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Seminário III
Miguel Tadeu Bertanha de Abreu
Seminário III – Decadência e Prescrição em Matéria Tributária
Seminário III
DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO EM
MATÉRIA TRIBUTÁRIA
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Miguel Tadeu Bertanha de Abreu
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Questões
Resposta:
Desta forma, transcorrido o prazo de 5 (cinco) anos sem a prática deste ato descrito
acima, decai o direito de realiza-lo pela própria inércia.
Cumpre destacar ainda que a contagem deste prazo tem um marco inicial e um marco
final.
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Por sua vez, quanto a (II) Prescrição do direito do Fisco cobrar o crédito
tributário, sua contagem de prazo tem como ponto de partida a data da constituição
definitiva do crédito, expressão que o legislador utiliza para referir-se ao ato de
lançamento regularmente comunicado (pela notificação) ao devedor. Referida
prescrição não se interrompe nem se suspende, o que se interrompe é o intervalo de
tempo junto a inércia do titular, determina o surgimento do fato prescricional.
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168 do CTN, será de 5 (cinco) anos o prazo para se exigir a restituição do indébito
tributário, sendo este o prazo decadencial. Cumpre esclarecer que o direito à
restituição inicia-se na data do pagamento indevido, bem como o prazo para pleitear
essa restituição. Referido início da contagem do prazo se diferencia entre:
No presente caso, temos a aplicação da tese conhecida como tese do “5+5”, sendo que, o
Art. 3º da LC 118/2005 só se pode aplicar aos fatos futuros, ou seja, aos pagamentos
indevidos e ocorridos após a vigência da LC (09/06/2005).
Resposta:
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Resposta: A regra que mais condiz com o espírito do sistema é a do art. 173,
I, do Código Tributário Nacional:
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anos, a contar do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que poderia ter
praticado o lançamento. São, portanto, duas situações diferentes: a) falta de
recolhimento do tributo, em termos totais ou parciais, todavia sem dolo, fraude
ou simulação — o intervalo temporal, para fins de lançamento, é de cinco anos,
a partir do instante da ocorrência do evento tributário; e b) falta de
recolhimento, integral ou parcial, de tributo, cometida com dolo, fraude ou
simulação — o trato de tempo para a formalização da exigência e para a
aplicação de penalidades é de cinco anos, contados do primeiro dia do exercício
seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido realizado.
Resposta: Caso não haja pagamento algum a ser homologado, deve-se aplicar
a regra geral do Art. 173, inciso I do CTN. A atração desta previsão em caso de
não pagamento, decorre do fato de que o fisco não teria o que homologar,
tendo em vista não ter havido pagamento. Assim, como não possui ciência da
operação, estipula-se a regra geral prevista no Art. 173, inciso I do CTN,
estipulando um maior prazo para adimplemento.
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja
legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem
prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida
autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado,
expressamente a homologa.
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar
da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública
se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e
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Medida preparatória indispensável ao lançamento pode ser interpretada ato realizado antes
do lançamento. Neste caso o sujeito passivo é notificado de uma medida preparatória
indispensável à realização do lançamento, antes da constituição do crédito tributário.
Neste caso, a contagem do prazo decadencial inicia-se desde a referida notificação,
caracterizando uma antecipação do início do prazo de caducidade.
Outra interpretação é que com o início da ação fiscal, pelo termo de início, o prazo de
decadência cessaria para todos os créditos tributários alcançados na notificação
(limitados aos cinco anos anteriores), e que, a partir da data da notificação, teria o Fisco
mais cinco anos para constituir os respectivos créditos tributários, pelo lançamento de
ofício.
Essa interpretação, todavia, tem pouco sentido, pois a notificação, que inicia a ação fiscal,
não tem o condão de cessar o prazo de decadência e muito menos de interrompê-lo,
além do fato de que essa tese permitiria um prolongamento, por até dez anos, do prazo
decadencial, na hipótese de o Fisco realizar as "medidas preparatórias" apenas nos
últimos dias do prazo decadencial inicial dos cinco anos, tendo a partir delas mais cinco
anos para efetuar o respectivo lançamento tributário.
Em realidade, o referido parágrafo, na prática, tem sua utilidade bastante reduzida, por
estar seu emprego limitado aos tributos sujeitos ao lançamento de ofício e por declaração,
e, tão-somente aos créditos tributários que ainda não tiveram seu prazo decadencial
iniciado, ou seja, do ano em que a notificação foi realizada.
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no exercício cujo prazo decadencial ainda não tenha iniciado, pois, quanto aos
dos anos anteriores, os respectivos prazos já estão em curso, consoante a regra
do inciso I do art. 173 do CTN, não se admitindo, no caso em análise,
interrupções nem suspensões do prazo decadencial.
Não pode postergar o prazo, visto que sua interpretação diz respeito ao prazo
inicial.
Outrossim, a tese do direito não socorrer aos que dormem (dormientibus non
succurrit jus) será aplicada ao direito administrativo, caso haja alguma previsão
legal para tanto – princípio de legalidade.
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Por sua vez, o inciso I do Art. 168 da Lei 5172/66 dispõe que:
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja
legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem
prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida
MÓDULO EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
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Resposta: Inicialmente, destaca-se que deve haver o respeito à segurança jurídica. Com
a declaração de inconstitucionalidade da lei, sem a prolação dos efeitos modulatórios, o
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contribuinte possui o direito de reaver seu crédito retroativo a cinco anos a contar da data
da decisão declaratória de inconstitucionalidade.
Por outro lado, tributo considerado inconstitucional não é um indébito tributário, porque
implica reconhecer que a exação cobrada não era tributo.
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É de todo conveniente que essa matéria seja regulada no art. 168, do Código Tributário
Nacional, de sorte a propiciar tratamento uniforme e contribuir para a maior segurança
jurídica dos contribuintes. Para tanto bastará acrescentar o inciso III ao referido art. 168
com a seguinte redação: