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PREFÁCIO
A partir de 1986, visitas de pesquisas foram iniciadas na Holanda e por toda a América
Latina. Os custos foram auto-financiados. Com a ajuda voluntária e o apoio técnico do Dr.
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Raymundo Brinks, Dr. Johan Hegeman, Dr. Jan Jongeneel e do Dr. Sidney Rooy, o
manuscrito foi preparado em inglês. Georgina Rebeca Aquino e Paulina Aquino, estudantes
mexicanas no Dordt College (Sioux Center, Iowa) traduziram a maior parte do manuscrito
para o espanhol. Eufemio Ricardo ajudou com o capítulo 3 e o Dr. Ismael Quintero foi o leitor
final.
Pela motivação dada pelo Dr. Bill Iverson, a pesquisa foi apresentada para o Ph.D. em
Pensamento Cristão da American University of Biblical Studies (Atlanta). O comitê de
revisão era formado pelos Drs. Dean Beal (Cruzada Estudantil), Ricardo Ramsay (FLET), e
Daniel Levi (LAM). A entrevista final foi em 17 de Novembro de 2001. O capítulo 5 é o
produto das discussões desta reunião. Por fim, a dissertação foi apresentada e aceita no dia 8
de Março de 2002, na presença do Dr. Iverson, Dr. Mark Gutzke, Dr. Thomas A. McIntire e
um grupo de estudantes de doutorado.
Estou mais que agradecido pelo apoio espiritual e pessoal de minha esposa, Sandra.
Nossos filhos: Jonathan, Katrina e Melinda nasceram no começo destes estudos e ainda vêem
seu pai investigando e escrevendo sobre este tema. Eles têm razão ao dizer: “Papai nunca vai
terminar de escrever sua tese”.
Minha mãe, Gertrude Hegeman e minha sogra, Katrine Slotegraaf, não podem ler o
manuscrito em espanhol, mas por sua fé e vida cristã têm sido parte da formação de uma visão
para uma reforma espiritual nas Américas.
Por fim, que o Deus Trino seja glorificado em tudo, que as igrejas sejam edificadas e a
missão realizada em cada área da vida, segundo a Grande Comissão.
“E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas
as nações. Então, virá o fim”. (Mateus 24.14).
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ÍNDICE
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1
1.1. INTRODUÇÃO
1.2. CRISTANDADE IBEROAMERICANA E MOVIMENTOS
DE REFORMA DA IGREJA CATÓLICA ROMANA NA ALC (1492-1971)
1.2.1. Introdução
1.2.2. Reforma social
1.2.3. Reforma teológica
1.2.4. Reforma eclesiástica
1.2.5. Conclusão
1.3. CRISTANDADE IBEROAMERICANA E MOVIMENTOS DE
REFORMA NAS COLÔNIAS E REPÚBLICAS NA ALC (1791- 1916)
1.4. CONCLUSÃO
CAPÍTULO 2
2.1. INTRODUÇÃO
2.2. A REFORMA DE GENEBRA E A EXPEDIÇÃO DE
VILLEGAIGNON AO FORTE COLIGNY, BRASIL (1555 -1567)
2.2.1. Introdução
2.2.2. A expedição de Villegaignon ao forte Coligny
2.2.3. Conclusão
2.3. IGREJAS REFORMADAS E MISSÕES NA ALC (1555-
1916)
2.3.1. Introdução
2.3.2. Igrejas e missões francesas reformadas (1555-1916)
2.3.2.1 Introdução
2.3.2.2.Flórida (1562-1565)
2.3.2.3. Guaiana Francesa (1624-1916)
2.3.2.4. Haiti (1626-1652)
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CAPÍTULO 3
3.1. INTRODUÇÃO
3.2. PRESBITERIANOS NO CARIBE
(1609-1916)
3.2.1. Introdução
3.2.2. Presbiterianos ingleses, irlandeses e escoceses no Caribe (1609-
1916).
3.2.2.1. Introdução
3.2.2.2. Bermudas (1609-1916)
3.2.2.3. Antígua e Bahamas (século 17- 1916)
3.2.2.4. Jamaica e Ilhas Caimã (1800-1916)
3.2.2.5. Granada (1830-1916)
3.2.2.6. Trindade (1836-1916)
3.2.2.7. Conclusão
3.2.3. Presbiterianos dos Estados Unidos no Caribe (1750-1916)
3.2.3.1. Introdução
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CAPÍTULO 4
ANÁLISE MISSIOLÓGICA
4.1. INTRODUÇÃO
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CAPÍTULO 5
5.1. INTRODUÇÃO
5.2. MISSÃO PARA OS POVOS E A MANUTENÇÃO DA
IGREJA
5.2.1. Introdução
5.2.2. Manutenção da Igreja Reformada e Missões para os povos na
ALC
5.2.3. Manutenção da Igreja Presbiteriana e Missões para os povos na
ALC
5.2.4. Conclusão
5.3. RECONCILIAÇÃO ENTRE IGREJA E MISSÃO
5.3.1. Introdução
5.3.2. Reafirmação da unidade do trabalho no reino
5.3.3. Arrependimento da prática de teologia pecaminosa
5.3.4. Responsabilidade de cumprir com a Grande Comissão
5.3.5. Conclusão
5.4. CONCLUSÃO
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APÊNDICE
BIBLIOGRAFIA
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INTRODUÇÃO
Cristãos de caráter teológico reformado têm chegado à América Latina e Caribe (ALC)
desde o ano de 1528. Agora, 485 anos mais tarde, a reforma continua por toda a ALC.
Algumas nações, tais como Brasil e México, já têm igrejas e missões dinámicas. Em outras
nações, o testemunho reformado quase desapareceu. O que aconteceu?
A segunda razão pela qual o tema sob consideração não é bem conhecido é porque o
movimento reformado é muito pequeno na ALC. Por fim, as histórias das igrejas e missões, as
estatísticas sobre as igrejas, os missionários e os projetos, tais como a documentação de
eventos culturais, históricos e religiosos ajudará na colaboração para a pesquisa acadêmica.
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Os principais estudos sobre o protestantismo dessa época são: M. Aires, Protestantismo en Latino América,
(l981); G. Báez-Camargo, “Evangelical Faith and Latin American Culture,” The Ecumenical Era in Church and
Society (1959), pp. 126-147; Pierre Bastian, Historia del protestantismo en América Latina (l989); P.
Damboriena, El protestantismo en América latina (l962-l963); Pablo Deiros A., Historia del Cristianismo en
América Latina (1992); H. H. Prien, Die Geschichte des Christentums in Latein-Amerika (l978); J.H. Sinclair,
Protestantismo in Latin America: a Bibliographical Guide (l967).
2
No final do século 19, e no principio do século 20, vários estudos históricos e analíticos foram feitos: John
MacKay, The Validity of Protestant Missions in Latin America (s.f.); That Other America (l935); Robert Speer,
Missions in South America; South American Problems (l912); Coble, A.O. The Justification of Protestant
Missionary Work in South America (1940).
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subcategorias particulares. Elas respondem perguntas básicas, tais como: Como? Quando?
Onde? Por que? O que? Quem? Tal metodologia interrogativa foi usada pelo missionário
pioneiro holandês, professor Gisbertus Voetius (1580-1676), um dos fundadores da primeira
universidade protestante na Europa, a Universidade de Utrecht, e que foi, ademais, um grande
promotor para as missões reformadas internacionais3.
Quem vai? Sinaliza à(s) pessoa(s) ou ao grupo de pessoas que realiza a atividade
missionária. A partir da ótica tradicional, eles são missionários internacionais. Entretanto, os
missionários nacionais devem ser reconhecidos e não só “os de olhos azuis e pele branca”.
A quem? Fala das pessoas que são os recipientes das atividades missionárias. Termos
tais como pagãos, ímpios, selvagens e não-civilizados tem sido trocado por designações tais
como povos não-alcançados, população nativa, nacional ou recipientes.
Os meios para realizar a missão são parte da pergunta: como? Os meios são distintos
para cada igreja e missão. Há muita variedade nas diferentes épocas históricas. Os meios
utilizados incluem atividades tais como as conquistas militares, o controle e a influência
política, os negócios mercantis, a formação educativa ou outras atividades culturais.
3
Jan A.B. Jongeneel, Missiologie: Zendingswetenschap (l986), p. 120; “De Protestantse Missionaire Beweging
tot 1789”; Oecumenische Inleiding in the Missiologie; Voetius’ Zendingstheologie. De Eerste Comprehensieve
Protestantse Zendingstheologie (l989), p. 6. “The Missiology of Gisbertus Voetius,” “The First Comprehensive
Protestant Theology of Missions,” Calvin Theological Journal, 26.1., (abril, 1991), pp. 47-79; Van Oort, et al.,
De Onbekende Voetius (l989). As seis perguntas de Voetius são: 1) Quem envia? 2) A quem são enviados? 3) De
onde são enviados? 4) Que tipo de pessoas são enviadas? 5) Como são enviados? e 6) A que coisas deve o
missionário prestar atenção? Jongeneel, op. cit., p. 55.
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0.1.3. Estrutura
A maioria dos recursos se encontra nos arquivos e nas bibliotecas associadas com os
pastores, missionários e igrejas locais. As igrejas presbiterianas no Brasil, Chile, Colombia,
Guatemala, México e, em geral, onde a igreja presbiteriana nacional se tem estabelecido, tem
seus próprios arquivos e recursos bibliotecários.
A obra monumental de David Barrett, World Christian Encyclopedia (1982), foi usada
como um padrão geral para a informação sobre as igrejas nacionais. O historiador Justo
Gonzalez, cujas obras em espanhol foram traduzidas para o inglês é uma autoridade
reconhecida em história da igreja e missões na ALC. Nem os presbiterianos, nem os
reformadores, têm um historiador e missiológo principal para ALC. Há autores que são
experts na reforma em sua região ou nação.
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12
A tradução da tese do inglês para o português significa que a maior parte da pesquisa
foi realizada com recursos ingleses. Quando há uma contraparte em espanhol, esta edição não
tratou de mudar a citação para a versão em espanhol. Esta tarefa fica para futuras edições.
Este estudo usa as siglas ALC (América Latina e Caribe) para designar todo o Caribe,
México, América Central e América do Sul. Estas siglas têm limitações, sendo que há vários
países na América do Sul e Caribe que não são latinos. Entretanto, identificações mais
inclusivas não foram encontradas.
O acúmulo de bibliografia para este estudo implica uma coleta extensiva de materiais
que está arquivada no escritório do autor. Ademais, durante o tempo de pesquisa (1985-2000)
o autor pode visitar e fazer pesquisas particulares na Argentina, Aruba, Brasil, Chile,
Colombia, Cuba, Curaçao, República Dominicana, Grand Caiman, Haiti, México, Peru, Porto
Rico e Venezuela.
0.1.6. Bibliografia
0.2. CONCLUSÃO
O autor viajou a várias nações entre 1980-2000 para fins de pesquisa. Pela boa
participação dos mentores, das pessoas que leram, e sobretudo de todos os líderes das igrejas
nacionais e agências missionárias, o estudo teve êxito. O acesso livre às bibliotecas
denominacionais, institucionais e pessoais foi de grande proveito. Este estudo histórico e
missiológico tem a necessidade de ser constantemente revisado e ampliado. Deixo esta
responsabilidade a meus alunos.
4
Os nomes ingleses para St. Eustatius, St. John, St. Kitts, St. Lucia, St. Martin e St. Thomas são preservadas em
ingles para não confudir com outros lugares.
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CAPÍTULO 1
1.1. INTRODUÇÃO
O capítulo 1 está dividido de acordo com as três maiores eras na ICR e sua história
missionária na ALC: 1) a era da cristandade ibérica (1492-1791); 2 a era da cristandade
colonial (1791-1962); e 3) a era pluralista e ecumênica do pós Vaticano III (1962-...) 5. Será
enfatizado o esforço de reforma feito no final do século XV e durante a primeira metade do
século XVI. A reforma protestante ainda não se havia estabelecido na ALC durante esse
período, porém em 1520, a reforma começou a ser mais institucionalizada na Europa.
Enquanto isso, na ALC, os primeiros “luteranos” se estabeleceram na Venezuela em 1528 e os
huguenotes franceses vagaram pelo mar caribenho e pelas costas ao leste norteamericano
durante os mesmos anos.
1.2.1. Introdução
5
Resumo geral extraído de La Historia de la Iglesia en América Latina (1981). Dussel começa a segunda era em
1808, enquanto que este estudo coloca o início das revoluções nacionais na ALC com a revolução do Haiti em
1791.
6
Os britânicos chegaram ao Caribe no início do século XVII: Bermudas (1609), Barbados (1626), Belice (1638),
Jamaica (1655), Trinidad (1797), Granada (1783). Veja Justo González, Historia..., pp. 142,189, 209-211; David
Barrett (ed.) World Christian Encyclopedia (1982), pp. 162, 174, 335, 417, 678; Jean Bastian, op. cit., pp. 23-24.
Os holandeses chegaram a Curazao em 1634 e ao Suriname em 1668. Jan M. van der Linde, Surinaamse
Suikerheren en hun Kerk (1966), pp. 13s. y A.H. Algra, Disperrert Niet vol. 5 (Franeker, s.f.), pp. 278-281. Los
daneses llegaron a St. Kitts, St. Thomas, y St. John. Véase K.S Latourette, The Great Century: The Americas,
Australia and Africa, vol. 5 (1978), p. 49. Os franceses tomaram Martinica, Guadalupe. Os huguenotes franceses se
instalaram en St. Thomas, St. Kitts, Suriname, Guaiana Britânica e Guaiana Francesa. González, op. cit., pp. 142s
13
14
Ademais, nessa seção se dará uma pequena introdução aos esforços da reforma dentro
da ICR na ALC.
14
15
“O primeiro índio que foi assassinado depois de ser batizado, foi um chamado
Gauticava, que depois recebeu o nome de João. Ele foi o primeiro cristão que sofreu uma
morte cruel, e estou seguro que foi martirizado. Pois fiquei sabendo por meio daqueles que
testemunharam sua morte que ele disse: “Dios naboria daca, Dios naboria daca” que
significa “Eu sou servo de Deus” .11
Terão estas conversões sido forçadas, ou terão sido conversões que realmente
inclinaram os índios a louvar, proclamar e servir ao Deus cristão? Gonzales escreve sobre o
chefe indígena de Cuba, Hatuey, a quem foi oferecida uma pretensa redução em sua pena de
morte no fogo para a morte imediata, se ele aceitasse o batismo católico para ir para o céu.
Hatuey perguntou se encontraria espanhóis no céu. Ele disse que preferia não ir lá. Las Casas
e outros protestaram contra os batismos forçados e formas violentas de evangelização12.
“Eu me pergunto se os mais de 400.000 índios mortos não eram seres humanos. Eles
não tinham uma alma? Eles não eram também filhos de Deus? Por que as explorações e os
assassinatos são hoje justificados e celebrados como se fossem um resumo do trabalho de uma
época e não algo que foi feito por maus cristãos?” 13
“Uma das principais produções literárias, junto com a Historia de las Indias (1547) de
Bartolomeu de Las Casas, foi Doctrina Cristiana para la instrucción e información de los
indios por manera de historia (1544) de Pedro de Córdoba (1482-1521). Ambos – Las Casas
(1474-1566) e Córdoba, juntamente com Antônio de Montesinos (? - 1528) - protestaram
vigorosamente contra o trato dos colonizadores aos indígenas.
Um dos principais objetivos dos protestos dos reformadores era a encomenda, “um
sistema semi-feudal de tributo no qual os nativos eram distribuídos como servos aos
espanhóis”. Las Casas enfrentou e discutiu com as autoridades espanholas sobre a abolição
das encomendas. Sua petição foi concedida por Carlos V em 1542, mas foi revogada para
apaziguar o protesto dos colonizadores espanhóis em 1545. Las Casas e outros continuaram a
lutar pela reforma social. 14
15
16
significativo do cristianismo católico na ALC. Talvez tenha sido a comunidade cristã mais
semelhante ao protestantismo.15
“Eu vou para o reino, sim; mas não por causa de meus méritos, porque eu sou o chefe
dos pecadores, mas por causa dos méritos de Jesus Cristo.”16
Assim, o catolicismo do século XVI e início do século XVII oferecia uma ampla
motivação para a missão: ainda que fosse uma mistura de imperialismo (Colombo), ou que
fosse para evangelismo (Córdoba), ou um apoio aos direitos dos Índios (Las Casas) ou uma
combinação destas três coisas. O corajoso testemunho apresentado por heróicos missionários,
que arriscaram suas vidas e sua vocação para evangelizar, não pode ser usado pela ICR como
justificativa para o seu primeiro empreendimento cristão. Muitos dos missionários eficientes
da ICR foram uma exceção dentro da ICR e foram decisivos em suas práticas. Era muito mais
comum a igreja tradicional e os poderes do Estado extinguirem genuínos esforços de reforma
do que promovê-los durante os séculos XVI e XVII, como é evidente nas reduções.
15
Titus G. Funk, “Jesuitas y menonitas: dos modelos asincrónicos de obra misionera integral en el Paraguay,”
Boletín Teológico (41), pp. 31s.
16
Daniel Monti, Presencia del protestantismo en el Río de la Plata durante el siglo XIX (1969), p. 28.
17
Gonzalo Báez-Camargo, “Evangelical Faith and Latin American Culture,” The Ecumenical Era in Church and
Society (Edward Jurij, ed.), (1959), p. 34. G. Báez-Camargo, “The Earliest Protestant Missionary Venture in
Latin America,” Church History XXI (1952), p. 135. Os escritos de Las Casas, Vitoria, e Zumárraga foram
proibidos em algumas regiões pela Inquisição. González, La Era de los Conquistadores (1980), pp. 63, 67.
Véase José Toribio Medina, Historia del tribunal de santo oficio de la inquisición en México (1905), e Bastian,
op. cit., pp. 15-16; González, Historia..., pp. 144-163. Em 1569, o Santo ofício da Inquisição se estabeleceu no
México, e Perú, John MacKay, The Other Spanish Christ (1932), pp. 49-51. G. Báez-Camargo, Protestantes
Enjuiciados por la Inquisición en Ibero América (1960); Camargo reporta que durante os séculos XVI e XVII,
houve 310 julgamentos, e 58 casos de suspeita foram julgados pela Inquisição. Houve 27 execuções. Richard
Greeleaf, “The Mexican Inquisition and the Enlightenment,” New Mexico Historical Review XLI, 3, (1966), p.
190.
16
17
“O grande despertar evangélico - como talvez possa ser chamado - da alma ibérica no
século XVI foi então esmagado por uma combinação fatal de adversários - a coalizão do
absolutismo eclesiástico e imperialista, da qual a Inquisição foi uma ferramenta bem-
sucedida; o crescimento da ordem dos jesuítas e a poderosa contra-reforma que eles
lideraram; a expulsão dos mouros e judeus que selou o destino da liberdade religiosa na
península; e a severa irrevogabilidade do Concílio de Trento em questões de ordem e fé.”19
“Diga-me, com que direito ou justiça eles mantêm esses índios em servidão tão cruel e
horrível?... Por que eles os mantêm tão oprimidos e fatigados, sem lhes dar o suficiente para
comer e sem cuidar deles em suas doenças? Com o trabalho excessivo que exigem deles,
adoecem e morrem, ou melhor, vocês os matam com o desejo de extrair e adquirir ouro todos
os dias ... Eles não são homens? Eles não têm almas racionais? Não sentem a necessidade de
amá-los como amam a si mesmos? Estejam certos de que, em um estado como este, eles não
podem ser mais salvos do que os mouros ou os turcos.”21
17
18
argumentou que a evangelização dos índios poderia ser feita sem violência. 23 Las Casas
trabalhou para erradicar as opressivas encomendas, que eram comunidades nas quais os índios
eram forçados a trabalhar e aprender a doutrina católica. 24 Ele ensinou que as pessoas eram
iguais e não nasceram escravas por natureza, como foi deduzido da doutrina aristotélica do
homem sobre a escravidão.25 Las Casas continuou sua luta contra os abusos do colonialismo
espanhol, através de escritos e comunicação pessoal até sua morte. Após sua morte, seus
trabalhos literários foram proibidos em alguns países da América Latina, como o Peru. Em
meados do século seguinte, a Inquisição proibiu seus escritos na Espanha.26
Apesar de seus esforços em favor dos índios, Las Casas não era um grande herói aos
olhos dos afro-americanos. Las Casas recomendou que os africanos fossem trazidos para o
Novo Mundo para substituir os trabalhadores indigenas mais fracos. Depois que Las Casas
viu o horrível abuso de escravos africanos, ele lamentou sua perspectiva anterior.27
Uma terceira voz de protesto contra os abusos da conquista no século XVI surgiu de
Francisco de Vitória (morto em 1575), líder da Universidade de Salamanca na Espanha.
Francisco de Vitória estava preocupado em definir os direitos dos colonizadores e os direitos
dos índios no Novo Mundo. Ele escreveu sete posições em favor dos índios e sete posições
em favor dos conquistadores. A seguir, alguns pontos de vista expressos em suas posições.
A primeira tese tratava dos direitos dos índios de possuir terras, possuir suas próprias
casas e tomar conta de seus assuntos como sociedade. Vitória argumentou em favor do direito
dos índios de tomar conta de seus próprios assuntos. As razões do pecado mortal, idolatria e
insuficiências mentais dadas pelos conquistadores para tomar conta dos assuntos dos índios
foram desafiados por ele.28
A segunda tese desafiou a autoridade do Papa de exercer sua autoridade sobre assuntos
não cristãos e seculares. O Papa só deve exercer autoridade sobre questões cristãs e
espirituais. Segundo Vitória, a guerra santa contra os índios não se justificava só porque os
índios não criam no que os católicos criam.29
23
González, La Historia..., p. 62.
24
Stephen Neill, A History of Christian Missions (1975), p. 172; Dussel, op. cit., p. 86.
25
F. Du Base, ed., Classics of Christian Mission (1979), p. 213.
26
González, La Era..., p. 63.
27
Carlos Deive, La Esclavitud del Negro en Santo Domingo (1980), p. 61.
28
González, La Era..., p. 64.
29
Ibid., p. 65.
30
Ibid.
31
Ibid.
18
19
Será que os índios realmente pediram que os espanhóis fossem senhores sobre eles,
como alguns afirmaram? Vitória questionou a dinâmica das opções sugeridas.34
Vitória também deu sete razões para apoiar a conquista e o uso de armas. Isso se
justificava quando outros direitos precisavam ser garantidos, como viajar, negociar, existir
como igreja cristã, impedir que os índios se matassem e mediar conflitos entre tribos sempre
que se pedisse. A ordem espanhola exercida sobre os índios era aceitável se os índios
pedissem ou se se mostrassem incapazes de manter a ordem.35
O reconhecimento de alguns dos direitos dos índios teria reduzido alguns aspectos da
violência e os abusos contra eles, mas Francisco de Vitória continuou a justificar o progresso
da conquista da ALC.36
A aliança entre a ICR e os conquistadores não era exatamente santa por causa dos
meios injustos usados para sujeitar índios, africanos e protestantes ao sistema religioso, social
e econômico dos colonizadores ibéricos. Os reformistas já mencionados, juntamente com
outros, mostram que havia uma consciência social entre uma minoria dos líderes na igreja,
embora a igreja como instituição hierárquica demorasse a implementar mudanças concretas.40
41
González, La Era…, pp. 122-126.
