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Objetivo

• Elaborar o fluxo completo do gerenciamento


de resíduos sólidos, da prevenção a disposição
final, buscando minimizar os impactos
ambientais e aperfeiçoar a utilização de
recursos naturais, de modo a atender aos
requisitos aplicáveis.
Conteúdo

1. Cenário de Resíduos Sólidos


2. Requisitos Legais
3. Conceituação
1. CENÁRIO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS

“ Todas as atividades geram


resíduos.”
Principais causas da geração de
resíduos sólidos
• Crescimento demográfico
• Mudança ou criação de novos hábitos
• Melhoria do nível de vida
• Desenvolvimento industrial
Panorama no mundo
Geração x Coleta
Panorama no Brasil
Panorama no Brasil
Destinação Final
Aproveitamento energético
(R$/hab/ano)
2. REQUISITOS LEGAIS
• Federal
• Estadual
• Municipal
• Normas Regulamentadoras (NR´s)
• Normas Brasileiras (NBR´s)
• Agências Reguladoras
• Órgãos Ambientais
Política Nacional de Resíduos
Sólidos (Lei nº 12.305 de 02 de
agosto 2010)
3. CONCEITUAÇÃO
Definição
Resíduos Sólidos: material, substância, objeto ou bem
descartado resultados de atividades humanas em sociedade, a
cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está
obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem
como gases contidos em recipientes e líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede
pública de esgotos ou em corpos d´água, ou exijam para isso
soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da
melhor tecnologia
Definição
Rejeitos: resíduos sólidos que depois de esgotados todas as
possibilidades de tratamento e recuperação por processos
tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis não
apresentam outra possibilidade que não a disposição final
ambientalmente adequada
Hierarquia das ações
Logística Reversa
O ponto principal da logística reversa é cuidar do produto após a
sua utilização, fazendo com que ele seja reutilizado, diminuindo
custos e impactos ambientais, como contaminação do solo. O
resíduo industrial é um dos mais graves problemas ambientais
Produtos obrigados a logística
reversa
Fases do gerenciamento resíduos sólidos
Responsabilidades
• Os geradores de resíduos sólidos
serão responsáveis pelo transporte,
armazenamento, reciclagem,
tratamento e disposição final dos
seus resíduos;
• O gerador poderá encaminhar seu
Gerador resíduo às unidades receptoras,
desde que devidamente licenciadas
pelo órgão ambiental competente
Licença Ambiental! para manipular, reciclar, tratar e
dispor resíduos especificados no
processo licenciatório e mediante
autorização específica para o
transporte de resíduos perigosos.
4. RESPONSABILIDADES
• Fornecer equipamentos para
situação de emergência e EPI
• Dar manutenção e uso adequado ao
veículo e equipamentos
• Instruir pessoal quanto a correta
Transportador utilização dos equipamentos de
emergência em acidentes ou avarias
• Realizar as operações de transbordo
Licença Ambiental! observando as recomendações e
procedimentos do expedidor
Responsabilidades
• Por qualquer acidente que cause
danos ao meio ambiente ou a
terceiros , verificado nos locais de
estocagem, tratamento e
disposição dos resíduos
Receptor
• Responsabilidade pela correta e
ambientalmente segura gestão do
resíduo recebido do gerador.
Licença Ambiental!
Responsabilidades
Reparação do dano
CIVIL
Indenização a coletividade e ao indivíduo
Advertência
Multa simples de R$ 50,00 a 50 milhões
Multa diária
Apreensão de animais/produtos
Destruição ou inutilização do produto
ADMINISTRATIVA Suspensão da venda e fabricação do
produto
Embargo de obra ou atividade
Demolição da obra
Suspensão parcial ou total das atividades
Restritiva de direitos
Privativas de liberdade
PENAL Restritiva de direitos
Multa
5. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO
DE RESÍDUOS SÓLIDOS
A. Geração
B. Caracterização/Classificação
C. Acondicionamento
D. Identificação
E. Coleta Interna
F. Armazenamento
G. Transporte externo
H. Reuso/Reciclagem
I. Tratamento
J. Destinação final
K. Plano de gerenciamento
A. Geração de Resíduos
Levantamento das fontes de
geração de resíduos
• Entender o propósito da avaliação
• Determinar a abordagem
• Examinar registros da empresa
• Realizar uma inspeção visual
• Conduzir uma seleção dos resíduos armazenados
• Documentar os resultados da avaliação
B. Caracterização/Classificação

