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ÍNDICE
I
Tema abordado Página
II
Tema abordado Página
III
Tema abordado Página
IV
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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De acordo com a Norma NBR 6939 /1/ uma sobretensão pode ser definida como
qualquer tensão entre fase e terra, ou entre fases, cujo valor de crista excede o
valor de crista deduzido da tensão máxima do equipamento (Um.√2 / √3 ou Um.√2,
respectivamente).
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Podem ter qualquer uma das origens mencionadas acima. Ocorrem entre as
fases de um sistema (fase-fase) ou na mesma fase entre partes separadas de
um sistema (longitudinal).
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Se esta última característica não for conhecida, a amplitude selecionada pode ser
definida como sendo igual à máxima sobretensão real em serviço, que tenha uma
duração real de menos que um minuto, e a duração pode ser considerada como
de um minuto.
Em sistemas com tensões máximas de operação até 242 kV, geralmente as faltas
que ocorrem nos sistemas são as responsáveis pelas máximas amplitudes das
sobretensões temporárias. No entanto, as demais fontes de sobretensões
temporárias também devem ser levadas em consideração durante os estudos.
TOVSIST. = K ⋅ U max
3⋅ Z0
Z1
K = 0,5 ⋅ ± j⋅ 3
2 + 0
Z
Z1
Para sistemas com neutro isolado as sobretensões nas fases sãs podem exceder
à tensão fase-fase do sistema, ou seja, o fator de aterramento é de 1,73 ou acima.
Isto se deve ao fato de que esse tipo de sistema é acoplado à terra através de
suas capacitâncias parasitas. Nesta condição a tensão nas fases sãs será:
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Existe ainda a condição de sistemas com o neutro aterrado por impedância. Neste
caso, as sobretensões nas fases sãs podem atingir a tensão fase-fase do sistema.
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Esta variação significativa na amplitude das sobretensões faz com que seja
extremamente difícil se prever o valor máximo de sobretensão que irá ocorrer
para uma manobra específica. Daí advém o conceito de sobretensão de manobra
estatística, definida como uma sobretensão de manobra, aplicada a um dado
equipamento, devido a uma perturbação específica no sistema, cujo valor de crista
tem uma probabilidade estatística de 2% de ser excedido.
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apresentam freqüências na faixa de 0,2 MHz a 2,0 MHz e amplitudes de até 1,5
vezes a tensão de descarga. Por outro lado, o conteúdo de freqüências das
sobretensões pode ainda causar grandes solicitações internas em enrolamentos
de transformadores por causa de ressonâncias em parte dos enrolamentos.
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Em um sistema elétrico, esse tipo de isolação pode ser encontrado nas superfícies
externas de cadeias de isoladores; parte externa das buchas e transformadores,
bem como nos isolamentos em ar, correspondentes aos espaçamentos entre
condutores, condutor-estrutura e barramento-estrutura.
K1 = (δ )
m
b 273 + t
δ = ⋅ 0
b0 273 + t
K 2 = (K )
W
h
K=
δ
−∞
Para aplicações práticas, esta função pode ser aproximada utilizando-se uma
expressão matemática dependente de pelo menos dois parâmetros, usualmente a
tensão de descarga disruptiva a 50% (U50) e o desvio padrão z /5/.
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1 ( x − µ )2 (− ∞〈 x〈∞ )
f (u , µ ,σ ) = ⋅ exp −
σ 2π 2σ 2
Na prática se deseja calcular probabilidades para diferentes valores de µ e σ. Para
isso, a variável X cuja distribuição é N(µ,σ2) é transformada numa forma
padronizada Z com distribuição N(0,1) (distribuição normal padrão) pois tal
distribuição é tabelada. A quantidade z é dada por:
x−µ
z=
σ
1 − z2
f (z ) = ⋅ exp
2π 2
1
2
z u
−
F (u ) = P(u ≤ U ) = 0,5 − F ( z ) = 0,5 − ⋅ ∫ e 2 du
2.π 0
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Neste método também conhecido como “Up and Down”, são efetuadas várias
séries de m aplicações de tensão com mesma forma de onda e valor de crista em
diferentes níveis de tensão Ui. De acordo com o resultado da série de aplicações
precedentes, o nível de tensão Ui para cada série de aplicações deve ser
acrescido ou reduzido, em relação ao nível anterior, de um valor ∆U.
p = 1 − (0,5)
1
m
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U 50 =
∑ n ⋅U
v v
±
∆U
∑n v 2
∑ (nv ⋅ U v )2
∑ nv ⋅ U v −
2
1,62 ∑ nt
δ = ⋅ + 0,047 ⋅ ∆U
∆U ∑ nt
nv Número de descargas ou não descargas, dependendo qual o menor
∆U Degrau de tensão utilizado durante o ensaio
U 50 =
∑ n ⋅U v v
∑n v
Exemplo 1:
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1416 0 5 1467 0 2
1462 5 10 1512 2 13
1508 10 0 1557 13 0
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Para esse tipo de isolação, a suportabilidade elétrica pode ser alterada devido a
dois fatores: o primeiro, em virtude dos ciclos térmicos e mecânicos que alteram a
composição física e química dos materiais isolantes, tendendo a reduzir a
suportabilidade, que deve ser, portanto projetada a partir de ensaios de
envelhecimento acelerado. O segundo fator corresponde a uma excessiva tensão
em um determinado ponto específico da isolação, resultando em um processo de
ionização sustentado que pode acarretar uma falha localizada na isolação e
posterior dano total a isolação.
Desta forma, uma isolação não auto-recuperante deve ser projetada de modo que
a tensão de início de ionização em pontos críticos seja bastante superior à
máxima solicitação a que a isolação possa estar submetida sob condições de
regime normal de operação /3/.
U P = U 50 ⋅ (1 − Z ⋅ σ )
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U CONV. = U 50 ⋅ (1 − 3 ⋅ δ )
U CONV. = U 50 ⋅ (1 − 1,29 ⋅ δ )
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Exemplo 2:
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Exemplo 3:
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m.( H −1000 )
FCORREÇÃO = e 8150
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Desta forma, para uma determinação precisa das tensões nos terminais dos
equipamentos protegidos deve-se incluir o efeito da distância de separação entre
o(s) pára-raios e o(s) equipamento(s) protegido(s), quando esse for significativo.
TSIACF
MP1 =
NPFO
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TSNIA
MP2 =
NPIA
TSNIA Tensão suportável nominal de impulso atmosférico do equipamento
NPIA Nível de proteção do pára-raios para impulso atmosférico
TSNIM
MP3 =
NPIM
TSNIM Tensão suportável nominal de impulso de manobra do equipamento
NPIM Nível de proteção do pára-raios para impulso de manobra
U SUP = U 50 ⋅ (1 − 1,29 ⋅ δ )
Portanto:
1,15 ⋅ V50 ⋅ (1 + 2,05 ⋅ σ V )
U 50 =
(1 − 1,29 ⋅ σ )
U50 é a máxima tensão crítica de descarga de um isolamento auto-recuperante
para atender as condições de coordenação do isolamento.
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Exemplo 4:
TSIACF 633
MP1 = MP1 = MP1 = 1,84 = 84%
NPFO 344
TSNIA 550
MP2 = MP2 = MP2 = 1,70 = 70%
NPIA 324
TSNIM 457
MP3 = MP3 = MP3 = 1,87 = 87%
NPIM 244
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850
300 750 750 1,50
950
950
750 850 1,50
1050
950
362 850 850 1,50
1050
1050
850 950 1,50
1175
1050
420 850 850 1,60
1175
1175
950 950 1,50
1300
1300
420/460* 950 1050 1,50
1425
1175
525 950 950 1,70
1300
1300
525/550* 950 1050 1,60
1425
1425
950 1175 1,50
1550
1550
550* 950 1300 1,50
1675
1675
765 1175 1300 1,70
1800
1800
765/800* 1175 1425 1,70
1950
1950
1175 1550 1,60
2100
NOTAS
1 Valor da componente do impulso do ensaio combinado aplicável.
2 A introdução de Um 1050 kV e 1200 kV e das tensões suportáveis associadas estão sob consideração.
* Indica valores não constantes na IEC 60071-1.