42
Gerald. M. Costello, Mission to Latin America (1979), p. 20; Dussel, op. cit., p. 59.
43
Alfred Metraux, Voodoo in Haiti (1959); George Eaton Simpson, Black Religions in the New World (1978);
William Madsen, Christo-Paganism: A Study of Mexican Religious Syncretism (1957); Dussel, op. cit., pp. 82-
86.
44
Gerald Costello, op. cit. (1979), pp. 23-25.
20
21
45
González, La Era.., p. 93; La Historia..., pp. 146, 149.
46
Báez-Camargo, Protestantes Enjuiciados...; Richard Greenleaf, “The Mexican Inquisition and the
Enlightenment,” New Mexico Historical Review XVI, 3, (1966), p. 190.
47
Antonio Camilo González, El Marco Histórico de la Pastoral Dominicana (1983).
21
22
Uma vez que as doutrinas básicas da reforma protestante não foram aceitas na ICR,
aqueles que as sustentavam foram assassinados ou expulsos, ou quando era possível se uniam
às igrejas protestantes em territórios protegidos.
A autoridade romana tinha o controle direto sobre a ICR nas ilhas de fala francesa. Nas
colônias espanholas estabeleceu-se o sistema do patrocínio, pelo qual o governo espanhol
estava encarregado da ICR e de suas missões.
1.2.5. Conclusão
A reforma dentro da ICR foi mais social que teológica e eclesiástica. A reforma social
de ordens religiosas, missionários e leigos teve um profundo efeito na ALC.
48
Báez-Camargo, op. cit., p.138. Espiritismo é uma descrição mais elaborada da atividade sobrenatural dos
índios e religiões nativas da África, do que paganismo. O animismo sofre de tendências evolucionistas. O
primitivismo não faz justiça às práticas contemporâneas de atividades similares.
49
Madsen, op. cit., pp. 105-180. Louis Luzbetak, The Church and Cultures (1981), p. 7.
22
23
Visto que não era possível à ICR responder às vastas necessidades religiosas e
culturais da América Latina, o pluralismo cultural se converteu numa questão crucial para as
novas repúblicas durante as guerras de independência e a adoção de suas novas constituições.
Em alguns países, a ICR reteve o privilégio de ser a religião do Estado, mas sua influência
política foi grandemente limitada. O desejo pelo retorno da uniformidade na cultura ibérica
continua sendo hoje em dia um forte tema entre os católicos romanos na ALC. As guerras por
independência e a intrusão do protestantismo são vistas como parte do caráter ocidental
europeu e norteamericano, colonial e neocolonial.50
Isso também significa que a Igreja latino-americana iniciou uma relação direta com
Roma, um contato que foi interrompido pelo sistema de Patronato, que por sua vez permitiu
50
Dussel, op. cit., pp. 132-133.
51
Veja Arnoldo Canclini, Diego Thomson (1986).
52
Dussel, op. cit., p.66.
23
24
uma abertura não só para a Europa, mas para todo o mundo, enquanto os vestígios do império
espanhol foram abandonados.53
1.4. CONCLUSÃO
24
25
Motivação da missão. A motivação das missões da ICR dos séculos XVI e XVII está
resumida na frase usada por Justo Gonzales, “a cruz e a espada”. A submissão ao dogma e à
liderança católica romana foi considerada tão importante que a Inquisição foi estabelecida
para garantir isso em 1569. No entanto, líderes religiosos escrupulosos como Las Casas e
Montesinos protestaram contra o uso da espada para a evangelização.
Os séculos XVIII e XIX podem ser rotulados como “a cruz e a constituição”. Apesar
do pequeno número de sacerdotes e do declínio da influência da ICR na América Latina e
Caribe, ele conseguiu manter sua condição de religião oficial do estado constitucionalmente
reconhecida na maioria das colônias hispânicas formadas na ALC. Tal reconhecimento foi
contestado, pois as colônias enfraqueceram, mas mantiveram a enunciação das constituições
nacionais. Apesar da influência política progressista nos países hispânicos, a liberdade de
religião foi concedida à maioria dos países.
25
26
CAPÍTULO 2
2.1. INTRODUÇÃO
2.1. Introdução
54
Samuel Vila explica que Carlos V tinha dívidas com famílias como os Chigis, os Fuggers, e os Welsers. Para
pagar ao banqueiro Welser, ele lhe deu parte da Venezuela. O governador, de Darien e Bálzares, segundo Vila,
tinha sentimentos luteranos. O historiador luterano, Lars Qualben, escreve que no anos de 1532 toda a colônia
havia aceitado a fé luterana. Enciclopedia ilustrada de historia de la Iglesia (1979), p. 179. Veja Pablo Deiros,
Historia del Cristianismo (1986), pp. 166-167. Deiros coloca as datas em 1529-1550. Veja também Irene Wright,
Early History of Cuba (1970). Sidney Rooy, in “¿La llegada de los ‘luteranos’ a Venezuela?” Iglesia y Misión
#37 (julio-sept., 1991), pp. 28-29, contradiz a perspectiva de Qualben.
55
Batlle, op.cit., pp. 212-213. Rooy nota que a Inquisição oficial se estabeleceu no Peru (1570), México (1571),
e Cartagena (1609). Paulo Deiros, op.cit., p. 165, identifica o primeiro tribunal em 1568.
26
27
nte Gaspar de Coligny (1519 a 1572), que simpatizava com a causa huguenote.
Villegaignon estudou com João Calvino enquanto os dois estavam em Paris. Enquanto
Villegaignon se tornou um homem de guerra, Calvino se concentrou no estudo da lei. Depois
de sua conversão religiosa, Calvino dedicou seus esforços ao avanço da Reforma Protestante.
Os dois compatriotas tiveram contato limitado através de cartas.56
“Uma vez que tal empreendimento não poderia ser realizado adequadamente sem o
reconhecimento, cooperação, consentimento e autoridade do almirante, que na época era
Gaspar de Coligny, um homem saturado com as idéias da tão mencionada religião reformada,
tal almirante, junto com vários aristocratas e outros da famosa reforma, exigiu que eles
entendessem, hipocritamente ou não, que ele tinha, por algum tempo, o desejo de se mudar
para alguma terra distante onde pudesse servir a Deus com liberdade e sinceridade de acordo
com a pureza do evangelho; mas também que ele queria estabelecer ali um refúgio da
perseguição que naquela época era muito violenta contra os protestantes de ambos os sexos e
de diferentes fileiras em todo o reino da França, os quais foram queimados vivos e seus bens
confiscados por editais do rei e pela decisão da suprema corte do parlamento.”57
A primeira viagem ao Brasil (1555) foi autorizada pelo rei francês Henrique II. Ele
forneceu três barcos, dinheiro e permissão para recrutar entre os prisioneiros, já que era muito
difícil encontrar voluntários. Vários huguenotes, um ex-monge, prisioneiros e soldados
fizeram a longa e difícil jornada ao longo do Oceano Atlântico e chegaram ao que hoje é
conhecido como Rio de Janeiro em 10 de novembro de 1555. Eles decidiram habitar uma
pequena ilha ao longo da costa, onde foi construído um forte que foi chamado de Coligny em
homenagem ao almirante.
Logo, Villegaignon teve um motim em suas mãos. Houve várias queixas. Muitos se
ressentiam do trabalho árduo de construir a colônia, outros queriam ter companhia feminina e
56
Recursos primários são: Jean de Léry, Histoire d'un voyage fait en la terre de Bresil (1975); Journal de bord
de Jean de Léry en la terre de Bresil 1557, presente et commente por M.R. Mayeux (1975); y Baum Guilielmus
et. al. (eds) Corpus Reformatorum (1877), pp. 278 s., 434 - 443. Recursos secundários são: Oliver Reverdin,
Quatorze Calvinistes chez les Topinambous, histoire d'une mission genevoise au Brasil (1556 - 1558) (1957); J.
Vanden Berg, "Tragedie op de Kust van Brasilie," De Heerbaan (sept./oct., 1958), pp. 179 - 184; Justo González,
Historia de las Misiones (1970), pp. 376 - 377; William Muller, "Brasil," Lengthened Cords (ed. Roger
Greenway) (1975), pp. 10l-104.
57
Marc Lescarbot, History of New France (tr. W.L. Grant), (1907), I, p. 148.
27
28
outros queriam ter mais contato com os índios. O motim foi suprimido pela força.
Villegaignon fez um apelo por carta ao almirante Coligny e João Calvino, pedindo aos
huguenotes colonizadores e pastores que instruíssem os colonos na religião cristã e “levassem
os selvagens ao conhecimento de sua salvação.”58
Tanto Calvino quanto a igreja em Genebra receberam a carta com agradecimento. Foi
planejado que onze artesãos, dois pastores e um líder de expedição seriam enviados. Os dois
pastores eram Pierre Richier e Guillaume Chartier. Nas notas de 25 de agosto de 1556, da
Igreja de Genebra, lemos:
As três embarcações partiram para fazer a segunda viagem, transportando pouco mais
de 300 passageiros. Entre eles estavam mulheres solteiras, que acabariam se casando com
colonos e jovens que viveriam com os índios e se tornariam intérpretes. O líder da expedição
foi M. Philippe du Pont de Corguilleray, um amigo íntimo de Calvino e do almirante Coligny.
Também a bordo estava um estudante de teologia, Jean de Léry, que então escreveu uma
história sobre esta expedição e seu trágico fim. Este navio chegou em março de 1557.61
“É minha intenção criar neste lugar um refúgio para os fiéis que estão sendo
perseguidos na França, na Espanha e em outros lugares do outro lado do mar, para que
possam, sem medo de imperadores, reis ou qualquer outro potentado, servir a Deus em
pureza, de acordo com a sua vontade.”62
58
Para uma descrição histórico da parte de um históriador Hipânico veja-se G. Baez-Camargo, "The Earliest
Protestant Missionary Venture in Latin America," Church History XXI (1952), pp. 135 - 145. Veja Pablo Deiros,
op. cit., pp. 167-168. Deiros identifica a data de 11 de outubro, ao invés de 10 de Novembro como o dia da
chegada. Ele fala de 14 estudantes envaidos. Lescarbot, op. cit., p. 157; Léry, Journal..., p. 5l; Corpus
Reformatorum XLIV, 442, carta 2613. A resposta por meio de carta à igreja de Genebra, tal como a recepção dos
Huguenotes por Villegaignon é evidencia suficiente para suspeitar da teoría de A. Perbal de que a carta de
Calvino a Villegaignon era uma fraude. A. Perbal, "Non-Roman Catholics in Latin America," International
Review of Missions 4l (1960), pp. 455 - 459.
59
Phillip Hudges, The Register of the Company of Pastors of Geneva in the Time of Calvin (1966), p. 317.
60
Corpus..., cartas 2612, 2613.
61
Báez-Camargo, op. cit., pp. 135 - 136. Sidney Rooy, "La llegada de la fe reformada a Brasil," (1991), p. 24,
menciona 10 artesãos: Pierre Bourdon, Matthieu Verneuil, Jean du Bourdel, André La-Fon, Nicolás Denis, Jean
Gardien, Martín David, Nicolás Raviquet, Nicolás Carmeau, y Jacques Rousseau. Quando Léry é adicionado,
chegamos ao mesmo número mencionado por Báez-Camargo. Pablo Deiros, op. cit., menciona 14 estudantes de
teología. Aparentemente, os 11 artesãos foram treinado em teología com vistas a escrever a COnfissão de Fé.
Esta confissão se chama Confissão de Fé da Guanabara por Pablo Deiros, op. cit., p. 168.
62
Léry, Histoire..., pp. 64 - 65.
28
29
A viagem de Chartier foi em vão. Não fazia muito tempo desde que Cartier partiu em
sua jornada, quando Villegaignon declarou que Calvino era um herege e depois assumiu o
controle da igreja. Os huguenotes não podiam tolerar sua apostasia. Du Pont e Richier
confrontaram o líder da colônia, indicando que, devido ao seu comportamento, não mais o
consideravam como o líder temporal e, portanto, partiriam no próximo navio.
Villegaignon se vingou tentando matar de fome aos huguenotes, mas eles esconderam
um estoque de comida devido a suas relações comerciais com os índios. Em outubro de 1557,
Villegaignon ordenou que os huguenotes deixassem o forte. Eles se mudaram para o
continente onde colonos franceses haviam se estabelecido, que já haviam deixado Coligny.
Estabeleceram relações amigáveis com os índios Tupinambás, que preferiam os franceses em
vez dos portugueses. Portanto, os huguenotes franceses foram forçados a estabelecer seus
primeiros contatos evangélicos e sociais com os “selvagens pagãos”.65
Quando o encontro inicial foi sendo esquecida, Richier parecia mais positivo:
“Visto que é o Altíssimo quem colocou esta grande tarefa diante de nós, devemos ter
confiança de que esta terra se tornará a possessão futura de Cristo.”67
63
Léry, op. cit., pp. 65 - 67.
64
Léry, op. cit., p. 68.
65
Báez-Camargo, op. cit., p. 138.
66
Corpus..., cartas 2609, 2612.
67
Corpus..., carta 2612.
29
30
Em outra ocasião, Léry caminhava pela selva na companhia dos índios em busca de
comida. Ao contemplar a beleza natural, Léry começou a cantar o Salmo 104. Quando ele
terminou de cantar, os índios lhe perguntaram sobre a música. Isso deu a Léry a oportunidade
de falar sobre Deus. A reação dos índios foi mencionar a lenda de um Deus que eles tinham
ouvido há muito tempo de um homem branco desconhecido. Esta informação foi intrigante
para Léry, que considerou a possibilidade de um dos apóstolos ter visitado o Novo Mundo no
início da era.69
A permanência dos huguenotes por seis meses não deixou registro histórico das
conversões dos índios. Léry escreveu que, se Villegaignon não se opusesse aos huguenotes, a
cristandade teria se tornado mais arraigada entre os índios.70
Quando o navio “Le Jacques” chegou, no mês de janeiro de 1558, estava preparado
para levar quinze huguenotes de volta à França. A viagem apenas começara quando era
necessário mandar cinco homens de volta para a costa em botes salva-vidas. O barco mal
ficou à tona. Os outros huguenotes fizeram a difícil viagem de volta à França e muitos deles
mal sobreviveram à viagem.71
Os cinco homens que retornaram ao litoral foram recebidos por Villegaignon sob a
condição de que não discutissem sua religião com nenhum dos outros colonos. A anistia durou
pouco tempo porque Villegaignon começou a suspeitar dos huguenotes e ordenou que fossem
aprisionados. Para iniciar o julgamento, os huguenotes tiveram que fazer uma declaração por
escrito sobre suas crenças. Assim, a primeira declaração de fé reformada foi construída em
solo latino-americano. Os autores leigos que escreveram os 17 artigos, semelhantes ao
catecismo de Genebra, foram Jean du Bourdel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon e André La
Fon. Bourdel, Verneuil e Bourdon foram considerados culpados e depois estrangulados e
jogados no mar. Eles foram os primeiros mártires da América Latina. La Fon foi salvo porque
seu serviço como alfaiate foi exigido por Villegaignon, o “Caim das Américas.”72
68
Lescarbot, Histoire de la Nouvelle France (1609), p. 323
69
Báez-Camargo, op. cit., p. 141. Tal crença indígena é semelhante ao conceito mórmon do século 19.
70
Ibíd., p. 143.
71
Jean Crespin, Acts des martyrs (1564), pp. 881-898, como reportado por Léry.
72
A Confissão pode ser encontrada em Jean Crespin, Historie des martyrs persecutes et mis a mort pour verite
del Evangile, II, pp. 510 - 513. Rooy, op. cit., menciona que 4 pessoas foram estranguladas. Entretanto, se La
Fon tornou-se alfaiate e La Balleur escapou para o continente, então apenas Bourdon e du Bourdel Veneuil foram
martirizados. Le Balleur, o mártir # 4, foi martirizado em 1567.
73
Henry Beets, Triumfen van Het Kruis (s.f.), p.79. Beets identifica o huguenote que escapou como Jean Boles.
Possivelmente, Boles é a mesma pessoa que Le Balleur. Boles é possivelmente a mesma pessoa que Le Balleur.
Rooy, op. cit., nota que Le Balleur continuou pregando no Brasil. Foi preso e executado em Julho de 1562.
30
31
2.2.3. Conclusão
2.3.1. Introdução
Esta seção começará com as igrejas francesas reformadas e suas missões. Mais tarde,
continuará descrevendo as igrejas holandesas reformadas e suas missões e terminará com a
menção de esforços nacionais menores.
31
32
Guiana Francesa, Haiti, Martinica, Guadalupe, Suriname, Anquilla, Santo Eustáquio e San
Martin.
2.3.2.1. Introdução
Os franceses foram muito ativos no Novo Mundo durante o século XVI. O historiador
Philippe Guéritault registra os movimentos huguenotes depois de Coligny. Robert de Larrey
levou o La Réale para o Peru em 1573 e 1574. Jean Scot veio para a América em 1580. Entre
1595 e 1597 Alonse Le Buroys fez três viagens, das quais a última teve um desfecho
desastroso na costa da Bahia. Os franceses também negociavam na costa norte do Brasil. As
expedições foram realizadas por Riffauet em 1594, e por Des Vaux e La Ravardière, enviadas
por Henrique IV, em 1604 e 1610. René Marie de Montbarrot tentou estabelecer-se na
Amazônia brasileira e em Trindade em 1604 e 1610.77
Enquanto a Flórida fazia parte do império espanhol durante o século XVI, as colônias
huguenotes na Flórida também serão mencionadas. Em 1562, uma colônia de huguenotes
franceses foi estabelecida na Flórida sob a direção de Jean Ribaut. Dois anos depois, René de
Laudoniere estabeleceu outra colônia francesa.
77
Vincent Huyghues-Belrose, "Mission et missionnaires en Guyane: XVII-XX siècles," Histoire de la Guyane,
Grande Encyclopédiè de la Caraibe Vol. 7, (1989), pp. 1-3; J. Metzler (ed.) Sacrae congregationis de
propaganda fide memoria rerum 1622-1972 (s.f.), vol. 2, pp. 1131-1161.
32
33
A Guiana Francesa tornou-se uma colônia francesa em 1667. No mesmo ano, o ICR
começou seu trabalho na colônia. A ilha de Caiena ficou famosa durante os séculos XIX e XX
por sua prisão para criminosos franceses. A população francesa era pequena, sendo menos de
50% da população em geral. Não foi senão no século 20 que uma igreja indígena foi fundada
na Guiana Francesa. Alguns contatos missionários foram feitos entre a população “marrom”
indigena e africana no início do século 17, mas isso não resultou na fundação de uma igreja.
Sabe-se que os protestantes ajudaram criminosos e oponentes políticos.79
A Ilha da Tartaruga, no norte do Haiti, serviu aos piratas ingleses e holandeses como
ponta de lança para ataques contra os espanhóis na parte leste da ilha e como centro de
contrabando.
33
34
2.3.2.6. Guadalupe
Guadalupe foi fundada pelos franceses ao mesmo tempo que a Martinica. A ilha é
povoada principalmente por pessoas de descendência africana, asiática, judia e mulata. Como
aconteceu na Martinica e na Guiana Francesa, os calvinistas franceses se juntaram a outros
protestantes para formar a Eglise Evangélique de la Guadeloupe (Igreja Evangélica da
Guadalupe - EEG).
Os huguenotes franceses não eram muitos em número até o final do século XVII.
Gérard Lafleur menciona Tronchin, irmão de um famoso médico de Genebra, e um Conway
como pessoas que se juntaram ao calvinismo em Guadalupe. A fim de conduzir abertamente a
vida da Igreja Reformada, foi necessário ir a São Cristóvão, São Tomás ou Santo Eustáquio.
Os registros históricos em análise não mencionam o trabalho realizado entre os habitantes de
Guadalupe.82
81
Barrett, op. cit., pp. 481-482.
82
Barrett, op. cit., pp. 336-337; Gerard LaFleur, "The Methodist Church in the Frenchpart of St. Martin,"
((1987), p. 6.
83
Ibíd., pp. 23-24; Van der Linde, Suikerheren..., pp. 47-48.
84
Ibíd., p. 24.
85
Ibíd., p. 24.
34
35
Em 1789, vários huguenotes franceses foram casados em Anquilla pelo rev. anglicano
Jonathan Fleming. Nomes como Derrick, Hassel, Gumbs, Richardson, Howell e Lack são
mencionados. Foi em 1762 que eles começaram a registrar batismos de crianças francesas
huguenotes.
2.3.2.9. Conclusão
Houve obras missionárias muito fortes por parte da Igreja Católica Romana nas
colônias francesas do Caribe de 1700 a 1815. Enquanto as ilhas espanholas tinham o sistema
de patrocínio, no qual eles tinham uma relação indireta com a Sagrada Congregação para a
Propagação do Fé em Roma, os franceses estavam diretamente relacionados à ICR. Depois de
1700, os jesuítas, dominicanos, capuchinhos, carmelitas e os irmãos de São José chegaram às
ilhas francesas. A Revolução Francesa quase paralisa o trabalho missionário da ICR nas ilhas.
No final do século XVII, o Rev. Pierre Terzon trabalhou com os índios Arawak no
Suriname. Nenhuma igreja indígena foi fundada pelos protestantes franceses antes de 1916.
2.3.3.1. Introdução
A IRH (a Igreja Reformada Holandesa, por sua sigla em holandês, NHK: Nederlandse
Hervormde Kerk) na ALC estava fortemente relacionada à formação de atividades da CIO
(1621). A decisão da CIO de se envolver no tráfico de escravos deixou uma marca definitiva
nas atividades missionárias da IRH. Os huguenotes franceses e a primitiva IRH no Brasil
coexistiam pacifica e amigavelmente com os índios e os africanos. No entanto, o tráfico de
escravos e a posse logo criaram uma barreira social e racial entre os colonizadores da Holanda
e a população indo-africana. Essas barreiras serão descritas no decorrer deste estudo.
A participação das igrejas reformadas foi levada a cabo com uma variedade de razões.
No século XVI, Gisbertus Voetius falou do papel do Estado no progresso e proteção do
evangelho. No início do século XVII, o papel das empresas comerciais, como a Companhia
das Índias Orientais e a CIO, foi examinado pelos teólogos holandeses Jean Taffin Jr. e
Johannes Polyander. Embora os consistórios e os sínodos holandeses tenham mostrado
resistência à forte influência da liderança da CIO sobre as missões das igrejas, a história
missionária mostra claramente que as intenções e os planos a serem executados pela CIO
tinham o papel principal e a missão da igreja teve um papel secundário.
