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Revista ISSN 1806-1877 nº 71 - Junho de 2013

Artigos do XXI SNPTEE,


da Bienal 2012 e do XII SEPOPE
UHE Tucuruí I da Eletrobras Eletronorte.
Foto: acervo da empresa.
Calendário de eventos

2013
Junho Setembro
10 a 12 – São Paulo – SP 4 a 6 – Foz do Iguaçu - PR
III SIGAMT - Seminário Internacional de LATIN AMERICAN WORKSHOP ON INSULATED
Gerenciamento de Ativo, Manutenção de CABLES OF CIGRE AND JICABLE
Transmissão e Desempenho de Sistemas
Elétricos Setembro/Outubro
28/09 a 04/10 – Brasília - DF
Reunião Anual SC B4 e Colloquium
Agosto ONHVDC and Power Electronics to Boost
5 e 6 – Curitiba – PR Network Performance
I CMDT – Colóquio sobre Materiais
Dielétricos e Técnicas emergentes de Outubro
Ensaios e Diagnóstico - CE D1 20 a 23 – Brasília - DF
XXII SNPTEE - Seminário Nacional de
25 a 31 – Belo Horizonte – MG Produção e Transmissão de Energia
X SIMPASE - Simpósio de Automação Elétrica
de Sistemas Elétricos e Colóquio
Internacional do SC B5

Para mais informações


eventos@cigre.org.br • Tel.: (21) 2556-5929

PUBLICAÇÃO DE ANÚNCIOS NA ELETROEVOLUÇÃO – Sistemas de Potência

Revista do CIGRÉ-Brasil de publicação trimestral nos publicação. Os custos para publicação de anúncios
meses de Março, Junho, Setembro e Dezembro para em 4 cores na Revista EletroEvolução são os seguintes:
profissionais que atuam em Sistemas Elétricos de
Potência. A Revista publica artigos de alta qualidade, Página Inteira (220mmx307mm) R$ 4.000,00
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de Trabalho e Comitês Técnicos do CIGRÉ-Brasil, Verso Capa R$ 4.500,00
além de artigos convidados. A revista tem circulação Verso Contracapa R$ 4.300,00
nacional e no âmbito do Mercosul. Tem uma tiragem
de 1.000 exemplares e está disponível para download Data para envio:
pelos associados. Os seus leitores estão espalhados Até o primeiro dia do mês anterior
por cerca de 60 empresas e universidades e mais ao da publicação.
de 600 especialistas do setor. A data para envio de eletroevolucao@cigre.org.br
Anúncios é até o primeiro dia do mês anterior ao da
EletroEvolução - Sistemas de potência
ISSN 1806-1877 - nº 71 - junho de 2013

Revista ISSN 1806-1877 nº 71 - Junho de 2013

sumário
4 Editorial

Artigos do XXI SNPTEE,


6 notícias

12
da Bienal 2012 e do XII SEPOPE

relatórios de atividades dos


UHE Tucuruí I da Eletrobras Eletronorte.
Foto: acervo da empresa.

comitês de estudo

Conselho editorial:
Saulo José Nascimento Cisneiros (PR) - CIGRÉ/ONS
José Henrique Machado Fernandes - ELETRONORTE
18 XXI SNPTEE
Avaliação do Comportamento
Harmônico do Sin Frente à
João Guedes de Campos Barros - CEPEL
Jerzy Zbigniew Leopold Lepecki - CIGRÉ Inserção de Múltiplos Elos Ccat
Dourival de Souza Carvalho Junior - EPE
Paulo Gomes - ONS
José Sidnei Colombo Martini - USP/POLI
25 XXI SNPTEE
Viabilização da Implantação
José Wanderley Marangon Lima - UNIFEI de Subestações em Locais com
Hélio Moreira Valgas - ENERGY CHOICE Restrições de Ocupação
João Batista Guimarães Ferreira da Silva - DAMP ELECTRIC
Paulo Cesar Fernandez - CEs A/ELETROBRÁS
José Antonio Jardini - CEs B/USP/POLI
Luiz Augusto Barroso - CEs C/PSR
32 bienal 2012
Program for Reform and
Orsino Oliveira Filho - CEs D/CEPEL Modernization of Cemig GT Hydro
Ricardo Cavalcanti Furtado - CONSULTOR Power Plants
Evanise Neves de Mesquita - CONSULTORA

projeto gráfico e edição:


37 bienal 2012
Assessment of Transformer Modeling
Flávia Guimarães
Impact on Transient Recovery Voltage
in Transformer Limited Faults
impressão:
Rona Editora

tiragem:
43 bienal 2012
The Conception of a New Special
Protection System Involving
1.000 exemplares Long Distance – Coordinated
Remedial Actions
eletroevolução – sistemas de potência
é publicada pelo Comitê Nacional Brasileiro de Produção e
Transmissão de Energia Elétrica (CIGRÉ-Brasil)
49 bienal 2012
Development of Corporate
diretoria cigré-brasil: Environmental Indicators to Improve
Antônio Varejão de Godoy Stakeholder Communication and
Diretor Presidente Engagement
Josias Matos de Araújo
Diretor 1º Vice-presidente
Saulo José Nascimento Cisneiros
Diretor 2º Vice-presidente
56 XII SEPOPE
Um Novo Projeto e Perspectivas Atuais
para a Transmissão em CCAT
Antonio Simões Pires
Diretor Financeiro em Longa Distância no Brasil
Sérgio do Espírito Santo
Diretor Administrativo 65 XII SEPOPE
Ferramenta Integrada para Avaliação
endereço: da Segurança Estática e Dinâmica
CIGRÉ-Brasil de Sistemas Elétricos de Potência de
Praia do Flamengo, 66 – Bloco B – Sala 408 – Flamengo Grande Porte
Rio de Janeiro – RJ – CEP 22210-903 – Tel: (21) 2556.5929

cigre@cigre.org.br 75 Lista dos Comitês de Estudo


Representantes Brasileiros
editorial

O Cepel e o seu apoio ao desenvolvimento


das Empresas Eletrobras e do setor elétrico
entidades setoriais,como a Empresa da cadeia na área energética: Melp,
de Pesquisa Energética, o Operador Newave, Decomp e Dessem, apoiam
Nacional do Sistema Elétrico, o planejamento da expansão,
a Câmara de Comercialização planejamento e programação
de Energia Elétrica e a Agência da operação, comercialização de
Nacional de Energia Elétrica, além energia, definição e cálculo da
de concessionárias e fabricantes de garantia física e energia assegurada
equipamentos. dos empreendimentos de geração,
Suas atividades organizam- e elaboração das diretrizes para a
se segundo sete grandes áreas: realização de Leilões de Compra
O Centro de Pesquisas de Energia Otimização Energética e Meio de Energia Elétrica. Já sua cadeia
Elétrica – Cepel, criado e mantido Ambiente; Redes Elétricas; na área elétrica: Anarede, Anatem,
pela Eletrobras e suas controladas Automação de Sistemas; Linhas e Anafas, NH2, Flupot, HarmZs, Plantac
Chesf, Furnas, Eletronorte e Eletrosul, Estações; Tecnologia de Distribuição; e PacDyn, é largamente utilizada
tem lhes apoiado e ao país, no seu Tecnologias Especiais; e infraestrutura no país, no suporte à análise,
desenvolvimento sustentável e na laboratorial e de pesquisa planejamento, operação, controle,
manutenção de uma infraestrutura experimental, localizada na unidade confiabilidade e estudos sistêmicos
nacional avançada,em equipamentos de Adrianópolis e na Ilha do Fundão. do sistema elétrico interligado. O
e sistemas elétricos. Com forte apoio e parceria das SAGE, seu sistema de grande porte,
O Centro exerce a Secretaria Empresas Eletrobras, desenvolve e para supervisão, controle e gestão de
Executiva de P&D+I e Tecnologia, da mantém,no estado da arte,um acervo sistemas elétricos em tempo real, está
Comissão de Política Tecnológica próprio de metodologias e cadeia presente na maioria das instalações
das Empresas Eletrobras. É seu de programas computacionais, de transmissão e distribuição do país,
executor central de linhas de essencial para a gestão do sistema incluindo as Empresas Eletrobras,
pesquisa, programas e projetos, e eletroenergético interligado, dentro algumas de forma exclusiva.
provê consultoria e assessoramento de rígidos critérios de segurança. Ela Desenvolve novas tecnologias
na avaliação de resultados,na gestão contribui para a redução dos custos de transmissão, com maior
do conhecimento tecnológico e financeiros e ambientais, otimização potência de energia transmitida
sua aplicação. dos recursos naturais, diversificação em corredores mais estreitos, com
Por sua abrangência, os da matriz energética, minimização menor impacto ambiental e custo
beneficiários da sua atuação de emissões de carbono, por quilômetro, como as Linhas de
transcendem o Sistema Eletrobras. confiabilidade no suprimento de Potência Natural Elevada (LPNE),
Incluem os ministérios de Minas energia, modicidade tarifária e com mais de 4.000 km implantados
e Energia, da Ciência, Tecnologia e segurança energética nacional. no país.
Inovação e do Meio Ambiente, e Os seus modelos computacionais Em monitoramento e gestão

4 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


editorial

de ativos das empresas, seus e sistemas para medição, Carbono, na Parceria Internacional
sistemas como o SOMA, DianE e gerenciamento de energia elétrica e sobre Energia e Sustentabilidade
IMA-DP auxiliam na otimização redução de perdas. Com o apoio do e na Parceria Internacional para a
de investimentos, manutenção e MME/Banco Mundial, está montando Economia do Hidrogênio, além dos
segurança na operação. uma infraestrutura laboratorial e de Grupos de Trabalho SolarPACES e
Participa de projetos e pesquisa para desenvolvimento Hidroeletricidade, no qual coordena
desenvolve estudos de geração e avaliação de soluções de Redes a Força Tarefa sobre Balanço de
eólica, solar, fotovoltaica, heliotérmica, Elétricas Inteligentes (Smart Grids). Carbono em Reservatórios de
células a combustível, tecnologias Como um dos mais importantes Hidroeletricidade. Também participa
de produção de hidrogênio, investimentos de sua história, está do Grupo de Alto Nível do Secretário-
supercondutores, sistemas híbridos construindo o Laboratório de Ultra Geral das Nações Unidas em Energia
de geração de energia elétrica, e Alta Tensão (Lab UAT), para pesquisa Sustentável para Todos.
técnicas de avaliação de integridade experimental e ensaios de soluções Coordenou o processo
estrutural e extensão de vida útil. em transmissão, em níveis de até de revisão do Manual de
Sua rede laboratorial é singular, a 1.100 kV CA e ± 800 kV CC, com Inventário Hidroelétrico de Bacias
maior do gênero no hemisfério sul. alta capacidade, para o transporte Hidrográficas; hoje, com versões
Permite a condução de pesquisas de grandes blocos de energia em Português e Inglês, o Manual
experimentais, ensaios, e atividades por longas distâncias. Pioneira no está disponível nos sites do Cepel,
de calibração e certificação em continente americano,esta iniciativa da Eletrobras, do MME e da Agência
Alta Tensão e Potência, Materiais, contribuirá para o desenvolvimento Internacional de Energia.
Eficiência Energética em Refrigeração sustentável da hidroeletricidade na Os desafios de P&D nesses
e Iluminação, Automação e Proteção região amazônica. próximos anos serão imensos, mas
de Sistemas, Computação Intensiva, Dá suporte técnico à Eletrobras, as bases para superá-los existem,
Qualidade de Energia, Diagnóstico quanto a importantes programas e são sólidas e estão sendo reforçadas
de Equipamentos e Instalações, projetos do governo federal como e ampliadas no Cepel, graças à
Compatibilidade Eletromagnética, o Luz para Todos, Procel, Proinfa Eletrobras e suas empresas Chesf,
Medição de Energia Elétrica e Células e ReLuz; além de participar da Eletronorte, Eletrosul e Furnas.Assim,
a Combustível. elaboração do Plano Nacional de o Centro continuará intensificando
Abriga o Centro de Referência Energia e dos Planos Decenais de sua atuação e baseando-se nos
para Energia Solar e Eólica Sérgio Expansão de Energia. seus valores de Criatividade e
de Salvo Brito (Cresesb), o Centro de No seu apoio à Eletrobras e ao Comprometimento, Resultados
Aplicação de Tecnologias Eficientes MME, quanto ao desenvolvimento e Responsabilidade, Inovação e
(Cate) e a Casa Solar Eficiente; áreas sustentável de energia elétrica, Integração; Excelência e Ética.
de demonstração e divulgação de tem atuado junto à Agência
tecnologias. Internacional de Energia, como
Albert Cordeiro Geber
Atua em qualidade de energia,e no na Plataforma Internacional de
de Melo,
desenvolvimento de equipamentos Tecnologias de Energia de Baixo
Diretor-Geral do Cepel

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 5


Notícias

O Planejamento Estratégico de
Desenvolvimento do CIGRÉ-Brasil foi concluído
O CIGRÉ-Brasil iniciou em janeiro de 2013 a produção, o compartilhamento e a disseminação
elaboração e implantação do seu Plano Estratégico de conhecimentos técnicos aplicados ao setor
de Desenvolvimento (PED), após aprovação pelo elétrico, como indutor da qualidade de vida
seu Conselho de Administração, objetivando sustentável.
subsidiar o CIGRÉ-Brasil com ferramentas,
processos, programas, projetos e planos de ação Valores Organizacionais do CIGRÉ-Brasil
para manutenção e evolução de sua posição de Os valores organizacionais traduzem os
destaque no cenário de desenvolvimento do comportamentos e atitudes da Associação.
conhecimento e da tecnologia do setor elétrico São valores importantes para o CIGRÉ-Brasil:
nacional e internacional. A empresa selecionada Competência Técnica; Ética, Transparência e
para apoiar o CIGRÉ-Brasil neste trabalho foi a Imparcialidade; Crescimento e Valorização
MACROPLAN, que é uma empresa com larga dos Associados; e Trabalho Voluntário com
experiência em Planejamento e Estratégia, Profissionalismo.
particularmente no setor elétrico brasileiro.
A elaboração do PED contou com grande Visão de Futuro do CIGRÉ-Brasil
participação da Diretoria Executiva e diversos A Visão de Futuro é a configuração de uma
Coordenadores de Comitês de Estudo, ex- situação futura desejada para a instituição no ano-
presidentes da Associação, membros do Conselho horizonte do Plano Estratégico. É uma conquista
de Administração e funcionários do CIGRÉ-Brasil, estratégica de grande valor para todos aqueles
além de representantes do setor elétrico brasileiro, envolvidos com a organização. Desse modo,
envolvendo ao todo 34 participantes. Para a sua Visão de Futuro está explicitada da seguinte
construção do PED, foi realizada uma pesquisa forma: Em 2020, o CIGRÉ-Brasil será reconhecido
qualitativa, na qual os entrevistados discorreram nacional e internacionalmente como a referência
sobre o futuro do setor elétrico brasileiro e a atuação na produção e gestão do conhecimento técnico
do CIGRÉ-Brasil, um mapeamento dos principais aplicado ao setor elétrico, utilizando-o na
interlocutores da Associação, um levantamento articulação com todos os agentes envolvidos.
dos Planos Estratégicos de entidades similares
ao CIGRÉ, além de uma oficina de formulação Proposta de Valor do CIGRÉ-Brasil
estratégica que definiu os principais elementos do A Proposta de Valor traduz os benefícios
Plano Estratégico de Desenvolvimento. entregues pela organização aos seus principais
Os elementos essenciais do Plano Estratégico públicos-alvo. Dimensionam o valor agregado
do CIGRÉ-Brasil compreendem a definição da por esta organização a cada público selecionado,
identidade da Associação, traduzida em sua Missão; que justificam o porquê determinado público
a identificação dos Valores Organizacionais a serem se associa, realiza parceria, fornece ou compra
respeitados por seus membros; o desenho do produtos ou serviços da daquela organização
futuro desejado para o CIGRÉ-Brasil em 2020, que em detrimento de outra. O CIGRÉ-Brasil definiu
é sua Visão de Futuro; o desdobramento dessa a Proposta de Valor a ser entregue para quatro
Visão em uma Proposta de Valor a ser entregue para públicos: seus associados, as empresas do setor, as
os seus principais públicos-alvo; a definição dos instituições de ensino e pesquisa, e a sociedade,
Direcionamentos Estratégicos prioritários para os seus conforme detalhado na tabela adiante.
Comitês de Estudo; e a identificação de um conjunto
de Objetivos Estratégicos e Estratégias, desdobrados Direcionamentos estratégicos do CIGRÉ-
em uma carteira de Projetos Estratégicos a serem Brasil para os Comitês de Estudo
implementados ao longo dos próximos anos. Esses Inspirados nas orientações estratégicas do
elementos estão detalhados nos próximos itens. CIGRÉ Internacional para os seus Comitês, o CIGRÉ-
Brasil reuniu um conjunto de direcionamentos
Missão do CIGRÉ-Brasil estratégicos prioritários que devem nortear o
A Missão representa a identidade da trabalho técnico de cada Comitê de Estudo no
organização, sua razão de ser e principal finalidade. Brasil em alinhamento com os desafios futuros do
O CIGRÉ-Brasil tem como missão: Promover a setor elétrico brasileiro. São eles:

6 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


notícias

• F oco no meio ambiente e na sustentabilidade: O desdobramento dos Objetivos Estratégicos


materiais ambientalmente corretos, eficiência deu origem às Estratégias específicas, que
do sistema elétrico, prevenção e recuperação indicam como o CIGRÉ-Brasil procurará alcançar
dos impactos de condições climáticas severas, cada Objetivo. Os 8 Objetivos Estratégicos estão
e regulação ambiental; desdobrados em 36 Estratégias, detalhados a
•M  elhor uso do sistema elétrico existente: seguir.
ampliação e otimização da capacidade
instalada, maior necessidade de controle e OBJETIVO ESTRATÉGICO 1: PRODUZIR
monitoramento da manutenção e da operação, CONTEÚDOS CADA VEZ MAIS RELEVANTES, COM
reavaliação dos processos de substituição e MAIOR FOCO NA ATUAÇÃO DOS COMITÊS DE
manutenção dos equipamentos, utilização de ESTUDOS
modernas metodologias de manutenção dos • Reestruturar a atuação dos Comitês de
equipamentos, reavaliação dos critérios de Estudos, reduzindo e direcionando os temas
confiabilidade e segurança do sistema; de atuação de forma a suprir os principais
•M  aior aumento da confiabilidade desafios futuros do setor;
do fornecimento de energia elétrica: • Desenvolver estudos de acordo com os
desenvolvimento de novos métodos de interesses e prioridades técnicas do setor
manutenção e operação, inspirados em setores elétrico e elaborar resumos executivos
que estão melhor postados (aeronáutica, por sobre avanços técnicos e tecnológicos para
exemplo); os principais executivos do setor, dando
• I ntegração regional: consideração e análise mais visibilidade aos produtos e conteúdos
das complexidades de natureza política, desenvolvidos pelos CEs, tanto em nível
ambiental e comercial para integração elétrica nacional como internacional;
com países vizinhos; • Criar programa de premiação para os Comitês
• I ntrodução de novas tecnologias: maior de Estudos que produzirem conteúdos mais
aproveitamento das energias renováveis, relevantes;
linhas de transmissão em Ultra Alta Tensão • Apoiar a discussão técnica do planejamento,
(UAT) Smart Grid, GPS, crescimento de fontes da manutenção de equipamentos e da
distribuídas, entre outros. operação do setor elétrico, contribuindo
proativamente com estudos e pareceres
Objetivos Estratégicos e Estratégias para o técnicos nesses segmentos;
CIGRÉ-Brasil • Criar um fundo de investimento em bolsas de
Os Objetivos Estratégicos são resultados estudo e incentivo a pesquisas e publicações
prioritários que devem ser alcançados ou técnicas nos assuntos de maior interesse dos
mantidos no horizonte do Plano Estratégico. Têm, Comitês de Estudos, ampliando a produção
por finalidade, dar maior precisão à Visão de Futuro conjunta com novos participantes e utilizando
e redirecionar a organização na produção de sua recursos das empresas obrigatoriamente aplicados
Proposta de Valor para cada público selecionado. em P&D por meio de acordo com a ANEEL.

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 7


notícias

OBJETIVO ESTRATÉGICO 2: ATUAR COMO do conteúdo gerado para atração de novos


GRANDE ARTICULADOR PARA SOLUÇÕES membros.
TÉCNICAS NO SETOR.
• Atuar como articulador entre os problemas OBJETIVO ESTRATÉGICO 5: ALAVANCAR
reais das empresas e a academia, por meio SIGNIFICATIVAMENTE A COMUNICAÇÃO COM
da identificação/especificação de temas para SEUS INTERLOCUTORES E FAZER-SE CONHECER
pesquisas acadêmicas; POR UM NÚMERO MAIOR DE PESSOAS
• Engajar e aproximar as partes interessadas • Criar um mecanismo de divulgação
em temas de interesse comum, garantindo a institucionalizada da marca do CIGRÉ-Brasil e
coesão para o desenvolvimento de adequadas de sua proposta de valor para os interlocutores
soluções técnicas; mais relevantes;
• Organizar e articular projetos multiclientes* • Estruturar programa de aproximação
para desenvolvimento de adequadas soluções institucional com empresas, universidades e
técnicas e tecnológicas aplicáveis ao setor elétrico. órgãos do setor;
* Projeto multicliente é um instrumento • Criar mecanismos para interação e integração
relevante de pesquisa. Seus benefícios entre os Comitês de Estudo;
decorrem da forte interação entre usuários • Melhorar substancialmente o site do CIGRÉ-
da tecnologia e equipes de pesquisa, sendo Brasil, bem como hotsites dos Comitês de
um espaço de cruzamento de culturas, Estudos;
conhecimentos e experiências. O resultado • Criar instrumentos mais eficazes de
final é a capacidade de inovação ampliada e comunicação com os associados.
a redução de tempos e custos dos projetos
para todos os participantes OBJETIVO ESTRATÉGICO 6: DIVERSIFICAR AS
FONTES DE RECEITA
OBJETIVO ESTRATÉGICO 3: POSICIONAR-SE • Obter receitas com a venda de livros,
COMO UMA RELEVANTE FONTE DE CONHECIMENTO, brochuras e outras publicações técnicas para
INFORMAÇÃO E ESCLARECIMENTO SOBRE O SETOR não associados, considerando os aspectos
ELÉTRICO PARA A SOCIEDADE. jurídicos e contábeis que viabilizariam esta
• Produzir documentos e estudos do CIGRÉ- atividade;
Brasil direcionados à sociedade para o • Aumentar a receita com a intensificação de
esclarecimento técnico de questões debatidas cursos de qualificação e atualização técnica;
nas grandes mídias; • Estruturar mecanismos que possibilitem
• Estruturar um canal de comunicação com a receitas advindas da coordenação dos
imprensa para divulgação de documentos e projetos multiclientes (ver OE 2);
releases voltados à sociedade; • Reduzir a pulverização de eventos dos Comitês
• Estruturar canal interativo no site para de Estudo, priorizando os mais relevantes
comunicação com a sociedade; e estudando possibilidades de junção e
• Atuar de forma mais próxima ao segmento substituição.
de distribuição de energia elétrica para 3 Analisar a possibilidade de transformar
entendimento de seus problemas e o SNPTEE em um evento semelhante
aproximação do consumidor final. a Bienal de Paris e incorporando a seu
conteúdo também as atividades de
OBJETIVO ESTRATÉGICO 4: MELHORAR A outros eventos do CIGRÉ-Brasil.
GESTÃO DO CONHECIMENTO PARA TODAS AS
PARTES INTERESSADAS. OBJETIVO ESTRATÉGICO 7: AMPLIAR E
• Criar sistema integrado de gestão virtual DIVERSIFICAR CADA VEZ MAIS A COMPOSIÇÃO
do conhecimento gerado pelo CIGRÉ e por DE SEUS ASSOCIADOS
terceiros; • Desenvolver um projeto específico para
• Aprimorar o site, tornando-o mais atrativo e atração de jovens engenheiros de alto nível e
simples para busca de informações; interesse técnico;
• Associar-se a bases de dados internacionais e • Aproximar-se das universidades nacionais
disponibilizá-las para seus associados; de ponta na busca por profissionais do meio
• Criar mecanismos de distribuição de parte acadêmico e jovens talentos para participação

8 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


notícias

ativa no CIGRÉ-Brasil; funcionários, principalmente em temas


•A  proximar-se dos principais executivos relacionados à gestão financeira, gestão de
do setor, reforçando a importância da eventos e gestão do conhecimento;
participação dos seus funcionários e do valor • Disponibilizar mecanismos de Tecnologia da
entregue pelo CIGRÉ-Brasil; Informação e Comunicação que possibilitem
• I ncentivar a diversidade, institucional e a realização de reuniões, encontros e debates
geracional, na composição da Diretoria, das por meios virtuais.
coordenações de Comitês de Estudos (CEs) 3 Criar mecanismos que facilitem a
e dos participantes dos CEs e dos grupos de interação entre os membros dos comitês
trabalho; de estudos e dos grupos de trabalho, por
•C  riar formas de reconhecimento aos comitês meio de escritórios virtuais e da utilização
e membros que mais se destacam com o de videoconferência.
objetivo de reter os talentos já existentes e
incentivar a participação dos demais. Carteira de Projetos
Após a formulação estratégica de longo prazo,
OBJETIVO ESTRATÉGICO 8: TORNAR A GESTÃO os Objetivos e Estratégias foram desdobrados
INTERNA MAIS ÁGIL, EFICIENTE E PROFISSIONAL em uma Carteira de Projetos Estratégicos com
•R
 epensar a estrutura organizacional horizonte 2013-2017 para facilitar a implantação
considerando a hipótese de redistribuição de do Plano Estratégico de Desenvolvimento
funções entre a Diretoria e a institucionalização do CIGRÉ-Brasil. Os projetos são inciativas
de um secretário executivo com dedicação prioritárias, com princípio, meio e fim; objetivo;
exclusiva; benefícios gerados; responsáveis; prazos;
•D
 esenvolver e implantar um plano de cargos projetos; e resultados, que estão vinculados aos
e salários e de desempenho; Objetivos Estratégicos do PED. Eles estão inter-
•C
 riar mecanismos sistematizados e relacionados conforme mostra a figura abaixo.
automatizados de controle financeiro, O detalhamento da Carteira de Projetos está
contábil e administrativo; em análise pela diretoria do CIGRÉ-Brasil, com o
•C
 riar processos que reduzam a burocracia suporte técnico da MACROPLAN, cujos trabalhos
e creditem maior autonomia para os serão concluídos até o final de maio, após o que
funcionários internos e também para os será distribuída com os membros do Conselho
Coordenadores de Comitês de Estudo, com a de Administração, Coordenadores de Comitês
alocação de correspondente responsabilidade de Estudo, funcionários e associados do CIGRÉ-
pela gestão e pelo cumprimento de metas; Brasil, e com as entidades representativas do
•A
 umentar o nível de capacitação dos setor elétrico brasileiro.

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 9


notícias

Latin American Workshop on


Insulated Cables of Cigre and Jicable
Em setembro deste ano será realizada vantagens e desvantagens, custos e benefícios, e
pela primeira vez no Brasil a reunião anual do facilidades e dificuldades de implantação para:
Study Committee B1 – Insulated Cables, com • Transmissão e distribuição subterrânea em
a participação de cerca de 50 especialistas em corrente alternada;
sistemas de cabos isolados, vindos de todos os • Transmissão subterrânea em corrente
continentes, coordenadores de grupos de trabalho contínua;
internacionais e representantes dos comitês de • Transmissão submarina e subaquática;
estudos de seus países. • Conversão de trechos de linhas de transmissão
Aproveitando a vinda destes especialistas ao e de redes de distribuição aéreas em
Brasil, o Comitê de Estudos B1 – Cabos Isolados do subterrâneas;
Cigre Brasil estará promovendo nos dias 05 a 06 de • Aspectos regulatórios que dificultam
setembro de 2013, em Foz do Iguaçu, o Workshop a conversão de sistemas aéreos para
Latino Americano de Cabos Isolados do CIGRÉ subterrâneos.
com a apresentação de tutoriais preparados por
seus grupos de trabalho internacionais e palestras 2) OTIMIZAÇÃO DO USO DE SISTEMAS DE
com renomados convidados sobre três grandes CABOS ISOLADOS EXISTENTES
temas: o Sistema Elétrico do Futuro, Otimização As primeiras instalações de cabos isolados
do Uso de Sistemas de Cabos Isolados Existentes, e em média e alta tensão na América Latina foram
Impacto Ambiental e Sustentabilidade em Linhas feitas há mais de 50 anos e a maioria delas
de Transmissão Subterrâneas. continua em operação com bom desempenho,
O objetivo do Workshop é difundir junto aos porém sem uma precisa estimativa de vida útil
tomadores de decisão (empresas concessionárias remanescente. Serão apresentados estudos de
de energia elétrica, agentes reguladores, operadores caso e experiências concretas com a finalidade
de sistemas elétricos, empresas de engenharia e de melhorar a disponibilidade, confiabilidade,
consultoria, institutos de pesquisa, academia, e flexibilidade, qualidade e custos de operação e
fabricantes) do Brasil e demais países da América manutenção de sistemas existentes de cabos
Latina o estado da arte sobre as soluções de isolados empregando:
transmissão e distribuição de energia empregando • Novas metodologias de manutenção;
sistemas de cabos isolados, através da apresentação • Técnicas de diagnóstico;
de casos reais da experiência de utilização destes • Avaliação de vida útil remanescente;
sistemas. Os temas do Workshop estão abaixo • Recapacitação e repotenciação de instalações
detalhados. existentes.

1) O SISTEMA ELÉTRICO DO FUTURO 3) IMPACTO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE


As dificuldades de alimentação e distribuição Um dos grandes direcionadores que impactarão
de energia elétrica nas grandes cidades são na arquitetura das redes elétricas do futuro é o
enormes, porém soluções têm sido desenvolvidas impacto ambiental principalmente causado pelas
com inovações crescentes nos últimos anos. emissões de CO2. Desta forma serão abordados neste
Serão mostrados casos concretos de utilização aspecto os problemas e soluções concretas em:
de transmissão e distribuição através de sistemas • Eficiência dos sistemas de potência através da
de cabos isolados para alimentação de energia redução de perdas técnicas;
elétrica no mundo. Serão também apresentadas • Uso de materiais recicláveis na fabricação de
as principais soluções tecnológicas possíveis cabos e acessórios, e técnicas construtivas e
empregando sistemas de cabos isolados, suas de instalação com menor impacto ambiental;

10 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


notícias

•M
 itigação de impactos causados por sistemas • Manutenção para Cabos e Acessórios de Alta
de cabos isolados: campo magnético, Tensão
aquecimento do solo, etc.; • Vida Remanescente de Linhas Subterrâneas
•M
 elhoria dos sistemas de segurança e Existentes de Alta Tensão e Corrente Alternada
monitoramento com o objetivo de reduzir a • Avaliação de Descargas Parciais em Campo
vulnerabilidade contra intervenções externas. • Impacto de Campos Eletromagnéticos na
Capacidade de Corrente de Sistemas de Cabos
4) AGENDA PREVISTA PARA O EVENTO
05/09/13: Tutoriais do Study Committee B1 do 06/09/2013: Apresentação de Casos de Sucesso
Cigre de Sistemas de Cabos Isolados, a serem definidos,
• Características Elétricas de Sistemas de Cabos contemplando apresentações de especialistas
Isolados convidados sobre instalações recentemente
• Orientações Gerais para a Integração de um implantadas utilizando cabos isolados: 2
Novo Sistema de Cabos Subterrâneos na Rede cabos submarinos, 2 cabos subterrâneos de
Elétrica extra alta tensão, 1 ou 2 instalações de cabos
• Estatísticas de Cabos Subterrâneos em Redes supercondutores, 1 rede coletora subterrânea
de Energia de parque eólico, 2 sobre recapacitação e
• Procedimentos de Testes para Emendas de repotenciação de cabos isolados subterrâneos
Transição existentes.