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Os pára-raios do tipo expulsão tiveram uma vida muito curta, sendo substituídos
pelos pára-raios tipo “válvula”, os quais foram desenvolvidos em paralelo com os
pára-raios tipo expulsão e acabaram por substituí-los totalmente. Estes pára-raios
eram formados basicamente por centelhadores montados em série com resistores
não-lineares (denominados nas normas ANSI como elementos válvula). Vários
tipos de materiais foram originariamente empregados para a confecção dos
resistores não-lineares, tais como Hidróxido de Alumínio, Óxido de Ferro e Sulfeto
de Chumbo.
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No entanto, pelo fato de não possuírem centelhadores série esses pára-raios além
de estarem permanentemente submetidos a tensão fase-terra de operação do
sistema e a condições climáticas algumas vezes bastante adversas, podem ser
eventualmente solicitados por sobretensões temporárias ou transitórias que,
impõem aos pára-raios uma quantidade de energia que deve ser dissipada para o
meio externo, afim de garantir a sua estabilidade térmica. Portanto, cuidados
devem ser tomados quando da seleção das características dos pára-raios, em
função das reais necessidades dos sistemas.
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É importante ressaltar que uma eventual falha do pára-raios não acarreta somente
na perda do equipamento, podendo causar também distúrbios severos no sistema,
bem como a danificação de outros equipamentos adjacentes (como por exemplo,
buchas de transformadores), em caso de fragmentação ou explosão do invólucro
isolante ou desprendimento dos elementos de ZnO.
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Em alguns casos tem sido prática a instalação dos pára-raios diretamente junto a
bucha dos transformadores. Para redes de distribuição, este procedimento reduz
de forma considerável a tensão nos terminais dos equipamentos protegidos pelos
pára-raios, através da redução das tensões impulsivas devido ao menor
comprimento dos cabos de conexão entre o pára-raios e o equipamento por ele
protegido.
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3. Aplicação de pára-raios
Neste capítulo serão apresentadas informações referentes às terminologias
aplicadas aos pára-raios e a sua classificação, aspectos referentes ao princípio de
funcionamento dos diferentes tipos de pára-raios, sua aplicação na proteção dos
sistemas e aspectos da especificação, seleção e aplicação dos pára-raios.
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3.1.5 Disrupção:
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As Normas técnicas NBR /1/, /2/ e IEC /3/, /4/, classificam um pára-raios de acordo
com a sua corrente de descarga nominal; a classe de serviço; e as características
de proteção (os dois últimos em pára-raios com centelhadores):
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20 kA 10 kA 5 kA 2,5 kA 1,5 kA
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As normas NBR 5287 /1/ e IEC 99,1 /3/ aplicadas a pára-raios com centelhadores
estabelecem cinco classes de alívio de sobrepressão:
A 20 kA, 15 kA e 10 KA 40
serviços leve e pesado
B 10 kA serviços leve e 20
pesado
C 10 kA serviços leve e 10
pesado
D 5 kA 16
E 5 kA 5
Corrente de Corrente de
descarga Valor eficaz da corrente de falta (kAef) baixa
nominal intensidade
Nominal Correntes reduzidas (Aef)
20 kA ou 10 kA 80 50 25 600 ± 200
20 kA ou 10 kA 63 25 12 600 ± 200
20 kA ou 10 kA 50 25 12 600 ± 200
50
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20 kA ou 10 kA 40 25 12 600 ± 200
10 kA ou 5 kA 16 6 3 600 ± 200
- Pára-raios estação: 40 e 65 kA
- Pára-raios intermediários: 16,1 kA
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Isto visa garantir uma proteção adequada aos equipamentos contra surtos
atmosféricos e de manobra. Os níveis de proteção oferecidos pelos pára-raios são
apresentados nos catálogos dos fabricantes.
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600
550
Tensão residual (kV)
500
450
400
350
300
250
200
10 100 1000 10000 100000
Corrente de descarga (A)
Ures para impulso de manobra (mínimo)" Ures para impulso de manobra (máximo)
Ures para impulso atmosférico (mínimo) Ures para impulso atmosférico (máximo)
Ures para frente íngreme (máximo) Steep current (maximum)
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(kVef) 10 kA 20 kA 10 kA 20 kA 10 kA 20 kA
3 a 29 2,6 a 4,0.Ur ----- 2,3 a 3,6.Ur ----- 2,0 a 2,9.Ur -----
30 a 132 2,6 a 3,7.Ur 2,6 a 3,1.Ur 2,3 a 3,3.Ur 2,3 a 2,8.Ur 2,0 a 2,6.Ur 2,0 a 2,3.Ur
144 a 342 2,6 a 3,7.Ur 2,6 a 3,1.Ur 2,3 a 3,3.Ur 2,3 a 2,8.Ur 2,0 a 2,6.Ur 2,0 a 2,3.Ur
360 a 756 2,6 a 3,1.Ur 2,6 a 3,1.Ur 2,3 a 2,8.Ur 2,3 a 2,8.Ur 2,0 a 2,3.Ur 2,0 a 2,3.Ur
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O produto da corrente de descarga que flui pelo pára-raios com a impedância dos
elementos não-lineares produz uma tensão através dos resistores não-lineares.
Se desprezarmos a tensão de arco dos centelhadores essa tensão, denominada
por tensão residual, estará aplicada entre os terminais do pára-raios.
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Seja um pára-raios de ZnO sem centelhadores conectado entre uma fase e o terra
de um sistema elétrico e energizado com uma tensão alternada de freqüência
fundamental. Em condições de regime permanente a relação entre a resistividade
do material que compõe a região intergranular e a resistividade dos grãos de ZnO
é da ordem de 1010 Ω.cm. Desta forma, durante a operação em regime
permanente a tensão aplicada ao pára-raios é distribuída sobre a região
intergranular e os elementos de ZnO apresentam uma impedância extremamente
elevada da ordem de MΩ, produzindo uma corrente denominada por corrente de
fuga, da faixa de µA.
A corrente de fuga total que flui internamente pelos pára-raios de ZnO possui duas
componentes: a componente capacitiva, predominante na tensão de operação do
pára-raios e com forma de onda senoidal, sendo pouco influenciada pelo efeito da
temperatura; e a componente resistiva, responsável pelas perdas no pára-raios,
caracterizada por apresentar distorções harmônicas face às características não
lineares das regiões intergranulares e cuja resistividade é variável e fortemente
dependente do campo elétrico aplicado, da temperatura e da freqüência.
A corrente de fuga total que flui pelo pára-raios para uma dada tensão aplicada
será, portanto, o somatório das componentes capacitiva e resistiva, tomado
instantaneamente. Uma vez que esta corrente apresenta características não
senoidais, pode-se utilizar a Série de Fourier para a determinação de suas
componentes e do conteúdo de harmônicos presentes.
