1) O que o autor quer dizer por espiritualidade mundana?
Exemplifique.
R: Timóteo Carriker não relaciona a espiritualidade mundana no
sentido de ser pecaminosa. Sua intenção é relacioná-la com a execução de uma incumbência dada por Deus aqui neste mundo, para que vivamos de modo que contribua para um mundo melhor. Essa prática pode ser exercida através da missão integral, que envolve o ser humano como um todo.
2)Defenda teológicamente o envolvimento do Cristão
com a ecologia.
R: O ser humano, enquanto parte da criação e dela
dependente, é também seu modormo. A criação fornece recursos materiais, sustento e também contribui para o desenvolvimento espiritual e intelectual. Porém, a preocupação do cristão com o meio ambiente não se resume apenas no bem estar futuro da humanidade, mas o louvor e a glória devidos a Deus. Nosso alvo é criar ou recriar o mundo de tal forma que satisfaça e glorifique seu criador e dono.
3)Defina o que é “mandato cultural” e suas
implicações.
R:” Mandato cultural” refere-se à postura de administração que
o ser humano deve exercer sobre a criação por ser crado à imagem de Deus, ou seja, ser responsável com a terra e com toda forma de vida.
A imagem de Deus no homem abrange três áreas de
responsabilidade e administração: Sua experiência social e familiar( “multiplicar”, encher”, “dar nome”), sua experiência econômica e ecológica (“sujeitar”, “cultivar”, “guardar”), e o governo ou a área política( “dominar”, “dar nome”). Todos os homens tem o direito e a responsabilidade de participar em toda a administração deste mundo para assegurar a permanência e o equilíbrio da criação.
4) O trabalho é um castigo divino? Explique.
R: O trabalho é parte de um papel positivo que exercemos em
relação ao mundo criado por Deus. Toda atividade humana é dádiva de Deus e deve servi-lo e glorificá-lo. O trabalho deve ser encarado como uma extensão da nossa espiritualidade. As escrituras valorizam o trabalho e o considera como parte do galardão divino, e não do seu castigo.
5) Como a “parábola dos talentos” ( Mt 25, 14-30) se
encaixa neste conceito de espiritualidade?
R: A parabola dos talentos, coincide com o conceito de
espiritualidade exposto pelo autor, pois refere-se a fé e capacidades que Deus concede aos crentes, que implicam em uma compreensão do amor de Deus revelado em Cristo e suas consequentes implicações. Os dons de Deus multiplicam-se se os ultilizarmos, pois transformam nossas vidas, de tal maneira que ficamos em condições de receber muito mais da plenitude que o Senhor nos oferece. O servo que não fez uso do seu talento não quis arriscar-se e fazer o dom circular. Preferiu a neutralidade e isentar-se da responsabilidade.
6) Fale sobre o conceito do autor de “vocação” no Reino
de Deus. R: O desempenho da vocação profissional de cada um deve refletir os valores do Reino, valores de paz e de justiça. Nossa vocação principal na vida é do domínio de Deus neste mundo. Nossa profissão, embora seja importante, é apenas parte dessa vocação maior.
7) Segundo o autor, qual o conceito bíblico sobre
descanso?
R: O descanso e o trabalho podem envolver atividades
semelhantes, porém realizadas com perspectivas diferentes. O descanso também está ligado à fé. A Bíblia relaciona a falta de descanso à desobediência e incredulidade. O descanso requer o conhecimento da nossa própria insuficiência e uma entrega descrita como descanso. O descanso não pode se transformar em consumismo, mas deve fluir de uma fé viva no Salvador, que assume nosso fardo.
8) No que o conceito bíblico difere do conceito popular
sobre descanso?
R: O descanso no conceito bíblico se difere do conceito popular,
pois não se refere à falta de esforço físico ou mental, mas exige empenho para permanecer na dependência de Deus, entregar ansiedades, preocupações e toda a auto- suficiência a Ele. Esse descanso compete à paz, o contentamento e a segurança revelados em Jesus.
9) Quais são os principios que aprendemos, analisando a
prática do dízimo no Antigo Testamento?
R: A prática do dízimo no Antigo Testamento não era
considerada como uma obrigação sistemática, mas como uma expressão espontânea. O dízimo estava ligado à idéia das prímicias da terra, como uma oferta anual levada ao lugar designado, onde filhos, servos e levitas faziam um banquete das primicias diante do Senhor e festejavam alegres. Com o surgimento dos problemas sociais de Israel, as comunidades locais passaram a acumular o dízimo durante três anos e esse dízimo passou a ser destinado para o suprimento das necessidades dos levitas, órfãos, estrangeiros e das viúvas. Depois, com o crescimento do número de levítas e sacerdotes , o dízimo recolhido era usado como um imposto para sustentar os sacerdotes e a casa de Deus. No entanto, no principio o dízimo significava o reconhecimento de que tudo pertence a Deus, em consequência disso, o dízimo passou a ser uma expressão de gratidão a Deus pela sua generosidade. Com o tempo sua finalidade incluía o sustento daqueles que cuidam da casa de Deus e o suprimento dos pobres e finalmente, dar o dízimo resultava em benção divina, enquanto retê-lo trazia maldição.
10) Quais são os princípios para a contribuição deixados
por Paulo em II Co 9,6-15?
R: Paulo propõe que a contribuição não deve ser feita por
obrigação, mas por alegria, como sendo uma oportunidade e privilégio de expressarmos de modo material, nossa gratidão e louvor a Deus.