ABNT NBR 10.004 de 30/11/2004 – Resíduos


sólidos Classificação
• Classe I : Perigosos
• Classe II: Não perigosos
– II A: Não inertes
– II B: Inertes
• Classe I: Aqueles que apresentam periculosidade, ou seja,
resíduos que em função da sua características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e
patogenicidade, podem apresentar risco á saúde pública ou
efeitos adversos no meio ambiente ou constem nos anexos A
ou B da norma NBR 10.004.

• Exemplos: borra de tinta, lodo de ETE, lâmpada fluorescente,


mercúrio, óleo hidráulico e lubrificante, borra de retifica,
solvente, embalagens e resíduos contaminados com produtos
químicos (tinta, óleo, cola)
• Classe II A – Não inertes
Aqueles que não se enquadram na Classe I – Perigosos ou
classe II B- Inertes. Podem ter propriedades com
combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em
água.
• Exemplo: restos de alimentos, não recicláveis, adesivos,
recicláveis (papel, plástico e metal), areia de fundição,
madeira, materiais texteis, bagaço de cana, tetra-pack etc.
• Classe II B – Inertes
Quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma
representativa, segunda a NBR 10.007, e submetidos a um
contato dinâmico e estático com água destilada ou
desionizada, á temperatura ambiente, conforme NBR 10.006,
não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a
concentrações superiores aos padrões de potabilidade da
água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.

Exemplo: vidro, borracha de difícil decomposição, certos


plásticos, resíduos da construção civil.
C. Acondicionamento
As forma de acondicionamento dos resíduos envolvem aspectos
como modelo, dimensões, quantidade, localização e formas de
identificação dos coletores por exemplo:
• Contentores
• Big-bags
• Caixas
• Contêineres (lixeiras/carrinhos)
• Tambores e bombonas
• Caçambas
• Baias
Acondicionamento
Os recipiente para resíduos perigosos não podem ser
reutilizáveis e devem ser encaminhados a destinação final, além
disso devem:
• Ter dimensão apropriada
• Ser compatível com quantidade gerada
• Ser robusto (estrutura, compatibilidade, resistência para
vazamento)
• Ser impermeável
• Ser ergonômico
• Considerar o posicionamento no sentido de facilitar o descate
e a coleta e higienização periódica.
Acondicionamento
A Resolução CONAMA 275/01 estabelece o
padrão de cores para embalagens de coleta de
material reciclável
Acondicionamento
A resolução ANTT 420/04 estabelece que as
embalagens utilizadas no transporte de
produtos perigosos deverão ser certificadas por
Organismos de Certificação de Produtos (OCP)
acreditados pelo INMETRO
D. Indentificação
A resolução ANTT 420/04 e NBR 7.500 estabelecem que as
embalagens utilizadas no transporte terrestre de produtos
perigosos deverão ser devidamente identificadas
Diamante de Hommel
Identificação
Além do Diamante de Hommel é utilziado para a identificação
dos resíduos conforme abaixo
E. Coleta Interna
A coleta interna é um fator de risco e para o correto manuseio
deve ser levado em consideração
• Equipamentos compatíveis
• Peso e forma do resíduos a ser manuseado
• Familiaridade dos funcionários com os equipamentos
Podem ser utilizados para coleta interna:
• Carrinho de mão
• Empilhadeira
• Caminhão de carroceria
• Caminhão tipo roll on roll off
• Caminhão tipo poliguindaste
F. Armazenamento
A NBR 11.174 e 12.235 definem respectivamente os requisitos mínimos
necessários para o armazenamento de resíduos não perigosos e perigosos.
Para tanto, deve-se considerar:
• Geografia e hidrologia do local
• Distanciamento de núcleos populacionais
• Layout isolamento sinalização e controle
• Cobertura, ventilação
• Impermeabilização, bacia de contenção
• Sistema e válvula de drenagem
• Identificação das embalagens
• Inspeções periódicas
Armazenamento Internos
• Programa de controle de
armazenamento/estocagem
• Procedimento de segurança
• Segregação e compatibilidade
• Caixa de contenção
• Treinamento da operação
• Licenciamento ambiental
Incompatibilidade Quimica

