles, por isso não houve o espelhamento natural entre crianças e os pais. Esse
fator é que faz com que os tipo Quatro achem que há algo muito errado com eles,
pois não se sentem parte de um núcleo. Sentem que são diferentes de todos e não
conseguem determinar qual a sua personalidade real. No fundo, sentem-se
abandonados e incompreendidos pelos pais. Por não se identificarem com alguém,
não sabem quem são e acabam focando naquilo que não têm, ao invés de focar
naquilo que possuem. Desde pequenos, aprendem a ser independentes, e que não
podem contar com ninguém para resolver seus problemas.

TIPO QUATRO COM ASA NO TRÊS

Na faixa saudável, as pessoas do tipo Quatro geralmente ambicionam o


crescimento pessoal, utilizando-se de criatividade e sociabilidade. Não são muito
dadas ao lado científico das coisas. Como são muito comunicativas, tentam
aperfeiçoar cada vez mais essa dádiva criando situações na sua mente com uma
plateia imaginária os ouvindo.

TIPO QUATRO COM ASA NO CINCO

Na faixa saudável, não se preocupam tanto com a aceitação dos outros, e


assim apresentam uma personalidade única e extravagante. São um misto de
criatividade, atrevimento e introspecção. Gostam de chamar a atenção pelo seu jeito

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pouco convencional e um tanto agressivo quando a assunto são regras impostas
pelas autoridades.

AS VARIANTES INSTINTIVAS NO TIPO QUATRO

Instinto auto preservacionista- De todos os subtipos quatro, esse é o que


tende a ser mais prático e materialista, quando estão na faixa de nível médio de
desenvolvimento. Gostam de tudo o que é belo, por isso criam para si um ambiente
sensual e de grande apelo estético e emocional. Costuma ter um lar confortável e
bonito, que os ajuda a se isolar em momentos de introspecção. São exigentes e às
vezes até obsessivos em relação a isso, pois gosta de texturas agradáveis ao tato,
iluminação e temperatura confortáveis.

Os representantes do instinto social do tipo Quatro são os subtipos que mais


se sentem diferentes dos outros, não se identificando com ninguém. Para eles, tudo
que lhes diz respeito é único, seu jeito de ser, sua cruz, seus problemas, a ajuda que
podem oferecer aos outros, são “os especiais” no sentido da palavra.
Fazem de tudo para estar entre as pessoas, igual ao tipo três, apenas para
pertencer a um grupo social. Fazem de tudo para causar esse envolvimento, e assim
como os tipos Três, se comparam com os outros constantemente.

Os representantes sexuais do tipo Quatro são os que mais tendem a realizar


suas fantasias. Devido ao seu alto nível de romantismo, lutam pela conquista de um
salvador com intensidade e ansiedade. São vulneráveis e dóceis e impressionáveis
(abertura para o romance), mas ao mesmo tempo são dinâmicas e agressivas,
principalmente na maneira de se expressar.

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Elas possuem um fator mais extrovertido e assertivo, o que possibilita que
conquistem mais facilmente seu objetivo e fantasias. Sua vida pode ser turbulenta e
girar em torno daquele que a atraiu, pois esse pode gerar vários sentimentos
extremos, como ódio, admiração ou saudades.

EM SITUAÇÃO DE ESTRESSE, O TIPO QUATRO ACESSA


CARACTERÍSTICAS DO TIPO DOIS.

As pessoas do tipo Quatro acabam atraindo para si, muitos problemas pelo o
fato de viver em seu mundo romântico ou se isolar quando está entre as pessoas.
Para tentar resolver esses problemas acabam inconscientemente por migrar para o
tipo Dois, tentando fazer ou forçar uma amizade estreitando a amizade com pessoas
que mais gosta. Para isso, passam boa parte do tempo lembrando essas pessoas
escolhidas do tanto que gosta delas e o quanto aquele relacionamento é importante.

NO CAMINHO DA INTEGRAÇÃO, O TIPO QUATRO ACESSA


CARACTERÍSTICAS DO TIPO UM NOS NÍVEIS SAUDÁVEIS.

Para que as pessoas do tipo Quatro consigam se conscientizar de quem são


realmente e que sua personalidade é bela e repleta de pontos positivos, elas
precisam sair do mundo imaginário fantasioso e negativo que criaram sobre si
mesmas. Para isso, precisam se permitir seguir ações bem orientadas e rumar para
as características dos níveis mais saudáveis do Tipo Um. Quando alcançam esse
tipo, elas entendem que não precisam mais daquela velha companheira que é a auto
piedade.

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A PERSONALIDADE SE TRANSFORMA EM ESSÊNCIA E SE
MANIFESTA

Quando entram em processo de transformação, as pessoas do tipo Quatro


abandonam a ideia de que precisam de um salvador, porque entendem que não há
nada de errado com elas e que não são “diferentes dos outros” e “únicos”. Sua
autoimagem de pessoa cheia de defeitos e apenas pontos detestáveis, se modifica
para pessoa comum, com seus pontos fortes e frágeis, como todas as outras
pessoas. Que não estão sós e nem isoladas no seu mundo e sim que fazem parte de
um sistema onde as pessoas passam por experiências e aprendem com elas.

8.5- TIPO CINCO: O INVESTIGADOR

Os representantes do tipo Cinco são os pensadores, inovadores,


observadores, especialistas, radicais, intensamente cerebrais, perceptivos,
reservados e isolados.
 Seu medo fundamental é o de indefeso, inútil, desvalido.
 Seu desejo fundamental é ser capaz e competente.

Os representantes do tipo Cinco são muito curiosos, e querem saber de tudo


a fundo: porque as coisas são como são, onde começa e termina, de onde vem, e
muitas outras questões. Eles querem saber como o mundo funciona e o porquê
disso. Não aceitam doutrinas, explicações e opiniões pré-estabelecidas e preferem
buscar suas próprias conclusões com as suas pesquisas. Por isso, estão sempre
aprendendo incansavelmente.

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E por traz dessa busca frenética de conhecimento, os tipo Cinco escondem
grandes dúvidas sobre sua própria capacidade de agir adequadamente e com
sucesso. Inconscientemente, acham que não têm a capacidade de fazer as coisas tão
bem quanto os outros a fazem. Porém, ao invés de focar em coisas que possam
fortalecer suas capacidades, eles buscam refúgio na sua mente, na área em que se
sentem mais capazes. Fazem isso acreditando que lá eles vão se descobrir e
finalmente conseguir se integrar ao mundo.
Passam bastante tempo só observando alguma coisa que estejam estudando
no momento. Ao fazer isso, se interiorizam e se retiram do mundo para ficar nas
suas conjecturações, e aí é que se sentem mais seguros e à vontade.
Quando conseguem comprovar suas ideias para os outros, têm a confirmação
da sua competência realizando seu “Desejo fundamental”.
Para os tipo Cinco, o verdadeiro valor de uma pessoa está na capacidade de
ter boas ideias e dizer coisas interessantes. Atraem-se por ideias e assuntos mais
complexos e ocultos. Têm o seu mundo próprio onde mergulham e não permitem
que ninguém mais participe dele, para não atrapalhar sua segurança e
independência.

