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Segundo Esther Sánchez Botero, para que seja possível a existência desse
direito coletivo das sociedades, é necessário falar na linguagem do Estado, baseando
os argumentos desde o interior das leis. Pois, ao generalizar o direito Ocidental a todas
as comunidades, além de inconstitucional, pode ser prejudicial a própria existência
desses povos, eliminando valores culturais indispensáveis.
A jurisdição própria dos povos indígenas nunca foi uma pauta muito abordada,
não tiveram até aquele momento debates oficiais sobre a temática, pois a
reivindicação por sua autodeterminação e território sempre estiveram a frente. O
reforço da penalidade sobre o infanticídio indígena era longe de ser algo desejado por
eles. E assim, a autora explora os dados para o reforço de seu argumento diante dos
parlamentares, apelando para informações que são aceitáveis dentro de seus padrões
ocidentais e etnocêntricos na forma da lei. Expondo a necessidade do Estado
reparador, envolvendo um projeto nacional pluralista, para cada povo ter sua própria
jurisdição e não necessariamente aprovar a prática de infanticídio.