A IRH foi trazida pelos primeiros imigrantes holandeses, os quais chegaram em 1616.
A primeira igreja foi construída em 1729 próxima ao rio Wieronie.
A igreja reformada tornou-se a igreja do estado, que foi financeiramente apoiada por
impostos coloniais. Então, em 1736, o primeiro-ministro, Johannes Fronderdorff (Guiana:
1736-?), foi nomeado para servir em Berbice. Outras igrejas foram construídas em Fort Island
no rio Essequibo e Demerara. A presença do IRH diminuiu rapidamente quando os britânicos
tomaram o poder. Quando o governo da Guiana Inglesa retirou o apoio fiscal para a IRH em
1860, a igreja deixou de existir.
36
37
Enquanto a IRH na Guiana não permitia que os africanos fossem membros em plena
comunhão com a igreja, a igreja presbiteriana adotou uma abordagem diferente e deu as boas-
vindas aos negros e aos indianos orientais. O ambiente de segregação criado pelo IRH não
permitiu a criação de igrejas indígenas africanas ou igrejas indígenas na Guiana.
87
D. A. Bisnauth, A Short History of the Guyana Presbyterian Church (1970), pp. 10-11; Winston Mc Gowan,
"Christianity and Slavery: Reactions to the work of the London Missionary Society in Demerara, 1808-1813," A
Selection of Papers presented at the Twelfth Conference of the Association of Caribbean Historians (1980). En
la página 23 el cita al National Archives of Guyana and the Minutes of the Court of Policy of the Colonies of
Essequebo and Demerary and their independent districts, April 27, 1808.
88
Catherine Ligtenburg, Willem Usselinx (1913), p. 62. O recurso principal usado neste estudo sobre os
holandeses no Brasil vem da tese de F. L. Schalkwijk, "Geschiedenis van de Classis Pernambuco der
Gereformeerde Christelijke Kerk in Hollands Brasilie," bem como a versão inglesa, “Colonial Reformed Brasil,”
(1977). En 1986, Schalkwijk completa, Igreja e Estado no Brasil Holandês, 1630-1654 (1986). Em 1992, o
Scoone dingen sijn swaere dingen (1992), uma tese de doutorado. Joosse realiza um estudo magistral e
documenta as motivações e as atividades da IRH durante a primera parte do século 17. A contribuição principal é
a revisão das atas dos consistorios, sínodos e administradores da CIO: os que enviaram os missionários. Joosse
nota a importância de Usselinx (pps. 216-223). A CIO rejeitou as ideias religiosas e humanitárias (anti-
esclavidão) de Usselinx.
89
Classe é o que no presbiterianismo chamar-se-ia “presbitério”. É um concílio regional. Nota do Tradutor.
90
L.J. Joosse, ' Scoone Dingen sijn Swaere Dingen'(1992), pp. 213-223.
37
38
esses dois anos, 7 pregadores serviram ao exército e comerciantes sendo o Rev. Enoch
Sterthemius (1624-1625) o primeiro deles. A cidade do Recife foi capturada em 1630 e
tornou-se uma colônia holandesa permanente até 1654.91
A resposta positiva das pessoas ao redor seria de grande importância para os interesses
dos colonos holandeses e para a continuação de sua colônia. Os judeus, que vieram com
portugueses e holandeses, juntamente com judeus cristãos, juntaram-se parcialmente à causa
holandesa. A população judaica tinha laços mais fortes do que os indigenas e africanos com os
holandeses. Os índios estavam divididos quanto à lealdade.92
O trabalho missionário mais extenso com os índios foi feito pelos brasileiros. Foram
feitos contatos com os índios que tinham uma aliança com a CIO e com aqueles que eram
eram casados.96 Dos sete pregadores que trabalharam em Pernambuco de 1630 a 1654, seis
eram missionários e o outro trabalhou como administrador da missão.97
38
39
Os índios viviam nas aldeias e eram nômades. Portanto, foi muito difícil manter a
continuidade. Os índios já haviam tido contato com os jesuítas e muitos viviam em
comunidades formadas por eles. Não foi fácil manter relações pacíficas com eles em uma
situação tão explosiva. Os missionários tiveram que experimentar muitas coisas antes de
poderem estabelecer uma estratégia de trabalho.
O pedido de batismo pelos nativos era mínimo. Muitos foram previamente batizados
pela ICR. Então a questão era se os católicos batizados poderiam participar do sacramento.
Um re-batismo não era necessário, mas uma profissão de fé sim. A Santa Ceia foi celebrada
pela primeira vez na Paraíba em 1640 e nela os nativos foram incluídos.102
98
Ibíd.
99
Schalkwijk, "Geschiedenis...," p. 69.
100
Ibíd., pp. 69 - 70.
101
Atas III.l.14. (1637) como en F. Schalkwijk, "Ge-schiedenis...," p. 69.
102
Ibíd., pp. 70 - 71; Atas VII, 3.2. (1640); Em 1635, Jodocus a Stetten, um pregador da IRH escreveu aos
oficiais da empresa em Zeeland que ele havia batizado o primeiro “pagão” no Brasil e que outros estavam
recebendo o verdadeiro conhecimento de Deus. Ele também mostrou interesse em trabalhar com os portugueses
e pediu Bíblias portuguesas. Joosse, Ibíd.., p. 545.
39
40
A decisão da Holanda de sair do Brasil não foi uma questão de perder a guerra. Em
1640, a relação política entre os Países Baixos (Holanda) e Portugal estava mudando. Portugal
estava se afastando da hegemonia espanhola. Um acordo favorável com as poderosas frotas da
Holanda foi benéfico para Portugal. No entanto, o espírito do acordo diplomático entre
103
Ibíd., p. 7l; Atas III. l.15 (1638).
104
Ibíd., pp. 71 - 72; Actas III. 5. 10. (1638).
105
Ibíd., p. 72; Actas IV. 5.1.3. (1638).
106
Ibíd., p. 73.
107
Ibíd., pp. 77 - 79.
108
A conquista de Pernambuco, Olinda e depois da Paraíba fez parte da conquista total dos portugueses. O mapa
do historiador Enrique Dussel mostrando os dados da conquista indica como as costas foram conquistadas a
partir de 1549. A History of the Church in Latin America (1981), p. 348.
40
41
Portugal e os Países Baixos não se estendeu aos brasileiros reformados que foram convertidos
e ficaram.
Mas ainda havia um grande revés para a continuação da igreja. Quando a Holanda
partiu, o futuro do bem-estar dos convertidos não estava adequadamente assegurado. Os
cristãos holandeses deixaram os conversos brasileiros à mercê da espada portuguesa e da
inquisição católica romana. As missões transculturais foram realizadas de maneira louvável,
mas sua continuação não foi valorizada.
Embora William Usselinx tivesse sido exposto ao uso de trabalho forçado, ele não
conseguiu impedir o tráfico de escravos. A CIO, que trabalhava no Brasil, não só trouxe os
colonos, o clero, os professores e os consoladores dos doentes da Holanda, mas também os
escravos africanos. Dos 600.000 africanos que, se estima, foram trazidos para o Brasil no
século 17, cerca de 23.000 vieram durante o colonialismo holandês nos anos de 1630 a
1654.109
A libertação dos escravos dependia da vontade do seu dono. Alguns escravos foram
libertados depois de anos de serviço fiel. Menciona-se também escravos que se converteram
ao cristianismo e, por essa razão, foram libertados. Isso, no entanto, foi a exceção e não uma
regra.111
109
Watjen, Hermann Julius Eduard, Das Hollandische Kolonial Reich in Brasilien (1921), p. 311 como citado
en Van der Linden, Suikerheeren..., pp. 83 – 86.
110
Schalkwijk, "Colonial...," p. 156.
111
Ibíd.
112
Ibíd., p. 160.
113
Ibíd., p. 158.
114
Ibíd., p. 160; Actas III. 4.5.; XI.18. (1638).
41
42
A educação formal dos escravos começou em 1645. A primeira escola para africanos
na ALC foi iniciada pelos holandeses em Recife. Esta educação foi realizada em uma língua
africana. A CIO providenciou os professores.
Ministros e seus assistentes foram enviados pela classe de Pernambuco para trabalhar
com a população angolana. O Rev. Nicolás Ketel foi enviado por um ano (1642-1643) para
trabalhar na região de Luanda com negros angolanos.
42
43
Contudo, a partida abrupta das autoridades holandesas e a falta de proteção militar nas igrejas
e escolas causaram o seu fim. A estreita associação entre a igreja e a CIO, a comercialização
de escravos e o governo holandês impediram a continuação das missões transculturais no
século XVII.
A abordagem cautelosa, mas positiva, de Joosse ao papel da CIO enfatiza o fato de que
55 pregadores foram enviados pelas igrejas holandesas, igrejas foram estabelecidas e o
trabalho missionário foi feito. Quando se olha apenas para o Brasil reformado de 1630 a 1654,
pode-se falar de vários sinais positivos das missões. Quando se olha para o ano de 1645 e as
questões éticas do abandono forçado do trabalho missionário, então questões sérias devem ser
levantadas sobre o valor da autopropagação, do autogoverno e do auto-financiamento nas
missões. O Brasil reformado do século XVII não atendeu aos padrões básicos das missões por
causa de sua relação vida ou morte com o colonialismo mercantil.
Depois que a Holanda tomou Curaçao dos espanhóis em 1643, a IRH foi levada a
Curaçao por iniciativa da CIO. A IRH começou em 1635 e continuou até 1825, quando o rei
Guilherme I ordenou a união com a igreja luterana, criando assim a Igreja Protestante Unida
(VPGC na sua sigla em holandês), que continua até hoje.119
O Rev. Fredericus Vitteus (1635-1639) foi trazido para Curaçao pela CIO como o
primeiro pregador para os colonizadores em 1635. Ele prestou seus serviços de 1635 a 1639.
Uma grande lista de pregadores foi enviada depois dele.
Assim como na seção sobre o Brasil, esta seção tratará da questão dos esforços
missionários da IRH entre povos indígenas, africanos e outras populações não-holandesas que
coabitaram com os holandeses nessas ilhas.
A missão da CIO era cristianizar as muitas centenas de povos indígenas nas ilhas. Os
administradores da companhia holandesa escreveram ao diretor da companhia em Curaçao
que ele deveria fazer todo o possível para libertar os “indígenas cegos” de seus “costumes
118
Joosse, Ibíd.., pp. 450s; Schalkwijk, Igreja..., pp. 459s.
119
Jan Hartog, Mogen de eilanden zich verhuegen. Geschiedenis van het Protestantisme op de Nederlandse
Antillen (1969), p. 1-2.
43
44
Em 1649, o Rev. Charles Rochefort, um ministro que estava visitando Tortuga, batizou
vários brancos, quinze índios e vários africanos adultos. 122 No entanto, não há registros de
qualquer membresia de indivíduos não europeus na igreja reformada, já que os registros não
foram feitos antes de 1659. Hartog também menciona que o Rev. Wilhelmus Volckringth
(1664-1668) chegou em 1664, trabalhando com os indígenas em espanhol. No início de 1649,
foram feitos esforços para legalizar as uniões matrimoniais dos índios. Isso estava relacionado
ao batismo de crianças. No entanto, não existem registros de filiação de adultos indígenas na
igreja reformada.
O batismo de crianças daqueles que não eram membros da igreja, dos “pagãos” para
ser mais específico, era um assunto delicado. Este assunto foi discutido no sínodo de
Dordrecht (1618 -1619). O sínodo chegou à conclusão de que os filhos dos pagãos não
poderiam ser batizados até receberem instruções religiosas e tivessem a idade para discernir.
Isso desencorajaria a prática do batismo por si só. Um compromisso dos “pagãos” adultos era
necessário. Aparentemente, devido à falta de evidências por parte dos registros da igreja,
muito poucas crianças indígenas em Curaçao alcançaram esse estágio de desenvolvimento
religioso no contexto da igreja reformada.123
De acordo com a análise de Hartog das primeiras igrejas reformadas, não há registro
de evangelismo entre africanos. Hartog explicou que a Igreja Reformada estava associada a
uma pequena classe dominante branca que não incluía os índios e os africanos na comunhão
da igreja. Os primeiros africanos chegaram a Curaçao em 1638. Eles eram muito poucos. Em
1641, o comércio de escravos começou a crescer. Muitos vieram para Curaçao, não apenas
para ficar, mas também para serem vendidos a outras ilhas.
Como mencionado acima, o Rev. Rochefort veio para batizar vários africanos adultos
em sua visita a Curaçao em meados do século XVII. Naquela época, o Rev. Adrianus van
120
Ibíd., pp. 51 - 52.
121
Ibíd., p. 52.
122
Ibíd., pp. 10, 53.
123
Ibíd., p. 53.
44
45
Beaumont (1659-1663), um africano sob o nome de Johannes, deu aulas religiosas a crianças
indígenas.124
A voz profética contra as políticas e práticas daqueles que lidavam com escravos
raramente era ouvida nos púlpitos coloniais da IRH. Desde o início da IRH em Curaçao, os
pregadores foram proibidos de falar mal da companhia por causa do contrato com ela. Até o
final do século XVIII, o diretor da companhia era o presidente do conselho da igreja. A igreja
reformada era uma igreja da companhia; mais capelania da companhia do que uma paróquia
regular.126 A estreita associação da igreja reformada com a CIO praticamente fechou as portas
da igreja para os escravos africanos e depois para os escravos libertos. A razão pela qual os
escravos foram mais atraídos pela ICR pode ser facilmente entendida.127
A família Ellis estava bem estabelecida em Santo Eustáquio. O pai de Johannes nasceu
em Curaçao e trabalhou como secretário de companhias em Santo Eustáquio. Johannes foi
treinado em Leiden, na Holanda, e foi chamado para servir em Curaçao em 175l, onde
trabalhou até 1758.128
O Rev. Ellis voltou para St. Eustáquio em 1785 e aceitou um segundo chamado em
1769. Depois que ele foi instalado pela igreja local, uma carta foi enviada pela classe de
Amsterdam dizendo que nem eles, nem os diretores da CIO, pediram seu consentimento. Isto
foi resolvido, de modo que em 1770 o Rev. Ellis foi oficialmente contratado pela companhia e
pela classe que o supervisionava. Ele serviu na congregação da igreja do Forte até sua morte
em 1784.129
124
Ibíd., p. 53.
125
A.H. Algra, Dispereert Niet (vol. 5) (1972), p. 297.
126
Hartog, op.cit., pp 13 - 15.
127
N. Smith, Living Stones (1985), pp. 54.
128
Hartog, op. cit., p. 40.
129
Ibíd., p. 42.
45
46
Justinianus Weltz (1621-1668) chegou em 1666 ao Suriname. 132 Ele tinha raízes
luteranas e tentou arduamente despertar a igreja luterana em suas responsabilidades
missionárias. Embora as pessoas estivessem dispostas a ouvi-lo na Holanda, ele não
conseguiu convencer a igreja luterana a fazer missões no Suriname. Ele acabou indo para o
Suriname e morreu em dois anos.133
Assim como os Países Baixos, o Suriname tornou-se um refúgio para grupos religiosos
que buscavam alívio da perseguição católica romana.
A IRH que chegou ao Suriname considerou o trabalho missionário como uma extensão
do mercantilismo para a igreja também. Os oficiais da igreja deveriam servir aos brancos,
como um pequeno grupo de mulatos. O trabalho entre os africanos não era considerado parte
de seu comércio. A igreja da companhia não foi estabelecida como uma igreja missionária.
130
Smith, op. cit., p. 3. La Era de la Iglesia Inmigrante (1915-1969) y la Iglesia en la Era del Camino Cruzado
(1970-1985) son mencionadas.
131
Ibíd., p. 59; Van Alphens, Nieuw Kerkelijk Handboek (1985).
132
J. M. van der Linde, Het Visioen..., é o recurso principal para esta parte do estudo. Van der Linde, op. cit.,
pp. 14-16; González, La Historia..., p. 188.
133
Van der Linde. op.cit.
134
Van der Linde, Het Visioen..., pp. 16 - 19. A.W. Marcus, De Geschiedenis van de Nederlandse Hervormde
Gemeente in Suriname (1935), p. 17. Bastian, op. cit., p. 24.
135
L. Knappert, Schets van eene Geschiedenis onzer Handelskerk (1928), p. 128.
46
47
“... a colônia não pode continuar sem o uso de escravos negros ou mulatos. Pois
somente a Companhia nesses países está equipada para obter escravos da África... Portanto, a
Companhia tem a obrigação de entregar o número de escravos à colônia.” 136
“No Suriname, a maioria ia para a fazenda trabalhar o dia todo, sem um dia de
descanso, sem nenhum direito, severamente punida por pequenos delitos, as mulheres não
estavam protegidas contra a crueldade de seus senhores ou a tortura das ciumentas senhoras.
Sem casamento, sem lar de família, sem educação.”137
47
48
dos colonos foram fatores para a ausência de missões. 139 A igreja estava cativa das estruturas
opressoras da classe dominante da colônia. Isso é visível no ministério do primeiro pastor
reformado, o Rev. Johannes Basseliers (Sul: 1667-1673). O historiador Van der Linde faz uma
descrição profunda e cuidadosa da vida e do ministério de Basseliers. As cartas e documentos
associados a Basseliers mostram sua participação no desenvolvimento socioeconômico da
sociedade do Suriname. As cartas revelam que o pastor teve que se sustentar, pois havia
poucos membros e oficiais na igreja. Não houve apoio financeiro da classe na Holanda.
Basseliers tornou-se proprietário de uma plantação de açúcar e também de proprietário de
escravos.140
Por outro lado, o governo tomou algumas decisões em favor da comunidade cristã na
colônia. Os dez mandamentos foram aplicados. Havia pena capital por assassinar, fazer
revolução, roubar da igreja ou outras formas de roubo, por espancar seus pais, por usar mal o
nome de Deus e por adultério. Aqueles que violaram a observação do domingo, fossem eles
senhores, servos ou escravos, foram multados. 144
O diário e as cartas de Basseliers mostram quão difícil foi o trabalho pastoral nas
novas colônias. O número de fiéis era reduzido e a espiritualidade dos colonos era pessimista.
Basseliers reclamou das bebedeiras e da blasfêmia dos colonos. Os colonos não queriam um
139
Ibid., p. 27.
140
J.M. van der Linde, Surinamés Suikerheren…pp. 74-77; Basseliers teve pelo menos 74 escravos e 1170 acres
de terra.
141
Ibid., p. 16.
142
Ibíd., pp. 98 - 99.
143
Ibid., p. 100.
144
Ibíd., pp. 102 - 103. Além disso, dias especiais para a oração poderiam ser estabelecidos pelo governo e pela
igreja. Em tempos de guerra, pestilência, perseguição à igreja e outros tempos de dificuldades, a igreja tinha o
direito de pedir ao governo que estabelecesse dias especiais de oração e ação de graça. Os senhores e os escravos
foram proibidos de trabalhar nestes dias especiais.
48
49
compromisso total com a Palavra de Deus e suas obrigações financeiras para com a igreja não
foram cumpridas fielmente. O governo interveio nos assuntos da igreja. O edifício da igreja
em Thozasica foi vendido enquanto a congregação ainda estava em funcionamento, embora
com poucos membros. Basseliers se separou da administração da colônia e foi morar em sua
fazenda. Ele acabou se tornando o quinto maior dono de fazendas e desistiu de suas
credenciais ministeriais, embora não sua fé e serviço a Deus. 145
Ao todo, havia seis igrejas. A igreja em Thorarica foi a primeira e a menor. Uma
pequena igreja foi estabelecida em 1691 por pregadores holandeses em Cottica-Perica. 148
Havia igrejas em Paramaribo e uma igreja Walonian em Boven e Beneden Commewijne.149
E a estratégia missionária das igrejas da companhia? Uma distinção deve ser feita
entre: 1) o mandato missionário da colônia; 2) a prática atual das igrejas da companhia, e 3)
os esforços de líderes e membros individuais, como Basseliers.
145
Ibíd., pp. 113 - 117.
146
Ibíd., p. 118.
147
Ibíd., pp. 118 - 119.
148
Ibíd., p. 119.
149
Ibíd., p. 121.
150
Ibíd., p. 131.
151
J.H. Bavinck, An Introduction to the Science of Missions (1960), p. 155.
152
Van der Linde, op. cit., p. 156; Marcus, op. cit., pp. 6-9.
49
50
mas não há indicações de que eles foram convidados a participar das igrejas. Antes de 1700
não havia evidência do batismo de crianças dos índios ou africanos.153
O primeiro membro entre os índios foi recebido em 1730. Pieter de Vrije (Pedro, o
Livre) foi aceito como membro em plena comunhão, 63 anos depois que o primeiro pregador
chegou ao Suriname.154
O trabalho missionário entre os africanos era mínimo. Manter a escravidão era mais
importante que a evangelização. Havia uma voz profética dentro da comunidade reformada
soando contra a escravidão? Van der Linde aponta para um pastor polêmico, Rev. Jan Willem
Kals (1731-1733).
Apesar dos protestos dos administradores da colônia, Kals viu a necessidade de uma
reforma religiosa e social no Suriname. Por quase dois anos ele trabalhou dentro do contexto
dos colonos, atendendo às necessidades espirituais dos colonos. Sua condenação dos abusos
da escravidão não foi aceita. Houve esforços para silenciá-lo. Depois de ministrar por pouco
menos de dois anos, ele concluiu que muitos dos colonos eram mais ignorantes em sua
adoração a Deus do que muitos dos escravos.156
Kals voltou à Holanda para limpar seu nome em relação às acusações dos
administradores do Suriname. No entanto, o governo dos colonos não permitiu que ele
retornasse. Na Holanda, Kals, semelhante a De las Casas do século XVI na Espanha,
desempenhou um papel importante na condenação dos abusos da escravidão.157
50
51
1855, 55 livres e 686 escravos foram registrados. Os números mudam, mas uma quantidade
significativa foi relatada. 160
Caberia aos morávios, que vieram em 1735, iniciar o trabalho missionário de uma
maneira que as igrejas da companhia não puderam fazer. Os Morávios, apesar de estarem
envolvidos em assuntos econômicos e políticos, tentaram manter o discipulado de todas as
pessoas como uma prioridade. Como em outras nações, no Suriname, a norma missionária era
um estilo de vida humilde.161
As atas da IRH mostram que entre 1747-1749 alguns africanos se tornaram membros
da igreja e crianças mulatas foram batizadas. Os pais das crianças mulatas eram reformados
ou luteranos. Este crescimento da igreja não foi tanto o resultado da evangelização, mas de
casamentos inter-raciais. A conversão de Benjamin foi uma exceção. Embora pouco se saiba
sobre seu local de nascimento e sua vida, A.W. Marcus, historiador da Igreja Reformada do
Suriname, escreve:
A educação religiosa era esporádica. A maioria dos alunos não sabia ler. Com a ajuda
de um pequeno livro holandês (um catecismo), preparado com perguntas e respostas, os
candidatos foram apresentados liam as perguntas, até que pudessem memorizar as respostas.