23 brasileiros receberam o TC AWARD


desde 1993 até 2012
Os anos de 2011 e 2012 demonstraram a 1997 - SC-14 - Barros Joao Guedes de Campos
pujança técnica do CIGRÉ-Brasil, pois além da 2000 - SC-33 - Esmeraldo Paulo Cesar Vaz
grande participação na Bienal de 2012 com 2002 - SC-13 - Carvalho Antonio Ricardo
uma delegação recorde de 161 membros e a 2003 - SC-B5 - Ribeiro Guilherme Moutinho
apresentação de 25 artigos, distribuídos por 15 2005 - 
SC-B2 - Da Silva João B. Guimarães
Comitês de Estudo, com no máximo 2 artigos Ferreira
por CE, temos a honra e a satisfação de registrar 2006 - SC-A2 - Cheim Luiz Américo Venturini
que seis membros foram agraciados com a mais 2006 - SC-A3 - Amon Filho Jorge
importante distinção técnica do CIGRÉ, que é 2006 - SC-B2 - Nolasco João Felix
o Technical Committee Award. Três receberam 2006 - SC-B5 - Ordacgi Filho Jorge Miguel
o prêmio em 2011, Miguel Medina Pena, José 2006 - SC-C2 - Cisneiros Saulo José Nascimento
Antônio Jardini e Herivelto de Souza Bronzeado, 2007 - SC-C4 - Martins Nelson
e três em 2012, Paulo Cesar Fernandez, Paulo 2009 - SC-B5 - Siqueira Iony Patriota de
Gomes e Flávia Serran. De 1993, quando o prêmio 2009 - SC-C3 - Furtado Ricardo Cavalcanti
foi instituído, até 2012, 23 brasileiros receberam o 2009 - SC-D2 - Loureiro Claudio Trigo de
TC AWARD, quais sejam: 2011 - SC-A2 - Pena Miguel Medina
2011 - SC-B4 - Jardini José Antonio
1993 - SC-12 - Hurter Tobias 2011 - SC-C4 - Bronzeado Herivelto de Souza
1993 - SC-14 - Peixoto Carlos Augusto de 2012 - SC-A3 - Fernandez Paulo Cesar
Oliveira 2012 - SC-C2 - Gomes Paulo
1994 - SC-14 - Szechtman Marcio 2012 - SC-C3 - Serran Flavia

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 11


relatórios de atividades dos comitês de estudo
Comitê de Estudo A1 - Máquinas Rotativas
Relatório Anual de Atividades de 2012 e Plano de Ação para 2013
1. Escopo do Comitê Sergio Pacheco: membro do CE-A1, autor do trabalho
Aspectos econômicos, projeto, construção, teste, programa de Reforma e modernização das usinas da CEMIG
comportamento e materiais para turbogeradores, Período da Viagem a Serviço do Cigré-Brasil: 23/08/2012 A
hidrogeradores, máquinas não convencionais e grandes 01/09/2012
motores. Motivos da Viagem:
• Acompanhar as reuniões de andamento dos trabalhos dos
2. Coordenação e Grupos de Trabalho em Andamento grupos WG-A1.01-Turbogeradores, WG-A1-02-Hidrogeradores e
Coordenador: Jacques Sanz – ELETRONORTE - Secretário: WG-A1-06-Grandes Motores.
Marcio Rezende Siniscalchi - ELETRONUCLEAR • Apresentar 7 contribuições ao Special Reporter.
2.1. Grupos de Trabalho Nacionais • Apresentar os seguintes trabalhos na Sessão Poster de 29
2.1.1. GT-A1-01 - Monitoramento de Máquinas Elétricas de agosto:
Coordenador: Francisco Renno, que no final de 2012 pediu • Development of diagnostic rules for hydrogenerators, por
para ser substituído. Este GT é formado por 26 especialistas. Jacques Sanz – Eletronorte.
Após duas reuniões para retomar as atividades do GT, em Julho • Programa de reforma e modernização das usinas da Cemig
e Outubro, foi definido o seguinte programa de trabalho: GT, por Sergio Pacheco.
• Organização de um grupo COBEI Outras considerações relativas à evolução tecnologica do
• Montagem do Guia de Monitoramento setor eletrico.
• Atualização do Banco de Dados de Monitoramento • No dia 29/08/12 o chairman do SC-A1, Prof. Dr. Erli Figueiredo,
• Realização de Workshop na UNIFEI, em 11/2013. fez uma apresentação muito interessante sobre super grids e o
que está ocorrendo nos países com grande extensão territorial
2.1.2. GT-A1-02: Critérios para Modernização/Recapacitação e sua aplicação no Brasil. Também comentou a cooperação
de Usinas do CIGRE com o CIRED-International Conference on Electicity
Coordenador: João Marra – Itaipu. Este GT é constituído por Distribution.
14 especialistas. • Foram apresentados os estudos e desenvolvimentos
O Coordenador propôs num primeiro tempo um estudo em novos dielétricos usando a nanotecnologia near future
da literatura disponível sobre o assunto, dividindo o grupo em dielectrics, e por último, comentou-se sobre a utilização de
equipes, cada uma tendo como atribuição fazer um resumo dos supercondutores em geradores superconducting generators.
trabalhos estudados. • As nanotecnologias, além de melhorar as propriedades
Integração com o CE B5 em relação à consideração dos térmicas e de elasticidade do isolante, permitem a redução da
sistemas de proteção e automação. Foi exposta a proposta de vibração nas cabeças das bobinas.
trabalho do GT2 do CE A1 em relação a seu conteúdo e definida a • Em relação especificamente a máquinas rotativas, dois
integração das partes eletrônicas de proteção e regulação ao GT2, assuntos ficaram em evidencia:
a ser realizada por componentes do CE-B5. O CE B5 verificará os • A medição de descargas parciais através de antenas,
membros interessados em participar do GT2 e juntará referencias relatando experiências da Iris, da Siemens e a exposta no
anteriores e experiências dos membros do CE. trabalho A1.110 da Mitsubishi.
• O uso de fibras ópticas na medição de temperatura, que
2.1.3. GT-A1-03: Estudo de envelhecimento de parafusos. aparentemente apresenta resultados mais precisos que os
O eng. Mileo foi substituído na coordenação do GT pelo Eng. tradicionais rtd´s, assunto objeto também da apresentação de
Cristian Gabiatti da Tractebel. O GT tem 5 participantes. O Eng. nosso sistema de medição da temperatura no rotor, que gerou
Gabiatti esta preparando a revisão do procedimento adotado uma solicitação para formar um grupo de trabalho (WG) para
pela Tractebel, para submetê-lo aos demais participantes. estudar metodologias de medição disponíveis. Foi-nos passada
a responsabilidade de escrever o projeto de trabalho do grupo
2.2. Participação em Grupos de Trabalho Internacionais (TOR) para próxima aprovação.
O CE-A1 participa de praticamente todos os 25 grupos de
trabalho internacionais, com pelo menos 1 participante em 3.2. Reuniões nacionais e internacionais do CE A1 em 2012
cada um, salvo para os WGs A1.25, A1.28 e A1.36. Ressaltamos CE-A1, 24.05.12 e 26.10.12, no Cigré-Brasil, no Rio;
também que o WG A1.23 é coordenado por um membro do GT Monitoramento, 24 e 25.07.12, em Itajuba-MG;
CE-A1, Marcio Siniscalchi. GT Modernização e Repotenciação, 08.10.12, no Cigré-Brasil,
no Rio;
3. Atividades do CE-A1, Reuniões Nacionais e Reunião internacional do SC-A1, 31.08.12, após a Bienal em
Internacionais Paris.
3.1. Participação em Congressos e Seminários
3.1.1. Bienal do Cigre e reunião do SC A1, Paris - França, 4. Plano de Ação para 2013
Agosto 2012
Representantes / Posição no Cigré-Brasil: 4.1 Reuniões do CE-A1 – Nacional
Jacques Sanz: coordenador do CE A1, autor do trabalho Duas reuniões estão previstas, uma em maio após o
Development of diagnostic rules for hydrogenerators. ERIAC, outra após o SNPTEE, em Brasília. Os locais e as datas
Marcio Siniscalchi: secretario do CE-A1. das reuniões estão sendo definidos. Outras reuniões do
Mauro Uemori:membro do CE A1 e da comissão de avaliação GT de modernização e repotenciação, do GT de vida útil
de trabalhos no SNPTEE, ENAM E ERIAC. de parafusos e do GT de monitoramento serão marcadas
Jose Carlos Borgmann: membro do CE-A1, organizador da oportunamente, em conformidade com o andamento dos
reunião do CE-A1 após o SNPTEE. trabalhos de cada grupo.

12 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


relatórios de atividades dos comitês de estudo

4.2. Reuniões do CT e SC-A1 – Internacional • Aumentar a participação de especialistas brasileiros nos


Após o Seminário do SC-A1 em Bucarest na Romenia, em Advisory Groups de Turbogeradores, Grandes Motores, Máquinas
Setembro. Novas, principalmente aerogeradores, e não Convencionais.
Neste sentido prosseguir com a aproximação com os fabricantes
4.3. Atividades e metas para 2013 de aerogeradores.
• Participar e apresentar trabalhos e contribuições na Reunião • Aumentar a participação dos usuários e fabricantes de
Técnica Internacional do SC-A1. turbogeradores, principalmente Petrobras.
• Procurar intensificar a participação de membros do CE-A1
nos GTs nacionais e na Reunião Internacional do SC-A1 e de seus 5. Síntese do Andamento dos Trabalhos dos Grupos de
Working Groups. Trabalho:
• Preparar um relatório sobre a Experiência Brasileira no • Guia para monitoramento e diagnostico de hidrogeradores
Monitoramento de Máquinas Elétricas GT-A1.01, incorporando (2014);
os ensinos do acidente ocorrido na usina russa de Sayano, • Guia para modernização e repotenciação de unidades
considerando as respostas dos diversos segmentos do setor hidrogeradoras (2014);
elétrico ao questionário preparado pelo GT A1.01 nacional. • Guia para avaliação da vida util de parafusos usados na
• Colaborar na organização do VI Encontro Nacional de estrutura de hidrogeradores (final 2013).
Monitoramento de Máquinas Rotativas, em Taubaté ou Belém,
em Abril 2014. 6. Membros Regulares e Observadores do CE
• Dar continuidade ao Grupo de Trabalho Nacional GT-A1.02 Houve um sensível aumento do numero de participantes,
sobre Critérios para Modernização e Recapacitação de Usinas. de 60 para 94, e do numero de empresas, de 28 para 40,
• Concluir o trabalho do GT-A1.03 sobre estudo do principalmente de membros observadores. Em contrapartida, é
envelhecimento de parafusos. difícil conseguir uma participação efetiva dos Membros aos GT´s
• Aumentar a participação brasileira nos questionários dos nacionais e aos WG´s internacionais.
Grupos de Trabalho do Comitê Internacional.

Comitê de Estudo B1 - Cabos Isolados


Relatório Anual de Atividades de 2012
1. Coordenação e Secretaria Engenharia
Coordenador: Julio Cesar Ramos Lopes e Secretário: Eduardo O grupo é espelho do WG B1.28 On site Partial Discharges
Karabolad Filho Assessment.
GT-B1-07 – Guia para Cálculo de Ampacidade de Cabos
2. Escopo Técnico do Comitê de Estudo Isolados
As atividades do CE-B1 – Cabos Isolados abrange todos os Coordenador: Marcio Coelho – Procable
tipos de sistemas de cabos isolados CA e CC para instalações O grupo é espelho do WG B1.35 Guide for Rating Calculations.
subterrâneas, submarinas e subaquáticas. Foca principalmente GT-B1-08 – Guia para Operação de Cabos a Óleo Fluído
em aplicações de alta e extra-alta tensão, embora desenvolva Coordenador: Paulo Deus – Eletropaulo
estudos e trabalhos em sistemas de média e baixa tensão.Dentro O grupo é espelho do WG B1.37 Guide operation of fluid
deste campo o escopo de trabalho do Comitê de Estudos filled cable systems.
abrange teoria, projeto, aplicações, fabricação, instalações, testes, GT-B1-09 – Desenvolvimento de Padrões para Condomínios
operação, manutenção e técnicas de diagnóstico de cabos em Áreas Urbanas
isolados. Coordenador: João José dos Santos Oliveira – Consultor
Independente
3. Grupos de Trabalho em Andamento O grupo deve concluir seus trabalhos em 2014.
3.1. Nacionais GT-B1-10 – Instalações Provisórias de Sistemas de Cabos
Atualmente existem dez grupos de trabalho e duas forças Isolados em AT
tarefa funcionando. Destes grupos de trabalho cinco são Coordenador: Romeu Fuscaldi – Cemig
espelhos de grupos de trabalho internacionais e três estão em O grupo deve concluir seus trabalhos em 2014.
fase de conclusão dos trabalhos. GT B1-11 – Critérios de manutenção em redes subterrâneas
GT B1-04 – Manutenção de HV-AC – Cabos Subterrâneos e de energia elétrica em condomínios.
Acessórios Coordenador:Ronaldo Roncolatto – Consultor Independente
Coordenador: Paulo Deus – Eletropaulo O grupo deve concluir seus trabalhos em 2014.
O grupo está em fase de conclusão dos trabalhos. GT B1-12 – Avaliação do Ciclo de Vida e Impacto Ambiental
GT B1-05 – Acoplamento de Linhas de Transmissão Aéreas de Sistemas de Cabos Subterrâneos
com Linhas Subterrâneas: Coordenador: Carla Damasceno Peixoto – Light
Coordenador: Nadia Helena Gama Ribeiro de Louredo – EDS Este grupo é espelho do WG B1.36 Life cycle assessment and
Engenharia environmental impact of underground cable systems.
O grupo concluiu os trabalhos, preparou brochura técnica GT B1-13 – Cabos para Conexões de Geração em Terra
que está em aprovação pelo Comitê de Estudo. Apresentou os Coordenador:Aloísio José de Oliveira Lima – AJOL Engenharia
resultados do trabalho na Sessão Bienal do Cigré de 2012. Este grupo é espelho do WG B1. 39 – On shore generation
GT-B1-06 – Avaliação de Descargas Parciais em Campo cable connections
Coordenador: Nadia Helena Gama Ribeiro de Louredo – EDS FT B1-01 – Critérios de expansão RDS

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 13


relatórios de atividades dos comitês de estudo

Coordenador:Henrique de Oliveira Henriques – Universidade da Universidade Corporativa da AES Eletropaulo, e contou


Federal Fluminense. com a presença de 26 pessoas. A segunda reunião ocorreu em
Esta força tarefa deve concluir seus trabalhos em 2013. 22/11/2012, nas dependências da Diretoria da Regional Norte
FT B1.2 – Manutenção em sistema RDS – (critérios e melhores da AES Eletropaulo, e contou com a presença de 26 pessoas.
práticas)
Coordenador: Humberto A. P. Silva (IEE-USP) 4.2. Reuniões realizadas no exterior
Esta força tarefa deve concluir seus trabalhos em 2013. Foram realizadas 4 reuniões no exterior em 2012, no período
da Sessão Bienal em Paris.
3.2. Internacionais • Reunião do SC-B1, em 28/08 e 29/08, com a participação de
O Brasil tem representantes em um grupo consultivo, seis Julio Cesar Ramos Lopes.
grupos de trabalho e uma força tarefa em nível internacional. • Reunião do WG B1.37 – Guide operation of fluid filled cable
Customer Advisory Group of Study Committee B1 (CAG) systems, em 30/08, com a participação de Tarcisio Misael de Lima.
Representante: Julio Cesar Ramos Lopes – Inovatec • Reunião do WG B1. 36 – Life cycle assessment and
Consultoria. environmental assessment of underground HV cable systems,
O grupo consultivo é permanente e tem por objetivo em 30/08, com a participação de Carla Damasceno Peixoto.
identificar o público alvo do SC B1, manter comunicação ativa, • Reunião do CAG – Customer Advisory Group, em 30/08,
coletar e mapear as necessidades, e coletar e avaliar o feedback com a participação de Julio Cesar Ramos Lopes.
deste público alvo.
WG B1.23 Impact of EMF on current ratings and cable 4.3. Eventos no Brasil
systems Organização do II Workshop Internacional de Cabos Isolados,
Representante: Julio Cesar Ramos Lopes – Inovatec no dia 12/06/2012, em São Paulo, focando os seguintes temas:
Consultoria Linhas de Transmissão de Alta e Extra Alta Tensão e Gestão
Os trabalhos foram finalizados. O conteúdo da brochura de Ativos de Linhas de Transmissão Subterrâneas. Este evento
continua em aprovação pelo Comitê Técnico com previsão de contou com a presença de sete palestrantes internacionais,
publicação em 2013. integrantes do SC B1 e também com o Chairman deste SC.
WG B1.28 On site Partial Discharges Assessment Participaram deste evento 90 pessoas.
Representante: Nadia Helena Gama Ribeiro de Louredo –
EDS Engenharia 4.4. Eventos no exterior
Os trabalhos do grupo foram concluídos. Está prevista Participação na Sessão Bienal 2012 do Cigre em Paris. Pela
publicação da Brochura Técnica em 2013. primeira vez a delegação do CE-B1 contou com a participação
WG B1.35 Guide for Rating Calculations de 6 pessoas.
Representante: Márcio Coelho – Procable Os participantes foram:
O grupo iniciou seus trabalhos em 2011. • Julio Cesar Ramos Lopes, coordenador do CE-B1, Membro
WG B1.36 Life cycle assessment and environmental impact do CAG e do WG B1.23
of underground cable systems • Eduardo Karabolad Filho, secretário do CE-B1 e autor do
Representante: Carla Damasceno Peixoto – Light trabalho B1.108
O grupo iniciou seus trabalhos em 2012. • Nadia Helena Gama Ribeiro de Louredo, membro do CE-B1,
WG B1.37 Guide operation of fluid filled cable systems membro do WG B1.28, coordenadora do GT B1.05 e autora do
Representante: Paulo Deus – Eletropaulo trabalho B1.107.
O grupo iniciou seus trabalhos em 2012. • Carla Damasceno Peixoto, membro do CE-B1, membro da
WG B1.39 – On shore generation cable connections TF B1.36 e coordenadora do GT B1.12.
Representante: Aloísio José de Oliveira Lima - AJOL • Tarcisio Misael de Lima, membro do CE-B1 e Membro do
Engenharia GT B1.08
O grupo iniciou seus trabalhos em 2012. • Isael Pereira de Souza, membro do CE-B1.
TF B1.41 – Issues regarding soil thermal characteristics
Representante: Fabio Gabriel de Oliveira – Prysmian 4.5. Destaques
A TF concluiu seus trabalhos e foi aprovada a criação de novo • Realização do II Workshop Internacional de Cabos Isolados
WG durante a reunião do SC B1 em 2012. do CE-B1, com a participação de 90 pessoas e com 7 palestrantes
internacionais membros do SC-B1.
4. Atividades do CE em 2012 • Participação na Sessão Bienal do Cigre, com 6 representantes
4.1. Reuniões realizadas no Brasil na delegação, 2 trabalhos aprovados dentre os 26 selecionados
Foram realizadas duas reuniões presenciais do CE-B1 em e 5 contribuições técnicas dentre as 50 enviadas ao Special
2012, em São Paulo, com uma média de 26 participantes. A Reporter.
primeira reunião ocorreu em 26/04/2012, nas dependências

14 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


relatórios de atividades dos comitês de estudo

Comitê de Estudo C2 - Operação e Controle


Relatório Anual de Atividades de 2012 e Plano de Metas para 2013

1. Relatório Anual de Atividades de 2012 1.4.5. Destaques


1.1. Coordenação e Secretaria O CE-C2 teve uma participação destacada na 44ª Bienal do
Coordenador: Paulo Gomes, D.Sc. e Secretário: Antonio Carlos CIGRÉ no Painel de Grandes Distúrbios e nos resultados parciais
Barbosa Martins, M.Sc. do WG C2-21.
1.2. Escopo Técnico do Comitê de Estudo O Coordenador da Sessão Plenária do SC C2 destacou, ao
O escopo do SC-C2 cobre aspectos técnicos, humanos concluir a Sessão, as contribuições brasileiras.
e institucionais e condições para uma operação segura e
econômica do sistema existente considerando requisitos 2. Plano de Metas para 2013
de segurança versus desintegração do sistema, danos em 2.1. Reuniões nacionais e internacionais
equipamentos em unidades geradoras. • A primeira reunião do CE-C2 está marcada para o dia 28 de
fevereiro de 2013.
1.3. Grupos de Trabalho em Andamento Nacionais e • Reunião do GT C2-21 - Lições Aprendidas de Blecautes
Internacionais recentes na sede do CIGRÉ-Brasil, no dia 28 de fevereiro de 2013,
1.3.1. Nacionais no Rio de Janeiro.
GT1: C2-21: Lições Aprendidas dos Blecautes Recentes; • O SC-C2 se reunirá durante o Simpósio de Lisboa, de 22 a
GT2: C2-12: Aplicações de PMU no Sistema de Potência; 24 de abril de 2013.
1.3.2. Internacionais • O WG C2-21 se reunirá antes do Simpósio de Lisboa, no dia
WG C2.12 - Applications of Synchronized Phasor 20 de abril de 2013.
Measurement in Power System • O WG C2-22 se reunirá durante o Simpósio de Lisboa, no dia
WG C2.13 - Voltage/Var support in System Operations 23 de abril de 2013.
WG C2.14 - Requirement on Design an implementation of • O CE-C2 participa do Comitê Técnico do X SIMPASE, que
Restoration Tools and Procedures ocorrerá de 25 a 28 de agosto de 2013, em Belo Horizonte.
WG C.2.21 - Lessons learnt from emergencies and blackouts • O CE-C2 participa do XXII SNPTEE, que ocorrerá de 13 a 16
incidents de outubro de 2013, em Brasília, através da Coordenação do
WG C.2.22 - Resilience engineering in increasing power Grupo IV - GAT, e da Relatoria do Grupo IX, GOP.
system security minimizing the impacts • O CE-C2 participa da parte técnica do XV ERIAC, que
WG C.2.33 - Control Centre Operator Requirements: Selection, ocorrerá de 19 a 23 de maio de 2013, em Foz do Iguaçu.
Training and Certification • Reunião do WG C2.13 - Voltage/Var support in System
WG C.2.34 - Capabilities and Requirements of a Control Operations em Creta, Grécia, nos dias 28 e 29 de março de 2013.
Centre in the 21st Century Functional and Human Resources
View. 2.2. Eventos
JWG C2/C5 - Development and Changes in the Business of • Workshop Experiência adquirida com a integração de
System Operators usinas eólicas - Rui Pestana da EDP - Portugal e Miguel de La
JWG C1/C2/C6 - Coping with limits for very high renewable Torre - REE- Espanha, a ser realizado no segundo semestre de
energy 2013, em Fortaleza.
• Simpósio de Operação de Usinas Hidrelétricas e Térmicas -
1.4. Atividades do CE-C2 em 2012 SEPOCHT - a ser realizado no segundo semestre de 2013 em Foz
1.4.1. Reuniões realizadas no Brasil: do Iguaçu, sob o patrocínio da Itaipu Binacional.
• Reunião do CE-C2 realizada em 01.03.12. • O CE-C2 irá participar do Seminário Smarts Grids: Next
• Reunião do WG C2-21 realizada em 01.03.12. Generation Grids for New Energy Trends, que ocorrerá em
• Reunião da Delegação do CE-C2 para a 44ª Bienal, realizada Lisboa, de 22 a 24 de abril de 2013. Será apresentado o artigo:
em 08.08.12. “Smart Grids: A way to improve Power Systems Security”,autores
1.4.2. Reuniões realizadas no exterior durante a 44ª Bienal do Paulo Gomes e Dalton Brasil.
CIGRÉ: • CE-C2 irá participar do Colóquio 7th Southern Africa Regional
SC-C2, WG C2-21, WG C2-13, WG C2-34 e JWG C2/C5. Conference: “Innovations and good practices to support the
1.4.3. Eventos no Brasil: reliable, efficient and sustainable supply of electricity”,de 07 a 11
2º Tutorial sobre Dinâmica de Sistemas de Potência, de outubro de 2013.
ministrado pelo Dr. Prabha Kundur, de 06 a 08 de março de 2012,
na CTEEP, em São Paulo. 2.3. Metas adicionais
Tutorial sobre Experiência Adquirida com a Integração de • Realizar no primeiro semestre a segunda reunião do GT C2-
Parques Eólicos, realizado de 28 a 30 de março de 2012, em 21 - “Lições aprendidas de blecautes recentes”,
FURNAS, no Rio de Janeiro. • Realizar no primeiro semestre a primeira reunião do GT C2-
Participação no XII SEPOPE, realizado de 20 a 23 de maio de 12 - “Aplicações de PMU no Sistema de Potência”,
2012, no Rio de Janeiro, com artigos e no Comitê Técnico, sendo • Consolidação maior de Grupos-Espelho destinados a
o eng. Antonio Carlos Barbosa Martins o Coordenador Técnico apoiar os respectivos Membros Brasileiros nas suas tarefas nos
do evento. Working Groups. Os Grupos-Espelho permitirão também um
1.4.4. Eventos no exterior maior compartilhamento das informações dentro do CE-C2 e
O CE-C2 participou com 6 membros da 44ª Bienal do CIGRÉ, das próprias empresas.
realizada de 26 a 31 de agosto de 2012, em Paris.

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 15


relatórios de atividades dos comitês de estudo

Comitê de Estudo D1 - Materiais e Tecnologias Emergentes de Ensaios


Relatório Anual de Atividades de 2012 e Plano de Metas para 2013

1. Relatório Anual de Atividades de 2012 • (NOVO) WG D1.51: Dielectric performance of eco-friendly


1.1. Coordenação e Secretaria gas insulated systems – Paulo Fernandes
Coordenador: Orsino Oliveira Filho – E-mail: orsino@cepel.br
Secretário: Jayme Leite Nunes Jr. – 1.4. Atividades do CE em 2012
E-mail: jayme.nunes@nynas.com 1.4.1. Reuniões no Brasil
1.2. Escopo Técnico do Comitê de Estudo • Grupo de Apoio à Gestão do CE-D1: 24/01/2012, 4a Reunião
As atividades do CE-D1 estão relacionadas com o , Cepel, Rio de Janeiro, 10 participantes; 27/07/2012, 5 a Reunião ,
monitoramento e avaliação de: Cigre-Brasil, Rio de Janeiro, 8 participantes.
• materiais novos e existentes aplicados em tecnologia para • GT-D1.02: 01/08/2012, 6a reunião, Goiânia – GO.
o setor elétrico. • (NOVO) GT D1.03: 06/11/2012, 1a Reunião, Diagno, Curitiba
• técnicas de ensaio e medição em alta tensão. – PR, 07 participantes.
• técnicas de diagnóstico. • (NOVO) GT D1.04: 04/11/2012, 1a Reunião, Diagno, Curitiba
• tecnologias emergentes com expectativas de ter impactos – PR, 08 participantes.
significativos nos Sistemas Elétricos de Potência em • GT-D1.34: 12/2012, 4a Reunião, IEE-USP para atividade
médio e longo prazos. experimental.
• GT-D1/A2.35: 18/03/2011, 19/04/2012, 3a Reunião, Cepel,
1.3. Grupos de Trabalho em Andamento Rio de Janeiro, 9 participantes; 05/06/2012, 4a Reunião, Cepel, Rio
1.3.1. Nacionais - Coordenadores de Janeiro, 10 participantes; 11-12/12/2012, 5 a Reunião, Cepel,
• GT-D1.02 - Avaliação das Metodologias para Análise de Rio de Janeiro, com atividade experimental.
Bifenilas Policloradas em Óleo - André Sá.
• (NOVO) GT D1.03 – Ésteres Naturais Isolantes – Emissão de 1.4.2. Reuniões no exterior - Participantes
diagnóstico de defeitos incipientes pela análise cromatográfica • SC-D1: 29th August, 2012, Palais des Congres, Paris, France
de gases dissolvidos (DGA) - Helena Maria Wilhelm - Orsino Oliveira Filho (Proposta de Joint Colloquium D1/B1 no
• (NOVO) GT D1.04 Desenvolvimento de Metodologia para Brasil em 2015)
Comparação Interlaboratorial de Resultados de Ensaios em • AG-D1.01: 27th August, 2012, Palais des Congres, Paris, France
Óleos Isolantes - Paulo Fernandes - Adriana de Castro Passos Martins e Roberto Asano.
• GT-D1.34 - Técnicas PDC e LCM para Diagnóstico da • WG-D1.27: 27th August, 2012, Palais des Congres, Paris,
Condição da Isolação Sólida e do Óleo Isolante (OVI-OMI) - France, Ricardo Wesley S. Garcia substituindo Eliane Guerra C.
Humberto A. P. Silva e Helena M. Wilhelm. Gonzalez.
• GTC-D1/A2.35 - Aplicação e Interpretação do Ensaio de • WG-D1.36: Kista, Stockholm, Sept 2 through Sept 7 2012,
Resposta em Frequência em Transformadores de Potência e Fernando Dart, Reunião do WG em Maio de 2013 no Brasil.
Reatores - Helvio J. Martins. • WG-D1.38: June 04 – 06, 2012, Alexander Polasek,
• Grupo de Apoio à Gestão do CE-D1 - Orsino Oliveira Filho e Schenectady, NY, USA; August 29, 2012, Orsino Borges Filho
Jayme Leite Nunes Jr. substituindo Alexander Polasek, Palais des Congres de Paris 2,
France.
1.3.2. Internacionais - Representantes brasileiros • WG D1.44: 25th August, 2012, Ricardo Wesley S. Garcia, Palais
• AG D1.01: Liquid and Liquid Impregnated Insulation des Congres, Paris, France.
Systems - Orsino Oliveira Filho • WG D1.45: 27th August, 2012, Orsino Borges Filho
• WG D1.27: Material Properties for New and Non-ceramic substituindo Darcy R. de Mello, secretariou a reunião, Palais des
Insulation - Eliane Guerra C. Gonzalez e Darcy R. de Mello Congres de Paris, France.
• WG D1.30 - Oxidation Stability of Transformer Insulating • JWG D1-A2-47: Novembro 2012, Jayme Nunes, Dubrovnik.
Fluids - Helena M. Wilhelm
• WG D1.36: Special requirements for dielectric testing of UHV 1.4.3. Eventos no Brasil
equipment - Darcy R. De Mello, Ricardo Wesley Garcia, Orsino • Participação no XXI SNPTEE: Revisão de resumos; Relator do
Oliveira Filho e Fernando Dart GTM: Orsino Borges Filho.
• WG D1.38: Emerging Test Techniques Common to High • Participação no XV ERIAC: Revisão de resumos; Orsino
Temperature Superconducting (HTS) Power Applications - Borges Filho.
Alexander Polasek • Participação no V ENAM, 21 a 25/10/2012, Angra dos Reis.
• WG D1.40 - Functional Nanomaterials for Electric Power
Industry - Tarik Mohallem 1.4.4. Eventos no exterior
• WG D1.44: Testing of naturally polluted insulators – Ricardo Participação na Bienal do Cigre: Palais des Congres, Paris,
Wesley Garcia e Darcy R. de Mello France, 27 a 31/08/2012.
• WG D1.45: Testing of insulator performance under heavy • SC-D1 Session:
rain – Darcy R. de Mello (Secretário) e Ricardo Wesley Garcia • Orsino Borges Filho - Cepel apresentou a contribuição
• JWG A2-D1.46 - ‘Field experience with transformer solid “Effect of Extending Front Time and Overshoot of Lightning
insulating ageing markers’ – André Sá Impulse Waveforms“
• JWG D1-A2-47: New frontiers of Dissolved Gas Analysis (DGA) • Helvio J. Martins – Cepel e Tiago Bandeira Marchesan
interpretation for power transformers and their accessories - – UFSM, Helena M Wilhelm e Paulo Fenandes – Diagno
Jayme Leite Nunes Junior e Adriana de Castro Passos Martins encaminharam contribuições técnicas que foram recebidas e

16 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


relatórios de atividades dos comitês de estudo

aceitas pelos relatores. acidity”,Jayme Nunes;