Assumindo que a corrente de fuga i(t) que flui pelo pára-raios apresenta uma
característica de modo que as formas de onda dos ciclos positivos e negativos
sejam simétricas, o termo “I0/2” será nulo e a série de Fourier dessa função
conterá somente harmônicos ímpares.
i RES(t) = A1 ⋅ sen (wt) + A 3 ⋅ sen (3wt) + A 5 ⋅ sen (5wt) + ........... + A n ⋅ sen (nwt)
i CAP(t) = B1 ⋅ cos (wt) + B3 ⋅ cos (3wt) + B5 ⋅ cos (5wt) + ........... + Bn ⋅ cos (nwt)
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3,50
3,00
Tensão aplicada (kVef)
2,50
Itotal-20
Itotal-60
2,00 Itotal-100
1,50 Iresistiva-20
Iresistiva-60
1,00
Iresistiva-100
0,50
0,00
1,0 10,0 100,0 1000,0 10000,0
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10
0,1
0 20 40 60 80 100 120 140
Temperatura (graus Celcius)
−φ B
I RT = I RT 0 ⋅ e KT
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Como pode ser observado na figura, existem dois pontos de interseção entre as
curvas de potência consumida pelos elementos de ZnO e a capacidade de
dissipação de calor pelo invólucro: o ponto de operação a baixa temperatura,
denominado ponto de operação estável; e o limite de estabilidade, denominado
ponto de limiar da estabilidade. Em ambos os pontos há a condição de equilíbrio
térmico, ou seja, a potência gerada nos elementos de ZnO é igual a potência
dissipada para o meio externo. Porém este equilíbrio é estável somente no ponto
de operação estável.
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De acordo com esse método a tensão nominal do pára-raios deve ser igual ou
superior ao valor de crista por √2 da sobretensão equivalente obtida para 10
segundos. Isso garante a condição mínima do pára-raios de atender aos requisitos
prescritos no ensaio de ciclo de operação.
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I MAX = IC =
(2,4 ⋅ U CFO − Vr )
Z0
Esta relação assume que a descarga disruptiva da linha ocorra à uma distância
considerável da subestação, ou que os condutores fase são atingidos sem que
isso resulte em uma descarga disruptiva. De outra forma, a porção da corrente de
descarga total descarregada através do pára-raios pode variar consideravelmente
em função de todos os parâmetros envolvidos.
I MAX =
(2 ⋅ E 0 − Vr )
Z0
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- Em sistemas com tensões até 72,5 kV pára-raios projetados para uma corrente
de descarga nominal de 5 kA podem ser adequados em áreas com baixa
densidade de descargas para a terra e quando de linhas aéreas efetivamente
blindadas e com baixa impedância de aterramento. Os pára-raios com uma
corrente de descarga nominal de 10 kA são mais adequados para instalações
importantes particularmente em áreas com alta densidade de descargas para a
terra ou de elevada resistência de aterramento.
Faixa 2: Pára-raios de 10 kA ou 20 kA
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• Descargas atmosféricas:
2 ⋅ U CFO U pl ⋅ Td
E PR = 2 ⋅ U CFO − N ⋅ U pl ⋅ 1 + ln ⋅
U pl Z0
E PR = 2 ⋅ U ps ⋅ (U L − U ps ) ⋅
Td
Z0
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Apesar de uma parcela significativa dos disjuntores atualmente instalados ser livre
de reacendimento “restrike”, em muitos dos casos estes bancos são chaveados
várias vezes ao dia, aumentando a probabilidade da obtenção de transitórios
elevados resultantes dessas manobras.
E PR =
1
2
⋅ C ⋅ (3 ⋅ Vsis ) −
2
( )
2 ⋅ Vr
2
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E0 − EC 1
i (t ) = ⋅ sen(w0t ) f =
L
C 2π ⋅ L ⋅ C
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[A]
4000
3000
2000
Corrente no pára-raios
1000
-1000
-2000
-3000
19 20 21 22 23 24 25 [ms] 26
(file Banco_capacitores.pl4; x-var t) c:4 -5 c:4 -6
Figura 3.12 – corrente fluindo belo banco de capacitores e pelo pára-raios devido
ao reacendimento do disjuntor em um tempo meio ciclo após a abertura
74
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4 ⋅ E0 − (U REs − E0 )
2 2
1
EMAX = ⋅ C ⋅ U RES ⋅
2 U RES − E0
Uma estimativa para a determinação da corrente que flui pelo pára-raios durante a
abertura de um banco de capacitores conectado em estrela aterrada com
reacendimento, é proposta na referência /9/:
IA =
(2,6 ⋅ Vsis
2
− (VR − 0,82 ⋅ Vsis ) ⋅
2
) (I F ⋅ C)
39 ⋅ Vsis
Q bc ⋅ 106
C= 2
3 ⋅ ω ⋅ Vsis
75
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2
0,8 ⋅ VSIS ⋅ VR ⋅ I A
EMAX =
(VR − 0,82 ⋅ VSIS ) ⋅ I F
As equações apresentadas acima servem como uma boa referência para uma
estimativa das grandezas corrente de descarga e energia absorvida por um pára-
raios quando da manobra de um banco de capacitores com reacendimento. No
entanto, para uma análise mais detalhada recomenda-se a realização de estudos
utilizando-se ferramentas computacionais.
1,00
Capacidade de absorção de
0,90
Energia (pu)
0,80
0,70
0,60
0,50
1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50
Corrente (pu da corrente de descarga máx.)
76
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Em caso de uma eventual falha do pára-raios flui através desse uma corrente
correspondente a corrente prospectiva de curto-circuito do sistema, cujo valor
simétrico pode ser determinado por:
PCC (MVA)
I FALTA =
3 ⋅ VSIS
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80
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Quanto maior for a margem de proteção, menores serão os riscos de danos dos
equipamentos protegidos associados às sobretensões.
81
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TSIACF
MP1 =
NPFO + ∆V(t )
TSNIA
MP2 =
NPIA + ∆V(t )
TSNIM
MP3 =
NPIM
82
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Como regra geral, as margens de proteção MP1 e MP2 devem ser no mínimo de
20% a 25%. Todavia, na prática, tem-se observado a existência de sistemas de
proteção com margens de proteção (MP) muito acima desses valores. Quando os
pára-raios são conectados diretamente ao equipamento protegido os efeitos de
separação e dos cabos de conexão são minimizados. Neste caso, a margem de
proteção MP1 usualmente pode ser desprezada.
83
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84
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85
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85.6
penetraç ão de
80
umidade
Percentual do total de falhas
60
c ontaminaç ão
86
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87
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88
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90
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1 Resistores não-lineares
2 Terminações metálicas
3 Suporte mecânico
(wrapping ou gaiola)
4 Invólucro polimérico (silicone,
EPDM, EPM, EVA ou ligas)
5 Eletrodos metálicos (espaçadores)
6 Interface entre o polímero e o
suporte mecânico
7 Flanges metálicos
91
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92
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93
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Exemplo 1:
94
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1.30
Relação TOV / Vn Un
1.20
1.10
1.00
0.90
0.80
1 10 100 1000
Tempo (segundos)
Um 14,4
Un1 = K1 ⋅ Ucmin ≈ 1,25 ⋅ ⇒ Un1 = 1,25 ⋅ = 10,4kV
3 3
K1 = Un / Uc
95
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TOVSIST 11,2
Un2 = ⇒ Un 2 = = 9,66kV
KTOV 1,16
m
T
U eq = U t ⋅ t
10
I MAX =
(2 ⋅ E 0 − Vr )
Z0
96
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A Tabela 4.1, apresenta uma estatística dos valores de corrente que fluem pelos
pára-raios devido a ocorrência de surtos atmosféricos /5/:
Cabe ressaltar que as informações disponíveis na Tabela 4.1 devem ser tomadas
apenas como referência, não devendo se utilizar esses valores para a definição da
corrente de descarga nominal dos pára-raios.
97
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98
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De acordo com a IEC 99.1 /6/ (aplicável a pára-raios com centelhadores) os pára-
raios com correntes de descarga nominal de 5 kA podem ser de classe de alívio D
ou E apresentando capacidade de suportar correntes de curto-circuito com valores
simétricos de 16 kA e 5 kA, respectivamente, por um período mínimo de 0,2 s.
