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UNIVERSIDADE SANTO AMARO

ESTÉTICA E COSMÉTICA

ANA CLÁUDIA A. FRANÇA

BEATRIZ PEREIRA GONÇALVES

LETICIA BRUNA M. DE PAULO

MIKAELI ANANDA SILVA

THIELLY COELHO GONÇAVES

INFLUÊNCIA ASIÁTICA

SÃO PAULO

2019
ANA CLAÚDIA A. FRANÇA

BEATRIZ GOLÇAVES

LETICIA BRUNA M. DE PAULO

MIKAELI ANANDA

TIELLY COELHO GONÇAVES

INFLUÊNCIA ASIÁTICA

Trabalho da disciplina de visagismo,

Realizado sobre orientação do professor

Ailton Santos. Apresentado ao curso

Superior de estética e cosmética.

SÃO PAULO

2019
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SUMÁRIO

Introdução........................................................................................................................................5

Alguns pontos da cultura japonesa .................................................................................................6

A maior colônia do Japão.................................................................................................................7

Cultura japonesa..............................................................................................................................9

Mangas e animes.............................................................................................................................9

Como surgiu....................................................................................................................................10

Mangas no Brasil.............................................................................................................................10
A reinserção Internacional do Japão no pós- guerra mundial........................................................12
O fim da ocupação e o alinhamento aos Estados Unidos..............................................................14

Referências......................................................................................................................................17

Introdução
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A influência asiática está presente no dia-a-dia de milhões de brasileiros. A cultura


japonesa se destaca na tecnologia da agricultura, culinária, esportes, mangas e
animes.

Os japoneses chegaram ao Brasil em 1908, espalharam muitas famílias entre São


Paulo e Paraná. Viajaram para o Brasil em busca de riquezas e pensavam que
depois de ficar ricos iriam retornar para o Japão, porém isto não aconteceu com a
maioria. Mas, a cada geração, os japoneses melhoraram suas vidas no Brasil e
atualmente o país tem a maior comunidade japonesa.

Alguns pontos da cultura japonesa


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Costumes, hábitos, e mesmo uma estética japonesa já não são desconhecidos dos
ocidentais. Isto porque há algumas décadas a cultura pop do Japão vem invadindo
este lado do mundo com seus personagens e enredos próprios. São histórias em
quadrinhos (mangás), desenhos animados (anime), vídeo games e música pop
japonesa. Porém o Japão tem uma cultura bem distinta, diferente do Brasil que é um
grande mix de culturas do mundo todo, por causa da imigração.

A cultura Japonesa é extremamente fascinante e baseada, principalmente, no


respeito ao próximo.

No Japão, o contato físico, em geral, não é tão comum quanto no Brasil. Então o
simples fato de dar as mãos é considerado um ato íntimo. Quando um homem e
uma mulher andam de mãos dadas em público, pode ser um motivo bastante
ofensivo para as pessoas mais conservadoras.
As tatuagens entre os japoneses são malvistas, é que tradicionalmente só as
pessoas conectadas aos grupos criminosos ou os integrantes da máfia japonesa
faziam o uso de tatuagens. Até hoje as pessoas mais conservadoras do Japão vêem
os indivíduos tatuados com mal olhos.

Quanto a educação; no Japão quase 100% da população são alfabetizados, pois lá


a educação é muito valorizada.

No Japão tem muitas pessoas que exibem um alto grau de isolamento e


afastamento perante a sociedade e que optam por ficarem isolados em suas casas,
são pessoas do grupo Hikikomori. Cerca de 70 mil japoneses são pertencente a
esse grupo, índice que cresceu consideravelmente após o aumento das demandas
do mercado profissional, durante o século 21.

A maior colônia do Japão é no Brasil


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No início do século xx, o Brasil precisava de mão de obra estrangeira para lavouras
de café, então foi selado um acordo imigratório entre os governos brasileiro e
japonês. A imigração japonesa teve início em julho de 1908 e chegaram a cerca de
oitocentos japoneses, que foram contratados para trabalhar. Atualmente, estima-se
que haja mais de um milhão de nipo-brasileiros, cuja maioria reside nos estados
de São Paulo e do Paraná.

