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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI


INSTITUIDA PELA LEI Nº. 10.425 DE 19/04/2002 – D.O.U DE 22/04/2002
CAMPUS ALTO PARAOPEBA
DEPTO. DAS ENGS. DE TELECOMUNICAÇÕES E MECATRÔNICA – DETEM

Manual de Estágio Supervisionado

Ouro Branco - MG
ABRIL – 2012
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Manual de Estágio Supervisionado 2


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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4

2. REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO 4


2.1 Parecer Legal 4
2.2 Documentação Exigida 4
2.2.1 Aluno Estagiário 4
2.2.2 Aluno Empregado 5
2.2.3 Aluno Autônomo 5
2.2.4 Aluno Proprietário 5
2.3 Dimensão Operacional 6
2.3.1 Da Constituição e Competência da Equipe do Estágio Supervisionado 6
2.4 Regulamentação do Estágio Supervisionado 8
2.5 Critério de Avaliação 9

3. AS ATIVIDADES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO 10

4. SETOR DE CONTRATOS E CONVÊNIOS – SECOC 11

5. DOCUMENTOS A SEREM ENTREGUES PARA A CONCLUSÃO DO ESTÁGIO 11

6. ESTRUTURA DO RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 12


6.1 Formatação 12
6.2 Estrutura do Texto 13
6.2.1 Capa 13
6.2.2 Folha de Rosto 13
6.2.3 Dedicatória 13
6.2.4 Agradecimentos 13
6.2.5 Resumo 14
6.2.6 Sumário 14
6.2.7 Introdução 14
6.2.8 Desenvolvimento (de 10 a 20 páginas) 14
6.2.9 Conclusão 15
6.2.10 Sugestões 15
6.2.11 Referências Bibliográficas 15
6.2.12 Anexos 15
6.2.13 Assinaturas 15

7. ANEXOS 16
7.1 Anexo I – Identificação do Aluno e Professor Orientador na UFSJ 16
7.2 Anexo II – Ficha de Avaliação de Estágio 17
7.3 Anexo III – Avaliação Final do Estágio 18

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1. INTRODUÇÃO
A coordenação do curso de Engenharia Mecatrônica da Universidade Federal de
São João Del- Rei estabelece, por meio deste manual, o conjunto de normas e princípios
que regem o Estágio Supervisionado em Engenharia Mecatrônica. A finalidade do estágio
supervisionado é complementar o processo de ensino-aprendizagem, integrando o
conteúdo curricular do curso ao treinamento prático, contribuindo para o aperfeiçoamento
do aluno nas áreas técnicas, culturais e científicas, complementando sua formação
profissional.
Com este propósito, o presente manual serve como orientador das ações tomadas
pelos discentes, docentes e demais envolvidos para efetiva execução do estágio
supervisionado e dos frutos dele obtidos.

2. REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

2.1 Parecer Legal

O estágio supervisionado como tal é uma obrigação curricular nos cursos


Superiores de Graduação e segue as seguintes determinações estabelecidas pela
Lei n° 11788 de 25/09/2008, que dispõe do Conselho Federal de Educação. Abaixo,
são descritos os parágrafos mais importantes:

2.2 Documentação Exigida

2.2.1 Aluno Estagiário

Contrato de estágio ou termo de compromisso (cópia) com carimbo e assinatura do


representante legal da empresa;
O estagiário deverá escolher como orientador um professor do Departamento das
Engenharias de Telecomunicações e Mecatrônica e entregar sua solicitação, com a
assinatura do professor orientador, em formulário próprio, Anexo I.

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2.2.2 Aluno Empregado

Carta da empresa, informando o início do estágio.


Carteira de trabalho (deverá ser apresentada, acompanhada de cópia das folhas de
identificação e registro).
Contrato de trabalho (cópia).
Relação de tarefas que desempenha no ambiente profissional, digitada e asinada
por seu supervisor ou representante legal da empresa.

2.2.3 Aluno Autônomo

Inscrito:
Inscrição nos órgãos competentes – INSS, Prefeitura Municipal (cópia);
Relação de tarefas que desempenha no ambiente profissional, digitada e assinada.

Não inscrito:
Declaração de próprio punho sobre a atividade exercida com firma reconhecida.

2.2.4 Aluno Proprietário

Contrato Social (cópia);


Carteira de Identidade;
Relação de tarefas que desempenha no ambiente profissional digitada e assinada
pelo proprietário.

Toda a documentação exigida deverá se entregue à Coordenadoria de Engenharia


Mecatrônica, que abrirá pasta própria por aluno e será responsável pela guarda e
arquivamento de toda a documentação relativa ao estágio supervisionado.

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2.3 Dimensão Operacional

2.3.1 Da Constituição e Competência da Equipe do Estágio Supervisionado

Constituição
Coordenadoria do Curso de Engenharia Mecatrônica;
Professor Orientador;
Supervisor na Empresa;
Estagiário.

Competências
a) Coordenadoria do Curso de Engenharia Mecatrônica:

Coordenar, acompanhar e orientar o desenvolvimento do Estágio Supervisionado,


auxiliando o Estagiário, o Orientador e Setor de Estágio/Supervisor da Empresa, durante
todo o período de duração dos trabalhos.

b) Professor Orientador:

Orientar e acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos dos alunos durante o


Estágio Supervisionado;
Manter contato com o Supervisor do Estagiário na Empresa;
Indicar bibliografia e outras fontes de consulta;
Avaliar os Relatórios entregados pelos alunos e pela empresa, apresentando
parecer à Coordenadoria do curso de Engenharia Mecatrônica;
Apresentar a freqüência das orientações à Coordenadoria do curso;
Acompanhar o cumprimento das etapas previstas pela Coordenadoria do curso;
Avaliar periodicamente o estagiário, indicando, se necessário for, as alterações no
Cronograma;
Estar atento à postura ética que o trabalho requer.

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c) Supervisor na Empresa
Introduzir o aluno estagiário na empresa;
Orientar, acompanhar e organizar as atividades práticas do estagiário na empresa;
Oferecer os meios necessários à realização de seus trabalhos;
Auxiliar o estagiário nas suas dificuldades, medos e ansiedades;
Manter contato com a instituição, quando necessário;
Encaminhar Anexo II – Ficha de Avaliação de Estágio;

d) Estagiário
Identificar a empresa onde irá desenvolver o estágio;
Providenciar documentação exigida (item 2.2), acatando as exigências legais da
Faculdade;
Identificar o responsável pela supervisão dos trabalhos a serem desenvolvidos na
empresa;
Identificar o professor Orientador para acompanhar o desenvolvimento do Estágio
Supervisionado (Anexo I);
Comparecer aos encontros com seu orientador de estágio na Faculdade, cumprindo
as tarefas que lhe forem atribuídas;
Cumprir as normas estabelecidas pela Coordenadoria de Estágio;
Apresentar ao professor orientador os Relatórios;
Apresentar a “Ficha de Identificação do Aluno e Professor Orientador (Anexo I)”
“Relatório Final” e “Ficha de Avaliação de Estágio (Anexo II)” . Os relatórios de
atividades incluem todas as atividades parciais presentes no cronograma até a
entrega do relatório final. Correções e observações em cada relatório de atividades
devem ser levadas em conta na formulação do relatório final.

Observação: Em casos excepcionais, o coordenador de estágio poderá assumir as


competências do professor orientador na orientação dos alunos na realização do estágio
supervisionado.