• Jayme Nunes - Nynas participou da Sessão Poster com o • “Thermal Aging Study of Cellulosic Materials in Natural Ester
artigo: “Influence of low molecular acids from oxidative and Liquid for Hybrid Insulation Systems“, Roberto Asano.
thermal degradation cellulose and insulating oil on total oil Contribuições técnicas
acidity”. • Apresentaram contribuições técnicas os membros do CE D1:
• Roberto Asano – ABB participou da Sessão Poster com o Orsino Borges Filho, Helvio Martins, Tiago Bandeira Marchesan,
artigo: “Thermal Aging Study of Cellulosic Materials in Natural Roberto Asano, Helena M. Wilhelm e Paulo Fernandes.
Ester Liquid for Hybrid Insulation Systems” • Participação do CE-D1 no V ENAM, 21 a 25/10/2012, Angra
• AG D1.01: Adriana de Castro Passos Martins – Cemig. dos Reis.
(Representou o Coordendador do CE D1 na reunião do AG • Colloquium CE-D1 2015 no Brasil, Rio de Janeiro: Proposta
D1.01 - Fluid Impregnated Systems, por haver duas reuniões aprovada pelo SC-D1.
simultâneas no mesmo dia e horário) e Roberto Asano - ABB.
• SC-D1 Meeting: Orsino Borges Filho - Cepel (Apresentação 2. Plano de Metas para 2013
sobre proposta para o SC D1/B1 Joint Meetings, Tutorials and 2.1. Reuniões (nacionais e internacionais)
Colloquium in Rio de Janeiro 2015) • SC D1 (Materials and Emerging Test Techniques), Brisbane,
• Workshop - AG D1.01 “Insulating Liquids”: Cellulose Ageing. Australia, September 12, 2013.
Participaram: Adriana de Castro Passos Martins – Cemig e • AG D1.01 - Impregnated Insulation Systems, Setembro
Roberto Asano - ABB. 2013, Zurich.
• Workshop - WG D1.38: Workshop on High Temperature • WG D1.27 – Material properties for new and non-ceramic
Superconductors (HTS) – Materials, Test Techniques and insulation, WG D1.44 - Testing of naturally polluted insulators;
Applications, Orsino Borges Filho. WG D1.45 - Evaluation of insulator performance under non-
• Workshop - AG D1.03 “Insulating Gases”: New Challenges standardized environmental conditions: Wednesday, Fevereiro
for Materials and Diagnostics. Participaram: Adriana de Castro 2013, Stellenbosch University, Stellenbosch, South Africa.
Passos Martins - Cemig e Orsino Borges Filho - Cepel. • WG D1.36: Special requirements for dielectric testing of UHV
equipment, Maio 23-25, 2013, Foz do Iguaçu, Brazil.
1.5. Destaques • WG D1.38: Emerging Test Techniques Common to High
• Membros: 72 membros participaram das atividades em Temperature Superconducting (HTS) Power Applications, 24 a
algum ou mais de um grupo do CE-D1 em 2012. No total são 45 26 de Abril de 2013, Pequim, China.
instituições diferentes representadas com um ou mais membros. • JWG A2-D1.46 - ‘Field experience with transformer solid
• Criação de dois novos GTs com Termo de Referência insulating ageing markers’, April 24-26, 2013, Montreal, Canada.
aprovado pelo CE-D1: JWG D1-A2-47: New frontiers of Dissolved Gas Analysis (DGA)
• GT D1.03 – Ésteres Naturais Isolantes – Emissão de interpretation for power transformers and their accessories, May
diagnóstico de defeitos incipientes pela análise cromatográfica 06-07, 2013, Copenhagen, Jayme Nunes.
de gases dissolvidos (DGA): Helena Maria Wilhelm • Grupo de Apoio à Gestão do CE D1, Abril 2013, 6a Reunião.
• GT D1.04 Desenvolvimento de Metodologia para
Comparação Interlaboratorial de Resultados de Ensaios em 2.2. Eventos
Óleos Isolantes: Paulo Fernandes • SC-B3 (Substations) and SC D1 (Materials and Emerging
• Criação do WG D1.45: Testing of insulator performance Test Techniques) 2013 Joint Colloquium and SC meetings, and
under heavy rain: Motivado também pela apresentação associated WG meetings, in Brisbane, Australia, 8 - 13 September
brasileira no Workshop Large Disturbances, 2010 Cigré Session, 2013. Tema:“Managing Substations in the Power Systems of the
“The Brazilian Blackout November 10th, 2009”, por publicações Future – Trends in Technology, Design, Materials and Diagnostics”.
técnicas brasileiras em eventos internacionais e discussões • XV ERIAC, Período: 19/05/2013 a 23/05/2013, Local: Foz do
técnicas com participação de membros do Brasil no WG D1.36: Iguaçu - Hotel Golden Tulip Internacional.
Special requirements for dielectric testing of UHV equipment. • I CMDT - Colóquio sobre Materiais Dielétricos e Técnicas
Membro do CE-D1, Darcy Ramalho, é o secretário deste WG Emergentes de Ensaios e Diagnóstico, Período: 05/08/2013 a
D1.45. 06/08/2013, Local: Curitiba – PR, Comitê: CE D1.
• WG D1.27: Material Properties for New and Non-ceramic • XXII SNPTEE, Período: 13/10/2013 a 16/10/2013, Local: Brasília.
Insulation: Membro do CE D1, Eliane Guerra C. Gonzalez,
contribuindo com um capítulo da Brochura Técnica.
• WG D1.38: “Emerging Test Techniques Common to High
Temperature Superconducting (HTS) Power Applications”:
Membro do CE D1, Alexander Polasek, atuando como
responsável por um capítulo da Brochura Técnica.
• Participação da pesquisadora Helena Maria Wilhelm -
Diagno na elaboração da Brochura Técnica: Oxidation Stability
of Insulating Fluids, Ed. Junho/2012, WG D1.30: Oxidation Stability
of Transformer Insulating Fluids, Convenor: Ivanka Atanasova-
Hoehlein (DE).
• Participação na Bienal 2012

Artigos aprovados
• “Influence of low molecular acids from oxidative and
thermal degradation cellulose and insulating oil on total oil

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 17


XXI SNPTEE

Avaliação do Comportamento Harmônico do Sin


Frente à Inserção de Múltiplos Elos Ccat

Fabricio Lucas Lirio l Sergio Luis Varricchio CEPEL

RESUMO - O Sistema Interligado Nacional (SIN) no alternativa selecionada para o CHE Belo Monte, conter
horizonte de 2019 pode, dependendo da definição seis bipolos (12 estações conversoras de 12 pulsos)
de alternativa da CHE Belo Monte, conter seis bipolos conectadas ao subsistema Sudeste. A rede CA com
conectadas ao subsistema Sudeste. A rede CA com múltiplas alimentações CC assim formada esta sujeito
múltiplas alimentações CC assim formada esta sujeito a interações harmônicas decorrentes da proximidade
a interações harmônicas decorrentes da proximidade elétrica das diversas injeções harmônicas existentes.
elétrica das diversas injeções harmônicas existentes. Neste artigo será apresentada uma avaliação do
Neste artigo será apresentada uma avaliação do comportamento harmônico da rede CA do subsistema
comportamento harmônico da rede CA do subsistema Sudeste no horizonte 2019 considerando as injeções
Sudeste considerando as injeções harmônicas dos elos harmônicas dos elos de corrente contínua associados
de corrente contínua associadas à UHE Itaipu, AHE à UHE Itaipu, AHE Madeira e CHE Belo Monte. A
Madeira e CHE Belo Monte. alternativa para escoamento do CHE Belo Monte que
será avaliada neste trabalho é aquela com o reforço do
PALAVRAS-CHAVE - Comportamento Harmônico, sistema CA de 500 kV para o aumento da interligação
Elos de Corrente Contínua, Interação Harmônica. Norte-Nordeste e dois bipolos de 4000 MW em 800 kV
para aumento da interligação Norte – Sudeste. Sendo
1.0 INTRODUÇÃO que a subestação de Estreito 500 kV será considerada
para conexão dos dois bipolos desta alternativa.
A configuração atual do Sistema Interligado No presente artigo a rede CA do SIN no horizonte
Nacional (SIN) possui o sistema de transmissão de 2019 será representa no Programa HarmZs [1]
corrente contínua associado à Usina Hidrelétrica de desenvolvido pelo CEPEL. Este programa permite
Itaipu composto por dois bipolos de 3150 MW na a leitura de arquivos históricos do programa
tensão em ±600 kV conectados à subestação Ibiúna 345 de fluxo de potência ANAREDE do CEPEL e dos
kV. No entanto os estudos de planejamento definiram arquivos de dados dinâmicos do programa de
que as usinas do Aproveitamento Hidrelétricos do estabilidade eletromecânica ANATEM também do
Rio Madeira serão conectadas ao subsistema Sudeste CEPEL. Esta leitura objetiva o aproveitamento de
através de dois bipolos de 3150 MW na tensão de ±600 dados de componentes de rede como elementos
kV conectados na SE Araraquara 500 kV. “shunts”, linhas de transmissão, transformadores,
Adicionalmente a este sistema, o grupo estudos cargas e máquinas do sistema (resistências de
das alternativas de transmissão do Complexo armadura e reatâncias subtransitórias). Apesar deste
Hidrelétrico de Belo Monte avalia a possibilidade de aproveitamento, ainda existe a necessidade da leitura
escoar a potência gerada para o subsistema Sudeste de dados complementares, necessários para análise do
utilizando dois bipolos de corrente contínua. Diversas comportamento harmônico da rede elétrica, como por
subestações foram avaliadas para conexão destes exemplo, dados de filtros harmônicos e de fontes de
bipolos ao subsistema Sudeste, tais como, Estreito 500 correntes harmônicas.
kV, Nova Iguaçu 500 kV, Fernão Dias 500 kV, Bauru 440 Neste artigo os filtros harmônicos das estações
kV e Oeste 440 kV. conversoras associadas ao CHE Belo Monte
Portanto, o subsitema Sistema Interligado serão considerados iguais aos filtros harmônicos
Nacional no horizonte de 2019 pode, dependendo da considerados nos estudos de planejamento do AHE

18 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


XXI SNPTEE

Madeira, enquanto os filtros harmônicos associados a - Ibiúna 345 kV:


transmissão de Itaipu serão representados conforme • Potência nominal: 6264 MW – 2 bipolos de 3132
dados disponíveis da subestação de Ibiúna 345 kV. MW (8 pontes de 6 pulsos)
As fontes de correntes harmônicas serão • Transformador retificador:
obtidas com a utilização do Programa HHVDC • potência nominal: 471 MVA
[2], desenvolvido pelo CEPEL. Neste programa os • relação de transformação: 345/127.4 kV
elos CCAT serão modelados individualmente com • reatância de comutação: 17.8%
o objetivo de calcular as correntes harmônicas • Linha CC:
características resultantes da operação equilibrada • tensão: 600 kV
dos elos de corrente contínua. As correntes • resistência: 10.47 Ω
harmônicas não características resultantes da • Transformador inversor:
operação desequilibrada do elo (tensões de • potência nominal: 450 MVA
seqüência negativa, desequilíbrio nas impedâncias • relação de transformação: 345/122 kV
do transformador e assimetria de disparo) também • reatância de comutação: 17.2%
serão calculadas. Os resultados obtidos com o
Programa HHVDC serão validados com o programa - Araraquara2 500 kV:
de transitórios eletromagnéticos PSCAD/EMTDC. • Potência nominal: 6300 MW – 2 bipolos de 3150
As injeções harmônicas calculadas serão injetadas MW (4 pontes de 6 pulsos)
na rede CA do Programa HarmZs para cálculo das • Transformador retificador:
distorções harmônicas resultantes. • potência nominal: 945 MVA
Os resultados obtidos servirão de base para uma • relação de transformação: 500/254.6 kV
avaliação da distorção harmônica do sistema com • reatância de comutação: 17.5%
múltiplas alimentações CC e do nível de acoplamento • Linha CC:
harmônico entre as barras CA onde estão localizadas • tensão: 600 kV
as estações conversoras das transmissões CCAT. • resistência: 16.44 Ω
• Transformador inversor:
2.0 DADOS DO SISTEMA ELÉTRICO • potência nominal: 876.3 MVA
• relação de transformação: 500/236 kV
2.1 Rede Elétrica • reatância de comutação: 17.5%
A alternativa de reforços das interligações para
escoamento do CHE Belo Monte que será avaliada - Estreito 500 kV:
neste trabalho é aquela com o reforço do sistema • Potência nominal: 8000 MW – 2 bipolos de 4000
CA de 500 kV para o aumento da interligação Norte- MW (4 pontes de 6 pulsos)
Nordeste e dois bipolos de 4000 MW em 800 kV para • Transformador retificador:
aumento da interligação Norte – Sudeste. Sendo que • potência nominal: 1286 MVA
a subestação de Estreito 500 kV será considerada para • relação de transformação: 500/335.1 kV
conexão dos bipolos nesta alternativa. • reatância de comutação: 15%
O cenário avaliado neste informe corresponde • Linha CC:
ao Sistema Norte exportador em carga pesada no • tensão: 800 kV
horizonte 2019, no qual as injeções no Sistema Sul – • resistência: 19.6Ω
Sudeste dos elos CCAT são máximas. • Transformador inversor:
• potência nominal: 1286 MVA
2.2 Elos de Corrente Contínua • relação de transformação: 500/335.1 kV
Na alternativa avaliada os conversores localizados • reatância de comutação: 15%
em Ibiúna 345 kV, Araraquara2 500 kV e Estreito 500
kV no Sistema Sul – Sudeste possuem maior potencial 2.3 Filtros Harmônicos
de interação harmônica por estarem eletricamente Os filtros harmônicos utilizados neste estudo estão
próximos. A seguir são descritas as principais localizados nas subestações (SEs) de Ibiúna 345 kV
características destes conversores: (barra no 3691), Araraquara2 500 kV ((barra no 5202)

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 19


XXI SNPTEE

e Estreito 500 kV (barra no 4302). Na Figura 1 – está Tabela 2: Valores dos parâmetros do filtro de
mostrado o conjunto de filtros harmônicos instalado na Araraquara2 e Estreito (500 kV)
SE Ibiúna 345 kV. Nesta figura, estão mostrados quatro
tipos de filtros: “High pass” (HP), 3º / 5º harmônicos
(3/5), 11º º / 13º º harmônicos (11/13) e banco de
capacitores. As legendas nas partes superiores dos
retângulos indicam a quantidade e tipo de filtro. O
total de potência reativa fornecido por este conjunto
é de 3070 MVAr. Os valores dos parâmetros dos filtros
estão apresentados na Tabela 1. Na Figura 3 estão mostradas as curvas de reposta
em frequência do módulo das impedâncias dos
conjuntos de filtros harmônicos instalados em Ibiúna
345 kV (curvas azuis) e Araraquara2 500 kV / Estreito
500 kV (curvas vermelhas). Estas curvas foram traçadas
em escala linear e logarítmica.

Figura 1 – Conjunto de filtros instalado na SE Ibiúna


345 kV
Tabela 1: Valores dos parâmetros dos filtros de
Ibiúna 345 kV

Figura 3 – Módulo das impedâncias dos conjuntos


de filtros instalados em Ibiúna 345 kV e Araraquara2
500 kV / Estreito 500 kV

Nas SEs de Araraquara2 500 kV e Estreito 500 kV 3.0 RESPOSTA EM FREQUÊNCIA DA REDE
estão instalados conjuntos compostos por oito filtros
do tipo mostrado na Figura 2 –. O total de potência Na Figura 4 estão mostradas as curvas de resposta
reativa fornecida por cada conjunto é igual a 3656 em frequência, em escala logarítmica, do módulo
MVAr. Os valores dos parâmetros deste filtro estão das impedâncias próprias das barras dos conversores
apresentados na Tabela 2. (Ibiúna 345 kV, Araraquara2 500 kV e Estreito 500 kV)
e de transferência entre elas, considerando o sistema
com (curva vermelha) e sem (curva azul) os conjuntos
de filtros harmônicos. As linhas pretas verticais,
mostradas nos gráficos das figuras, estão situadas
nas frequências do 11º, 13º, 23º, 25º, 35º, 37º, 47º e
49º harmônicos. As cargas lineares do sistema foram
modeladas por circuitos abertos, por representar o caso
de menor amortecimento. Como se pode observar,
as curvas vermelhas apresentam valores de módulos
bem menores do que os respectivos valores das curvas
azuis, o que representará menores distorções quando
Figura 2 – Filtro instalado nas SEs Araraquara2 e os elos injetarem correntes harmônicas no sistema,
Estreito ( 500 kV) mostrando a eficácia dos filtros instalados.

20 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


XXI SNPTEE

Figura 4 – Módulo das impedâncias próprias das barras dos conversores e de transferência entre elas:
(a) |z3691,3691|, (b) |z3691,5202|, (c) |z3691,4302|, (d) |z5202,5202|, (e) |z5202,4302|, (f) |z4302,4302|

4.0 CÁLCULO DAS INJEÇÕES HARMÔNICAS disparo das válvulas; representação de desequilíbrios
no sistema CA através de variações nas magnitudes e/
4.1 Representação no Programa HHVDC ou fases das tensões; e possibilidade de representação
O Programa HHVDC calcula os harmônicos de tensão de desequilíbrio através da variação do valor nominal
CC e de correntes CA de um sistema CCAT onde existam da relação dos transformadores conversores.
desequilíbrios ou não no lado retificador ou no inversor, Na formulação do Programa HHVDC, tem-se as
ou em ambos terminais. Os desequilíbrios podem ser seguintes simplificações para análise da operação
provenientes de perturbações nas tensões dos sistemas dos conversores: corrente na linha CC sem ondulação
CA ou por tolerâncias de projeto e de fabricação dos (“ripple”); tensões CA puramente senoidais (sem
equipamentos a serem utilizados nas estações conversoras. distorções) equilibradas ou não; as reatâncias de
As possibilidades de representação de assimetrias/ comutação dos transformadores dos conversores
desequilíbrios existentes são: desequilíbrios nas não são afetadas por este desequilíbrio de tensão; as
reatâncias entre transformadores e entre as fases de resistências dos enrolamentos dos transformadores,
um mesmo transformador; assimetrias nos instantes de as quedas de tensão nas válvulas e nos reatores CC

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 21


XXI SNPTEE

somente são levadas em consideração no cálculo dos Os resultados apresentados na Figura 2 demonstram
valores médios das tensões CC do retificador e do que os valores obtidos no HHVDC são muito próximos
inversor sob a forma de quedas de tensão constantes. aos do PSCAD-EMTDC. As diferenças observadas
A entrada de dados do HHVDC envolve o devem-se as simplificações adotadas na modelagem
conhecimento de alguns parâmetros do sistema CA, utilizada pelo Programa HHVDC que foram descritas
transformadores dos conversores, conversores ou pontes na subseção anterior.
conversoras e controle do sistema CCAT.
5.0 CÁLCULO DAS DISTORÇÕES DE TENSÃO
4.2 Verificação dos Resultados
A comprovação dos resultados obtidos no Programa Na Figura 6 são apresentados os valores de distorção
HHVDC foi feita utilizando a comparação com o programa de tensão para as subestações conversoras com e sem
de transitórios eletromagnéticos PSCAD-EMTDC. No a presença dos filtros CA. Verifica-se que sem os filtros
exemplo de verificação de resultados todo o sistema CA as maiores distorções de tensão ocorrem em Ibiúna,
CCAT formado pelo bipolo Xingu - Estreito foi modelado podendo atingir, por exemplo, valores superiores a 9%
no PSCAD-EMTDC e no Programa HHVDC utilizando os para o 13º harmônico. A inserção dos filtros CA reduz
dados apresentados na subseção 2.2. O sistema CCAT de maneira efetiva as distorções harmônicas. Nestas
foi conectado a barras infinitas nos terminais CA do condições as distorções de tensão são inferiores a
retificador (Xingu 500 kV) e do inversor (Estreito 500 kV), 0.4%, sendo que o maior valor observado é pouco
sendo que as tensões CA deste exemplo são: superior a 0.3% em Estreito.
• Xingu 500 kV – magnitude: 1.038 pu; ângulo: Sem a presença dos filtros CA a distorção harmônica
48.2º; tap: 1.052; total (DHT) é de 12.37% em Ibiúna 345 kV, 3.65% em
• Estreito 500 kV – magnitude:1.096 pu; ângulo: Araraquara2 500 kV e de 2.49% em Estreito 500 kV.
-12.7º; tap: 1.166. Após a inserção dos filtros os valores de DHT são de
A seguir são apresentados os resultados 0.33% em Ibiúna 345 kV, 0.27% em Araraquara2 500
comparativos para o sistema sem desequibrios: kV e 0.33% em Estreito 500 kV ilustrando a eficacia dos
filtros CA na redução da distorção harmônica total.

Figura 6 – Distorções de tensão nas barras CA das


Figura 5 – Comparação entre EMTDC e HHVDC para conversoras considerando as injeções harmônicas de
a corrente injetada pelo bipolo de Estreito 500 kV: Ibiúna 345 kV, Araraquara2 500 kV e Estreito 500 kV: (a)
(a) módulo e (b) ângulo. sem filtros CA e (b) com filtros CA

22 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


XXI SNPTEE

Na Figura 7 são apresentados os valores de 0.42% em Ibiúna, 3.00% em Araraquara2 e 2.31%


distorção de tensão para as SEs conversoras em Estreito. Quando os filtros CA estão presentes
considerado-se apenas a injeção harmônica em os valores de DHT são mitigados para 0.01% em
Ibiúna 345 kV. Sem os filtros CA, a DHT em Ibiúna Ibiúna, 0.16% em Araraquara2 e 0.32% em Estreito.
é de 12.45%, mostrando que a maior parte da
distorção harmônica em Ibiúna deve-se a própria
injeção harmônica desta barra. A influência da
injeção harmônica de Ibiúna nas demais SEs
converoras resulta em um DHT de 0.71% em
Araraquara2 e 0.65% em Estreito. Inserindo os
filtros CA a DHT é reduzida para 0.32% em Ibiúna,
0.02% em Araraquara2 e 0.01% em Estreito 500
kV.

Figura 8 – Distorções de tensão nas barras CA das


conversoras considerando apenas a injeção harmônica
de Araraquara2 500 kV: (a) sem filtro CA e (b) com filtro
CA.

Considerando-se apenas a injeção harmônica


em Araraquara2 500 kV, As distorções de tensão
para as SEs conversoras são apresentadas na Figura
Figura 7 – Distorções de tensão nas barras CA das 9. Verifica-se que a exemplo da condição anterior,
conversoras considerando apenas a injeção harmônica as maiores distorções de tensão, sem a presença
de Ibiúna 345 kV: (a) sem filtro CA e (b) com filtro CA. dos filtros CA, ocorrem em Araraquara2 e Estreito
e são da ordem de 3%. Com a inserção dos filtros
As distorções de tensão para as SEs conversoras CA as maiores distorções de tensão verificadas são
considerando-se apenas a injeção harmônica em inferiores a 0.3% em Estreito. Considerando-se
Ararquara2 500 kV é apresentada na Figura 8. As apenas a injeção harmônica deEstreito e a ausência
maiores distorções de tensão, sem a presença dos dos filtros CA, os valores de DHT são de 0.57% em
filtros CA, são da ordem de 2% e são observadas em Ibiúna, 3.43% em Araraquara2 e 3.91% em Estreito.
Araraquara2 e Estreito. Com a inserção dos filtros Quando os filtros CA estão presentes os valores de
CA as maiores distorções de tensão verificadas são DHT são mitigados para 0.01% em Ibiúna, 0.40% em
inferiores a 0.4% em Araraquara. Considerando- Araraquara2 e 0.01% em Estreito.
se apenas a injeção harmônica de Araraquara2 e a
ausência dos filtros CA, os valores de DHT são de

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 23


XXI SNPTEE

comprovar a eficiência dos filtros CA e verificar


em quais das SEs conversoras ocorrem valores
significativos de distorção de tensão. Através da adição
das correntes harmônicas dos elos CCAT ao modelo da
rede de maneira individual verificou-se a evolução da
distorção harmônica total e o nível de acoplamento
(interação harmônica) entre as SEs conversoras.
Verificou-se que os estudos de análise do
comportamento harmônico de redes elétricas com
múltiplos elos CCAT podem ser realizados de maneira
adequada utilizando-se os programas de análise de
redes elétricas. Para esta finalidade os dados elétricos
(tais como: parâmetros da rede elétrica, filtros CA e
injeções harmônicas) devem ser incluídos de maneira
criteriosa na representação da rede elétrica.

7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Cristiano de Oliveira Costa, Sergio Luis Varricchio


e Franklin Clement Véliz, “Manual do Usuário
do Programa HarmZs Versão 1.7 para Estudo do
Comportamento Harmônico e Análise Modal de
Redes Elétricas”, Relatório Técnico CEPEL, No. DSE
51747 / 2007.
Figura 9 – Distorções de tensão nas barras CA das [2] Antônio de Pádua Guarini, Flávio Vanderson e José
conversoras considerando apenas a injeção harmônica Luiz Resende Pereira, “Programa para Cálculo de
de Estreito 500 kV: (a) sem filtro CA e (b) com filtro CA. Harmônico em Sistemas de Transmissão CCAT -
Manual do Usuário – Versão 4.0”, Relatório Técnico
6.0 CONCLUSÕES CEPEL, No. DPP/POL 537 / 2000.

Este informe técnico descreveu uma seqüência


de procedimentos para avaliação do comportamento
harmônico de redes elétricas alimentadas por
múltiplos elos CCAT.
A resposta em frequência da rede elétrica foi
avaliada, com particular interesse nas impedâncias
próprias e de transferência das barras das SEs
conversoras. Em seguida foi verificada a eficácia dos
filtros CA instalados nestas SEs. Os dados dos filtros
CA e da rede elétrica foram utilizados para construir o
modelo da rede elétrica no HarmZs.
As injeções de corrente harmônica dos elos CCAT
foi calculada utilizando o HHVDC e a validade destes
resultados foi confirmada através de comparação com
o programa de transitórios eletromagnéticos PSCAD-
EMTDC.
As correntes harmônicas foram adicionadas ao
modelo da rede e as distorções de tensão foram
calculadas. A análise destes resultados permitiu

24 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


XXI SNPTEE

Viabilização da Implantação de Subestações em


Locais com Restrições de Ocupação

Daniel Perez Duarte FDTE l Guilherme M. T. Kobayashi CELESC S/A l Antônio Paulo da Cunha l Marcelo A. Pelegrini FDTE

RESUMO - As barreiras à penetração de instalações base de remuneração regulatória (BRR).


elétricas de potência em grandes centros urbanos são A fórmula apresentada a seguir apresenta o método
cada vez mais freqüentes, resultando muitas vezes em de cálculo do IAS.
fatores decisivos no processo de viabilização ou não de
um empreendimento desta natureza.
Este trabalho buscou selecionar e analisar de
modo abrangente alternativas de compactação de
subestações em seus diversos setores (AT, MT, BT e Sendo:
demais sistemas), propondo combinações destes DM = Demanda Máxima, em MVA;
para posterior incorporação aos padrões existentes TCA = Taxa de Crescimento Anual de carga atendida
na CELESC. A análise dos conjuntos de alternativas pela subestação;
concebidas é realizada considerando aspectos técnicos, PTI = Potencia Total Instalada, em MVA.
econômicos e regulatórios, assim como impactos e
benefícios intangíveis e subjetivos, valorados segundo Este fato, somado aos demais, impele as empresas à
metodologia concebida para este fim. busca incessante por padrões de instalações de menor
capacidade e mais compactos, pois além de garantir
PALAVRAS-CHAVE - Subestações Compactas, melhor rentabilidade dos investimentos realizados,
Análise Regulatória de Investimentos, IEC61850, minimiza os riscos decorrente de erros de previsão de
Impacto Ambiental. demanda futura, uma vez que adiciona blocos de potência
instalada no sistema de forma escalonada no tempo. Além
1.0 INTRODUÇÃO disso, devido a incertezas e alterações no planejamento do
sistema elétrico, a empresa está buscando alternativas de
A realização de empreendimentos no setor de subestações com tempo de execução reduzido.
energia enfrenta diversas restrições de caráter ambiental, Neste cenário, o estudo apresentado neste trabalho
urbanístico ou de aceitação pela comunidade vizinha, tem como objetivos o desenvolvimento de soluções
tanto pelo avanço da legislação referente ao tema, para implementação de subestações 69 kV ou 138
quanto pela constante pressão da sociedade pela kV na área de concessão da CELESC, com tempo de
diminuição desses impactos. construção reduzido e necessidades mínimas de
Áreas urbanizadas e densamente ocupadas, que terreno, assim como a definição de critérios de análise
normalmente abrangem regiões com maior demanda de custo - benefício de alternativas de subestações.
por energia, oferecem pouca disponibilidade de
terrenos para a construção de subestações e, quando 2.0 ESTADO DA ARTE EM COMPACTAÇÃO
disponíveis, apresentam um alto custo, o qual pode DE SUBESTAÇÕES
inviabilizar a realização do empreendimento.
O arcabouço regulatório brasileiro, por sua vez, 2.1 Tecnologias de Equipamentos de Manobra em
incentiva as concessionárias a trabalharem no sentido Alta Tensão
de otimizar a reserva de capacidade existente pela Observando os entraves crescentes já citados,
aplicação do Índice de Aproveitamento de Subestações pesquisou-se no mercado a oferta de soluções de
– IAS, que é função do carregamento no horizonte de equipamentos que objetivassem a compactação de
dez anos ao investimento antes de sua incorporação à subestações, quer seja através de tecnologias que

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 25


XXI SNPTEE

utilizam gás pressurizado como meio isolante das periodicidade das ações de manutenção nesta política
partes vivas, ou através de arranjos otimizados de seja consideravelmente inferior às observadas na MBT.
equipamentos isolados a ar. Ressalta-se, porém que há no Brasil escassez de mão
Para a realização de estudos comparativos de obra especializada em manutenção de equipamentos
entre alternativas tecnológicas de compactação de isolados a SF6, o que pode gerar uma dependência
subestação, foram consideradas as seguintes alternativas dos fornecedores ou mesmo manuseio inadequado
de tecnologias quanto à forma de isolamento: do equipamento, prejudicando sua confiabilidade.
• Tecnologia AIS (Air Insulated Switchgear) Imagina-se, entretanto que a disseminação deste tipo
Meio isolante: Ar de tecnologia e sua aplicação em grande escala nas
• Tecnologia HIS (Hibrid Insulated Switchgear) concessionárias poderão solucionar tal entrave.
Meio isolante: Híbrido (ar para conexões e SF6 para Outro aspecto a ser considerado nesta análise
seccionamento e interrupção) comparativa é a sua confiabilidade intrínseca, isto é, a
• Tecnologia GIS (Gas Insulated Switchgear) probabilidade de desligamentos imprevistos que não
Meio isolante: SF6 (conexões, seccion. e interrupção) podem ser controlados pelo nível de manutenção. Com
Com base nos produtos oferecidos atualmente pelos base nos estudos e levantamento realizados, constatou-
fabricantes, nota-se que as tecnologias isoladas a gás SF6 se que se tem conseguido aumentar o nível de
(HIS e GIS) oferecem grande oportunidade de compactação. confiabilidade oferecido pelos equipamentos isolados
A redução de área é conseguida não só pela redução da a SF6 ao longo dos anos. Porém, para que este quesito
distância entre fases proporcionada pelo meio isolante seja determinante na escolha da tecnologia a ser
em SF6, mas também pela integração de várias funções empregada se faz necessário o cálculo da confiabilidade
e equipamentos em um único conjunto, garantindo da subestação considerando o arranjo utilizado, o
também a flexibilidade na composição de arranjos e que pode minimizar consideravelmente a diferença
expansão do sistema. Porém, não se pode estipular um valor apresentada para as diversas alternativas tecnológicas.
determinístico que represente o potencial de compactação Os dados de literatura devem ser entendidos como
destas tecnologias, pois ele depende substancialmente do referências apenas para orientar soluções, as quais em
esquema de manobra proposto, da tensão nominal dos função das topologias específicas e níveis de tensão de
equipamentos e dos espaços deixados para equipes de distribuição podem ser diferentes das indicadas.
manutenção em linha-viva. Sob a ótica da concessionária de energia elétrica,
Os equipamentos de manobra isolados a gás devem também ser considerados os impactos
SF6 são apontados pelos fabricantes como livres de ambientais decorrentes da tecnologia empregada
manutenção nos primeiros 20 ou 25 anos. A Tabela 1 a partir de sua compra, não obstante seja possível a
apresenta um quadro comparativo entre as tecnologias, análise do impacto ambiental das referidas tecnologias
considerando as políticas de manutenção supracitadas, também sob o aspecto da matéria prima utilizada para
sendo o símbolo “+” um indicativo de maior quantidade a sua fabricação. As desvantagens das tecnologias
de manutenções do tipo indicado. compactas a SF6 se restringem a questão da emissão
deste gás (que tem grande potencial para agravamento
Tabela 1 - Comparação entre filosofias de do efeito estufa) na atmosfera, fruto de vazamento. Os
manutenção de acordo com o tipo de SE arranjos convencionais, por sua vez, apresenta maior
impacto visual, necessidade de maiores terrenos para
sua instalação, maior nível de ruído e maior emissão de
campo eletromagnético.
Todos os fatores aqui expostos, como sendo
de grande importância para a escolha da solução
Observa-se que a política de Manutenção Baseada tecnológica a ser utilizada na construção de uma
na Condição do equipamento é a única onde as subestação, devem ser transformadas, na medida do
tecnologias isoladas a SF6 apresentam maior freqüência, possível, em custos para permitir uma comparação mais
justamente pelo fato destas tecnologias possuírem direta e facilitar a tomada de decisão.
maiores ferramentas de diagnóstico e monitoramento As empresas concessionárias brasileiras, como
do estado dos equipamentos. Isso faz com que a destacado na referência [4], têm a tendência de, em seu