O ensaio de baixa corrente com valor eficaz de 600 ± 200 A também deve ser
realizado para todos os tipos de pára-raios. A duração mínima é de 1 s.
99
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Para uma análise desse efeito iremos considerar as Figuras 4.10.a (a esquerda) e
4.10.b (a direita), que ilustram a utilização de pára-raios na proteção de
transformadores de distribuição.
100
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A experiência tem mostrado que para uma dada amplitude de corrente e taxa de
crescimento, quanto mais próximo do conjunto incidir a descarga, maior será esse
efeito sobre os terminais dos transformadores.
Exemplo 2:
101
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TSIACF
MP1 =
NPFO + ∆V(t )
TSIACF 109,3
MP1 = MP1 = MP1 = 1,26 = 25,6%
NPFO + ∆V(t ) 48 + 39
TSNIA
MP2 =
NPIA + ∆V(t )
TSNIA 95
MP2 = MP2 = MP2 = 1,62 = 61,6%
NPIA + ∆V(t ) 43,2 + 15,6
TSNIM
MP3 =
NPIM
TSNIM 78,9
MP3 = MP3 = MP3 = 2,27 = 127%
NPIM 34,8
102
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/1/ Lat, M. V. & Carr, J., “Application Guide for Surge Arresters on Distribution
Systems, CEA Report 077D 184 A, Sept. 1988.
/2/ Martinez, M. L. B., “Pára-raios para sistemas de Média Tensão –
Características Técnicas e Aplicação a Sistemas de Potência”; Dissertação
de Mestrado, EFEI, Dezembro 1992.
/3/ Hinrichsen, V., “Designs of Station-Class Polymer Housed Surge Arresters”,
CIGRÉ Surge Arresters Tutorial, Rio de Janeiro, April 2005.
/4/ Lahti K., “Effects of Internal Moisture on the Durability and Electrical
Behaviour of Polymer Housed Metal Oxide Surge Arresters”, PhD Thesis
Publication 437, Tampere University of Technology, Finland, 2003.
/5/ Proteção contra Sobretensão Atmosférica de Redes e Equipamentos de
distribuição”, CERJ
/6/ IEC 99-1 / 1991 “Surge Arresters - Part 1: "Non-linear resistor type gapped
surge arresters for a.c. systems".
/7/ IEC 60099-4 / 2006 Ed. 2.1, “Surge Arresters - Part 4: Metal-Oxide surge
arresters without gaps for a.c. systems", 2001.
/8/ Richter, B., “Metal Oxide Surge Arresters for Distribution Systems”, CIGRÉ
Surge Arresters Tutorial, Rio de Janeiro, April 2005.
/9/ Campos, M. L. B. et alli, ”Avaliação do desempenho de Pára-raios de
distribuição”; Seminário Nacional de Qualificação de Materiais e
Equipamentos do Setor de Energia Elétrica - SQME, 1997.
103
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104
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Tais condições podem ser obtidas a partir de critérios bem definidos para a
especificação dos pára-raios. Neste enfoque, torna-se essencial o conhecimento e
o entendimento das características construtivas dos pára-raios utilizados em
subestações, bem como os critérios para a definição de seus parâmetros.
105
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106
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110
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Projetos de pára-raios “tipo wrapped” e “tipo gaiola” são desenvolvidos para não
apresentar espaços internos de ar entre os elementos de ZnO e o invólucro. Para
esses projetos não é necessária a utilização de dispositivos de alívio de
sobrepressão.
111
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112
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Como visto anteriormente, em caso de falha interna nos pára-raios com invólucro
de porcelana, existe a possibilidade de explosão ou fragmentação do invólucro,
com riscos de danos aos equipamentos adjacentes ou mesmo às pessoas
próximas ao evento. O mesmo fenômeno pode ser verificado em pára-raios
poliméricos “tipo tubo”, embora os riscos serem aparentemente bem menores.
É importante ressaltar que uma eventual falha do pára-raios não acarreta somente
a perda do equipamento, podendo causar também distúrbios severos no sistema
bem como a danificação de outros equipamentos adjacentes (como por exemplo,
buchas de transformadores), em caso de fragmentação ou explosão do invólucro
isolante ou desprendimento dos elementos de ZnO.
113
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Melhores desempenhos em regiões mais críticas têm sido obtidos com a utilização
de materiais apresentando silicone como polímero base os quais, em geral,
apresentam uma maior capacidade de hidrofobicidade e um melhor
comportamento sob ação ultravioleta, quando comparados a outros tipos de
materiais poliméricos.
114
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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Para este tipo de projeto cuidados devem ser tomados nos procedimentos de
fabricação e de montagem das colunas, de modo a se prever uma repartição de
corrente a mais uniforme possível através dos conjuntos em paralelo.
115
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116
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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No entanto, na prática tem sido constatado ao longo dos últimos anos algumas
alterações significativas no desempenho de alguns pára-raios que resultam, em
muitas das vezes, na operação inadequada ou até mesmo na falha parcial ou total
de pára-raios com menos de dez anos de operação comprometendo, desta forma,
a confiabilidade desses pára-raios e a continuidade no fornecimento de energia
elétrica.
Cuidados devem ser tomados com relação aos efeitos de uma distribuição não
uniforme de tensão ao longo dos invólucros dos pára-raios aplicados em Alta e
Extra Alta Tensões, especialmente em regiões com elevados índices de
contaminação. Esse efeito pode solicitar mais os blocos de ZnO localizados
próximos ao terminal de linha, fazendo com que esses sejam solicitados por
valores de tensão superiores a sua MCOV.
117
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- Sobretensões temporárias:
118
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119
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O aumento da corrente de fuga resistiva que flui pelo pára-raios para uma dada
solicitação de tensão e a redução na capacidade de absorção de energia pode
levar os pára-raios à uma instabilidade térmica quando de uma solicitação
temporária ou transitória, acarretando na sua falha parcial ou total, seguida pela
passagem da corrente do sistema. Nesse caso, devido as características
construtivas dos pára-raios de porcelana (espaços internos de ar entre a parte
ativa do pára-raios e a parte interna do invólucro), a passagem dessa corrente
estabelece um arco interno no interior do pára-raios. Os gases ionizados causam
um rápido aumento da pressão interna que pode provocar a fragmentação do
invólucro ou até mesmo a sua explosão, caso esse não possua dispositivos de
alívio de sobrepressão adequados.
120
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121
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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Exemplo 1:
Neste caso, o pára-raios deverá apresentar uma tensão nominal de 132 kV.
1.30
Relação TOV / Un
1.20
1.10
1.00
0.90
0.80
1 10 100 1000 10000 100000
Tempo (segundos)
122
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Um 145
Un1 = K1 ⋅ Ucmin ≈ 1,25 ⋅ ⇒ Un1 = 1,25 ⋅ = 104,6kV
3 3
K1 = Un / Uc
TOVSIST 125
Un2 = ⇒ Un 2 = = 109,6kV
KTOV 1,14
m
T
U eq = U t ⋅ t
10
123
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I MAX = I C =
(2,4 ⋅ U CFO − Vr )
Z0
Esta relação assume que uma descarga disruptiva na isolação ocorre na linha de
transmissão a uma distância considerável da subestação, ou que os condutores
fase são atingidos sem que isso resulte em uma descarga disruptiva pelas cadeias
de isoladores. De outra forma, a porção da corrente de descarga total
descarregada através do pára-raios pode variar consideravelmente em função de
todos os parâmetros envolvidos.
