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Embriologia Especial

Amanda Caroline Huppes Moller

Desenvolvimento do Sistema Nervoso

• Sistema Nervoso Central (SNC) – Encéfalo e Medula Espinhal

• Sistema Nervoso Periférico (SNP) – Neurônios situados fora do SNC e os nervos cranianos e espinhais que ligam o
encéfalo e a medula espinhal com as estruturas periféricas.

• Sistema Nervoso Autônomo (SNA) – Relaciona-se com o controle da musculatura lisa, com a modulação do ritmo
cardíaco e com a secreção de algumas glândulas. Mantem a constância do meio interno (homeostase).
Funcionalmente pode ser dividido em simpático (toracolombar) e parassimpático (craniossacral).

ORIGEM DO SISTEMA NERVOSO

• O Sistema Nervoso origina-se da PLACA NEURAL:

 Constitui uma área espessada do Ectoderma embrionário;


 A notocorda e o mesoderma paraxial induzem o ectoderma a se diferenciar em Placa Neural;
 Moléculas sinalizadoras como (TGF-, fator de crescimento transformante-) participam desse processo de
diferenciação do ectoderma.

A Notocorda e o mesoderma Paraxial enviam sinais (moléculas sinalizadoras: TGF-, fator de crescimento
transformante-) para que o ectoderma logo acima deles fique mais espesso, essa região mais espessa recebe o
nome de Placa Neural. A Placa Neural torna se eletrodensa e invagina se. Essa invaginação passa a se chamar Sulco
Neural e as Pregas Neurais se fecham e dão origem a Crista Neural.

O Tubo neural – Se diferencia em SNC, que é formado pelo Encéfalo e Medula Espinhal

A Crista neural – dá origem às células formadoras da


maior parte do SNP e do SNA. Logo, participam da
constituição dos gânglios cranianos e espinhais
autônomos.

A abertura cefálica o neuróporo rostral (ou anterior,) se


fecha em torno do 25° dia; o neuróporo caudal (ou
posterior) se fecha dois dias mais tarde, 27° dia.

Secção diagramática sagital de embrião mostrando a


comunicação transitória do canal neural com a cavidade
amniótica (setas)

• As paredes do tubo neural se espessam, formando o


encéfalo e a medula espinhal.

• O canal neural do tubo neural converte-se no sistema


ventricular do encéfalo (anteriormente) e no canal
central da medula espinhal (posteriormente, a partir da região correspondente ao 4º par de somitos).

O fechamento do tubo neural interrompe sua comunicação com a vesícula amniótica e marca o início do
desenvolvimento da circulação vascular sanguínea no tubo neural.

As Cristas Neurais dão origem:

 Tecido Muscular da cabeça


 Gânglios Sensitivos
 Gânglios Motores Viscerais
 Medula das Adrenais
 Melanócitos
 Células de Schwann
 Células "C" da Tireóide
 Pia-máter e aracnoide

Fases do Desenvolvimento da Medula Espinhal

Na parede do tubo neural se identificam três zonas: A) Zona ventricular e B) Zona Intermediária ou do Manto e

C) Zona marginal.

ZONA MARGINAL

ZONA INTERMEDIÁRIA ou ZONA DO MANTO

ZONA VENTRICULAR

ZONA INTERMEDIÁRIA ou Zona do Manto irá constituir a substância cinzenta da medula espinhal e se organiza em:

–Placas alares

–Placas basais

•A ZONA MARGINAL irá constituir a substância branca da medula

•A ZONA VENTRICULAR irá constituir o revestimento ependimário

FORMAÇÃO DAS MENINGES DA MEDULA ESPINHAL

• A dura-máter – origina-se do mesênquima – mesoderma que envolve o tubo neural.

• As Leptomeninges (a pia-máter e a aracnóide) originam-se das células das cristas neurais.

• Durante a quinta semana, começa a formar-se um fluido cerebroespinhal (LCE) embrionário, que pode constituir
um meio nutritivo para as células epiteliais dos tecidos neurais.

MIELINIZAÇÃO DAS FIBRAS NERVOSAS

• Oligodendrócitos – contribuem na formação das bainhas de mielina que envolvem as fibras nervosas situadas na
medula espinhal. As membranas plasmáticas destas células enrolam-se em torno do axônio, formando várias
camadas.

• Células de Schwann – são originadas de células da crista neural. Enrolam-se em torno dos axônios dos neurônios
somáticos motores e dos neurônios autônomos motores pré-gânglionares, fora do SNC. Enrolam-se também em
torno dos prolongamentos centrais e periféricos dos neurônios sensitivos somáticos e viscerais, assim como em
torno dos axônios dos neurônios motores autônomos pós-sinápticos.

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