26 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


XXI SNPTEE

processo de planejamento, dar maior importância ao custo obra completo, sem a necessidade de execução de
de investimento inicial de cada alternativa de expansão da projeto de cablagem em campo, com esquemas pré-
oferta (CAPEX), em detrimento dos custos com manutenção comissionados e com mínimos requisitos de obras
e operação (OPEX). Isto se mostra muitas vezes contra aos civis para sua instalação. Os fabricantes oferecem a
interesses regulatórios, pois em determinadas circunstâncias flexibilidade para o atendimento da necessidade da
o próprio modelo incentiva a substituição de OPEX por concessionária, compondo o produto de acordo com a
CAPEX através do reconhecimento do CAPEX na tarifa e topologia e filosofia utilizada pela empresa.
penalizando OPEX quando este atinge níveis acima do nível Este tipo de solução pode ser encontrada em duas
da Empresa de Referência. diferentes opções: aberta e fechada. Na versão aberta, o
Tendo isto em vista, nas referências de estudos container possui grandes portas em suas laterais. Cada
consultadas há um consenso de que, para a correta porta é composta de duas partes sendo uma aberta para
avaliação de cada alternativa, deve-se considerar o baixo e a outra para cima, desta forma a parte da porta
que se denomina Custo do Ciclo de Vida, ou LCC (Life que é aberta para baixo funciona como plataforma para
Cycle Cost). O referido custo engloba o montante o acesso aos painéis e cubículos pelos operadores e a
de investimentos demandados por cada uma das parte da porta que é aberta para cima funciona como
alternativas ao longo de sua vida útil, sendo os custos uma proteção para o operador contra intempéries. Na
de manutenção e operação obviamente referenciados versão fechada, o acesso do operador aos equipamentos
a valor presente com sua respectiva taxa de atualização se dá pelo interior do container. Devido às dimensões
de capital. A incorporação de aspectos regulatórios no reduzidas de um container, o produto é dotado de um
modelo de custo LCC é inovador e constitui um aspecto sistema telescópico de forma a criar um corredor no
inovador do presente trabalho. interior do container para acesso das equipes. A Figura 1
A diferença deste custo entre as tecnologias varia de ilustra ambas as soluções.
acordo com o esquema de manobra e a classe de tensão
da subestação. Com o aumento da complexidade do
esquema de manobra, a flexibilidade operativa oferecida
pelos módulos compactos a SF6 podem oferecer
soluções otimizadas, reduzindo a diferença de custo Figura 1 – Módulos Pré-fabricados na opção aberta
em relação a AIS. Por outro lado, não sendo possível e fechada [7]
a otimização do arranjo, esquemas mais complexos
podem demandar maior número de equipamentos, No desenvolvimento da pesquisa foi observado que
ampliando a diferença de preços entre as tecnologias. a adoção de alternativas pré-fabricadas e, sobretudo
O custo do terreno pode ser um elemento importante pré-comissionadas é altamente atrativa para aplicação
na equivalência dos custos citados. A variação do custo em locais onde se busca compactação e facilidade de
do m² da região onde se deseja instalar a subestação instalação, além de ser inovadora nos projetos nacionais.
pode fazer com que a relação de custos das tecnologias Em grandes centros urbanos, a minimização do tempo
seja alterada, podendo em alguns casos inverter a para a instalação de uma subestação com a redução da
relação entre estes. necessidade de execução de cablagem e grandes obras
civis pode ser quesito preponderante para viabilização
2.2 Sistemas Pré-fabricados de Média e Baixa Tensão do empreendimento.
Parte importante de uma subestação, a casa de
comando abriga uma série de equipamentos e sistemas 2.3 Automação
de apoio ao funcionamento da subestação, além de, em A automação dos processos inerentes ao
certos casos, abrigar seu pátio de média tensão. Para sua funcionamento de uma subestação possui potencial
instalação é necessária uma reserva razoável de espaço considerável de otimização de esquemas e processos
além de tempo de comissionamento em campo. que podem culminar em maior compacidade e
Existem hoje em dia no mercado opções de facilidade de instalação. Ademais, a exploração dos
instalações pré-fabricadas que englobam os sistemas recursos disponíveis pode criar oportunidades para
citados com sua instalação realizada em container. redução de custos operacionais.
A idéia é a utilização de um produto que chegue à Os recursos de automação advindos dos avanços

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 27


XXI SNPTEE

obtidos na área de comunicação, com a normalização ações de manutenção preditiva.


de protocolos e procedimentos que visem garantir a Dentro dos novos conceitos de subestações
interoperabilidade entre equipamentos de diferentes compactas, a garantia de confiabilidade na operação
fabricantes impulsionou o desenvolvimento dos do sistema deve contar também com os recursos
dispositivos de proteção potencializando os benefícios de automação de forma a compartilhar reservas de
inerentes a esta tecnologia. capacidades entre as diversas instalações, estando assim
A garantia de interoperabilidade entre os diversos em consonância com os incentivos regulatórios de
IED’s instalados em uma subestação, sobretudo através aumento do fator de utilização dos ativos e possibilitando
do serviço normalizado pela IEC 61850 chamado GOOSE, a construção de subestações de menor porte.
oferece ampla aplicação nos esquemas de proteção, A integração de subestações via rede de distribuição
pois garante a confiabilidade e a rapidez de atuação é viabilizada através da instalação de equipamentos
necessárias a esta aplicação. Ademais a linguagem de seccionamento em pontos estratégicos do sistema
de parametrização definida pela IEC 61850, chamada de forma a permitir o chaveamento de blocos de carga
Substation Configuration Language – SCL, reduz tempos na ocorrência de defeitos em um dos equipamentos
e custos de parametrização dos dispositivos. que compõem a subestação. Muitas vezes a própria
Em relação às funções de controle, a integração topologia do sistema propicia a existência de redes com
da operação de diversos equipamentos primários poucos pontos de conexão com outras alimentadas
relacionados em um único dispositivo (IED) minimiza por fontes diferentes. Nestes casos a integração entre
a necessidade de instalação de diversas Interfaces subestações via rede de distribuição fica comprometida.
Homem-Máquina. A seleção hierárquica de comando Os alimentadores escolhidos para a realização
via rede exime a necessidade de instalação de diversas da ação supracitada devem ser corretamente
chaves seletoras nos diversos níveis de comando. Com dimensionados para suportar a condução do bloco
os níveis de comando sendo representados por IED’s há de potência necessário à garantia de confiabilidade
a possibilidade de implementação de chaves virtuais, do sistema. Ademais, o sistema de proteção deve ser
reduzindo não só os painéis mas a cablagem de controle devidamente adequado à operação considerando fluxo
entre estes. bidirecional, uma vez que a fonte de alimentação pode
Por fim, no tocante às funções de supervisão variar de acordo com a condição operativa do sistema.
e monitoramento, a aquisição e transferência
de informações e dados referentes ao estado e 3.0 METODOLOGIA DE ANÁLISE DE ALTERNATIVAS
desempenho dos equipamentos e sistemas viabiliza a DE SUBESTAÇÕES
implementação de uma série de funções de supervisão
e monitoramento que servem tanto para a realização A metodologia proposta para a análise das
de estudos específicos de comportamento do sistema alternativas de subestações considera tanto aspectos
como para auxílio à tomada de decisão em relação às de quantificação direta, como custos de investimento e

Tabela 2 – Relação entre Dados de Entrada e Critérios de Análise

28 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


XXI SNPTEE

O&M como fatores intangíveis e de avaliação qualitativa, Empreendimentos com elevado IAS assim como a
como impactos ambientais. A metodologia proposta, proximidade do fim do ciclo tarifário em curso sugerem a
baseada na referência [6], avalia as alternativas segundo escolha de alternativas de maiores investimento (desde
critérios técnicos, econômicos, regulatórios e ambientais que dentro dos orçamentos disponíveis) uma vez que
de acordo com as informações básicas das alternativas a estes serão rapidamente incorporados à BRR. Por outro
serem comparadas. lado, a necessidade de investimento no ínicio do ciclo
A ideia central da metodologia proposta é, com tarifário ou em áreas com baixo crescimento de carga
base na influência dos dados de entrada nos diversos onde há dificuldade de se obter um IAS elevado sugere
critérios de análise, definir um valor normalizado de 0 a 1 a escolha por alternativas de investimento reduzido
para cada critério de cada alternativa em estudo, sendo visando minimizar as perdas decorrentes da demora
0 o mínimo benefício verificado para o critério e 1 o para incorporação à BRR ou da não remuneração da
máximo. A relação dos aspectos analisados e dos dados totalidade dos investimentos.
de entrada do modelo são apresentados na Tabela 2. De forma a exemplificar o conceito exposto, supõem-
Os dados de entrada não quantitativos, ou seja, se as alternativas de planejamento para atendimento do
que não são expressos através de valores numéricos mercado de determinada região apresentadas na tabela
passíveis de comparação, são inseridos na metodologia 4 (que não refletem exatamente os padrões atuais da
da forma apresentada na Tabela 3. Celesc-Distribuição).

Tabela 3 – Dados de Entrada Qualitativos Tabela 4 – Alternativas Analisadas.

A tabela 5 apresenta análise comparativa das


alternativas considerando exclusivamente o aspecto
referente à remuneração dos ativos via tarifa e o custo
marginal de expansão do sistema. Esta análise considera
as seguintes premissas:
• Ambas alternativas foram consideradas para o
atendimento de um mercado que no horizonte de 10
anos alcançasse a capacidade firme oferecida pelo
Alguns critérios, como o custo de investimento, sistema.
deverão ser normalizados em função de valores • O ano de instalação dos ativos é aquele
de limite orçamentário definidos pelo engenheiro imediatamente anterior ao ano base de revisão tarifária,
responsável pelo estudo, ou seja, a alternativa cujo custo ou seja, os ativos instalados entrarão na BRR sem
estiver próximo, para este critério, valor igual a 1 e a de depreciação.
maior custo valor igual a 0. Às demais alternativas serão • WACC regulatória igual a 7,5 % ao ano (valor
atribuídos valores entre 0 e 1, de forma proporcional referente ao 3º ciclo de revisão tarifária)
ao custo verificado. A seguir serão expostas algumas • Taxa de depreciação igual a 3% ao ano.
considerações sobre os critérios supracitados:
Tabela 5 – Comparação Econômica entre as
• Investimento Alternativas
Este critério analisa basicamente os custos de
investimento decorrentes da implementação do
empreendimento (CAPEX). A análise deste critério
deve ser feita em conjunto com a análise regulatória
uma vez que o custo de investimento por si só pode
não sinalizar a informação de real interesse à tomada Observa-se dos valores apresentados que, embora
de decisão por parte da concessionária. apresente esforço de investimento 25% superior, a

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 29


XXI SNPTEE

alternativa 2 possui custo marginal de expansão muito Ao final da metodologia, ter-se-ão valores entre
próximo do apresentado para a alternativa 1, mas com 0 e 1 para cada alternativa de subestação analisada,
diferença elevada entre o valor agregado a BRR. permitindo a realização de uma comparação direta
• Custos de O&M entre estas e a escolha daquela que atenda às exigências
Da mesma forma que o critério supracitado, verificadas de forma mais satisfatória.
este também deve ser analisado com enfoque
regulatório. De maneira antagônica ao critério citado 4.0 PADRÕES DE SUBESTAÇÕES COMPACTAS
anteriormente, a proximidade do fim do ciclo tarifário
minimiza os ganhos decorrentes da redução dos Com base em estudos preliminares utilizando
custos de O&M, uma vez que estes serão capturados a metodologia de análise supracitada e visando a
no momento da revisão. Por outro lado, alternativas incorporação imediata aos padrões da CELESC, foi
que minimizem os custos de O&M no início do ciclo selecionada uma solução típica que visam atender às
tarifário proporcionam ganho considerável uma vez necessidades reais da empresa, sendo esta constituída
que esta redução pode ser absorvida pela empresa de uma subestação 138 kV de chaveamento para
até o próximo processo de revisão. derivação às subestações de consumidores.
• Confiabildiade Esta solução visa mitigar um problema existente
A análise da confiabilidade da subestação decorre da atualmente na empresa, decorrente da necessidade
escolha da tecnologia empregada e do esquema de de desligamento da linha de subtransmissão quando
manobra utilizado. Este aspecto deve ser função da houver a necessidade de determinadas ações de
tensão e da potência nominal do empreendimento, manutenção nas instalações do cliente.
uma vez que os requisitos de confiabilidade variam Neste sentido, buscou-se uma solução de estação de
de acordo com esses parâmetros. chaveamento de fácil e rápida instalação, com o menor
• Flexibilidade Operativa impacto ambiental possível, mas sem deterioração
Este fator depende basicamente do esquema de do grau de confiabilidade exigido pelos grandes
manobra adotado. Neste critério são avaliadas clientes atendidos por este tipo de solução. Para esta
as alternativas de manobra em face das ações de solução foram consideradas as seguintes alternativas
manutenção requeridas, assim como a possibilidade tecnológicas.
de manobras que possibilitem a manutenção do • Entradas de Linha – Duas
serviço em situações de contingência de um ou mais • Esquema de Manobra – Barra Simples + Barra de
elementos. Transferência
• Espaço Físico e Aspectos Ambientais • Equipamentos de manobra – Tecnologia HIS
Estes fatores estão intrinsecamente ligados, pois • Equipamentos e Sistemas BT – Instalados em
os impactos ambientais decorrentes da instalação pequeno abrigo
de empreendimentos desta natureza resultam do • Automação – Supervisão e telecomando dos
aspecto estético da obra, alterações no espaço equipamentos
urbano e ambiente, além de impacto na comunidade • Instalação – Ao tempo
vizinha. Além disso, aspectos referentes à natureza
da tecnologia dos equipamentos, assim como níveis As Figuras 2, 3 e 4 apresentam, respectivamente, a
de tensão também geram impactos que devem ser situação do arranjo básico, a planta e um corte desta
mensurados, mesmo que qualitativamente, de forma solução, que demanda para sua implantação um espaço
a compor um critério de análise entre alternativas. de 51,5 x 25m.
Como a importância de cada critério de análise pode
variar de acordo com diversos fatores que caracterizam
a região onde o empreendimento será instalado e o
momento de execução da obra, devem ser atribuídos
pelo engenheiro responsável ou grupo de especialistas
envolvidos no estudo “pesos” para os diversos critérios,
de forma a direcionar a solução com a devida aderência
às necessidades verificadas. Figura 2 – Arranjo Básico – Situação

30 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


XXI SNPTEE

ótica regulatória (também considerada na metodologia)


é imprescindível no modelo de negócio em que
as concessionárias de distribuição estão inseridas
atualmente.

6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(1) GODOY, A. V. DE; GODOY, M. V. DE; SÁ, R. DE L.; “Estado


Figura 3 – Arranjo Básico – Planta Da Arte Das Subestações No Mundo e Sua Inserção
No Brasil” XIX Seminário Nacional de Produção e
Transmissão de Energia Elétrica – SNPTEE, Rio de
Janeiro, RJ, 2007.
(2) LASKOWSKI, K.; “Life Cycle Cost-Betrachtungen von
Hochspannungsschaltanlagen” Darmstadt University
Setembro 2006.
(3) CIGRÉ 381; “Gis State Of The Art 2008” Working Group
B3.17, JUNHO/2009.
Figura 4 – Arranjo Básico – Corte (4) SANTOS, A. P. L.; CARVALHO, T. S. de; “Compactação
de Subestações – Análise Econômica e Comparativa”
5.0 CONCLUSÕES Universidade Federal de Itajubá, Setembro/2009.
(5) ABB; “SACE UniCont - Mobile or transportable
A aversão da sociedade à proximidade de prefabricated medium and low voltage substations
empreendimentos de energia elétrica, juntamente for electrical energy distribution” Catálogo de
com a crescente escassez de terrenos de grandes Produto.
dimensões localizados em ambientes de alta densidade (6) KOUTLEV, K. PAHWA, A. WANG, Z. TANG, L.
populacional, impulsionam as concessionárias de “Methodology And Algorithm For Ranking Substation
distribuição na busca por soluções otimizadas, cada vez Design Alternatives”, Transmission and Distribution
mais compactas e com preocupação estética elevada. Conference and Exposition, 2003 IEEE PES, Volume: 2,
Observa-se que há atualmente no mercado pp.: 491- 496 vol.2, Setembro/2003.
grande variedade de tecnologias e sistemas que vão (7) ABB; “SACE UniCont - Mobile or transportable
de encontro com este objetivo, tanto no que se refere prefabricated medium and low voltage substations
aos equipamentos de força propriamente ditos, como for electrical energy distribution” Catálogo de
em relação aos cada vez mais sofisticados sistemas de Produto.
automação que otimizam projetos de cablagem e de
estações de trabalho.
Neste cenário, é de vital importância a definição
das combinações ótimas de tais tecnologias, visando
alcançar os objetivos almejados no momento da
implementação de uma subestação. Para tanto, a
metodologia de análise de alternativas proposta neste
trabalho oferece valioso apoio à tomada de decisão
do engenheiro responsável para maximização dos
benefícios oferecidos pelo empreendimento com a
máxima mitigação dos possíveis entraves.
Esta metodologia possui o mérito de tratar os
aspectos qualitativos com valoração normalizada,
de forma a permitir sua quantificação e possibilitar
a comparação direta entre diferentes alternativas.
Ademais, a análise deste tipo de empreendimento sob a

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 31


bienal 2012

Program for Reform and Modernization of Cemig


GT Hydro Power Plants

Leontina Pinto l Daniel Sica l Jacques Szczupak ENGENHO Denis Silva l Tércio Ambrizzi IAG/USP

SUMMARY - Cemig GT, an electricity generation a structured and integrated set of interventions (reforms
and transmission enterprise in the CEMIG group, is and modernizations) of its main plants, involving the
one of the largest Brazilian companies in this sector. It investment of resources on the order of R$ 1.7 billion
has an installed capacity of 6,335 MW, of which 82% (US$ 1.07 billion), spread over the next 15 years, based on
comes from its hydro power plants, which have been in technical and economic rankings produced based on the
operation from between 12 to 56 years. facility diagnostics, which will also appear in this paper.
In a scenario of an expanding Brazilian economy An updated diagnostic of the plants is being
(Brazilian GDP in 2010 showed growth of 7.5% and in presented, as is the input for the Program, and what Cemig
2011 is expected to grow by close to 4%), Cemig GT has GT is seeking through the Program (the composition of
been very concerned with expanding its business in the the scope), as well as the details of the implementation
generation and transmission of electricity, a basic input schedule and how the company organized itself for
for the continuity of the nation’s economic growth, as planning, approval and implementation. The planning
well as with continuing its actions aimed at maintaining for and monitoring of the risks that may threaten or be
its generating facilities. beneficial to the implementation of the Program are
Due to the age of its operating plants, many major also discussed.
maintenance actions such as reforms or capacity
restoration of its principal equipment (turbines and KEYWORDS - Reform – Modernization – Program –
generators), as well as the modernization of their Hydro Power Plant – Maintenance – Diagnostic
protection, control, regulation and other systems,
have been undertaken recently. Often, however, these 1.0 PROGRAM DESCRIPTION
maintenance actions were undertaken in an isolated
manner, each facility with its own actions based solely The Hydro Power Plant Reform and Modernization
on the individual diagnostics. These actions consisted Program is a structured set of actions to be undertaken
simply of given action for equipment or systems, at the large power plants owned by Cemig Geração e
corrective or preventive, individually or in groups, in Transmissão S. A. in order to deal appropriately with an
order to eliminate the problems identified in their important systemic issue related to the national electric
diagnostics. These actions, taken in isolation and/ system: the approaching end of the useful operational
or at different periods, increased the unavailability lives of a set of 10 (ten) hydro power plants of enormous
of operating facilities or even resulted in delays that economic importance to the Company and the Cemig
interfered negatively with other scheduled actions, Group, which are listed below:
therefore, increasing costs and postponing originally
established deadlines.
In parallel, the aging of plants and this system of
isolated maintenance have led to numerous requests
for approvals of significant resources at various plants
almost simultaneously, raising concerns among the
company’s upper management.
Therefore, seeking a new way of working, the Table I – Cemig GT Principal Hydro Power Plants
company recently launched (January, 2011) the Program included in the Program
for Reform and Modernization of Cemig GT Hydro Power *Including an expected 20-year extension of the
Plants, to be detailed in this paper. It basically consists of concession contract.

32 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


bienal 2012

The expression reform and modernization refers, in the company. Therefore, in order to allow for the bidding
this study, to the set of services and equipment intended processes and resulting contracts, it is necessary to approve
to produce a restoration of capacity and technological the Program with the proposed time horizon.
updating of the original design, eliminating equipment
that is obsolete and that cannot be replaced by the market,
restoring the global performance of the facility, reversing
the growth trend in the failure rate, guaranteeing safe
operation, ensuring availability, meeting established
requirements and avoiding penalties imposed by the
Granting Power, protecting the Company’s image
and operational revenues and, also, improving the
environmental performance and ensuring the conservation
of these assets until the end of the concession period. The
Program does not include increases in power or alterations Fig. 1 – Cemig GT plants with the Worst Availability
to the physical guarantee of the plants. Factor Performance (AF)

1.1 – Justifications for the Program proposition 2.0 DIAGNOSTIC OF THE PLANTS
The formulation and execution of the program is
based on the following justifications: All the assets that comprise Cemig GT’s generation
a) Reversal of the downward trend in operational facilities, especially the electromechanical equipment, are
availability at the facilities, as can be seen in Fig. I; maintained and preserved by means of maintenance plans,
b) mitigation of significant risks of (list is not which include periodical inspections, predictive monitoring
exhaustive): techniques, corrective actions and scheduled stoppages for
• accidents of any nature affecting operational systematic maintenance at intervals predetermined with
safety for people and facilities, including those with the use of maintenance engineering criteria.
environmental impacts; Even though they undergo regular maintenance, the
• exposure to the Assured Energy Reduction performance of the typical electromechanical equipment
Mechanism – MRA, with an impact on the plant’s at hydro power plants is compromised after about thirty
operational revenues; years of service, as a result of natural wear from use
• penalties imposed by the Regulatory Authority, the and of obsolescence. From this point on, an increase in
National Electric Energy Agency – Aneel, under the failure rates can be observed, associated with an increase
terms of the sector regulations; in maintenance costs, which indicates the need to
• loss of economic value for the Cemig GT and Cemig undertake reform and restoration projects. The bathtub
(holding company) brands, with a loss of corporate curve shown in Figure II shows, in a conceptual manner,
reputation and credibility among society and the the probability of failure of the electromechanical
financial and capital markets; equipment at hydro power plants in relation to the time
• reduction in operational safety for people and the plant has been in operation:
facilities, with possible events that may lead to
tangible and intangible losses;
c) interruption in the trend towards rising operational
expenses related to operation and maintenance over
the course of many years;
d) planning with a long term view of the actions
necessary at the plants involved in the Program and of the
various procurement bidding processes that will be needed;
e) the bidding processes for the complementary reform
and modernization services will involve, in most cases,
medium and long term contracts, the period of validity of Fig. II – Bathtub Curves for Equipment at Hydro
which will exceed the time horizon normally approved by Power Plants

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 33


bienal 2012

In the next 15 years, based on a horizon year of 2025,


Cemig GT’s main generation facilities will complete their
first or second useful life cycles, as can also be seen in
table I. The following points related to the Diagnostic of
Cemig GT’s Generation Facilities are of note:
a) The problems identified are recorded in periodically
updated technical and executive updates as part of the
Engineering and Maintenance routine, which qualifies Fig. III – Diagnostic Ranking of Cemig GT’s Plants in
the physical and operational status of the plants. August/2010 (higher = worse situation)
b) The problems that occur at the facilities are clearly
and definitively associated with natural wear resulting 3. 0 PROGRAM SCOPE
from the intense operation of these assets over the years.
It must also be noted that these assets are, also, of great In addition to the technical aspects of the operation
importance to the Brazilian National Interconnected and maintenance, the plant Reform and Modernization
System – SIN. Program allows for advance planning in stages (Figure
c) As can be seen, this wear frequently affects IV) of the engineering activities, thus preventing the
equipment that is important to the operation of the abovementioned risks and also avoiding repeated approval
plant, such as turbines, generators, transformers and requests and processes for smaller action project of a similar
fundamental auxiliary systems. scope.The plan for the execution for the Program takes into
As a result of the Diagnostic Study of the Generation consideration the sector rule (resolution 688/2003, of Dec.
Facilities, the technical-economic ranking shown in 24, 2003, from Aneel, and Operational Routine RO-AO.BR.04,
figure III was developed by the company’s maintenance from the National System Operator – ONS) which allows,
engineering specialists. The following aspects were provided advance notice is given to Aneel and a technical
taken into consideration when calculating the scores: report is later delivered to the ONS, for the unavailability
• failure rate at the facilities per set of equipment; to be excluded from the calculation, for MRA application
• operative unavailability caused by preventive and purposes, up to a total period of 12 months of scheduled
corrective maintenance; stoppage for work on the equipment for every 30 years of
• operational age of the facility; operation for each generation unit. Therefore, stopping the
• net operational revenues of the facilities; machinery in order to execute the Program will not result in
• simulation of possible financial impacts of penalties through the application of the MRA.
operational revenues resulting from penalization Generally speaking, the technical scope of the
scenarios due to the application of the Assured Energy reform and modernization includes, considering the
Reduction Mechanism (MRA). specificities of each facility, the supply of equipment,
It is important to note that, as the Program is systems and services, complete and integrated, for the
executed, the individual diagnostics of each Plant shall generation units, for the auxiliary mechanical services,
be revised and detailed data sheets shall be produced for the spillway and water intakes, for the connection to
for each facility, covering the engineering, economic- the respective substations and also for anti-corrosion
financial and risk aspects. This practice was first adopted work on the equipment and small adjustments to
at the São Simão Hydro Power Plant, which is the first the civil structures. Procurements will be made on a
plant in the Program’s Executive Schedule. When per plant basis with supply to be delivered through a
the diagnostic is updated, which occurs annually, a contractor system with definite timelines and prices.
new ranking may be established, with a consequent The services contracted shall include the planning and
reordering of the Program’s investment priorities. execution of executive fabrication and assembly projects,
including the integration of the systems, the disassembly of
existing and assembly of the new equipment, the general
reform of the turbines and generators, the replacement of speed
regulators, excitation and protection systems, the acquisition
or reform of transformers, commissioning, training of Cemig’s
team and the production of technical documentation.

34 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


bienal 2012

(RM), which is a Superintendent-level body created


within the structure of Cemig GT specifically for this
purpose and which shall work together with various
Areas of the Company in a matrix-based structure.
For each stage or Project of the Program a Manager will
be formally designated and be responsible for monitoring
the planning, execution and finalization of the respective
Project, in strict observance of the scopes, timelines and
budgets approved by the company’s upper management.

7.0 RISK ANALYSIS

Fig. IV- Map of the State of Minas Gerais showing the 7.1 Main Action Execution Risks at the Plants
Program stages. Among the risks related to the execution of the
program, the most important is that of construction,
Stages in the planning/execution phases are shown covering both the delivery of the physical work (timeline)
in green. and the budgetary amounts (budget). Below is a list (not
exhaustive) of points that merit attention:
4.0 EXECUTIVE SCHEDULE a) The Program, covering and impacting 10 (ten)
plants in Cemig GT’s generation system, require large
The executive Schedule for the Program began in investment budgets in order for the work on the plants
2011 with stage 1 (São Simão HPP) and is expected to to be executed;
run through until 2025, at which time the final stage of b) The implementation horizon is distant, beginning
the program is scheduled to be completed (Miranda in 2011 and terminating in 2025 (15 years); the same
HPP), as has been detailed in Table 1. consideration may be observed regarding the horizon
for the implementation of the work at each plant (as an
5.0 BUDGET example, at the São Simão Hydro Power Plant the reform and
modernization is scheduled to begin in 2011 and conclude
The Program calls for investment resources (Capital in 2020, which means a 10-year implementation period).
Expenditures – CAPEX) and Implementation and c) Various bidding processes will need to be
Operation Expenses (Operational Expenditures - OPEX) conducted by the Company over time, which may
on the order of R$ 1.7 billion (US$ 1.07 billion) over the present a range of unexpected events, such as:
course of 15 years. The São Simão HPP stage alone, which • Unsuccessful bidding processes and the possible
is already being executed, will require resources on the need for repetition;
order of R$ 550 million (US$ 346.2 million) with R$ 390 • a lack of important suppliers in function of the
million (US$ 245.5 million) for a single turn-key contract. tightening of the market, since the need to reform
The Program will be executed entirely with Cemig GT’s and modernize large plants, whose useful lives are
own resources, which must be duly accounted for in the coming to an end, is a systemic issue not only with
respective corporate investment and expense budgets. regard to Cemig GT’s electric system, but also to
the systems of all the electric energy generation
6.0 INTERNAL ORGANIZATION AND HUMAN RESOURCES companies that possess similar assets, which could
significantly increase the prices quoted in proposals;
The Reform and Modernization Program shall be the • disparity in service price and inputs among
subject of a systematic monitoring program undertaken suppliers;
by the Upper Management and, possibly, revisions over • deliveries that are different from expected, even
the 15-year horizon as the diagnostics are updated. though contractual guarantees have been well
To this end, the executive supervisors of the Program established;
shall be responsible for the Executive Coordination • loss of standardization and interchangeability of
Office for the Reform and Modernization of the Plants equipment at the same plant;

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 35


bienal 2012

d) Alterations in scope may occur, as may other to the Conceding Power that have not been amortized
alterations not possible to predict at this time. or depreciated and those that have been realized
Even having presented the probabilities for the with the objective of guaranteeing the continuity and
lesser risks, the other risks to the Program must also be stability of the service granted.
mitigated, since depending on the manner in which the As a result, there is a legal basis for compensation
implementation is undertaken, there may be failures (due and obligatory) for the investments made for the
a posteriori, during the operation phase; in addition, reform and modernization of the plants in the event
environmental demands may arise as a result of changes that the concession is not renewed. However, it should
in the formal rules and pressure from society. be noted that there is a regulatory risk in relation to this
Below we present a list (not exhaustive) of the compensation, as no operationalization of indemnities
mitigating factors for the risks cited above: has yet been executed for the large generation facilities
a) creation of a Professional project management and there are no regulations that specify and detail it,
structure for the implementation of the Program, not even for the determination of the value of the assets.
capable of properly conducting the necessary efforts for
the reform of all 10 plants over the next 15 years; 8.0 FINAL CONSIDERATIONS
b) development of detailed technical specifications
with specific criteria, which shall subsidize elevated The authors attest to the authenticity of the
quality tests on equipment and other items; information provided here, confirming that it represents
c) bidding process strategy planning for expenses the best data available at the time to Cemig GT, with the
to be undertaken jointly with the Material and Service budgets used being those that optimize the Program,
Supply Superintendence – MS; in technical and operational terms, in order to deal with
d) discipline in budget execution in terms of the the issues related to the end of the useful operational life
amounts budgeted and timelines established; cycle of the 10 (ten) hydro power plants dealt with here.
e) a proactive stance towards monitoring and actions Emphasizing the importance of the Hydro Power Plant
related to environmental issues. Reform and Modernization Program for this Company
and for Cemig (holding company), as well as its proper
7.2 – Main Risks Associated with Concession integration with other ongoing projects, the authors wish
Renewals to point out that the Program, due to its unprecedented
The concession periods for the plants involved in the format among Brazilian electricity utility companies, shall
Program are shown in table I and cover currently valid be the subject of systematic and critical monitoring over the
concessions and possible renewals. It should be noted long term, and updated information on its progress may be
that the 2nd concession renewal for the Emborcação, presented in the future at new meetings and seminars.
Nova Ponte, Volta Grande, Três Marias, Salto Grande,
Camargos and Itutinga plants, in accordance with 9.0 BIBLIOGRAPHY
the current legislation, is not ensured by any formal
instrument. [1] Usinas da CEMIG GT- DIAGNÓSTICO DE MANUTENÇÃO
It is expected that, in the interest of the sector’s DE EQUIPAMENTOS DA GERAÇÃO (Gerência de
stability, since this issue impacts the future of various Planejamento e Engenharia de Manutenção da
Brazilian energy utilities – both private and state- Geração da Cemig GT ,2010)
controlled, there is a good probability that the renewals [2] PROGRAMA DE REFORMA E MODERNIZAÇÃO DE
will be granted through a solution that is to be proposed USINAS DA CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.
by the Ministry of Mines and Energy – MME / Aneel in A. - PROPOSTA DE PROJETO PARA APRESENTAÇÃO
2011/2012. However, it is expected that the renewal will AO COMITÊ DE PRIORIZAÇÃO DO ORÇAMENTO
take the form of an onerous concession, in other words, (Coordenação Executiva para Reforma e
it will mean the placement of an additional onus on the Modernização das Usinas e Superintendência de
companies. Manutenção de Ativos de Geração, 2010)
As has been established in article 36 of Law No. 8987, [3] RELATÓRIO DE FUNDAMENTAÇÃO DO PROJETO
of February 13, 1995, in the event of the termination of DE REFORMA E MODERNIZAÇÃO DA USINA
a concession, indemnities will be paid respective to the HIDRELÉTRICA SÃO SIMÃO (Superintendência de
investment parcels linked to those assets that shall revert Manutenção de Ativos de Geração, 2010)