Nos primeiros dez anos da migração, aproximadamente quinze mil japoneses


chegaram ao Brasil e esse número aumentou a cada ano. Atualmente, o Brasil é o
país com a maior quantidade de japonês, eles contribuem com o crescimento
econômico e desenvolvimento de cultura. Os japoneses trouxeram junto com a
vontade de trabalhar, as seus, costumes, línguas, crenças e conhecimento.

Em 1954, comemorou-se o Quarto Centenário da Fundação da Cidade de São Paulo,


e dois anos antes, em 1952, a colônia japonesa foi solicitada para participar desse
evento. Nada mais seria dito em torno das confusões ocorridas durante e depois da
guerra e tão pouco dos vitoriosos ou derrotados. Resolveu-se, então, criar a
Sociedade Paulista de Cultura Japonesa. Essa ideia teve penetração no interior de
São Paulo e, em outros estados. Os imigrantes japoneses que chegaram em período
anterior à guerra tomaram a grande decisão de aqui permanecer em caráter
definitivo, interessando-se ainda mais pela educação dos filhos. Em 1962 enfim,
aconteceu a ratificação, pelos governos brasileiros e japoneses, do Acordo de
Imigração. Nesse período, o governo brasileiro adotou uma política de incentivo à
vinda de empresas estrangeiras para o país, o que fez aumentar expressivamente a
instalação de indústrias japonesas no Brasil.

O Japão trouxe diversas novidades para o Brasil. Uma das principais, se não a maior,
área de atuação japonesa no mercado de trabalho profissional, mesmo que
indiretamente, tem sido o comércio de vendas. Em que eles importam produtos do
seu país de origem para o Brasil. Sem contar os diversos empreendimentos em que
esses imigrantes adotam para sobreviver e alcançar o sucesso fora de suas terras.
Eles estão ligados a diversas vertentes de produtos, desde aviamentos, até materiais
de beleza. O bairro da liberdade, localizado no distrito da liberdade e parte no distrito
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da Sé, na cidade de São Paulo, é conhecida como o maior reduto da comunidade


japonês na capital e obriga maior colônia japonesa fora do mundo.

Os japoneses trouxeram para o Brasil frutas, legumes e vegetais que não existiam
na culinária brasileira. Criaram cinturões verdes, cultivaram áreas antes
consideradas inférteis e provocaram uma mudança dos hábitos alimentares
brasileiros. A culinária tornou popular no Brasil a partir de 1980

Trouxeram pratos que fazem o maior sucesso no Brasil. A maioria é preparada à


base de arroz, sopa de misso ( pasta de soja), peixe ou carne, acompanhado de
tsukemono que seria o (picles), fazendo total sucesso entre os brasileiros. E tem
alguns como os jogos, como, basebol, judô, somê e karate, que são bem
conhecidos.

Cultura japonesa

Em meados do século XX (especialmente após a segunda guerra mundial e a


crescente aproximação entre o Japão e o ocidente),é difícil falar da cultura japonês
contemporânea sem citar dois importantes produtos midiáticos: o manga (história em
quadrinhos)e o anime (desenho animado). Esse estilo se popularizou nas mãos do
japonês OsamuTekuza,chamado de’ Deus do manga’ na década de 40.

Os primeiros desenhos eram em preto e branco, mas evoluíram e receberam


cores. As características perceptíveis dos desenhos mangas são expressões faciais
exagerados, como os olhos grandes e brilhantes. Elementos metalinguísticos
também os enquadramentos cinematográficos as história são longas e os
exemplares ultrapassam as 200 páginas e podem chegar até 800. Um grande
diferencial dos outros HQ’S é que são lidos da direita para a esquerda, ou seja, de
trás para frente.

Mangas e animes

Os animes são desenhos animados nipônicos com características e estilos


próprios. São bastante focados em movimentações: há muitas cenas de combate, os
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personagens movem-se rápido, trocam socos em um ou dois segundos. Devido aos


poderes e raios lançados pelos personagens há presença de muito brilho.

