Você está na página 1de 12

TÓPICOS

1. AS ARGILAS SEDIMENTARES DA B. SANTISTA


 2 Ciclos de deposição
PECULIARIDADES NO  Relação de Sobreadensamento
COMPORTAMENTO DE FUNDAÇÕES  Ação
A Açãode
deDunas
Dunas
RASAS E PROFUNDAS DE EDIFÍCIOS 2. FUNDAÇÕES RASAS
DAS CIDADES DE SANTOS E SÃO  Dispersão nos Recalques Absolutos
VICENTE (SP)  Dispersão nas Velocidades dos Recalques Anomalias

Prof. Faiçal Massad  Inclinação de Edifícios Isolados

ESCOLA POLITÉCNICA DA USP 3. FUNDAÇÕES PROFUNDAS


Estacas“T”
 Estacas “T”ouou Radier
Radier Estaqueado
Estaqueado

BENEDITO CALIXTO (1853-1927)


I. Barnabé
PRAIA DO BOQUEIRÃO, 1950

FOTO DE
1. “… no tempo de Martin Afonso, 1532, o
S.VICENTE SANTOS
SATÉLITE
(RETRABALHADA)
Site: vivasantos
mar invadia toda essa zona de mangues,
GUARUJÁ Distribuídos espaçadamente formando verdadeira bahia…”.

NOS NOSSOS DIAS


2. “… toda essa região de mangues, ao
redor de Santos, São Vicente e Bertioga,
Distribuição densa
esteve coberta de água, há 300 ou 400
FOTO AÉREA DE anos, e que o recuo do mar, embora lento,
tem sido aí bastante apreciável…”.
SANTOS
Benedito Calixto (1904)

1
AS ARGILAS SEIMENTARES DA
BENEDITO CALIXTO: O CIENTISTA BAIXADA SANTISTA: 2 CICLOS DE DEPOSIÇÃO
1. Até meados da década de 1980 elas foram
consideradas como argilas moles, normalmente
“Antes de formar um juizo definitivo sobre os adensadas, formadas durante um único ciclo
sambaquis, tem ainda a ciência de estudar a sua deposicional, sem erosão (Pacheco Silva 1953) .

biologia e as condições geológicas da costa… 2. Esta concepção perdurou por muitas décadas apesar
. Mas como isto tudo está por ser feito…”. e se saber da presença de argilas médias a duras,
algumas vezes altamente sobreadensadas.

3. Na década de 1980 descobriu-se que as


sedimentações foram causadas pelas variações
Benedito Calixto (1904)
relativas do NM durante o Quaternário.

PELO MENOS 2 CICLOS DE DEPOSIÇÃO OCORRERAM,


VARIAÇÕES DO NÍVEL DO MAR NOS ÚLTIMOS
INTERCALADAS POR UMA INTENSA EROSÃO
35.000 ANOS
1. PLEISTOCENO: 100.000 - 120.000 ANOS
 Argilas Transicionais (AT), médias a rijas e mesmo duras. Hoje Últimos 1.000
ÚLTIMOS 1000 anos
ANOS
0 5 10 15.000
15 20 25 30 35 40
 Sobreadensadas por um grande abaixamento do NM, de
0
~110m no pico da última glaciação (15,000 years BP).

PROFUNDIDADE (m)
2. HOLOCENO: 7.000 – 5.000 ANOS 50

 Argilas de SFL (Sedimentos-Flúvio-Lagunares e de


100 M KOWSMANN
Baías) e os sedimentos de Mangue, ainda em formação.
130 m M M MILLIMAN
 Em geral, argilas muito moles a moles.
M
150
 Em geral, levemente sobreadensadas: oscilação negativa
do NM e ação de dunas.
(Suguio e Martin)

2
Areias marinhas transgressivas

Depósitos Argilas transicionais


continentais

2º ESTÁGIO - REGRESSÃO E FORMAÇÃO DE CORDÕES DE AREIA

All
uv
ium

Areias regressivas

GÊNESE DAS PLANÍCIES COSTEIRAS PAULISTAS (1) GÊNESE DAS PLANÍCIES COSTEIRAS PAULISTAS (2)
1º ESTÁGIO - MÁXIMO DA TRANSGRESSÃO - CANANÉIA (pLEISTOCENO) 3º ESTÁGIO - EROSÃO PARCIAL DOS SEDIMENTOS MARINHOS