36 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


bienal 2012

Assessment of Transformer Modeling Impact


on Transient Recovery Voltage
in Transformer Limited Faults

A. C. O. ROCHA Companhia Energética de Minas Gerais S.A. (CEMIG)


R. M. AZEVEDO Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL) l G. H. C. OLIVEIRA Universidade Federal do Paraná (UFPR)
A. C. S. LIMA Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

SUMMARY - High-voltage circuit breakers directly distinct topologies are needed to develop general
connected to transformers without an appreciable guidelines to support standard reviews regarding TLF.
capacitance must function to clear faults limited by
these equipments. Although the current magnitude KEYWORDS - Circuit breaker transient recovery
of such transformer-limited faults ( TLF) is usually only voltage; Transformer limited fault; Transformer
a fraction of the maximum interrupting capability modeling.
of the circuit breaker, the transient recovery voltage
(TRV) conditions are expected to be more severe than 1. 0 INTRODUCTION
those associated with higher levels of fault currents.
The assessment of this type of interruption has not For an accurate analysis of switching transient
been very well documented and the associated TRV phenomena between transformers and the power
parameters not fully covered by the current circuit system a detailed in modeling is paramount. Not
breaker standards. only should the transformer model be as accurate as
As the frequency transformer response is the dominant possible, the other power equipment involved should
feature of the TRV parameters for these cases, in this type also be represented with care. Unlike some other
of analysis, its modeling should be as accurate as possible components of the power system such as transmission
in order to achieve reliable results. Unfortunately, detailed lines where a wideband (from a few Hz up to a few MHz)
information about a frequency transformer model to is essentially straight forward, a wideband transformer
be used in transient studies is not generally available. model is complicated. A simple approach to the
Some studies found in the literature assumes that the transformer model could lead to unrealistic results
transformer TRV response is predominantly single leading to a wrong conclusion. For instance, in the
frequency and so represents the transformer by a single case of a Transformer Limited Fault (TLF), a simplified
frequency equivalent circuit that may lead to inaccurate model may give inaccurate results for the Transient
results. Based on these considerations, this paper presents Recovery Voltage (TRV) at the transformer terminals.
the results of a series of transformer-limited fault TRV To develop a wideband model there are basically
studies. The goal is to compare the influence of different two approaches. It can be a model with parameters
approaches in transformer modeling and their impact in based on the geometry of the equipment provided by
the TRV parameters. the manufacturer, the so-called white-box model, or
The transformer models included conventional one developed based on fitting transformer terminal
single frequency models and more complex ones measurements, the so-called black-box model. In Fig. 1,
based on system identification procedures from field it is shown a simplified version of a single-line diagram
measurements of transformer frequency response. to illustrate TLF. It will be considered a transformer-fed
All the studies considered an actual power substation fault or transformer secondary fault depending on the
belonging to a power utility in Brazil (CEMIG GT – position of the circuit breaker in analysis [1].
Companhia Energética de Minas Gerais). As the main
conclusion it can be pointed out the knowledge of
the actual transformer response may provide further
details relating to the actual frequencies presented in
the switching transient. Further studies considering Fig. 1 - Transformer limited faults

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 37


bienal 2012

In order to evaluated these special TRV conditions, impedances. In the case of such manufacturer based
where transformer natural frequencies may interact models, what is usually provided is the RLC network
with other power equipment dynamic and draw illustrated in Fig. 2, which is predominantly capacitive.
some conclusions about the influence of different Thus, this model may fail to represent the transformer
transformer models on the TRV parameters, this multiple resonances, with only few dominant
paper presents a set of transient simulations carried frequencies.
out considering, as an example, a power substation
belonging to Companhia Energética de Minas Gerais
– Generation and Transmission (CEMIG-GT), Brazil. The
TRV parameters were calculated for transformer-fed
faults and transformer secondary faults [1]. It is not the Fig. 2 - RLC simplified circuit provided by the
purpose of the paper to compare these parameters manufacturer
with limits presented in circuit breaker standards.
This paper is organized as follows: in the next section, 2.2 Asymptotic Synthesis
it is presented a basic review of rational modeling of a In the case of multiple resonance frequencies
power transformer, section 3 shows the configuration representation, one can use an asymptotic approach
of the power substation considered to carry out the for obtaining a low order representation of winding
studies, in section 4, it is shown the studies carried out behavior in the frequency domain [4].
and their results. The TRV parameters more sensitive When the function to be synthesized can be divided
to the transformer model [1][2] are examined in this in an equal number of peaks and valleys, it is possible
section. The final section presented the discussions to define an RLC circuit to represent it. This procedure
and main results found in this investigation. is more suitable to the representation of single-phase
elements [4][5]. After some manipulation it is possible
2.0 POWER TRANSFOMER MODELING to approximately represent the transformer by means
of terminal impedance and voltage transfer functions.
There are some possibilities regarding the
modeling of a power transformer. If the detailed 2.3 Rational Fitting
winding structure is known, it is possible to derive Finally, there is the case of a multiple resonance
using basic electromagnetic modeling the values of frequencies representation based on identifying a
the windings capacitance and inductance, and devise black box model of the transformer admittance as a
what is called a white box model [3]. This is not usually function of frequency. An example is the rational fitting
available due to industrial property and other legal technique presented in [6], which has been used more
and design issues. Typically, the detailed winding recently for the wideband representation of power
information is retained by manufacturers. Utility and transformer [7][8].
power system research alike must then rely on the In the case of rational fitting, the transformer
synthesis of frequency dependent models based admittance Y(s) can be fitted assuming
on voltage/current measurements. Fortunately, this
black-box approach is sufficient for assessing transient (1)
overvoltages in a power system and it can represent
the interaction phenomena that can occur in a power where R is a residue matrix with elements that can
system. Three modeling approaches, presented in be real or complex conjugated, a is the set or poles,
following, will be discussed here for TRV parameters again real or complex, D and E are both real matrices.
analysis. A MATLAB toolbox called MatrixFitting includes the
pole and residue identification using relaxation [9]
2.1 Conventional Model and a fast implementation of the Vector Fitting routine
The first modeling approach is the conventional [10]. After the synthesis, a post-processing is needed
transformer (T-model) with a simple RLC circuit to enforce passivity [11][12] otherwise unstable time-
connected in parallel and to earth, provided by the domain simulations may occur. An equivalent circuit
manufacturer to represent the transformer terminal can be derived from the resulting rational model.

38 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


bienal 2012

2.4 Comparison of transformer modeling and Figure 3 shows the field measurements for the
field measurements self-admittance of the transformer high voltage
For the comparison of these two synthesis winding and compares it with the calculated ones
approaches consider a 25 MVA single-phase obtained using three different models:
transformer with three windings, the voltage ratios are a. Conventional transformer with manufacturer
289/√3:13.8/√3:13.8/√3 kV. This transformer was also RLC circuit connected in parallel (labeled “Conv” in the
used in [13] for the evaluation of dielectric failures. following figures);
b. Transformer represented using asymptotic
synthesis (labeled “AS” in the following figures);
c. Transformer nodal admittance represented using
rational fitting (labeled “VF” in the following figures).

With respect to the same Fig. 3, the x-axis


represents the frequency while the y-axis stands either
for the admittance amplitude in Siemens or its angle
in degrees. Fig. 3(a) shows the comparison for the high
voltage side while Fig. 3(b) shows the results for the
low voltage side. The first model (trace in red in Fig. 3)
is the conventional model, the green trace stands for
the asymptotic synthesis while the rational fitting is
depicted using a black trace. The measurements are
depicted with a blue trace.
The rational modeling shows a very close
agreement with measurements. The asymptotic
synthesis also presents a very good agreement up
to 1 MHz. The conventional model is not able to
(a) High voltage side capture the main resonances of the equipment and
presents a close agreement with the measurements
only in certain ranges of frequency, such as the
one from 30 kHz up to almost 300 kHz in the high
voltage side measurements. The same conclusions
can be obtained regardless of the transformer side
used for the analysis.

3.0 POWER SYSTEM CONFIGURATION AND MODELING

For the case studies it was considered a


power system based on an actual substation in a
hydroelectric power plant belonging to CEMIG GT,
the Três Marias substation. A simplified single-line
diagram of the plant is presented in Fig. 4. It consists
of 6 generators of 66MW with four transformers
banks, namely, T1, T2, T3 and T5. The power and
voltage ratio of these single-phase transformer
banks are 289:13.8:13.8 kV, 3x 25MVA (T1, T2) and 3x
50MVA (T3, T4) respectively. The model for T1 is the
same as detailed in the last section.
(b) Low voltage side
Fig. 3 - Comparison of transformer self-admittance
(measured and calculated)

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 39


bienal 2012

substation and the effect of the combination of the


step-up transformer and the short line in the results.
ii. In C_2
a. Ungrounded three-phase short-circuit at
transformer low voltage side with a fault current
of 2 kA.
b. 
Three-phase to ground short-circuit at
transformer high voltage side with a fault current
of 700 A.
iii. In C_3
a. Ungrounded three-phase short-circuit at the
Fig. 4 - Single line diagram for the analyzed generator terminals with a fault current of 40 kA.
substation b. Ungrounded three-phase short-circuit at the
transformer high voltage side with a fault current
Feeders with 600 m length connect the of 15 kA.
transformers to the 300 kV bus. A fictitious breaker at
the terminal of generator G1 was also considered to Fig. 5 depicts the time-domain responses for the
analyze the behavior of the TRV in a broader scenario. TRV in C_1. In this case, as the fault occurs at the end
The generators were modeled as voltage behind a of the line the results share some similarities, VF and
reactance, transmission lines were represented using AS were very similar up to the first maxima. Fig. 6
the frequency-dependent model assuming real and depicts the TRV for study case C_2a, for this case the
constant transformation matrix. The circuit breakers waveforms were very close. The simple model provided
were represented as ideal switch. The boundary of a higher overvoltage as well a much slower damping.
the study area was represented by equivalent sources, The AS and VF model presented a similar behavior
behind proper and transfer impedances calculated in the first oscillation although there was a sensible
with the help of a short-circuit program. mismatch with respect to damping. Fig. 7 shows the
The system was adjusted so the fault currents TRV considering the different models for study case
were in steady state before the circuit breaker clearing C_3a. In this case, there was noticeable difference in
and with voltage at its maximum permissible value the waveforms. As in the other cases, the conventional
of 110%. The system was implemented in ATP/EMTP model provides a very conservative result. In this case,
and EMTP-RV. Three different configurations were the asymptotic synthesis model was not able to cope
considered (see Fig. 4 for details): with the high frequency oscillation presented in the
i. Configuration 1 (C_1) – 3P4 breaker at the end of rational fitting model.
the short line;
ii. Configuration 2 (C_2) – 3P4 breaker as if it
were located at the beginning of the short line
(fictitious position);
iii. Configuration 3 (C_3) – fictitious breaker
connected to the transformer low voltage side.

4. 0 CASE STUDIES

For the evaluation of the TRV considering the


aforementioned configurations the following Fig. 5 - Time-domain responses for study case using C_1
maneuvers were considered:
i. In C_1 three-phase to ground short-circuit at the
300 kV bus, the current prior to breaker operation is
685 A; The aim of this case study was to reproduce
the position of the circuit breaker at the 300 kV

40 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


bienal 2012

estimation of the TRV parameters. By overestimating


the frequency of the first valley location, it is expected
that the main frequency of the simulated transient
response will also be higher than the actual one,
meaning that the conventional model tends also to
overestimate not only the TRV peak but also its rate of
change.

Table 1 – TRV maximum and voltage/time ratio for


TRV for the study case using C_1

Fig. 6 - Time-domain responses for study case using


C_2a

Table 2 – TRV maximum and voltage/time ratio for


TRV for the study case using C_2

Fig. 7 - Time-domain responses for study case using


C_3a
Table 3 – TRV maximum and voltage/time ratio for
Table 1 summarizes the results of this case study. TRV for the study case using C_3
The main reason for these similarities relies in the
dominant impact of the feeder in the fast transients.
Table 2 summarizes the results for the case involving
C_2, again in this case a good agreement between the
fitted models can be seen as the conventional model
provides a very conservative time-domain response.
Table 3 shows the main results for the case study C_3a
and C_3b.
A close analysis of Fig. 3 and 6, shows a strong 5.0 CONCLUSIONS
correlation between the first valley of the frequency
response curve and the main frequency encountered In this paper we have discussed the impact of
in the transient response of the TRV analysis. The valley transformer modeling in the evaluation of the TRV
for the AS and VF models lies around 6 kHz and for the parameters. It presents some guidelines to derive a
Conventional model close to 8 kHz. In turn, the main wideband transformer model considering distinct
frequencies of the transient responses are 5.5, 6.2 approaches. It is shown that the transformer response
and 8.2 kHz, for the AS, VF and Conventional models, presents multiple maxima and minima being
respectively. characterized as an element with multiple resonances
Fig. 3 shows that AS and VF models are more and that should be taken into account to achieve more
accurate than the conventional model at capturing accurate results.
the transformer frequency response valley, so it is An actual power substation was used to assess
expected that the simulation provided by these the overall behavior of the TRV for different fault
modeling methodologies will present a more confident conditions. It was shown that for the case considered,

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 41


bienal 2012

a conventional transformer modeling provides over properties of vector fitting,” IEEE Trans. Power
conservative time-domain responses. A more detailed Delivery, vol. 21, no. 3, Jul. 2006, pp. 1587-1592
transformer white box model could have provided [10]. D. Deschrijver, M. Mrozowski, T. Dhaene, D. Zutter,
better results. For the wideband transformer model, “Macromodeling of mulitpor systems using a fast
detailed measurement of the transformer admittance implementation of the vector fitting method,” IEEE
matrix is needed. Although, the results shown here Microwave and Wireless Components Letters, vol.
indicate that an intermediate level of accuracy can 18, no. 6, pp. 383-385, Jun. 2008
be achieve using the synthesis of self-admittance [11]. B. Gustavsen, “Fast passivity enforcement for pole-
and voltage transfer functions between transformer residue models by perturbation of residue matrix
terminals. The results indicated that to evaluate the TRV eigenvalues,” IEEE Trans. Power Delivery, vol. 23, no.
due to TLF for different switching operations, a case- 4, pp. 2278-2285, Oct. 2008
by-case analysis is necessary. For the case considered, [12]. A. Semlyen, B. Gustavsen, “A half-size singularity
the TRV was strongly affected by the transformer test matrix for fast and reliable passivity assessment
models. Further investigation considering different of rational models,” IEEE Trans. Power Delivery, vol.
transformers and topologies is needed to obtain a 24, no.1, pp. 345-351, Jan. 2009
broader scenario of the waveforms during this type of [13]. A. C. O. Rocha, A. Lima, A. M. Pena, S. O. Moreira,
switching transients. “Impact of transformer modeling in assessing
dielectric failure analysis,” In Proc. of : International
6.0 BIBLIOGRAPHY Conference on Power System Transients IPST 2011,
Delft, Netherlands, 2011, available at: http://www.
[1]. Working Group 05- SC 13 CIGRE. “A review of ipst.org
transformer TRV condition,” Electra, no. 102, Oct.
1985)
[2]. H. Hammer, J. Rodriguez, “Transient recovery
voltage associated with power system three phase
transformer secondary faults,” In: IEEE PES Winter
Meeting, NY, Feb. 1972
[3]. J. A. Martinez-Velasco (editor), “Power System
Transients: Parameter Determination,” CRC Press,
2005
[4]. A. Morched, L. Marti, J. Ottevangers, “A high
frequency transformer model for the EMTP,” IEEE
Trans. Power Delivery, vol. 8, no. 3, Jul. 1993, pp.
1615-1626
[5]. CIGRE WG 33.02, “Guidelines for representation
of network elements when calculating transients”,
1990.
[6]. B. Gustavsen, A. Semlyen, “Rational approximation
of frequency domain responses by vector fitting,”
IEEE Trans. Power Delivery, vol. 14, no. 3, Jul. 1999,
pp. 1052-1061
[7]. B. Gustavsen, “Wideband modeling of power
transformers,” IEEE Trans. Power Delivery, vol. 19, no.
1, Jan. 2004, pp. 414-422
[8]. B. Gustavsen, “Frequency dependent modeling
of power transformer with ungrounded windings,”
IEEE Trans. Power Delivery, vol. 19, no. 3, Jul. 2004,
pp. 1328-1334
[9]. B. Gustavsen, “Improving the pole relocating

42 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


bienal 2012

The Conception of a New Special Protection


System Involving Long Distance –
Coordinated Remedial Actions

Paulo Gomes l Sergio Sardinha l Sérgio Martins ONS l Roberto Perret de Magalhães R.C.Amaral Consulting

SUMMARY - The general criterion adopted by the Northern region, that occurs more intensely from
Brazilian System Operator for the calculation of the December to May, there is an energetic surplus at
Transfer Capability is (n-1). However, the Brazilian Grid Tucurui Power Plant, located in the state of Para, due
Code establishes that multiple simultaneous outages to the very high inflows in the Tocantins River, which
should be considered as a single contingency when is coincident with Itaipu Power Plant, located in the
statistics demonstrate that they are likely to occur, with Southeast basin.
serious consequences to the bulk power system, in the In this scenario, the dispatches of Tucurui and Itaipu
following cases: power plants are maximized. The high dispatch at Itaipu
• When circuits share the same transmission towers; leads to the power flow at the 765 kV trunk (3 circuits)
• When distinct transmission lines run in the same associated with to Itaipu-60 Hz Power Plant to very high
right-of-way; values, as shown below.
• The contingency is considered credible (based on
statistics analysis).
In case of scheduled disconnection of transmission
elements, thermal generation dispatching or Special
Protection Systems may be used in order to reduce
the severity of the consequences of these credible
contingencies.
Another important aspect of the Brazilian
Interconnected Power System (BIPS) is related to its
predominantly hydro electrical characteristic, formed
by basins with complementary hydrological regimens,
favoring large energy transfers in order to optimize Figure 1 - Itaipu and Tucurui Natural Energy Inflow
the energetic resources of the system. Due to these
characteristics, should a limitation exist in the Transfer
Capability among subsystems, Special Protection
Systems (SPS) are utilized to overcome the transfer
constraints.

KEYWORDS - Long Distance Transmission System,


Protection Systems, Protection Remedial Actions Figure 2 - 765 kV Trunk associated with to Itaipu-60
Hz Power Plant
1.0 Introduction
Although the number of double outages in this
The Brazilian Interconnected Power System (BIPS) trunk has been relatively small as a whole, this figure is
is planned taking into account the (n-1) criteria as totally different at its Foz do Iguacu-Ivaipora section. In
normally adopted in the entire world. Although it was the last years, the statistics have shown the number of
planned this way, during the operation phase, it must 0.29 double outages/year.
face extreme and catastrophic multiple contingencies. The area between Foz do Iguaçu and Ivaipora
In the BIPS, during the wet period in the country’s substations is subject to periods which concentrate a

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 43


bienal 2012

very high number of lightning strokes. Figures 3, 4 and 5 much higher than that considered in the development
below show, as an example, the conditions of lightning of the transmission lines design. We emphasize that this
strokes observed on November 10th, 2009. trunk started operation at the beginning of 1980s, thus
confirming the climatic changes of the planet. Figure 6
show the result of some of these wind storms.

Figure 3 - Weather conditions on November 10th, 2009

Figure 6 - Damage to 765 kV transmission line towers


due to wind storms

In order to minimize the consequences of double


contingencies, in this section of the 765 kV trunk, a Special
Protection Scheme was implemented. This scheme
commands the dropping of generating units at 60 Hz
Itaipu in order to avoid the tripping of the third circuit that
would lead to the total loss of the energy produced by this
plant. Depending on the value of the power flow at the 500
Figure 4 - Cumulative record of lightning strokes from kV Northern / Southeastern regions interconnection, the
1 to 2 pm generation dropping at Itaipu may lead to the outage of this
interconnection due to the loss of synchronism between
these areas. Should this occur, the Southeast subsystem
operation condition will be jeopardized low voltage
profile and undamped electromechanical oscillations
will arise and the Southeast /South interconnection will
also be tripped out (60 Hz Itaipu power plant will remain
connected to the South subsystem). The final result will
be the Southeast/Midwest subsystem collapse. Figure 7
below shows the subsystems considered.

Figure 5- Cumulative record of lightning strokes from 3


to 4 pm

Another important fact is that an analysis regarding


the fallen towers in the 765 kV trunk, with the consequent
loss of circuits, showed that since the year 2000, these
occurrences have been associated with to wind speed Figure 7 - Subsystems considered

44 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


bienal 2012

2.0 A new SPS conception

At the beginning of 2009, the hydrological


conditions were characterized by very high energy
availability in the Northern/Northeastern regions
along with a critical condition at the Southern region. Figure 9 – SPS simplified schematic diagram
System operation in this case is based on a high
transfer of energy to the South System. Besides, during Of course, to achieve the solution in such a short
this period of the year, it is observed the peak annual period of time, some aspects of redundancy and
load (active and reactive) in the area of São Paulo (the reliability were not considered. The work has not
main load center of the system). This load growth stopped. This SPS has been improved in order to assure
leads to a reduction of the voltage profile at the 440 an adequate degree of reliability, dependability and
kV trunk that supplies São Paulo to a level below operation.
1.00 pu and, in consequence, reduces the transfer
capability of the power plants generation connected 3.0 SPS implementation aspects
to the 440 kV system, that must be compensated in
other parts of the system (Northern region and 60 Hz After the feasibility studies, which showed to
Itaipu plants). be possible solving the problem of propagation of
Some short term alternatives were analyzed in order electromechanical oscillations effect, ONS began
to minimize the risks of system collapse. The alternative to work on the analysis of how to implement it in
chosen was a new Special Protection Scheme - SPS that a secure and adequate way. At that time, aspects
commands the dropping of 2 generation units at Tucurui related to SPS reliability and total time responses
Power Plant in case of dropping of 3 or more generation were not considered relevant.
units at 60 Hz Itaipu caused by the SPS associated with
to multiple contingencies in the 765 kV trunk. Other 3.1 – Feasibility of Implementation
solutions would lead to high costs (thermal generation Once identified the need to make the dropping
and/or reservoirs desoptimization). of generating units at Tucurui Power Plant from the
It should be noted that Tucurui power plant is actuation of the SPS of the 765 kV trunk associated
located more than 3,500 Km from Itaipu (approximately with to Itaipu Power Plant in late 2006, ONS began to
the distance from Lisbon to Moscow), as shown in examine alternatives for sending command signals from
Figure 8 below. This new SPS was conceived and started Itaipu to Tucurui Power Plant (in studies considering a 3
operation in 4 weeks. Figure 9 shows a simplified year horizon).
schematic diagram of this SPS. After several meetings with FURNAS,
ELETROBRAS/ITAIPU and ELETRONORTE, it was
agreed the channel configuration shown in a
simplified form in Figure 10. The telecommunication
channel makes use of the resources deployed by the
telecommunications systems of the agents involved.
They have been put into operation in an extremely
quick form.

Figure 8 - Location of Itaipu and Tucurui Hydroelectric Figure 10 – Channels from Itaipu to Tucurui
Power Plants

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 45


bienal 2012

In this channel, transfer trip analog signals


generated by teleprotection equipment at ITAIPU, are
transmitted to Imperatriz Substation. At Imperatriz
substation, the signals from Itaipu are injected in the
same transfer trip equipment used by ELETRONORTE
for sending commands of the existing SPS dedicated
to the North-South trunk. However, due to the large
distance between Itaipu and Tucurui power plants, Figure 11 – Additional signal put into operation in
approximately 3,500 km away; the channel is subjected January, 2010
to a high number of maintenance interventions.
Therefore, it is necessary to use a second redundant 3.3 Improvements to be implemented
channel through independent means of transmission. 3.3.1 In order to increase the reliability of the
Given the problems faced at that time, the scheme was current scheme, ONS has been in touch with the
put into operation as shown in Figure 9, using only one Agents to use their telecommunications systems to
single channel. enable a redundant means of connection between
Itaipu and Tucurui Power Plants, through different
3.2 – Definition of logic to be implemented means of transmission. Figure 12 below shows,
Once the problem of sending and receiving the in a simplified way, the scheme proposed by ONS
signal was solved, ONS started the analysis of the considering two redundant channels.
scheme to be adopted in order to comply with the
recommendations dictated by studies that indicated
the need for the dropping of generating units at Tucurui
Power Plant.
Studies had shown that the dropping of two
generating units at Tucurui Power Plant after the Figure 12 – Redundant Channel
dropping of the third unit of the Itaipu Power Plant
would be advisable. Therefore, FURNAS was asked to 3.3.2 Aiming at improving the selectivity and
consider the possibility that the SPS associated with reliability of the SPS, ONS has been discussing with
the 765 kV trunk, generated an output signal in the the Agents some improvements to be incorporated
event of the dropping of three or more generating into the scheme as shown in Figure 13 at the end,
units by the operation of this SPS. This signal would which will operate as follows:
then be applied to the teleprotection transmitter • In the SPS of the 765 kV trunk, in the event of
equipment, as already shown in Figure 9, and perform dropping of three or more generating units or triple
the dropping of generating units at Tucurui Power loss in the section between Ivaipora and Foz do
Plant. After the joint tests performed by FURNAS, Iguacu Substations, a signal will be generated and
ELETROBRAS, ITAIPU and ELETRONORTE, it was sent by redundant means to the PLC at Samambaia
concluded that the implementation of the proposed substation, that is already part of the SPS of the
SPS would be feasible. North – South trunk.
Considering that the time estimated by the • The load of the Brazilian National Interconnected
project staff for sending and receiving the signal was System will be sent in analog form from the North
approximately 100 ms, a 400 ms delay was intentionally – Midwest Operation Center, located in Brasilia, to
introduced so that the dropping of generating units at the PLC located at Serra da Mesa Substation, passing
Tucurui Power Plant would occur under better voltage through the PLC located at Samambaia Substation.
conditions. The scheme was put into operation in May, • In the PLC at Serra da Mesa Substation, the
2009. Later, in January 2010, an additional signal was information of the system load will be combined
inserted, coming from the 765 kV trunk SPS, which with the values of power flow in the North - South
identifies the occurrence of triple loss in the section Interconnection (FSN) and the outgoing power flow
between Foz do Iguaçu and Ivaipora Substation. Figure at Serra da Mesa Substation (FSM). For each range
11 shows the inclusion of this command. of load values there will be reference values of FNS

46 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


bienal 2012

and FSM, determined by off-line studies, from which consequence of the new SPS actuation, a signal was
an output signal will be sent to the Master PLC, also sent from Itaipu to Tucurui Power Plant commanding
installed at Serra da Mesa Substation. The Master the dropping of 2 generating units at this Power
PLC will select the command to drop two or four Plant. There was a frequency deviation in the system,
generating units at Tucurui Power Plant. reaching 58, 7 Hz. No load rejection was observed
• When receiving the opening command at and system restoration was completed at 00:28 a.m.
Samambaia Substation, if the scheme is in operation The successful operation of the new SPS avoided
(one or both switches 43-1 or 43-2 closed), a the opening of the North – South Interconnection
command signal will be sent to the PLC located at and the stability problems that surely would have
Imperatriz Substation and then to Tucurui Power happened.
Plant for the dropping of two or four generating
units previously selected. 5.0 Conclusions
• If the dropping of only two generating units
at Tucurui Power Plant is desired, the key 43-2UG With the implementation of the SPS, although
located at Samambaia Substation should be closed. in a preliminary form, it was possible to optimize
the energy dispatch at minimum risks to the
4.0 SPS performance system performance. The avoided cost of thermal
generation was approximately US$ 45 million in
After its implementation, two SPS actuations each period from January to May of 2009 and 2010.
were verified: For the implementation of the SPS at minimum time,
it was necessary to assume some simplifications.
Disturbance 1: Thus, it was decided to send the signal to disconnect
On July 4th, 2009, at 06:36 p.m, two circuits of the generating units at Tucurui Power Plant after the
Foz do Iguaçu - Ivaipora section were disconnected dropping of three or more generating units at 60 Hz
due to single-phase short circuits caused by lightning Itaipu Power Plant for any value of the flow in the
strokes. The SPS of the 765 kV trunk commanded the North – South Interconnection and to enable the
dropping of 4 generating units at 60 Hz Itaipu Power SPS by means of a switch only from December to
Plant, rejecting 2,193 MW. As a consequence of the May, when the dispatch at Itaipu Power Plant and
new SPS actuation, a signal was sent from Itaipu to at Tucurui Power Plant are both high. After 2009 wet
Tucurui Power Plant commanding the dropping of 2 period, this SPS was improved in order to guarantee
generating units at this Power Plant. more reliability.
The new SPS operated correctly but, considering It was also verified in previous off-line studies that
the North – South interconnection power flow, it the accidental operation of this new SPS, dropping
would not be necessary to drop generating units generating units at Tucurui Power Plant without
at Tucurui Power Plant. This was the price paid for the sending of a command signal from Itaipu
the simplicity of the scheme due to the short time Power Plant, would not bring consequences to the
for its implementation when it was decided to Interconnected System, except for a minimum value
sacrifice selectivity. This undue operation could of frequency deviation. Of course, due to the statistics
have resulted in the actuation of the first stage of evidence regarding the double contingency in the
the Underfrequency Load Shedding Scheme, which 765 kV transmission line Foz do Iguaçu–Ivaipora and
would have rejected 7 % of system load. the risks of serious consequences arising, ONS has
been working with the Planning Agent in order to
Disturbance 2: introduce some system reinforcement to minimize
On July 22nd, 2009, at 11:41 p.m, three circuits these problems, so that the system is able to face
of the Ivaipora – Itabera section were disconnected double contingencies in this trunk. It is important to
due to successive single-phase short circuits caused stress that the circuits C1 and C2 run side by side and
by lightning strokes. The SPS of the 765 kV trunk that circuit C3 runs 10 km away from C1 and C2.
commanded the dropping of 5 generating units at
60 Hz Itaipu Power Plant, rejecting 3,180 MW. As a

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 47


bienal 2012

Figure 13 – SPS under analysis

6.0 BIBLIOGRAPHY

[1] Brazilian Grid Code – Submodule 23.3 – ONS;


[2] SPS Data Base – ONS (for further information refer to
ONS website at www.ons.org.br);
[3] Available Transfer Capacity (ATC) at regional
interconnections to face double contingences
involving 765 kV trunk, considering a new SPS – ONS
Report, 2009 (available only in Portuguese);
[4] P. Gomes, S. Sardinha, S. Martins, R. P. Magalhães, “An
innovative Special Protection System involving long
distance actions”. 2010 IREP Symposium – Bulk Power
System Dynamic and Control – VIII IREP – August 1st
to 6th, 2010, Buzios, Rio de Janeiro, Brazil.