NBR 14.619
G. Transporte Externo
Remoção dos resíduos até a unidade de tratamento ou
disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a
preservação das condições de acondicionamento, integridade
dos trabalhadores, da população, meio ambiente, e de acordo
com a legislação ambiental.
• Principais legislações ANTT
www.antt.gov.br
• E manual da ABIQUIM
Transporte externo
No painel de segurança os algarismos dos números de riscos
possuem significado:
Transporte Externo
Sinalização nas unidades de transporte:
Transporte Externo
Exemplos da metodologia de identificação dos números de risco:
Transporte Externo
• No painel de segurança o número da ONU é composto por quatro
algarismo, que deve ser fixado na parte inferior do painel de segurança,
servindo para a identificação de uma determinada substância ou artigo
classificado como perigoso. Por exemplo:
Transporte Externo
Os rótulos de risco são divididos em classes e subclasses:
Transporte externo
A documentação que devem ser utilizadas par o transporte
externo são:
• Nota Fiscal
• MTR (Manifesto de Transporte de Resíduos)
• Ficha de emergência
• Envelope de Emergência
• CADRI
H. Reuso/Reciclagem
A reciclagem, através do reuso ou recuperação de resíduos é
uma das formas mais atraentes dos problemas de
gerenciamento de resíduos, tanto do ponto de vista empresarial
como dos órgãos de proteção de meio ambiente.

Isso porque diminui a quantidade de resíduos lançados no meio


ambiente, além de contribuir para a conservação dos recursos
naturais.

No Brasil, até o momento, esta obrigatoriedade existe apenas


para os resíduos de óleos lubrificantes.
Materiais recicláveis
• borra de Tinta;
• borra de Retífica;
• solventes;
• abrasivos;
• resíduos de Construção Civil (CONAMA 307/02);
• óleo lubrificante e solúvel;
• lâmpadas fluorescentes; e
• resíduos recicláveis: Papel, Papelão, Plástico, Metal,
Tetrapak.
Bolsa de Resíduos
Reciclar Para incentivar as atividades de reciclagem, tem sido criados em
muitos países, inclusive no Brasil, sistema de troca de informações através da
“Bolsa de Resíduos”. Os interessados podem consultar diretamente o
vendedor ou doador ou comprar um determinado resíduo.
I. Tratamento
• Compostagem
• Co-processamento
• Incineração
• Dessorção térmica
• Autoclavagem
Distribuição por tipo de tratamento /
Disposição dos resíduos
J. Disposição final
Lixão: é uma forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, que se
caracteriza pela simples descarga do lixo no solo sem medidas de proteção ao
meio ambiente ou á saúde pública. O mês
mo que descarga de resíduos a céu aberto.
Disposição final
Aterro sanitário: é um processo utilizado para a disposição de
resíduos sólidos no solo, fundamentado em critérios de
engenharia e normas operacionais específicas, permite um
confinamento seguro em termos de controle de poluição á saúde
pública
L. Plano de Gerenciamento de
Resíduos