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2.4 Regulamentação do Estágio Supervisionado

Poderão requerer o estágio curricular os alunos que tenham cumprido 55% da carga
horária deste curso;
O Estágio deve realizar-se em empresa pública ou privada;
A escolha da empresa onde será realizado o estágio compete ao aluno (estagiário);
A empresa em questão deverá ter atuação preferencialmente na área de habilitação
do curso;
A duração mínima do estágio será de 200h (duzentas horas), efetuadas ao longo de
um semestre letivo;
O Estágio deve ser devidamente comprovado e sua aprovação é condição
indispensável para que o aluno seja diplomado. Somente pode colar grau o aluno
aprovado no Estágio;
O professor Orientador poderá ser livremente escolhido pelo aluno, observada a
compatibilidade entre a área de atuação do aluno e do docente;
O Aluno terá prazo definido para a entrega do Relatório Final, conforme
cronograma. Seu descumprimento acarretará na reprovação do aluno na disciplina
de Estágio Supervisionado. A reprovação do aluno por descumprimento de prazo,
implica na obrigatoriedade de se matricular novamente no ano letivo seguinte, como
dependência;
Esgotado o prazo de entrega de uma das etapas do Relatório de Atividades,
conforme definido no cronograma, o professor orientador, juntamente com o
coordenador do curso analisarão os motivos do atraso e poderão propor, caso a
justificativa do atraso seja válida, nova data para a entrega do mesmo. Caso ocorra
atraso em mais de uma etapa, o aluno estará automaticamente reprovado, devendo
cursar a disciplina de Estágio Supervisionado no ano letivo seguinte como
dependência;
Os prazos para a realização de cada uma das etapas do cronograma serão
definidos pelo professor orientador com anuência do coordenador do curso;
A vinculação do aluno como estagiário poderá ser feita mediante a documentação
exigida (item 2.2);
A conclusão do estágio supervisionado encerra-se com a entrega do Relatório Final
de estágio, juntamente com a Ficha de Avaliação de Estágio (Anexo II) na
coordenadoria do curso de Engenharia Mecatrônica. A Ficha de Estágio é

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documento hábil comprobatório da entrega do Relatório Final pelo aluno, devendo o


mesmo reter uma cópia para seu controle;
Em caráter excepcional e aprovado por escrito pelo Colegiado, o aluno poderá
realizar o estágio curricular nas dependências da UFSJ;
O estágio poderá ser desenvolvido em qualquer região do Brasil, sendo as despesas
de transporte, hospedagem e alimentação, às expensas do discente ou da empresa
ou instituiççao concedente do mesmo. Também poderá ser realizado em outro país,
desde que os custos relativos a deslocamento, seguriadade, hospedagem e
alimentação devem ocorrer às expensas do discente ou da empresa ou instituição
concedente do estágio. Tal procedimento também deve estar so o aceito do
Professor Orientador;
Os casos omissos serão objeto de deliberação por parte do Colegiado de Curso.

2.5 Critério de Avaliação

A avaliação dos trabalhos será apurada pelo professor orientador. Os trabalhos


serão classificados como se segue, sendo na avaliação considerado o atendimento das
tarefas nos prazos requeridos no Cronograma de Estágio Supervisionado.

Tabela 1 – Conceito final.


Pontuação Avaliação
90 – 100 pontos Excelente
80 – 89 pontos Ótimo
70 – 79 pontos Bom
60 – 69 pontos Satisfatório
< 60 pontos Insuficiente

O aluno fica obrigado a apresentar o Relatório Final de Estágio Supervisionado e


a Ficha de Avaliação de Estágio (Anexo II) devidamente preenchido e pontuado. O
aluno será considerado aprovado caso atinja média igual ou superior a 60 (sessenta)
pontos (índice satisfatório ou índice superior) nas tarefas desenvolvidas. Cabe ressaltar
que a aprovação está condicionada ao cumprimento dos prazos de entrega do Relatório
Final e Ficha de Avaliação de Estágio.

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3. AS ATIVIDADES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

No local onde se realiza o estágio, o estudante realiza tarefas diversificadas e


específicas de sua futura profissão, que lhe proporcionam, além da experiência
necessária ao seu preparo profissional, uma visão concreta do meio e das condições de
trabalho, permitindo um enriquecimento do seu currículo e da sua formação com
engenheiro. Portanto o estágio supervisionado tem como objetivos:

Proporcionar ao acadêmico as condições de desenvolver suas habilidades, analisar


criticamente situações, e propor mudanças no ambiente organizacional;

Incentivar o desenvolvimento das potencialidades individuais, propiciando o


surgimento de profissionais empreendedores, profissionais estes capazes de
implantar novas técnicas de gestão, métodos e processos inovadores;

Consolidar o processo ensino-aprendizagem, através da conscientização das


deficiências individuais, e incentivar a busca do aprimoramento pessoal e
profissional;

Concatenar a transição da passagem da vida profissional, abrindo ao estagiário as


oportunidades de conhecer a filosofia, as diretrizes, a organização e o
funcionamento das instituições;

Possibilitar o processo de atualização dos conteúdos disciplinares, permitindo sua


adequação às constantes inovações tecnológicas, políticas, sociais e econômicas a
que estão sujeitos;

Promover a integração Faculdade x Comunidade.

Como estagiário, o estudante terá sempre o acompanhamento de um profissional


experiente (Anexo II) para orientar suas observações, comentários, pesquisas, tarefas e
desenvolvimento do trabalho. Ao final do estágio o orientador na empresa irá avaliar o
aluno através do Anexo II, está nota juntamente com o Anexo III (relatório de atividades)
irão compor a nota final do alluno na disciplina de estágio supervisionado.

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Todos os dados coletados decorrentes das atividades acima descritas se


transformarão em relatório final de estágio supervisionado, que faz parte do quadro
específico de avaliação do estudante.

4. SETOR DE CONTRATOS E CONVÊNIOS – SECOC

Para a celebração de convênio, a parte concedente deverá encaminhar os seguintes


dados para à Coordenadoria de Curso: Nome da empresa, CNPJ, endereço completo,
telefone e/ou e-mail para contatos, nome do representante legal, cargo,
nacionalidade, estado civil, n° identidade e CPF.
Esses dados serão encaminhados ao SECOC que:
Irá confeccionar a minuta de Convêniode Estágio Curricular de acordo com a Lei n°
11.788 de 25/09/2008, DOU 26/09/08;
Encaminhará 02 (duas) vias do convênio de estágio curricular à Empresa para
assinatura e posterior devolução;
Providenciará a assinatura do Pró-reito Adjunto de Ensino de Gradução;
Encaminhará 01 (uma) via do convênio para a empresa e outra será anexada ao
processo administrativo;

5. DOCUMENTOS A SEREM ENTREGUES PARA A CONCLUSÃO DO ESTÁGIO

Para a Conclusão do estágio, os seguintes documentos deverão ser apresentados


ao Coordenador de Estágio:
Anexo I preenchido pelo Aluno e Professor Orientador dentro da UFSJ;
Anexo II preenchido pelo Orientador/Responsável na Empresa;
Anexo III, avaliação realizada no relatório final de atividades pelo professor
especificado no Anexo I.
Será considerado aprovado o aluno que obtiver nota final igual ou superior a 6,0,
conforme a média realizada nas notas de avaliação da empresa e do professor
Orientador.

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6. ESTRUTURA DO RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

6.1 Formatação

Apresentação

O relatório final de estágio supervisionado deve ser encadernado (espiral) em capa


transparente.