Antes da libertação dos escravos, não era comum os escravos se tornarem membros.
Assim, lemos sobre um professor chamado Picarna pedindo e recebendo permissão para
libertar sua escrava, Elizabet e seus três filhos.162
De acordo com Marcus, o governador Van de Meer (1775) desafiou a igreja a trabalhar
entre os escravos como os morávios estavam fazendo. Não houve uma resposta. Quase cem
anos depois, em 1846-47, a igreja reformada em Paramaribo propôs ao governador que o
senhor Boekhoudt, como assistente do pregador, pregasse em “inglês negro”. O pedido foi
negado.163
160
Ibid., p. 167; Van Dissel, op. cit., p. 9.
161
González, La Historia..., p. 191.
162
A.W. Marcus, De Geschiedenis..., p. 33.
163
Van der Linde, Het Visioen..., pp. 54 - 55; S. van Dissel, Eenige Bijzonderheden betreffende de Christelijke
Gemeente te Paramaribo (1877), p. 9.
51
52
reformada era conhecida como a igreja dos colonos. 164 Os morávios falavam e pregavam o
crioulo inglês, a língua dos africanos, enquanto a IRH continuava a usar o holandês até o
século XX. 165
No final do século 19, a igreja reformada permaneceu como uma igreja para os
colonos e com pouco trabalho missionário. O trabalho missionário foi deixado para os
morávios. Como em Curaçao, o trabalho entre os africanos foi deixado para a ICR, a igreja
reformada permaneceu uma igreja para os colonos.
A existência e a missão da IRH no Suriname não deu origem a uma igreja entre
africanos ou indígenas. Não houve evidência de liderança não-colonizadora nessas igrejas
reformadas antes de 1916.
2.3.3.6.1. Introdução
164
Ibíd., p. 55.
165
Ibíd., p. 56.
166
Van Dissel, op.cit.,p. 9.
52
53
Ao se retirar do Brasil e conquistar várias ilhas das Grandes e das Pequenas Antilhas
no início da década de 1630, as forças imperiais da Holanda se estabeleceram no Caribe. As
ilhas, Tobago, San Martin, São Tomé, São Cristóvão, Saba, Saint John, Aruba e Bonaire serão
consideradas em ordem cronológica. A ordem é de acordo com o estabelecimento cronológico
da IRH. Embora Curação seja parte das pequenas Antilhas, a ilha é discutida separadamente
devido à seu passado único e sua história contínua.
A CIO pagava parte do salário, mas a congregação tinha que pagar a maior parte. Os
ministros viviam no forte da companhia e ocasionalmente recebiam suprimentos da loja
desta.169
O professor da escola recebia um salário para realizar várias funções. Como professor
da escola e líder musical na igreja, a remuneração era de 150 gulden. Como porteiro da igreja,
ele recebia 50 gulden. As despesas de hospedagem eram gratuitas. Ele também era pago para
o seguinte: 150 gulden para ler os sermões, 5 gulden para tocar a campainha em funerais e 60
gulden para pagar até mesmo um Africano para fazer o trabalho doméstico. O salário da
escola era pago com a mensalidade dos alunos. O diaconato da igreja pagava as mensalidades
dos alunos que não podiam fazê-lo. Alguns professores também implementavam sua renda
cavando sepulturas.171
A membresia da igreja oscilou por causa das guerras, doenças e mudanças nas
condições da companhia. A membresia chegou a 90 pessoas em 1713. Em 1775, havia 70
membros e 50 crianças batizadas.172
167
L. Knappert, Geschiedenis van de Nederlandse Bovenwindsche eilanden in de 18 de eeuw (1932), p. 205.
168
Ibíd., pp. 161 - 164.
169
Ibíd., p. 173.
170
Ibíd., pp. 179 - 180.
171
Ibíd., pp. 180 - 181.
172
Ibíd., p. 181.
53
54
Santo Eustáquio foi também um trampolim para o comércio de escravos para as ilhas
inglesas. Em 1699, havia 399 brancos e 385 escravos registrados na ilha. Em 1740, havia 706
brancos e 1277 escravos.173
2.3.3.6.3. Tobago
Não se sabe muito sobre o trabalho de reforma realizado em Tobago, exceto que a
classe Reformada de Walcheren, na Holanda, enviou Johannes Petrus Mijlyser (Tobago 1630)
para ajudar os colonos holandeses na ilha. Não há indicações nos arquivos históricos de que
as atividades missionárias tenham sido realizadas na ilha180.
173
Ibíd., pp. 92 - 93.
174
Ibíd., p. 101.
175
Ibíd., pp. 101 - 103.
176
Ibíd., p. 104.
177
Ibíd., pp. 112 - 116.
178
Hartog, op. cit., p. 42.
179
Ibid., pp. 124-126; Van Alphens, Nieuw Kerkelijk Handboek (1985), pp. 335f.
180
Smith, op. cit., p. 37.
54
55
A IRH foi instituída por funcionários holandeses da CIO em 1657. São Tomé também
serviu de refúgio para os huguenotes franceses que vieram de São Cristóvão em 1672. São
Tomé foi renomeado como o assentamento missionário dos morávios que chegaram em
1732.184
De 1730 a 1785, São Tomé teve nove ministros reformados. Os mais notáveis foram o
Rev. Johannes Borm (1737-1744), que era anti-morávio, e Rev. Johan Brand, que lutou contra
o ministério aos escravos do Rev. Henricus Muller de São Cristóvão185.
A obra missionária dos Morávios inspirada pelo conde Nicolas L. Zinzendorf (1700-
1760) teve uma resposta considerável. Em 1787, o número de escravos crentes incluía:
Antígua, 5.465; São Cristóvão, 80; Barbados e Jamaica, 100; as Antilhas Dinamarquesas,
10.000; e Suriname, 400.186 Em São Tomé e no Suriname, os morávios enfrentaram forte
resistência dos colonizadores reformados holandeses, que tentaram impedir o trabalho que os
morávios estavam fazendo entre os negros. No início, os morávios foram voluntariamente
181
Hartog, op. cit., p. 39; 121; Smit, op.cit., p. 58.
182
Knappert, op. cit., p. l15. Van Alphens menciona que os membros da IRH foram ministrados por
missionários wesleyanos metodistas (1895), p. 400.
183
Hartog, op. cit., p. 118.
184
Knappert, op. cit., pp. 166 - 167.
185
Ibíd., pp. 106 - 107.
186
Ibíd., pp. 108 - 110.
55
56
A resistência ao ministério cristão entre os escravos de São Tomé e das ilhas vizinhas
assumiu proporções severas. De fato, os esforços reformados da obra missionária transcultural
entre os escravos foram paralisados devido a esta resistência. Quando o Rev. Muller de São
Cristóvão seguiu o exemplo dos Morávios para ministrar entre os escravos, ele enfrentou a
oposição de Johan Brand, o sucessor de Borm. O racismo de Brand era bastante óbvio ao
considerar os escravos como uma raça bruta e inferior, não digna de receber educação para
seus filhos e perigosa por ter uma influência negativa em crianças brancas nas escolas
mistas.187
A IRH em São Tomé foi entregue à Igreja Reformada da América (RCA: 1827). Eles
continuaram com seus cultos em inglês. A igreja reformada em São Tomé existe até hoje.
A igreja reformada de São Tomé foi hábil em fazer contatos missionários em Porto
Rico. Justo Gonzales concorda com a observação de que o Protestantismo em Porto Rico
começou com os contatos descobertos em 1870 pelo Ministro da Igreja Reformada de São
Tomé, Johannes Waldemar Zechune. Este trabalho foi continuado mais tarde pelos episcopais.
O início da obra presbiteriana em Porto Rico também está relacionado aos contatos de
Antonio Badillo Hernández, que obteve uma Bíblia e fundou congregações de “crentes da
Palavra” em Aguadilla. A igreja desempenhou um papel muito importante no
desenvolvimento de missões presbiterianas na virada do século XX.188
Imigrantes holandes chegaram em São Cristóvão em 1722 com apoio da CIO. O Rev.
Henricus Muller serviu como referência no trabalho missionário reformado nas ilhas do
Caribe. Muller tomou o exemplo dos Morávios de São Tomé e incluiu africanos em seu
ministério. Sua igreja de 200 membros incluía até um terço dos africanos em seus membros.189
O historiador da igreja Knappert relata que Muller teve que enfrentar muitas questões
difíceis quanto à membresia de africanos em sua igreja. Devo batizar os escravos com ou sem
o consentimento de seus senhores? O batismo católico romano era aceitável? Se um escravo
fosse condenado a morrer, ele poderia receber o batismo e o sacramento? Muller apresentou
estas questões às suas classes.190
A disposição positiva de Muller em relação aos escravos foi fortemente atacada por
Johan Brand, de São Tomé. Muitas de suas perguntas sobre escravidão nunca tiveram uma
resposta.
56
57
escravidão. A Holanda foi o último poder europeu a emancipar seus escravos no Caribe. Os
ministros reformados praticamente permaneceram em silêncio sobre o pedido de emancipação
dos escravos negros.
“O mau exemplo que os senhores deram a seus escravos mostrou que a conversão dos
colonos tinha que acontecer antes que houvesse qualquer esperança de que os escravos se
convertessem.”191
“Os filhos dos pagãos não devem ser batizados, a menos que tenham sido ensinados na
religião cristã e tenham feito sua confissão de fé. De modo algum devem ser batizados antes
de terem alcançado o uso responsável da consciência.”192
Knappert relata que em 1699 havia 322 brancos e 131 escravos na ilha. Em 1715 havia
336 brancos e 176 escravos. Entre os brancos havia um pequeno número de pessoas
reformadas e presbiterianas.
O Rev. Josias Jacques, ministrou na IRH de 1736 a 1739 antes de se mudar para San
Martin. Em 1755, o Rev. Hugh Knox, um ministro presbiteriano de Nova York, chegou a
Saba. Ele permaneceu lá até 1771, quando, acredita-se que, ele tenha morrido. Ambos os
ministros eram um empréstimo de outras denominações, já que não havia ministros
holandeses disponíveis que falassem inglês.
St. John teve três ministros da Holanda desde a década de 1750 até o final da década
de 1780.194 Com relação às outras ilhas, eles atendiam às necessidades religiosas dos donos de
plantações descendentes de holandeses. Segundo Knappert, havia 190 proprietários de
plantações com 1087 escravos. Devido a leis severas, a ilha de St. John tornou-se o local das
191
Ibíd., p. 103.
192
Ibíd., p. 115.
193
Knappert, op. cit., p. 169.
194
Ibíd., p. 109.
57
58
rebeliões de escravos. Com a ajuda dos franceses, os tumultos foram interrompidos pela
administração colonial.195
Quanto às outras ilhas antilhanas mencionadas nesta seção, a IRH desapareceu junto
com o fechamento da CIO e a saída dos colonizadores holandeses. Não há fontes que
mencionem se os não-holandeses se juntaram às igrejas.
Em 1825, apenas três anos depois de sua organização oficial como igreja, a IRH
passou a fazer parte da VPG. O mesmo aconteceu na vizinha Curaçao. A maioria dos
membros da igreja foi reformada, uma minoria tinha um passado luterano.
A língua papiamento foi usada desde 1858, graças ao encorajamento expresso pelo
Rev. Nicolaas Kuipéri (1858-1871). A igreja pôde funcionar com o uso de holandês, alemão e
papiamento.198
O primeiro pastor que trabalha na VPG em Aruba também foi seu primeiro
missionário. No entanto, devido a conflitos com o conselho da igreja local, que exigiu que o
ministro trabalhasse em tempo integral no ministério pastoral, o Rev. Kuipéri partiu em
1871.200
195
Hartog, op. cit., p. 92.
196
Ibíd., pp. 85 - 87.
197
Ibíd.. p. 92; Smith, op. cit., p. 55.
198
Hartog, op. cit., p. 94.
199
Ibíd., p. 95. Os documentos da IRH menciona que havia 443 almas em 1891; 520 em 1896; 661 em 1900;
407 em 1905; 358 em 1910; 348 em 1915. A partir de 1887, um pregador serviu a 2 congregações. predicador
sirvió a 2 congregaciones.
200
Smith, op cit., p. 56.
58
59
Em 1916, a VPG estava bem estabelecida nesta pequena ilha (19,6 milhas por 6
milhas). A igreja foi forçada a sair do molde da IRH graças à união com os luteranos. Isso
ajudou a igreja a contextualizar-se com a língua falada, a cultura e as pessoas da ilha.
Os arquivos da igreja indicam que várias crianças escravas foram batizadas. Durante o
tempo da CIO, a IRH em Curaçao não batizou escravos ou seus filhos para manter a distinção
entre escravos e não-escravos. Esta prática discriminatória foi ignorada em Bonaire visto que
em 31 de agosto de 1849 e em 16 de maio de 1851, crianças escravas foram batizadas.204
O primeiro ministro foi Willem Frederik Henrik Laret, que serviu de 1860 a 1868. De
toda forma, houve visitas anuais de outros ministros de Aruba e Curaçao na ausência de um
pregador permanente.
Em 1896, Meinhart morreu. Ele tinha sido um membro do conselho da igreja por mais
de 50 anos. Por dois períodos ele liderou a congregação como instrutor religioso. Seu
ministério de proclamação limitou-se a ler sermões pré-aprovados.
2.3.3.6.11. Conclusão
59
60
No entanto, houve exceções a essa regra. Em São Tomé e São Cristóvão, a igreja
reformada continuou com a RCA. O clero e os membros da Igreja de São Tomé fizeram
vários contatos missionários em Porto Rico e eventualmente dirigiram o estabelecimento da
Igreja Presbiteriana em Porto Rico.
Vários contatos foram feitos com os presbiterianos ingleses, como no caso do Rev.
John Runnels, em São Eustaquio e San Martin. No entanto, essas relações não foram
duradouras.
A igreja reformada em Aruba, Bonaire e Curaçao tornou-se a VGP. Isso não encorajou
missões entre índios e africanos em geral, mas dirigiu o caminho da igreja de Aruba para usar
o papiamento. Isso, por sua vez, levou à tradução do Novo Testamento em Papiamento e ainda
mais contatos com não-holandeses ou alemães. No entanto, essa influência não floresceu
antes de 1916.
A postura da CIO com referência ao bautismo de “crianças pagãs” era mais drástica
que a decisão da classe de Amesterdão em 1666. A Companhia não permitiu o batismo de
escravos nem de seus filhos, para manter a distinção entre escravos e não escravos. Os líderes
da igreja, com suas pouquíssimas exceções, mantiveram a tradição mercantil e a voz profética
contra a escravidão era ouvida raras vezes.
Ministros como Henricus Miller, George van Essen e Jan K. Waals romperam com tais
tradições. Sob pressão colonial contínua, eles acabaram sendo forçados a deixar seus
ministérios transculturais.
Em 1916, todo a IRH havia deixado de existir como igrejas denominacionais isoladas.
Os membros da Igreja Reformada continuaram como a VPG nas Antilhas Holandesas. O
desaparecimento das igrejas coloniais coincide com o desaparecimento da CIO e a redução do
imperialismo holandês no Caribe.
2.3.3.7. Conclusões
Nesta seção serão extraídas conclusões sobre a IRH e as missões na ALC de 1616 a
1916. As conclusões a que chegamos em 2.2.3; 2.3.2.9 e 2.3.3.6.11, não serão repetidas.
Atenção será dada a uma apresentação mais sistemática da conclusão.
60
61
que foi estabelecida sob o governo de Johan Maurits van Nassau era conveniente para os
interesses missionários da IRH. Os começos entusiasmantes foram abruptamente
interrompidos quando os holandeses decidiram se retirar para as ilhas do Caribe para proteger
seus interesses imperialistas e mercantis. Os interesses da CIO na ALC acabaram por incluir o
comércio de escravos. Consequentemente, as missões entre índios e africanos foram
suprimidas pelo tráfico de escravos da CIO.
A IRH enviou 205 ministros ordenados de 1630 a 1916 (veja a Figura 2). O maior
número de ministros foi enviado a Paramaribo, Suriname (53: 1667-1916; 56 contando com
outros ministros que serviram em outras congregações no Suriname); Curaçao (47: 1634-1916
incluindo ministros da IRH que foram enviados através do VGP); Brasil (55: 1624-1654,
incluindo sete pastores missionários). Esses países representam os lugares onde a IRH teve
seus primeiros compromissos coloniais.
61
62
Eustáquio batizou oito escravos libertos, mulatos e várias famílias escravas. No entanto, não
havia nenhuma igreja indígena formada por africanos ou índios que perdurasse, nem
treinamento de líderes indígenas que pudessem substituir os missionários.
A membresia da igreja foi dividida entre o Suriname e seis outras ilhas durante o
século XIX até 1916. Figura 2.3.3. indica o número de pessoas associadas à IRH em Aruba,
San Martin, Saba, Curaçao e Suriname de 1896 a 1915.205
205
Ibíd. Marcelo Dalmas, Historia de los Valdenses en el Río de la Plata (1973); Prien, op. cit., pp. 421-422.
Veja também Ernesto Tron y Emilio H. Ganz, Historia de las Colonias Valdenses Sudamericanas en su primer
centenario (1858-1958) (1958); La Iglesia Evangélica Valdense Ayer y Hoy (1979).
62
63
Chanforan, eles são considerados reformados.206 A confissão de fé dos valdenses (1655) foi
semelhante à confissão francesa de Rochelle (1571).
O primeiro pastor, Miguel Morel (1860-1865) foi designado pelo comitê valdense
(Tavola Valdense) e aprovado pelo sínodo valdense na Itália. Dalmas observa que Morel foi
treinado na Academia Teológica, em Genebra. Morel tentou estabelecer leis civis como
Calvino havia feito em Genebra.207 Isso não foi bom para o Rev. Pendleton e logo Morel foi
expulso e a igreja foi temporariamente fechada.
Junto com o primeiro pastor, veio o professor Juan Daniel Costeleta, da Itália em
1861. O estabelecimento e a gestão de colégios são parte da tradição valdense.Ao final do
século 19 várias organizações para jovens foram fundadas.
O segundo pastor, Juan Pedro Michelin Salmon (1870-1874) foi o primeiro de vários
pastores. De 1860 a 1916, houve um total de 13 pastores.
A Igreja Evangélica Valdense encontra suas raízes em 1859, com a chegada dos
valdenses da Itália. A primeira igreja foi formada em Colônia Belgrado (Santa Fé) em 1887 e
organizada em 1891. Faz parte da igreja valdense do Uruguai.
206
Dalmas, op. cit., p. 20.
207
Ibíd., pp. 11-73. Carta del pastor pensionado Ricardo C. Ribeiro. Diciembre, 1992.
63
64
Até 1930, todos os ministros ordenados eram italianos, com exceção de Enrique Beux.
Nas décadas de 1940 e 1950, o número de ministros nacionais aumentou.208
Com exceção de São Tomé, a RCA teve pouca influência no Caribe. A maior
influência na ALC durante os séculos XVII e XIX foi a européia, e particularmente a
holandesa.
Em 1827, a IRH em São Tomé foi entregue à RCA. Os cultos passaram a ser
realizados em inglês. Além disso, os membros em São Tomé fizeram contatos em Porto Rico,
que se tornou a formação da Igreja Episcopal em Porto Rico.211
64
65
2.3.6. Conclusão
2.4. CONCLUSÃO
Contexto missionário.
65
66
O estilo das missões também variava. Contatos missionários espontâneos feitos pelos
membros da igreja e ministros são relatados logo após a expedição de Coligny. A IRH enviou
dez missionários ao Brasil no século XVII. Estes trabalharam sob a jurisdição das classes
brasileiras com ênfase plantatio ecclesiae. As igrejas francesas enviaram um missionário ao
Suriname durante o século XVII. A Sociedade Missionária dos Países Baixos enviou um
missionário ao Suriname no século XVII para trabalhar com os índios. Antes de 1916, a IRH
no Suriname não respondeu com entusiasmo ao trabalho com as sociedades missionárias e os
morávios. Os valdenses demonstraram maior interesse em trabalhar além das barreiras
eclesiásticas de suas colônias. Três missionários foram enviados, um ministro trabalhou com a
Sociedade Bíblica Inglesa e Estrangeira e várias organizações cristãs foram estabelecidas para
jovens, estudantes e idosos.
A igreja reformada ainda mantinha seu foco interno. Em 1916, não havia igrejas
indígenas, africanas ou não brancas fundadas por missões de igrejas reformadas americanas,
holandesas e italianas.
66
67
geralmente não eram conhecidas como agentes do evangelho de Jesus Cristo para povos
indígenas, africanos e qualquer pessoa fora de suas próprias barreiras eclesiásticas.
Como mencionado acima, o Rev. Jan Willem Kals no Suriname; Rev. George van
Essen em Santo Eustáquio; Rev. Henricus Muller em São Cristóvão; e Rev. Nicolaas Kuipéri,
em Aruba, foram notáveis radicais que denunciaram as contradições dos colonizadores. A
nova onda de imigrantes que veio após a emancipação e após o declínio do colonialismo,
criou um ambiente mais saudável, que foi mais propício para as missões. É interessante ver
que o propósito profético religioso estava intimamente relacionado ao propósito do
evangelismo. Os mesmos ministros e missionários que expressaram sua preocupação com as
condições depravadas e degeneradas da vida colonial também estavam bastante preocupados
com a degeneração espiritual do povo e a necessidade de trabalho missionário.
O propósito evangelístico de alcançar o povo da ALC foi exposto por Usselinx e foi
posto em prática pelos missionários holandeses no Brasil no século XVII. Isso durou 24 anos.
Outros esforços evangelísticos surgiram por curtos períodos de tempo, como o trabalho de
van Essen, Muller e Kuipéri.
CAPÍTULO 3
67
68
3.1. Introdução
3.2.1. Introdução
3.2.2.1. Introdução
68
69
treinado como presbiteriano na Escócia, mas serviu nas Bermudas através da Igreja da
Inglaterra.1
O Rev. Lewis Hudges (1613-1620; 1622-1625) foi o segundo ministro das Bermudas.