Man=’irresponsável ‘e o GA= ‘imagem’

Os mangas são histórias em quadrinhos nipônicos. Eles também têm suas


características próprias, em sua grande maioria são pintados com nanquim em preto
e branco e impressos em papel jornal. Mesmo não sendo uma animação, seus
quadros são repletos de onomatopeias e movimentações

Como surgiu

Com o término da segunda guerra mundial a rendição do Japão, o país fora


doutrinado ao modelo das regras do capitalismo americano em diversos aspectos.
Os japoneses conseguiram superar seus conquistadores, observando um conceito
estrangeiro, assimilando o mesmo, adaptando, desenvolvendo e exportando pelo
mundo.

O mesmo ocorreu com os mangas, durante a ocupação americana Japão,


muitos soldados levavam consigo quadrinhos americanos para lerem e, às vezes
deixavam no país asiático, os japoneses observaram e analisaram os quadrinhos. E
uniram isso a seu trabalho tradicional pela arte popular de entretenimento, criando
um veículo narrativo com suas próprias características.com um diferencial dos
quadrinhos americanos, os japoneses romperam a limitação de temas,
ultrapassaram as trinta e duas páginas das HQs americanas, expandiram com
narrativas mais longas com começo, meio e fim, ideal para os mais diversos grupos
sociais e quaisquer idades.

Por tanto os animes e mangas são constituintes da cultura nipônica, por meio
dessas duas mídias, que fazem parte da cultura visual, os japoneses contam
histórias de seus pais, falam sobre romances na adolescência e na vida adulta,
incentivam jovens irem atrás de seus sonhos. Assim os mangas inspiram jovens
tanto quanto os adultos. Sem exceção de sexo.

De acordo com Alexandre Nagado(2005), a indústria do anime surgiu nos


anos 50,mas ganhou força na década de 1970, com Uchuusenkan Yamato (1974)
conhecido no Brasil como patrulha estelar. Esse anime com tema espacial foi uma
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novidade na época, e serviu de influência para diversos animes que vieram


posteriormente. Após esses ventosos animes expandiram com diversas produções
para a televisão, videocassete e cinema.

Manga no Brasil

O Brasil foi o primeiro país a produzir mangas fora do Japão, segundo


NAGADO (2005),no Brasil os primeiros mangas produzidos foram feitos em
1962,por desenhistas descendentes de japoneses, além disso foram exibidos
diversos animes, que ajudaram na popularização desses elementos da cultura
japonesa e que fazem parte da cultura brasileira até os dias atuais.

Ainda, no Brasil, essas mídias estão bastante divulgadas, há eventos


grandes, como o ANIME FRIENDS, que ocorre anualmente desde 2003, na cidade
de São Paulo, e conta com um público de aproximadamente 120 mil pessoas de
toda a América latina, durante o mês de julho, nesse evento contam com a presença
de dubladores nacionais e internacionais, bancas com coleções de
mangas,actionfigures, acessórios para cosplay ,jogos e objetos de todas as
variedades a serem colecionados referentes aos animes ou mangas,há também
concursos dos mais variados tipos, que vão de desenhos, jogos musicais e
eletrônicos ,até o principal que vem a ser o concurso de cosplay.
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A reinserção Internacional do Japão no pós- guerra mundial

