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Provérbio japonês
de a análise ser muito diferente da iniciada por Charles Dow por volta de 1900, muitas das
“traves
mestras” eram muito similares. O “o quê” (os preços) era muito mais importante do que “o
porquê”
(notícias, resultados etc.). Toda informação conhecida está refletida nos preços, os quais
compradores e
os vendedores estabelecem com base em suas expectativas e suas emoções (medo, ganância
etc.); assim,
os mercados flutuam e o preço atual pode não refletir o valor real da empresa.
da informação no nível de preços do que à análise técnica propriamente dita. A base da análise
técnica
japonesa são as candlesticks (velas), cujo desenvolvimento remonta ao século XIX. Muito do
Kato e que posteriormente, ao ser adotado pela família Homma, se tornou Sokyo Munehisa
Homma.
A cultura do oriente nos fascina por sua riqueza, suas tradições e sua história. A análise técnica
também
faz parte desse contexto, uma vez que os gráficos de candles são originários do Japão feudal e
têm sido
usados há mais de 200 anos na região. Naquela época, o país vivia um clima militarista; os
conflitos
eram tantos que os japoneses se referem a esse período da história como Sengoku Jidai
(tempo do país
em guerra). Esse momento se reflete na nomenclatura de alguns padrões de candles, como
counterattack
lines (linhas de contra-ataque) ou three advancing white soldiers (três soldados brancos que
avançam).
O centro comercial do Japão estabeleceu-se em Osaka, uma cidade portuária, o que favorecia
em muito o
comércio, em uma época na qual as viagens por terra eram demoradas e, muitas vezes,
bastante
perigosas. O comércio do arroz era a base da economia, sendo esse produto, efetivamente, a
moeda
nacional. Não é surpresa, portanto, que alguns mercadores desse grão se tenham tornado
extremamente
ricos. Um desses homens era Yodoya Keian, reconhecido por sua incrível capacidade de
transportar e
distribuir arroz. Seu poder cresceu de tal maneira que o primeiro local (Bolsa) de comércio de
arroz foi
preocupado com a riqueza e o poder dos mercadores. Yodoya teve seus bens confiscados pelo
governo
por ter um “estilo de vida” acima de sua condição social. Apesar da intervenção
governamental, o
embrião da Bolsa japonesa de comércio de arroz estava lançado e o mercado que existia nos
jardins de
Yodoya foi, mais tarde, oficializado como Bolsa de Arroz Dojima (Dojima Rice Exchange).
desse produto para lá, pois elas poderiam ser mantidas em armazéns da cidade. Em troca,
recebiam um
cupom representativo do valor, o qual poderia ser vendido a qualquer momento. Começava,
assim, a
formação de um dos dois primeiros mercados de futuros do mundo. Somente na Bolsa Dojima
operavam
cerca de 1.300 traders de arroz. Nesse período, havia no Japão uma rica família de fazendeiros,
chamada Homma. Sua base de negociação era a cidade de Sakata, uma área onde o comércio
de arroz
também era bastante forte. Em torno de 1750, o patriarca da família Homma morreu, e o
controle dos
negócios passou para Munehisa Homma. Um primeiro aspecto que tornou evidente as
capacidades de
Munehisa foi o fato de que se tratava do filho mais novo. Na forte tradição hierárquica
japonesa, o posto
deveria ser assumido pelo filho mais velho, mas a família já conhecia os talentos de Munehisa.
Munehisa foi um verdadeiro cientista do mercado. Ele desenvolveu teorias e passou a guardar
do arroz mesmo em diligências ocorridas na época em que os trades eram realizados no jardim
de
Yodoya.
Não demorou muito para que Munehisa passasse a atuar e também a dominar a grande Bolsa
Dojima, onde acumulou uma fortuna gigantesca. Suas técnicas eram tão precisas que ele não
via a
homens eram posicionados sobre telhados de casas no caminho entre Sakata e Osaka e, por
meio de
Conta a história que Munehisa conseguiu fazer cerca de cem trades vitoriosos
consecutivamente.
Diante de tamanho poder e conhecimento, o governo contratou Munehisa Homma como
consultor
financeiro e concedeu a ele o título de Samurai. Nada mal para um analista técnico sem
habilidade
alguma com a do, nome dado à espada samurai. Das teorias desse guerreiro dos mercados
evoluíram as
Meu primeiro contato com candlesticks foi em 1996, quando li o livro de Steve Nison[1].
Há alguns anos, eu conheci Steve Nison nos Estados Unidos e ele depois nos deu a honra de
participar de uma palestra na Trader Brasil, em que, de forma muito simplista, afirmou:
“Candlesticks é
uma TV em cores e gráficos de barras, uma TV preto e branco”. Curiosidade ridícula: ele me fez
ir com
ele na cozinha do hotel para descobrir a fruta que ele tinha comido no café da manhã. Era jaca.
E ele
adorou.
vantagens, como ser mais atraente em termos visuais e de mais fácil interpretação. Cada
candlesticks
mostra mais claramente os movimentos dos preços; assim, um trader pode comparar
imediatamente a
relação entre a abertura e o fechamento, bem como entre o máximo e o mínimo. A conexão
entre a
Em termos gerais, quanto mais comprido for o corpo, mais intensa é a pressão compradora ou
vendedora.
consolidação. As velas longas brancas mostram uma forte pressão compradora e, quanto mais
longa ela
for, mais distante o preço de fechamento está do preço de abertura. Isso indica que os
compradores foram
bastante agressivos. Mas, atenção! Apesar de as velas brancas compridas serem normalmente
bullish,[2]
seu significado mais real depende de sua posição no contexto mais amplo da análise técnica.
Depois de grandes e longas quebras, uma vela branca comprida pode marcar um ponto de
virada
subida, pode significar que há um clima bullish excessivo e que se assistiu a um buying climax
(clímax
de compra), geralmente sinalizado por uma vela de reversão como um enforcado com o dobro
do volume
normal médio.
Fonte: Cortesia