48 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


bienal 2012

Development of Corporate Environmental


Indicators to Improve Stakeholder
Communication and Engagement

K. C. GARCIA l S. H. M. PIRES l D. F. MATOS l L. R. L. PAZ CEPEL

SUMMARY - Corporate Sustainability can be construction and operation of hydropower plants,


defined as the translation of Sustainable Development thermoelectric plants, transmission and distribution
concept to the business world. As so, it has a focus lines than the benefits that it brings to the society,
on the companies’ performance, considering equally as the improvement of the access to energy, and to
the environmental, social and economic aspects in regional and local environments.
the decision making processes. More than take into In Brazil, ELETROBRAS is also focused on
account the profit, the people and the planet, as those sustainability challenges, including the
intended by the term known as “triple bottom line”, communication ones, in such a way that it has turned
Corporate Sustainability also ascribes a central role to into a strategic issue, incorporated in the company
communication and the involvement of a plurality of Strategic Planning. The IGS Project (Indicators for
legitimate actors (“stakeholders”) in decision-making, the Sustainability Management) has the objective of
just as Sustainable Development principles do. Beyond developing a group of environmental indicators and a
the recognized environmental, social and economic computational system for storage, edition, treatment,
issues, the communication is also a challenge and retrieve and visualization of sustainable information,
a condition to achieve the sustainable pattern. This and is being held by CEPEL, since 2007. The idea is to
specific challenge includes conveying sustainable find the appropriate indicators that, considering the
development values in public relations, marketing and reality of the Brazilian Power Sector, can assist the
all other forms of public or corporate communication, management of corporate sustainability and the long-
in a way to guarantee the engagement of the different term communication strategy, focusing on the social
stakeholders. and environmental practices of the company and on
According to the International Finance Corporation dialogue with stakeholders.
- IFC (2007), an important development in stakeholder This paper describes all the process of research and
engagement since the early 1990s has been the rapid definition of the selected environmental indicators
growth in reporting on environmental performance. and how they are helping the company to involve
The IFC demonstrate that one of the benefits of and respond to the different stakeholders demands,
good reporting is that sharing credible performance improving the engagement process.
information provides a solid base for future dialogue.
The value of stakeholder engagement to reporting is KEYWORDS - Corporate Sustainability,
also recognized under the principle of inclusivity in the environmental indicators, stakeholder engagement
Global Reporting Initiative’s sustainability reporting
guidelines. 1.0 INTRODUCTION
A review of the State of Art realized by CEPEL
(2007a) shows that the companies of electric sector Eletrobras, one of the biggest companies of the
all over the world are following that tendency and power sector in Latin America, is composed by six
trying to improve stakeholder communication and subsidiaries, the Electric Power Research Center (CEPEL)
engagement. These two aspects play an important and 50% of the capital stock of Itaipu Binacional. It has
role in the electric sector as it could be noted that it a generating capacity of 42.080 MW (36 hydroelectric
is much more mentioned the negative impacts to plants + 126 thermoelectric plants + 2 thermonuclear
the environment and to the communities due to the plants), corresponding to 37% of the total power

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 49


bienal 2012

nationwide, and 58.361,32 kilometers of transmission performance improvement, contributing also to


lines, representing 57% of the total nationwide. As disseminate the sector efforts in this direction.
other international enterprises, Eletrobras is focusing After establishing this set of indicators the next
its business strategies on sustainability, as Corporate step was to define protocols, concepts, calculation
Sustainability has became a strategic issue that is methods, data collection sources and references. All
guiding the actions of companies in the last years. this information are being stored and organized in a
The use of indicators is very useful to Corporate database, called IGS Database (BD IGS). The design of
Sustainability Management, assisting in goal setting, the BD IGS was conceived to allow greater agility and
course corrections and performance evaluation over reliability of the process of calculating and monitoring
time, as well as on third parties reporting. indicators. Its structure is organized by different access
Since 2007, the Electric Power Research Center profiles, with different permits and responsibilities in
(CEPEL) is developing a specific study called IGS Project the system, preserving the confidentiality of the data.
- “ELETROBRAS Corporate Sustainability Management The whole process of the development of indicators,
Indicators”, aiming to establish a set of indicators and including the conception and implementation of the
implement a database for storage, consolidation and BD IGS, allowed an improvement of the discussion over
analysis of those indicators, helping in the continuous corporate sustainability management in Eletrobras.
improvement process of sustainability management. The participation of the members of the enterprises
The research project aims also to help foster enabled the customization of a system that is adequate
environmental and social improvements, and broaden to the Brazilian and Eletrobras reality. The BD IGS allows
participation in socially responsible investments, the monitoring of relevant environmental issues,
resulting in value creation for shareholders. with parameterization, traceability and information
The first steps of IGS Research Project regarding the security, essentials to guarantee a solid communication
Environmental Dimension of Sustainability included: processes with different stakeholders.
I) Research of the state of the art (national and The continuous development and implementation
international) of Corporate Sustainability in the electric of new features in BD IGS, and the review and
sector (CEPEL, 2007a) development of other important indicators to guide
II) First mapping of the state of the environmental new improvements in critical environmental, social and
performance at ELETROBRAS enterprises (CEPEL, economic issues can help to ensure that production,
2007b, Garcia et al., 2009) transmission and distribution processes in Eletrobras is
III) Workshops with ELETROBRAS enterprises to being performed in a way to maximize the generation
define a set of indicators; of economic and social benefits and minimize the
IV) Implementation of the Database to manage the impacts and risks to the environment, contributing to
evolution of indicators and improvement practices sustainable development.
The chosen indicators were also the result of In order to evaluate how this evolution is being
analysis of the themes proposed by the GRI for the performed, it was conducted, as a part of the IGS
energy sector, by CIGRE for power transmission and Project, a second mapping of the state of environmental
the ones imposed by external agents as the capital performance at ELETROBRAS enterprises. This
market indexes Dow Jones Sustainability Index, mapping, performed four years after the beginning
BOVESPA Sustainability Index (ISE/BOVESPA) and the of the IGS Project, tried to identified how the IGS
Brazilian National Electric Energy Agency - ANEEL. The set of indicators and the IGS Database, and others
results of this research helped to define a first set of practices like elaboration of Sustainability Reports
indicators, which considers hydropower generation, and participation in the ISE BOVESPA sustainability
thermal power generation, power transmission and index, are working to support the management of
distribution. It should be noted that the indicators for sustainability in Eletrobras, and also evaluate if the
the distribution activities are still in early development, results of the Project are contributing to improve
and therefore were not presented in this paper. the communication and engagement with different
The indicators were selected to allow monitoring stakeholders.
both negative and positive impacts of activities, creating The elaboration of this second mapping was
a broader and more real vision of the environmental held based on data collection through structured

50 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


bienal 2012

questionnaires sent to the generation and transmission plan is linked to company’s investment plan, which
enterprises. It analyzes the following aspects and the remains an important issue to guarantee an effective
results are presented below. improvement of sustainability management, and more
1) The Environmental Management Profile specifically, its environmental dimension.
2) Environmental Issues In terms of communication, companies show an
3) Strengths, Weaknesses, Threats and Opportunities, evolution due to the practice of publishing Sustainability
in a SWOT analysis. Reports, either by the company individually or as a
part of the set of companies participating in Eletrobras
2.0 Environmental Management Profile Annual Sustainability Report. The consequence is the
improvement of communication, both with internal and
The analysis of the environmental profile of external stakeholders.
Eletrobras enterprises that have the power generation In terms of the priority aspects of environmental
and transmission as core business has as a goal management, most companies are still highlighting
the identification of key aspects of sustainability the compliance with legislation as their number one
management considering the environmental environmental priority, followed by the mitigation of
dimension. The key aspects analyzed both in the first the social and environmental negative impacts and
and in the second mapping were: the meeting of the demands of the directly affected
• the company’s organizational structure; communities.
• the level of decentralization of the management It is observed that, considering the framework
practices; proposed by La Rovere (2001), most of the companies
• the level of implementation of environmental are still positioned in the second stage of evolution
policy; in terms of management of environmental issues.
• the existence of a plan for continuous improvement Despite the fact that the number one priority in most
of environmental management and its link to an of the companies continue to be the fulfillment of legal
investment plan; requirements, which would justify the classification
• the priority aspects of management (focus) and the in a reactive posture, the declaration of a preventive
level of communication with stakeholders. posture highlighting the importance of mitigation of
This analysis showed that environmental issues are negative social and environmental impacts, of meeting
still being treated at different levels of the hierarchy of the demands of the directly affected communities,
the companies, usually in higher hierarchies, linked to and a concern about the companies´ contribution to
the Direction or Superintendence, and in general, with regional/global socio-environmental improvement
centralized management. points out a tendency to an adaptive phase, integrating
Regarding the level of application of the the managerial capacity and the pollution control and
environmental policy, there is an improvement when mitigation.
comparing the first and the second mapping. It was
identified that companies are using different methods 3.0 Analysis of Environmental Issues
of checking the policy implementation, as through
formal instruments such as internal and external audits This analysis refers to the state of companies in
or through questionnaires applied to the work force. terms of identifying, managing and communicating
But no matter what instrument is being used, the the impacts of their activities, as well as the control and
establishment of a periodical check is still a need for mitigation actions on these impacts. Like the previous
most of companies. analysis, we used the same format of the first mapping
Another improvement observed when compared to enable the comparison and evaluation of the possible
with the first mapping, is the engagement of higher level improvements.
executives in the demands imposed by sustainability The evaluation showed that the companies that
management. responded to the questionnaire reported the use of
On the other hand, although most companies have indicators in monitoring its environmental performance,
declared to have a continuous improvement plan for including the IGS Database indicators. Also, more than
environmental management, few mention that the 50% of the companies stated the definition of targets to

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 51


bienal 2012

some indicators, which was not observed in the mapping 4.1 Management Structure
of 2007, showing an important progress in this matter. The first issue to be analyzed in terms of strengths,
In the last four years, Eletrobras Companies also weaknesses, opportunities and threats was the
incorporated into its routine the submission of the Management Structure. The criteria used to analyze this
business results to external institutions, such as the item are shown in Table 1.
Bovespa and Dow Jones, in order to try to be part of the
market sustainability indexes, besides the preparation Table 1: Criteria used to analyze the Management Structure
of Sustainability Reports in the GRI (Global Reporting
Initiative) guidelines. This new routine emphasizes the
importance of sustainability to business management,
symbolizing a new paradigm to Eletrobras companies.
The establishment of this new routine is also strongly
contributing to the companies´ auto evaluation about In 2007, the criteria A and B (the existence of formal
its environmental performance, helping, in addition, environmental policy) had high scores, with more than 60%
to the identification of new opportunities, as well as to of companies with highest score. In the second mapping
the implementation of new performance indicators and these criterion were not assessed in the same form, but
environmental control. adapted in order to analyze questions related to continuous
Another advance related to the fact that Eletrobras improvement. Criteria A was complemented with questions
is publishing a consolidated Sustainability Report regarding the level of decentralization of the environmental
(including all companies) with external verification management (centralized or decentralized).
is the increase of the number of companies that have Given the characteristics of Eletrobras companies
declared in this second mapping that realizes audits, and their locations scattered across the country, in
both internal and external, in order to verify their different regions, it is being observed that a decentralized
environmental management system and practices. management is more effective because it allows each locality
or unit to decide the more appropriate manner to prioritize
4.0 Analysis of Strengths, Weaknesses, the environmental actions, as well as the financial and
Opportunities and Threats (SWOT analysis) human resources, according to their reality. For the criterion
B it were added questions about the procedures used to
Also considering the responses of the companies, a verify the level of implementation of the environmental
SWOT analysis was conducted with the aim of identifying policy. Criteria C and D remained with the same rating scale
the most strategic environmental issues that require and criteria E and F have won a more restrictive aspect,
a higher level of action in the process of continuous eliminating a grade level.
improvement. After being defined criteria and grades, After the construction of the SWOT matrix (Figure 1) it
and identified the strengths, weaknesses, opportunities was possible to identify the strengths and weaknesses and
and threats, it was constructed a “thermometer” of build the “thermometer” of management to the current
environmental management for each theme analyzed. situation of the companies.
Using this thermometer is possible to identify by color, Figure 2 shows the comparison of the thermometer built
different levels of criticality for each criterion evaluated in the first mapping and the new one, built as a result of the
in terms of Eletrobras companies as a whole, and to second mapping.
identify aspects of the management that need a higher
level of action and monitoring. In order to do so, it
was rated the number of companies that obtained the
highest score (strength), or everything but the highest
score (weaknesses), for each criteria considered.
To incorporate the idea of continuous improvement,
the criteria used in the 2011 mapping were more
restrictive than those of the year 2007, demanding
some changes in the 2011 criteria and scores (grades) Figure 1: Example of SWOT matrix used for
used in the second of the mapping. assessment of the theme “Management Structure”

52 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


bienal 2012

Note that most of the criteria presented improved Table 2: Criteria used to analyze the Impacts related
from the first map, which indicates that companies are to core activities
now better organized to deal with environmental issues,
some already in a decentralized manner (A). In terms of
the existence of an improvement plan, investment plan
(C) and involvement of top management (D), it was also
observed an improvement. Regarding the criteria F,
there is a greater use of indicators and targets, including
the indicators defined in IGS Database. However, when Criterion A now includes the existence of mitigation
it comes to the instruments and procedures used to and control of indirect impacts of core activities, and
check the level of adherence to Environmental Policy the criterion C underwent minor changes and now
(B) there is still room for improvement. Although there includes the existence of evaluating the effectiveness
has been some improvement in terms of priority, of those projects. Criterion B (social and environmental
issues in environmental management (E) are still risks) were excluded because specific questions about
critical because the companies remain focusing on risks were not included, since there is an ongoing
meeting the legislation requirements and mitigating project at Eletrobras detailing it in order to implement
the impacts, as mentioned previously. the principles and guidelines of the recently published
Eletrobras Risk Management Policy, which establishes
specific procedures for risk management. Criterion
D has a slight simplification, with the elimination of a
grade level. The criterion E was also amended to include
practices and incentives of impact mitigation and
control along the supply chain. The criterion F remained
unchanged.
Figure 3 shows the comparison of the thermometer
a) First Mappping built in the first mapping and the new, built on for
the second mapping. It is again observed a general
improvement. Despite the fact that management of
impacts (A) and efficiency actions in the use of natural
resources (D) have remained in the same places in
the thermometer, it must be remembered that these
criteria become more restrictive in 2011 mapping. The
actions or incentives for the efficient use of natural
b) Second Mapping resources considering the different stakeholders
improved significantly (C), showing that the interaction
Figure 2: Evolution of the thermometer of the with stakeholders has been expanded over the years.
Organization Management of Eletrobras Companies A smaller but also important change occurred when
analyzing the dissemination of good practices of
4.2 Impacts related to Core Activities environmental management (E) along the supply chain.
Some changes were also made when compared The appearance of the liabilities and legal compliance,
to the first 2007 mapping. The criteria analyzed in the although it seems to have worsened, actually reflects
second mapping are shown in Table 2. an initiative that is being held by Eletrobras to
identify the existence of liabilities for the definition
of specific management strategies. This initiative was
also influenced by the process of risk management
mentioned earlier.

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 53


bienal 2012

Again a general improvement is observed, since the


criteria A have been replaced by two new criteria, C and
D, considered more restrictive. The management actions
and projects in this item related to non-core activities
have improved in recent years, probably influenced by
the set of actions that are in progress to build a culture
a) First Mapping of sustainability in Eletrobras. The efficient use of natural
resources (B), such as water, fuel, and energy, also show
an improvement in the mapping of 2011, reflecting the
intention to augment the awareness and reduce the
level of consumption in the companies.

4.4 Environmental Management Communication


b) Second Mapping The criteria analyzed in this item are shown in Table
4. It can be noticed that the changes occurred both in
Figure 3: Evolution of the thermometer of the criteria A and B. In criteria A it was included questions
impacts of core activities of Eletrobras about communication channels and initiatives to
engage the workforce. Those questions are essential to
4.3 Impacts related to Non-core Activities be incorporated because they reflect important issues
As in the earlier section, in this one some changes mentioned in the Eletrobras Integrated Communication
were also made when assessing non-core activities. The Policy, published in 2009.
criteria analyzed are shown in Table 3. Considering that in the last years all Eletrobras
companies are participating in the Eletrobras integrated
Table 3: Criteria used to analyze the Impacts related Sustainability Report using GRI guidelines, a few
to non-core activities changes were made in the criteria B. There were included
aspects about the target audience of environmental
publications and about the inclusion of the theme
liability on the publications.

Criterion A, which was about the identification and Table 4: Criteria used to analyze the Environmental
management of environmental impacts of non-core management Communication
activities was excluded and replaced by C and D, that are
considered more restrictive. The criterion B has also become
more restrictive, with the elimination of a grade level.

Figure 5 shows a great improvement in terms of


the environmental management communication
and stakeholder engagement, probably due to the
implementation of systematic assessment of stakeholder
engagement since 2010, and the preparation of
a) First Mapping sustainability reports according to GRI guidelines, that
are contributing to better understand and consider the
demands of stakeholders on sustainability practices and
reports. On the other hand, the communication about
liabilities management is not a practice in most of the
companies, and can be considered as an opportunity for
future improvement.
b) Second Mapping
Figure 4: Evolution of the thermometer of the
impacts related to non-core activities of Eletrobras

54 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


bienal 2012

to evaluate and guarantee a continuous improvement


of corporate sustainability management.

5.0 BIBLIOGRAPHY

[1] CEPEL “Análise dos Relatórios de Avaliação e


a) First Mapping Comunicação da Sustentabilidade Empresarial e
Levantamento do Estado da Arte da Gestão de
Sustentabilidade Empresarial no Setor Elétrico
Nacional e Internacional – Ênfase no Desempenho
Socioambiental” (Projeto Eletrobras/CEPEL -
Relatório Tecnico DP/DEA – 38305/07, 2007a)
[2] CEPEL “ Indicadores Socioambientais para a
b) Second Mapping Gestão da Sustentabilidade Empresarial do Grupo
Eletrobrás – Manual de Utilização Questionário IGS
Figure 5: Evolution of the thermometer of Versão 1.0” (Projeto Eletrobrás/CEPEL - Relatório
communication of the environmental management of Tecnico DP/DEA – 38860/07, 2007b)
Eletrobras [3] Garcia, K. C. ; Pires, S, H. M.; Paz, L. R. L.; Matos, D.
F.; Damázio, J. M.; Menezes, P. C. P.; Medeiros, A. M.
4.0 Conclusion “Desenvolvimento de uma ferramenta de auxílio
ao mapeamento do desempenho socioambiental
This paper showed that IGS indicators and database do Sistema Eletrobrás”( In: Congreso sobre
covering the aspects of the environmental dimensions Sostenibilidad y la Industria Eléctrica. La Gestión
in Sustainability Management together with the Socioambiental y de Salud y Seguridad en el Trabajo,
implementation of other sustainability practices are 2009. Anais do Congreso sobre Sostenibilidad y la
already working as support to improve the management Industria Eléctrica. La Gestión Socioambiental y
of sustainability in Eletrobras. This can be proved by the de Salud y Seguridad en el Trabajo. Buenos Aires,
improve of the results of the second mapping, held in Argentina, 2009).
2011, to evaluate the evolution of the companies in [4] IFC “Stakeholder Engagement: A Good Practice
terms of key environmental sustainability aspects as Handbook for Companies Doing Business in
organization management, impacts related to core Emerging Markets”, IFC, Whashington D.C. (2007)
activities, impacts related to non-core activities and [5] La Rovere, E.L. (coord.) “Manual de Auditoria
environmental management communication, essential Ambiental” Editora Qualitymark, 2a Edição, Rio de
not only to improve the environmental practices, but Janeiro, (2001).
also the communication and stakeholder engagement. [6] Working Group C3.02 CIGRÉ “Sustainable
The results obtained also indicates the assessment Development Performance Indicators. First Interim
considered in the first and second mapping, are also report: Transmission System Operators” (Document
being helpful to identify new goals and to engage ref: [WG C3.02-11], 2007).
the workforce on the theme Corporate Sustainability
Management.
Due to the positive results that are being observed
in the environmental dimension of sustainability that
the IGS Project is being extended in order to include
the other dimensions, such as social, economic,
energy efficiency and research and development and
innovation.
It is important to highlight that this is a continuous
and interactive process that have to include the
consultation of stakeholders and periodical assessments

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 55


XII SEPOPE

Um Novo Projeto e Perspectivas Atuais para a


Transmissão em CCAT
em Longa Distância no Brasil

Paulo C. V. Esmeraldo l M. Alzira Noli Silveira l Dourival S. Carvalho Jr. Empresa de Pesquisa Energética – EPE

SUMÁRIO - O artigo faz uma análise das perspectivas a solução indicada para reforço em dos troncos de
atuais para implantação de soluções em CCAT na transmissão, após inúmeras comparações com outras
transmissão de grandes blocos de energia em longas tecnologias, consiste de dois bipolos em + 800 kV, 4000
distâncias no Brasil, considerando os novos projetos MW cada, com uma das duas linhas de transmissão com
previstos de expansão e a experiência recente. Inicia, cerca de 2600 km. Como resultado desses estudos pode-
observando que, a despeito do projeto pioneiro de se concluir no Brasil, com certas exceções, como em
transmissão em CCAT de Itaipu, na década de 70, e outros países, que na transmissão de grandes blocos de
do potencial para aplicação dessa tecnologia no país, energia em longa distância, a solução em CCAT é a mais
30 anos se passaram até o desenvolvimento de novo adequada, não se fazendo necessário comparações com
projeto, que foi o de integração das usinas do rio Madeira. outras tecnologias. Futuras possibilidades são indicadas
Este novo projeto representou um início de mudança nas com destaque para os aproveitamentos hidrelétricos
perspectivas de aplicação da tecnologia de CCAT para de grande porte da região Norte do Brasil, previstos
transmissão de grandes blocos de energia, mas outros para entrada em operação na próxima década e do
condicionantes, consequentes do projeto, são avaliados, potencial decorrente das interligações com redes de
dentre eles a disseminação da tecnologia em múltiplas países limítrofes. O resultado das análises desenvolvidas
empresas. Fatores, como a maturidade da aplicação no artigo evidencia que as perspectivas atuais para a
da transmissão em CCAT em países com dimensões transmissão em CCAT em longa distância no Brasil são
e necessidades semelhantes ao Brasil também tem elevadas com grandes possibilidades de novos projetos.
contribuído para potencializar a aplicação, assim como,
o modelo atual do setor elétrico brasileiro que permite PALAVRAS CHAVES - Transmissão em longa
o planejamento, realizado pelo governo federal, indicar distância, Teles Pires, Belo Monte, CCAT no Brasil.
soluções de forma independente, implantando-as através
de concessões disputadas em leilões, com participação 1.0 Introdução
de agentes públicos ou privados. Por outro lado, certas
situações dificultam ou inviabilizam a transmissão Quando da implantação do projeto Itaipu, há
ponto a ponto e são exemplificadas no artigo. Estudos cerca de 30 anos atrás, um projeto pioneiro em
posteriores de planejamento, realizados para definição muitos aspectos, tudo levava a crer que a combinação
de novos empreendimentos de vulto, tais como o sistema do enorme e inexplorado potencial hidrelétrico
de transmissão para integração das usinas do rio Teles do Brasil, a ser integrado aos grandes e distantes
Pires, ou os reforços em grandes troncos de transmissão, centros consumidores, levaria ao desenvolvimento de
em decorrência da entrada em operação da grande usina múltiplos projetos em CCAT no país. Esta expectativa
de Belo Monte, 11.000 MW, consideraram alternativas em não se materializou desde então. Nada aconteceu
CCAT. neste sentido de expansão da corrente contínua no
Neste novo projeto, da entrada de Belo Monte, país, com algumas poucas exceções de conversoras

56 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


XII SEPOPE

back-to-back nas fronteiras entre o Brasil e o Uruguai 2.0 A expansão e a integração para a região
e a Argentina para ajustar as diferenças de frequência. Amazônica
A realidade mostrou uma enorme expansão na rede
CA, com o Sistema Interligado Nacional integrando a 2.1.1. Tucurui e a interligação Norte - Sul
maior parte do território nacional, com poucas exceções, A expansão para a Amazônia teve início com a
dentre elas as áreas pouco habitadas da região Norte. implantação da usina de Tucuruí, na década de 1980,
Mesmo nas expansões em grandes distâncias como e sua integração com os sistemas de transmissão do
foram as interligações Norte – Nordeste e Norte – Norte e Nordeste foi realizada através da expansão da
Sudeste/Centro Oeste, quando a alternativa CCAT seria malha em 500 kV, que na ocasião ainda não cobria parte
naturalmente forte candidata, foram adotadas soluções importante dessas duas regiões. As redes do Norte e
em 500 kV CA. Enquanto isto, diversos outros países, de do Nordeste eram isoladas das redes do Sudeste/Cento
grandes dimensões, empregaram largamente soluções Oeste e, nesse contexto, não se considerou ligações em
em CCAT na expansão de suas redes. corrente contínua na integração de Tucurui.
Entretanto, uma mudança recente ocorreu com Posteriormente, a interligação entre os sistemas
a escolha, em leilão, da alternativa em CCAT para do Norte e do Sudeste/Centro Oeste (Norte-Sul) foi
integração das usinas do rio Madeira ao SIN [1], ora implantada através de um tronco em 500 kV de cerca
em fase de projeto executivo. Outras mudanças estão de 1000 km, inicialmente com um circuito singelo, a
acontecendo no setor elétrico brasileiro, dentre elas despeito do assincronismo entre as redes, expandido
a indicação da alternativa em CCAT para reforço nas ao longo do tempo para três circuitos em paralelo.
interligações regionais com a entrada de um novo Prevaleceu nessa solução a importância da integração
e impactante projeto que é a usina de Belo Monte regional na rota desses circuitos, uma vez que, essas duas
no Norte do país. Na Figura 1 estão indicadas as regiões ainda não tinham uma rede suficientemente
localizações das usinas do Madeira e Belo Monte e as malhada [2]. Entretanto, uma das alternativas técnico e
rotas dos novos troncos de transmissão. economicamente viáveis, consideradas na época, foi a de
Este artigo faz uma análise das perspectivas atuais um bipolo em corrente contínua em + 500 kV, 1000 MW.
para implantação de soluções em CCAT na transmissão
de grandes blocos de energia em longas distâncias no 2.1.2. As usinas do Madeira iniciaram a mudança
Brasil, considerando os novos projetos previstos de A implantação dos aproveitamentos hidrelétricas do
expansão e a experiência recente. rio Madeira, Santo Antônio e Jirau, próximos à cidade de
Porto Velho no Noroeste do país, adicionando juntos,
6.450 MW, provocou um impacto importante no Sistema
Interligado Nacional (SIN), por se tratar dos primeiros
empreendimentos de geração de grande porte na
Amazônia, pós Tucurui, e pela grande distância aos
principais centros consumidores.
Com a rede já suficientemente malhada na maior
parte do corredor de transmissão em expansão,
num processo de integração regional forte e com o
atendimento regional garantido em Porto Velho, através
de dois back-to-backs, foi concebido um sistema de
transmissão em CC, + 600 kV, 3150 MW, com dois bipolos
de 2,375 km em paralelo, desde a subestação Porto Velho
2 até Araraquara no estado de São Paulo. A Figura 2 ilustra
o sistema de transmissão de integração do Madeira.

Figura 1 - Madeira e Belo Monte, dois projetos de


impacto no sistema brasileiro

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 57


XII SEPOPE

3.0 Treinamento e capacitação

Anteriormente ao surgimento do sistema de


transmissão de integração das usinas do rio Madeira
o conhecimento e a experiência com a tecnologia de
transmissão em CCAT no Brasil, com algumas exceções,
em geral, oriundas do ambiente universitário, estavam
circunscritas aos que participaram do empreendimento
de Itaipu, a maioria hoje fora do mercado de trabalho.
O advento do projeto Madeira de transmissão deu
início a um processo intenso de disseminação do
conhecimento nessa área.
O resultado do leilão de concessão do sistema de
transmissão, dada a constituição dos consórcios e
Figura 2 - Sistema de transmissão para integração dos lotes arrematados, contribuiu fortemente para
das usinas do rio Madeira a disseminação da tecnologia, por envolver alguns
dos principais agentes de transmissão do país, de
A concepção desse projeto resultou de um extenso diferentes regiões, como sumarizado na Tabela 1.
estudo de planejamento conduzido pela EPE, com a Antes da concepção do sistema de transmissão de
participação dos principais agentes de transmissão integração do Madeira apenas Furnas, da região
do país que analisou dezenas de alternativas, com Sudeste, detinha a experiência de transmissão CC em
tecnologias CA e CC, indicando como melhor solução longa distância [3].
técnica e econômica essa alternativa em CC.
Mas a escolha final desse projeto em CC não foi Tabela 1 – Agentes com experiência em CCAT após
imediata. Em razão do último projeto de transmissão implantação da transmissão do Madeira
em CC implantado no Brasil ter se realizado há mais
de 25 anos atrás, e por sugestão de alguns agentes
do grupo de estudos, as autoridades brasileiras
recomendaram o desenvolvimento de mais duas
alternativas a serem levadas a leilão, além da alternativa
em CC, assim resumidas: alternativa híbrida composta
de tronco com duas linhas CA 500 kV e um bipolo CC Além do envolvimento natural do corpo técnico
em + 600 kV, 3150 MW; alternativa 765 kV, composta das concessionárias do novo empreendimento,
de tronco com três linhas em 765 kV. A alternativa 765 foram realizados em consequência, um sem
kV foi descartada nos estudos de detalhamento por números de cursos de capacitação em corrente
restrições técnicas. A alternativa CC saiu vencedora no contínua, ministrados pelos principais fabricantes
leilão, competindo com a alternativa híbrida [1]. e universidades, além de seminários sobre o tema,
O resultado do leilão foi uma contundente atestando o novo interesse pelo assunto. Desta forma,
evidência de que os estudos de planejamento estavam o conhecimento da transmissão em corrente contínua
na direção correta, abrindo novas perspectivas para o passou a ser difundido para um maior número de
uso da tecnologia em corrente contínua. A partir dessa profissionais do setor, em todas as regiões do país,
experiência, já havia indícios de que, na expansão da com os consequentes benefícios para a sociedade. A
transmissão do sistema brasileiro, doravante, uma corrente contínua no Brasil não é mais uma tecnologia
única alternativa poderia ser selecionada, seja com restrita e regional.
tecnologia CA ou CC, desde que se configurasse como
a melhor alternativa técnica e econômica.