Espaçamento
1,5 (um e meio) para o texto geral;
Simples - deve ser usado apenas em tabelas longas, notas de rodapé, notas de fim
de texto, títulos com mais de uma linha, nas referências bibliográficas e divisões
secundárias do sumário, segundo as normas da ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas);
Parágrafo: todo parágrafo deve ser iniciado no 11° espaço a partir da margem
esquerda

Margens/Numeração das Páginas


As margens devem ter as seguintes dimensões:
Superior: 3 cm;
Inferior: 2 cm;
Esquerda: 3 cm;
Direita: 2 cm;
Numeração das Páginas:
As páginas devem ser numeradas a partir da primeira página do Capítulo 1 –
Caracterização da empresa. Ela deve ser colocada no final da página (rodapé), alinhada à
direita.

Papel / Fonte (tipo e tamanho)


Papel: Tamanho: A4 (210 x 297 mm), Cor: branco.
Alinhamento do texto: Justificado.
Fontes:

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Texto: Tamanho: 12, Tipo: Times New Roman/Arial;


Título: Tamanho: 16, Tipo: Times New Roman/Arial em Negrito;
Subtítulo 1: Tamanho: 14, Tipo: Times New Roman/Arial em Negrito;
Subtítulo 2: Tamanho: 12, Tipo: Times New Roman/Arial em Negrito;

6.2 Estrutura do Texto

A estrutura básica do Relatório Final do estágio supervisionado, bem como seu o


cronograma, poderão sofrer adaptações atendendo a especificidades por parte do aluno
bem como do seu professor orientador em função do tema abordado.

6.2.1 Capa
Para a proteção externa do trabalho, deve conter os itens na seguinte ordem:
Nome da Universidade e do Curso;
Título – (Relatório de Estágio Supervisionado);
Nome completo do aluno;
Número de Matrícula;
Ano da entrega.

6.2.2 Folha de Rosto


Deve conter os seguintes itens:
Nome da Universidade e do Curso;
Título – (Relatório de Estágio Supervisionado);
Nome completo do aluno, período e matrícula;
Nome da empresa onde o estágio for realizado;
Período de realização e horas trabalhadas;
Nome do professor orientador;
Ano da entrega.

6.2.3 Dedicatória
Onde o aluno presta homenagem ou dedica o seu trabalho.

6.2.4 Agradecimentos
Dirigido aqueles que contribuíram de maneira relevante para a realização do estágio.

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6.2.5 Resumo
Consiste na apresentação concisa dos pontos relevantes do estágio, onde se
destacam os objetivos, os métodos, os resultados e as conclusões mais importantes. O
resumo deve ter uma descrição rápida e clara do conteúdo e das conclusões do relatório,
não ultrapassando a uma página.
Evitar o uso de parágrafos no meio do resumo.
Evitar citações bibliográficas.
Dar preferência ao uso do verbo na voz ativa.

6.2.6 Sumário
Consiste na enumeração das principais divisões, seções e outras partes do relatório,
na mesma ordem em que a matéria nele se sucede, acompanhado do respectivo número
da página. Os capítulos devem ser enumerados em algarismos arábicos, a partir da
Introdução até as Referências Bibliográficas.

6.2.7 Introdução
Parte inicial do relatório. Deve conter a delimitação do assunto tratado, objetivos do
relatório e outros elementos necessários ao assunto. O(s) objetivo(s) deve(m) estar
situado(s) no último parágrafo da Introdução, sendo apresentado(s), normalmente, com a
utilização de verbos, pois estes expressam ação.

6.2.8 Desenvolvimento (de 10 a 20 páginas)

a) Caracterização da Empresa (1 a 2 páginas)


Nome da empresa onde o estágio foi realizado, CNPJ, nome do proprietário, data de
fundação, endereço, tipo de empresa.
Destacar a importância da empresa na comunidade considerando aspectos
econômico-sociais, tecnológicos e ambientais.
Apresentar a estrutura organizacional da empresa definindo o setor em que se
encontra o estagiário.
Citar os tipos de produtos da empresa, etc.
b) Atividades Desenvolvidas Durante o Estágio
Parte principal do relatório. Deverá conter as seguintes informações:
Tempo de permanência diária no setor(es);

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Apresentar a descrição técnica de uma ou mais trabalhos realizados (Formulação do


problema, metodologia adotada, resultados alcançados, interação com outros
funcionários);
Pode incluir sugestões para a melhoria das atividades realizadas;
Abordar os tópicos de segurança de trabalho exigidos pela empresa.

6.2.9 Conclusão
Parte final do texto, na qual se apresentam conclusões correspondentes aos
objetivos. Deve ser breve e destacar uma análise crítica por parte do estagiário, em
termos de contribuição para sua aprendizagem social, profissional e cultural. Abordar
também as dificuldades e vantagens da realização do estágio. Tente demonstrar a
praticidade das teorias acadêmicas durante o exercício das suas atividades desenvolvidas
no estágio. Este item não deverá ultrapassar 3 (três) páginas.

6.2.10 Sugestões
Sugestões do estagiário para os professores e futuros graduandos do curso de
Engenharia Mecatrônica da Universidade Federal de São João del Rei.

6.2.11 Referências Bibliográficas


Colocar somente as referências citadas no desenvolvimento do relatório,
obedecendo as técnicas da ABNT.

6.2.12 Anexos
Consiste em um texto ou documento que serve de fundamentação, comprovação e
ilustração. Fotos do estagiário no setor, planta física e outros. Os anexos devem ser
numerados e mencionados no texto.

6.2.13 Assinaturas
Última folha deve conter a assinatura do aluno e o visto do professor orientador.

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7. ANEXOS

7.1 Anexo I – Identificação do Aluno e Professor Orientador na UFSJ

COORDENADORIA DO CURSO DE ENGENHARIA MECATRÔNICA

IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO(A):
ALUNO(A):______________________________________________________________
MATRÍCULA:__________
TURNO:______________ CURSO: Engenharia Mecatrônica CURRÍCULO:__________
TEL ( ) _______________ Email: ___________________________________________
_____________________________________
ASSINATURA

DADOS DO ESTÁGIO:
EMPRESA: _____________________________________________________________
TEL ( ) _______________ Email: ___________________________________________
ENDEREÇO: ____________________________________________________________
____________________ CIDADE: __________________________________________
INÍCIO: ______/______/______ TÉRMINO: ______/______/______

PROFESSOR(A) ORIENTADOR(A) DO ESTÁGIO:


Aceito orientar o(a) aluno(a): ________________________________________________
Em seu Estágio, conforme Manual de Estágio Supervisionado.

Ouro Branco, ___ de ____________________ de 20 ___.

Nome e Assinatura: _______________________________________________________


Professor(a) Orientador(a)

De acordo:

Coordenador(a) de Estágio do Curso de Engenharia Mecatrônica

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7.2 Anexo II – Ficha de Avaliação de Estágio

NOME DO ESTAGIÁRIO:___________________________________________________
NOME DA EMPRESA:_____________________________________________________

Curso: Engenharia Mecatrônica


PERÍODO DO ESTÁGIO:______________ TOTAL DE HORAS: ______________

AVALIAÇÃO
(A SER PREENCHIDO PELO(A) SUPERVISOR(A) DO ESTÁGIO NA EMPRESA)
Aspectos Considerados Pontuação
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1 Qualidade do trabalho: considerar a qualidade do
trabalho tendo em vista o que seja desejável.
2 Engenhosidade: capacidade de sugerir, projetar ou
executar modificações ou inovações.
3 Conhecimentos: conhecimento demonstrado no
desenvolvimento das atividades programadas.
4 Cumprimento das Tarefas: considerar o volume das
atividades cumpridas dentro do padrão razoável.
5 Espírito Inquisitivo: disposição que o estagiário
demonstrou para aprender.
6 Iniciativa: inicativa demonstrada para desenvolver
suas atividades sem dependência dos outros.
7 Disciplina: observância das normas e regulamentos
internos da empresa.
8 Sociabilidade: facilidade de se integrar com os
colegas e o ambiente de trabalho.
9 Cooperação: disposição para cooperar com
colegas e atender prontamente as atividades
solicitadas.
10 Senso de Responsabilidade: zelo pelo material,
equipamentos e bens da Empresa.