Ele começou a usar o sistema de governo da igreja presbiteriana. 2 Por volta de 1620, a forma
de governo da igreja e a ordem de culto nas Bermudas mostraram uma distinta influência
presbiteriana.3 A influência presbiteriana dentro da Igreja da Inglaterra continuou nas
Bermudas até o início do século XVII.4
69
70
Em 1929 eles faziam parte da CS.9 Em 1874, uma congregação menor, a Igreja de Santo
Andrés, aderiu à Igreja Presbiteriana do Canadá (PCC).10
As atividades missionárias eram escassas porque era basicamente uma igreja para os
colonos. A Igreja Presbiteriana das Bermudas estabeleceu contatos transculturais, mas
trabalhou principalmente com outros colonos e visitantes. No final do século 17, no entanto,
os afro-caribenhos foram aceitos na igreja. A Sociedade Missionária de Glasgow enviou
missionários que estavam encarregados da escola dominical para crianças afro-caribenhas.
Outras denominações, como os metodistas, foram atraídas para trabalhar na ilha.
O Rev. George Blyth (1824-?) veio da Escócia em 1824. Ele ajudou no avanço do
trabalho afro-caribenho para incluir o plantio de igrejas. Vários proprietários de escravos
simpatizaram com a ideia e logo uma igreja foi construída. Os relatórios missionários de 1830
dizem que 800 pessoas se converteram ao cristianismo.15
A escravidão na Jamaica foi abolida entre 1834 e 1838. Os ex-escravos ficaram muito
gratos aos missionários por sua participação na busca pela emancipação. Elizabeth Hewat
escreve:
9
Ibid., p. 156.
10
Ibid., p. 158.
11
David Barrett, "Bahamas," World..., pp. 145-146; Latourette, A History of Christianity Vol. 2, (1975), p. 951.
12
"Histories of the Presbyterian Churches in the Caribbean," The Caribbean Presbyterian, vol. 1, n. 1, (nov.,
1958), p. 1
13
Richard S. Dunn, Sugar and Slaves: the rise of the Planter Class in the English West Indies 1624-1713 (1972),
p. 182.
14
Elizabeth Hewat, Vision and Achievements: 1796-1959: A History of the Foreign Mission of the Churches
united in the Church of Scotland (1960), pp. 14-15.
15
Ibid., p. 15.
70
71
“O dia 1°. de agosto de 1838, foi um dia memorável, quando 60.000 pessoas foram
libertadas dos últimos remanescentes da escravidão. O Rev. Hope Waddell nos dá uma visão
geral gráfica disso. Reunidos antes do nascer do sol em suas propriedades para ação de graças
e orações, o povo tinha dois grandes cartazes. O da igreja tinha o sinal da cruz com as
palavras “Por esta conquista”, enquanto o cartaz da escola tinha o lema: “Através da educação
cristã, deixe a Jamaica prosperar...”. Aplausos ensurdecedores se seguiram ao apelo dos lemas
dos cartazes, “Não mais ligaduras, mas a lei”; “Isto é obra do Senhor”; “Vamos trabalhar para
nossas esposas e filhos”; “Os salários são melhores que o chicotes”; “A liberdade cristã é a
melhor liberdade”. O sermão foi baseado no texto: “Onde está o Espírito de Deus, há
liberdade”.16
De 1838 a 1865, a Jamaica experimentou uma grave crise social que culminou na
“Rebelião Jamaicana”. O governo e o povo não trabalharam juntos. Em São Tomé, a leste, um
tribunal de justiça pegou fogo, 18 colonos morreram e 31 ficaram feridos. As autoridades
responderam duramente matando 800 afro-caribenhos e queimando mais de 1.000 casas. O
governo inglês interveio, selecionando um novo governador e restaurando a ordem. Durante
dias turbulentos na Jamaica, os projetos missionários e a igreja continuaram a crescer. A SMS
aderiu ao trabalho missionário denominacional da Igreja Presbiteriana Unida (UPC) em 1847.
Em 1847, foi relatada a existência de quatro igrejas presbiterianas, 26 pontos de pregação,
quatro ministros jamaicanos e cerca de 5.000 membros com uma arrecadação econômica
considerável.19
No final do século XIX, a igreja mantinha 32 catequistas, não apenas para suas
próprias congregações, mas também para missões nos lares. Isso incluiu um trabalho
16
Ibid., p. 16.
17
Ibid., p. 18.
18
Ibid., p. 18; Clement Gayle, "The Church in the West Indies-Bondage and Freedom," Caribbean Journal of
Religious Studies, vol. 3, n. 1, (abril, 1980), pp. 16-27; Brian Gates (ed), Afro-Caribbean Religions (1980), p. 43;
D. A. Rothnie, "The Presbyterian Church of Jamaica," The Caribbean Presbyterian (nov., 1958), pp. 25-26.
19
Hewat, op. cit., p. 24.
71
72
20
Ibid.
21
J. C. MacDonald, "The Church of Scotland in Grenada," The Caribbean Presbyterian, vol.1, n.1 (nov.
1958), pp. 29-30.
22
Ibid., p. 30.
72
73
com as populações indígenas e orientais. Por esta razão, não é de surpreender que os
Presbiterianos de Granada fossem predominantemente Indianos Orientais que estavam
intimamente relacionados com a Igreja Presbiteriana de Trinidad. A evangelização dos índios
orientais, que permaneceram no Caribe por mais tempo que os escoceses e canadenses, levou
à construção de uma igreja que não dependia da comunidade européia ou norte-americana.
Em 1846 um pastor Português, o Rev. Henrique Vieira (1854-?) foi ordenado pelo
novo presbitério. Assim começou o trabalho em português entre os portugueses. A
congregação cresceu para alcançar 70 membros em 1864.23
3.2.2.7. Conclusão
É importante observar vários fatores contextuais. A SMS liderou a tarefa dos direitos
das missões desde o início de seu trabalho. Apesar da resistência dos colonizadores, eles
resistiram e prosperaram. A tendência de trabalhar com os marginalizados da sociedade
tornou-se a marca do jovem presbitério jamaicano.
23
Graeme S. Mount, Presbyterian Missions to Trinidad and Puerto Rico: the Formative Years, 1868-1914
(1983), pp. 27-31; 55-56; Sarah Morton, John Morton of Trinidad (1916), pp. 7-10.
73
74
Os missionários da SMS estavam dispostos a negar parte de sua herança colonial para
trabalhar com pessoas afro-caribenhas marginalizadas. Essa negação voluntária da cultura
dominante foi fundamental para o desenvolvimento da igreja em uma cultura oprimida. Os
afro-caribenhos redescobriram suas raízes históricas e culturais nas terras africanas quando,
na companhia de outros missionários escoceses, iniciaram seu trabalho na Nigéria.
Dos três tipos de igrejas, as igrejas plantadas se tornaram as maiores e as que tinham o
trabalho missionário mais tivo. O trabalho missionário dos jamaicanos na Nigéria com os
indianos orientais, os hindus e os muçulmanos foi o resultado dessa estratégia.
74
75
3.2.3.1. Introdução
Durante os séculos XVII e XVII, os Presbiterianos dos EUA estavam ativos no Caribe,
especialmente nas Antilhas, onde o inglês e o holandês eram falados. O trabalho missionário
dos presbiterianos americanos nos países de língua espanhola do Caribe, como Cuba, Porto
Rico e República Dominicana, começou no final do século XIX.
24
Para as fontes das tabelas veja-se as notas de referências 1-23.
25
A Junta de Missões Estrangeiras da PCUSA formou-se em 1813. Era a Sociedade Missionária Estrangeira do
Oeste (1831). No início tinha 40 ministros e 40 leigos. (Presbyterian Historical Society Archival Resources. n.
31, p. 67); L. Knappert, op. cit., p. 115.
75
76
O Rev. Hugh Knox (1755-1771) foi enviado para a igreja reformada em Saba pela
Igreja Presbiteriana de Nova York. As primeiras conexões presbiterianas americanas no
Caribe foram com os presbiterianos ingleses e escoceses e com as igrejas reformadas da
Holanda.27
A PCUSA, nos Estados Unidos, estava entre as primeiras igrejas protestantes que se
estabeleceram em Cuba. Justo González escreve:
“A obra presbiteriana em Cuba tem quase a mesma antiguidade que a dos episcopais, e
é também o resultado do trabalho dos cubanos que conheceram a fé presbiteriana enquanto
estavam no exílio nos Estados Unidos. O primeiro e mais notável desses foi Evaristo Collazo,
que em 1890 escreveu aos presbiterianos do sul dos Estados Unidos informando-os da
existência de três congregações e uma escola para meninas que sua esposa e ele fundaram e
sustentavam até aquele momento.” 29
26
Joseph Frith, Reminiscences of an old Bermudas Church (1911), pp. 42-43.
27
Veja 2.3.3.6.7.
28
Graeme S. Mount, Presbyterian Missions to Trinidad and Puerto Rico..., pp. 27-31.
29
González, Development..., p. 93.
30
Annual Report-1891 (54th), pp. 27-28.
76
77
Vale ressaltar que a igreja foi iniciada pelos cubanos e que as missões foram iniciadas
por convite. A igreja teve liderança nacional desde o começo. Houve também um alto nível de
cooperação interdenominacional. Vários pequenos grupos se combinaram para formar uma
igreja nacional mais forte.
Uma das vantagens que os presbiterianos americanos tinham em Porto Rico era a
proteção oferecida pelo governo dos Estados Unidos. Porto Rico estava sob a soberania dos
Estados Unidos. Essa situação, comparada aos problemas que os presbiterianos tiveram na
Colômbia e no México, deu ao evangelismo e ao desenvolvimento da igreja um ambiente
mais estável para trabalhar.34
77
78
A ICR não tinha os recursos pastorais para enfrentar o desafio apresentado pelos
membros de sua igreja que desertaram para fazer parte das igrejas protestantes. Alguns
dissidentes católicos articulados se tornaram líderes da igreja presbiteriana de Porto Rico.36
Durante a primeira década do século 20, dois hospitais foram iniciados: o Hospital
Presbiteriano em Santurce e o Hospital Rye em Mayagüez. Um ministério missionário foi
realizado dentro dos hospitais.
36
Ibid., pp. 242-243.
37
Ibid., p. 245.
38
Ibid., p. 246.
39
Ibid.
40
Ibid., p. 247.
41
Ibid., p. 248.
78
79
3.2.3.9. Conclusão
Os presbiterianos em Porto Rico exibiram outra dimensão que não era tão notável nas
Bermudas e em Cuba. Os comitês missionários presbiterianos investiram milhões de dólares
na construção e manutenção de grandes instituições, como hospitais, escolas e projetos de
assistência social. Porto Rico começou como uma igreja nacional, mas acabou se tornando
obra missionária, com o resultado da continuação de um pequeno núcleo de igrejas nacionais.
42
González, Development..,. pp. 78s.
43
Entrevista, 03 de julho de 1987, com o Dr. Luis Tomás, professor de história da igreja da Igreja Evangélica
Dominicana e com o Rev. Dodd, missionário presbiteriano aposentado que trabalha na IED. Entrevist, el 3 de
julio, 1987, con el Dr. Luis Tomás, professor de historia de la iglesia para la Iglesia Evangélica Dominicana y
con el Rvdo. Dodd, misionero presbiteriano pensionado quien trabaja la IEC. George Lockward's Protestantismo
en la República Dominicana (1982).
79
80
Para um resumo completo dos Presbiterianos dos EUA no Caribe, consulte a Tabela 3.
44
3.2.4.1. Introdução
A Igreja Presbiteriana do Canadá (PCC – sua sigla em inglês) era um ramo dos
presbiterianos escoceses. Por meio de contatos comerciais com as Índias Orientais em meados
do século XIX, o trabalho missionário dos presbiterianos canadenses começou no Caribe
juntamente com a obra presbiteriana escocesa existente.
44
Fontes para as tabelas, veja notas de referência 46-63.
45
Mount, op. cit., pp. 58-61. E. B. Rosabella Seesaran en "The Unfolding Panorama of the Presbyterian Church
in Trinidad: 1868-1993," Trinidad Presbyterian (1993), p. 15, nota: “Em 1868, John Morton chega e, ao declarar
à Igreja Presbiteriana escocesa... sua intenção de trabalhar entre os índios ... foi designado missionário entre os
índios.”
80
81
"Trindade não era a única ilha a receber trabalhadores indígenas contratados, e como
os presbiterianos em Trindade eram reconhecidos como especialistas nas missões com os
índios, seus serviços eram procurados em Guaiana, Santa Lucia, Granada e Jamaica... na
Jamaica, a contribuição trindadense estava em aconselhamento e treinamento de pessoal, mas
a missão na ilha estava sob o controle da Igreja Presbiteriana da Jamaica. A missão de Santa
Lúcia, embora tenha tomado grande parte do tempo do trabalho missionário trindadense foi
lentamente prejudicada ao ponto em que os indianos deixaram a ilha e o que restou foi
tomado pelos metodistas. O trabalho de Granada foi o menor de todos e continua até hoje
como parte da igreja de Trindade.” 48
“Desde o início de seu ministério, John Morton, percebeu que sem os ajudantes
nativos, não haveria progresso. É por isso que ele acolheu o professor e catequista
ocidentalizado, Charles Clarance Soodeen. Nesse mesmo sentimento K.J. Grant abraçou Babu
Lal Behari e ambos, Soodeen e Lal Behari, foram recomendados ao Comitê de Missões
Estrangeiras e depois aceitos como catequistas assalariados da equipe da Missão de Trindade
em 1875. Esses dois, graças a seus serviços dedicados, inconscientemente iniciaram uma
mudança a favor da influência indígena na igreja.” 49
46
Geoffrey D. Johnstone, "The Canadian Mission to Trinidad, 1868-1939" (1976).
47
Idris Hamid, A History of the Presbyterian Church in Trinidad: 1868-1968 (1980), p. 235.
48
Morton, op. cit., p. 275.
49
Seesaran, op. cit., p. 16. Samuel Doodnath, in Trinidad Presbyterian (1993), p. 15.
81
82
casa. Em 1894, uma escola Normal de treinamento foi aberta. A escola Princetown começou
em 1905 e eventualmente se juntou às escolas de Morton em 1909.
50
The Record (abril, 1878), citado por Mount.
51
Hamid, op. cit., p. 86. List of schools, p. 74.
52
Hamid, op. cit., pp. 61-86. Seesaran, op. cit., p. 16; Doodnath, op. cit., p. 15.
53
Hamid, op. cit., p. 37; Morgan, op. cit., p. 27; Mount, Review Interamericana, vol. 7, n. 1, primavera, 1977, p.
37.
54
Hamid, op. cit., pp. 40s.
55
Ibid., pp. 46-49.
82
83
A obra presbiteriana em Trindade, nos séculos XIX e XX, deu grande importância à
formação da liderança cristã e da igreja. A liderança indo-oriental desenvolveu-se em idade e
estágio iniciais. As escolas cristãs começaram em 1868. Entre 1871 e 1873, mais de 12
escolas foram abertas. As escolas cristãs da comunidade eram espaços de treinamento para a
futura liderança indo-oriental.56
O Colégio de Professores Naparima foi aberto para treinar os professores das escolas,
além do treinamento de aprendizes ministrado pelos missionários. Com a ajuda do governo,
este Colégio Presbiteriano de Professores abriu suas portas em 1894.57 Hamid escreve:
“Em sua congregação, eles continuaram sendo associados ao missionário como seu
superintendente. Ao missionário eles entregaram relatórios trimestrais; casos graves de
disciplina na congregação continuaram a ser tratados pelo missionário e pelo conselho
missionário.” 62
83
84
“ajudantes”. Foi uma igreja com muito mais influência missionária. Também se tornou uma
igreja de classe média alta. Hamid menciona que a liderança entre os pobres não se
desenvolveu e que igrejas e escolas eram mais para pessoas de classe média. Hamid explica
que não foi apenas um processo de cristianização, mas também de ocidentalização dos
indianos.
3.2.4.4. Conclusão
84
85
fossem valorizados no trabalho com os mesmos. No entanto, o sistema escolar foi orientado
para a cultura ocidental e a cultura do leste da Índia não se espalhou. Os escritores indianos
que descreveram a história presbiteriana eram muito mais críticos quanto à ocidentalização
dos indianos do que os escritores canadenses.
85
86
3.2.5. Conclusão
O uso de escolas cristãs, iniciado muito cedo pelos escoceses na Jamaica e pelos
canadenses em Trindade, tornou-se uma estrutura para o treinamento dos futuros líderes
eclesiásticos e sociais. Vários autores nacionais observaram que, enquanto os níveis social e
educacional aumentavam, o zelo do evangelismo diminuía.
86
87
envolveram em Cuba, Porto Rico e República Dominicana. Visto que os Estados Unidos se
tornaram o protetor de Cuba, Porto Rico e outras ilhas do Caribe, esse parecia ser um
ambiente estável.
3.3.1. Introdução
3.3.2.1. Introdução
Belize foi capturada pelos ingleses durante a década de 1630, a Jamaica também caiu
nas mãos dos ingleses em 1655. A Companhia da Providência, sob os auspícios do rei inglês,
instalou três assentamentos na costa da Nicarágua. Em 1641, um ataque espanhol foi repelido,
mas logo depois a companhia foi fechada. Um grupo de mais de mil presbiterianos escoceses
tentou formar uma colônia no que é hoje a área do Panamá durante os anos de 1698 a 1700. A
expedição não teve sucesso.
87
88
As atividades presbiterianas remontam a 1815 por Bisnauth, que fala de uma reunião
liderada por um presbiteriano escocês, Lachal Cuming, o “patriarca da Escócia na Guiana”. O
presbitério da Igreja Presbiteriana da Guaiana (PG) foi estabelecido em 1837. Em 1860, os
presbiterianos já haviam absorvido a IRH em seu meio.
O primeiro ministro da Escócia foi o Rev. Archibald Brown (1818-?). Ele ofereceu
seus serviços em lugares como St. Andrews, Corentyne, Wakenaam, Windsor Forest e Sage
Ponde.
65
Veja 2.3.3.2. Mount observa que é a Guiana Britânica e depois da independência, Guiana.
66
D.A. Bisnauth, op. cit., p. 12.
67
Ibid., p. 13.
68
W.A. Frazer, "The Church of Scotland in British Guayana," The Caribbean Presbyterian, pp. 30-31.
88
89
3.3.2.6. Conclusão
89
90
3.3.3.1.1. Introdução
"Do outro lado, vemos os números formados em série, riqueza, influência política,
todos controlados por numerosos sacerdotes intolerantes e inescrupulosos e liderados pelo
grande inimigo de Deus e do homem; por outro lado, vemos um punhado de ministros de
Cristo, uns poucos e alguns irmãos, mas o Senhor está do lado deles. Pode agradá-lo permitir
que os poderes das trevas retenham por certo tempo a ascendência nestas terras, para a
punição dos pecados de seus habitantes; mas enquanto isso Ele está reunindo seu povo
escolhido e finalmente destruirá o “homem do pecado” e o reino de Satanás. Nessa fé, nossos
irmãos protestantes trabalham e sofrem, oram e esperam.”73
"A rapidez com que esses lugares podem ser alcançados; o crescente intercâmbio entre
nossos cidadãos e o povo dos Estados hispano-americanos; o crescimento da inteligência e da
liberalidade de pontos de vista entre muitos de nossos vizinhos da América Central e do Sul,
72
Veja a bibliografia nas notas 65-71.
73
Sixteenth Annual Report BFM PCUSA (1877).
90
91
um exemplo muito significativo que foi mostrado na derrocada completa do poder jesuíta em
Nova Granada; e, acima de tudo, o solene interesse espiritual de nossos irmãos; tudo deveria
servir para continuar o zelo missionário de nossas igrejas em favor destas nações católicas
romanas. Não deve haver nenhuma porta aberta por muito tempo sem ser atravessada.”
Os missionários das igrejas presbiterianas já tinham ido à América Latina com missões
interdenominacionais. Por exemplo, Rev. David Trumbull tinha ido com a União Cristã
Estrangeira para o Chile em 1845. Ele também foi acompanhado por outros missionários
presbiterianos. Em 1873, o trabalho ficou a cargo do PCUSA.
O Comitê (BFM) enviou ao Rev. H.B. Pratt (Col 1856-1859) para a Colômbia em
1856. Parte das razões são estabelecidas na seguinte citação do BFM:
O Rev. Patt adotou uma abordagem polêmica em relação aos erros da ICR na
Colômbia. Ele começou a escrever contra a ICR em jornais públicos. Seus artigos receberam
uma resposta condenatória dos líderes romanos, enquanto outros, incluindo pessoas das
classes alta e dominante, deram ouvidos abertos e receptivos às novas idéias protestantes.
Pratt também usou seus interesses literários para trabalhar em uma tradução melhor da Bíblia
para o espanhol. Isso foi feito em conjunto com a Sociedade Bíblica Inglesa e Estrangeira.
74
Stanley Rycroft, Latin America and the United Presbyterians (1961), p. 11; Robert Speer, Presbyterian
Foreign Missions (190l), pp. 269-270; The Seventeenth Annual Report of the BFM of the PCUSA (1854), pp. 64-
65; Prien, op. cit., reporta que havia atividade presbiteriana em 1836.
75
Nineteenth Annual Report (1856), pp. 101-102.
91
92
Pratt fundou uma revista em Bucaramanga. Que foi enviado aos líderes nacionais do
Partido Liberal. Ele também traduziu a versão moderna da Bíblia junto com autores latinos.
Ele traduziu Noches con los Romanistas e iniciou uma série em espanhol chamada Estudos
Críticos e Explanatórios das Escrituras Sagradas.76
Durante 1859, duas novas famílias missionárias foram recebidas. O Rev. Samuel
Sharpe e sua esposa (1858-1860) e o Rev. William McLarens e sua esposa (1860-1863). O
Rev. Sharpe terminou seu treinamento lingüístico, mas morreu logo depois. Sua filhinha havia
morrido anteriormente. Sua esposa permaneceu em Bogotá e acabou se casando novamente.
Devido à Guerra Civil nos Estados Unidos, o Rev. Pratt saiu do campo para se juntar a
PCUSA. Isso deixou os McLarens sozinhos. O Rev. Mclarens não era tão polêmico quanto
Pratt e preferia uma abordagem mais indireta de distribuição silenciosa de folhetos e Bíblias.
A primeira igreja presbiteriana na Colômbia foi formada em 1861. Mas foi só em 1865
que os colombianos se uniram à igreja. Por quase 9 anos o trabalho da igreja foi com
estrangeiros que falavam inglês.
A Escola Americana, uma escola para meninas, foi criada pela Srta. Kate McFaren
(1869-?) em 1869. A escola mantinha um trabalho intermitente, dependendo do horário de
folga de McFaren. Professores colombianos eventualmente continuaram com a escola. O Rev.
Tomás Candor (1886-?) iniciou uma escola para crianças em 1890. Eventualmente, as duas
escolas se tornaram uma só.
76
Twenty Fifth Annual Report (1862), pp. 16-17. Luis Salem, “Christian Writers Paved Way for Outreach in
Latin America,” Latin American Evangelist (Julio-sept, 1989), pp. 8-9. As datas dos livros não são mencionadas.
77
Thirty Third Annual Report (1870), p. 11.
78
Thirty Third Annual Report (1870), p. 13.
