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RESUMO: O brincar está presente na vida do ser humano desde a infância. Por meio de
brincadeiras as crianças aprendem, descobrem novas formas de se divertir, aprendem a
desenvolver habilidades e reinventar novos significados. As brincadeiras e jogos podem ser
aplicados na escola, como recursos pedagógicos para despertar o interesse e a criatividade
na construção do aprendizado e do conhecimento concreto. Família e escola contribuem para
o desenvolvimento afetivo e cognitivo dos filhos ou alunos, proporcionando segurança e bem
estar no ambiente escolar. Brincando se aprende, vivenciam-se valores e princípios da
cidadania, vencem-se desafios, que são úteis e preparam para a vida. O diálogo familiar
estabelece segurança e bem estar entre pais e filhos, em todas as fases da vida.
Palavras – chave: criança; lúdico; família; escola.
SUMMARY: The play is present in human life since childhood. Through play children learn,
discover new ways to have fun, learn, develop skills and reinvent new meanings. The fun and
games can be applied in school, such as teaching resources to generate interest and creativity
in the construction of learning and concrete knowledge. Family and school contribute to the
affective and cognitive development of children or students, providing security and well-being
at school. Playing they learn, experiences, values and principles of citizenship is earned in
challenges, which are useful and prepare for life. The family dialogue establishes safety and
well being of parents and children, at all stages of life.
Key - words: Child; playful; family; school.
INTRODUÇÃO
REFERENCIAL TEÓRICO
O ser humano aprende em todas as fases de sua vida. Quando criança, brinca
com seu próprio corpo através de movimentos, portanto é uma construção gradativa
e natural.
Wallon (2007:54) classifica as brincadeiras na infância, em quatro fases
desenvolvidas naturalmente, sendo: funcionais, com movimentos simples e produção
de sons; faz de conta, com a personificação de objetos; aquisição, escutar com
atenção se esforçando para compreender; fabricação, combinando objetos
transformando novas formas.
FERRARI (2011, pg.02) Fröebel define: “a criança é como uma planta em sua
fase de formação, exigindo cuidados periódicos para que cresça de maneira
saudável”. Segundo a apostila de Normal Superior (2007, pg.11), Fröebel (1993)
estudioso da atividade lúdica comparava a criança com uma semente, que adubada
e exposta a condições favoráveis, desabrocharia e estaria livre para criar e imaginar.
A família tem grande influência no desenvolvimento da criança através de
diálogo, relatos, leituras de histórias, desenhos, vivências culturais e oferta de
brinquedos que possam fazer montagens para construir conhecimentos de acordo
com a sua criatividade. É por meio da manipulação destes objetos que a criança
imagina, age, representa e enriquece seus conhecimentos cognitivo, visual, auditivo,
tátil e motor.
As crianças gostam de brincar com os pais, irmãos, avós, com crianças da
comunidade pela facilidade de agrupamento e com os professores, e conclui-se que
aprende a brincar brincando.
Salienta-se que brincar reforça os laços afetivos, demonstra o crescimento e o
comportamento diário de acordo com a sua realidade, o que não poderia deixar de ser
considerando essencial para seu desenvolvimento.
A participação do adulto nas brincadeiras infantis proporcionam novos desafios,
seja por meio de descobertas, na vivência de experiências e na própria aprendizagem,
o que tornam o ato de brincar estimulante e enriquecedor.
Essa interação estimula a inteligência da criança a buscar os caminhos
necessários à superação dos obstáculos e o sucesso de sua participação nas
brincadeiras diárias ou nos finais de semana. Aprende-se de muitas maneiras, seja,
de acordo com a realidade, de forma lúdica, de forma mais simples ou de forma mais
sofisticada como passeios em hotéis – fazenda, balneários, trilhas, empinar pipas,
subir em árvores, e outros meios de distração como filmes, desenhos animados e
oficina de brinquedos de sucatas.
Muitas famílias acreditam que a televisão é um meio de adquirir aprendizado e
entretenimento, através de programações direcionadas a todas as faixas etárias, tanto
que permite e participa juntamente com os filhos, assistindo diversos programas
diários. Ocorre que, comumente há atrações com mensagens implícitas de violência,
corrupção e sexualidade contidas nas cenas, influenciadas pela mídia, passam a
acreditar que seja normal.
Ressalta-se que sobre este tema, GALEANO (1999, p.301) comenta em sua
obra que crianças brasileiras através de programas infantis, recebem uma descarga
de brutalidade com cenas de violência a cada dois minutos e quarenta e seis
segundos.
“A recorrência de imagens violentas na TV faz com que violência física
tenda a ser percebida como natural, como meio eficaz de resolver conflitos,
como modo “natural” de brincar e interagir com os pares. BELLONI (2005,
pg.38)”.
“Também é preciso dizer que muitos pais atualmente passam mais tempo
trabalhando do que com seus filhos. Isso também colabora para que os
filhos acabem sendo educados pela TV, ou seja, os pais vão trabalhar logo
cedo e só retornam ao final do dia, porém os filhos ficam com as babas; por
sua vez as babas priorizam mais em organizar a casa do que em cuidar das
crianças. RIBEIRO, (2015, pg. 06)”.
MATERIAIS E MÉTODOS.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Analisando os dados obtidos nas entrevistas fora constatado que nos lares há
diferentes formas de relacionamento com os filhos. Há famílias que demonstram mais
cuidados acompanhando os filhos nas atividades escolares e determinam tempo para
estudar e brincar. Os passeios ocorrem com maior frequência nos finais de semana
ou feriados, devido às distâncias das propriedades no campo.
Conquanto, existem outras famílias que não tem o mesmo cuidado, pois os
filhos assistem programações na TV a noite, e não há tempo para conversar com
filhos, simplesmente assistem por lazer, não considerando as influências contidas nas
mensagens e imagens visuais.
Conclui-se que em ambientes familiares, onde inexiste controle do tempo
quanto ao lazer e ao estudo, e acompanhamentos contínuos dos pais, há demasiada
carência social e cognitiva. Nestes lares, o diálogo, em especial, deveria ser
exercitado diariamente, pois, o mesmo é a força motriz no estabelecimento de limites
e disciplina, elemento essencial para o desenvolvimento e formação da criança.
Deste modo, quando o infante atinge a adolescência (12 anos completos)
sentirá amparado em seu ambiente familiar, tendo como base a confiança que foi
estabelecida na infância.
Essas ações praticadas pelas famílias revelam sentimentos de afetividade que
ajudam a proteger os filhos diante de muitas dúvidas e incertezas que se revelam no
dia a dia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.