Linhas não protegidas por cabos pára-raios são geralmente limitadas a tensões
nominais mais baixas (69 kV e abaixo) e/ou linhas localizadas em áreas de baixa
densidade de descargas atmosféricas para a terra.
124
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125
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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Na Tabela 5.3 são apresentados os valores sugeridos pela referência /7/ para
serem aplicados na equação apresentada na Seção 3.5.4 - Capítulo 3, para a
estimativa da energia em estudos para energização e religamentos de linha.
126
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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Por outro lado, a maioria dos usuários vem definindo em suas especificações
técnicas apenas a classe de descarga de linhas de transmissão requerida pela
Norma IEC 60.099-4 /3/. Tal critério pode acarretar erros consideráveis em relação
a energia requerida, devido a existência para uma mesma classe de descarga de
linhas de uma faixa considerável de energias para os diferentes fabricantes.
Por exemplo, para a classe 2 de acordo com a IEC, existe uma faixa de variação
na capacidade de absorção de energia para os pára-raios de aproximadamente
2,9 a 4,5 kJ / kV nominal. Da mesma forma, para a classe 3, verifica-se uma
variação na faixa de energia de aproximadamente 4,8 a 8,8 kJ / kV nominal.
Cabe ressaltar, no entanto, que as informações acima são orientativas e com base
em experiências de campo. Energias menores podem ser adequadas para alguns
sistemas. Da mesma forma, maiores energias podem ser necessárias para
sistemas mais críticos, especialmente quando da presença de grandes bancos de
capacitores, correntes de curto-circuito bastante elevadas ou em caso de
subestações conectadas a linhas de transmissão de grande extensão.
127
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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Uma síntese dos resultados obtidos está apresentada nas Tabelas 5.4 a 5.6.
128
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129
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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Em caso de uma eventual falha do pára-raios flui através deste uma corrente
correspondente a corrente prospectiva de curto-circuito do sistema, cujo valor
simétrico pode ser determinado por:
PCC (MVA)
I FALTA =
3 ⋅ VSIS
130
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1.50
1.25
Tensão residual (p.u. V10kA)
1.00
0.75
0.50
0.1 1 10 100 1000 10000 100000
Corrente de descarga (Acr)
131
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132
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133
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• Método simplificado;
U T = U PR + 2 ⋅ S ⋅
(D + d 1 + d 2 )
v
U 50 ( − ) + 3 ⋅ δ
S=
t
De acordo com o método proposto pela IEC 60.099-5 /8/ as tensões nos terminais
dos equipamentos protegidos podem ser estimadas por:
134
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A DT
Lf =
Ra
UT = U PR + × RT
N Lsp + Lf
1 1 0 ,117.c .Vsa
VT = . × 2 ,92 +
MP 1 0 ,117.c D.S
0 ,957. +
Vsa D.S
135
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2.30 U T / U PR
2.10
1.90
1.70
1.50
1.30
1.10 D(S) / c U PR
136
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Uma análise mais simplificada pode considerar uma fonte de tensão com impulso
tipo rampa, apresentando tempos de frente variáveis em função da solicitação
considerada e tempo de meia onda (tempo de cauda) de 50 µs. Em estudos mais
detalhados a forma de onda padronizada em ensaios em impulso atmosférico
pode ser utilizada (Figura 1.2 – Seção 1.1.3 – Capítulo 1).
(
Z 0 = 60 ⋅ ln 2 ⋅ h
r
)
h é a altura do condutor / barramento em relação ao solo (m) e r o
raio do condutor / barramento (m).
137
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Exemplo 2:
138
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139
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900
800
Tensão de Impulso (kVcr)
700
600
500
400
300
200
100
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Distância (m)
Usup. Trafo Utrafo simplicado Utrafo simulação ATP
Utrafo Guia Usup/1,20
TSIACF
MP1 =
NPFO + ∆V
TSIACF 633
MP1 = MP1 = MP1 = 1,22 = 22%
NPFO + ∆V 519
140
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TSNIM
MP3 =
NPIM
A Tabela 5.7 apresenta uma síntese das tensões resultantes obtidas no terminal
do transformador em função da distância entre o pára-raios e o transformador (ou
outro equipamento qualquer a ser protegido), e as respectivas margens de
proteção obtidas:
141
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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1
Considera-se a instalação do pára-raios junto a bucha do transformador,
eliminando o efeito da distância de separação. Neste caso, foi considerado
somente o efeito dos cabos de conexão de 6 metros.
142
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143
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144
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Em linhas gerais, uma descarga atmosférica pode ser definida como uma
descarga elétrica transitória de curta duração e com uma elevada corrente
associada, que usualmente atinge quilômetros de extensão. Tal descarga
ocorre quando nuvens em uma região da atmosfera atingem uma quantidade
suficiente de cargas elétricas para dar origem a campos elétricos cuja
intensidade supere a rigidez dielétrica do ar, causando assim a disrupção do
meio (ar). Para que tal processo possa acontecer é necessário que as
condições ambientais sejam favoráveis, situação que pode ser encontrada no
interior de grandes tempestades de neve e de areia, nas nuvens sobre vulcões
em erupção e, na maior parte das vezes, na nuvem de tempestade (cúmulo-
nimbus) /1/.
145
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146
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147
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Figura 6.1 - Mapa do número de dias com trovoadas por ano no Brasil
148
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O mapa de nível ceráunico apresentado na Figura 6.1 foi obtido com base em
duas décadas de observação, a partir do início dos anos 60. Com base nas
informações apresentadas na figura, pode ser constatado que na maior parte
do território brasileiro o número de dias de trovoadas por ano ultrapassa a 50.
Uma análise dos dados apresentados na Figura 6.2 indica como principal
diferença em relação à Figura 6.1 uma maior atividade atmosférica nas regiões
Sul e Centro-Oeste do país. As informações disponibilizadas na Figura 6.2
representam a realidade brasileira de uma forma mais adequada que os dados
ceráunicos obtidos nas décadas de 60 e 70, e tem possibilitado um grande
avanço nos estudos de desempenho do sistema elétrico devido à ação das
descargas atmosféricas.
149
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Os parâmetros T10, T30, S10, S30 e Sm são definidos com base em IP1.
O parâmetro T50 é definido em função de IP2.
150
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1 1 ln x − ln x
2
x
1
⋅ − ⋅ . dx
2.π . σ ln x ∫0 x 2 σ ln x
P(X ≤ x) = FX (x) = .
151
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100,00
10,00
1,00
0,10
0,01
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Corrente de descarga (kA)
Dados CEMIG Dados CIGRÉ
Equação simplificada - CEMIG Equação simplificada - CIGRÉ
152
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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1
P(I ≥ I0 )CIGRE = P(I ≥ I0 )CEMIG =
1
( 31)
1 + I0
2,6
( 45)
1 + I0
4,7
(
P dI
dt
≥ dI0
dt
)= 1
4
1 + dI0 dt
24
153
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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d = g ⋅ A ⋅ 10−3 ⋅ 100
154
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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Ra = 14 ⋅ H 0, 6
d = g ⋅ (2 ⋅ Ra + b ) ⋅ 10−1
( )
d = g ⋅ 28 ⋅ H 0,6 + b ⋅ 10 −1
155
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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drd = d ⋅ (1 − S fc )
156
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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157
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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Z 0 ⋅ i (t )
V (t ) =
2
Z0 = L
C
L=
µ0 ⋅ µ R
2 ⋅π
(
⋅ ln 2 ⋅ h
r
) C=
2 ⋅π ⋅ ε0 ⋅ ε R
(
ln 2 ⋅ h )
r
Z 0 C = 60 ⋅ ln 2 ⋅ h( r
) ⋅ ln(2 ⋅ h Rc)
Z0C Impedância de surto da linha (Ω), considerando o efeito corona;
Rc Raio do condutor sob efeito corona a um gradiente de tensão de
1500 kV / m /8/.
