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Lista 1 - Equações Diferenciais

Prof. Jorge Delgado

1. Verifique o valor dos seguintes limites:


6n + 3
(a) lim = 3.
n→∞ 2n + 9

2n − 2
(b) lim = 0.
n→∞ n2 + 2

45
 
(c) lim 2 + = 2.
n→∞ n
6n2 + 4n − π 3
(d) lim √ √ = .
n→∞ 8n2 − 2n + 3 4
n4 + n3 + n2 + n
(e) lim = +∞.
n→∞ n3 + n2 + n

n3 + 5n + 1
(f) lim = 0.
n→∞ 3 + 3n − n4

1 + 2 + 3 + ... + n 1
(g) lim 2
= .
n→∞ n 2
12 + 22 + 32 + . . . + n2 1
(h) lim 3
= .
n→∞ n 3
 n 
2

(i) lim 1 + = 1.
n→∞ 3
 n  n
4 2 2
5
n − 3n + 3
(j) lim  n = 0.
n→∞
n2 − 3n + 21

2. (a) Mostre que todo número racional r se representa através da soma


1
de uma PG de razão 10n
, onde n é o comprimento do período na
expansão decimal de r .

1
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(b) Usando o ítem anterior, represente os números α = 0, 3;


β = 2, 00245 e γ = 12, 102451135 mediante PG’s.

3. Determine (usando uma máquina de calcular se achar necessário) os


primeiros 10 termos das sequências dadas e demonstre que elas con-
vergem aos limites indicados.
n
(a) lim = 1.
n→∞ n + 1

n+3
(b) lim = 0.
n→∞ n3 + 4
n!
(c) lim =0
n→∞ nn
Indicação: Observe que n! = 2 · 3 · 4 · . . . (n − 1) · n ≤ nn−1 .

n
p
(d) Para a, b ∈ R, a ≥ 0, b ≥ 0, lim an + bn = max{a, b}
n→∞

Indicação: Tome valores específicos para a e b apenas para ter uma idéia do valor do limite.

ln n
4. (a) Prove que lim = 0.
n→∞ n
logb n
(b) Se b ∈ R, b > 1, prove que lim = 0.
n→∞ n
α(n)
(c) Se α(n) é o número de divisores primos de n, então lim =0
n→∞ n
Indicação: Observe que todo número primo é ≥ 2. Use seus conhecimentos sobre logaritmos e o
log2 n α(n)
teorema de decomposição em fatores primos para verificar que, ≥ ≥ 0. Finalmente,
n n
log2 (n)
use o fato (não precisa prová-lo) que lim = 0.
n→∞ n

5. Mostre que a sequência


r q
√ q √ √
2 , 2 2 , 2 2 2 , ...

converge e determine o limite (para ter uma idéia do limite, use uma
máquina de calcular).

Indicação: Verifique primeiro que, se 0 < a < 2, então a < 2a < 2. Depois use seguinte fato (não
q p
precisa prová-lo): se lim an = `, então lim 2 an = 2 `.
n→∞ n→∞

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6. (Exercício auxiliar) Exprima (1 + h)n usando a fórmula do binômio de


Newton e verifique que:
(a) se h > 0 e n ∈ N, então (1 + h)n ≥ 1 + n h;

(b) se h > 0 e n ∈ N∗ , então (1 + h)n ≥ 1 + n h + n(n−1)


2
h2 ≥ n(n−1)
2
h2 .

7. Prove que:
1
(a) Se a > 0, então lim = 0.
n→∞ na

 1
1 a
Indicação: Dado ε > 0 tome no > ε .

(b) Se (an )n é uma sequência de números reais positivos que converge



a 0 quando n → ∞, então lim an = 0.
n→∞

Indicação: Use o item anterior.



n
(c) Se a > 1, então lim a = 1.
n→∞

n a−1
Indicação: Escreva a = 1 + hn , verifique, usando item (a) do exercício anterior, que 0 < hn < n .

n
(d) Se 0 < a < 1, então lim a = 1.
n→∞

Indicação: Use o item acima.



n
(e) lim n = 1.
n→∞


n
q
2
Indicação: Escreva a = 1+hn , verifique, usando item (b) do exercício anterior, que 0 ≤ hn ≤ n−1 ,

para n ≥ 2.

8. Sejam a, r ∈ R, a > 0,
nq a q
(a) Seja q ∈ Z+ . Prove que, (1 + a)n > , para todo n > 2q.
2q q!
nq aq
Indicação: (1 + a)n > (q + 1)-termo do desenvolvimento de Newton de (1 + a)n > 2q q! .

nr 2q q! r −q
(b) Obtenha do item acima que, se q > r : 0 < < n ,
(1 + a)n aq
para todo n > 2q.
nr
(c) Mostre que lim = 0.
n→∞ (1 + a)n

Indicação: Use o item (a) do exercício anterior, observando que r − q < 0.