M.N. máximo

140 m
- 110m
(15.000 anos atrás)
Areias marinhas transgressivas 1o. Ciclo de 15.000 anos atrás
Depósitos Argilas transicionais sedimentação
continentais Erosão
2º ESTÁGIO - REGRESSÃO E FORMAÇÃO DE CORDÕES DE AREIA 4º ESTÁGIO - MÁXIMO DA TRANSGRESSÃO SANTOS (HOLOCENO)

All
uv
ium Erosão
M.N. máximo
Areias regressivas Laguna Laguna
2o. Ciclo de
Cordões de sedimentação
AGUARDE Areias AGUARDE Areias
transgressivas

Regressivas
3º ESTÁGIO - EROSÃO PARCIAL DOS SEDIMENTOS MARINHOS 5º ESTÁGIO - REGRESSÃO EM DIREÇÃO AO N.M. ATUAL

130 m MP LH MP LH MH
- 110m
(15.000 anos atrás) Rio Rio M.N. atual
15.000 anos

Erosão Hoje
4º ESTÁGIO - MÁXIMO DA TRANSGRESSÃO SANTOS (HOLOCENO)
(Suguio e Martin, 1981) LEGENDA : (Suguio e Martin, 1981)
MP - MARINHO (PLEISTOCENO)
Erosão
MP - MARINHO (HOLOCENO)
M.N. máximo
Laguna Laguna LH - LAGUNA (HOLOCENO)
Areias N.M. - NÍVEL DO MAR
transgressivas

5º ESTÁGIO - REGRESSÃO EM DIREÇÃO AO N.M. ATUAL

MP LH MP LH MH

Rio Rio M.N. atual


VARIAÇÕES DO NÍVEL DO MAR NOS ÚLTIMOS
35.000 ANOS
SFL
LEGENDA :
PONTE MP - MARINHO (PLEISTOCENO) Hoje Últimos 1.000
ÚLTIMOS 1000 anos
ANOS
MP - MARINHO (HOLOCENO) 0 5 10 15.000
15 20 25 30 35 40
SOBRE O LH - LAGUNA (HOLOCENO)

CANAL DO N.M. - NÍVEL DO MAR


0

CASQUEIRO

PROFUNDIDADE (m)
AT
50

100 M KOWSMANN
130 m M M MILLIMAN
AT
M
150

3
VARIAÇÕES DO NÍVEL DO MAR – S-I - AV.ANA COSTA,498 UNISANTA S-I - PONTA DA CAIS DO FERRY BOAT - BAL
ÚLTIMOS 8.000 ANOS (SANTOS) (SANTOS) PRAIA (SANTOS) S-I (GUARUJÁ) S-II
ALGUNS N.A.
0
N.A. 22
0
ATERRO N.A.
0
N.A.
0 0
AT
Esc
PERFIS DE 11
15 AREIA FINA
10 Mediana-
20 mente
AREIA
9
8 FINA
3
2
Cinza
N.A. 3
1
1532: 12 4 0 0

Martim
SONDAGENS 3
25 10m
Muito
30 compacta
24 10m
10
9 10m
0
0 10m
0
Cinz

0 10m
compacta 38
Nível do Mar Afonso EM SANTOS ARGILA
1 MOLE
1 ARENOSA
2
8
5
0
0
MOLE
0
0
(S
3
+5m T.1 S E 0
29
3
ARGILA 1
2 0
1
0
0
AREIA 48 20m 4
SFL 20m 20m
S IMEDIAÇÕES 3
Com
conchas
4
MARINHA 3
20m 2 20m