O PADRÃO DE INFÂNCIA

As pessoas do tipo Cinco aprenderam na infância, a criar um mundo mental


e objetivo para onde pudessem fugir e se refugiar da realidade assustadora.
Geralmente não sentiam confiança em seus pais ou no ambiente em que cresceram,
assim criando seu próprio espaço para se defender e sobreviver. Na infância, não se
misturavam com as outras crianças, preferindo ficar sozinhas. São tímidas e
preferem sempre se distrair com algo do mundo mental, por exemplo, ler um livro,
jogar, tocar um instrumento. É comum que seja bem dotado em alguma área, mas

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não gostam de fazer atividades mais divertidas típicas de crianças da sua idade,
embora seus pais vivam tentando força-los a isso.

TIPO CINCO COM ASA NO QUATRO

Devido à influência do tipo Quatro esse subtipo não é dotado de espírito


científico, mas sim da influência emocional. Na faixa de níveis saudáveis, Se
isolam no seu mundo apaixonado, inventando coisas experimentando formas já
conhecidas, e acabam por descobrir verdadeiras inovações. Isso se dá por causa de
sua curiosidade e perspicácia, formando uma visão pessoal totalmente distinta. Os
representantes desse subtipo são muito introspectivos e criativos. Se atraem pelas
artes e usam mais a imaginação(típico do tipo Quatro), do que o raciocínio analítico
do tipo Cinco.

TIPO CINCO COM ASA NO SEIS

Na faixa saudável, as pessoas desse subtipo buscam se envolver com coisas


e profissões mais “complexas”, e que exigem maior poder de observação,
percepção de detalhes, e situações que exijam técnicas para a sua resolução. E
certamente após se dedicar à resolução, irão encontrar a resposta certeira.
Costumam se embrenhar nas áreas de engenharia, ciências, filosofia, invenções,
entre outras.
São mais práticas, devido à sua capacidade de trabalhar em equipe, disciplina
e persistência no que se propõem a fazer.

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AS VARIANTES INSTINTIVAS NO TIPO CINCO

Instinto auto preservacionista- na faixa média, as pessoas desse subtipo


são conscientes de sua capacidade e da quantidade de energia que precisam utilizar
para manter sua rotina natural, ou seja, trabalhando com a mente racional-analítica
a todo vapor. Por isso, acabam por selecionar o que vão “atacar” na vez, para
conseguir ter energia suficiente para realizar tal ação. O interesse secundário nesse
ato de reservar as energias para seu foco atual, também é de se manter
independente dos outros e do meio ao máximo.

O instinto social no tipo Cinco- são os representantes que conseguem se


colocar na sociedade conforme seus aprendizados e qualidades. Costumam se
colocar como os especialistas naquilo que dominam, e assim se tornarem
indispensáveis. Sendo os mais intelectuais do tipo Cinco, podem se interessar por
ciências, e ser o “guru” entre os que convive, como detentor de conhecimentos
secretos. Não são dados à brincadeiras e só gostam de conversar sobre coisas sérias
e complexas, como por exemplo, análises e críticas de situações do momento.

O instinto sexual no tipo Cinco- O instinto social faz com que as pessoas
sintam necessidade de se aproximar dos outros. Mas os tipo Cinco são avessos a
aproximações. Essa dissonância, faz com que esse subtipo viva no conflito entre se
aproximar e se distanciar, ora se aproximando, ora se distanciando bruscamente. No
momento que se aproximam atendendo ao impulso sexual mal conseguem conviver
e logo vem a desconfiança de que de não têm atrativos ou dotes que agradem ao
outro, então se afastam.

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NO ESTRESSE O TIPO CINCO ACESSA CARACTERÍSTICAS DO
TIPO SETE NOS NÍVEIS MENOS SAUDÁVEIS.

Quando as pessoas do tipo Cinco estão muito ansiosas, costumam se fechar


ainda mais no seu mundo mental. Caso isso ainda não resolva sua situação, elas
começam a acessar as características do tipo Sete, que faz com que se ocupem de
muitas atividades para distrair sua mente (que se torna acelerada) dos pensamentos
e medos. Tornam-se inquietas e agitadas. Na busca frenética por novos estímulos e
experiências, acabam por não terminar nada que começaram, pois nada a satisfaz.

NO CAMINHO DA INTEGRAÇÃO, O TIPO CINCO ACESSA


CARACTERÍSTICAS DO TIPO OITO NOS NÍVEIS SAUDÁVEIS.

Quando as pessoas do tipo Cinco conseguem tomar consciência do seu


corpo, e começam a viver mais fisicamente, conseguem acessar sua energia
instintiva concretizando seu potencial. Portanto, quando estão nos níveis mais
saudáveis, as pessoas do tipo Cinco acessam as características do tipo oito
saudável. A mistura do mental tipo Cinco, com o físico instintivo tipo Oito, forma
um indivíduo equilibrado, nem só mental e nem só físico. Assim o tipo Cinco
alcança também a vitalidade, que se encontra no corpo físico.

A PERSONALIDADE SE TRANSFORMA EM ESSÊNCIA E SE


MANIFESTA

Quando o tipo Cinco consegue dominar a sua personalidade, e entra num


nível de relaxamento e entrosamento com o corpo, ele consegue acessar sua
sabedoria interior e assim emerge a sua essência.

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Quando estão centradas e presentes nos seu corpo e na vida, elas encontram
as respostas que antes tanto buscavam. A percepção surge espontaneamente, da sua
orientação interior. Então deixam para traz aquela autoimagem negativa, de que
não pertencem ao meio. Começam a viver uma vida real e interagir com a
realidade. Entendem finalmente que não precisam temer a realidade pois são parte
integrante dela. Começam a entender e aproveitar as experiências, sem a tagarelice
mental questionadora. Tornam-se lúcidas e confiantes, colaborando com suas ideias
maravilhosas e revolucionárias, cumprindo o papel a que vieram no mundo.

8.6- TIPO SEIS: O DESCONFIADO

Os representantes do tipo Seis são os guardiões, correligionários, os céticos,


mediadores, tradicionalistas, que dão apoio incondicionalmente, dedicado,
encantador, responsável, ansioso e desconfiado.
 Seu medo fundamental é o não poder contar com o apoio e orientação, de
não ser capaz de conseguir sobreviver sozinho.
 Seu desejo fundamental é encontrar apoio e segurança.