Os Estados Unidos da América e a ocupação do Japão


A ocupação dos Aliados foi liderada pelos Estados Unidos. O General norte
americano Douglas MacArthur, anunciado pelo Presidente Truman como
Comandante Supremo das Forças Aliadas (SCAP) no dia 15 de agosto de 1945
(mesmo dia em que o Imperador Hirohito aceitou a Declaração de Potsdam e rendeu
- se), foi o responsável pela execução das políticas aplicadas ao Japão, às vezes,
independente de Washington, por possuir divergências com Truman em certos
aspectos. Como Comandante Supremo dos Aliados, a missão de MacArthur era
implementar a política estadunidense conforme a Declaração de Potsdam e os
comandos de Washington. A URSS e o Reino Unido buscavam intervir na ocupação
e assistir a ela sempre que possível, apesar de a União Soviética ter aceitado a
nomeação de um General estadunidense para comandar as Forças Aliadas.
MacArthur sempre refutou influências externas, mantendo total controle
estadunidense sobre o Japão, principalmente porque a União Soviética procurava
restabelecer seu império sobre a região de Hokkaido, confrontando a influência norte
- americana na região.
Eles insistiam que o Japão deveria ser dividido em zonas, como a Alemanha.
Havia sido planejado pelo Pentágono, em 16 de agosto de 1945, que o território
nipônico seria divido entre os Aliados vencedores e a China (para evitar temores de
uma “invasão branca”) a fim de dividir os custos da ocupação. O General MacArthur
recusava, afirmando que a divisão da Alemanha havia sido um grande erro, e que os
Estados Unidos estavam bancando 75% da ocupação e que nenhum desses dois
poderes forneceram tropas para lutar no pacífico quando os EUA precisavam. Com
exceção de uma limitada área controlada pela Força de Ocupação da Comunidade
Britânica e das Ilhas Kurilas (ao norte do Japão) tomadas pela União Soviética, o
Japão ficou totalmente sob domínio estadunidense. Em dezembro de 1945,
representantes dos EUA, da URSS e do Reino Unido se reuniram em Moscou para
formar a Comissão para o Extremo Oriente, com o objetivo de controlar a gerência
estadunidense.
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Com o final da ocupação, a tal Comissão para o Extremo Oriente acabou - se


igualmente, fazendo dos EUA o grande executor da Ocupação do Japão. Os aliados,
em grande peso a URSS, exigiam também que MacArthur e o Presidente Truman
julgassem o Imperador Hirohito, que assumiram a responsabilidade pela condução
do país à guerra, como criminoso de guerra, e o executassem. Na mitologia
japonesa, a lenda sobre a criação do Japão, mostra claramente a importância que o
Imperador do Japão possui à sociedade, sendo descendente direto da Deusa do
Sol, a Deusa Amaterasu. Hirohito, no caso, seria o 124º Imperador na sucessão.
MacArthur alegava que utilizaria o imperador para facilitar a ocupação. A solução
encontrada foi limitar seu poder por meio da Constituição de 1947, em que o
Imperador é apenas um símbolo do Estado japonês, sem decisões políticas e
militares. Em relação aos investimentos na economia nipônica, os Estados Unidos
perceberam, em 1946, que as condições econômicas do Japão influenciariam o
caminho que o país seguiria na Guerra Fria ao aliar - se, podendo ser aos Estados
Unidos ou a algum inimigo potencial. Sendo assim, no final da década de 1940, os
Estados Unidos criaram políticas econômicas baseadas em nove pontos:
1) Balanço do orçamento;

2) Aumento da eficiência dos impostos coletados;

3) Limitar o crédito;

4) Controlar salários;

5) Controlar preços;

6) Controlar o comércio exterior;

7) Aumentar exportações;

8) Aumentar a produção industrial;

9) Aumentar a eficiência do programa de coleta de alimentos.


Na década de 50, iniciou-se o Plano Dodge, baseado no Programa de Nove
Pontos, sendo uma das mais importantes políticas fiscais e monetárias da história do
Japão moderno. Os dois principais receios dos Estados Unidos perante o fracasso
econômico japonês eram: Mesmo assim, o Japão reconheceu positivamente a
importância dos EUA no pós - guerra.
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O fim da ocupação e o alinhamento aos Estados Unidos