58 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


XII SEPOPE

4.0 A maturidade da tecnologia em CCAT respeitando critérios técnico, econômico e


para longas distâncias socioambiental, tem condições de selecionar para a
expansão da rede, a tecnologia mais adequada, dentre
Outro fator determinante favorável para a elas, a transmissão em corrente contínua, e indicá-la
transmissão em CCAT no país é o estágio de para ser levada a leilão.
maturidade que esta tecnologia alcançou no mundo, O modelo brasileiro também impõe restrições
especialmente para o tipo de aplicação que se a tecnologias não suficientemente maduras e
ajusta para a expansão em longas distâncias da rede que ofereçam certos riscos na percepção dos
brasileira. empreendedores, dado que a implantação das novas
Em diferentes países de dimensões continentais, concessões se dá em prazos curtos e as penalidades
como o Canadá e Estados Unidos diversos sistemas pelo não cumprimento desses prazos são elevadas,
operam com sucesso há muitos anos. Mais assim como, são elevadas as penalidades impostas
recentemente, na China, estão em operação vários durante os 30 anos de concessão por operação
sistemas de transmissão em corrente contínua para inadequada.
transmissão de grandes blocos de energia em longas
distâncias, operando com tensões desde + 500 até + 6.0 Novos projetos, novas possibilidades
800 kV, com fornecimento dos principais fabricantes
deste setor. No seguimento ao leilão de concessão do sistema
Outra comprovação recente da maturidade da de transmissão de integração das usinas do rio
tecnologia é a implantação em curso na Índia de Madeira, o planejamento deu início a dois estudos de
estratégico projeto multiterminal de transmissão expansão da rede brasileira, considerando a integração
em CCAT, “The North-East Agra”, em + 800 kV, 6000 de dois grandes aproveitamentos hidrelétricos da
MW, planejado para integrar vários aproveitamentos região amazônica brasileira, onde a tecnologia em
hidrelétricos e transmitir energia aos grandes corrente contínua, pelas características do problema,
centros consumidores, distantes cerca de 2000 km se apresentou como forte candidata à solução. Foram
[4]. os estudos relativos à integração das usinas do rio Teles
Pires e da usina Belo Monte.
5.0 O modelo brasileiro abre espaço
6.1.1. Sistema de integração das usinas do rio
Diferente do modelo que existiu até meados da Teles Pires
década de 90, o modelo atual do setor elétrico brasileiro Para integração ao SIN de um conjunto de seis novos
eliminou o monopólio geográfico de concessões aproveitamentos hidrelétricos localizados na fronteira
de instalações de transmissão, e o planejamento da dos estados de Mato Grosso e Pará, a cerca de 1000
expansão passou a ser realizado pelo governo federal, km da rede, e que juntos somam 3.450 MW, o maior
e não mais pelas empresas que detinham esses deles, Teles Pires, com 1.820 MW de potência nominal,
monopólios. foram desenvolvidos estudos de planejamento da
Desta forma, as soluções de expansão da transmissão que identificou algumas alternativas.
transmissão planejadas de forma independente são A alternativa de menor custo global, dentre as mais
levadas a leilão de concessão, aberto a todos os agentes promissoras em desempenho técnico, resultou em
qualificados, públicos ou privados. Este processo de um tronco híbrido de transmissão constituído por um
competição entre agentes facilita a implantação de elo de corrente contínua com um bipolo em + 600 kV,
diferentes tecnologias, em áreas geográficas onde 2.800 MW, com cerca de 1550 km de comprimento,
elas não existiam e onde teriam dificuldades de serem em paralelo com uma linha de transmissão em 500 KV
implantadas, em razão de preferências regionais ou de CA, com cerca de 1000 km, como ilustrado na Figura
empresas. 3. Entretanto, incertezas na implantação de algumas
Agora, com o modelo existente, o planejador das usinas previstas levaram ao descarte dessa solução
sempre que julgar mais adequado para a sociedade, em CCAT, pois, sem essas usinas, não se justificaria a

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 59


XII SEPOPE

implantação da linha em 500 kV. Dado que a região 6.1.2. A expansão da interligação Norte – Sul com
não dispunha de malha de transmissão suficiente a entrada de Belo Monte
para as futuras e potenciais novas integrações de Agora, inicia-se uma nova fase. Após cerca de
geração, inclusive em pontos localizados no meio do 25 anos de dificuldades, finalmente foi a leilão em
novo tronco de transmissão, o critério da integração 2011 o grande Aproveitamento Hidrelétrico Belo
regional foi mandatório na escolha final da alternativa. Monte, localizada no Norte do país, com 11.000 MW
Por este motivo, a solução efetivamente escolhida foi de potência nominal, esta que será a terceira maior
uma alternativa constituída por tronco em 500 kV CA, hidrelétrica em capacidade instalada no mundo.
com três circuitos em paralelo em sua configuração Essas dificuldades, sobretudo com os ambientalistas,
final. Os dois primeiros circuitos implantados para o resultaram em um projeto com baixa capacidade de
escoamento das usinas já confirmadas, e o terceiro, armazenamento, e geração praticamente a fio d’água.
implantado apenas, quando novas usinas assim Dado o seu grande porte, a inserção do AHE Belo
justificarem. Assim, nesse importante projeto da Monte, mesmo localizado em região do país onde o SIN
integração das usinas do rio Teles Pires a solução em tem considerável malha em 500 kV, representa forte
CCAT não foi recomendada em função de incertezas na impacto no sistema de transmissão para escoamento
evolução do SIN. dessa nova energia, exigindo um considerável trabalho
de planejamento para reforçar os principais troncos de
interligação entre as regiões Norte, Sudeste/Centro
Oeste e Nordeste do Brasil, assim como os sistemas de
transmissão regionais receptores

Figura 3 - Alternativa (não vencedora) em CCAT considerada nos estudos de Teles Pires

60 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


XII SEPOPE

Figura 4 - Sistema de transmissão para reforço da interligação Norte - Sul

Diante da complexidade e importância de se se pela indicação da solução em + 800 kV [5 ].


conceber reforços nesses dois dos principais troncos Vislumbraram-se novas possibilidades de transmissão
de transmissão do país, uma das principais questões de grandes blocos de energia em longa distância da
foi a escolha das tecnologias a serem consideradas [5]. Amazônia e a tecnologia em CCAT, no nível de tensão
Tendo em conta as distâncias envolvidas desde a SE em + 800 kV, passou a representar uma nova tendência
Xingu, ponto de conexão de Belo Monte, e as potências a nível internacional para esse tipo de aplicação.
transmitidas, a seleção inicial das tecnologias de Assim, a solução para reforço da interligação Norte-
transmissão para reforço das interligações incluiu, Sul com a inserção da AHE Belo Monte será constituído
para diferentes tensões nominais, tecnologias em por dois bipolos em + 800 kV, 4000 MW cada, um com
corrente contínua (CC) convencionais, tecnologias de cerca de 2.050 km desde a SE Xingu até SE Estreito
transmissão em corrente alternada (CA) e, até mesmo, em Minas Gerais, na fronteira com São Paulo, e outro
a tecnologia de transmissão em CA tipo Meia Onda, até bipolo, com cerca de 2.600 km, desde a SE Xingu até
o presente sem aplicação a nível mundial. Os resultados uma nova subestação próxima a SE Nova Iguaçu no
dos estudos de integração das usinas do Rio Madeira estado do Rio de Janeiro, como ilustrado na Figura 4
também contribuíram para a escolha, dadas certas . Ambos os bipolos com capacidade de transmissão
similaridades com o novo sistema a ser concebido [6]. reversa com potência de cerca de 3800 MW.
O conjunto de tecnologias inicialmente Uma conclusão importante desses estudos de
selecionadas combinadas com os requisitos básicos de planejamento, reforçada por conclusões semelhantes
cada interligação deu origem a um número bastante obtidas dos estudos do Madeira [8] é que, no Brasil,
elevado de alternativas para análise, considerando com exceções justificáveis como a do sistema de
inclusive variações nas possibilidades de pontos de integração de Teles Pires, na transmissão de grandes
conexão de chegada da nova transmissão na região blocos de energia a distâncias elevadas, superiores
Sudeste e diferentes concepções para as linhas de a cerca de 1000 km, a solução em corrente contínua
transmissão. é a mais adequada, não se fazendo mais necessário
Para a interconexão Norte-Sul (Sudeste/Centro a comparação com outras tecnologias. Conclusão
Oeste) foram descartadas as soluções em Meia Onda, semelhante já se tinha chegado equipes de
765 kV CA e 1000 KV CA, por diferentes razões. Duas planejamento de outros países [7]. Isto representa uma
alternativas em corrente contínua, + 660 kV e + 800 nova perspectiva para a aplicação da tecnologia em
kV, ambas com 2 bipolos de 4000 MW partindo da corrente contínua na transmissão em longa distância
SE Xingu, destacaram-se como adequadas, optando- no país.

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 61


XII SEPOPE

7.0 Futuras possibilidades Em outros países vizinhos como a Bolívia e a Guiana


estudos também dão conta de potenciais hidrelétricos
A rede de transmissão brasileira embora já bastante cujos excedentes poderão ser igualmente exportados
malhada em certas regiões do país, atualmente com para o Brasil. Além do mais, vale lembrar que a rede
cerca de 100 000 km de linhas com tensão em 230 elétrica da grande maioria dos países vizinhos operam
kV ou superior, ainda tem muito a expandir, com com frequência 50 Hz, diferente da utilizada no Brasil,
necessidades diversas, inclusive na transmissão de que adota 60 Hz.
grandes blocos de energia em longas distâncias.
Das previsões contidas no planejamento do setor 8.0 Conclusões
de energia brasileiro [9] é possível extrair algumas
reflexões quanto a essas necessidades e aplicações da Com base na análise apresentada neste artigo
transmissão em corrente contínua. quanto às perspectivas atuais para implantação de
Na integração de grandes aproveitamentos soluções em CCAT na transmissão de grandes blocos de
hidrelétricos, como previsto nesses estudos de energia em longas distâncias no Brasil, considerando os
planejamento [9], para entrada em operação no novos projetos previstos de expansão e a experiência
horizonte até 2020, destacam-se com potência recente, é possível concluir como se segue.
superior a 1000 MW, localizadas na região Norte, as O Sistema Interligado Nacional já é bastante
UHEs São Luiz do Tapajós, 6133 MW e Jatobá, 2336 MW, malhado em expressivas partes do território nacional,
ambas no rio Tapajós, afluente do rio Amazonas, assim tornando em muitas situações a transmissão em longa
como, as UHEs Marabá, 2160 MW, e Serra Quebrada, distância ponto a ponto mais eficaz que a transmissão
1328 MW no rio Tocantins. O montante adicional de através da malha CA.
capacidade de geração hidrelétrica a ser viabilizado A tecnologia de transmissão CCAT atingiu estágio
entre 2016 e 2020 soma 18.185 MW. Como os grandes avançado de maturidade na aplicação em diversos
centros consumidores estão distantes, a milhares países com necessidades de transmissão de energia
de quilômetros esses empreendimentos, a solução elétrica com cenários similares ao brasileiro, ou seja,
de transmissão em corrente contínua tem grandes com aproveitamentos de recursos energéticos a
possibilidades de ser utilizada. distâncias consideráveis dos centros consumidores.
Outro potencial de utilização é no aumento O modelo do setor elétrico brasileiro permite o
da capacidade de transmissão das grandes planejamento atuar com independência indicando a
interligações entre regiões do país, reforçando o solução tecnológica mais adequada para a expansão
papel da transmissão na otimização da geração, pela da rede.
complementariedade das bacias hidrelétricas, assim No Brasil, assim como concluíram os planejadores
como, pelas novas necessidades de intercâmbio em de outros países, com exceção de certas situações
razão da baixa capacidade de armazenamento dos particulares, a tecnologia de transmissão em CCAT
novos aproveitamentos hidrelétricos. Outra potencial para transmissão de grandes blocos de energia a
necessidade decorre do crescimento da geração longas distâncias é a solução mais adequada técnica,
eólica, seguindo tendência internacional de ter seus econômica e a que causa menor impacto ambiental. Os
sítios, em parte, deslocados para alto mar (off shore), resultados dos estudos da transmissão do Madeira e da
tornando mandatório o uso de cabos submarinos e, expansão para integração de Belo Monte comprovam
consequentemente, o emprego da tecnologia de CCAT. esta assertiva, reforçada pelo leilão do sistema de
Nas interligações internacionais também existem transmissão do Madeira.
possibilidades eminentes de adoção da transmissão As equipes de técnicos e gestores brasileiros
em corrente contínua. Estudos em desenvolvimento estão agora mais preparadas para novos projetos de
[9] indicam um potencial de cerca de 7 GW a ser transmissão em CCAT, em conseqüência da experiência
instalado no Peru, com possibilidade de exportação recente do projeto de integração das usinas do
de energia excedente para o Brasil, com a interligação Madeira.
através do estado de Rondônia, na região amazônica. Existem diversas possibilidades na expansão

62 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


XII SEPOPE

futura próxima do SIN, sobretudo na região Norte, No item 6.1.1, Sistema de integração das usinas do
e nas interligações internacionais onde a adoção de rio Teles Pires, é dito que as incertezas com relação à
soluções em CCAT é recomendada. implantação de algumas usinas levaram ao descarte
Assim, com base nessas evidências, é possível da solução em CCAT, pois, sem essas usinas, não se
concluir que as perspectivas atuais para a transmissão justificaria a implantação da linha em 500 kV CA.
em CCAT em longa distância no Brasil são elevadas Creio que existe uma contradição nesta afirmação, até
com grandes possibilidades de novos projetos. porque a alternativa final escolhida é um sistema com
três linhas em 500 kV CA.
9.0 BIBLIOGRAFIA Comentário 2
Em dois pontos do artigo é dito que para
[1] P.C V. Esmeraldo, E.M.A. Araujo and D.S.Carvalho, transmissão de grandes blocos de energia a longas
“HVDC Madeira transmission system – planning distâncias, superiores a 1000 km, a solução em corrente
development and final design”,Cigre Session 2010, contínua é a mais adequada, não se fazendo necessária
paper B4_306_2010, Paris. a comparação com outras tecnologias. Creio mesmo
[2] C. Gama, J. A. Cavalcanti et all, “Dimensionamento que a solução em CCAT seja a mais viável, mas acho que
da transmissão da interligação Norte-Sul, sempre tem que haver a análise de outras alternativas,
contemplando inovações metodológicas não descartando “a priori” uma comparação técnica/
relacionadas a aspectos energéticos”,XIV SNPTEE, econômica.
artigo GPL-12, Belém, 1997.
[3] D.S.Carvalho and P.C.V. Esmeraldo, “O planejamento Respostas dos autores
da transmissão como indutor de novas tecnologias”, Comentário 1
XX SNPTEE, artigo GPL-25, Recife, 2009. Os estudos elaborados pelo planejamento
[4] A. Kumar et all, “Concept to design multi-terminal at indicaram duas alternativas de transmissão para
800 kV HVDC: NER/ER – NR/WR interconnector – I, escoar os cerca de 3450 MW das usinas hidrelétricas
Project in India”, Cigre Session 2010, paper B4-103, inicialmente previstas na bacia do Teles Pires, com mais
Paris. alguma folga para conexões futuras não previstas.
[5] D.S.Carvalho, P.C.V. Esmeraldo, D.F. Souza, E. Ambas tecnicamente adequadas, sendo a primeira (a)
Araujo, “Opções tecnológicas no planejamento com menor custo global.
da transmissão em longa distância – o caso da a) Um elo + 600 kV CCAT em paralelo com uma linha
expansão das grandes interligações”, XXI SNPTEE, em 500 kV CAAT para permitir a integração regional.
artigo GPL-14, Florianópolis, 2011. b) Um tronco de transmissão em 500 KV CAAT
[6] P.C.V. Esmeraldo et all; Feasibility studies for Madeira composto por três circuitos paralelos.
transmission system technical and economic Incertezas na implantação de algumas das 6 usinas
analysis. 43 Cigre Session, B4-103, Paris, 2008. levaram ao seguinte dilema:
[7] D. Muftic, P. Naidoo et all, “Considerations for the 1) Caso todas as usinas previstas sejam efetivadas a
planning of UHVDC schemes in Southern Africa”, melhor solução técnico e econômica é a alternativa (a),
paper 07GM 1309, IEEE 2007 General Meeting, June com implantação simultânea do elo CCAT e da linha
2007, Tampa, FL, USA. em 500 kV.
[8] D. S.Carvalho and P.C.V. Esmeraldo, “Sistema de 2) Caso uma das usinas não seja implantada
transmissão do Madeira: avaliação de desempenho a alternativa (a) resultará em transmissão
a manobras”, XX SNPTEE, GDS, Recife, 2009. superdimensionada onerando o SIN. Neste caso não
[9 ] Plano Decenal de Expansão de Energia 2020, se justifica o investimento da linha em 500 kV e, assim,
Ministério de Minas e Energia e Empresa de Pesquisa será implantado apenas o elo. Entretanto, o requisito
Energética, Brasília: MME/EPE, 2011. de integração regional não será alcançado sem essa
linha em 500 kV, inviabilizado a alternativa (a).
Comentários do Revisor da Revista 3) A alternativa (b), um pouco mais cara que a (a)
Comentário 1 permite a implantação imediata de duas linhas em

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 63


XII SEPOPE

500 kV, atendendo ao requisito de integração regional. necessária a comparação com outras tecnologias.
Caso as usinas “incertas” não se realizem, o tronco se Entretanto, se requistos especiais, tais como a
limita a essas duas linhas. Caso as usinas venham a necessidade de integração regional, for mandatório,
ser viabilizadas será implantado no futuro o terceiro há de se avaliar a necessidade de se considerar outras
circuito em 500 kV. alternativas.
Portanto, a escolha da alternativa (b) foi decorrente
da necessidade de integração regional e da incerteza
na entrada em operação de algumas das 6 usinas,
minimizando o custo de arrependimento, caso a
escolha não venha a corresponder ao que se realizará
no futuro. Não encontramos contradição nessa escolha
ou na afirmativa constante no artigo.

Comentário 2
No planejamento da transmissão a análise
comparativa de alternativas deve ser sempre realizada
quando não se tem evidências seguras da supremacia
de uma alternativa sobre as demais. Critérios técnicos e
econômicos, assim como de viabilidade de implantação
com os requisitos desejados são considerados nessa
comparação. Mas a própria escolha das alternativas,
não é feita de maneira aleatória, e sim, com base em
critérios, condicionantes e experiências pregressas.
Recentemente no Brasil foram feitas diversas
análises comparativas entre diferentes tecnologias
para transmissão de grandes blocos de energia a
distâncias elevadas, nos estudos do Madeira, Teles Pires
e Belo Monte. Deles participaram os principais agentes
de transmissão do país. Também foram desenvolvidas
outras análises através de programa P&D da Aneel. Os
resultados e conclusões não diferem do que já se sabia
da literatura técnica internacional, o que embasou a
afirmativa dos autores.
Consequentemente, para situações similares às
analisadas para transmissão de grandes blocos de
energia em longa distância, mantidos os mesmos
critérios, premissas e condicionantes, repetir a
comparação entre as alternativas analisadas é
infrutífero, pois os resultados já são conhecidos e
aceitos largamente pelo setor elétrico internacional.
Naturalmente, os que desejarem poderão repetir o
exercício.
Assim, os autores, embasados nos argumentos
colocados no artigo, podem afirmar que para
transmissão de grandes blocos de energia a longas
distâncias, superiores a cerca de 1000 km, a solução em
corrente contínua é a mais adequada, não se fazendo

64 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


XII SEPOPE

Ferramenta Integrada para Avaliação da


Segurança Estática e Dinâmica de Sistemas
Elétricos de Potência de Grande Porte

Flávio Rodrigo de M. Alves l Ricardo Mota Henriques l Ricardo Diniz Rangel l Sérgio Gomes Júnior CEPEL
João Alberto Passos Filho UFJF l Carmen Lucia T. Borges l Djalma M. Falcão l Albino A. Aveleda l Glauco Nery Taranto l
Tatiana M. L. Assis UFRJ

RESUMO - O crescimento dos Sistemas Elétricos de PALAVRAS-CHAVE - Região de Segurança Estática,


Potência (SEPs) para atender ao aumento da demanda Região de Segurança Dinâmica, Processamento
de energia elétrica implica na necessidade de operar Paralelo.
estes sistemas cada vez mais próximos de seus limites
físicos e operacionais. A interligação de SEPs permite 1.0 Introdução
o atendimento desta demanda crescente através do
auxílio mútuo entre áreas e o intercâmbio de blocos de O crescimento dos Sistemas Elétricos de Potência
energia entre regiões. No caso do Sistema Interligado (SEP) para atender ao aumento da demanda de energia
Nacional (SIN), o sentido destes intercâmbios é elétrica e a desverticalização das empresas de energia
variável, em função da complementaridade de regimes elétrica em todo o mundo ao longo das duas últimas
hidrológicos entre diferentes bacias hidrográficas. A décadas resultou na operação destes sistemas cada
multiplicidade de cenários de intercâmbio de potência vez mais próximos de seus limites físicos e operacionais
ativa entre áreas exige a utilização de ferramentas que [1]. No caso específico do Sistema Interligado Nacional
garantam a segurança da operação do SIN, tanto em (SIN), a coordenação da operação hidrotérmica
operação normal quanto em situações de emergência. permite ganhos energéticos importantes e a redução
Este trabalho tem por objetivo principal a dos investimentos, em função da complementaridade
integração dos programas ANAREDE e ANATEM na de regimes hidrológicos entre diferentes bacias
forma de uma ferramenta computacional destinada a hidrográficas [2].
realizar a avaliação de segurança estática e dinâmica Com a entrada em operação das usinas do Rio
(Static and Dynamic Security Assessment) do SIN. A Madeira e a perspectiva de entrada em operação a
ferramenta está sendo desenvolvida em ambiente de médio prazo das usinas de Belo Monte, Teles Pires
programação paralela baseado no sistema operacional e do Rio Tapajós, a multiplicidade de cenários de
Linux, MPI (Message Passing Interface) e OpenMP intercâmbio de potência ativa entre áreas exige
(Open Multi-Processing) e destina-se à execução em uma nova geração de ferramentas computacionais
clusters de computadores. A estrutura do projeto foi que garantam a segurança estática e dinâmica
concebida de forma que a geração de uma futura da operação do SIN, em operação normal e para
versão para execução em microcomputadores dotados situações de emergência, tanto em estudos off-line
de processadores com múltiplos núcleos exija um quanto no ambiente de sala de controle. No entanto,
mínimo de modificações. o desenvolvimento de tal ferramenta, com módulos
Neste trabalho são apresentadas as premissas para avaliação da segurança transitória (TSA – do
básicas que nortearam a estratégia de geração inglês Transient Security Assessment), avaliação da
dos pontos de operação ao longo das direções de estabilidade a pequenos sinais (SSA – do inglês Small
transferência de geração, bem como a influência do Signal Stability Assessment), avaliação da segurança de
número destas direções sobre a forma das regiões tensão (VSA – do inglês Voltage Security Assessment),
de segurança estática e dinâmica. São apresentados dentre outras, não é uma tarefa simples [1,3].
resultados para um sistema tutorial de 9 barras e para Este trabalho descreve os primeiros passos do
um caso de operação do sistema brasileiro. desenvolvimento de uma ferramenta para avaliação da

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 65


XII SEPOPE

segurança estática e dinâmica (SDSA – do inglês Static No caso de SDSAs off-line (Figura 2) os dados do SEP
and Dynamic Security Assessment). A premissa básica a ser avaliado são obtidos de um arquivo em formato
deste desenvolvimento é a integração dos núcleos dos binário ou texto, onde tais dados estão representados
programas ANAREDE (Fluxo de Potência e Análise de no modelo nó-ramo, que é o modelo normalmente
Contingências) e ANATEM (Simulação de Transitórios adotado em estudos de fluxo de potência e de
Eletromecânicos), ambos desenvolvidos pelo CEPEL, transitórios eletromecânicos. Os casos utilizados podem,
e amplamente utilizados pelo setor elétrico brasileiro, por exemplo, representar os diferentes horizontes de
em um ambiente de processamento paralelo, de planejamento da operação e da expansão normalmente
forma a atender os requisitos de tempo típicos deste utilizados para estudos do SIN.
tipo de ferramenta. São apresentados resultados para
um sistema tutorial de 9 barras [4] e para um caso de
operação do SIN, através dos quais é possível avaliar
o desempenho alcançado com os desenvolvimentos
realizados até o momento.

2.0 Conceitos Básicos Figura 2 - Esquema de utilização de um sistema


SDSA off-line
Um SDSA deve efetuar a avaliação da segurança
estática e dinâmica de um SEP. Esta avaliação pode ser Neste trabalho estamos interessados em SDSAs
empregada no monitoramento de um SEP em tempo- que realizam a avaliação estática e dinâmica de SEPs
real ou em estudos off-line [5]. Podemos considerar baseados na solução analítica dos problemas de fluxo
que as duas principais diferenças entre SDSAs on-line de potência, simulação de transitórios eletromecânicos,
e off-line são a origem dos dados e os requisitos de estabilidade a pequenos sinais, etc. SDSAs baseados
tempo de execução. em inferências a partir de medidas de grandezas do
No caso de SDSAs on-line (Figura 1), parte dos dados SEP não serão discutidos.
do SEP a ser avaliado é gerada a partir de medidas Independente da aplicação on-line ou off-line,
aquisitadas por um sistema de gerenciamento de alguns princípios básicos devem ser observados na
energia (EMS – do inglês Energy Management System). construção de uma ferramenta SDSA, de forma que
Estas medidas podem ser obtidas por sistemas SCADA os resultados gerados sejam realmente úteis para
(do inglês Supervisory Control and Data Aquisition), avaliação da segurança e/ou monitoramento do estado
PMUs (do inglês Phasor Measurement Unit), etc. Parte do SEP. Os principais conceitos que devem nortear o
destas medidas diz respeito ao estado (aberto ou desenvolvimento desta ferramenta serão brevemente
fechado) de chaves e disjuntores e, juntamente com discutidos nas próximas subseções.
as informações obtidas da base de dados do EMS,
serão processadas por um configurador de redes e 2.1. Modelos de Regime Permanente
por um estimador de estados. Este configurador tem A qualidade dos resultados gerados por uma
o objetivo de permitir a passagem do modelo chave- ferramenta SDSA e a confiança de engenheiros e
disjuntor, utilizado pelo EMS, para o modelo nó-ramo, operadores em tomar decisões baseados nestes
utilizado pelas tradicionais aplicações de análise de resultados depende da qualidade dos modelos estáticos
redes. O resultado deste processo é um arquivo de e dinâmicos da rede elétrica e dos equipamentos a ela
dados que representa uma fotografia do SEP que serão conectados utilizados na avaliação de segurança do
processados pelo SDSA. SEP. Estimadores de estado são normalmente utilizados
para gerar modelos para avaliação de segurança
estática. Em se tratando de SDSAs on-line, dificilmente
é possível gerar um modelo de rede completo a partir
do estimador de estados, uma vez que apenas os
dados da rede supervisionada podem ser aquisitados
Figura 1- Esquema de utilização de um sistema através do sistema SCADA. Assim, pode ser necessário
SDSA on-line adicionar ao modelo gerado pelo estimador de estados

66 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


XII SEPOPE

um modelo da rede não supervisionada. Se a avaliação operacional Linux e a padronização da interface


de segurança envolver a análise de estabilidade de de programação OpenMP (Open Multi-Processing)
tensão, é importante representar adequadamente tanto para Linux quanto para o sistema operacional
a variação da carga com o módulo da tensão, assim Microsoft Windows, estas diferenças se tornaram bem
como a parcela correspondente a motores de indução reduzidas, diminuindo o esforço de desenvolvimento
[1,6]. Igualmente importante é a representação de uma versão para microcomputadores.
adequada dos limites de geração de potência reativa Na literatura técnica sobre avaliação de segurança
dos geradores em função do despacho de potência estática e dinâmica existem diversos trabalhos
ativa. envolvendo a utilização de métodos aproximados ou
de modelos simplificados. A utilização destes métodos
2.2. Modelos Dinâmicos e modelos é justificada, na maioria dos casos, pela
Aos dados dos modelos de rede e equipamentos busca de um melhor desempenho computacional.
para regime permanente gerados pelo estimador No entanto, na opinião dos autores, os métodos de
de estados devem ser adicionados os dados dos simulação completos, tais como fluxo de potência
modelos dinâmicos [1]. Malhas de controle complexas, baseado em solução full-Newton, simulação de
dotadas de limitadores e controles especiais, tais transitórios eletromecânicos baseada em métodos
como as existentes em limitadores de sobre-excitação, de integração tradicionais e análise de estabilidade a
esquemas especiais de proteção, equipamentos pequenos sinais baseada em análise de autovalores,
FACTS, elos de corrente contínua, controles conjuntos conferem maior confiabilidade à avaliação de
de elos de corrente contínua (master control), segurança e eliminam a questão da adequação e
geradores eólicos, etc, necessitam ser corretamente aplicabilidade de hipóteses simplificadoras à análise
representadas [1]. Caso contrário, não teremos uma de SEPs em constante evolução [1].
avaliação de segurança estática e dinâmica confiável.
A confiança nos resultados gerados por uma 2.4. Visualização de Resultados
ferramenta SDSA depende ainda da validação dos A análise de segurança de um SEP realizada
modelos dinâmicos utilizados, ou seja, os resultados por uma ferramenta SDSA gera uma enorme
da resposta do modelo de cada equipamento devem quantidade de resultados que precisam ser filtrados
ser comparados com testes de campo. Finalmente, a e sintetizados de forma adequada para que se
resposta dinâmica do modelo do SEP, como um todo, tornem efetivamente úteis. A forma mais difundida
deve ser comparada com medidas tomadas em diversas de visualização de resultados de um SDSA é, sem
situações, de forma a garantir que a resposta conjunta dúvida, o nomograma (Figura 3). Um nomograma
dos modelos da rede e dos equipamentos reproduz, da é, na verdade, a projeção ortogonal de uma região
forma mais realista possível, o comportamento do SEP de segurança (estática ou dinâmica) sobre um dos
cuja segurança estática e dinâmica se deseja avaliar. planos que representam as possíveis direções de
transferência de geração entre dois grupos de
2.3. Desempenho Computacional geradores (G1xG2, G2xG3 ou G1xG3).
Se em termos de modelos dinâmicos e estáticos
os requisitos são idênticos para SDSAs on-line e
off-line, o mesmo não se pode afirmar em termos
de desempenho computacional. Para atender os
requisitos de tempo de um SDSA on-line, com uma
janela de tempo entre 5 e 15 minutos, é imperativo
recorrer à decomposição adequada do problema de Figura 3 – Região de segurança (esquerda) e
forma a resolvê-lo em um ambiente de processamento nomogramas (centro e direita)
distribuído. Alguns anos atrás isso significaria que
versões off-line e on-line teriam significativas diferenças Outras formas de visualização de resultados de
em termos de arquitetura. No entanto, com o advento SDSA, tais como tabelas e mapas também são possíveis
de microcomputadores baseados em processadores [1], mas suas características, vantagens e desvantagens
com múltiplos núcleos, a popularização do sistema não serão discutidas aqui.

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 67


XII SEPOPE

3.0 Arquitetura do SDSA Proposto A linha pontilhada na Figura 4 mostra uma região
de segurança estática (RSE). Os pontos amarelos que
A base para o desenvolvimento do SDSA proposto delimitam esta região sobre as direções de transferência
foi a implementação no programa ANAREDE de uma de geração representam os últimos pontos de operação
função para determinação da máxima transferência para os quais não houve violação ou o limite de
de potência ativa entre dois grupos geradores. Esta transferência de geração foi atingido. Os pontos verdes,
implementação permite a transferência de geração internos à região, representam pontos de operação
ao longo de uma única direção, conforme descrito em onde nenhuma violação foi verificada e o limite de
[7,8]. A avaliação de segurança estática foi desenvolvida transferência de geração não foi atingido. Finalmente,
a partir desta funcionalidade e começa com a divisão do os pontos vermelhos representam pontos de operação
SEP em três grupos de geradores (Figura 4), sendo G2 para os quais alguma violação foi verificada.
a região exportadora (REXP), G3 a região importadora Em função dos resultados obtidos, ainda
(RIMP) e G1 o grupo de geradores “de referência”, utilizando programação seqüencial, foi iniciado
responsável pelo fechamento do balanço entre a o desenvolvimento de um SDSA em ambiente de
carga e a geração. Esta divisão permite a investigação programação paralela, utilizando os núcleos dos
de diversos casos de interesse no que se refere à programas ANAREDE e ANATEM. O projeto utiliza
transferência de potência ativa entre áreas [1,5]. a infra-estrutura provida pelo Laboratório de
Uma vez definidos os grupos de geradores, resta Computação Intensiva (LABCIN) do CEPEL, que conta
definir o número de direções de transferência de geração, com um cluster IBM com 42 processadores, cada um
o passo de transferência de geração e o montante deles com 8 núcleos, totalizando 336 núcleos.
de potência ativa que se deseja transferir da região Durante a avaliação da segurança estática de
exportadora para a região importadora. A primeira cada ponto de operação através do processamento
direção de transferência foi definida como 45° e as da lista de contingências, o ANAREDE grava arquivos
demais direções estão uniformemente distribuídas em de resultados que registram os critérios de segurança
torno de 360°. O processo de transferência de geração eventualmente violados. Assim que é concluída a
tem início com a modificação da geração do caso base avaliação da segurança estática para o primeiro ponto
de um valor igual ao passo de transferência de geração, de operação da primeira direção de transferência de
seguida da verificação da convergência do fluxo de geração, este ponto é colocado em uma fila de pontos
potência. Este processo é realizado automaticamente disponíveis para a avaliação da segurança dinâmica.
até que o montante de potência estabelecido seja Na avaliação dinâmica, além da mesma lista de
transferido ou os casos deixem de convergir. Para cada contingências do caso estático poder ser processada,
ponto de operação viável gerado ao longo das direções incluindo os curto-circuitos, podem ser criadas
de transferência de geração é efetuada uma análise de contingências adicionais. Nas simulações são verificados
contingências utilizando uma lista de contingências os mesmos critérios utilizados durante a avaliação da
pré-definida, com as contingências mais severas e/ou segurança estática para tempos superiores a 10 s decorridos
mais prováveis. Tanto para o ponto de operação quanto do último evento aplicado, considerado como período
para a análise de contingências, são considerados onde o sistema já deveria estar em regime permanente.
como critérios de segurança: magnitude das tensões Além destes critérios de regime permanente,
dos barramentos, sobrecarga em linhas de transmissão a estabilidade do sistema é verificada e ainda são
e transformadores, geração de potência reativa e considerados os diversos critérios dinâmicos de limite
convergência de casos de contingência. de tensão recomendados no procedimento de rede do
ONS, transcrito a seguir:
“(a) a tensão mínima para situação pós-distúrbio
no SIN, na primeira oscilação, não pode ser inferior a
60% da tensão nominal de operação (63% para 500kV)
e, nas demais oscilações, deve ser superior a 80% da
tensão nominal de operação (84% para 500kV);
Figura 4 – Grupos de Geração, Direções de (b) A máxima variação de tensão admitida entre o
Transferência e Região de Segurança instante inicial e o final da simulação dinâmica deve ser

68 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


XII SEPOPE

de 10% da tensão nominal de operação, ou seja, Vfinal 4.0 Resultados


≥ [ Vinicial – 10%Vnop];
(c) a amplitude máxima de oscilações de tensão Neste item são apresentados alguns resultados
eficaz pico a pico deve ser menor ou igual a 2%, em de simulações com a nova ferramenta SDSA. Foram
valor absoluto, 10 (dez) segundos após a eliminação utilizados dois casos exemplos: um sistema tutorial de
do distúrbio.” pequeno porte, amplamente utilizado na literatura e
Concluídas as avaliações de segurança estática e um caso de operação do SIN, obtido diretamente do
dinâmica, o Gerenciador de Resultados é acionado e site do ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico.
trata todos os arquivos de resultados gerados durante
o processo, permitindo a visualização da região de 4.1. Sistema Tutorial de 9 Barras
segurança estática (RSE) e da região de segurança Foi inicialmente utilizado o sistema de 9 barras,
dinâmica (RSD) associadas ao ponto de operação base completamente descrito em [9] e adotado como
que está sendo avaliado. Estas regiões de segurança exemplo em outras ferramentas para avaliação de
podem ser visualizadas na forma de nomogramas com segurança estática e dinâmica de SEPs [4]. Devido
o auxílio do programa VisorChart, desenvolvido pelo à sua simplicidade, este sistema é um importante
Departamento de Automação de Sistemas (DAS) do benchmark, tanto para a verificação da validade dos
CEPEL. A Figura 5 mostra a estrutura do SDSA neste resultados de ferramentas computacionais, como para
estágio do projeto. A execução dos programas ANAREDE ilustrar aspectos conceituais relacionados à avaliação
e ANATEM, a alocação de nós para o processamento das da segurança de SEPs.
simulações dinâmicas e a ativação do gerenciador de Apenas os dados dinâmicos do sistema foram
resultados ao final do processo de avaliação de segurança modificados, pois foram originalmente utilizados
estática e dinâmica estão a cargo de um Gerenciador de modelos de máquinas considerados atualmente
Execução, codificado em C. como obsoletos, sem reguladores de tensão. Os dados
dos modelos são apresentados na Tabela I, sendo
as impedâncias representadas em valor percentual
na base de potência da máquina e as constantes
de tempo e de inércia representadas em segundos.
Os geradores nas barras 2 e 3 possuem os mesmos
parâmetros, exceto pela potência base (MVA). Foi
utilizada a curva de saturação exponencial do ANATEM
com os parâmetros listados na Tabela II.
Figura 5 – Estrutura Básica do SDSA

Tabela I – Dados Dinâmicos do Sistema Tutorial de 9 Barras

Tabela II – Dados de Curva de Saturação dos Geradores do Sistema Tutorial de 9 Barras

Figura 6 – Dados dos modelos de reguladores de tensão e velocidade no ANATEM

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 69


XII SEPOPE

Utilizaram-se os seguintes limites: tensão de 0,9 a


1,1 p.u. e geração de potência reativa nos geradores 1,
2 e 3, respectivamente, ±130, ±101 e ±67,4 Mvar. Os
limites térmicos estão apresentados em [9].
As contingências consideradas nas simulações
estáticas feitas pelo ANAREDE foram as aberturas
de cada uma das linhas de transmissão do sistema.
Para o caso dinâmico, estas aberturas de linhas
eram realizadas após a aplicação de falta em um dos
terminais da linha com duração de 100 ms.
A Figura 7 ilustra a convenção de cores e marcadores
das envoltórias dos nomogramas do trabalho.