Os representantes do tipo Seis são entre todos os nove tipos, o mais leal aos
amigos e a si mesmos. São os defensores da família, da comunidade e dos grupos
em que estiverem, e de tudo o que fizerem parte. Jamais abandonam seus ideais e
muito menos os que os acompanham nas lutas. Costumam questionar as
autoridades e as regras impostas, se acharem que há injustiçados por elas.
O motivo de as pessoas do tipo Seis serem tão defensores e lutadores, é que
não querem ser abandonadas e perder o apoio daqueles que estão com elas, assim
tentam se armar contra seu medo fundamental.

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As pessoas do tipo Seis acreditam que não conseguem sozinha enfrentar os
desafios da vida, e passam a cada vez mais se engajar em grupos estruturados,
obtendo aliados e assim encontrar uma orientação. Caso no local em que estejam
não haja nenhuma estrutura adequada a isso, elas tratam de cria-las para se
assegurar de que não estarão sozinhas sem apoio.
Na tríade do raciocínio, o tipo Seis é o que mais tem dificuldades em
encontrar orientação em si mesmo, no Eu interior. Essas pessoas pensam muito e
igualmente se preocupam demais. Consequentemente, essas pessoas tendem a não
confiar nas suas decisões e no seu raciocínio.
As pessoas do tipo Seis têm muito medo de tomar decisões importantes, e ao
mesmo tempo não querem que outra pessoa tome decisões por elas. Não querem
ser controladas, mas não conseguem assumir responsabilidades. Tentam resolver
essa ansiedade constante se engajando nos grupos onde se diluem facilmente, e têm
respaldo, deixando-as menos ansiosas.
Quando acontece alguma falha, mesmo estando respaldadas pelo grupo, as
pessoas do tipo Seis costumam retomar a ansiedade e a velha dúvida e insegurança
sobre sua capacidade de tomar decisões voltam a atormentar lhes. E assim, entram
em contato com seu medo fundamental novamente, com a sensação de estar só no
mundo, e desorientados sobre o que fazer para resolver isso.
Sem a orientação interior essencial e sem a profunda sensação de paz que ela
traz, os representantes do tipo Seis estão sempre procurando segurança no externo.

O PADRÃO DE INFÂNCIA

Todas as crianças, de todos os tipos, temem que os pais os desamparem.


Vivem sempre de olho nos pais e qualquer breve ausência, ou desleixo deles pode

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causar-lhes um estado de extremo pânico. As crianças intuem que sem o auxilio e
os cuidados dos seus responsáveis estarão ameaçadas de por em risco sua
sobrevivência. Esse é o instinto de sobrevivência, e o reconhecimento da sua
dependência total dos pais. As crianças do tipo Seis, geralmente podem ter sido
negligenciadas por aqueles em que “sentiam” ser responsáveis pela sua segurança e
sobrevivência. Por vezes, podem ter se sentido abandonadas e sem o apoio dos
mesmos. Podem ter se deparado com a situação de estarem por conta própria, sem
amparo, e sem condições de fazer nada por si próprias.

TIPO SEIS COM ASA NO CINCO

Os representantes desse subtipo, quando estão na faixa de nível saudável,


têm um maior poder de concentração do que os outros subtipos. Por isso, se dão
muito bem em trabalhos na área de exatas como matemática, leis da ciência, e
resolução de problemas práticos. E todas as áreas técnicas são excelentes para eles,
por exemplo, de analistas sociais, professores e formadores de opinião. São atraídos
por sistemas de conhecimentos em que as regras e parâmetros sejam bem claros e
definidos. Podem ser representantes de grupos sociais de ajuda aos menos
favorecidos se colocando no papel de porta-vozes.

TIPO SEIS COM ASA NO SETE

As pessoas desse subtipo, quando estão na faixa mais saudável, são mais
extrovertidas e leves. Costumam valorizar e se dar bem com os amigos e familiares,
são bem humoradas e alegres. Fazem o possível para defendê-los se necessário.

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Embora levem seus compromissos muito seriamente, elas evitam assuntos muito
sérios e se concentram nas suas necessidades para garantir a segurança, como
impostos, política no trabalho entre outros fatores.
Podem ser autocríticas e utilizar os seus medos para fazer brincadeiras com
os outros, e assim aproximar-se deles.

AS VARIANTES INSTINTIVAS NO TIPO SEIS

Os representantes do instinto auto preservacionistas do tipo Seis quando


estão na faixa de nível médio, costumam fazer um pacto de solicitude com o outro
para assim alcançar a segurança na sobrevivência. Oferecem compromisso e
solicitude, mas esperam receber isso em troca.
Apreciam um lar estável e cuidam para que esteja tudo bem organizado,
como por exemplo, as contas pagas.
Fazem amizades com cautela e devagar, pois estudam a pessoa para saber se
merece sua confiança.

Os representantes do instinto social no tipo Seis são bem humorados,


afetuosos e sociáveis com os amigos e aliados. Lidam com eles dessa forma
agradável para assim conseguir apoio e segurança. Podem até ser confundidos com
os representantes do tipo Dois, pois muitas vezes tratam seus próprios problemas
com humor e desenvoltura típicos desses. É o subtipo do tipo Seis que mais se
esforça para se adaptar ao meio. Quando estão na faixa de nível não saudável,
podem tornar-se fanáticas por crenças, causas ou grupos. Podem adotar uma atitude
agressiva e criar uma falsa ideia de que ele e seu grupo terão que lutar contra o
mundo.

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As pessoas que são representantes do subtipo instinto sexual no tipo Seis
podem usar seu poder de atração física, ou da própria força física na obtenção de
segurança. Os mais agressivos costumam mostrar uma aparência de valentia e
brigões. Alguns outros usam a sedução e a sexualidade (parecido com o tipo
Quatro), para conquistar o apoio. Essas pessoas utilizam-se dos flertes para
esconder sua insegurança quanto à autoafirmação.
Para reforçar e manter-se sempre com essa capacidade de sedução, os
representantes desse subtipo estão sempre se cuidando fisicamente afiando suas
armas.

NO ESTRESSE, O TIPO SEIS ACESSA CARACTERÍSTICAS DO


TIPO TRÊS.

Sabemos que as pessoas do tipo Seis estão sempre em estado de alerta, pois
devido à sua insegurança acreditam que a ameaça às rondem o tempo todo. Mas
quando esse estresse é ainda mais alto, as pessoas do tipo Seis começam a acessar
as características do tipo Três, se tornando ainda mais dedicadas ao trabalho.
Tentam tornarem-se modelos de sucesso para conquistar a segurança para o futuro.
Quando acessam as características do tipo três, as pessoas do tipo Seis começam a
buscar aprovação nos pequenos sinais dos superiores para afirmar sua autoimagem,
e também conquistar as demais pessoas e ser aceitas.