92
93
Durante 1912, Bucaramanga foi aberta como uma estação para o plantio de igrejas.
Cerete foi inaugurada em 1913 e Cartagena em 1914. Em 1916, havia 27 missionários
americanos, 38 trabalhadores nacionais, supervisionando 14 igrejas e grupos, 398
comungantes e 1.523 aderentes. Havia também oito escolas e 841 alunos.80
93
94
incluindo um evangelista inglês, William Pitt (Bra: 1855-?), ele organizou a primeira igreja
presbiteriana em 1858. A igreja incluiu vários brasileiros das altas classes da sociedade
brasileira.84
O potencial conflito entre o Dr. Kalley e o Rev. Simonton foi tratado em um espírito
de amor cristão. Quando surgia diferenças nos métodos missionários, se o evangelho tinha
que ser transmitido de maneira secreta ou aberta, esses missionários resolviam suas diferenças
falando e orando sobre isso.87
em Setembro de 2018.
84
Ibid; Prien, op. cit., los reportes comienzan en 1859.
85
Portrait, 4/10-12.
86
Ibid.
87
Ibid., p. 4/16.
88
Ibid., pp. 4/25-26.
94
95
“Renunciar a uma religião que me inspirou os melhores atos de minha vida é passo tão
sério que apenas uma convicção inamovível – a fé, me decidiu a tomá-lo. Contudo, apesar da
sinceridade de nossos atos, o mundo os julga de modo arbitrário, e ninguém pode furtar-se ao
dever de explicá-los a amigos e inimigos, às autoridades e à sociedade. Pretendo produzir tal
explicação dentro de pouco tempo, a fim de que todos possam, após estudo e meditação,
julgar-me com justiça e liberdade. À V. Excia., príncipe da igreja a que pertenci, devo antes de
tudo confessar que dela me separei – porque no evangelho de Cristo, nosso Divino Redentor,
aprendi a não confundir com Seu ensino máximas, invenções e tradições de homens. Sinto
que, como atualmente se constitui a Igreja de Roma, é absolutamente impossível manter
intacta, em seu seio, aquela liberdade de consciência indispensável à pregação e à prática do
Evangelho. Separando-me dessa Igreja eu poderei remover os obstáculos a uma vida mais
conforme com Jesus Cristo, de cujo Evangelho não somente não me envergonho, mas
confesso solenemente que somente ele pode indicar-me o Caminho da Vida, ensinar-me a
verdadeira vida aqui e na eternidade, pela fé na Redenção do Filho de Deus. Deus salve vossa
Excelência Reverendíssima. Cidade de São Paulo”.
Durante 1865, foi fundada a Imprensa Evangélica. Esta foi bem recebida e se tornou
uma ferramenta de comunicação útil para evangelismo e educação cristã. Durante o mesmo
ano, vários candidatos para o ministério foram apresentados. Planos foram feitos para a
criação de um seminário. O primeiro presbitério também foi formado naquele ano, que
continuaria até 1917. Tanto os missionários quanto os pastores nacionais participaram do
presbitério.
O Instituto Mackenzie, uma escola diurna, foi fundado pela Sra. Mary Ann Kesley
Chamberline. A escola começou como uma escola americana e mais tarde se tornou uma das
melhores instituições de ensino do país.
A PCUSABFM comentou:
89
Ibid., p. 4/39.
90
Ibid., p. 6/8-7/57.
91
Ibid., p. 7/61.
95
96
“As escolas ocuparam, sem dúvida, a maior parte da atenção dos trabalhadores de São
Paulo. Espera-se que, com a ajuda adicional sendo fornecida durante o próximo ano, teremos
mais liberdade de trabalho de evangelização nesse campo.”92
A evangelização por meio das escolas ou através de viagens itinerantes para o interior
do Brasil foram meios que trouxeram como conseqüência o crescimento da igreja.
Terceiro período (1888-1903). A força missionária, como todo o Brasil, foi duramente
atingida pela epidemia de febre amarela. Seis missionários morreram da peste. Três outros
morreram, embora não diretamente devido à febre amarela. O pessoal da missão estava
consideravelmente enfraquecido. Além disso, as duas agências tiveram dificuldade em
trabalhar juntas. Disputas sobre o local do seminário bem como os confrontos de
personalidade cobraram seu preço. No final do século, alguns pastores nacionais pediam a
remoção dos missionários dos presbitérios e do sínodo. A associação à Loja Maçônica tornou-
se motivo de disputas e propiciou uma situação de divisão. Os missionários eram contra a
filiação maçonica, enquanto um grupo de presbiterianos brasileiros defendia a utilidade da
filiação maçonica por causa de sua natureza anti-romana e seu apoio à liberdade brasileira.
Em 1917, a Igreja Presbiteriana do Brasil começou a operar sob o “Plano Brasil”. Foi
uma separação pacífica entre os missionários e os conselhos da igreja. Ele também dividiu os
campos de trabalho. Quando os missionários tiveram que passar o trabalho para a igreja
nacional, este passado para o presbitério mais próximo. O plano foi bem recebido e a igreja
presbiteriana continuou a crescer.95
92
Forty Eighth Annual Report (1885), p. 36.
93
William Read, A Presbyterian Church in Central Brazil (1969), p. 216.
94
Ibid., pp. 2/16-17; Rycroft, op. cit., pp, 18-19.
95
Read, op. cit., pp. 2/18-19.
96
Eightieth Annual Report (1917), p. 354. Nem todas as igrejas estão diretamente associadas aos missionários,
portanto, não são relatadas nas estatísticas das missões. Read, et al., Pp. 71,77 relata que em 1917 a IPB tinha
150 igrejas, 475 pontos de pregação, 67 pastores, 7 presbíteros e Cooperação no evangelismo itinerante. Os
líderes nacionais e os membros da igreja não tiveram medo de fazer a difícil tarefa de proclamar o evangelho em
novas regiões. Isto trouxe como conseqüência o crescimento da igreja e a evangelização permaneceu uma
prioridade com as missões e as igrejas nacionais.uma estimativa de 15.000 membros.
96
97
A chegada dos Presbiterianos do Norte (PCUSA) ao México tem muito a ver com a
vida de Arcadio Morales Escalona.97 Ele nasceu em condições humildes em 12 de janeiro de
97
Joel Martinez Lopez, Orígenes del Presbiterianismo en México (1972); 1872-1972 Centenario: Iglesia
Nacional Presbiteriana de México (1973), pp. 39f.
97
98
1850, na Cidade do México. Seu pai morreu em 1859, deixando-o, sua mãe e seu irmão mais
novo. Tendo aprendido a ler e a escrever e a tendo uma disposição séria, ele foi considerado
por sua família e amigos como um bom candidato ao sacerdócio. Sua mãe, D. Felipa
Escalona, não concordou que Arcadio fosse à Espanha. Dos 9 aos 13 anos, teve que
abandonar a escola e dedicar-se à venda de doces entre as classes mais pobres da sociedade.
Enquanto isso, ele permaneceu como assistente fiel da Igreja Católica. Depois de uma luta
severa contra o febre tifóide, Arcadio acabou trabalhando para um homem chamado Francisco
Aguilar. Francisco tinha uma Bíblia que Arcadio eventualmente começou a ler por um período
de seis anos.
No ano de 1869, Arcadio foi convidado por sua mãe para participar de um culto
pastoral protestante conduzido pelo mexicano Saastenes Juarez. Arcadio ficou muito
impressionado com a pregação da Bíblia. Ele estava convencido de que suas suspeitas
anteriores sobre os protestantes estavam erradas. A mensagem de Jesus tornou-se mais pessoal
para ele. Ele começou a ver as diferenças entre a fé católica romana e o protestantismo.
98
99
O impacto do protestantismo no México foi visto na vida de Benito Juárez. Benito era
um homem de ascendência indígena, nascido no estado de Oaxaca. Ele era advogado e
governou em Oaxaca. Ele era um defensor bem conhecido dos direitos indígenas. Ele ganhou
respeito por sua honestidade. Seu exército tomou a cidade do México em 1860 e fez dele
presidente do México.
O primeiro mandato presidencial de Juarez foi curto. Ele continuou com reformas
liberais que incluíam a liberdade de expressão, reformas agrárias, controle eclesiástico e
suspensão da dívida externa. Este último levou à sua queda quando a França interveio e
enviou Maximiliano como imperador em 1863. Maximiliano durou até 1867, quando foi
capturado e executado pelas tropas de Juarez.
O segundo mandato de Juarez durou de 1867 a 1872. Suas reformas eclesiásticas logo
abririam caminho para que grupos protestantes entrassem e se estabelecessem no México. A
agenda liberal das reformas de Juárez incluía a liberdade de religião, a nacionalização de
propriedades eclesiásticas, o exílio de ordens religiosas e, em algumas ocasiões, a entrega de
edifícios e propriedades católicas a grupos protestantes.
98
Thirty Fifth Annual Report (1872), p. 27.
99
González, op. cit., p. 405.
100
Thirty Fifth Annual Report, p. 25.
99
100
O ministério de prisão do Rev. Escalona provou ser um bom território para alistar dois
futuros obreiros da igreja. Julian Meza e Manuel González se tornaram membros da igreja El
Divino Salvador depois de saírem da prisão. Então eles foram enviados pela igreja como
missionários, recebendo o apoio do Conselho Missionário Mexicano. Outros prisioneiros
convertidos que permaneceram na cadeia continuaram a evangelizar nelas.
Em conclusão a este breve resumo, a história de Escalona é instrutiva. Você pode ver
uma perspectiva de dinâmicas pessoais e culturais dentro da Igreja Presbiteriana e da
sociedade mexicana. No raciocínio para a vinda da missão do Norte, foi dada importância à
101
Lopez, op. cit., p. 150.
102
Eightieth Annual Report (1917), pp. 282-289.
103
Ibid.
104
Ibid., p. 290.
105
Ibid., p. 281.
100
101
A história das igrejas presbiterianas no Chile tem sido parte da dissertação defendida
na Universidade de Utrecht, na Holanda, pelo Dr. Jean Kessler Jr. Kessler descreve a história
de 1873-1963 a partir de uma perspectiva crítica. Ele observou a maneira pela qual as divisões
da igreja, ele também observou o nacionalismo e o papel do ministério nativo. A descrição é
útil para observar a relação entre cultura e missões transculturais na América Latina e Caribe a
partir de uma perspectiva missionária.106
106
Jean Baptise August Kessler Jr., A Study of Older Protestant Missions and Church in Peru and Chile (1967).
See also R. Speer, Modern Missions in Chile and Brazil (1926), pp. 1-4, 331-344.
107
Paul Irven, The Life and A Yankee Reformer in Chile Works of Dave Trumbull (1973).
101
102
O ano de 1873 não é exatamente a data real dos primórdios do presbiterianismo. O Dr.
Jorge Cárdenas Brito menciona que em junho de 1868, a primeira igreja presbiteriana foi
organizada em Santiago. Um ano depois, uma igreja foi organizada em Valparaíso. O primeiro
pastor a ser ordenado foi o pastor chileno Manuel Ibáñez-Guzmán, que morreu vários anos
depois.109
O Rev. Trumbull foi um reformador social e religioso. Ele publicou revistas em inglês
e espanhol. Ele ajudou os católicos romanos a receberem Novos Testamentos. Ele desafiou as
superstições tradicionais da Igreja Católica Romana através da troca de opiniões com os
padres na imprensa. Ele também abriu uma casa para crianças abandonadas. Ele ajudou
protestantes, não-cristãos e católicos romanos em programas de bem-estar social. Ele se
envolveu em questões políticas e foi bem sucedido em assegurar que houvesse mudanças nas
leis de tolerância religiosa de 1865, também nas leis dos cemitérios seculares de 1883 e na lei
do casamento civil de 1884.110
“Trumbull é... distinguido por duas coisas: primeiro, sua busca pela unidade e,
segundo, a maneira como ele se identifica com os chilenos que veio a servir.”111
O precedente estabecido por Trumbull não foi, segundo Kessler, o mesmo padrão que
as igrejas presbiterianas no Chile seguiram.
A transição do trabalho da igreja para os líderes chilenos acabou sendo muito difícil
para os missionários. Kessler escreve sobre o relacionamento com Canut, Viduarre, Elphick e
Moran.
“A missão presbiteriana estava de olho no treinamento dos homens, alguns dos quais
desempenhariam parte vital do futuro desenvolvimento do protestantismo no Chile, mas que
nunca desfrutavam dos frutos. Eles perderam Canut por causa de dissensões internas. Vidaurre
ficou chateado porque os missionários não estavam dispostos a sacrificar seu padrão de vida.
Elphick escorregou por entre os dedos devido a sua relutância em adaptar seu estilo e
doutrinas a uma atmosfera mais emocional no Chile, e Tulio Moran não pôde ser usado
porque insistiu em manter as regras presbiterianas desenvolvidas que foram desenvolvidas
numa cultura diferente A conclusão que pode ser feita é que, se alguém deseja fazer o trabalho
missionário e, especialmente, se deseja estabelecer um ministério nativo em outra terra, é
necessário abandonar o que pode ser considerado justificadamente essencial em nosso
país.”112
108
González, Historia..., pp. 352-353; Kessler, op. cit., pp. 41-43.
109
Jorge Cárdenas Brito, La Tradición Reformada y Presbiteriana (1995), pp. 21-22.
110
González, op. cit., p. 353; Kessler, op. cit., pp. 43-44.
111
Ibid., p. 45.
112
Ibid., p. 68.
102
103
como uma discriminação da missão. A repetida justificativa de que “o missionário está certo e
sabe o que é melhor”, bem como a incapacidade de aprender com os erros do passado, levou a
uma desgastada relação entre trabalhadores nacionais e missionários. Os resultados de tal
atrito foram um pequeno número de pastores nacionais, bem como um crescimento lento da
igreja e seus membros. O crescimento foi lento comparado aos metodistas e batistas.113
A visão de uma igreja nacional autossuficiente não foi levada em conta desde o início
do trabalho. O transplante do modelo americano de presbiterianismo não deixou espaço para
uma verdadeira igreja nacional. Os ministérios institucionais, tão comuns para o
presbiterianismo americano, começaram a drenar a igreja de seus recursos vitais necessários
para o evangelismo e o crescimento. A controvérsia teológica levou à saída de muitos líderes
importantes.115
Kessler observou quatro grupos na igreja. O primeiro grupo é distinguido por sua boa
organização. O segundo grupo é tão pequeno que, quando seus membros saem, eles precisam
se juntar a outros grupos. O terceiro e quarto grupos tem divisões por várias razões. Sobre as
razões para as divisões, Kessler observa: “Em ordem de importância estavam os problemas de
personalidade, organizações defeituosas, nacionalismo, adaptação inadequada e divergências
doutrinárias”.116 O terceiro e quarto grupos eram evidentes entre os primeiros presbiterianos
no Chile.
113
Ibid., p. 47-68.
114
Ibid., p. 85.
115
Herbert Kane, A Global View of Christian Missions (1975), pp. 444-445.
116
Kessler, op. cit., pp. 333-334, 337-338.
117
Ibid., pp. 60-61, 76, 340-343.
103
104
De acordo com Kessler, de 1873 a 1916, a IPC foi um exemplo de uma igreja
controlada por missionários cujo desenvolvimento e evangelismo foram atormentados por
uma série de problemas sociais, pessoais e culturais. O trabalho missionário transcultural em
áreas onde o cristianismo não havia sido estabelecido era limitado devido a conflitos internos.
Em 1916, havia sete ministros nacionais, servindo mais de 850 membros em plena
comunhão em 23 igrejas e pontos de pregação. 118 O 80º Relatório Anual da BFM afirma que
em 1917 havia 43 igrejas, 26 postos remotos, sob os serviços de 60 nacionais e 21
missionários. Havia 1.014 membros em plena comunhão, mais 175 que se juntaram durante o
ano, com um total de 6.345 participantes. Havia 12 escolas e 1.298 alunos.119
A PCUSABFM foi apresentada com uma porta aberta por várias razões. Fatores
culturais como o nacionalismo e o liberalismo político fizeram da Guatemala uma população
receptiva. Isto foi associado com a reação contra a Espanha e a Igreja Católica Romana. E
para colocar a cereja no bolo, um convite foi enviado por políticos nacionais para os
missionários fossem à Guatemala.
O trabalho missionário do Rev. Hill incluiu editar e distribuir folhetos, dirigir cultos
em espanhol, ajudar pastores leigos em tempo parcial, ajudar os pobres que iam à igreja.
118
Ibid., p. 73.
119
Eightieth Annual Report (1917), p. 70. Nenhuma explicação é dada para a significativa diferença entre as
estatísticas dos relatórios de 1916 e 1917.
120
Eightieth Annual Report (1917), pp. 378-380; Virgilio Zapata Arceyuz, Historia de la Iglesia Evangélica en
Guatemala (1982), pp. 34s; Wilton Nelson, op. cit., pp. 50-53. James Emery observa que Haymaker continuou a
fazer viagens à Guatemala até 1946, carta de maio de 1995.
121
Eightieth..., p. 379.
104
105
Uma escola para meninas funcionou de 1884 a 1891. Em 1913, outra escola para
meninas foi iniciada. As escolas dominicais começaram desde o início do trabalho.
O Relatório Anual da PCUSABFM (1897) afirma que o Rev. T.S. e a Sra. Pond (1897-
¿) foram transferidas da Colômbia para Caracas.125
Em 1889, havia cultos públicos que sendo realizados e duas professoras nacionais
trabalhavam em uma escola de 20 alunos.127
105
106
3.3.3.1.9. Conclusão
Nesta breve seção, as observações finais dos países em particular serão resumidas e
comentadas a partir da perspectiva do contexto, da agência e da motivação missionária da
PCUSABFM.
No final do século XIX, a PCUSABFM tinha uma estratégia agressiva para entrar nos
campos. O esforço de curta duração na Argentina deveria ser destinado a alcançar imigrantes
europeus e norte-americanos. No Chile, um missionário de outra agência entregou o trabalho
aos presbiterianos e tornou-se missionário presbiteriano. Na Colômbia, contatos foram feitos
com a comunidade de língua inglesa. No Brasil, os leigos prepararam o terreno para os
missionários chegarem e trabalharem com os brasileiros. Contatos foram feitos com as
sociedades bíblicas. Na Guatemala, o presidente levou em conta o conselho de uma mulher
presbiteriana e, por isso, os missionários foram convidados a ir à Guatemala. No México,
missionários transferidos da Colômbia chegaram e a missão se envolveu em um movimento
cristão que já estava em andamento. Os primeiros missionários na Venezuela também foram
transferidos da Colômbia.
106
107
O evangelismo que foi realizado pelos membros da igreja nacional foi crucial para
continuar o desenvolvimento da igreja. Em tempos de conflito nacional, os evangelistas
podiam permanecer em contato com o povo, enquanto os missionários eram forçados a sair.
Havia apenas duas igrejas autossuficientes nos sete campos. Eles tiveram essa
característica desde o começo. Portanto, a dependência das igrejas e escolas da agência
missionária era considerável. De acordo com os Relatórios Anuais da PCUSABFM, as
contribuições para o trabalho nos diferentes campos totalizaram US $13.950.
107
108
A estratégia inicial de inserir novos campos não era apenas uma abordagem “shotgun”
(de várias frentes). A PCUSABFM não entrou em todos os países da América Latina. Outros
países, como Panamá, Costa Rica e Uruguai, eram possíveis campos missionários, mas a
PCUSABFM concentrou sua força missionária em outros lugares. Em 1916, a PCUSABFM
concordou com a divisão dos campos missionários entre as diferentes agências missionárias,
de modo que haveria menos duplicação e competição.
A PCUSABFM foi dirigida pelo conhecido estrategista missionário, Dr. Robert Speer.
Em seu livro, South American Problems, Speer resume as razões para a BFM da seguinte
forma:
3. As missões protestantes são justificadas na América do Sul para poder levar a Bíblia
ao povo desta maneira.
108
109
As razões contra a ICR foram em parte uma reação à conclusão de alguns líderes
missionários na Conferência de Edimburgo em 1910, que não considerou a América Latina
um campo missionário já que estava sob o domínio católico romano.
Speer deu exemplos de como a igreja presbiteriana teve o convite de certos países
latino-americanos. Além do problema de sua condição, a ICR não estava alcançando todos.
Speer considerou que a “competição” religiosa seria boa para a ICR e serviria como uma
influência purificadora. Speer viu a necessidade de ajudar as forças cristãs internas dentro da
ICR a iniciar a tarefa de purificação. O movimento protestante não era “mero proselitismo”,
mas uma poderosa propaganda educacional e moral ensinando liberdade e pureza. 131 Somente
uma forte religião evangélica, segundo Speer, pode produzir o homem moral, intelectual e
responsável de que a América Latina precisa.
Speer observou que havia também imigrantes de língua inglesa na América Latina que
precisavam ser ministrados. Eles poderiam ministrar nessa área também.
3.3.3.2.1. Introdução
131
Ibid.
132
Eightieth Annual Report, p. 70. As estatísticas do Brasil estão incompletas. As estatísticas de 1917 referem-
se ao ano de 1916. Fontes do gráfico: notas de rodapé 73-130. Veja Read, pp. 75-78.
109
110
Além de organizar igrejas, Lane e Morton começaram uma escola noturna para ganhar
convertidos de raízes católicas romanas através da educação.135
Em 1873, a senhorita Henderson abriu uma escola para moças. Em 1878, o Colégio
Internacional registrou 135 meninos e 52 meninas. A escola sofreu com dificuldades
financeiras, mas conseguiu continuar.
133
Minutes: General Assembly of the Presbyterian Church in the US, Vol. 1, 1861, p. 17.
134
Robert Leonard McIntires, op. cit., pp. 6/8-12.
135
Ibid., p. 7/14.
136
James Bear, Mission to Brazil (1961), pp. 16-17.
137
Ibid., p. 17.
138
Ibid., p. 18.
139
Ibid.
140
Ibid., pp. 18-22.
110
111
1893 a 1895 houve uma grande rotatividade de missionários, mas novos missionários também
foram enviados.141
A PCUS também foi dividida por outras questões. Estas incluíam a prioridade da
estratégia missionária de educar e evangelizar. O Comitê Missionário e a Assembléia Geral
apoiaram a política que priorizava as escolas. O Dr. Houston, o secretário da junta
missionária, renunciou por causa deste assunto.
A PCUS também funciona no norte do Brasil. Este trabalho foi marcado por sucessos
e frustrações que estavam intimamente relacionados.
141
Ibid., pp. 26-27.
142
Ibid., pp. 30-31.
143
Ibid., pp. 32-36.
144
Twenty Sixth Annual Report (1887), p. 5.