Assumindo que não ocorra disrupção entre fases, a amplitude e forma de onda
da tensão incidente se modificam durante a sua propagação ao longo das
redes de distribuição: pelo efeito das reflexões sucessivas nas estruturas
adjacentes; pela redução na inclinação da frente de onda devido ao efeito
158
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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Figura 6.5 - Descarga atmosférica sobre uma rede sem cabos pára-raios
2 ⋅ U 50 (t )
I cr (t ) =
Z 0C
2 ⋅ U dis (t )
I dis (t ) =
Z 0C
159
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V ft
E=
Lisolação
160
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100,00
Probabilidade da ocorrência do
arco de 60 Hz após a descarga
90,00
80,00
70,00
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Gradiente de campo elétrico (kVef/m)
161
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[ ]
N
VT (t ) = Z I ⋅ I(t) − Z W ⋅ ∑ I( t − 2 ⋅ n ⋅ τ T ) ⋅ ψ n −1
n =1
ZI =
ZS ⋅ Z T
ZW =
(2 ⋅ Z S
2
)
⋅ Z T ⋅ (Z T − R ) ψ=
(2 ⋅ Z T − Z S ) ⋅ (Z T − R )
ZS + 2 ⋅ Z T (Z S + 2 ⋅ Z T ) ⋅ (Z T + R )
2 (2 ⋅ Z T + Z S ) ⋅ (Z T + R )
162
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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(
Z ⋅ 1− ψN
VT (t ) = A ⋅ t ⋅ Z I − W
) + 2 ⋅ A ⋅ τ (
1− ψN
⋅ Z W ⋅
) −
N ⋅ ψN
(1 − ψ )
(1 − ψ )
T
1− ψ
2
163
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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Outro ponto que deve ser destacado, é que a maioria dos estudos de
desempenho de linhas realizados considera a linha com um vão médio
constante ao longo de toda a sua extensão. Em muitas situações esta
consideração simplificada pode acarretar em erros significativos na resposta
final das tensões resultantes ao longo da linha.
Vind (t ) = C i ⋅ VT (t )
164
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Vsn (t + τ pn ) = Vpn (t + τ pn ) − C n ⋅ VT (t + τ pn )
τ T − τ pn
Vsn (t + τ pn ) = VR (t + τ T ) + ⋅ [VT (t ) − VR (t + τ T )] − C n ⋅ VT (t )
τT
165
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1 − ψ N +1
VR (t + τ T ) = α R ⋅ A ⋅ Z I ⋅ ⋅ t − 2 ⋅ ψ ⋅
(
1− ψN ) −
N ⋅ ψN
⋅ τT
1 − ψ (1 − ψ )
2
(1 − ψ )
h − Yn
Vpn (t + τ pn ) = VR (t + τ T ) + ⋅ [VT (t ) − VR (t + τ T )]
h
2⋅R
αR =
ZT + R
Z s ⋅ i (t )
Vs (t ) =
2
A amplitude dessas tensões será tanto maior quanto maior for a distância do
ponto de incidência das descargas em relação as torres, sendo, portanto o
meio do vão, o ponto de incidência da descarga que produz a maior tensão
incidente. A Figura 6.9 ilustra o comportamento das ondas viajantes quando da
incidência de uma descarga atmosférica sobre o cabo pára-raios /17/.
166
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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2 ⋅ Zs ⋅ R A ⋅ (t − τ 1 )
VT (t ) = ⋅ Z s ⋅
2
2 ⋅ Zs ⋅ R + Zs 2
167
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VCI (t ) = VT (t ) − C i ⋅ VT (t ) ± V60 Hz
168
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169
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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600.00
400.00
200.00
0.00
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00 8.00 9.00 10.00
Tempo (microsegundos)
Como pode ser visto na Figura 6.11, a tensão no topo da torre obtida com
modelo simplificado apresentou uma boa concordância com o valor obtido pelo
Modelo HEM. No entanto, a tensão na fase inferior apresentou uma
170
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25.00
Impedância de Aterramento (ohms)
20.00
15.00
10.00
0.00
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00 8.00 9.00 10.00
Tempo (microsegundos)
171
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172
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16.00
12.00
10.00
8.00
6.00
4.00
2.00
0.00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Impedância de aterramento (ohms)
100
90
80
RAT constante
Probabilidade de
70
desligamento
Radj = 70
60
50 Radj = 200
40 Radj = 10
30 Radj = 30
20
10
0
0 50 100 150 200 250
Resistência de aterramento
Verifica-se na figura que para uma resistência constante RAT ao longo de toda
a rede, a probabilidade de ocorrência de uma descarga disruptiva de retorno
173
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Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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Devido à importância desse fenômeno, vários estudos têm sido realizados com
o objetivo de desenvolver um modelo teórico apropriado para a análise
computacional das tensões induzidas devido à ocorrência de descargas
indiretas. Entre esses podem ser citados os modelos de Chowdhuri – Gross,
Liew – Mar e Rusck, analisados em /20, 21/, Agrawal, utilizado em /22/, e o
modelo de Rusck Estendido, proposto por Piantini em /21, 23/.
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Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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A equação acima é válida para o cálculo das tensões induzidas em uma linha
monofásica de comprimento infinito, estendida sobre um solo de condutividade
perfeita, devido à ação de uma descarga atmosférica vertical à superfície da
terra, com canal de comprimento infinito. Ela é em geral conservativa e não se
aplica ao caso de redes aéreas providas de cabos pára-raios, de pára-raios, de
transformadores, etc., devendo ser utilizada apenas para fins estimativos.
176
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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/7/ CIGRÉ Working Group 33.01, “Guide to Procedures for Estimating the
Lightning Performance of Transmission Lines”, Cigre Publication no 63,
October 1991.
/8/ IEEE Std 1243, “IEEE Guide for Improving the Lightning Performance of
Transmission Lines”, IEEE Power Engineering Society, June 1997.
/9/ De Franco, J. L. & Piantini, A., "Estudo de Avaliação do Desempenho de
Redes de Distribuição frente a Descargas Atmosféricas", Relatório
Técnico PFE-001/03, Franco Engenharia Ltda, Março 2003.
/10/ IEEE Std 1410, “IEEE Guide for Improving the Lightning Performance of
Electric Power Overhead Distribution Lines”, IEEE Power Engineering
Society, June 1997.
/11/ Soares Jr. A., Schroeder M.A.O., Visacro S.F., "Calculation of Transient
Voltages in Transmission Lines Caused by Lightning – Combined
Electromagnetic Modeling for Tower, Ground and Aerial Cables”
Proceedings of IEEE/PES T&D 2002 Latin America, March 2002.
/12/ Darveniza, M. et alii, “Line Design and electrical Properties of Wood”,
IEEE Transactions on Power Apparatus and Systems, Vol PAS 86, No
11, November 1967.
/13/ Hurley, J. J., et alii, “Design of Overhead Transmission Lines for Better
Lightning Performance”, CIGRÉ Paper 33-04.
/14/ “Transmission Line Reference Book – 345 kV and above”, Second
Edition, EPRI, Palo Alto, 1982.
/15/ Dájuz, Ari. Et alii, “Transitórios Elétricos e Coordenação de Isolamento –
Aplicação em Sistemas de Potência de Alta Tensão”, Furnas Centrais
Elétricas, Univ. Federal Fluminense/EDUFF, pp. 245-271, 1987
/16/ Harper, G. E., “Técnicas Computacionales en Ingenieria de Alta tensión”,
Editora Limusa, 1987.
/17/ Melo, M. O. B. C. et alli, “Simulação e modelagem de descargas
atmosféricas em linhas de transmissão compactas de Alta Tensão”, III
Encontro Nacional de Engenharia de Alta Tensão – ENEAT, 2000.
/18/ De Franco J. L., Soares Jr. A., Visacro S.F., “Studies for the
Improvement of Transmission Lines Performance”, International
Conference on Grounding and Earthing & 3rd Brazilian Workshop on
Atmospheric Electricity, Rio de Janeiro – Brasil, 2002.
/19/ Nucci, C. A. & Rachidi, F., ”Lightning-Induced Overvoltages”, IEEE
Transmission and Distribution Conference, Panel Session “Distribution
Lightning Protection”, New Orleans, April, 1999.
/20/ Piantini, A. & Janiszewski, J. M., ”Analysis of Three Different Theories for
Calculation of Induced Voltages on distribution Lines due to Nearby
Strikes”, International Conference on Electricity Distribution – CIRED
Argentina'96: Proceedings. Buenos Aires:CIER / ADEERA, Dez. 1996.
/21/ Piantini, A., “Contribuição ao estudo das tensões induzidas em linhas de
distribuição por descargas atmosféricas indiretas”, 205 p., Dissertação
de Mestrado, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 1991.
/22/ Nucci, C. A.; Borghetti, A.; Piantini, A.; Janiszewski, J. M. "Lightning-
induced voltages on distribution overhead lines: comparison between
experimental results from a reduced-scale model and most recent
approaches". In: 24th International Conference on Lightning Protection
(24th ICLP), 1998, Birmingham. ICLP: Proceedings. Stafford:
Staffordshire University, 1998. v. 1, pp. 314-320.
177
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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178
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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Perdas de grandes blocos de cargas também têm sido verificadas nas empresas
concessionárias de energia elétrica, provenientes de variações de tensão
decorrentes dos desligamentos transitórios causados pelas descargas. Em adição,
interrupções transitórias de linhas consideradas vitais podem ocasionar distúrbios
em toda rede de uma região
179
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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ocorrem em linhas de transmissão com tensões nominais até 138 kV, podendo
chegar a um tempo médio de reparo de até 8 horas.
180
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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A isolação das estruturas das redes e linhas de distribuição pode ser interpretada
pela combinação das isolações proporcionadas pelo isolador propriamente dito;
pelo tipo e comprimento da cruzeta utilizada; pelo tipo e posicionamento da mão
francesa; pelo tipo de estrutura utilizada (madeira ou concreto) e pelo desenho da
estrutura completa, pois a probabilidade da disrupção ser seguida pela passagem
de uma corrente de freqüência fundamental (corrente de curto-circuito) está
relacionada com o gradiente da tensão eficaz (kV/m) em que a estrutura está
operando.
181
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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Outro procedimento prático bastante utilizado e que tem trazido bons resultados,
consiste em aplicar isoladores com uma classe de tensão superior à tensão
máxima de operação do sistema. Neste caso, geralmente aplicam-se isoladores
do tipo pilar. Em casos típicos de estruturas com os isoladores dispostos de forma
que a fase central fique mais próxima do aterramento da estrutura (mão francesa),
algumas empresas vêm adotando o procedimento de aplicação de cruzetas de
madeira isoladas e instalação de isoladores de classe de tensão superior somente
na fase central, que é a de menor suportabilidade elétrica.
Existe uma limitação técnica e econômica para esse método, o qual pode ser
adequado para redução das descargas disruptivas verificadas em redes de
distribuição e linhas com tensões nominais até 44 kV por tensões induzidas, além
de reduzir a probabilidade das descargas disruptivas evoluírem para um arco de
potência (com o aumento da distância de isolação) e provocar o desligamento do
sistema. Um aumento da tensão crítica de descarga de uma isolação para valores
da ordem de 300 kV ou maiores, praticamente elimina a probabilidade de
desligamentos das redes de distribuição e linhas de transmissão pelo efeito das
descargas indiretas.
182
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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Outro ponto que deve ser considerado quando do aumento do nível da isolação da
linha, está relacionado à necessidade de se aumentar o nível de suportabilidade
dos equipamentos a ela conectados (em especial os transformadores, religadores
e chaves seccionadoras), ou instalar pára-raios próximos a esses equipamentos.
e AT (t )
Z AT (t ) =
i AT (t )
183
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184
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Estudos teóricos têm mostrado que a efetividade deste método para a melhoria
de desempenho face às descargas diretas é bastante baixa em redes de
distribuição com tensões nominais até 34,5 kV, devido a baixa isolação das
redes, associada às configurações de aterramento geralmente existentes;
7.4 Pára-raios
185
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D
VEST = V RES + ⋅S
c
VEST Tensão resultante sobre a estrutura não protegida por pára-raios (kV);
VRES Tensão residual do pára-raios para a corrente que fui pelo pára-raios (kV);
D Distância entre o ponto de incidência da descarga e a estrutura protegida
pelo pára-raios (m);
c Velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas (c ≈ 300 m/µs)
S Taxa de crescimento da tensão (kV/µs)
186
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Considerando uma corrente com forma tipo rampa atingindo a amplitude máxima I
em um tempo de frente tF, e considerando que a disrupção ocorre para uma
tensão VDISR, a corrente mínima IDISR, necessária para provocar a disrupção da
isolação na estrutura não protegida por pára-raios, pode ser determinada por:
2 ⋅ c ⋅ t F ⋅ (VDISR − VRES )
I DISR =
D ⋅ Z0
187
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Considerando: R0 = 10 Ω; VDISR = 132 kV: VRES = 43,2 kV, a corrente mínima para
provocar disrupção na isolação será de 8,9 kA. A probabilidade de esta corrente
ser excedida é de 99,96%. Aumentando a característica disruptiva da isolação
para 400 kV e reduzindo a tensão residual do pára-raios para 30 kV, a corrente
mínima para a ocorrência da disrupção na próxima estrutura aumenta para 37 kA.
Para esta corrente, a probabilidade de disrupção é de 70,7%.
Para tal, é importante que as energias impostas aos pára-raios sejam definidas, de
modo a garantir uma especificação mais adequada dos pára-raios.
188
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8.1 Histórico
191
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Desta forma, não havendo a disrupção da isolação e devido a baixa corrente que
flui pelos pára-raios após a passagem da corrente de descarga, não há a atuação
do dispositivo de proteção contra sobrecorrentes na fase protegida pelo pára-raios
não ocorrendo, portanto, uma variação momentânea de tensão devido a
descargas atmosféricas nesta fase.
Se uma determinada estrutura é composta por pára-raios instalados nas suas três
fases não haverá, portanto, variação momentânea de tensão devido a incidência
de uma descarga atmosférica sobre essa estrutura. No entanto, descargas
disruptivas podem ocorrer nas estruturas adjacentes, dependendo das
características de aterramento dessas estruturas.
(1) No caso de pára-raios com centelhador série a MCOV - Máxima Tensão de Operação
Contínua é relativa à parte que contém os resistores não lineares a óxido metálico.
193
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194
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Baixos índices de falhas em pára-raios têm sido reportados, sendo a maioria das
falhas elétricas atribuídas a solicitações excessivas de energia por descargas
atmosféricas e sobretensões temporárias.
195
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(2) Estudo para determinação das máximas energias a serem absorvidas pelos
pára-raios de linha, em função da amplitude da corrente de descarga, sua
forma de impulso e duração, da impedância transitória do sistema de
aterramento considerado e da possibilidade da ocorrência de descargas
múltiplas.
196
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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retorno. Melhoria das condições de aterramento, podem ser inviável técnica e/ou
economicamente, sendo necessária a instalação de pára-raios. Considerando uma
região de mesma topografia e densidade de descargas a terra, deve ser
considerada uma probabilidade igual de ocorrência de descargas atmosféricas ao
longo de todas as estruturas localizadas nesta região.