Planilha onde são inseridas todas as


informações relativa aos resíduos.
(*) Certificado de coleta!
Índices de sustentabilidade PBQP-H
• São considerados indicadores da qualidade obrigatórios os
voltados à sustentabilidade dos canteiros de obras da
empresa, devendo minimamente ser os seguintes:

• Indicador de geração de resíduos ao longo da obra: volume


total de resíduos descartados (excluído solo) por trabalhador
por mês – medido mensalmente e de modo acumulado ao
longo da obra em m³ de resíduos descartados / trabalhador.
• Indicador de geração de resíduos ao final da obra: volume
total de resíduos descartados (excluído solo) por m² de área
construída – medido de modo acumulado ao final da obra em
m³de resíduos descartados / m³ de área construída.
Índices de sustentabilidade PBQP-H
Classes:

• Classe A: Os resíduos denominados de Classe A são aqueles


que podem ser reutilizados ou reciclados na própria obra
como agregados.
Exemplos de materiais: materiais cerâmicos, tijolos, azulejos,
blocos, telhas, placas de revestimento, argamassa, concreto e
solos resultantes de obras de terraplanagem.
Destino: se não forem aproveitados na própria obra, esses
resíduos devem ser encaminhados para usinas de reciclagem ou
aterros de resíduos da construção civil e armazenados de modo
a permitir sua reutilização ou reciclagem futura.

.
Índices de sustentabilidade PBQP-H
• Classes:

• Classe A: Os resíduos denominados de Classe A são aqueles


que podem ser reutilizados ou reciclados na própria obra
como agregados.
Exemplos de materiais: Materiais cerâmicos, tijolos, azulejos,
blocos, telhas, placas de revestimento, argamassa, concreto e
solos resultantes de obras de terraplanagem.
Destino: Se não forem aproveitados na própria obra, esses
resíduos devem ser encaminhados para usinas de reciclagem ou
aterros de resíduos da construção civil e armazenados de modo
a permitir sua reutilização ou reciclagem futura.

.
Índices de sustentabilidade PBQP-H
• Classes:

• Classe B: Os resíduos denominados de Classe B são aqueles


que podem ser reciclados para outras utilizações.
Exemplos de materiais: Papel e papelão, plásticos, metais,
vidros, madeiras e gesso(separado).
Destino: Recomenda-se a separação destes materiais no canteiro
de obras em recipientes devidamente sinalizados. A madeira
pode ser armazenada em baias ou caçambas identificadas. Eles
devem ser reutilizados na própria obra quando possível, ou
encaminhados a empresas ou cooperativas licenciadas que
façam sua reciclagem. Também podem ser enviados às áreas de
transbordo e triagem (ATTs), que lhes darão destinação
adequada.
.
Índices de sustentabilidade PBQP-H
• Classes:

• CLASSE C: Os resíduos denominados de Classe C são aqueles


que não podem ser reciclados ou recuperados. Ao lidar com
esses materiais é importante evitar ao máximo o desperdício.
Exemplo: Manta asfáltica, lã de vidro, fórmica, peças de fibra de
nylon, Gesso (caso sua cidade não tenha centro de coleta) etc.
Destino: Recomenda-se a separação destes materiais no canteiro
de obras em recipientes devidamente sinalizados. Verificar com
o fabricante a logística reversa.
Índices de sustentabilidade PBQP-H
• Classes:

• CLASSE D:Os resíduos denominados de Classe D são aqueles


considerados perigosos e capazes de causar riscos à saúde
humana ou ao meio ambiente, se gerenciados de forma
inadequada. Podem ser tóxicos, inflamáveis, reativos (capazes
de causar explosões) ou patogênicos (capazes de transmitir
doenças).
Exemplos de materiais: tintas, solventes (e materiais que
contenham solventes, como o primer utilizado em
impermeabilizações), ferramentas ou materiais de Classe A, B ou
C contaminados, etc.
• Pesquisa de Satisfação
• Prova

E-mail : fernanda.silveira@templum.com.br

Obrigada!

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