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1.

INTRODUÇÃO
No presente trabalho, iremos falar dos seguintes assuntos: conceito de nuvens, tipos de nuvens,
precipitação atmosférica, formas de precipitação e ciclo de água e sua balança hídrico entre
vários. Nesse contexto o nosso grupo, ira tentar buscar toda informação sobre toda essa matérias
e procuraremos debruçar da melhor formar possível para que não haja nenhuma duvida a cerca
desses diversos assuntos que iremos abordar.

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2.NUVENS

2.1. Definição
Nuvem é um conjunto visível de partículas diminutas de gelo ou água em seu estado líquido ou
ainda de ambos ao mesmo tempo (mistas), que se encontram em suspensão na atmosfera, após
terem se condensado ou liquefeito em virtude de fenómenos atmosféricos. A nuvem pode
também conter partículas de água líquida ou de gelo em maiores dimensões e partículas
procedentes, por exemplo, de vapores industriais, de fumaças ou de poeiras. O vapor da água é
um gás invisível, mas os produtos da condensação e deposição de vapor da água são visíveis. As
nuvens são manifestações visíveis da condensação e deposição de vapor da água na atmosfera.

2.2.FORMAÇÃO DE NUVENS
Há duas propriedades em comum nos vários processos de condensação. Primeiro o ar deve estar
Saturado, o que ocorre quando o ar é resfriado abaixo de seu ponto de orvalho, o que é mais
comum ou quando o vapor da água é adicionado ao ar. Segundo deve haver geralmente uma
superfície sobre a qual o vapor da água possa condensar. Quando o orvalho se forma objecto
próximo ou sobre o solo servem a este propósito. Quando a condensação ocorre no ar acima do
solo, minúsculas partículas conhecidas como núcleos de condensação servem como superfície
sobre a qual o vapor da água condensa. Em temperaturas equivalentes, a pressão de vapor de
saturação necessária em torno de uma gota esférica de água é maior que no ar sobre uma
superfície plana de água. À medida que a curvatura da superfície de água aumenta, torna-se mais
fácil para moléculas de água escapar do líquido e tornar-se vapor, porque sobre uma superfície
líquida curva a molécula tem menos vizinhas e as forças de ligação são mais fracas que sobre
uma superfície plana. Na atmosfera as gotículas de nuvem não crescem a partir de gotículas
menores porque o alto grau de super saturação necessário para a condensação de gotículas muito
pequenas não ocorre na atmosfera real. A atmosfera contém abundância de núcleos de
condensação, como partículas microscópicas de poeira, fumaça e sal, que fornecem superfícies
relativamente grandes sobre as quais a condensação ou deposição pode ocorrer.

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3.TIPOS DE NUVENS
3.1.Cirrus – são as nuvens altas mais comuns. São finas e compridas e formam-se no topo da
troposfera. Formam estruturas alongadas e são compostas por cristais de gelo. Têm cor branca
brilhante.

3.2.1.Cirrocumulus – A menos vista das nuvens altas. Podem surgir individualmente ou em


longas fileiras. Normalmente ocupam uma grande porção de céu. Indicam turbulência

3.3.2.Cirrostratus – São as nuvens finas que cobrem a totalidade do céu, causando uma
diminuição da visibilidade. Como a luz atravessa os cristais de gelo que as constituem, dá-se
refracção, dando origem a halos solares. Na aproximação de uma forte tempestade, estas nuvens
surgem muito frequentemente e portanto dão uma pista para a previsão de chuva ou neve em 12 -
24h.

3.4.3.Altocumulus – São nuvens médias que são compostas na sua maioria por gotículas de água
e quase nunca ultrapassam o 1 km de espessura. Têm a forma de pequenos tufos de algodão, e
constituem o “céu encarneirado”. Podem ser brancas e/ou cinzentas.

3.5.4.Altostratus – São muito semelhantes aos cirrostratus, sendo muito mais espessas e com a
base numa altitude mais baixa. Cobrem em geral a totalidade do céu quando estão presentes. O
Sol fica muito ténue e não se formam halos como nos cirrostratus. Compostas de gotículas
superesfriadas

3.6.5.Nimbostratus – Nuvens baixas, escuras. Estão associados aos períodos de chuva contínua
de intensidade fraca a moderada. Normalmente nunca se vê o Sol através deles.

3.7.6.Stratocumulus – Nuvens baixas que aparecem em filas, ou agrupadas noutras formas.


Normalmente consegue ver-se céu azul nos espaços entre elas. Quando em voo, há turbulência
dentro da nuvem.

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3.8.7.Stratus – É uma camada uniforme de nuvens que habitualmente cobre todo o céu e lembra
um nevoeiro que não chega a tocar no chão. Aliás, se um nevoeiro espesso ascender, originam-se
nuvens deste tipo. Originam precipitação sob a forma de chuvisco. Não deixam passar a luz do
Sol.