Sem um tratado formal, o Japão poderia aliar - se facilmente à URSS. A essa


altura, o Japão desprovido de poder militar, deficiente economicamente, e
geograficamente bem localizado (entre as duas potências) poderia exercer
facilmente uma política pendular entre os EUA e a URSS. Já nessa época, os
interesses norte - americanos giravam em torno do papel que o Japão poderia
desempenhar no Extremo Oriente. Naturalmente, seria um ato legítimo, caso o
Japão decidisse alinhar sua política externa com a soviética após reaver sua
soberania. A urgência de um tratado para “amarrar” o Japão pode ser interpretada,
hoje em dia, como uma precipitação dos EUA frente à, talvez, superestimada
ameaça soviética. Os governantes japoneses tinham plenos conhecimentos em
relação aos esforços norte - americanos “pró - Japão” durante a ocupação. Apesar
de os EUA serem responsáveis pela destruição total de duas cidades japonesas, o
Japão nunca demonstrou oficialmente sentimento de revolta ou revanchismo.
Yoshida, sabendo da importância do Japão no âmbito da bipolaridade, decidiu
negociar o fim da ocupação e a restauração da soberania japonesa. “Ele acreditava
que o Japão poderia fazer concessões mínimas de cooperação aos Estados Unidos
em troca do fim da ocupação, de uma garantia de segurança ao Japão a longo -
prazo, e de uma oportunidade para garantir a reconstrução econômica.
Os acordos que iniciaram as relações Japão - EUA na década de 1950 foram
o Acordo de Paz de São Francisco e o Acordo de Segurança Mútua Japão - EUA,
ambos assinados em 1951.Após a assinatura do Acordo de São Francisco, o Japão
assinou um Acordo de Segurança Mútua com os Estados Unidos que foi claramente
desigual. Por tempo indefinido, o Japão serviria de bases para os EUA como um
satélite militar. Após o tratado, houve intensa pressão dos EUA para o Japão
remilitarizar - se e assim, participar de forma mais ativa na aliança. Através do MSA,
os EUA ofereceram ajuda financeira para o Japão expandir suas Forças de
Segurança Nacional de 110 mil homens para um exército de 350 mil homens. Isso
fez com que Yoshida adotasse novamente a política de crescimento econômico.
Yoshida sabia que o Japão precisava dessa ajuda financeira e não a negou. É
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importante lembrar que ao longo da década de 40, a balança comercial (EUA -


Japão) era negativa ao lado do Japão, porém durante a Guerra da Coréia, os EUA
começaram a depender do suprimento logístico japonês. “Se Japão não tivesse
construído essa parceria militar - industrial com EUA é importante para a sua
segurança e é um fator de estabilidade regional. Através do alinhamento com os
EUA, o Japão conseguiu ao longo da década de 70, atingir o PIB equivalente ao da
França e do Reino Unido juntos, sendo comparável à metade do PIB Norte –
americano.

1.3Fim da Guerra Fria: o gigante econômico e anão político

O fim da Guerra Fria gerou impactos profundos na posição do Japão na


comunidade internacional. O Japão não estava preparado para isso. A invasão ao
Iraque em dois de agosto de 1990 forçou o país a encarar a realidade do seu
status de grande potência econômica pela primeira vez. O primeiro - ministro Kaifu
Toshiki, em novembro de 1990, declarou que a invasão do Kuwait pelo Iraque foi o
maior teste à política externa do país desde o final da Segunda Guerra. Para evitar
qualquer interferência militar, o Japão propôs aos EUA, que o estava pressionando
por ajuda humana, a quantia de 400 milhões de dólares. No dia quatro de agosto
de 1990, o presidente dos EUA, George Bush, pedia que o Japão ajudasse com
contribuições militares, pois era um dos maiores beneficiados do petróleo da
região. O Japão não respondeu de imediato. A decisão foi tomada após a
Comunidade Européia decidir impor sanções econômicas ao Iraque. No dia 29 de
novembro de 1990, o Conselho de Segurança da ONU adotou a Resolução 678,
autorizando uso da força, caso o Iraque não se retirasse do Kuwait até 15 de
janeiro de 1991. Sem saber como agir nessas situações, o Japão aprovou novas
leis que regulamentaram o envio de tropas para o exterior sob a bandeira da ONU.
As duas correntes principais defendiam uma posição mais forte do Japão
nas relações internacionais, entretanto, diferenciando - se na maneira de agir :
uma corrente defendia que o Japão deveria emergir como Potência Civil
Afirmativa, enquanto a outra, defendia que o Japão deveria voltar a ser uma
Nação Normal ou Estado Normal. Os defensores do país como uma Potência Civil
Afirmativa defendem que as questões de segurança estão cada vez menos ligadas
ao poder militar. ” Basicamente, essa corrente afirma que o Japão deva dar
continuidade ao alinhamento político e militar com os Já os defensores da
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participação do país como um Estado Normal defendem que ele deva comportar -
se como uma potência política e militar. “
Defendem que, à parte a cooperação econômica, o Japão precisa exercer
também um papel político e militar no acordo bilateral de segurança nipo -
americano, visando promover a segurança internacional. Enfim, com o fim da
Guerra Fria, o Japão já havia se inserido novamente ao sistema internacional
como uma potência econômica. O debate sobre a forma na qual o Japão deve se
posicionar nas relações internacionais existe ainda hoje, sendo fortemente
impulsionado pelo Primeiro Ministro Junichiro Koizumi ( no mandato 2001 - 2006 ),
que defendia que o Japão deveria assumir seu lugar de potência regional de fato,
responsável pela segurança e pela estabilidade da região.