2
1
0
1

S 3 0
1
5 1 1
7 N.M. ARGILA 2 ( AT ) COM LENTES 2
atual 6 5 4 3 2 1 0 AGUARDE
MÉDIA 4
4
5
DE AREIA 5
4 30m
3
5
3 30m
-2m Idade radiocarbono 5 30m 30m
ARGILA 6 30m
Tempo, em anos A.P.
1.000 anos x1.000
Hoje 12 5 Cinza 5

-5m T.1 = Terraço marinho 16 3 MÉDIA 5 10


ARGILA ( AT ) 10
S = Sambaqui IPT(golpes/30cm) ARGILA 10
7
AT 4 AREIA FINA 20 Cinza
4
Co
29 ca
3 6
16 40m 40m 17 de
5 39 40m 40m
T.1: Terraço Marinho 32 23
Oscilação Negativa AREIA 17
6
7 ARGILA 8
7
ARGILA
10
C/ 36
S : Sambaquis MÉDIA 8 RIJA
do NM PEDREGULHOS14 14
7 ( AT )
7
8
9

ALTERAÇÃO 20 50m ARGILA 8 50m AREIA 18 50m


44 9 12
DE ROCHA 45 »50 13 IPT(golpes/30
22
ALTERAÇÃO ALTERAÇÃO
DE ROCHA DE ROCHA

São
Vicente Morro MECANISMOS DE SOBREADENSAMENTO
Itararé SANTOS
ARGILAS DE SFL
Balsa

Ilha Porchat SANTOS


Estuário

São Canal 1 2 3 4 5 6 7 GUARUJÁ


Guarujá
Vicente
0m 0m
AREIA FINA
Areia
Areia Compacta
10 10
? ?
GNAISSE S.S.VICENTE
VICENTE SANTOS
ARGILA MARINHA
Argila ?MOLE ( SFL )
SANTOS
Mole (SFL)
( SFL )
 OSCILAÇÃO NEGATIVA DO N.M.
20 AGUARDE 20
GNAISSE
?? AGUARDE
AREIA
Areia FINA
MÉDIA
30 30

GNAISSE
? ( AT ? )
Argila Média(AT)
ARGILA MARINHA ( AT )  DUNAS
40 40

( AT )
Areia
AREIA FINA E MÉDIA RIJA
50
SOL GUARUJÁ
GUARUJÁ
?
50
 ENVELHECIMENTO (“AGING”),
GNAISSE OR ? AL
ESI ? ? SIDU
DUA O RE 60
60 L SOL
GNAISSE Solo Residual
70 70

SECÇÃO GEOLÓGICA_ORLA PRAIANA (Adaptado de Teixeira, 1994)

4
PRÉ-ADENSAMENTO DAS ARGILAS MARINHAS DUNAS NA BAIXADA SANTISTA
EVIDÊNCIAS GEOGRÁFICAS
Pressão de Pré-
PRESSÃO DE PRÉ-
Rio Cubatão
SPT Adensamento(kPa)
SPT ADENSAMENTO (kPa) Rio
N.A. 0 5 10 0 200 400 600
0 Mogi
Cubatão Rio
Argila de Quilombo
ARGILA ORGÂNICA, CINZA
ESCURA, COM RAÍZES

SFL Peso Samaritá


10
Submerso Rio Jurubatuba
PROFUNDIDADE (m)

PESO
S. Vicente
SUBMERSO

Praia
Areia
AREIA FINA, ARGILOSA, CINZA Canal de
Grande Santos
20
Bertioga
Ilha de Santo
AT
ARGILA PLÁSTICA, CINZA
COM CONCHAS
Amaro
Ponta da Praia
PESO TOTAL
30
Peso
DE TERRA
(ATUAL)
AREIA FINA A MÉDIA,
ARGILOSA,
Total Guarujá
Areia
CINZA ESCURA

ARGILA ORGÂNICA, SILTOSA,


AT
CINZA

PREADENSAMENTO DAS ARGILAS


EVIDÊNCIAS GEOTÉCNICAS: CPTUs Algumas Propriedades
Pressões (MPa)  'v o e  'a (kPa) Edifício UNISANTA: 10 andares:
0 0.5 1 1.5 2 0 100 200 300
0 0 0
a) esperavam-se recalques de 30 a
5 5 5 40 cm para RSA=1,1 a 1,2, ou Diferenças Semelhanças
Areia
’a=179+5z
10 qt=564+32z ´a-´vo=20 a 30kPa, fosse a Man- Man-
Profundidade (m)