3.9.8.Cumulus – São as nuvens mais comuns de todas e aparecem com uma grande variedade de
formas, sendo a mais vulgar a de um bocado de algodão. A base pode ir desde o branco até ao
cinzento claro e pode localizar-se a partir dos 1000m de altitude (em dias húmidos).

3.10.9.Cumulonimbus – São nuvens de tempestade, onde os fenómenos atmosféricos mais


interessantes têm lugar (trovoadas, aguaceiros, granizo e até tornados). Estendem-se desde os
600 m até 12.000 m. São formadas por água super esfriada, cristais de gelo, flocos de neve e
granizo.

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4.PRECIPITAÇÃO ATMOSFÉRICA
As precipitações constituem o mais importante componente do ciclo hidrológico, formando o elo
de ligação entre a água da atmosfera e a água do solo, principalmente com respeito ao
escoamento superficial. Por precipitação entende-se como sendo todas as formas de humidade
transferida da atmosfera para superfície terrestre:

 Saraiva é a precipitação sob a forma de pequenas pedras de gelo arredondadas com


diâmetro em torno de 5 mm.
 Granizo é a precipitação sob a forma de pedras de gelo, podendo ser de forma
arredondada ou irregular, porém com diâmetro superior a 5 mm.
 Neve é a precipitação sob a forma de cristais de gelo que durante a queda coalescem
formando blocos de dimensões e formas variadas.
 Orvalho é a condensação do vapor da água do ar sobre objectos expostos ao ambiente
durante a noite, devido a redução da temperatura do ar até o ponto de orvalho.
 Geada é a formação de cristais de gelo a partir do vapor da água, de maneira semelhante
ao orvalho, porém à temperatura inferior a 0oC.
 Chuvisco, neblina e garôa são formas de precipitação da água na fase líquida muito fina
e de baixa intensidade.
 Chuva é a ocorrência da precipitação na forma líquida com intensidades superiores à
anterior.

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5.TIPOS DE PRECIPITAÇÃO
5.1.Precipitação Convectiva
Na região tropical é o tipo de precipitação mais frequente. São as chamadas chuvas de verão,
caracterizadas por serem de abrangência local e de intensidade variando de média a alta.
O aquecimento desigual das camadas de ar, resulta em uma estratificação em camadas de ar que
se mantém em equilíbrio instável. Qualquer perturbação que ocorra, como por exemplo uma
rajada de ventos, provoca uma ascensão violenta das camadas de ar mais quentes, capaz de
atingir a grandes altitudes. Ao elevar-se sofre uma rápida expansão adiabática resfriando-se,
condensando e com os intensos movimentos turbulentos no interior da nuvem formada, devido à
alta energia da parcela a coalescência forma gotas de grande tamanho. Isto pode originar as
chuvas de grandes intensidades, com curtas durações e pequenas abrangências.

Figura – Chuva de convecção.

5.2.1Precipitaçăo Orográfica
Ocorre quando uma massa de ar húmido provinda do oceano é forçada a subir a grandes altitudes
por encontrar uma cadeia montanhosa em sua rota, sofrendo resfriamento e condensando. As
chuvas deste tipo atingem áreas de abrangência maiores do que as do caso anterior, tendo maior
duração e menor intensidade. Quando os ventos ultrapassam a barreira, se a maior parte do vapor
da água já tiver condensado e precipitado, do lado oposto da montanha, a sotavento em direcção

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de onde o vento sopra, projecta-se a sombra pluviométrica, dando lugar a áreas secas ou semi-
áridas causadas por esses ventos de ar seco, já que a humidade foi descarregada na encosta a
barlavento para onde o vento se dirige. Na vertente oriental das Montanhas Rochosas dos EUA e
Canadá esse vento, quente e seco recebe o nome de Chinook e na Europa, Mistral, sendo estes,
no entanto, frios. Entretanto, o ar também pode ser obrigado a subir, quando passa do oceano
para o continente sem a presença de uma barreira de montanha. No inverno ou à noite, quando a
terra está mais fria do que a água do oceano o ar carregado de humidade é obrigado a subir ao
encontrar com a massa de ar em contacto com o continente, mais fria, portanto mais densa.

FIGURA - Representação esquemática da transposição de uma massa de ar por uma barreira,


com formação de nuvens e consequente precipitação.