Oberservação:
Nome do Avaliador na Empresa:______________________________________________
Carimbo da Empresa:

Data e Assinatura do Avaliador na Empresa:____________________________________

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7.3 Anexo III – Avaliação Final do Estágio

Coordenadoria do Curso de Engenharia Mecatrônica

AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO

Avaliação do Estágio cumprido pelo aluno:_____________________________________________


Currículo__________________ Matrícula: _____________________________________________
Realizado na empresa: _____________________________________________________________
________________________________________________________________________________

AVALIAÇÃO DO RELATÓRIO
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
OBSERVAÇÃO: _________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

PROFESSOR: ___________________________________________/Departamento:____________

AVALIAÇÃO FINAL DO ESTÁGIO


AVALIAÇÃO DO RELATÓRIO
AVALIAÇÃO DA EMPRESA
MÉDIA FINAL

___________________________________ DATA: ____/____/____


PROFESSOR ORIENTADOR (UFSJ)

De acordo:

Coordenador(a) de Estágio do Curso de Engenharia Mecatrônica

Manual de Estágio Supervisionado 18


LEI Nº 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008.
Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a
redação do art. 428 da Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452,
de 1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de
dezembro de 1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de
dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994,
o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, e o art. 6o da Medida Provisória
no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras
providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a


seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DA DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E RELAÇÕES DE ESTÁGIO

Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que
visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em
instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos
anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.

§ 1o O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do
educando.

§ 2o O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à


contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o
trabalho.

Art. 2o O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das diretrizes
curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso.

§ 1o Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito
para aprovação e obtenção de diploma.

§ 2o Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga


horária regular e obrigatória.

§ 3o As atividades de extensão, de monitorias e de iniciação científica na educação superior,


desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser equiparadas ao estágio em caso de previsão no projeto
pedagógico do curso.

Art. 3o O estágio, tanto na hipótese do § 1o do art. 2o desta Lei quanto na prevista no § 2o do


mesmo dispositivo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, observados os seguintes
requisitos:
I – matrícula e freqüência regular do educando em curso de educação superior, de educação
profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na
modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino;
II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a
instituição de ensino;
III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de
compromisso.

§ 1o O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter acompanhamento efetivo
pelo professor orientador da instituição de ensino e por supervisor da parte concedente, comprovado por
vistos nos relatórios referidos no inciso IV do caput do art. 7o desta Lei e por menção de aprovação final.

§ 2o O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de qualquer obrigação contida no


termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio
para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.

Art. 4o A realização de estágios, nos termos desta Lei, aplica-se aos estudantes estrangeiros
regularmente matriculados em cursos superiores no País, autorizados ou reconhecidos, observado o prazo
do visto temporário de estudante, na forma da legislação aplicável.

Art. 5o As instituições de ensino e as partes cedentes de estágio podem, a seu critério, recorrer a
serviços de agentes de integração públicos e privados, mediante condições acordadas em instrumento
jurídico apropriado, devendo ser observada, no caso de contratação com recursos públicos, a legislação
que estabelece as normas gerais de licitação.

§ 1o Cabe aos agentes de integração, como auxiliares no processo de aperfeiçoamento do instituto


do estágio:
I – identificar oportunidades de estágio;
II – ajustar suas condições de realização;
III – fazer o acompanhamento administrativo;
IV – encaminhar negociação de seguros contra acidentes pessoais;
V – cadastrar os estudantes.

§ 2o É vedada a cobrança de qualquer valor dos estudantes, a título de remuneração pelos serviços
referidos nos incisos deste artigo.

§ 3o Os agentes de integração serão responsabilizados civilmente se indicarem estagiários para a


realização de atividades não compatíveis com a programação curricular estabelecida para cada curso,
assim como estagiários matriculados em cursos ou instituições para as quais não há previsão de estágio
curricular.

Art. 6o O local de estágio pode ser selecionado a partir de cadastro de partes cedentes, organizado
pelas instituições de ensino ou pelos agentes de integração.
CAPÍTULO II
DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

Art. 7o São obrigações das instituições de ensino, em relação aos estágios de seus educandos:
I – celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu representante ou assistente legal,
quando ele for absoluta ou relativamente incapaz, e com a parte concedente, indicando as condições de
adequação do estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação escolar do
estudante e ao horário e calendário escolar;
II – avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à formação cultural e
profissional do educando;
III – indicar professor orientador, da área a ser desenvolvida no estágio, como responsável pelo
acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário;
IV – exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a 6 (seis) meses, de
relatório das atividades;
V – zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o estagiário para outro local em
caso de descumprimento de suas normas;
VI – elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de seus educandos;
VII – comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas de realização de
avaliações escolares ou acadêmicas.
Parágrafo único. O plano de atividades do estagiário, elaborado em acordo das 3 (três) partes a que
se refere o inciso II do caput do art. 3o desta Lei, será incorporado ao termo de compromisso por meio de
aditivos à medida que for avaliado, progressivamente, o desempenho do estudante.

Art. 8o É facultado às instituições de ensino celebrar com entes públicos e privados convênio de
concessão de estágio, nos quais se explicitem o processo educativo compreendido nas atividades
programadas para seus educandos e as condições de que tratam os arts. 6o a 14 desta Lei.
Parágrafo único. A celebração de convênio de concessão de estágio entre a instituição de ensino e a
parte concedente não dispensa a celebração do termo de compromisso de que trata o inciso II do caput do
art. 3o desta Lei.
CAPÍTULO III
DA PARTE CONCEDENTE

Art. 9o As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública direta,


autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, bem como profissionais liberais de nível superior devidamente registrados em seus respectivos
conselhos de fiscalização profissional, podem oferecer estágio, observadas as seguintes obrigações:
I – celebrar termo de compromisso com a instituição de ensino e o educando, zelando por seu
cumprimento;
II – ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao educando atividades de
aprendizagem social, profissional e cultural;
III – indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na área
de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários
simultaneamente;
IV – contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice seja compatível
com valores de mercado, conforme fique estabelecido no termo de compromisso;
V – por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização do estágio com
indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;
VI – manter à disposição da fiscalização documentos que comprovem a relação de estágio;
VII – enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 (seis) meses, relatório de
atividades, com vista obrigatória ao estagiário.
Parágrafo único. No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do seguro de
que trata o inciso IV do caput deste artigo poderá, alternativamente, ser assumida pela instituição de
ensino.
CAPÍTULO IV
DO ESTAGIÁRIO
Art. 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de
ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de
compromisso ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar:
I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação especial
e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos;
II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da
educação profissional de nível médio e do ensino médio regular.

§ 1o O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão
programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40 (quarenta) horas semanais, desde que isso
esteja previsto no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino.

§ 2o Se a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem periódicas ou finais, nos


períodos de avaliação, a carga horária do estágio será reduzida pelo menos à metade, segundo estipulado
no termo de compromisso, para garantir o bom desempenho do estudante.
Art. 11. A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2 (dois) anos,
exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência.
Art. 12. O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser
acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio
não obrigatório.