10 10
gues gues
oscilação negativa do nível do
15 15 15 Prof. (m) Prof. (m)
mar a causa do sobre-
20 Argila 20 20 adensamento (Classe 1).
de
25 SFL 25 25 ~81 kPa
'vo b) Mas, após 1300 dias de e
30 30 30 medições, o recalque primário
Areia uo u qt 'a
35 35 35 máximo foi de apenas 14 cm,
0
consistente com um valor de
c) CPTU-2 – Edifício UNISANTA – RSA1,4 ou ´a-´vo=81, cifra
Cidade de Santos esta associada à ação de dunas Elas diferem nas “propriedades de As “propriedades-indice “ são
´p 
q t   vo
 N t 
b  n (SFL Classe 2). Confirma-se estado “ (SPT, e, ’p e su). praticamente as mesmas .
N t ´ Nt=3.
N t  3,0

5
FUNDAÇÕES RASAS EM SANTOS Interferência mútua entre prédios vizinhos

PREADENSAMENTO DAS ARGILAS São


Construído Simultânea
Construção bem depois
4 CLASSES DE ARGILAS DE SFL Vicente Morro sobreadensamento
superposição de
Itararé SANTOS

Balsa
Ilha Porchat SANTOS
induzido
bulbos de por
pressão

Estuário
São Canal 1 2 3 4 5 6 7 GUARUJÁ
Guarujá
Vicente prédios vizinhos
0m 0m
AREIA FINA
1 Areia
Areia Compacta
10 10

2 I. Sto. Amaro GNAISSE


?
?
ARGILA MARINHA MOLE ( SFL ) ? ( SFL )

Embraport 20
Argila Mole (SFL)
AGUARDE 20

3
GNAISSE
?? AGUARDE
AREIA
Areia FINA
MÉDIA
30 30
~60m? ( AT ? )
Argila Média(AT)
ARGILA MARINHA ( AT )
4 GNAISSE
40 40

Legenda:  'a  'vo  constant 50


Areia
AREIA FINA E MÉDIA RIJA
( AT )
50
PHT : Perfis de História de Tensões de ensaios odométricos GNAISSE SOL
OR ?? ?
AL
ESI ? SIDU
DUA O RE 60
60 L SOL
CPTU: Cone Penetration Test (Ensaio do Cone) com medida da u
GNAISSE Solo Residual
’a : Pressão de Preadensamento 70 70

´vo : Tensão vertical efetiva inicial SECÇÃO GEOLÓGICA_ORLA PRAIANA (Adaptado de Teixeira, 1994)

FUNDAÇÕES RASAS EM SANTOS


EDIFÍCIOS TORTOS DE SANTOS
1. De acordo com Teixeira (2003), a opção por fundação rasa ocorreu Núncio
face a dificuldades técnicas para instalar estacas longas (30, 40 m ou Malzoni
mais) através da camada superficial de areia. Nas décadas de 1940 e
50 os seguintes tipos de estacas estavam disponíveis: premoldadas
de concreto (14m); estacas Franki (até 20m) e tubulões penumáticos
(25 a 30m).
2. Para reduzir os recalques diferenciais entre colunas, as sapatas eram
interligadas por vigas rígidas (0,8 a 1,2m de altura), com elevados
momentos de inércia.
3. A inclinação dos edifícios aumentou depois da década de 1970, fato
atribuído à sobreposição dos bulbos de pressão.

TEIXEIRA, A. H. (2003): “Proposição de Método para Permitir uma Análise


Completa das Curvas Tempo x Recalques das Fundações de Edifícios na Orla
Praiana de Santos”, Anais do Workshop Passado, Presente e Futuro dos Edifícios da
Orla Marítima de Santos, pp. 25-38, Santos, Novembro.