5.3.2.Precipitaçăo Ciclónica
Estão associadas a movimentação de massas de ar de regiões de alta pressão para regiões de
baixa pressão, causada normalmente pelo aquecimento desigual, em grande escala da superfície
terrestre. Estas precipitações podem ser frontais e não frontais. As não frontais são originadas
devido à convergência horizontal de duas massas de ar quente para regiões de baixa pressão
culminando na ascensão vertical do ar no ponto de convergência. É o que ocorre na chamada
zona de convergência inter-tropical (ZCIT), situada aproximadamente sobre o Equador onde
ocorre a convergência dos alísios do hemisfério sul e do norte, provocando a ascenção do ar. As
precipitações frontais se originam devido a ascensão de uma massa de ar quente sobre uma de ar
frio de características diferentes, na zona de contacto entre elas. Quando a precipitação ocorre

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devido ao deslocamento de uma massa de ar quente por uma fria denomina-se chuva de frente
fria, se a massa de ar frio é deslocada por uma quente, é denominada de chuva de frente quente.
Normalmente são precipitações de longa duração e intensidade variável.

Figura - Secção vertical de uma superfície frontal.

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6.TIPOS DE CHUVA
6.1.Chuvas Convectiva ou de Convecçăo ou de Verăo
Esse tipo de chuva é resultado do aquecimento diferenciado da superfície terrestre que resulta em
gradientes horizontais e verticais de temperatura e pressão atmosférica. As diferentes superfícies
reflectem e absorvem quantidades diferentes de energia em função do albedo, propriedade da
superfície relacionada a sua coloração, por exemplo, superfícies claras reflectem mais energia,
superfícies escuras absorvem mais energia e, portanto, se aquecem mais ao longo do dia,
verifica-se então a formação de um gradiente horizontal de temperatura com áreas mais
aquecidas e outras mais frias. Tem-se então a formação de um gradiente horizontal de pressão
atmosférica. As areas mais aquecidas terão pressão atmosférica ligeiramente menor que aquelas
mais frias. Inicia-se então o deslocamento da parcela de ar da área de alta para a de baixa
pressão. As chuvas convectivas geralmente ocorrem no final de tarde e início da noite,
caracterizadas por volumes elevados em curtos intervalos de tempo, o que proporciona
intensidades elevadas. Quando ocorrem em centros urbanos devido à drenagem ineficiente e
baixa infiltração do solo os alagamentos são comuns. Popularmente conhecida como chuva de
manga, pois pode ocorrer no centro da cidade e não em um outro bairro. Por isso a alusão ao pé
de manga, quem está sob a nuvem recebe chuva, quem está fora não recebe chuva. Em função de
estar associado ao aquecimento da superfície é mais comum nos meses mais quentes do ano, ou
seja, na estação do verão. Na oficina será idealizado um esquema de circulação de um centro de
baixa pressão que auxilia na compreensão deste tipo de chuva.

Figura Representação esquemática da elevação da parcela de ar por convecção

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6.2.1Chuva Ciclónicas ou Frontais
Esse tipo de chuva resulta do encontro de duas massas de ar com características diferentes de
temperatura e humidade. Desse encontro, a massa de ar quente sobe, o ar se resfria,
aproximando-se do ponto de saturação, dando origem à formação de nuvens e consequente
precipitação. São do tipo chuvisco à passagem de uma frente quente ou do tipo aguaceiro, à
passagem da frente fria. São chuvas características das zonas de convergência, isto é, das zonas
de baixas pressões e, por isso, é este tipo de chuvas que predominam nas regiões temperadas,
principalmente no Inverno. A figura 02 abaixo mostra o corte vertical da atmosfera em condição
de passagem de frente fria à esquerda, o ar frio caminha na direcção do ar quente e frente quente
à direita, o ar quente caminha do ar frio.

Figura 02: Representação esquemática da elevação da parcela de ar resultado de passagem de


frente fria (a esquerda).

6.3.2. Chuva Orográfica


Esta chuva resulta de uma subida forçada do ar quando no seu trajecto se apresenta uma
elevação. O ar ao subir se resfria, atingindo o ponto de orvalho, temperatura na qual a água passa
da fase de vapor para a líquida e dá-se a condensação e consequente formação de nuvens
podendo resultar em precipitação. São frequentes nas áreas de relevo acidentado ao longo das
vertentes do lado de onde sopram ventos húmidos. É sabido que a face a barlavento de onde o
vento vem, é sempre mais húmida que aquela a sotavento para onde o vento vai. Assim, a
vertente oceânica da escarpa da serra do mar é mais húmida que a área de planalto.

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Figura 03: Representação esquemática da elevação da parcela de ar resultado do encontro com
uma elevação do relevo.