NO CAMINHO DA INTEGRAÇÃO, O TIPO SEIS ACESSA


CARACTERÍSTICAS DO TIPO NOVE NOS NÍVEIS SAUDÁVEIS.

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Para permanecerem na sua integralidade e alcançarem todo o seu potencial,
as pessoas do tipo Seis precisam centrar-se no seu corpo e acessar seu instinto.
Assim, superando a mente pensadora, questionadora e acusadora, essas pessoas
conseguem estarem presentes no aqui e agora. Isso não significa que devam apenas
praticar exercícios físicos ou algo similar, mas sim que devem prestar mais atenção
aos seus instintos e intuições, e usa-los como apoios.
No caso de terem passado por traumas, as pessoas do tipo Seis podem se
apavorar inicialmente ao centrar nas sensações do corpo. Isso principalmente se os
traumas forem de violência física, pois elas poderão acessar as mágoas e
revivenciar o passado.

A PERSONALIDADE SE TRANSFORMA EM ESSÊNCIA E SE


MANIFESTA

Os representantes do tipo Seis, assim como todas as outras pessoas de todos


os outros tipos, na maioria das vezes não conseguem perceber o apoio que lhes é
dado a todo o momento. Seja na convivência diária ou nos grandes acontecimentos
da sua vida. Talvez, em níveis diferentes para cada pessoa e tipo, o apoio que
buscamos seja algo além do que pode ser visto ou sentido. Isso faz com que
alimentemos a insegurança e o medo de estarmos sós em momentos difíceis.

8.7- TIPO SETE: O DIVERTIDO.

Os representantes do tipo Sete são generalistas, versáteis, criança prodígio,


dinâmicos, aventureiros, ocupados, vorazes, dispersivos, espontâneos.
 Seu medo fundamental é o de sofrer dores e privações.

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 Seu desejo fundamental é ser feliz, satisfazer-se e realizar-se.
As pessoas do tipo Sete parecem que têm mais energia do que todos os
outros seres humanos. Aparentemente gostam de levar a vida na brincadeira.
Divertem-se com tudo, são entusiasmados e curiosos e levam a vida com o espírito
de aventura característico das crianças arteiras.
Procuram o lado divertido das coisas e só olham para ele. Os representantes
típicos do tipo Sete são atrevidos e desembaraçados.
Essas pessoas tendem a serem práticas e se envolverem com várias coisas ao
mesmo tempo. Mesmo pertencendo à tríade do raciocínio, as pessoas do tipo Sete
não costumam racionalizar tudo, mas apenas usam o raciocínio para antecipar os
fatos e aproveitar o resultado dessa antecipação para terem ideias na sua carreira.
Costumam se atrair por trabalhos que lhes exija esse raciocínio ativo, e isso gera
novas ideias e novos projetos. Costumam desenvolver a inteligência devido à
grande curiosidade por tudo, e sempre estão lendo ou se informando sobre as coisas
em geral. Costumam se expressar muito bem verbalmente e passam muito rápido
de uma ideia para outra, conseguindo sintetizar os assuntos de forma muito
eficiente. Gostam das fases iniciais de um projeto, pois isso causa a euforia e
ativação da mente que elas tanto sentem prazer.
As pessoas do tipo Sete podem ter a sorte de ter mente muito ágil, e assim,
muita facilidade de aprender, devido a facilidade de absorver informações e
também realizar os trabalhos manuais. Então, enquanto aprendem já vão fazendo as
listas, planilhas ou outro tipo de formulários para a utilização da informação
adquirida.

O PADRÃO DE INFÂNCIA

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As pessoas do tipo Sete, na infância tiveram que se desligar da mãe ou outra
figura que a represente, prematuramente ou de forma brusca.
Isso pode estar a nível inconsciente, mas o fato é que essas crianças podem
ter entendido que teriam que se virarem sozinhas o mais rápido possível, e começar
a cuidar de si mesmas. Sendo assim, aprenderam muito cedo que deveriam
providenciar que sua vida seja divertida. E também aprenderam a não se aprofundar
demais nas coisas para evitar entrar em contato com sentimentos dolorosos
desnecessariamente.
Isso pode ter sido causado por vários acontecimentos diferentes, como por
exemplo, a chegada de um irmãozinho, terem ido para uma escola muito cedo ou
bruscamente para que a mãe voltasse logo ao trabalho, ou até um caso de doença da
mãe ou deles próprios. O fator aqui é perder a atenção exclusiva da mãe.

TIPO SETE COM ASA NO SEIS

Quando se encontram na faixa de nível saudável, as pessoas desse subtipo


são brincalhonas e bem humoradas, muito produtivas e curiosas.
Os representantes desse subtipo conseguem realizar facilmente e
rapidamente tudo o que se propõem a fazer, devido à sua rapidez mental,
capacidade de organização e adquirir cooperação dos outros. Gostam muito de se
entrosar com as pessoas, e também de variar as coisas constantemente.

TIPO SETE COM AS OITO

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As pessoas desse subtipo na faixa saudável, geralmente ocupam cargos de
poder e importância, pois aliam a sua mente rápida ao impulso de fazer acontecer.
Isso lhes dá a oportunidade de conquistar grande sucesso financeiro e material, o
que eles apreciam muito e se devotam a isso.
São pessoas atrevidas em todos os aspectos, e lutam para conquistar tudo o
que desejam da vida. Seus pensamentos são estratégicos e conseguem rapidamente
organizar seus recursos internos e os externos para alcançar seus objetivos.

AS VARIANTES INSTINTIVAS NO TIPO SETE

Os representantes do Instinto autopreservacionista no tipo Sete por


preservarem seu conforto e bem estar físico, utilizam sua energia, que é muita, no
intuito de conquistar o máximo possível para garantir esse quesito. Gostam de
morar em casas grandes e confortáveis, bons móveis, bons carros, entre outros. Dão
o máximo de seus esforços para que tenham sempre um trunfo na manga e não
serem pegos de surpresa no desconforto.
Os representantes desse subtipo adoram fazer compras e obter sempre os
materiais que forem da melhor qualidade.

Os representantes do Instinto social costumam participar de grupos de


interesses comuns, e através dele se informar ou experimentar as variedades de que
apreciam. Devido a ter um ritmo mais acelerado do que os outros tipos, pode se
frustrar quando entram em grupos de causas sociais ou mesmo outros, pois as
outras pessoas têm um ritmo diferente, o que os irrita e fazem se desligar. Estão
sempre em busca de algo novo, para focar seu interesse.