§ 1o A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre


outros, não caracteriza vínculo empregatício.

§ 2o Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do Regime Geral de


Previdência Social.
Art. 13. É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um)
ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares.

§ 1o O recesso de que trata este artigo deverá ser remunerado quando o estagiário receber bolsa ou
outra forma de contraprestação.

§ 2o Os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de maneira proporcional, nos casos
de o estágio ter duração inferior a 1 (um) ano.
Art. 14. Aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho, sendo sua
implementação de responsabilidade da parte concedente do estágio.
CAPÍTULO V
DA FISCALIZAÇÃO
Art. 15. A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei caracteriza vínculo de
emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e
previdenciária.

§ 1o A instituição privada ou pública que reincidir na irregularidade de que trata este artigo ficará
impedida de receber estagiários por 2 (dois) anos, contados da data da decisão definitiva do processo
administrativo correspondente.

§ 2o A penalidade de que trata o § 1o deste artigo limita-se à filial ou agência em que for cometida a
irregularidade.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 16. O termo de compromisso deverá ser firmado pelo estagiário ou com seu representante ou
assistente legal e pelos representantes legais da parte concedente e da instituição de ensino, vedada a
atuação dos agentes de integração a que se refere o art. 5o desta Lei como representante de qualquer das
partes.
Art. 17. O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entidades
concedentes de estágio deverá atender às seguintes proporções:
I – de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagiário;
II – de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois) estagiários;
III – de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: até 5 (cinco) estagiários;
IV – acima de 25 (vinte e cinco) empregados: até 20% (vinte por cento) de estagiários.

§ 1o Para efeito desta Lei, considera-se quadro de pessoal o conjunto de trabalhadores empregados
existentes no estabelecimento do estágio.

§ 2o Na hipótese de a parte concedente contar com várias filiais ou estabelecimentos, os


quantitativos previstos nos incisos deste artigo serão aplicados a cada um deles.

§ 3o Quando o cálculo do percentual disposto no inciso IV do caput deste artigo resultar em fração,
poderá ser arredondado para o número inteiro imediatamente superior.

§ 4o Não se aplica o disposto no caput deste artigo aos estágios de nível superior e de nível médio
profissional.

§ 5o Fica assegurado às pessoas portadoras de deficiência o percentual de 10% (dez por cento) das
vagas oferecidas pela parte concedente do estágio.
Art. 18. A prorrogação dos estágios contratados antes do início da vigência desta Lei apenas poderá
ocorrer se ajustada às suas disposições.
Art. 19. O art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no
5.452, de 1o de maio de 1943, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 428. ......................................................................
§ 1o A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira
de Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do aprendiz na escola, caso
não haja concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem
desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional
metódica.
......................................................................
§ 3o O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2
(dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência.
......................................................................
§ 7o Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio para o
cumprimento do disposto no § 1o deste artigo, a contratação do aprendiz poderá
ocorrer sem a freqüência à escola, desde que ele já tenha concluído o ensino
fundamental.” (NR)
Art. 20. O art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas de realização de
estágio em sua jurisdição, observada a lei federal sobre a matéria.
Parágrafo único. (Revogado).” (NR)
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 22. Revogam-se as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de
março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
e o art. 6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001.

Brasília, 25 de setembro de 2008; 187o da Independência e 120o da República.


LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Fernando Haddad
André Peixoto Figueiredo Lima
Este texto não substitui o publicado no DOU de 26.9.2008
Cartilha Esclarecedora
sobre a Lei do Estágio
(Lei nº 11.788/2008)
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva

Ministro do Trabalho e Emprego


Carlos Lupi

Secretário-Executivo
André Figueiredo

Secretário de Políticas Públicas de Emprego


Ezequiel Sousa do Nascimento

Diretor do Departamento de Políticas de Trabalho e Emprego para


Juventude
Renato Ludwig de Souza

Coordenador-Geral de Preparação e Intermediação de Mão-de-Obra


Juvenil
Sidne Henrique Butka
Cartilha Esclarecedora
sobre a Lei do Estágio
(Lei nº 11.788/2008)

Brasília, DF – 2008
© 2008 – Ministério do Trabalho e Emprego

É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.

Tiragem: 2.000 exemplares

Edição e Distribuição: Secretaria de Políticas Públicas de Emprego (SPPE)


Departamento de Políticas de Trabalho e Emprego para
a Juventude (DPJ)
Coordenação-Geral de Preparação e Intermediação de
Mão-de-Obra Juvenil (CGPI)
Esplanada dos Ministérios, Bl. F, Ed.-Sede, Sobreloja,
Sala 30
CEP: 70059-900 – Brasília – DF
Tel.: (61) 3317-6553/6983
E-mail: estagio.sppe@mte.gov.br

Impresso no Brasil/Printed in Brazil

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Biblioteca. Seção de Processos Técnicos – MTE

C322 Cartilha esclarecedora sobre a lei do estágio: lei


nº 11.788/2008 – Brasília: MTE, SPPE, DPJ, CGPI,
2008.
22 p.

1. Estágio, legislação, Brasil. 2. Estagiário, Brasil. 3.


Ensino profissional, Brasil. I. Brasil. Ministério do Tra-
balho e Emprego (MTE). II. Brasil. Secretaria de Políticas
Públicas de Emprego (SPPE). III. Brasil. Departamento de
Políticas de Trabalho e Emprego para Juventude (DPJ).
IV. Brasil. Coordenação-Geral de Preparação e Interme-
diação de Mão-de-Obra Juvenil (CGPI).

CDD 341.3
Sumário
Apresentação..........................................................................................7
Perguntas e Respostas
1. O que é o estágio?......................................................................9
2. O que é estágio obrigatório?.....................................................9
3. O que é estágio não obrigatório?.............................................9
4. Quem pode contratar estagiário? ...........................................9
5. Quem pode ser estagiário?.....................................................10
6. O estágio é uma relação de emprego? ..................................10
7. Quais requisitos devem ser observados na concessão do
estágio? .....................................................................................10
8. Pode ser concedido estágio a estudantes estrangeiros? ..........10
9. Pode haver a participação dos agentes de integração
públicos e privados no processo do estágio?........................11
10. Qual o papel dos agentes de integração no estágio?............11
11. Pode-se cobrar alguma taxa do estudante pelos
serviços dos agentes de integração?.......................................11
12. Os agentes de integração podem sofrer penalidades?.........11
13. São obrigações das instituições de ensino em relação aos
educandos.................................................................................12
14. São obrigações da parte concedente do estágio...................13
15. Qual a duração permitida para a jornada diária de
estágio? .....................................................................................14
16. Como deve ser feita a concessão dos descansos
durante a jornada do estágio?.................................................14
17. Nos dias de prova poderá haver redução da
jornada? . ..................................................................................15
18. Qual o prazo de duração do estágio?....................................15
19. Quando o estágio será necessariamente remunerado? ......15
20. O que é o auxílio-transporte?.................................................15
21. O valor da bolsa-estágio ou equivalente é definido e de
responsabilidade de quem? . ..................................................16
22. As ausências do estagiário podem ser descontadas do valor
da bolsa-estágio? .....................................................................16
23. A parte concedente poderá disponibilizar benefícios ao
estagiário?.................................................................................16
24. De que forma poderá ser concedido o recesso ao
estagiário?.................................................................................16
25. Quando o recesso será remunerado?....................................17
26. O que é o Termo de Compromisso?......................................17
27. O que deve constar no Termo de Compromisso? ..............17
28. O Termo de Compromisso de estágio pode ser rescindido
antes do seu término?..............................................................18
29. O estagiário tem direito ao seguro contra acidentes
pessoais? Qual a cobertura do seguro? ................................18
30. Quantos estagiários a parte concedente pode contratar? ....18
31. O que é considerado quadro de pessoal para efeito do
cálculo do número de estagiários?.........................................19
32. Qual o percentual de vagas assegurado a pessoas com
deficiência?...............................................................................19
33. Os contratos de estágio firmados antes da publicação
da Lei nº 11.788/2008 podem ser prorrogados?..................19
34. Quais as providências e documentos necessários à
comprovação da regularidade do estágio? . .........................20
35. Qual a conseqüência prevista para a parte concedente
no descumprimento da Lei nº 11.788/2008?........................20
36. Qual a penalidade prevista para a parte concedente
quando reincidir no descumprimento da Lei
nº 11.788/2008?........................................................................20
37. Como se dá a aplicação da legislação relacionada à saúde
e segurança do trabalho para os contratos de estágio?.......21
Legislação.............................................................................................22
Apresentação
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) torna pública esta
Cartilha Esclarecedora sobre a Lei do Estágio com o objeti-
vo de orientar estudantes e instituições de ensino públicos e
particulares a respeito das inovações trazidas pela Lei do Es-
tágio, instituída para proporcionar a milhões de jovens estu-
dantes brasileiros os instrumentos que facilitem sua passagem
do ambiente escolar para o mundo do trabalho. Ao divulgar
este documento, pretende-se tanto auxiliar o jovem estudante
a perceber, no frio enunciado das normas, os horizontes que se
abrem para um caminhar seguro na carreira profissional esco-
lhida como induzir as empresas brasileiras a adquirir consci-
ência de sua responsabilidade social e das vantagens materiais
e morais de acolher o estagiário em suas equipes técnicas e
profissionais.