111
112
liderança nacional teve que ser desenvolvida e a resposta das pessoas a esse aspecto foi
encorajadora.145
Em 1900, havia 18 igrejas e uma membresia total de 576 pessoas. Os líderes nacionais
estavam assumindo a liderança e o governo da Igreja. Os missionários estavam encarregados
de desenvolver instituições educacionais e sociais e se concentraram no estado de
Pernambuco. Todos estavam envolvidos em trabalho institucional ou educação. Ninguém
estava comprometido com o evangelismo em tempo integral.
112
113
O Relatório Anual de 1876 afirma que a sede da missão mudou-se para Bucaramanga,
quando o Rev. Pratt se mudou para lá. Pratt também foi ocupado com a distribuição da Bíblia
e uma revista mensal “que deve, mais cedo ou mais tarde, exercer uma influência poderosa no
país.”149 (148).
“As sementes do evangelho podem ter caído em boa terra, mas ainda não há evidência
de que tenha trazido algum fruto... as pessoas foram muito absorvidas pela ruína da guerra
civil entre eles, que têm muito pouca disposição para atender a outros assuntos.”150
O trabalho na Colômbia foi fechado em 1878. A crise financeira nos Estados Unidos
impediu o a junta missionária de enviar novos missionários nos quatro anos anteriores. A falta
de resposta exigia que o conselho realocasse seus recursos para áreas de crescimento e, de
acordo com os sulistas, a Colômbia não era uma dessas áreas.
113
114
Os missionários e os líderes da igrejas nacionais foram mais para o sul. Apesar da forte
e violenta oposição e do espírito antiamericano por parte dos grupos católicos romanos, as
igrejas continuaram a crescer. A perseguição não impediu o avanço dos protestantes. As novas
liberdades religiosas encorajaram os presbiterianos a continuarem.154
151
Annual Report (1874), p. 10.
152
Wm. A. Ross, Sunrise in Aztec Land (1922), pp. 50-57.
153
Ibid., pp. 64-65.
154
Ibid., pp. 66-69.
155
Ibid., pp. 69-70.
114
115
Em 1904, o pastor mexicano Leandro Garza Mora foi enviado para a Escócia para ser
o representante mexicano na conferência da Aliança Mundial das Igrejas Reformadas.156
“Aqueles que fizeram mais do que todos os outros para manter o trabalho mais estável
em sua marcha avançada foram os ministros, professores e anciãos mexicanos que foram
treinados durante esses anos. Embora todos os missionários os tivessem deixado e não os
substituído, o presbitério continuaria trabalhando.”157
A verdade desta afirmação foi posta à prova durante os anos da Revolução Mexicana,
quando os missionários americanos foram forçados a sair. A igreja sobreviveu, mas o desejo
da igreja era de ter apoio pessoal e missionário para ajudar no trabalho.158
156
Ibid., pp. 70-71.
157
Ibid., p. 70.
158
Ibid., pp. 102-108.
159
Ibid., p. 134.
160
Fifty Fifth Annual Report (1915), p. 8.
115
116
1. Treinamento imediato dos líderes nacionais. Leandro Garza Mora foi um excelente
exemplo de como um novo convertido foi treinado e recebeu ampla responsabilidade na igreja
até se tornar um renomado líder nacional.
4. Flexibilidade por parte das igrejas para ir a novas áreas. Em 1919, um novo
campo foi aberto, através das decisões tomadas no Congresso do Panamá. A Missão do Sul
respondeu com recursos e renovou o interesse pelo evangelismo.
3.3.3.2.5. Conclusão
A depressão econômica nos Estados únicos no final do século XIX reduziu os recursos
financeiros missionários, mas não interrompeu as missões.
Não temos como determinar com este estudo se o apoio ao tráfico de escravos pelos
missionários do sul e o uso de escravos por alguns missionários no Brasil tiveram algum
efeito no trabalho missionário.161
116
117
Os padrões de imigração crescente entre a América Latina e a parte sul dos Estados
Unidos aumentaram os contatos missionários em ambos os lados da fronteira. O surgimento
da Igreja Presbiteriana Mexicana-Americana no sudoeste dos Estados Unidos, bem como o
início das igrejas pelos missionários presbiterianos do sul do México e do Caribe são
evidências disso.162
O uso de escolas institucionais como um meio para fazer missões causou mais tensão
do que a experimentada pelas missões do Norte. Isso parece ter sido causado e agravado por
problemas internos entre os missionários e suas agências. Isso também poderia ter acontecido
devido à falta de estabilidade política e social nas áreas de trabalho que consequentemente
causou uma alta taxa de rotatividade missionária.
162
R. Douglas Brackenridge and Francisco O. Garcia-Treto, Iglesia Presbiteriana (1974).
163
Jean Pierre Bastian, Breve historia del protestantismo en América Latina (1986), pp. 109-110.
117
118
Embora houvesse uma oposição pública muito forte, os missionários usaram meios
diferentes para estabelecer o trabalho. Uma escola para mulheres em Tampico foi iniciada,
missões médicas foram estabelecidas em San Luis Potosí, uma nova igreja foi inaugurada em
Ciudad del Maíz, um orfanato em Rioverde, e havia ainda, um colportor de Bíblias itinerante
em Tampico. Em 1903, havia 10 missionários no campo.167
164
Veja a bibliografia nas notas de rodapé 132-162. Os obreiros nacionais são apresentados sem distinção de
pastor e ajudantes. Os 21 trabalhadores nacionais são presumidos como ministros servindo nas igrejas.
165
James Mitchell, The Emergence of a Mexican Church: the Associate Reformed Presbyterian Church of
Mexico (1970), p. 30.
166
Ibid., p. 35
167
Ibid., p. 39.
118
119
de teologia (no ensino médio) e um grande número de trabalhadores nacionais. Mas, então a
revolução mexicana os atingiu.
A Revolução Mexicana forçou os missionários a voltar para casa por pelo menos um
ano. Muitos não retornaram. James Mitchell escreve:
A chegada dos presbiterianos canadenses na Guiana Britânica tem muito a ver com
outras duas nacionalidades: os indianos e os escoceses.
O Rev. John Morton, ministro pioneiro dos presbiterianos canadenses em Trindade, fez
uma visita exploratória à Guiana Britânica em 1880. Foi através de seus contatos com o
168
Ibid., p. 41.
169
Charles Alexander Dunn, "The Canadian Mission in British Guyana-The Pioneer Years: 1885-1927," (1971),
pp. 3-4.
170
Bisnauth, op. cit., p. 17.
119
120
pregador presbiteriano escocês, Rev. Thomas Slater, que contatos foram feitos com a Igreja
Presbiteriana Canadense e o Rev. John Gibson (1885-1888). Gibson, que estivera em Trindade
para uma breve estadia, veio à Guiana Britânica em 1885 e basicamente repetiu a estratégia
missionária usada pelos Presbiterianos Canadenses em Trindade, isto é, plantou igrejas,
estabeleceu escolas e treinou catequistas. Gibson morreu em 1888. Nenhum sucessor foi
enviado até 1896, quando James B. Cropper (1896-?) veio de Halifax.171
“No final de 1918, a Missão Canadense podia se gabar de ter uma comunidade cristã
de cerca de 1.933 pessoas. Havia 59 congregações, 46 escolas dominicais, 38 escolas diurnas
e uma escola de ensino superior. Vinte e nove catequistas foram empregados a serviço da
Missão, bem como 79 professores e dois professores de ensino médio.”174
Indianos foram treinados como catequistas para liderar a igreja. Antes de 1916, não
havia pastores nacionais ordenados. A presença missionária não era permanente, embora os
missionários Cropper e Scrimgeours fornecessem uma presença missionária estabilizadora.
171
Ibid., p. 18.
172
Ibid., p. 22.
173
The Canadian Presbyterian, p. 46.
174
Bisnauth, op. cit., p. 22.
120
121
3.3.5. Conclusão
3.4. CONCLUSÃO
Contexto missionário. Durante o século XVII até meados do século XIX, igrejas
inglesas e escocesas foram estabelecidas nas colônias de língua inglesa. Na Jamaica, a SMS
marcou um novo e importante curso de trabalho direto com os afro-jamaicanos. Isso resultou
em uma grande força missionária jamaicana que acabou indo para a Nigéria para estabelecer a
igreja presbiteriana na Nigéria.
121
122
Várias das igrejas associadas tornaram-se muito grandes. Brasil, México e Guatemala
desenvolveram liderança nacional no estágio inicial e os nacionais, juntamente com o forte
apoio de missionários internacionais, conseguiram resistir a dificuldades e oposições, superar
obstáculos e desenvolver uma grande igreja e uma comunidade cristã.
122
123
Certa pressão foi exercida sobre as igrejas nacionais para serem auto-suficientes. As
ofertas da igreja foram cuidadosamente anotadas. Instituições educacionais e de trabalho
ajudaram a fortalecer a renda da membresia.
Houve um uso extensivo de missionários leigos. Muitos dos missionários leigos eram
mulheres solteiras que ensinavam por curtos períodos de tempo em escolas cristãs. Vários
missionários se tornaram missionário de carreira e de longo prazo.
123
124
124
125
175
Veja os gráficos mencionados anteriormente no capítulo para fontes. Para outras perspectivas, ver Eugenio
Restrepo Uribe, O Protestantismo na Colômbia (1944) e Wheeler Reginald-Browning Webster, Missões
Modernas no Main da Espanha, (1925).
125
126
CAPÍTULO 4
ANÁLISE MISSIOLÓGICA
4.1. INTRODUÇÃO
Três eras sócio-políticas podem ser identificadas na ALC pós-colombiana. Essas eras
incluem: era colonial européia (1492 até meados do século XIX); a nova era do nacionalismo
(de meados do século XIX ao início do século XX) e da era do imperialismo americano
(início do século XX até hoje).
Nosso estudo mostra que, durante a era colonial européia, as colônias ibero-
americanas rejeitaram os presbiterianos e os reformados, enquanto as colônias do norte da
Europa os aceitaram. As colônias do norte da Europa, em associação com a Dinamarca,
Inglaterra, Holanda e Escócia, que aceitaram as igrejas e missões Presbiterianas e Reformadas
incluíram: Antigua, Argentina, Aruba, Bahamas, Belize, Bermuda, Bonaire, Brasil, Grand
Caiman, Granada, Curaçao, Guiana, Jamaica, Panamá, Saba, Santo Eustáquio, Saint John, São
Cristóvão, Santa Lúcia, San Martin, São Tomé, Suriname, Tobago e Trindade. As colônias
francesas permitiram a entrada dos protestantes em Anquilla, Guiana Francesa, Guadalupe,
Martinica, Santo Eustáquio e San Martin.
126
127
127
128
Uma das principais razões para a proteção do tráfico de escravos pelos membros e
líderes da igreja deveu-se à associação das igrejas da IRPB com a CIO. A CIO teve fortes
influências nos conselhos das igrejas coloniais da IRPB. Ministros pró-africanos como Ch. De
Rochefort, W. Volkringth, Jan Kals, Henricus Muller e George van Essen foram as exceções.
128
129
Esse aumento nas missões presbiterianas durante a segunda metade do século XIX foi
em parte relacionado aos convites feitos pelos líderes nos países recém-formados da ALC, à
crescente presença do imperialismo dos EUA e ao consentimento dos conselhos de missão
denominacional para expandir na ALC. Incursões significativas foram feitas contra os
católicos romanos no Brasil, Cuba, Chile, Colômbia, Guatemala, México e Porto Rico.
129
130
A primeira igreja a enviar ministros para a ALC foi a igreja de João Calvino, em
Genebra. Três ministros foram enviados para o Brasil de 1556 a 1558.
A Igreja Reformada na América da classe de Nova York, enviou 19 ministros para São
Cristóvão e São Tomé para servir em duas congregações de 1774 a 1916.
A maioria dos ministros e missionários foi enviada para: México (115), Brasil (75),
Trindade (34), Colômbia (29), Jamaica (20) e Chile (20). Os países com maior número de
trabalhadores nacionais foram: Brasil (90), Jamaica (84), México (70), Chile (67), Colômbia
(44) e Guiana Inglesa (44).
130
131
O holandês foi empregado por 209 dos 258 ministros e 11 missionários. Oito
missionários falavam línguas hindus e 3 usavam o espanhol. Treze ministros falavam francês
e 15 falavam italiano antes de 1916.
A RCA em São Cristóvão e São Tomé ministrou em inglês. Esta língua também foi
usada em Tobago e na Guiana Inglesa.
131
132
Nesta seção, o estudo fará declarações conclusivas sobre o papel desempenhado pela
teologia reformada, a relação entre ortodoxia e ortopraxia e a natureza da justificativa para as
missões.
A teologia reformada foi usada para definir a teologia das igrejas coloniais
transplantadas, bem como as igrejas nacionais plantadas. Durante o século XIX, as igrejas
reformadas participam de agências missionárias evangélicas e empreendimentos ecumênicos.
132
133
questionados. Havia ministros como o Rev. John Runnels de Santo Eustáquio, que foi acusado
de não ser reformado, mas tais casos eram poucos e distantes entre si.
A exclusão de crianças pagãs dos símbolos do pacto não foi a única forma de exclusão
na ALC entre os reformadores holandeses. Como foi previamente demonstrado, os
Reformados Holandeses não plantaram uma igreja nacional composta de membros e líderes
Afro ou Indo-Americanos de 1654 a 1916.
133
134
Os reformados no Caribe, do século XVII até meados do século XIX, eram a antítese
da missiologia de Gisbertus Voetius. A maioria das igrejas reformadas não evangelizou, não
plantou igrejas e não deu um testemunho para glorificar a Deus.
A ortodoxia presbiteriana foi afirmada por sua adesão aos padrões de Westminster e às
ordens denominacionais da igreja. De 1609 a 1916, não houve desafios para os padrões que
causassem divisões.
O século XIX testemunhou a divisão de igrejas presbiterianas nos Estados Unidos por
causa da escravidão e outras questões relacionadas à Guerra Civil. Quando os missionários
chegaram à ALC, a questão da posse de escravos, em geral, não era tão relevante, pois a
libertação dos escravos estava prestes a acontecer ou já tinha acontecido. O efeito prático da
divisão das igrejas americanas foi que agora havia dois comitês missionários em operação.
Em 1916, a maioria dos campos tinha combinado esforços missionários, isto é, os dois
conselhos missionários estavam cooperando com as igrejas nacionais.
“A promessa do Evangelho é que todo aquele que crer no Cristo crucificado não
pereça, mas tenha vida eterna. Esta promessa deve ser anunciada e proclamada sem
discriminação a todos os povos e a todos os homens, aos quais Deus em seu bom propósito
envia o Evangelho, com a ordem de se arrepender e crer”.
134
135
Mas a maioria das igrejas reformadas do Caribe fez uma distinção entre evangelizar e
discipular colonos ou não-colonos. Muitas igrejas não tinham membros, nem lideres entre os
não-colonos.
As metas e estratégias missionárias expostas por Gisbertus Voetius sem seus três
aspectos era: manifestar o reino de Deus por meio da evangelização dos pagãos, construir a
igreja e manifestar a glória de Deus em todas as áreas da vida. ideologicamente expressou o
conceito de missões reformado holandês. Entre os não-colonizadores havia pouca
evangelização, a igreja não estava estabelecida para eles e a glória de Deus não era muito
visível no tráfico e na posse de escravos.
135
136
4.5. CONCLUSÃO
136
137
CAPÍTULO 5
5.1. INTRODUÇÃO
137
138
5.2.1. Introdução
A Confissão Belga não foi escrita como uma declaração de missão, no entanto, seus
ensinamentos contêm importantes implicações missiológicas. O artigo 27 afirma:
“Esta santa igreja também não está situada, fixada ou limitada em certo lugar, ou
ligada a certas pessoas, mas ela está espalhada e dispersa pelo mundo inteiro. Contudo, está
integrada e unida, de coração e vontade, no mesmo Espírito, pelo poder da fé.”
Os Cânones de Dort, com sua ênfase dogmática nas doutrinas de eleição e graça,
afirmam no Artigo 5 no segundo capítulo :
“A promessa do Evangelho é que todo aquele que crer no Cristo crucificado não
pereça mas tenha vida eterna. Esta promessa deve ser anunciada e proclamada sem
discriminação a todos os povos e a todos os homens, aos quais Deus em seu bom propósito
envia o Evangelho, com a ordem de se arrepender e crer.”
usar “Christonomy”, o reino de Cristo. Outro termo apropriado é “autonomia responsável” (individualidade
responsável) ou simplesmente responsável.
138
139
R. Primeiro: entendo que todos os crentes, juntos e cada um por si, têm, como
membros, comunhão com Cristo, o Senhor, e todos os seus ricos dons. Segundo: que todos
devem sentir-se obrigados a usar seus dons com vontade e alegria para o bem dos outros
membros.
A seção 2.2. mostra a participação da Igreja de Genebra e seu líder, João Calvino, na
promoção de missões mundiais. A principal antítese dos reformadores do século XVI não era
a resistência do paganismo ao evangelho, mas a batalha de vida ou morte com a Igreja
Católica Romana. O movimento protestante procurou retornar aos alicerces da igreja una,
santa, católica e apostólica. Em seus esforços para se submeter à autoridade de Deus,
conforme expresso nas Escrituras, e para não se curvar às tradições do homem e da religião,
os reformados formaram suas próprias congregações. Calvino observou:
“Se a igreja é fundada sobre a doutrina dos apóstolos e profetas, pelos quais os crentes
são forçados a dirigir sua salvação somente em Cristo, então se essa doutrina for destruída,
como a igreja pode permanecer?”179
A motivação missionária da glória de Deus foi trazida à tona pelo teólogo reformado
holandês e pioneiro missiológico Gisbertus Voetius. As três metas para as missões foram:
vocatio et conversio gentium (o chamado e conversão dos gentios): plantatio ecclesiae (o
plantio da igreja); e Gloria et manifestatio gratiae divinae (a glória e manifestação da graça
divina). Em resumo, a missão de Deus é glorificar a Si mesmo através do evangelismo, do
crescimento da igreja e da aplicação dos princípios do Reino em todas as áreas da vida.180
“IV. Esta Igreja Católica tem sido ora mais, ora menos visível. As igrejas particulares,
que são membros dela, são mais ou menos puras conforme neles é, com mais ou menos
pureza, ensinado e abraçado o Evangelho, administradas as ordenanças e celebrado o culto
público.”
179
João Calvino, Institutas da religião cristã, 4.2.1.
180
Harvie Conn, ed., Theological Perspectives on Church Growth (l976), apresenta uma expressão
contemporânea da teologia reformada onde a glória de Dios é central. Autores da ALC, associados com a
Fraternidade Teológica Latino Americana, tais como Pedro Arana Quiros, Orlando Costas, Samuel Escobar e
René Padilla, têm escrito amplamente sobre o reino de Deus e missões e tem incorporadoa teologia reformada
em sua cosmovisão. Pedro Arana Quiros (ed.) Teología en el Camino (1976); Orlando Costas, Theology of the
Crossroads in Contemporary Latin America (1976); Samuel Escobar, Evangelio y Realidad Social (1985);
Emilio Núñez, Teología de la Liberación (1986); René Padilla, El Reino de Dios y América Latina (1975) y
Misión Integral (l976). Sobre Voetius lea J.A.B. Jongeneel, “The Missiology of Gisbertus Voetius…”
139
140
“V. As igrejas mais puras debaixo do céu estão sujeitas à mistura e ao erro; algumas
têm degenerado ao ponto de não serem mais igrejas de Cristo, mas sinagogas de Satanás; não
obstante, haverá sempre sobre a terra uma igreja para adorar a Deus segundo a vontade dele
mesmo.”
“VI. Não há outro Cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo; em sentido algum
pode ser o Papa de Roma o cabeça dela, mas ele é aquele anticristo, aquele homem do pecado
e filho da perdição que se exalta na Igreja contra Cristo e contra tudo o que se chama Deus.”
De 1528 a 1916, há três etapas principais nas missões reformadas para os povos na
América Latina e no Caribe. Os períodos incluem: 1) estágio de exploração (1528-1636); 2)
estágio da igreja transplantada (1636-1825); e 3) desenvolvimento da igreja em sua forma
plural (1825-1916).
A primeira etapa é a exploratória, que compreende de 1528 a 1636. Isso vai desde as
primeiras explorações dos huguenotes franceses até o estabelecimento da principal colônia
francesa em Curaçao. Os holandeses reformados no Brasil, desde 1630, realizam missões para
os povos. De 1636 a 1825 há uma presença denominacional monolítica reformada que surge e
termina com o ir e vir dos colonizadores. A segunda etapa é caracterizada por tentativas
esporádicas de realizar missões entre colonos não-holandeses, mas esses esforços são
frustrados pelas potências coloniais. Em 1825, os luteranos e reformados se uniram para
formar uma união de igrejas. Isto marca o começo de uma estrutura mais plural na forma da
igreja no Caribe. De 1825 a 1916, vemos igrejas reformadas migrando para diferentes países
da América do Sul, onde as missões são iniciadas e desenvolvidas.
181
Hartog, op.cit. p 53.
140
141
O maior fluxo de escravos e mulatos para a igreja reformada durante o século XIX é
registrado no Suriname. Em Nickerie (1849), 158 pessoas livres e 1617 escravos foram
registrados como membros. Em 1855, 55 pessoas livres e 686 escravos foram registrados.182
182
Van Dissel, Eenige Bijzonderheden betreffende de Cristelijke Gemeente te Paramaribo (1877), p. 9.
183
Ibid.
184
Van de Linde, Het Visioen…, pp. 34-42.
185
Los Rudos. Henricus Muller, George van Essen y Jan W. Kals denunciaram a falta de evangelização e
ministério profético entre os colonos. Não duraram muito tempo.
141
142
língua papiamento (1858) nos serviços da igreja foi seguido pela tradução do Novo
Testamento para essa língua, que começou em 1908.
Depois de 1800, houve uma grande ênfase entre os presbiterianos em alcançar os não-
colonizadores. Isso se deveu em parte ao fato de os missionários das sociedades missionárias
trabalharem intencionalmente com os não-colonizadores. Além disso, os missionários
americanos tinham uma comunidade de assentamentos muito menor para trabalhar. Os
americanos não estabeleceram colônias de imigrantes, mas laços econômicos e imperiais com
as nações emergentes da ALC.
142
143
os anos de 1609 a 1916. Os holandeses reformados enviaram muito mais pastores que
missionários. Novamente, a ausência de colônias americanas na ALC significava que os
ministros do evangelho poderiam se concentrar em não-colonizadores.187
5.2.4. Conclusão
5.3.1. Introdução
187
Veja 4.3.3.
188
Ibid.
189
Karl Ludwig Schmidt, “The basileia of God,” Theological Dictionary of the New Testament, vol. I. Schmidt
nota a associação do reino de Deus com o kerygma de Jesus e dos apóstolos (p. 583).
190
Artigo 7 da Confissão Belga.
143
144
Quando a igreja de Jesus Cristo falha em participar da unidade da igreja e das missões,
a tarefa de seus líderes e membros é chamá-la ao arrependimento e à reconciliação. O silêncio
da igreja ante seus pecados impenitentes é incompatível com seu chamado sagrado.