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Os representantes do instinto sexual do tipo Sete querem viver a vida
intensamente. Tudo o que fazem tem que ser intenso e extraordinário. Caso não
seja assim, eles não dão o menor valor.
Costumam idealizar tudo, inclusive elas mesmas. Interessam-se por tudo ao
mesmo tempo e se fascinam por coisas da moda. Tudo isso se aplica, inclusive, nos
seus relacionamentos amorosos, pois sempre tendem a se interessar por aqueles que
são os mais cobiçados por todos, independente de preencherem os requisitos de
moral, honestidade e bons costumes.

NO ESTRESSE O TIPO SETE ACESSA CARACTERÍSTICAS DO


TIPO UM.

As pessoas do tipo Sete começam a se comportar com as características do


tipo Um quando estão num nível de estresse alto. Começam a se controlar e
trabalhar com mais afinco e foco, para poderem alcançar seus objetivos. Tentam
fazer tudo sozinhas acreditando que só assim poderão manter-se sob controle. Logo
podem se frustrar ao perceber que não têm estrutura para isso, pois essa empreitada
exige que sua natureza expansiva seja deixada de lado. Então podem descambar
para a inquietude e dispersão ou realmente se autocontrolar tornando-se rígidas,
sérias e implacáveis.

NO CAMINHO DA INTEGRAÇÃO, O TIPO SETE ACESSA


CARACTERÍSTICAS DO TIPO CINCO NOS NÍVEIS SAUDÁVEIS.

Quando as pessoas do tipo Sete se encontram na faixa de nível saudável,


elas acessam as características do tipo Cinco em faixa de nível também saudável.

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Desse modo elas passam a centrar a sua mente e desacelerá-la, e assim conseguem
perceber com clareza as seus pensamentos e ideias criativas. Passam então a não
serem mais viciadas em distrações e experiências extravagantes. Ao sutilizar e
acalmar a sua energia ficam mais presentes e começam a observar mais os detalhes
da vida e do seu meio. Aí se inicia o processo de autoconhecimento, e a
criatividade e produtividade emerge, mas de forma ordenada e mais orientada.
Assim também seus relacionamentos se tornam mais próximos e se inicia o
vínculo.

A PERSONALIDADE SE TRANSFORMA EM ESSÊNCIA E SE


MANIFESTA

Quando as pessoas do tipo Sete conseguem ficarem presentes no momento, e


descobrem que a felicidade não deve ser perseguida, pois ela vem naturalmente,
nesse momento elas estão realmente conseguindo alcança-la.
Deixar de criar na mente uma situação futura onde se encontrará a felicidade
é a maior libertação de que o tipo Sete necessita. Olhar para dentro de si e encontrar
a riqueza de detalhes, emoções, experiências e vivencias, se reconhecer como
presença divina poderá ser a chave para que o tipo Sete perceba o quanto ele já tem.
E assim entenderá que a felicidade pode estar nas coisas simples, na sua própria
vida e não em situações e extravagâncias. Então cairão por terra as falsas ideias.

8.8- TIPO OITO: O DESAFIADOR

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Os representantes do tipo Oito são os líderes natos, protetores, provedores,
empreendedores, inconformados, autoconfiantes, determinados, obstinados e
provocadores.
 Seu medo fundamental é o de ser magoado, controlado ou invadido.
 Seu desejo fundamental é de proteger-se e determinar o curso de sua própria
vida.

Os representantes do tipo Oito são os que mais gostam de enfrentar os


desafios pessoalmente, mas são os que mais têm medo de entrar em contato com
seus próprios desafios pessoais.
A sua postura influencia as pessoas com a sensação de que têm um desafio
próprio a superar também. É uma postura de força física e psicológica, que
despertam uma fortaleza e faz com que as pessoas o acompanhem com muita
confiança em qualquer coisa que se dediquem, desde coisas do dia a dia até grandes
negócios.
São pessoas revolucionárias, que têm muita vitalidade, força e vontade, e só
se sentem bem quando as estão pondo em prática. Cultivam essas suas qualidades e
procuram-nas nos outros também.
Gostam de modificar as coisas deixando a sua marca, mas também não
permitem que os seus entes queridos sejam colocados em risco.
As pessoas do tipo Oito não gostam de ser mandadas nem dominadas, seja
por qual tipo de poder seja, psicológico, mental, financeiro ou sexual. Costumam
obter poder sobre as situações e trabalham para aumenta-los sempre.
Essas pessoas prezam pela sua autonomia e individualismo. Fazem de tudo
para ser independentes e não dever nada a ninguém. Não se importam com os
julgamentos alheios, são destemidas e por isso não costumam se adequar ás

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convenções sociais. Ignoram o que os outros pensam ou falam sobre elas, e cuidam
de suas próprias vidas com determinação e esmero.
As pessoas o tipo Oito são muito resistentes fisicamente, e não querem entrar
em contato com nada que seja relacionado a sentimentos. Sendo assim, podem
suportar provações terríveis, até mesmo as físicas, e “aparentemente” não reagirem
ou se queixarem. Mas essa negligência consigo mesmas pode acabar pondo em
risco sua saúde e também prejudicando os demais que convivem com eles.
Criam uma armadura para se certificar de que ninguém vai invadir lhes, mas
por detrás dela está uma grande vulnerabilidade.

O PADRÃO DE INFÂNCIA

É muito provável que as pessoas do tipo Oito tenham sido obrigadas a agir
como adultos na sua infância. Podem ter perdido o pai ou mãe, ou eles podem ter
ido trabalhar deixando-os com a responsabilidade da família. Podem até terem sido
responsabilizados por colocar comida em casa desde cedo, devido à ausência do
pai. Podem também ter sido criados em ambientes perigosos, colocando-os em
contato com uma negra realidade desde cedo ao invés de viver uma infância
normal. Mesmo aqueles que cresceram em famílias aparentemente “normais”,
podem ter sido obrigados a se proteger emocionalmente por algum motivo.

TIPO OITO COM ASA NO SETE

As pessoas do tipo Oito na faixa de nível saudável são os exemplos de garra


e determinação para todos os outros tipos. Elas são independentes, e costumam
tocar seus projetos com sabedoria e mente aberta às possibilidades concretas. Têm

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a mente ágil e visão global. Elas querem deixar sua marca no mundo, e conseguem
sempre inspirar a confiança e credibilidade nos outros, facilitando assim que
investidores apostem neles.

TIPO OITO COM ASA NO NOVE

As pessoas deste subtipo quando em faixa de níveis saudáveis, têm todas as


características fortes do tipo Oito, como autoconfiança, determinação e
agressividade para abraçar projetos desafiadores. Porém essas pessoas têm um
ingrediente que as torna mais constantes e serenas: o relaxamento. Isso as torna
mais carinhosas e envolvidas com a família. Essas pessoas mantêm a capacidade de
enfrentar frontalmente as situações adversas, mas dessa vez será com equilíbrio e
sensatez para tentar apaziguar as coisas ao invés de querer vencer a batalha.