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nr
(d) Mostre que, se β, r ∈ R e β > 1, então lim = 0.
n→∞ βn

9. Calcule os seguintes limites.


3nn + n!
(a) lim .
n→∞ 5n + nn

(n2 + n) 2n
(b) lim .
n→∞ n2 (2n + 1)

n3 + 2n2 3n
(c) lim .
n→∞ n 3 3n

10. (a) Prove que, se {an }n é uma sequência tal que lim an = `, então
n→∞

a1 + a2 + . . . + an
lim = `.
n→∞ n

an+1 √
(b) Se an > 0 ∀n ∈ N e lim = `, prove que lim n an = `.
n→∞ an n→∞

n
Indicação: use o fato de que lim a = 1 para a > 0.
n→∞

11. Para cada um dos números racionais r dados abaixo, determine sequên-
cias de números racionais distintos (αn )n e (βn )n tais que

α1 < α2 < . . . αn < . . . < r < . . . βn < . . . < β2 < β1

e lim αn = r = lim βn .
n→∞ n→∞

(a) r = 0, 231.
7
(b) r = .
8
(c) r = 4, 456.

12. Repita o exercício acima com sequências de números irracionais (αn )


e (βn )n .

13. A expressão

rq sr

3
q√
3 3 3 √
3 3
3 3 3 √
q
3
x· x· x· x · ...

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é igual a...
√ 1 √ 1
(a) 3 x (b) (c) x (d) ou (e) 1?
45 2

14. Uma bolinha é solta de uma altura h sobre o solo e toda vez que
bate no solo, volta a subir, atingindo uma altura 20% menor que a
altura anterior até atingir o repouso. Determine, em termos de h, o
comprimento total percorrido pela bolinha.

15. Na figura abaixo, a região A é obtida ao retirar de um semi-círculo de


1 1 1 1
diâmetro 1, semi-círculos de diâmetros , , , , . . . , etc. A
2 4 8 16
região B é o complementar da região A no círculo de raio 1. Calcule
as áreas das regiões A e B.

rq
√ p√ qp√ p√
16. O produto infinito α = 2 · 2· 2· 2 · . . . é igual a ...
√ n
(a) 1 , (b) 21 , (c) 2 , (d) 2 2 ou (e) 2?

 1
1
 1
 51  1  51 5
5 5
17. O produto infinito β = 16 · 16 ·  16 5  · . . . é igual a ...

1 √
5
1
(a) 25
, (b) 2 , (c) 2, (d) 4 5 ou (e) 1?

18. O lado de um triângulo equilátero T1 mede 3 unidades. Ao unir


os pontos médios de seus lados obtemos um novo triângulo equi-
látero T2 . Repetindo o processo com o segundo triângulo sucessi-
vamente, obtemos uma figura composta por triângulos encaixados
T1 , T2 , . . . , Tn , . . . como se mostra abaixo.

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Calcular a soma dos perímetros de todos os triângulos T1 , T2 , . . . , Tn , . . ..

19. Um mosaico infinito é constru-


ído por estágios sucessivos da
seguinte maneira:

Estágio 0: Se começa com um


quadrado de lado unitário.

Estágio 1: Em cada um dos 4


vértices do quadrado do está-
gio 0 são acrescentados qua-
1
drados de lado 2
.

Estágio 2: Em cada vértice que


não é vértice de dois quadra-
1
dos, é acrescentado um quadrado de lado 4 .

...

Estágio n: Em cada vértice que ficou livre no estágio (n − 1), é acres-


1
centado um quadrado de lado 2n
.

... etc.

Determinar a soma das áreas de todos os quadrados do mosaico.

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20. O conjunto de Cantor é um subconjunto do intervalo [0, 1] construído


recursivamente da seguinte maneira:
Estágio 0: C0 = [0, 1].
Estágio 1: C1 é a união dos intervalos obtidos ao retirar de C0 o terço
central aberto. Isto é,
1 2 1 2
     
C1 = C0 − , = 0, ∪ ,1 .
3 3 3 3

Estágio 2: C2 é a união dos intervalos obtidos ao retirar os terços


centrais abertos das partes de C1 . Isto é
1 2 7 8 1 2 1 2 7 8
           
C2 = C1 − , − , = 0, ∪ , ∪ , ∪ ,1 .
9 9 9 9 9 9 3 3 9 9
...
Estágio n: Cn é a união dos intervalos obtidos ao retirar os terços
centrais abertos das partes de Cn−1 .
...
Por definição, o conjunto de Cantor é o conjunto

C = C0 ∩ C1 ∩ C2 ∩ . . . ∩ Cn ∩ . . . .

Observação: O conjunto de Cantor é não-vazio (de fato, dentre seus infinitos elementos temos 0, 1,
1
todos os números da forma 3n etc.).

Calcule a soma dos comprimentos dos intervalos abertos retirados


do intervalo [0, 1] para construir o conjunto de Cantor.

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