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A narrativa pode ser a forma mais adequada para a compreensão e alteração das
significações pessoais e para um processo de análise crítica de teorias sobre
modelos cognitivos.
O mapa cognitivo – esta expressão acaba por ser uma metáfora que engloba
todos os modelos que procuraram compreender a arquitetura interna do sistema
cognitivo.
Abordamos aplicações da narrativa, apontamos limites práticos e teóricos e
esboçamos uma análise narrativa crítica de concepções da criatividade.
1. O MAPA COGNITIVO
Skinner (1989) sustentava que a análise etimológica das palavras mostrava que
os seus referentes são ações ou situações externas.
A análise funcional do comportamento obriga que as variáveis independentes
(i.e., as causas do comportamento) sejam observáveis e descritas segundo termos
físicos (Skinner, 1953)
O uso de palavras do senso comum para referir estados internos está vedado à
abordagem científica do comportamento porque, regra geral, obscurece as
contingências de reforço e cria a ilusão de existirem processos internos causais
quando as verdadeiras causas são externas ao organismo e, por conseguinte, à
mente (Skinner, 1989).
Só a análise funcional do comportamento clarifica as contingências de reforço a
que as palavras aludem.
Skinner (1990) continua a sustentar que, self, mente e palavras derivadas –
supostamente referindo processos internos – não se podem constituir como
objeto de estudo científico.
Com Skinner, as palavras não remetem para as causas internas do
comportamento.
No caso da classe de comportamento verbal designada intraverbal, a qual se trata
de uma cadeia de palavras associadas arbitrariamente pela comunidade verbal, o
estímulo discriminativo é uma resposta verbal anterior – do falante ou
interlocutor – que deverá desencadear uma resposta verbal reforçada pela
atenção social (Skinner, 1957).
Não é necessário, na perspectiva skinneriana, invocar regras mentais para
explicar a aquisição da linguagem.
1.2.1. O experimento