AS VARIANTES INSTINTIVAS NO TIPO OITO

Instinto auto preservacionista- os tipo Oito nesse subtipo são os que mais
se concentram nas práticas diárias para conseguir o seu patrimônio financeiro. São
os representantes mais sensatos entre os do tipo Oito. Os representantes desse
subtipo adoram ficar no conforto do lar e fazem questão da privacidade. Costumam
ser mais materialistas entre os subtipos, e fazem questão de serem os que mandam
na casa, seja homem ou mulher.

O Instinto Social no tipo Oito faz com que criem amizades sólidas, com
laços muito fortes e às vezes até com pactos de honra e amizade. As pessoas desse

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subtipo costumam selecionar rigorosamente seus amigos, mas para os que passam
nos testes sua dedicação é intensa e sem limites. Junto dos amigos, as pessoas do
instinto Social do tipo Oito aquela incomoda sensação de rejeição e inadequação é
imperceptível, pois se sentem à vontade com essas pessoas que os aceitam do modo
que são. Então sentem prazer em viajar juntos, dividir as festividades e noitadas de
diversão.

Os representantes do instinto Sexual no tipo Oito são os mais intensos e


carismáticos de todos os desse tipo. Agem movidos pela paixão e causam grande
impacto onde atuam, positiva ou negativamente conforme o nível de
desenvolvimento do qual estejam. Têm um senso de humor meio maldoso e uma
postura um pouco rebelde na escolha e vivência das diversões. Podem mostrar-se
ríspidos e impacientes com seus mais íntimos aparentando gostar de discussões.
Estão sempre buscando oportunidades para aumentar sua autoestima alimentando
essas discussões, e sentem muito prazer com isso. Mas quando vencem a discussão
muito rápido perdem logo o interesse, pois seu objetivo é expor sua energia
explosiva interior.

NO ESTRESSE, O TIPO OITO SE COMPORTA COMO O TIPO


CINCO NOS NÍVEIS MENOS SAUDÁVEIS.

As pessoas do tipo Oito começam a se comportar como o tipo Cinco quando


estão no limite do estresse. Após acumularem muita pressão com o objetivo e
conquistar mais terreno, se sobrecarregam até o momento que percebem que
precisam dar uma pausa para se recuperar. Então se recolhem em si mesmas para
traçar novas estratégias e se refazer dos conflitos causados.

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Passam algum tempo absortas em si mesmas, recolhidas em seus planos e
pensamentos, trabalhando arduamente por horas a fio no absoluto segredo de suas
atividades, tal qual o tipo Cinco.

NO CAMINHO DA INTEGRAÇÃO, O TIPO OITO ACESSA


CARACTERÍSTICAS DO TIPO DOIS NOS NÍVEIS SAUDÁVEIS.

Quando as pessoas do tipo Oito começam a entender o quanto de carinho e


interesse as pessoas os fazem sentir, elas passam a se sentir como as pessoas do
tipo Dois nos níveis mais saudáveis. Então elas conseguem acessar e abrir seu
coração para si mesmas e para os outros. Muitas vezes as pessoas do tipo Oito se
emocionam com crianças ou animais, pois reconhecem a pureza e inocência desses
seres, e lhes toca na sua natureza que é a proteção. Diante dessa pureza e
inofensividade, as pessoas do tipo Oito se encorajam a baixar a guarda e acessar
seus sentimentos mais ternos e puros.

A PERSONALIDADE SE TRANSFORMA EM ESSÊNCIA E SE


MANIFESTA

Quando as pessoas do tipo Oito conseguem enfrentar seu medo fundamental,


que é ser magoadas, elas se conscientizam de suas vulnerabilidades e começam a
seguir o caminho de volta à sua presença. Assim param de agir sempre no intuito
de demonstrar força e capacidade de controle, e se libertam da necessidade de se
proteger a qualquer custo.
Quando o desejo de autossuficiência e autoafirmação se enfraquecem,
começa a surgir daí a verdadeira força essencial das pessoas do tipo Oito. E assim

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elas começam a trabalhar pelas grandes causas que fazem a diferença na
humanidade, utilizando positivamente sua grande força e capacidade de gerir as
situações. Podem chegar ao limite de ignorar suas próprias necessidades em favor
de alguma causa nobre que beneficie multidões.

8.9- TIPO NOVE: O PACIFISTA.

Os representantes do tipo Nove são os curadores, otimistas, conciliadores,


confortadores, pessoas comuns, descomplicados, discretos, receptivos,
tranquilizadores, agradáveis.
 Seu medo fundamental é o da perda e ou separação. De ser aniquilado.
 Seu desejo fundamental é manter o equilíbrio interior e a paz de espírito.

Esses representantes são as pessoas que buscam sempre apaziguar os ânimos


nos ambientes em que estão, e que buscam também a paz interior. Costumar viver
em busca espiritual e expansão mental. As suas maiores questões são sobre o
entendimento da essência da vida.
Embora esteja na tríade do instinto, o tipo Nove é totalmente voltado para o
mundo espiritual. Isso faz com que os representantes do tipo nove estejam sempre
em um desses extremos. Ou estão em contato com o seu instinto físico tendo muita
força primitiva e com alto magnetismo pessoal, ou pelo contrário são alheios a
esses se tornando até distantes e superficiais. Esse último é o que se deixa levar
pela vida sem se importar muito com os rumos.
Para compensar essa alienação, as pessoas do tipo Nove perdem o contato
com os seus instintos e se refugiam no mundo de imaginação e fantasias. Isso faz
com que os representantes do tipo Nove nesse extremo de alienação muitas vezes

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se identifique erroneamente como tipo Cinco ou sete no eneagrama (regidos pela
mente). Ou também podem se identificar erroneamente como tipos pelos tipos Dois
e Quatro, quando são regidos pelos sentimentos.
O tipo Nove está no alto do eneagrama, e pode apresentar características de
todos os outros tipos. É o mais difícil de identificarmos, pois ele pode ter a força do
tipo Oito, o espirito brincalhão do tipo Sete, o caráter consciente do tipo Seis, a
intelectualidade do Cinco, a criatividade do Quatro, o poder de atração do três, a
generosidade do tipo Dois, e o idealismo do tipo Um. Portanto, é muito difícil para
eles reconhecer e demonstrar sua própria identidade.