As disposições da Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, re-


presentam uma evolução na política pública de emprego para
jovens no Brasil, ao reconhecer o estágio como um vínculo
educativo-profissionalizante, supervisionado e desenvolvido
como parte do projeto pedagógico e do itinerário formativo do
educando. São concepções educativas e de formação profissio-
nal para dotar o estagiário de uma ampla cobertura de direitos
capazes de assegurar o exercício da cidadania e da democracia
no ambiente de trabalho.

As bases das mudanças se fundamentam em compromisso for-


malizado entre o estagiário, a instituição de ensino e a empresa
com base em um plano de atividade que materializa a extensão
ao ambiente de trabalho do projeto pedagógico desenvolvido
nas disciplinas do currículo escolar.

A amplitude das mudanças oferecidas se reflete ainda em


um elenco de direitos sociais traduzidos na concessão de um
período­ de recesso de 30 dias após um ano de duração do es-
tágio, a ser gozado preferencialmente nas férias escolares, e de
todas as garantias da legislação vigente sobre saúde, segurança
do trabalho e de seguro de acidentes pessoais, além da fixação
de uma jornada máxima de atividade de acordo com o nível ou
modalidade de educação e ensino que estiver freqüentando o
educando.

Coroando este conjunto de direitos e garantias, cumpre desta-


car o estabelecimento de limites para o número de estagiários
do ensino médio regular que podem ser acolhidos no ambiente
de trabalho dos estabelecimentos públicos e privados, obede-
cendo a uma escala proporcional ao número de seus empre-
gados. Esses limites coíbem e previnem abusos decorrentes do
acolhimento de estagiários da capacidade de cumprir os con-
teúdos formativos e pedagógicos expressos no plano de ativi-
dades e as disposições sobre acompanhamento e avaliação da
aprendizagem social, profissional e cultural a ser prestada ao
educando no ambiente de trabalho.

A partir do estabelecimento de condições dignas para o está-


gio do jovem estudante no ambiente de trabalho, fomenta-se
no País a construção de um mercado de trabalho mais justo e
uma formação profissional que propicie a vivência prática de
conteúdos teóricos ministrados no ambiente próprio das insti-
tuições de ensino.

São estes os objetivos que se pretende instrumentalizar por


meio desta Cartilha Esclarecedora sobre a Lei do Estágio que o
MTE oferece à sociedade, na certeza do cumprimento do dever
que o exercício de uma função pública impõe a todo cidadão.

Carlos Lupi

Ministro do Trabalho e Emprego


Perguntas e Respostas

1. O que é o estágio?
A Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, define o está-
gio como o ato educativo escolar supervisionado, desen-

Cartilha Esclarecedora sobre a Lei do Estágio – Lei nº 11.788/2008


volvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação
para o trabalho produtivo do estudante. O estágio integra
o itinerário formativo do educando e faz parte do projeto
pedagógico do curso.

2. O que é estágio obrigatório?


É o estágio definido como pré-requisito no projeto peda-
gógico do curso para aprovação e obtenção do diploma.
(§1º do art. 2º da Lei nº 11.788/2008)

3. O que é estágio não obrigatório?


É uma atividade opcional, acrescida à carga horária regu-
lar e obrigatória. (§2º do art. 2º da Lei nº 11.788/2008)

4. Quem pode contratar estagiário?


As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da ad-
ministração pública direta, autárquica e fundacional de
qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios. Também os profissionais libe-
rais de nível superior, devidamente registrados em seus
respectivos conselhos, podem oferecer estágio.

9
5. Quem pode ser estagiário?
Estudantes que estiverem freqüentando o ensino regular,
em instituições de educação superior, de educação pro-
fissional, de ensino médio, da educação especial e dos
anos finais do ensino fundamental, na modalidade pro-
fissional da educação de jovens e adultos. (art. 1º da Lei
nº 11.788/2008)
Cartilha Esclarecedora sobre a Lei do Estágio – Lei nº 11.788/2008

6. O estágio é uma relação de emprego?


Não. O estágio não caracteriza vínculo de emprego de
qualquer natureza, desde que observados os requisitos
legais, não sendo devidos encargos sociais, trabalhistas e
previdenciários. (arts. 3º e 15 da Lei nº 11.788/2008).

7. Quais requisitos devem ser observados na conces-


são do estágio?
O cumprimento dos incisos estabelecidos no art. 3º da
Lei nº 11.788/2008:
I – matrícula e freqüência regular do educando pú-
blico-alvo da lei;
II – celebração de termo de compromisso entre o
educando, a parte concedente do estágio e a institui-
ção de ensino; e
III – compatibilidade entre as atividades desenvolvi-
das no estágio e as previstas no termo de compro-
misso.