Fotos cedidas pela Profa. Heloisa Gonçalves

6
ALGUNS FATOS INTRIGANTES
CIDADE DE SANTOS E SÃO VICENTE GRANDE DISPERSÃO
1. Nos recalques: em geral, entre 40 e 120 cm
2. Nas velocidades dos recalques:
 Teixeira (1994): 3 a 20 mm/ano
CONSEQÜÊNCIAS : RECALQUES
 Gonçalves (2005): 5 a 15 mm/ano SECUNDÁRIOS

RECALQUES ANÔMALOS
DESAPRUMO INEXPLICADO DE EDIFÍCIOS
EM EDIFÍCIOS COM Edifício SA (Construído em 1947, com 15 andares)

Pilar 40
FUNDAÇÃO RASA (r=0,60m)

Pilar 1
(r=0,85m)

Não se encontrou nenhuma explicação racional para o fato (Teixeira, 1960-b)

EDIFÍCIO EXCELSIOR EDIFÍCIOS DE SANTOS E SÃO VICENTE


h Adensamento primário Adensa

LOCAL EDIFÍCIO N (m) rf_max Cv C


-3 2
(mm) 10 cm /s (%) In
EDIFÍCIO B 15 8 258 3,0 4,3
EDIFÍCIO C 15 12 345 5,2 3,0
EDIFÍCIO D 12 Construídos
12 315 5,2 2,2
EDIFÍCIO IA 12 na13,5
década 121 7,3 1,2
EDIFÍCIO IB 8 13,5 215 7,4 1,8
SANTOS de 40-50
EDIFÍCIO SC 15 15 237 7,7 1,3
Caviuna 1969) EDIFÍCIO S A 14 15 750 2,6 3-4,3
Vila EDIFÍCIO U 15 16 435 3,3 2,3
D´Este NÚNCIO MALZONI 10 196718 >980 2,0 1,3-3,4
(1982) UNISANTA 13 199916 140 5,5 0,8
EXCEL- SÃO EDIFÍCIO A 17 7 130 1,9 0,8
SIOR
década de
VICENTE EDIFÍCIO I 7 30,5
40-50 124 31,0 0,09
(1965)
(*) : Extraídos do gráfico f =f(RSA;nível de tensões)
(**): Outra Interpretação

7
FUNDAÇÕES RASAS: EDIFÍCIOS EM SANTOS E SÂO VICENTE
EDIFÍCIOS DE SANTOS E SÃO VICENTE
RESULTADOS DAS ANÁLISES
t - Tempo (dias) t - Tempo (dias) 250
(c)
N: no. de andares h: espessura da argila mole
100 1000 10000 0 1000 2000 3000 EDIFÍCIO C
200
0 0,0

v.t (mm)
Medido (b) 150
h Adensamento primário
Recalques (cm)

10 Medido Adensamento Secundário


Calc. (Olson)

v (mm/dia)
0,2 Medido 100 Calc. (Olson)
20 (a)
Calc. (Olson)
LOCAL EDIFÍCIO N (m) rf_max Cv C Tempo p/ U FONTE
50 -3 2
30 (mm) 10 cm /s (%) Início (dias) %
0,4 EDIFÍCIO C 0 EDIFÍCIO B 15 8 258 3,0 4,3 900 94 Machado (1961)
40 EDIFÍCIO C 0 1000 2000 3000 EDIFÍCIO C 12 12 345 5,2 3,0 800 94 Machado (1961)
50 0,6 t - Tempo (dias) EDIFÍCIO D 12 Construídos
12 315nas 5,2 2,2 1100 94 Machado (1961)
EDIFÍCIO IA 8 13,5 121 7,3 1,2 1000 95 TEIXEIRA (1960)
Tempo (dias) EDIFÍCIO IB 15 décadas215
13,5 de 7,4 1,8 1000 94 TEIXEIRA (1960)
Tempo (dias) SANTOS
100 1000 10000 0 500 1000 1500 2000
100 EDIFÍCIO SC 14 151940-50
237 7,7 1,3 1200 95 TEIXEIRA (1960)
(c) EDIFÍCIO I EDIFÍCIO S A 15 15 750 2,6 3-4,3 1800 83 TEIXEIRA (1960)
0 0,00 80 SÃO VICENTE EDIFÍCIO U 10 16 435 3,3 2,3 1700 85 Teixeira (1961-a)
(a) (b)
2
Recalques (cm)