Figura 7 – Legenda dos Nomogramas Figura 8 – Nomogramas G1xG2 e G1xG3 para o


Sistema Tutorial de 9 Barras (100 direções)
Foram feitas variações no despacho dos geradores
1, 2 e 3 e traçadas, na forma de nomogramas, as A curva em marrom indica violação de potência
respectivas regiões de segurança estática (RSE), reativa, a curva em azul indica violação do limite de
considerando 100 direções de variação de geração. fluxo de linha (limite térmico) e a curva em verde claro
Foram traçados os gráficos G1xG2, G2xG3 e G1xG3 nas indica violação do limite de tensão.
Figuras 8 e 9. Com o objetivo de mostrar o impacto da Quando não há limites violados, a região é colorida
escolha da quantidade de direções de transferência com um verde mais escuro. Quando apenas um dos
de geração a serem utilizadas no traçado dos limites de tensão ou térmico é violado, a região é
nomogramas, foram feitas simulações com a mesma colorida de um verde mais claro e quando os limites
lista de contingências considerando cem e vinte de tensão e térmico são simultaneamente violados, a
direções para G2xG3 (Figura 9). Verifica-se que passa a região é colorida de amarelo.
haver uma perda de precisão no traçado das diversas As violações são consideradas para qualquer
curvas limites, agravada quando este limite ocorre elemento do sistema sob monitoração. Neste exemplo
relativamente mais distante do ponto de operação. A todos os elementos foram monitorados. Os limites de
escolha de um número menor de direções, no entanto, tensão, térmico e reativo são verificados tanto para o
reduz de forma quase que proporcional o tempo de caso base como para os casos de contingências. No
processamento (neste caso foi reduzido por 5 = razão visualizador de resultados é possível a identificação
100/20). Deve-se ainda observar que, mesmo havendo de qual a contingência causou a violação ou se esta
certa imprecisão na menor quantidade de direções, ocorreu já no caso base. Como a violação do limite
usualmente as regiões de segurança se contraem, de reativo de alguma geração, delimitado pela
garantindo pelo menos uma análise conservativa. curva marrom, não representa uma restrição direta à
operação, não há alteração de cor de preenchimento
devido a este limite. Por outro lado, a curva laranja
delimita a região, também colorida de laranja, na qual
alguma contingência violou a capacidade máxima
de transferência de potência (atingiu o limite de
estabilidade de tensão). A curva vermelha delimita a
região que indica onde foi excedida a máxima geração
no caso base.

70 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


XII SEPOPE

por losangos brancos. No gráfico G1xG2, este ponto


está localizado na reta horizontal correspondente ao
máximo de G2. Em G1xG3 o mesmo ponto de operação
está localizado em uma reta inclinada, correspondente
ao conjunto de valores (G1, G3) que formam o lugar
geométrico correspondente ao máximo de G2
(G1+G2+G3 é constante, conforme item 2.4). Por último
no gráfico G2xG3 o ponto está localizado em uma reta
vertical, como esperado (máximo no eixo da abscissa).
Verifica-se ainda que a redução de G2 e G3 e o
aumento de G1 é a situação mais crítica para violação
dos limites de tensão e térmico. As regiões de violações
do limite de reativo (curva marrom) e do carregamento
máximo em contingência (região laranja) são muito
reduzidas e só ocorrem para valores máximos de G1 e G3
e mínimo de G2.
Em seguida é apresentado o nomograma da
avaliação da região de segurança dinâmica (RSD)
na Figura 10 à esquerda. Comparando-o com a RSE
(Figura 9 à esquerda), verifica-se que houve uma
redução substancial no limite de tensão, devido
às verificações adicionais das tensões em regime
permanente e transitório. No entanto, houve uma
ampliação da região do limite térmico e não houve
Figura 9 – Nomogramas G2xG3 para 100 (esq) e 20 violação dos limites de reativo. Este fato é explicado
direções (dir) de transferência de geração pela modelagem das cargas que foram simuladas
por impedância constante, utilizando a modelagem
Deve-se observar que há uma redundância de default do programa ANATEM.
informação nos três gráficos uma vez que a soma das O nomograma com as modelagens das cargas por
gerações nas três barras é praticamente constante, potências constantes são apresentados na Figura 10 à
a menos das variações das perdas. Assim, um direita. Verifica-se que neste caso o limite de tensão já
ponto G1xG2 indicando alguma violação (Figura 8), é violado no próprio caso base, ou seja, não há região
também está indicando que há esta mesma violação colorida em verde mais escuro. O limite térmico se
em G1xG3 (Figura 8) e G2xG3 (Figura 9), onde G3 é assemelha ao caso estático e passa a haver além de
aproximadamente dado por seu valor de geração de limite de violação de reativo, casos com perda de
potência ativa original menos as variações de geração estabilidade transitória representados pela região em
aplicadas a G1 e G2. Assim sendo, basta analisar um dos laranja. Este último caso permite explicar as diferenças
gráficos, uma vez que os outros dois são projeções em entre o modelo estático e dinâmico.
outros pares de eixos da mesma informação (Figura 3).
Pelos gráficos verifica-se que os limites de potência
gerada são dados por retas horizontais ou verticais,
representando a máxima potência que pode ser
gerada por cada unidade representada no eixo e retas
inclinadas definindo uma relação de proporcionalidade
correspondente a uma máxima potência gerada por
unidade não presente no eixo.
Por exemplo, nas Figuras 8 e 9 o ponto de operação
correspondente ao máximo de G2 (G1=120 MW,
G2=163 MW e G3=35 MW) é assinalado nos gráficos

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 71


XII SEPOPE

III. Para o estudo dinâmico, além da perda dos circuitos


considerou-se uma falta trifásico de duração de 100ms.
Os grupos de geração definidos estão apresentados na
Tabela IV.
O objetivo do estudo é mostrar como se
comportam os limites de segurança para a variação
dos valores de geração das usinas da região central de
Minas Gerais (G3) e das usinas da Bacia do Paranaíba
(G2), ficando as usinas do Rio Grande (G1) responsáveis
pelo fechamento do balanço entre G2 e G3. Deve-se
observar que a menor geração em Minas Gerais (G3)
corresponde a uma condição de atendimento não local
Figura 10 – Nomogramas G2xG3 considerando da carga e a uma condição de maior carregamento dos
modelos de carga ZCTE (esq) e PCTE (dir) circuitos de intercâmbio. Para analisar esta situação,
utilizou-se o gráfico G2xG3.
4.2. Sistema Brasileiro Na Figura 11 são apresentados os nomogramas
Como exemplo de sistema de grande porte foi estáticos (RSE) e dinâmicos (RSD) do sistema. Pelo
utilizado o Sistema Interligado Nacional. Utilizou-se o nomograma estático, comprova-se que a condição
banco de dados do ANAREDE/ANATEM correspondente de violação do limite da capacidade de transferência
ao cenário “ONS – MENSAL –DEZEMBRO 2011 – de potência em contingência (região laranja) ocorre
PESADA”. São 4666 barras, 698 grupos de geradores, para uma situação de baixo G3. Verifica-se também
os elos de corrente contínua de Itaipu e Garabi, que este limite aumenta com o aumento da geração
16 compensadores estáticos, 4 capacitores série na bacia do Paranaíba (G2). Para o caso dinâmico, não
controlados, etc. Todos os sistemas de controle houve restrição operativa para esta região laranja,
destes diversos equipamentos estão representados ressaltando-se que a modelagem da carga no caso
em detalhe utilizando controladores definidos pelo estático é do tipo potência constante (PCTE) e no
usuário (CDU). ANATEM são modelos do tipo ZIP provenientes do
Neste estudo foram determinadas as regiões banco de dados dinâmicos distribuído pelo ONS.
de segurança estática e dinâmica considerando as Em relação ao limite estático de tensão verifica-se
gerações G1, G2, G3 segundo desenvolvido no trabalho que este é crítico para uma pequena redução de G3,
em [10], porém utilizando o atual cenário do sistema mas também há violações se G3 aumenta. Existe um
brasileiro e com todo o detalhamento do banco de valor mínimo de G2 para violação do limite de tensão
dados anteriormente citado, ao invés da utilização de (em torno de 8600 MW), no entanto, a partir deste
modelos padrões. valor, o aumento de G2 causa um aumento no limite
As contingências consideradas na avaliação de de tensão. O limite dinâmico de tensão, por verificar
segurança estática e dinâmica estão listadas na Tabela condições transitórias, passa a ser um pouco mais
Tabela III – Contingências programadas

Tabela IV – Grupos de geração 1, 2 e 3

72 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


XII SEPOPE

restritivo, porém é bem semelhante ao limite estático,


exceto pela restrição de geração mínima para as usinas
do Paranaíba. Em relação ao limite de reativo, este
ocorre para aumento de G3 agravado pela redução
de G2 e é bem semelhante nos nomogramas estático
e dinâmico. O limite térmico ocorre mais criticamente
para reduções de G2.

Figura 12 – Nomogramas G2xG3 com carga


ZIP monitorando o transformador Mesquita500-
Mesquita230 (esq) e excluindo este transformador da
lista da monitoração (dir)

O limite de segurança estático é função do


carregamento do sistema e, portanto, depende muito
da modelagem da carga. Na Figura 12 à esquerda
apresenta-se o nomograma resultante da utilização
no ANAREDE da mesma dependência da carga com
a tensão utilizada no ANATEM. Verifica-se neste caso
que a região de violação do limite de segurança
passou a não existir e a região de limite de tensão
aumentou significativamente. No entanto o limite
térmico passou a estar muito próximo do ponto de
operação. Verificou-se que este problema era devido
ao fluxo do transformador Mesquita500-Mesquita230
que já no caso base estava muito próximo do limite
e uma pequena mudança no ponto de operação já
Figura 11 – Nomogramas G2xG3 considerando foi suficiente para causar a violação. Traçou-se então
modelos de carga PCTE (esq) e ZIP (dir) o nomograma do mesmo caso, apenas retirando
a monitoração deste elemento, conforme Figura
12 à direita. A região de limite térmico aumentou
significativamente, comprovando-se a ocorrência e
mostrando que ao variar o ponto de operação, deve-se
tomar cuidado com o limite térmico do transformador
em questão.

5.0 Conclusões

A ferramenta SDSA desenvolvida baseia-se nos


algoritmos de solução dos programas ANAREDE
e ANATEM, utilizados por todo o setor elétrico
brasileiro, e utiliza as mesmas bases de dados de
regime permanente e transitório utilizadas pelo ONS.
Esta padronização de dados tem como principais
vantagens a reprodutibilidade de qualquer caso

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 73


XII SEPOPE

utilizado na geração dos nomogramas a partir dos [5] Silva Neto, C.A., Quadros, M.A., Santos, M.G., Jardim,
arquivos gerados durante este processo e a confiança J.L.A., Lima, M.C., “Brazilian System Operator Online
em modelos para regime transitório testados por todo Security Assessment System”, IEEE PES General
o setor elétrico e validados em diversos trabalhos [11]. Meeting, Minneapolis, MN, USA, 2010.
Os resultados apresentados demonstram de forma [6] Henriques, R. M.; Martins, A.C.B.; Martins, N.; Pinto,
inequívoca a influência de diversos fatores sobre a H.J.C.P.; Ferraz, J.C.R.; Carneiro Júnior, S., “Impact
forma e a dimensão da região de segurança gerada por of Induction Motor Loads into Voltage Stability
uma ferramenta SDSA. Dentre estes fatores, destacam- Margins of Large Systems – Rio Area Analysis”, VIII
se o número de direções de transferência de geração, SEPOPE, Brasília, DF, Brasil, 2002.
a lista de equipamentos monitorados e o modelo de [7] Barbosa, L.B.,”Desenvolvimento de uma Ferramenta
carga utilizado. Automática para a Determinação da Máxima
Apesar das vantagens de se dispor de uma Transferência de Potência entre Áreas/Regiões
ferramenta SDSA em um ambiente de estudos off-line, em Regime Permanente”, Trabalho de Conclusão
a verdadeira vocação deste tipo de ferramenta é a sala de Curso (Graduação em Engenharia Elétrica),
de controle. Um dos próximos objetivos do projeto Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil,
é a integração da ferramenta SDSA apresentada 2009.
neste trabalho com o SAGE - Sistema Aberto de [8] Henriques, R.M., Passos Filho, J.A., Alves, F.R.M.,
Gerenciamento de Energia, o EMS desenvolvido pelo Barbosa, L.B., Guimarães, C.H.C., Almeida, F.C.B.,
CEPEL. “Desenvolvimento de Uma Ferramenta Automática
A plena utilização do potencial de um ambiente para a Determinação da Máxima Transferência
de processamento paralelo depende de uma boa de Potência Entre Áreas/Regiões em Regime
estratégia de paralelização e de um balanceamento de Permanente”, XXI SNPTEE, Florianópolis, SC, Brasil,
carga adequado. A estratégia de paralelização nas fases 2011.
de avaliação de segurança estática e dinâmica será [9] Anderson, P.M., FOUAD, A.A., Power System Control
revista, agora com o objetivo de atender uma janela de and Stability, IEEE Power Systems Engineering
tempo adequada para a utilização da ferramenta em Series, Revised Printing, 1977.
centros de controle. [10] Quadros, M.A., Silva Neto, C.A., Pires, G., Moreale,
M.S., “Aplicação da Avaliação Dinâmica e Estática do
6.0 BIBLIOGRAFIA SIN nos Centros de Operação do ONS”, X EDAO, São
Paulo, SP, Brasil, 2008.
[1] Morison, K., Wang, L., Kundur, P., “Power System [11] Rangel, R.D., Souza, L.F.W., Visconti, I.F., Macedo,
Security Assessment”, IEEE Power & Energy N.J.P., Lima, M.C., “Validação de Modelos no Anatem
Magazine, Sep/Oct 2004. Através de Comparação com Sinais Reais de
[2] Almeida F.C.B., “Avaliação do Desempenho de Medição”, XXI SNPTEE, Florianópolis, SC, Brasil, 2011.
Dispositivos de controle e Modelagem de Carga a
Partir de Regiões de Segurança Estática”, Dissertação
de Mestrado, Universidade Federal de Engenharia
de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG, Brasil, 2011.
[3] Assis, T.M.L., “Cálculo da Capacidade de Transmissão
Dinâmica em Sistemas de Potência Através de
Ferramentas Integradas e Sistemas Inteligentes”,
Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2007.
[4] Chaves, S. B., “Análise Estática e Dinâmica de
Sistemas de Potência via Aplicativo Computacional
Integrado: Organon”, Dissertação de Mestrado,
Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil,
2008.

74 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


XXICOMITÊS
SNPTEE
Lista dos Comitês de Estudo
Representantes Brasileiros
Acesse o coordenador da área de seu interesse para participar de nossa Entidade:
GRUPO A – EQUIPAMENTOS

CE-A1 Máquinas Rotativas


Coordenador: JACQUES PHILIPPE MARCEL SANZ
Empresa: Eletronorte
Endereço: Av. Arthur Bernardes, s/nº - Centro de Tecnologia da Eletronorte
Cep: 66.115-000 - Belém - PA
Tel: (91) 3257-1966 ramal 8240 - Fax:(91) 3257-4376
E-mail: jacques@eln.gov.br

Projeto e construção de turbogeradores, hidrogeradores, máquinas não-convencionais e grandes motores.


Aspectos econômicos, testes, comportamentos e materiais.

CE-A2 Transformadores
Coordenador: MIGUEL CARLOS MEDINA PENA
Empresa: Chesf – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco.
Endereço: Rua Delmiro Gouveia, 333 – Bongi
50760-901 – Recife – PE
Telefone: (81) 3229-2151 – Fax: (81) 3229-2150
E-mail: medinap@chesf.gov.br/medinapena@globo.com

Projeto, construção, fabricação e operação de todos os tipos de transformadores, incluindo transformadores


conversores, de uso industrial e os chamados “phase-shifters”, além de todos os tipos de reatores e
componentes de transformadores (buchas, comutadores, etc).

CE-A3 Equipamentos de Alta Tensão


Coordenador: Paulo Cesar Fernandez
Empresa: Eletrobrás
Endereço: Av. Presidente Vargas 409, 15º, Ed Herm Stoltz
Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20071-003
Telefone: (21) 2514-5763 - Fax: (21) 212514-4896
E-mail: paulo.fernandez@eletrobras.com
paulocf@furnas.com.br

Teoria, projeto, construção e operação para todos os dispositivos de manobra, interruptores e limitadores
de corrente, pára-raios, capacitores, seccionadores isoladores de equipamentos e de barramentos e
transformadores de instrumento.

GRUPO B – SUBSISTEMAS

CE-B1 Cabos Isolados


Coordenador: JÚLIO CÉSAR RAMOS LOPES
Empresa: Inovatec Consultoria e Engenharia Ltda
Endereço: Rua São Benedito, 2.650 – cj. 102A - 04735-005 – São Paulo - SP
Telefone: (11) 5548-8201 - Fax: (11) 5548-8201
E-mail: julio-lopes@uol.com.br

Base teórica, projeto, processos produtivos, instalação, serviços, manutenção e técnicas de diagnóstico para
cabos isolados CA e CC e para aplicações terrestres e submarinas.

CE-B2 Linhas Aéreas


Coordenador: RUY CARLOS RAMOS DE MENEZES
Empresa: UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Endereço: Rua Osvaldo Aranha, 99 - 3º andar
Telefone: +51 3308 3592 - Fax:+51 3308 3999
E-mail: ruy.menezes@ufrgs.br

Projeto, desempenho elétrico e mecânico, construção, vida útil, manutenção e reforma de linhas aéreas e de
seus componentes: condutores, cabos pára-raios, isoladores, torres, fundações e sistemas de aterramento.

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 75


XXI SNPTEE
COMITÊS
CE-B3 Subestações
Coordenador: FÁBIO NEPOMUCENO FRAGA
Empresa: CHESF – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco
Endereço: Rua Delmiro Gouveia, 333 – Bongi - 50760-901 – Recife – PE
Telefone: (81) 3229-3042 / 2421 - Fax: (81) 3229-3269
E-mail: fabionf@chesf.gov.br

Projeto, construção e manutenção de subestações e instalações elétricas de usinas, excluindo os geradores.

CE-B4 Elos de Corrente Contínua e Eletrônica de Potência


Coordenador: WO WEI PING
Empresa: CEPEL - Centro de Pesquisas de Energia Elétrica
Endereço: Avenida Horácio Macedo, 354- Cidade Universitária/Ilha do Fundão
CEP: 21941-911 - Rio de Janeiro – RJ
Telefone: (21) 2598-6014
E-mail: wwping@cepel.br

CCAT: as­pec­tos eco­nô­mi­cos, apli­ca­çõ­es, as­pec­tos de pla­ne­ja­men­to, pro­je­to, de­sem­pe­nho, con­tro­le, pro­te­ção,
con­tro­le e tes­te de es­ta­çõ­es con­ver­so­ras. Ele­trô­ni­ca de po­tên­cia para trans­mis­são CA, sis­te­mas de dis­tri­bu­i­ção
e me­lho­ria de qua­li­da­de de ener­gia: as­pec­tos eco­nô­mi­cos, apli­ca­çõ­es, pla­ne­ja­men­to, pro­je­to, de­sem­pe­nho,
con­tro­le, pro­te­ção, cons­tru­ção e tes­te. Ele­trô­ni­ca de po­tên­cia ele­va­da: de­sen­vol­vi­men­to de no­vas tec­no­lo­gias
em con­ver­so­res in­clu­in­do con­tro­les, no­vos se­mi­con­du­to­res, apli­ca­çõ­es des­tas tec­no­lo­gias em CCAT, FACTS e
qua­li­da­de de ener­gia.

CE-B5 Proteção e Automação


Coordenador: RAUL BALBI SOLLERO
Empresa: CEPEL - Centro de Pesquisas de Energia Elétrica
Endereço: Avenida Horácio Macedo, 354- Cidade Universitária - 21941-911
Rio de Janeiro – RJ
Telefone: (21) 2598-6386 - Fax: (21) 2598-6386
E-mail: rbs@cepel.br

Princípios, projeto, aspectos econômicos, aplicação, coordenação, desempenho operacional e manutenção


de sistemas de proteção, controle e automação de subestações, sistemas e equipamentos de controle remoto,
sistemas e equipamentos de medição.

GRUPO C – SISTEMAS

CE-C1 Desenvolvimento de Sistemas Elétricos e Economia


Coordenador: JOSÉ HENRIQUE MACHADO FERNANDES
Empresa: Eletronorte - Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A
Endereço: SCN, Q.06 - Conj.“A” - Edif. Venâncio 3000 - CEP: 70718-900 - Brasília - DF
Telefone: (61) 3429-5303/5301 - Fax: (61) 3328-1552
E-mail: jhmf@eln.gov.br

Métodos de análise para o desenvolvimento dos sistemas elétricos de potência e economia, métodos e
ferramentas para análise estática e dinâmica, aspectos e métodos de planejamento nos vários contextos,
estratégias de gerenciamento de ativos.

CE-C2 Operação e Controle de Sistemas


Coordenador: PAULO GOMES
Empresa: ONS – OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO
Endereço: Rua da Quitanda, 196 – 11º andar – Centro - 20091-005 – Rio de Janeiro – RJ
Telefones: (21) 2203-9822
E-mail: pgomes@ons.org.br

Estudos e análises das condições técnicas, logísticas e institucionais requeridas para operação segura
e econômica de sistemas de potência, contemplando os seguintes aspectos: controle de sistemas e de
equipamentos; controle geração-carga; planejamento da operação; avaliação de desempenho; centros
de controle; treinamento de operadores; requisitos de segurança contra colapso de sistemas, danos em
equipamentos e falhas humanas.

76 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


XXICOMITÊS
SNPTEE
CE-C3 Desempenho Ambiental de Sistemas
Coordenador: Aderilton Paulo de Souza Rodrigues
Empresa: Fundação de Previdência Complementar
Endereço: St. SHIN SN QL 8 - conjunto 5 - casa 4 - CEP 71520255 Brasília -DF
Telefone: (61) 2105-0321
E-mail: aderilton@eletronorte.gov.br

Identificação e avaliação dos impactos ambientais de equipamentos e dos sistemas elétricos e os métodos
usados para gerenciá-los.

CE-C4 Desempenho de Sistemas Elétricos


Coordenador: DALTON DE OLIVEIRA CAMPONÊS DO BRASIL
Empresa: ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico
Endereço: Rua da Quitanda, 196 - 21º andar - Centro
Cep: 20091-005 - Rio de Janeiro – RJ
Telefone: (21) 2203-9695 - (21) 2539-3659
E-mail: docb@ons.org.br

Estudos, desenvolvimentos e recomendações de métodos e instrumentos para análises e medições do


desempenho de sistemas elétricos relacionado com a Qualidade da Energia Elétrica, Compatibilidade
Eletromagnética, Descargas Atmosféricas e Coordenação de Isolamentos.

CE-C5 Mercados de Eletricidade e Regulação


Coordenador: LUIZ AUGUSTO N. BARROSO
Empresa: PSR
Endereço: Praia de Botafogo 228/1701 parte
CEP: 22250-906 - Rio de Janeiro - RJ
Telefone: (21) 3906 2100
E-mail: luiz@psr-inc.com

Estrutura e organização, regulação e estrutura de “funding” e econômico-financeira. Em termos do escopo


oficial, esses três aspectos fundamentais estão descritos como: “análise das diferentes abordagens na
organização da Indústria de Suprimento de Energia Elétrica – as diferentes estruturas de mercado e produtos,
técnicas e instrumentos associados, aspectos da regulação”.

CE-C6 Sistemas de Distribuição e Geração Distribuída


Coordenador: PAULO HENRIQUE RAMALHO PEREIRA GAMA
Empresa: B&G Pesquisa e Desenvolvimento em Sistemas de Potência
Endereço: Av. Gov. Carlos de Lima Cavalcante, 3995 – SL27, Olinda/PE CEP. 53.040-000
Telefone: (81) 3427-3817
E-mail: paulogama@bgpesquisa.com.br

Avaliação do impacto técnico de novas características de distribuição sobre a estrutura e operação
do sistema: desenvolvimento da geração distribuída, dispositivos para armazenamento de energia,
gerenciamento pelo lado da demanda e eletrificação rural.

GRUPO D – TECNOLOGIAS DE APOIO

CE-D1 Materiais e Tecnologias Emergentes


Coordenador: ORSINO OLIVEIRA FILHO
Empresa: CEPEL - Centro de Pesquisas de Energia Elétrica
Endereço: Avenida Horácio Macedo, 354- Cidade Universitária - Ilha do Fundão
21941-911 - Rio de Janeiro – RJ
Telefone: (21) 2598-6020 - Fax: (21) 2598-6087
E-mail: orsino@cepel.br

Acompanhamento e caracterização de materiais novos e já existentes para a tecnologia de energia elétrica,


diagnóstico, acervo técnico e conhecimentos correlatos, novas tecnologias com impacto esperado sobre os
sistemas a médio e longo prazo.

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 77


XXI SNPTEE
Comitês

CE-D2 Sistemas de Informação e Telecomunicação para Sistemas Elétricos


Coordenador: HÉLIO BURLE DE MENEZES
Empresa: CHESF - Companhia Hidro Elétrica do São Francisco
Endereço: Rua Delmiro Gouveia, 333 - Anexo 2 - Sala B-306 - Bongi
Recife - PE - CEP: 50.761-901
Telefone: (81) 3229-4085
E-mail: helio@chesf.gov.br

Princípios, investigações e estudos, especificações de projeto, engenharia, desempenho durante


o comissionamento e aspectos de operação e manutenção nas áreas de telecomunicações e de
serviços de informação para o setor elétrico, sistemas de informação para atividades operacionais e
de negócios envolvendo serviços, meios de comunicação e redes.

PARTICIPAÇÃO NO CIGRÉ INTERNACIONAL

Administrative Council and Steering Committee


Membro: ANTONIO VAREJÃO DE GODOY
Empresa: CHESF Cia. Hidroelétrica do São Francisco
Endereço: Rua Delmiro Gouveia, 333 - Bongi - Bloco A - sala 210 SPT
50761-901- Recife - PE
Telefone: (81)-3229-2501
E-mail: varejao@chesf.gov.br

Administrative Council - Membro Permanente


Membro: JERZY ZBIGNIEW LEOPOLD LEPECKI
Empresa: ex-presidente do CIGRÉ-Brasil e CIGRÉ Internacional
e Sócio Honorário do CIGRÉ
Endereço: Rua Timóteo da Costa, 304 apto. 801, Leblon, Rio de Janeiro,
RJ, CEP 22450-130
Telefone: (21)-22741002
E-mail: jlepecki@globo.com

SC-A1 Rotating Electrical Machines


Coordenador: ERLI FERREIRA FIGUEIREDO
Empresa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Endereço: Rua São Francisco Xavier, nº 524 – 5º andar – sala 5.029 – Bloco A
Cep: 20.559-900 – Maracanã – Rio de Janeiro – RJ
Telefone: (21) 2205-0569
Fax: (21) 2569-9067
E-mail: erliff@uol.com.br

SC-B5 Protection and Automation


Coordenador: IONY PATRIOTA DE SIQUEIRA
Empresa: Chesf - Companhia Hidro Elétrica do São Francisco
Endereço: Rua 15 de março, 50 sala B 314
Bongi - Recife - PE - 50761-070
Telefone: (81) 3229-4145
Fax: (81) 3229-4145
E-mail: iony@tecnix.com.br

78 ELETROEVOLUÇÃO junho 2013


Critérios para Seleção e Divulgação dos Artigos
Técnicos da Revista EletroEvolução – Sistemas de Potência

1. Qualquer artigo poderá se candidatar à publicação na revista EletroEvolução, o qual deverá


ser encaminhado pelo seu autor ao Presidente do Conselho Editorial, para o e-mail:
eletroevolucao@cigre.org.br ou para o endereço do CIGRÉ-Brasil: Praia do Flamengo, 66, Bloco
B, sala 408, Flamengo, Rio de Janeiro, CEP 22.210-903.

1.1. Os artigos previamente selecionados e apresentados em eventos de responsabilidade do


CIGRÉ-Brasil terão prioridade nesta publicação.
1.2. Os artigos deverão obedecer à formatação e limites de tamanho estabelecidos para os
eventos do CIGRÉ-Brasil, cabendo à revista EletroEvolução a sua diagramação e formatação
final de impressão, incluindo a revisão final de sua redação para efeito de publicação.
1.3. Esses artigos serão encaminhados, para efeito de revisão e comentários, a uma comissão
composta por um mínimo de dois revisores, a serem designados pelo Coordenador do Comitê
de Estudo responsável pelo respectivo assunto e/ou pelo Presidente do Conselho Editorial
da Revista EletroEvolução. Cada revisor terá o prazo máximo de 40 dias para apresentar seu
comentário e parecer sobre o artigo.
1.3. O Presidente do Conselho Editorial da revista será responsável pelo encaminhamento ao
autor do artigo, da decisão do referido Conselho, a qual poderá ser pela sua não publicação,
aceitação mediante incorporação das revisões solicitadas pelos revisores ou aprovação integral.
Tal resposta deverá ocorrer no prazo máximo de 70 dias a partir da data de recebimento do
artigo.

2. Os seguintes artigos são considerados previamente aptos para sua publicação na revista, a
critério do Conselho Editorial, não havendo a necessidade de seu encaminhamento pelos
respectivos autores principais, nem a necessidade de revisão.
2.1. Os artigos brasileiros apresentados nas Sessões Bienais e em Simpósios e Colóquios
internacionais do CIGRÉ.
2.2. Os artigos classificados em 1º, 2º e 3º lugares nos seus respectivos Grupos de Estudos do
SNPTEE e em eventos realizados pelo CIGRÉ-Brasil, tais como SIMPASE, SEPOPE, EDAO e ERIAC.

3. Também estão aptos para publicação na revista os seguintes artigos, a critério do Conselho
Editorial, que deverão ser encaminhados ao Presidente desse Conselho:
3.1. Os artigos com os resultados e constatações finais dos Grupos de Trabalho dos Comitês de
Estudo do CIGRÉ-Brasil.
3.2. Os artigos, de notória proficiência técnica, selecionados e encaminhados pelos membros do
Conselho Editorial da revista e pelos Coordenadores dos Comitês de Estudo do CIGRÉ-Brasil.

4. Também poderão ser publicados outros artigos de interesse da entidade, a critério da Diretoria
do CIGRÉ-Brasil, sob a denominação de “Artigos Convidados”.

Conselho Editorial da Revista EletroEvolução - Sistemas de Potência

ELETROEVOLUÇÃO junho 2013 79

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