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ra Ancadio Dias-Quiones 1. O que é um leitor? Exist uma fotografia em que see Horgestentando devifat ss tas dum lio gue segura grad 0 onto, Est ua das ‘leis clevodas da bite Nacional da rua México, de cco vaso ear na pigina aber ‘Um dos itores mais convincentes que conbecemos, ars rit de quem podemosimaginar que prdea visio endo, ten "a, apes de td, prossequic Esa poderia era primera imagem do kino leitor,aqule que passou a ida tia lendo, aquele {que queimou os los naz da imps, “Agora sow um tor de paginas que meus ols js ndo vem” Ti outro casos e Borges ot ev0cou como se fosem seus ntepasads (Marml, Grossi, itn). Ur tor também ¢ ‘saul que Ié mal distore, perce confusament: Na clini da ted ener sempre o que tem melhor visio lt melhor. ‘0 Alp o objeto magico do miope, © pono de luz em _que todo o-universa se desonganiz es organiza conforme po sie do corpo € um exemplo des dinimica dover ¢ do dec fear, Os signos na pigina, quae inves eabrem para univer. 0 pls. Em Borges, eitura € uma art da dstnca eda eal alfa via itertura do mest modo Numa carta para Fe lice Baer, define assim a eit de seu primeira liv: “Rea ‘mente hele uma incurve desorden,e€ preci muito para ve alguna sist” (gio meu). e a Derspectva edo expag (no sos pintores se oxupam des cl ss). Segunda questi: etre ¢ coisa de ptica, de a, uma die -mensio da fsa Finnegans Wak € um labortério que submete a etues sua prova mais extrema, A medida que nos aprosimame ‘quel inhas nebuloss se transformam em letras ea tes se !amontoam ese misturamy as palvrasse ansmutamsalteram, © texto ¢ um ro, uma torreate mila cm continua expansio Laos ros plas ao agents iad do eto A primeira representago cepacia dese tpodeetura jie "em Cervantes, sab forma dos paps que ele recolhia na eu Ess € situa nical do romance, seu pressuposto, mer di endo, “Sou afconado a ler até pedagos de paps plas ras afima:se no D. Qusoe (3), Poderiamos ver nese twecho a condo material do leit ‘moderos ele vive num smando de signs; est rodeado de pale ras impressas (qu, no caso de Cervantes mprensa comet 4 ifundirpoucoants:no tumult da cidade, cle se detém para recalher paps trad na ru, desea dos ‘So que agora, diz Joyce em Finnegons Wake — ou sj, na ‘utr pont do arco imaginisio que se abre com D. Quixote «ses paps amassdos esto pedidos numa linia, biados por uma galinha qu eavoucao cho, As palavea se misuram, se enlamelam, so letras corias, mas continua lege. 1 ssbemos que Finnegan um crt extavada numa sce, um tunnulte de bores ede manchas, de gritos contrgber fa mentosustapostos Shaw, aquee que lt edeciea no texto de Joyce est cndenadoa“eavoucar para todo 0 sempre at furir ‘oe mola epelera cabera, texto se destna aes itor ideal ‘qe sofre de uma ins il” (by that dal reader suring fro an idea insomnia) (0 keto vido, o que nto congue dear dete etor fname, 0 que est sempre desert, so represntaBes extrema gee sigufica ler ur ten, persica waratvs deb plxapresenca do itor na literatura, Euoschamaria de tones ros para eles altura no € apenas uma pit, mas uma forma de vida, Muitas vers os textos transformaram 0 leitor num hers tnigco (ea tags tem muita er com ler mal) num obstina do que per a rato porque nao quer capt rm sua tenati- ‘ade encontrar o sentido, Exit uma ampla reas ete dogs ‘evitamas pcos ratios dea pose rag entre dopa e etura, exc em certos romances (de Prout, Art, laubert em aera se transforma numa dependénca que distorcea ea Iidade, numa doenga enum mal Traa-e sempre do elato de uma excep, de um cas-imi te. Ne iteraura agus que sth lng de ser uma figura noe oo one asi, no haverianarast}; antes, rmalindae pc {sparee conv um itor exremo, sempre apsinonado ecompul: sho, (Em"0 Aleph” univers inter & um pretest para ler as cartasobscenas de Betz Viterbo} Raseear © modo como a figura doktor est repesentada ‘a literatura spd trabalbar com caos espe, istris par ticular que criti redes © mundos possi.

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