Entre os reformados, o chamado para unir a igreja na sua tarefa missionária foi ouvido
por Jan Willen Kals no Suriname; George Van Essen em Santo Eustaquio e Henricus Muller
em São Cristóvão. No entanto, essas vozes foram suprimidas. Os esforços dos missionários da
Scottish Missionary Society, que se especializaram no trabalho direto com os não-
colonizadores na Jamaica em 1800, foram muito mais eficazes em unir a igreja na sua tarefa
missionária.
144
145
145
146
1-17, Confissão de Westminster: Capítulo 1). Essa submissão à Grande Comissão foi
professada e praticada como parte dessa autoridade. Evangelismo, plantio e desenvolvimento
da igreja e o testemunho de Cristo em todos os aspectos da vida foram considerados uma
questão de obediência fiel e não uma escolha seletiva que foi delegada ao discernimento dos
líderes coloniais da igreja. Tal espírito foi refletido pelos missionários da Scottish Missionary
Society na Jamaica durante o século XIX.194
194
Sidney Rooy em “La evangelización protestante en América Latina,” Boletín Teológico (Dezembro, 1992), p.
237ss. apresenta dez teses sobre os últimos 150 anos da evangelização protestante na América Latina. A tese
número 9 afirma a importância do estudo da Bíblia, da educação e da pregação.
19520
A tese número 5 Para assinar a concepção predominante das igrejas dos imigrantes. Que em ambas as igrejas
missionárias era a crença de que os valores espirituais e a moralidade da sociedade protestante na ALC eram
benéficos não apenas para os problemas religiosos, mas também para a solução da crise econômica (pobreza e
miséria), para a crise política (ditadura e corrupção) e para a crise cultural (ignorância e superstição) [p.45]. A
tese número seis de Rooy corresponde à observação de nosso estudo de que as igrejas de transplante eram uma
extensão do ethos colonial. Rooy observa que as igrejas tradicionais, incluindo a igreja dos imigrantes, bem
como a igreja missionária, foram como a ICR em defender sua própria tradição, hierarquia e ritos e não
responderam a um número crescente de povos marginalizados. O pentecostalismo surgiu como uma alternativa
religiosa que tem a capacidade de incluí-los.
146
147
8. Uma atitude crítica em relação ao experimento colonial foi expressada por membros
responsáveis, ministros e missionários como George Bethune (Jamaica: 1800-?); George
Blyth (Jamaica 1824-¿?); Guillaume Chartier (Brasil: 1557-1558); Johaness Willem Kals
(1731-1733); Henricus Muller (São Cristóvão: 1774-1792); Pierre Richer (Brasil: 1557-
1558); George van Essen (Santo Eustáquio: 1765-1778), entre outros.
11. As parcerias internacionais foram mantidas não apenas como uma expressão da
catolicidade da igreja, mas como uma maneira de cumprir a Grande Comissão. Os esforços de
Robert Speer e John Mott são dignos de nota, uma vez que a Igreja Presbiteriana estava
envolvida no planejamento de missões internacionais que levaram à formação do Congresso
do Panamá para missões em 1916.
5.3.5. Conclusão
Temos a vantagem de 85 anos de história após o período em que este estudo foi
baseado (1916). Os reformados e presbiterianos uniram a manutenção da igreja e as missões
para os povos? Houve genuíno arrependimento pelos pecados cometidos no apartheid cultural
e religioso? As igrejas assumiram sua responsabilidade nesses atos? Existem respostas
afirmativas e negativas. Não é o assunto deste estudo para dar respostas a estas perguntas;
entretanto, essas questões que exigem pesquisas e respostas futuras.
CONCLUSÃO
19621
A tese final de Rooy (número 10) é reveladora. Ele diz que as igrejas evangélicas não conseguiram
reconstruir uma cosmovisão consistente com a crise social e religiosa da década passada, que inclui as culturas
de índios, mestiços e brancos em seu projeto social. Para cumprir esta visão será necessário ter clareza nos
princípios fundamentais do reino de Deus, ter a coragem de denunciar os ídolos e mitos da nossa sociedade; e ter
uma visão de um novo caminho (não o último) para seguir em frente. Isto requer nada mais do que uma nova
maneira de ser a igreja de Jesus Cristo, uma comunidade que sabe compartilhar e receber Sua graça e Sua
presença onde quer que seja manifestada.
147
148
Embora vivamos cerca 85 anos após o período investigado aqui, a tensão entre a
manutenção da igreja e as missões para os povos continua conosco até hoje. O modelo de
manutenção da igreja depende de igrejas estrangeiras que enviam ministros para servir em
igrejas transplantadas, servindo principalmente pessoas que já são membros da comunidade
da igreja. O modelo de missão para a igreja enfatiza o plantio de igrejas por nacionais que
estão unidos aos missionários internacionais em sua busca para alcançar e reunir os não-
alcançados e aqueles que não são membros da comunidade da igreja. As igrejas
transplantadas, pertencendo primeiro aos colonizadores e depois às comunidades imigrantes,
tornaram-se instituições na ALC.197 As igrejas protestantes transplantadas são um exemplo
clássico disso. No entanto, as igrejas plantadas tem em suas mãos o futuro dos presbiterianos
e reformados
19722
W.L. Villalpando, et. al., Las Iglesias del trasplante: Protestantismo de inmigración en la Argentina
(1970).
148
149
APÊNDICES
149
150
Salvador - Bahia
Nordeste
150
151
151
152
152
153
(Os ministros da Igreja Reformada Holandesa que foram enviados para a igreja de
Evangélica Luerana em Paramaribo não estão listados.)
153
154
154
155
Fonte: Joosse
Fonte: Knappert
6 ministros de 1739-1789
155
156
156
157
O nome da igreja nacional será listado. O Gráfico 3.1. resume os nomes das agências
missionárias.
Fonte: Smith
157
158
O anuário da igreja menciona mais de 20 missionários, mas nem todos os nomes estão
disponíveis.
158
159
Fonte: Smith
Rev. Hugh Knox (1755-71): Igreja Presbiteriana da Inglaterra em Nova Iorque para a
Igreja Reformada da Holanda em Saba
Fonte: Hartog
Rev. John Runnels (1770): Presbitéio de Nova Iorque para a Igreja Reformada
Holandesa
Fonte: Morton
159
160
Missionários:
160
161
Ministro nacionais:
Fonte: Morton
Fonte: Bisnauth
Fonte: Villalpando
161
162
Fonte: Nelson
Fonte: Arana
162
163
Missionários:
163
164
Missionários:
164
165
Sra. Dionisia Ponce de Steward (1880-1899), esposa do Rev. David Jotham Steward
(1875-1899)
165
166
166
167
Rev. Dr. e a Sra. Anthony Thomas Graybill (1874-1905)* A Sra. D.T. Graybill morreu
em 1875, a Sra. Hattie Graybill em 1889 e a Sra. Annie Graybill em 1912.
Rev. e Sra. John G. Hall (1874-99)
Rev. Dr. e Sra. J. Walton Graybill (1881-1883)
167
168
Fonte: Mitchell
Missionários:
Pastores Nacionais:
Fonte: Bisnauth
168
169
169
170
Cremos que é mister somente adorar e perfeitamente amar, rogar e invocar a majestade
de Deus em fé ou particularmente.
II. Adorando nosso Senhor Jesus Cristo, não separamos uma natureza da outra,
confessando as duas naturezas, a saber, divina e humana nele inseparáveis.
III. Cremos, quanto ao Filho de Deus e ao Santo Espírito, o que a Palavra de Deus e a
doutrina apostólica, e o símbolo,[3] nos ensinam.
IV. Cremos que nosso Senhor Jesus Cristo virá julgar os vivos e os mortos, em forma
visível e humana como subiu ao céu, executando tal juízo na forma em que nos predisse no
capítulo vinte e cinco de Mateus, tendo todo o poder de julgar, a Ele dado pelo Pai, sendo
homem.
E, quanto ao que dizemos em nossas orações, que o Pai aparecerá enfim na pessoa do
Filho, entendemos por isso que o poder do Pai, dado ao Filho, será manifestado no dito juízo,
não todavia que queiramos confundir as pessoas, sabendo que elas são realmente distintas
uma da outra.
Distinguimos todavia este pão e vinho do outro pão que é dedicado ao uso comum,
sendo que este nos é um sinal sacramental, sob o qual a verdade é infalivelmente recebida.
Ora, esta recepção não se faz senão por meio da fé e nela não convém imaginar nada de
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carnal, nem preparar os dentes para comer, como santo Agostinho nos ensina, dizendo:
“Porque preparas tu os dentes e o ventre? Crê, e tu o comeste.”
O sinal, pois, nem nos dá a verdade, nem a coisa significada; mas Nosso Senhor Jesus
Cristo, por seu poder, virtude e bondade, alimenta e preserva nossas almas, e as faz
participantes da sua carne, e de seu sangue, e de todos os seus benefícios.
Vejamos a interpretação das palavras de Jesus Cristo: “Este pão é meu corpo.”
Tertuliano, no livro quarto contra Marcião, explica estas palavras assim: “este é o sinal e a
figura do meu corpo.”
S. Agostinho diz: “O Senhor não evitou dizer: — Este é o meu corpo, quando dava
apenas o sinal de seu corpo.”
Neste sentido podíamos jurar o artigo da Ascensão, com muitas outras sentenças de
Santo Agostinho, que omitimos, temendo ser longas.
VI. Cremos que, se fosse necessário pôr água no vinho, os evangelistas e São Paulo
não teriam omitido uma coisa de tão grande conseqüência.
VII. Cremos que não há outra consagração senão a que se faz pelo ministro, quando
se celebra a ceia, recitando o ministro ao povo, em linguagem conhecida, a instituição desta
ceia literalmente, segundo a forma que nosso Senhor Jesus Cristo nos prescreveu,
admoestando o povo quanto à morte e paixão do nosso Senhor. E mesmo, como diz santo
Agostinho, a consagração é a palavra de fé que é pregada e recebida em fé. Pelo que, segue-se
que as palavras secretamente pronunciadas sobre os sinais não podem ser a consagração como
aparece da instituição que nosso Senhor Jesus Cristo deixou aos seus apóstolos, dirigindo suas
palavras aos seus discípulos presentes, aos quais ordenou tomar e comer.
VIII. O santo sacramento da ceia não é alimento para o corpo como para as
almas (porque nós não imaginamos nada de carnal, como declaramos no artigo quinto)
recebendo-o por fé, a qual não é carnal.
IX. Cremos que o batismo é sacramento de penitência, e como uma entrada na igreja
de Deus, para sermos incorporados em Jesus Cristo. Representa-nos a remissão de nossos
pecados passados e futuros, a qual é adquirida plenamente, só pela morte de nosso Senhor
Jesus.
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Jesus, que é a verdadeira purificação de nossas almas. A sua instituição nos é ensinada na
Palavra de Deus, a qual os santos apóstolos observaram, usando de água em nome do Pai, do
Filho e do Santo Espírito. Quanto aos exorcismos, abjurações de Satanás, crisma, saliva e sal,
nós os registramos como tradições dos homens, contentando-nos só com a forma e instituição
deixada por nosso Senhor Jesus.
Por esta causa, diz São Paulo, o homem natural não entende as coisas que são de Deus.
E Oséias clama aos filho de Israel: “Tua perdição é de ti, ó Israel.” Ora isto entendemos do
homem que não é regenerado pelo Santo Espírito.
O homem predestinado para a vida eterna, embora peque por fragilidade humana,
todavia não pode cair em impenitência.
A este propósito, S. João diz que ele não peca, porque a eleição permanece nele.
XI. Cremos que pertence só à Palavra de Deus perdoar os pecados, da qual, como diz
santo Ambrósio, o homem é apenas o ministro; portanto, se ele condena ou absolve, não é ele,
mas a Palavra de Deus que ele anuncia.
Santo Agostinho, neste lugar diz que não é pelo mérito dos homens que os pecados são
perdoados, mas pela virtude do Santo Espírito. Porque o Senhor dissera aos seus apóstolos:
“recebei o Santo Espírito;” depois acrescenta: “Se perdoardes a alguém os seus pecados,” etc.
Cipriano diz que o servo não pode perdoar a ofensa contra o Senhor.
XII. Quanto à imposição das mãos, essa serviu em seu tempo, e não há necessidade de
conservá-la agora, porque pela imposição das mãos não se pode dar o Santo Espírito,
porquanto isto só a Deus pertence.
XIII. A separação entre o homem e a mulher legitimamente unidos por casamento não
se pode fazer senão por causa de adultério, como nosso Senhor ensina (Mateus 19:5). E não
somente se pode fazer a separação por essa causa, mas também, bem examinada a causa
perante o magistrado, a parte não culpada, se não podendo conter-se, deve casar-se, como São
Ambrósio diz sobre o capítulo sete da Primeira Epístola aos Coríntios. O magistrado, todavia,
deve nisso proceder com madureza de conselho.
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XIV. São Paulo, ensinando que o bispo deve ser marido de uma só mulher, não diz
que não lhe seja lícito tornar a casar, mas o santo apóstolo condena a bigamia a que os
homens daqueles tempos eram muito afeitos; todavia, nisso deixamos o julgamento aos mais
versados nas Santas Escrituras, não se fundando a nossa fé sobre esse ponto.
XV. Não é lícito votar a Deus, senão o que ele aprova. Ora, é assim que os votos
monásticos só tendem à corrupção do verdadeiro serviço de Deus. É também grande
temeridade e presunção do homem fazer votos além da medida de sua vocação, visto que a
santa Escritura nos ensina que a continência é um dom especial (Mateus 15 e 1 Coríntios 7).
Portanto, segue-se que os que se impõem esta necessidade, renunciando ao matrimônio toda a
sua vida, não podem ser desculpados de extrema temeridade e confiança excessiva e insolente
em si mesmos.
E por este meio tentam a Deus, visto que o dom da continência é em alguns apenas
temporal, e o que o teve por algum tempo não o terá pelo resto da vida. Por isso, pois, os
monges, padres e outros tais que se obrigam e prometem viver em castidade, tentam contra
Deus, por isso que não está neles o cumprir o que prometem. São Cipriano, no capítulo onze,
diz assim: “Se as virgens se dedicam de boa vontade a Cristo, perseverem em castidade sem
defeito; sendo assim fortes e constantes, esperem o galardão preparado para a sua virgindade;
se não querem ou não podem perseverar nos votos, é melhor que se casem do que serem
precipitadas no fogo da lascívia por seus prazeres e delícias.” Quanto à passagem do apóstolo
S. Paulo, é verdade que as viúvas tomadas para servir à igreja, se submetiam a não mais casar,
enquanto estivessem sujeitas ao dito cargo, não que por isso se lhes reputasse ou atribuísse
alguma santidade, mas porque não podiam bem desempenhar os deveres, sendo casadas; e,
querendo casar, renunciassem à vocação para a qual Deus as tinha chamado, contudo que
cumprissem as promessas feitas na igreja, sem violar a promessa feita no batismo, na qual está
contido este ponto: “Que cada um deve servir a Deus na vocação em que foi chamado.” As
viúvas, pois, não faziam voto de continência, senão porque o casamento não convinha ao
ofício para que se apresentavam, e não tinha outra consideração que cumpri-lo. Não eram tão
constrangidas que não lhes fosse antes permitido casar que se abrasar e cair em alguma
infâmia ou desonestidade.
Mas, para evitar tal inconveniência, o apóstolo São Paulo, no capítulo citado, proíbe
que sejam recebidas para fazer tais votos sem que tenham a idade de sessenta anos, que é uma
idade normalmente fora da incontinência. Acrescenta que os eleitos só devem ter sido casados
uma vez, a fim de que por essa forma, tenham já uma aprovação de continência.
XVI. Cremos que Jesus Cristo é o nosso único Mediador, intercessor e advogado, pelo
qual temos acesso ao Pai, e que, justificados no seu sangue, seremos livres da morte, e por ele
já reconciliados teremos plena vitória contra a morte.
Quanto aos santos mortos, dizemos que desejam a nossa salvação e o cumprimento do
Reino de Deus, e que o número dos eleitos se complete; todavia, não nos devemos dirigir a
eles como intercessores para obterem alguma coisa, porque desobedeceríamos o mandamento
de Deus. Quanto a nós, ainda vivos, enquanto estamos unidos como membros de um corpo,
devemos orar uns pelos outros, como nos ensinam muitas passagens das Santas Escrituras.
XVII. Quanto aos mortos, São Paulo, na Primeira Epístola aos Tessalonicenses, no
capítulo quatro, nos proíbe entristecer-nos por eles, porque isto convém aos pagãos, que não
têm esperança alguma de ressuscitar. O apóstolo não manda e nem ensina orar por eles, o que
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não teria esquecido se fosse conveniente. S. Agostinho, sobre o Salmo 48, diz que os espíritos
dos mortos recebem conforme o que tiverem feito durante a vida; que se nada fizeram,
estando vivos, nada recebem, estando mortos.
Esta é a resposta que damos aos artigos por vós enviados, segundo a medida e porção
da fé, que Deus nos deu, suplicando que lhe praza fazer que em nós não seja morta, antes
produza frutos dignos de seus filhos, e assim, fazendo-nos crescer e perseverar nela, lhe
rendamos graças e louvores para sempre. Assim seja.
(Jean du Bourdel)... “Subindo ao topo da rocha, ele recebeu, com certa dificuldade,
permissão para deixá-lo orar a Deus, antes de deixar este mundo, devido à pressa que
Villegaignon queria que o carrasco prosseguisse. No entanto, a título de concessão, ele
permitiu que ele se ajoelhasse naquela rocha, sobre a qual ele confessou a Deus as suas faltas
e pecados, pedindo-lhe por graça e perdão em nome de seu Filho Jesus Cristo, em cujas mãos
ele recomendou seu espírito. Depois disso, ele tirou suas roupas, exceto sua camisa, e se
submeteu à vontade do executor, pedindo-lhe que não o fizesse sofrer. Villagaignon, vendo
que a execução demorou demais, ameaçou chicotá-lo se ele não se apressasse. Portanto, o
executor descontroladamente jogou o pobre homem no mar, que clamou a nosso Senhor Jesus
por sua ajuda, até que ele se afogou com grande violência e crueldade, entregou seu espírito a
Deus.” (p. 117).
(Matthieu Verneuil)... “Uma vez que Jean du Bourdel foi executado, o carrasco trouxe
Matthieu Verneuil, que ficou muito surpreso com a morte de seu companheiro. No entanto, ele
permaneceu firme e constante”.
“Ao conduzi-lo ao lugar da execução, Villegaignon, que não professava tanto ódio
contra ele quanto a Jean du Bourdel, perguntou-lhe se queria ser condenado, mas esse homem
respondeu corajosamente. É verdade que, quando ele se despiu na rocha e compreendeu que
ia morrer, pediu que lhe dissessem por que razão iam fazê-lo morrer. “Oh, senhor
Villegaignon (ele disse), talvez tenhamos planejado nossa morte, ou tentado fazer algo que
resultou em nossa desonra? Se houver alguém que acuse disso, mande-os aparecer”.
“O pobre paciente respondeu nestes termos: “Bem, sendo que é assim que você tomou
a religião como desculpa, eu lhe peço, você não fez (não são nem oito meses) também uma
confissão aberta dos pontos e artigos, pelos quais você agora nos faz morrer? Oh, Deus
eterno, sendo que por causa do seu Filho Jesus Cristo nós sofremos hoje, sendo que por
sustentar a sua santa Palavra e doutrina, eles nos levam à morte, sejas honrado, por sua
clemência, mostra-e e assiste essa causa, que é tua, em tuas mãos, de tal maneira que nem
Satanás, nem o poder do mundo, obteriam vitória sobre mim”.
“Virando a cabeça para Villegaignon, ele pediu que ele não o matasse, mas o
conservasse como seu escravo. Villegaignon, desconfortável com vergonha, não sabia
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responder às petições, dignas de compaixão, daquele pobre paciente, mas não sabia em que
empregá-lo, considerando-o menos do que o lixo da estrada. No entanto, ele prometeu pensar
sobre isso se estivesse disposto a se retratar e confessar que estava errado. Quando Verneuil
viu que a esperança que lhe foi dada, foi de grande dano para a sua salvação, e mesmo assim,
algo inseguro, com grande resolução gritou em voz alta que ele preferia morrer, a fim de viver
eternamente com o Senhor, que viver por um pouco de tempo, morrer para sempre com
Satanás. Depois de ter feito sua oração sobre a rocha e recomendar sua alma para a proteção
de Deus, ele voluntariamente se entregou ao carrasco, e chorando em alta voz: “Senhor Jesus,
tem misericórdia de mim”, ele entregou o seu espírito”. (p. 118).
“Enquanto eles o traziam, ele perguntou se eles queriam empregá-lo em algo, mas
ninguém se atreveu a responder uma única palavra para ele. No entanto, quando ele foi
interrogado por Villegaignon sobre se ele queria apoiar a confissão que ele assinou, ele disse
que pensaria sobre isso. No entanto, sem mais demora, quando chegaram à terra, o executor
(de acordo com a ordem que recebera) o amarrou, e depois de levá-lo ao lugar onde os outros
haviam sofrido, exortou-o a examinar sua consciência. Então o pobre paciente ergueu os olhos
para o céu, com os braços cruzados, e de modo algum entristecido, julgando que no mesmo
lugar seus camaradas obtiveram a vitória contra a morte. Ele confiou sua alma a Deus e gritou
em voz alta nos seguintes termos: “Senhor Deus, eu sou o mesmo barro que meus camaradas,
que com glória e honra sustentaram esse combate em seu nome. Peço-lhe que me dê a graça
de não permitir que eu sucumba no meio dos assaltos que Satanás, o Mundo e a Carne lançam
contra mim; que tu se digne a perdoar-me de todas as faltas e ofensas que cometi contra a sua
majestade, tudo isso em nome de seu bem-amado Filho, nosso Senhor”.
“Tendo orado isso, ele se voltou para Villegaignon, a quem ele perguntou qual era a
causa de sua morte. Ele respondeu que era porque ele havia assinado uma confissão herética e
escandalosa. E como ele queria responder e saber qual ponto foi declarado herético, sendo que
ele não havia sido examinado para ser condenado, ninguém prestou atenção a essas
manifestações porque (como Villegaignon diria) não era hora de discutir a causa. mas, para
examinar a consciência, ordenou ao carrasco que se apressasse. O pobre homem, vendo que as
ordenanças divinas e humanas, as honrosas e civis, a humanidade, o cristianismo haviam sido
enterradas, com toda determinação ele se submeteu ao carrasco, e invocando a ajuda e favor
de Deus, dando seu último suspiro no Senhor, foi sufocado e estrangulado, foi jogado na água
como (foi feito) com seus companheiros (pp. 120).
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SUIÇA
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