8. Pode ser concedido estágio a estudantes estrangei­


ros­?
Sim. Segundo a legislação vigente, os estudantes estran-
geiros regularmente matriculados em cursos superiores
no Brasil, autorizados ou reconhecidos, podem se can-

10
didatar ao estágio, desde que o prazo do visto temporá-
rio de estudante seja compatível com o período previsto
para o desenvolvimento das atividades. (art. 4º da Lei
nº 11.788/2008)

9. Pode haver a participação dos agentes de integra-


ção públicos e privados no processo do estágio?
Sim. Pode ocorrer por opção das instituições de ensino

Cartilha Esclarecedora sobre a Lei do Estágio – Lei nº 11.788/2008


e das partes concedentes de estágio mediante condições
acordadas em instrumento jurídico apropriado. Em caso
de contratação com recursos públicos, deverá ser obser-
vada a legislação de licitação, Lei nº 8.666/1993. (art. 5º da
Lei nº 11.788/2008)

10. Qual o papel dos agentes de integração no estágio?


Atuar como auxiliares no processo de aperfeiçoamento
do estágio identificando as oportunidades, ajustando suas
condições de realização, fazendo o acompanhamento ad-
ministrativo, encaminhando negociação de seguros con-
tra acidentes pessoais e cadastrando os estudantes (§1º
do art. 5º da Lei nº 11.788/2008), selecionando os locais
de estágio e organizando o cadastro dos concedentes das
oportunidades de estágio. (art. 6º da Lei 11.788/2008)

11. Pode-se cobrar alguma taxa do estudante pelos


serviços dos agentes de integração?
Não. É vedada a cobrança de qualquer taxa dos estudan-
tes a título de remuneração pelos serviços dos agentes de
integração. (§2º do art. 5º da Lei nº 11.788/2008)

12. Os agentes de integração podem sofrer penalidades?


Sim. Serão responsabilizados civilmente nas seguintes si-
tuações:

11
a) se indicarem estagiários para atividades não compatí-
veis com a programação curricular do curso; e
b) se indicarem estagiários que estejam freqüentando
cursos em instituições de ensino para as quais não há
previsão de estágio curricular. (§3º do art. 5º da Lei
nº 11.788/2008)

13. São obrigações das instituições de ensino em rela-


ção aos educandos:
Cartilha Esclarecedora sobre a Lei do Estágio – Lei nº 11.788/2008

I – celebrar termo de compromisso com o educando ou


com seu representante ou assistente legal, quando ele for
absoluta ou relativamente incapaz, e com a parte conce-
dente, indicando as condições de adequação do estágio à
proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade da
formação escolar do estudante e ao horário e calendário
escolar;
II – avaliar as instalações da parte concedente do está-
gio e sua adequação à formação cultural e profissional do
educando;
III – indicar professor orientador da área a ser desenvol-
vida no estágio como responsável pelo acompanhamento
e avaliação das atividades do estagiário;
IV – exigir do educando a apresentação periódica, em
prazo não superior a seis meses, de relatório das ativida-
des, do qual deverá constar visto do orientador da ins-
tituição de ensino e do supervisor da parte concedente;
(§1º do art. 3º da Lei nº 11.788, de 2008)
V – zelar pelo cumprimento do termo de compromisso,
reorientando o estagiário para outro local, em caso de
descumprimento de suas normas;

12
VI – elaborar normas complementares e instrumentos de
avaliação dos estágios de seus educandos;
VII – comunicar à parte concedente do estágio, no início
do período letivo, as datas de realização de avaliações es-
colares ou acadêmicas. (art. 7º da Lei nº 11.788/2008)

14. São obrigações da parte concedente do estágio:


I – celebrar Termo de Compromisso com a instituição de

Cartilha Esclarecedora sobre a Lei do Estágio – Lei nº 11.788/2008


ensino e o educando, zelando por seu cumprimento;
II – ofertar instalações que tenham condições de pro-
porcionar ao educando atividades de aprendizagem so-
cial, profissional e cultural, observando o estabelecido na
legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho;
(art. 14 da Lei nº 11.788/2008)
III – indicar funcionário do quadro de pessoal, com for-
mação ou experiência profissional na área de conheci-
mento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar
e supervisionar até dez estagiários simultaneamente;
IV – contratar em favor do estagiário seguro contra aci-
dentes pessoais, cuja apólice seja compatível com valores
de mercado, conforme fique estabelecido no termo de
compromisso;
V – por ocasião do desligamento do estagiário, entregar
termo de realização do estágio com indicação resumida
das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação
de desempenho;
VI – manter à disposição da fiscalização documentos que
comprovem a relação de estágio;
VII – enviar à instituição de ensino, com periodicidade
mínima de seis meses, relatório de atividades, com vista
obrigatória ao estagiário. (art. 9º da Lei nº 11.788/2008)

13
15. Qual a duração permitida para a jornada diária de
estágio?
Segundo a lei vigente, a jornada do estagiário será defini-
da de comum acordo entre a instituição de ensino, a parte
concedente (a empresa) e o aluno ou seu representante
legal (em caso de menores de 18 anos) e deverá constar
do Termo de Compromisso de Estágio. Deverá ser com-
patível com as atividades escolares e respeitar os seguin-
Cartilha Esclarecedora sobre a Lei do Estágio – Lei nº 11.788/2008

tes limites:
a) quatro horas diárias e vinte horas semanais, no caso
de estudantes de educação especial e dos anos finais
do ensino fundamental, na modalidade profissional
de educação de jovens e adultos;
b) seis horas diárias e trinta horas semanais, no caso de
estudantes do ensino superior, da educação profissio-
nal de nível médio e do ensino médio regular;
c) oito horas diárias e quarenta horas semanais, no caso
de cursos que alternam teoria e prática, nos períodos
em que não estão programadas aulas presenciais, des-
de que esteja previsto no projeto pedagógico do curso
e da instituição de ensino. (art. 10 da Lei nº 11.788/
2008)

16. Como deve ser feita a concessão dos descansos du-


rante a jornada do estágio?
As partes devem regular a questão de comum acordo no
Termo de Compromisso de Estágio. Recomenda-se a ob-
servância de período suficiente à preservação da higidez
física e mental do estagiário e respeito aos padrões de ho-
rário de alimentação – lanches, almoço e jantar. O perío-
do de intervalo não é computado na jornada.

14
17. Nos dias de prova poderá haver redução da jorna-
da?
Sim. Se a instituição de ensino adotar verificações de
aprendizagem periódicas ou finais, nos períodos de ava-
liação, a carga horária do estágio será reduzida à metade,
segundo o estipulado no Termo de Compromisso de Es-
tágio. Nesse caso, a instituição de ensino deverá comuni-
car à parte concedente do estágio, no início do período

Cartilha Esclarecedora sobre a Lei do Estágio – Lei nº 11.788/2008


letivo, as datas de realização de avaliações escolares ou
acadêmicas. (§2º do art. 10 da Lei nº 11.788/2008)

18. Qual o prazo de duração do estágio?


Até dois anos, para o mesmo concedente, exceto quando
se tratar de estagiário portador de deficiência. (art. 11 da
Lei nº 11.788, de 2008)

19. Quando o estágio será necessariamente remune-


rado?
Para o estágio não obrigatório é compulsória a concessão
de bolsa ou outra forma de contraprestação que venha
a ser acordada, bem como a concessão do auxílio-trans-
porte. Para o estágio obrigatório, a concessão de bolsa ou
outra forma de contraprestação e auxílio-transporte é fa-
cultativa. (art. 12 da Lei nº 11.788/2008)

20. O que é o auxílio-transporte?


É uma concessão pela instituição concedente de recursos
financeiros para auxiliar nas despesas de deslocamento
do estagiário ao local de estágio e seu retorno, sendo op-
cional quando se tratar de estágio obrigatório e compul-
sório quando estágio não obrigatório. Essa antecipação
pode ser substituída por transporte próprio da empresa,
sendo que ambas as alternativas deverão constar do Ter-
mo de Compromisso.
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21. O valor da bolsa-estágio ou equivalente é ­definido
e de responsabilidade de quem?
Essa é uma obrigação legal da concedente do estágio, a
quem cabe definir o valor e a forma de pagamento.