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7.CICLO HIDROLOGICO
7.1.O Ciclo da Agua
O ciclo da água é um fenómeno global de circulação fechada da agua entre a superfície terrestre
e atmosfera, impulsionado fundamentalmente pela energia solar associada a gravidade e a
rotação terrestre. O conceito de ciclo hidrológico esta ligado ao movimento e a troca de agua nos
seus diferentes estados físicos que ocorre na hidrosfera entre os oceanos, as calotes de gelo, as
aguas superficiais, as aguas subterrâneas e a atmosfera. Este movimento permanente deve-se ao
sol, que fornence a energia para elevar a agua da superfície terrestre para a atmosfera
(evaporação), e a gravidade que faz com que a agua condensada se caia (precipitação) e que, uma
vez na superfície, circule através de linhas de agua que se reúnem em rios ate atingir os oceanos
(escoamento superficial) ou se infiltre nos solos e nas rochas, através dos seus poros, fissuras e
fraturas (escoamento subterrâneo). Nem toda a água precipitada alcança a superfície terrestre, já
que uma parte na sua queda, pode ser interceptada pela vegetação e volta a evaporar-se.
A água que se infiltra no solo é sujeita a evaporação directa para a atmosfera e é absorvida pela
vegetação, que através da transpiração, a devolve a atmosfera. Este processo chamado
evapotranspiração ocorre no topo da zona não saturada, ou seja, na zona onde os espaços entre as
partículas de solo contem tanto ar como agua.
A agua que continua a infiltra-se e atinge a zona saturada, entra na circulação subterrânea e
contribui para um aumento da agua armazenada ( recarga dos aquíferos).
Na figura observa-se que na zona saturada (aquífero), os poros ou fraturas das formações
rochosas estão completamente preenchidas por água saturados. O topo da zona saturada
corresponde ao nível freático. No entanto, a agua subterrânea pode ressurgir a superfície
nascente e alimentar as linhas de agua ou ser descarregada directamente no oceano. A quantidade
de água e a velocidade com que ela circula nas diferentes fases do ciclo hidrológico são
influenciadas por diversos factores como por exemplo: a cobertura vegetal, atitude, topografia,
tipos de solo e geologia.

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Figura – Componentes do ciclo hidrológico.

7.2.A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA

Setenta por cento do corpo humano é composto de água, o que a torna vital para nossa
sobrevivência. Especialistas afirmam que é muito mais difícil suportar a sede que a fome. Além
de sua importância em nosso organismo, a água é fundamental em processos produtivos da
agricultura e da indústria. Normalmente, não temos consciência da importância da água.
Somente nos períodos de estiagem, quando falta água nas nossas casas, lembramos, um tanto
"nervosos", que dependemos da água para as mais variadas actividades domésticas. Ela é usada
na irrigação de cultura e criação de animais.

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8.BALANCO HIDRICO
A hidrologia pode ser entendida como o estudo cientifico do ciclo hidrológico. O ciclo
hidrológico, mais do que uma simples sequencia de processos, constitui-se de um conjunto de
fases, as quais representam os diferentes caminhos através dos quais a agua circula na natureza.
Esta circulação ocorre em três partes do sistema: a atmosfera, a hidrosfera e a litosfera.

A água da atmosfera (vapor) constitui a água precipitavel. Se o total de vapor atmosférico se


precipitasse, a chuva corresponde uma seria de cerca de 25,5 mm uniformemente distribuída
sobre toda a superfície da esfera terrestre. Este reservatório (vapor atmosférico) é reposto
continuamente pela evaporação e é descarregado pela precipitação, sendo esta a única fonte
Renovável de água doce para a superfície. A precipitação media no planeta é de
aproximadamente 940 mm por ano. Cerca de 70% da precipitação retorno a atmosfera pela
evaporação. Numa dada área a quantidade de água envolvida em cada fase do ciclo hidrológico
pode ser avaliada através da chamada equação do balanço hídrico, que é a própria lei da
conservação da massa.

A água no ciclo hidrológico movimenta-se continuamente: nuvens, chuvas, cursos da agua,


ondas e correntes oceânicos, etc. Em escala global, esta movimentação representa as trocas que
ocorrem entre a terra, o oceano e atmosfera.

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9.CONCLUSAO
No presente trabalho, primeiro procuramos falar das nuvens em todas vertentes e vimos que elas
continuam sendo uma das áreas de maior incerteza nos modelos climáticos e elas têm um papel
crucial no ciclo da água e participam de diversos processos importantes para a vida e o meio
ambiente. As nuvens aprisionam o calor radiante da Terra, causando o aquecimento, elas
reflectem a luz solar impedindo-o de atingir a Terra, causando resfriamento. Também
transportam o calor da superfície da Terra até o topo da troposfera, fazendo com que a superfície
se resfrie. Alem disso, falamos do ciclo de água e sua importancia, e vimos que a agua é um
recurso indispensável para a sobrevivência do homem e demais seres vivos no planeta. Por fim
falamos de precipitação, suas formas , tipos de chuvas e demais.

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10.REFERÊNCIA

Livro de Geografia 11⁰ Classe.


Livros Onnline de geografia.
Livroas de Geografia em PDf.
www.Google.com

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