O PADRÃO DE INFÃNCIA

As pessoas do tipo Nove sempre vão procurar “não ver” o lado ruim das
coisas focando apenas nas coisas que consideram boas, mesmo que seja uma
fantasia criada na sua mente para a sua fuga do enfrentamento. Então essas pessoas
costumam relatar uma infância feliz com apenas fatos bons. O que pode ter
ocorrido é que essas crianças tenham aprendido que deveriam ser quase invisíveis,
não causar problemas e ainda tentar ajudar os adultos a verem o lado bom da vida.
Essa foi a maneira que essas crianças encontraram para se defender
psiquicamente. O pensamento da criança foi o de que deveria apaziguar a
desavença dos pais, e que se impusesse algo ou causasse problemas, os conflitos
retornariam e essas crianças poderiam perder os pais.

TIPO NOVE COM ASA NO OITO

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Quando as pessoas desse subtipo se encontram na faixa de nível saudável,
elas são aquelas que apaziguam as situações, com força e segurança. Conseguem
ser ouvidas e também conseguem esclarecer situações de conflitos trazendo o
entendimento para ambas as partes, pondo organização às mentes e fatos.
Por vezes investem em projetos novos para sair da rotina e adquirir mais
conhecimento. Gostam de trabalhar em equipe pois são mais sociáveis, e se
preocupam mais com seu bem estar. Profissionalmente, são ótimos consultores,
assistentes e negociantes.

TIPO NOVE COM ASA NO UM

Nesse subtipo, quando estão em faixas de níveis saudáveis, essas pessoas


conseguem se expressar através de artes como música, dança, esportes, entre
outros. Elas conseguem entender várias linhas de pensamentos e colocar de uma
forma universal que seja aceita e agradável a todos, independente de opinião ou
credo. São muito intuitivas, amigáveis e tranquilizadoras possuindo uma visão clara
de seus objetivos e metas. Profissionalmente são bons terapeutas, conselheiros ou
pastores, pois têm um misto de capacidade de ajudar o outro, ouvindo sem julgar.

AS VARIANTES INSTINTIVAS NO TIPO NOVE

Os subtipos auto preservacionistas do tipo Nove são pessoas muito


agradáveis e pouco exigentes. Contentam-se com coisas muito simples no dia a dia
para viverem, como restaurantes simples ou filmes na TV. Gostam mesmo é de
simples conforto.
Não são ambiciosas, embora possam ter muito talento. Contentam-se em
realizar pequenas coisas do dia a dia, como forma de apaziguar sua ansiedade, e

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assim fogem de grandes responsabilidades que exija deles uma grande
concentração. Mas no fundo, sentem uma grande ansiedade reprimida, por não
conseguirem satisfazer suas necessidades verdadeiras.

Os subtipos representantes do instinto social no tipo Nove são os que mais


gostam de se envolver com as pessoas e situações. Essas pessoas são aquelas que
estão sempre dispostas a promover a paz e harmonia, mas também não costumam
gostar que os outros alimentem expectativas sobre elas, pois se mantém mental e
emocionalmente distantes.
Estão sempre dispostos e disponíveis para ajudar os outros, mas fazem
questão de saber até onde o outro criou expectativas.

Os representantes do instinto sexual no tipo Nove e atraem por tipos


agressivos, pois querem adquirir as qualidades mais energéticas dos outros. Se
tornam mais atrevidos, principalmente quando se sentem ameaçados os seus
relacionamentos, pois se envolvem profundamente na sua parceria. A impressão pé
que eles procuram se completar com o outro. Esse envolvimento pode ser tão
intenso que acabam por não perceber os “defeitos” do outro. Porém se tiverem asa
no tipo Um, poderão ser parceiros críticos e exigentes.

NO ESTRESSE, O TIPO NOVE ACESSA CARACTERÍSTICAS DO


TIPO SEIS.

Quando as pessoas do tipo Nove não encontram a paz que buscam no seu
santuário interior, elas migram para as características do tipo Seis investindo na
busca de relacionamentos que lhes dê segurança e estabilidade.

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Às vezes elas mergulham no trabalho ou em seus projetos acreditando que
vão resolver tudo o que ficou estagnado lá atrás. E também podem se tornar
rebeldes se voltando contra os que as cobram as atitudes, e ainda começam a
contrariar todos os jargões e ditos populares que utilizavam.

NO CAMINHO DA INTEGRAÇÃO, O TIPO NOVE ACESSA


CARACTERÍSTICAS DO TIPO TRÊS NOS NÍVEIS SAUDÁVEIS.

Quando as pessoas do tipo Nove conseguem sair do papel de invisíveis, ou


do papel social de pessoa comum, elas conseguem acessar as características do tipo
três nas faixas de nível saudável. Assim, começam a se empenhar no seu
autodesenvolvimento se jogar no mundo interagindo com as pessoas mais
profundamente e oferecendo o que têm de melhor.

A PERSONALIDADE SE TRANSFORMA EM ESSÊNCIA E SE


MANIFESTA

Quando estão no caminho da transformação, as pessoas o tipo Nove


conseguem se envolver plenamente com o aqui e agora, saindo do mundo da
invisibilidade criado na sua mente, assim assumindo sua natureza essencial e
enfrentando seu medo fundamental-perder sua relação com as pessoas e coisas.
Assim percebem que a sua participação no mundo é importante e que não é
necessário ficar em segundo plano se escondendo do mundo.
Porém isso exige que retomem o contato com o seu corpo físico, o que
muitas vezes significa o contato também com sua raiva reprimida e é sentido como
um ataque frontal à sua noção de EU.

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9- OS GRUPOS HORNEVIANOS

Os grupos Hornevianos indicam o estilo social de cada tipo, bem como a


maneira como eles tentam satisfazer suas necessidades fundamentais(conforme
indicado pelo centro da tríade). Perceber as formas com que inconscientemente
buscamos satisfazer nossos desejos ajuda-nos a livrar-nos de fortes identificações e
despertar.

Karen Horney, psiquiatra que desenvolveu a teoria Freudiana pelas quais as


pessoas tentam resolver seus conflitos interiores, diz que além das três tríades, há
outro importante agrupamento(de três em três) dos tipos.
São eles: O assertivo, o retraído e o aquiescente(em relação ao superego, ou
seja, obediente).
Os nove tipos se encaixam dentro desses três estilos principais.

9.1- Os assertivos, ou expansivos.

Aqueles que vão contra as pessoas, são os tipos Três, Sete e Oito.
Eles são voltados para o ego e buscam expandi-lo. Reagem ao estresse e às
dificuldades aumentando, reforçando ou inflando o ego. Diante dos obstáculos, em
vez de recuar, retrair-se ou buscar proteção em outras pessoas, procuram expandir o
próprio ego. Esses três tipos têm problemas no processo dos próprios sentimentos.
Cada um dos grupos Hornevianos tem uma noção própria do EU, em relação
às pessoas. Reconhecer e entender que essa “noção do eu” é falsa, é muito
importante para a percepção das principais características do ego.