Em alguns casos de linhas não protegidas por cabos pára-raios têm sido prática
das empresas instalar cabos pára-raios nas últimas estruturas antes da chegada
das subestações.
197
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Algumas empresas vêm também avaliando durante a fase de projeto de uma linha
a aplicação de pára-raios em substituição aos cabos pára-raios, especialmente em
linhas com tensões nominais até 138 kV. Essa possibilidade permite a utilização
de estruturas menores e mais leves, reduzindo significativamente o custo da linha.
198
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200
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201
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(a) (b)
202
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9. Ensaios em pára-raios
Os pára-raios ao serem instalados nos sistemas elétricos, estarão submetidos
durante a sua vida útil a condições climáticas e a fenômenos transitórios adversos
ao seu princípio de funcionamento, quando em condição de regime permanente.
205
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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• IEC 99-1/1991: “Surge Arresters - Part 1: Non-linear resistor type gapped surge
arresters for a.c. systems".
• IEEE Std. C62.1/1984: "IEEE Standard for surge arresters for AC power
circuits".
• IEC 60099-4 – Ed. 2.1, 2006: “Surge Arresters - Part 4: Metal-Oxide surge
arresters without gaps for a.c. systems".
• IEEE Std. C62.11/2005: "IEEE Standard for Metal-Oxide surge arresters for AC
power circuits".
206
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• Ensaios de tipo:
207
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• Ensaios de rotina:
• Ensaios de recebimento:
• Ensaios de tipo:
208
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• Ensaios de rotina:
• Ensaios de recebimento:
• Ensaios especiais:
209
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Os ensaios de tipo aplicáveis aos pára-raios com e sem centelhadores podem ser
divididos em ensaios para verificação das características de proteção e para a
verificação das características de operação.
Uma vez que a relação entre essas características e o nível de isolamento dos
equipamentos a serem protegidos indica o grau de proteção oferecido pelo pára-
raios, esses ensaios tornam-se extremamente importantes para que sejam
estabelecidos os critérios gerais de proteção.
Este ensaio, realizado a seco e sob chuva, tem por objetivo verificar se o pára-
raios quando em serviço, sob sua tensão nominal, não apresentará disrupção
devido às flutuações de tensão da rede bem como as sobretensões
sustentadas.
210
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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Este ensaio também é realizado antes e após alguns ensaios de tipo (ensaios
de característica operativa), de modo a verificar, por comparação dos
resultados, se houve alteração no comportamento dos centelhadores.
Este ensaio tem por objetivo verificar se ocorre a disrupção dos centelhadores
série de um pára-raios quando da ocorrência de um impulso de tensão com
forma Normalizada (1,2/50µs) e amplitude definida em Norma. O valor de crista
da tensão de impulso, obtido deste ensaio, é definido por tensão disruptiva de
impulso atmosférico Normalizado do pára-raios.
211
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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Este ensaio quando realizado como ensaio de tipo, tem por objetivo determinar a
queda de tensão produzida nos elementos não-lineares que constituem o pára-
raios, quando da passagem de correntes de descarga com forma de onda e
amplitude especificadas. O ensaio de tipo de tensão residual é realizado em três
corpos-de-prova de pára-raios completos ou seções destes, com tensão nominal
compreendida entre 3 a 12 kV.
212
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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A IEC 99-1/91 estabelece que cada um dos três corpos-de-prova deve ser
submetido a aplicação de impulsos de corrente com forma Normalizada (8/20µs)
e amplitudes correspondentes a meia, uma e duas vezes a corrente de descarga
nominal do pára-raios ou seção do pára-raios ensaiado. Os valores máximos de
tensão residual, obtidos para cada amplitude de corrente, são utilizados na
plotagem da curva "tensão residual x corrente de descarga". A NBR 5287/88,
aplicada a pára-raios de SiC e o projeto de Norma 3:037.11-002/90, aplicado a
pára-raios de ZnO com centelhadores, estabelecem, além das amplitudes de
corrente especificadas na IEC 99-1, uma quarta amplitude de corrente,
correspondente a 0,25 vezes a corrente de descarga nominal do pára-raios.
213
Aplicação de pára-raios em redes de distribuição, subestações e linhas de transmissão
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obtidos dos ensaios acima, é definido como o nível de proteção do pára-raios para
impulso atmosférico.
Quando realizado como ensaio de recebimento, é verificada a tensão residual do
pára-raios no ponto correspondente a corrente de descarga nominal, devendo o
valor da tensão residual ser inferior ao máximo valor estabelecido em Norma, para
a classe de tensão e tipo de pára-raios considerado.
Este ensaio também é realizado antes e após a alguns ensaios de tipo, de modo a
se verificar, por comparação dos resultados, se houve variação no comportamento
dos elementos não-lineares durante estes ensaios.
Este ensaio tem por finalidade principal verificar a capacidade dos corpos-de-
prova retornarem a sua condição de regime permanente, após a ocorrência de
impulsos de corrente, seguidos da aplicação de tensão alternada de freqüência
fundamental, sem que haja variações significativas nos seus componentes
internos. Este ensaio, prescrito nas Normas IEC, ANSI e NBR, é realizado em três
corpos-de-prova de pára-raios completos ou seções representativas destes pára-
raios, com tensões nominais compreendidas entre 3 a 12 kV.
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Pelo fato da grande maioria dos pára-raios atualmente adquiridos pelas empresas
concessionárias de energia elétrica ser do tipo ZnO sem centelhadores, este
ensaio se torna bastante importante, não só como ensaio de tipo, mas também
como ensaio de homologação do projeto considerado pelas empresas
concessionárias. Algumas empresas concessionárias de energia requerem a
realização do ensaio de ciclo de operação, para fins de homologação do projeto.
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(∆T/10)
AFT = 2,5
O menor valor das perdas entre aqueles medidos a cada 100 horas após a
primeira medição, será considerado como o valor P3ct . A Tabela 9.2, resume os
procedimentos de ensaio em função dos resultados obtidos:
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Quando do ensaio para o levantamento dos pontos para o traçado das curvas
características é importante que as temperaturas ambientes sejam mantidas
dentro de valores bem próximos.
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Por último, faz-se a inspeção visual, não devendo ser observados sinais de
perfuração ou trincas dos elementos de ZnO, bem como evidências de descargas
externas pela superfície lateral dos elementos.
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Por último, faz-se a inspeção visual, não devendo ser observados sinais de
perfuração ou trincas dos elementos de ZnO, bem como evidências de descargas
externas pela superfície lateral dos elementos.
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Com o crescimento dos pára-raios com invólucro polimérico três ensaios têm se
mostrado muito importantes para a avaliação do desempenho desses pára-raios.
Tempo (horas) 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
Tensão de ensaio (Um / √3)
Chuva desmineralizada
Aquecimento (50°C)
Humidade relativa (95%)
Névoa salina (7 kg/m3)
Radiação solar (UV)
/1/ IEC 60099-4 Ed 2.1 – 2006, “Surge Arresters - Part 4: Metal-Oxide surge
arresters without gaps for a.c. systems".
/2/ IEC 99-1/1991, “Surge Arresters - Part 1: Non-linear resistor type gapped surge
arresters for a.c. systems".
/3/ IEEE Std. C62.11/2005, "IEEE Standard for Metal-Oxide surge arresters for AC
power circuits".
/4/ IEEE Std. C62.1/1984, "IEEE Standard for surge arresters for AC power
circuits".
/5 NBR 5287/88, "Pára-raios de resistor não-linear a Carboneto de Silício (SiC)
para circuitos de potência de corrente alternada" - Especificação.
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