22. As ausências do estagiário podem ser descontadas


do valor da bolsa-estágio?
Sim. A remuneração da bolsa-estágio pressupõe o cum-
Cartilha Esclarecedora sobre a Lei do Estágio – Lei nº 11.788/2008

primento das atividades previstas no Termo de Com-


promisso do Estágio. Ausências eventuais, devidamente
justificadas, poderão ser objeto de entendimento entre as
partes (poderão ou não gerar desconto). Ausências cons-
tantes, no entanto, poderão gerar a iniciativa da parte
concedente para a rescisão antecipada do contrato.

23. A parte concedente poderá disponibilizar benefí-


cios ao estagiário?
A empresa poderá voluntariamente conceder ao estagiá-
rio outros benefícios, como: alimentação, acesso a plano
de saúde, dentre outros, sem descaracterizar a natureza
do estágio. (§1º do art. 12 da Lei nº 11.788, de 2008)

24. De que forma poderá ser concedido o recesso ao


estagiário?
Considerando que o estágio poderá ter duração de até 24
meses, e no caso de pessoa com deficiência não há limite
legal estabelecido, entende-se que dentro de cada período
de 12 meses o estagiário deverá ter um recesso de 30 dias,
que poderá ser concedido em período contínuo ou fracio-
nado, conforme estabelecido no Termo de Compromisso.
O recesso será concedido, preferencialmente, durante o
período de férias escolares e de forma proporcional em
contratos com duração inferior a 12 meses. (art. 13 da Lei
nº 11.788/2008)
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25. Quando o recesso será remunerado?
Sempre que o estagiário receber bolsa ou outra forma de
contraprestação. (§1º do art. 13 da Lei nº 11.788/2008)

26. O que é o Termo de Compromisso?


O Termo de Compromisso é um acordo tripartite cele-
brado entre o educando, a parte concedente do estágio e a
instituição de ensino, prevendo as condições de adequa-

Cartilha Esclarecedora sobre a Lei do Estágio – Lei nº 11.788/2008


ção do estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa e
modalidade da formação escolar do estudante e ao horá-
rio e calendário escolar.

27. O que deve constar no Termo de Compromisso?


Devem constar no Termo de Compromisso todas as cláu-
sulas que nortearão o contrato de estágio, tais como:
a) dados de identificação das partes, inclusive cargo e
função do supervisor do estágio da parte concedente
e do orientador da instituição de ensino;
b) as responsabilidades de cada uma das partes;
c) objetivo do estágio;
d) definição da área do estágio;
e) plano de atividades com vigência; (parágrafo único
do art. 7º da Lei nº 11.788/2008);
f) a jornada de atividades do estagiário;
g) a definição do intervalo na jornada diária;
h) vigência do Termo;
i) motivos de rescisão;
j) concessão do recesso dentro do período de vigência
do Termo;
k) valor da bolsa, nos termos do art. 12 da Lei
nº 11.788/2008;
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l) valor do auxílio-transporte, nos termos do art. 12 da
Lei nº 11.788/2008;
m) concessão de benefícios, nos termos do § 1º do art. 12
da Lei nº 11.788/2008;
n) o número da apólice e a companhia de seguros.

28. O Termo de Compromisso de Estágio pode ser


rescindido antes do seu término?
Cartilha Esclarecedora sobre a Lei do Estágio – Lei nº 11.788/2008

Sim. O Termo de Compromisso pode ser rescindido uni-


lateralmente pelas partes e a qualquer momento.

29. O estagiário tem direito ao seguro contra acidentes


pessoais? Qual a cobertura do seguro?
Sim. A cobertura deve abranger acidentes pessoais ocor-
ridos com o estudante durante o período de vigência do
estágio, 24 horas/dia, no território nacional. Cobre morte
ou invalidez permanente, total ou parcial, provocadas por
acidente. O valor da indenização deve constar do Certi-
ficado Individual de Seguro de Acidentes Pessoais e deve
ser compatível com os valores de mercado.

30. Quantos estagiários a parte concedente pode con-


tratar?
Quando se tratar de estudantes de ensino médio não
profissionalizante, de escolas especiais e dos anos finais
do ensino fundamental, na modalidade profissional da
educação de jovens e adultos, o número máximo de es-
tagiários por estabelecimento concedente será calculado
em relação ao quadro de pessoal da parte concedente do
estágio nas seguintes proporções:
I – de um a cinco empregados: um estagiário;
II – de seis a dez empregados: até dois estagiários;

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III – de onze a vinte e cinco empregados: até cinco
estagiários;
IV – acima de vinte e cinco empregados, até vinte por
cento de estagiários.

Observação: no caso de filiais ou vários estabelecimentos, o


cálculo será realizado para cada um deles. Caso resulte em
fração, poderá ser arredondado para o número inteiro ime-
diatamente superior. (art. 17 da Lei nº 11.788/2008)

Cartilha Esclarecedora sobre a Lei do Estágio – Lei nº 11.788/2008


31. O que é considerado quadro de pessoal para efeito
do cálculo do número de estagiários?
Quadro de pessoal é o conjunto de trabalhadores empre-
gados existentes no estabelecimento do estágio. (§1º do
art. 17 da Lei nº 11.788/2008)

32. Qual o percentual de vagas assegurado a pessoas


com deficiência?
Quando se tratar de estudantes de ensino médio não pro-
fissionalizante, de escolas especiais e dos anos finais do
ensino fundamental, na modalidade profissional da edu-
cação de jovens e adultos, é assegurado o percentual de
dez por cento das vagas oferecidas pela parte concedente
do estágio. (§5º do art. 17 da Lei nº. 11.788/2008)

33. Os contratos de estágio firmados antes da publi-


cação da Lei nº 11.788/2008 podem ser prorroga-
dos?
Os contratos realizados antes do início da vigência des-
ta lei podem ser prorrogados apenas se ajustados às suas
disposições. (art. 18 da Lei nº 11.788/2008)

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34. Quais as providências e documentos necessários à
comprovação da regularidade do estágio?
a) o termo de compromisso de estágio, devidamente as-
sinado pela empresa concedente, pela instituição de
ensino e pelo aluno;
b) o certificado individual de seguro de acidentes pessoais;
c) comprovação da regularidade da situação escolar do
estudante;
Cartilha Esclarecedora sobre a Lei do Estágio – Lei nº 11.788/2008

d) comprovante de pagamento da bolsa ou equivalente e


do auxílio-transporte; e
e) verificação da compatibilidade entre as atividades de-
senvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo
de compromisso.

35. Qual a conseqüência prevista para a parte conce-


dente no descumprimento da Lei nº 11.788/2008?
A manutenção de estagiários em desconformidade com
esta lei caracteriza vínculo empregatício do educando
com a parte concedente do estágio para todos os fins da
legislação trabalhista e previdenciária. (§ 1º do art. 15 da
Lei nº 11.788/2008)

36. Qual a penalidade prevista para a parte conceden-


te quando reincidir no descumprimento da Lei nº
11.788/2008?
A concedente ficará impedida de receber estagiários por
dois anos, contados da data da decisão definitiva do pro-
cesso administrativo correspondente, limitando-se a pe-
nalidade ao estabelecimento em que foi cometida a irre-
gularidade. (§1º do art. 15 da Lei nº 11.788/2008)

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37. Como se dá a aplicação da legislação relacionada
à saúde e segurança do trabalho para os contratos
de estágio?
Devem ser tomados os cuidados necessários para a pro-
moção da saúde e prevenção de doenças e acidentes,
considerando, principalmente, os riscos decorrentes de
fatores relacionados aos ambientes, condições e formas
de organização do trabalho.

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Legislação
Orientação Normativa nº 7, de 30 de outubro de 2008
Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008
Lei nº 6.494, de 7 de dezembro de 1977
Lei nº 8.859, de 23 de março de 1994
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