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Por exemplo: se você entrar numa sala cheia de gente, sentirá a si mesmo de
uma determinada maneira. Se você pertencer ao grupo assertivo, sua reação
imediata será:

-“Eu sou o centro. Sou o mais importante aqui. Agora que cheguei algo vai
acontecer.”
Os assertivos automaticamente sentem que tudo o que importa ocorre em
função deles.
As pessoas do tipo sete e oito sentem-se assim naturalmente. Os que
pertencem ao tipo sete entram numa sala cheia e subconscientemente pensam:
-“Cheguei pessoal! Agora as coisas vão esquentar!”

Os que são do tipo oito subconscientemente pensam:


-“Pois bem, estou aqui. Quero ver como vocês lidarão comigo!”
Eles “ocupam” o espaço e esperam que os outros reajam a sua presença.

Já as pessoas do grupo três, não têm tanta facilidade ou o hábito de sentir-se


o centro porque, como já vimos, secretamente dependem da atenção alheia para
setir-se valorizadas. Na medida do possível, elas tentarão sutilmente fazer com que
os outros as vejam com bons olhos, de modo a sentir-se no centro, como se
dissessem:
-“Vejam o que consegui! Digam-me se tenho valor!”

9.2- Os aquiescentes

Segundo Horney, aqueles que vão de encontro às pessoas, são os tipos Um,
Dois e Seis.

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Os três compartilham a necessidade de ser úteis aos outros. Eles são os
advogados, defensores, servidores públicos, e ou trabalhadores dedicados. Os três
tipos reagem ao estresse e as dificuldades consultando o superego para saber qual a
atitude certa, perguntando-se:
-“Como posso atender às expectativas dos outros? Como posso ser uma
pessoa responsável?”

É importante entender que os tipos aquiescentes não obedecem


necessariamente aos outros, mas sim ao que manda seu superego. Esses três tipos
procuram seguir as regras, os princípios e os ditames interiorizados, aprendidos na
infância. Por isso costumam tornar-se(principalmente os tipos Seis e Um), figuras
de autoridade.
Os tipos dois esporadicamente, também podem se tornar figura de
autoridade, mas geralmente, quando tenta ser uma figura paterna/materna boa ou
aquela pessoa confiável, que aconselha os outros.
Quando entram numa sala cheia, os inseridos no grupo dos aquiescentes
pensam em si como sendo “melhores” do que os outros, embora expressem isso
geralmente de maneira sutil.
Quando entram na sala, as pessoas do tipo Um podem subconscientemente
pensar:
-“Isto aqui está tão desorganizado e descuidado! Se eu fosse o
encarregado/gerente/líder, isso aqui não estaria desorganizado assim!”

Quando entram na sala, as pessoas do tipo Dois pensam:


-“Coitada dessa gente! Ah se eu pudesse dar atenção a todos eles! Não me
parecem que estejam bem, precisam de mim!

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Aproxima-se dos outros através da “pessoa carinhosa” que se preocupa em
ajuda-los, colocam-se automaticamente num papel de supervisor, são melhores do
que todo mundo.

As pessoas do tipo Seis já tem mais sentimentos de inferioridade que os tipos


um e dois, mas sentem-se “melhores” por suas identificações, afiliações e contatos
sociais:
-“Nós, os democratas, somos melhores que os republicanos. Moro na capital,
que é um local melhor do que o subúrbio. Não há time melhor do que o meu!”

9.3- Os retraídos

Conforme Horney, aqueles que vão para longe das pessoas, são os tipos
quatro, cinco e nove. Esses tipos não distinguem muito o EU consciente dos
pensamentos, sentimentos, impulsos inconscientes, não processados. Seu inconsciente
está sempre aflorando à consciência por meio de fantasias e devaneios.
Todos esses três tipos reagem ao estresse fugindo da relação com o mundo para seu
espaço interior, dentro da sua imaginação.

As pessoas do tipo nove, fogem para um santuário interior seguro e livre das
preocupações.
As do tipo quatro, para um EU fantasioso, romântico e idealizado.
As do tipo cinco, fogem para um complexo cerebral brinquedo interior.
Em outras palavras, todos esses três tipos conseguem facilmente bater em
retirada, e refugiar-se na imaginação. Esses tipos têm problemas para se fixar no
físico e passar para a ação.

A noção de EU que imediatamente lhes vem quando entram numa sala é:


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-“Não tenho nada a ver com o que está acontecendo aqui!. Não sou como
essas pessoas. Não me encaixo aqui.”

As pessoas do tipo Quatro e Cinco são os que mais distantes dos outros se
sentem. Reforçam sua noção de EU mantendo-se à distância e sendo diferentes.
Numa sala cheia de gente, o tipo quatro parece tipicamente distante e inacessível,
agindo sempre de uma forma misteriosa.
Por outro lado, se não estivesse com a disposição propícia, poderia
simplesmente ir embora, já que seu sentido de obrigação social é tênue.
-“Isso é demais para mim. Não estou disposto a tanto.”

Pessoas do tipo Cinco, possivelmente não se importariam de estar lá, mas


estariam igualmente bem em casa lendo um livro ou cuidando de suas coisas. Se
permanecerem na sala, eles provavelmente se sentariam nas laterais e ficariam
observando as pessoas. Seria mais fácil para eles se socializarem na situação se
houvesse algum pretexto, por exemplo: fotografar o evento.

As pessoas do tipo Nove, bem poderiam apreciar a reunião e até participar,


mas a mente permaneceria longe. Eles talvez sorrissem e assentissem com a cabeça
e, enquanto isso, estariam pensando em outra coisa de seu agrado. Poderiam até
dessintonizar-se quase inteiramente e acompanhar alguém que se encarregasse da
interação social o tempo todo, enquanto eles permanecessem silenciosos, bem
humorados e passivos.

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REFERÊNCIAS:

BENNETT, J.G: O Eneagrama. São Paulo: Pensamento, 1993.

RISO, Don Richard/HUDSON, Russ: A Sabedoria do Eneagrama. São Paulo:


Cultrix, 2003.

HORSLEY, Mary: O Eneagrama do espírito. São Paulo: Pensamento, 2005.

BUENO, Idemar: Eneagramaponto a ponto. São Paulo: Clube dos autores, 2016.

PATERHAN C, Kristian: Eneagrama um caminho para seu sucesso individual e


profissional. São Paulo: Copyright, 1998.

CURSINO, Nicolai: Eneagrama para líderes. Rio e Janeiro: Copyright, 2015.

WINTHER, Marco: Mandalas dos nove caminhos do Eneagrama. São Paulo:


Pensamento, 2003.

UHB-UNIVERSIDADE HOLÍSTICA DO BRASIL. Curso de Eneagrama. Presencial e


vivência.

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