A influência no século XXI

Nos últimos 20 anos temos visto um “boom” de tendências asiáticas vindas para o
ocidente. Podemos destacar facilmente a música, com bandas extremamente
famosas de J-Pop e K-Pop (Músicas pop japonesas e coreanas, respectivamente),
como AKB48 e BTS, extremamente populares entre os jovens; Também podemos
destacar a maquiagem asiática, que tornou-se popular no ocidente com a chegada
dos BB Creams, Bases Cushion, e o próprio estilo de maquiagem que almeja uma
pele clara e visivelmente hidratada, dando prioridade a sombras claras e estilo
natural, contrastando com a maquiagem tradicional do ocidente que procura uma
sem oleosidade e utiliza de cores mais escuras. Outro campo que tem feito a
cabeça das brasileiras é a rotina de cuidados com a pele de 10 passos, que utiliza
muitos produtos que não tínhamos contato até recentemente, como óleo de
limpeza, essences, e sheet masks. Na área cultural podemos destacar a forte
influência que animes e mangás tem sobre parte dos adolescentes, que querem
trazer seus personagens para a vida real através do cosplay(Palavra inglesa que é
a junção dos termos “costume” – Fantasia, e “Role play” – interpretação) . Com
eventos de grande porte como Anime Friends e as Comic Cons, jovens do mundo
todo tem a chance de interpretar e viver como seus personagens favoritos. O
cosplay pode ser feito de qualquer personagem, seja ocidental ou oriental, desde
que o cosplayer se identifique com o personagem.
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Conclusão

Através deste trabalho é possível concluir que a cultura asiática influenciou e muito
a cultura brasileira e todo o cenário mundial. Sua rica história e cultura foram e são
grande parte da cultura brasileira, da história mundial e de toda a cultura pop no
geral. A Ásia tem grandes contribuições para a história, não apenas mangás e
animes e lojas de roupas no Bom Retiro, mas história, religião e descendentes que
tentam manter as tradições ancestrais vivas para perdurarem por muitos séculos.

Referências

GONÇAVES, ROGERIO BESSA JÁ sincretismo de culturas sob a ótica da


arquitetura vernácula do imigrante japonês na cidade de Registro, 2008

JOYCE, LÍDIO IDENTIDADE SOCIAL EM MOVIMENTO A COMUNIADE JAPONESA,


GRANDE VITÓRIA MAI-AGO.2006

FARIA,MONICA. COMUNICAÇÃO PÓS-MODERNA NAS IMAGENS DOS


MANGÁS.PORTO ALEGRE:PUCRS,2007. DISSERTAÇÃO (MESTRADO EM
COMUNICAÇÃO SOCIAL) FAMECOS, PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO
RIO GRANDE DO SUL, 2004.

GRAVETT,PAUL. MANGA-VOMO O JAPÃO REINVENTOU OS QUADRINHOS. SÃO


PAULO:CONRAD, 2006.

UEHARA, Alexandre Ratsuo. A Política Externa do Japão no Final do Século XX: O


que faltou? São Paulo: Annablume, 2003.

JAPÃO. Constituição (1946). The Constitution of Japan: promulgada em 03 de


novembro de 1946.

MAGALHÃES, Fernanda. 6 de agosto de 1945: um clarão no céu de Hiroshima.


17

São Paulo: CompanhiaEditoraNacional.2005.

Maquiagem coreana faz sucesso no Brasil e marcas nacionais criam as suas


versões. Disponível em <
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2018/10/maquiagem-coreana-faz-
sucesso-no-brasil-e-marcas-nacionais-criam-as-suas-versoes.shtml>. Acesso em
10/04/2019

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