EDIFÍCIO I

v.t (mm)
0,05 60 NÚNCIO MALZONI 17
1967 18 >980 2,0 1,3-3,4 Gonçalves et al. (2002)
4 SÃO VICENTE UNISANTA 7 16 140 5,5 0,8 Gonçalves et al. (2002)

v (mm/dia)
40
1999
6 0,10 Calc. (Olson) SÃO EDIFÍCIO A 15 7 130 1,9 0,8 1000 94 Machado (1961)
Medido 1940-50
8 Medido 20 Calc. (Olson) VICENTE EDIFÍCIO I 13 30,5 124 31,0
25,3 0,09 1400? 97? Teixeira (1961-c)

Cv (10-3.cm2/s)
10 Calc. (Olson) 0,15
Medido
30
0 (*) : Extraídos do gráfico f =f(RSA;nível de tensões) 8
12 0,20
14 EDIFÍCIO I - SÃO VICENTE 0 500 1000 1500 2000 20 (**): Outra Interpretação
0,25 6

C (%)
Time (days)
10
4
0 2
0 0,5 1 1,5
0
´vf/´p
0 0,5 1 1,5
´vf/´p

FUNDAÇÕES RASAS: EDIFÍCIOS EM SANTOS E SÂO VICENTE


SANTOS: RECALQUES PRIMÁRIOS INESPERADOS Os recalques primários dependem do OCR e do nível das tensões aplicadas.
h RECALQUES PRIMÁRIOS

EDIFÍCIO N (m) 900 Dias MÁXIMOS FONTE /'vo


mm mm 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
UNISANTA 7 (10) 16 110 140 (?) Gonçalves et al. (2002) 0%
EDIFÍCIO IA 8 13,5 113 121 Teixeira (1960) I:2.5
UNISANTA:1.4

-Max. Recalque/H -
EDIFÍCIO U 10 16 253 435 Teixeira (1960)
1% IA:1.10
3 EDIF MACUCO 12 9 60 - Reis (2000) 1.5
>1,5
IB:1.19
EDIFÍCIO C 12 12 315 345 Machado (1961)
2% SC:1.10
EDIFÍCIO D 12 12 274 315 Machado (1961) D:1,25
1,4
1.4
3% U:1.13
C:1.25
B:1.17 1,3
1.3
RECALQUES
4%
1,2
DESIGUAIS
5% 1.2
1,1
6% As letras identificam os edifícios.
Duna de 1,1
1.1
t=tpa elas associados são
Os números
h= 5m 7% os OCR médios em cada local RSA=1,0
OCR=1.0
Equivale a pressão de ~100kPa (10 t/m2) 8%
Ou Peso de Edifício de ~9 andares
Colunas mais recalcadas, máximas cargas aplicadas

8
CIDADE DE SANTOS : EXPLICAÇÃO PARA UMA DAS ANOMALIAS CIDADE DE SANTOS

INCLINAÇÃO DE
EDIFÍCIOS
SOBRE O USO DE ESTACAS
Duna h=
5m LONGAS EM SANTOS
Equivale a pressão de ~100kPa (10 t/m2) Pressão não-
Ou Peso de Edifício de ~9 andares uniforme

ESTACAS LONGAS EM SANTOS


BREVE HISTÓRICO
São
Golombek (1965): É antigo o uso de estacas flutuantes na Baixada Santista VicenteItararé
Morro
Itararé
Hill
SANTOS

Balsa
Ilha Porchat
Porchat Island SANTOS

Estuário
Teixeira (1988): por vezes é a solução para as fundações de tanques e armazéns São Canal 1 2 3 4 5 6 7 GUARUJÁ
Guarujá
Vicente
graneleiros. 0m 0m
AREIA
Medium to FINA
Compact
FINE SAND Sand
Alonso e Aoki (1988): mencionam edifícios apoiados em estacas flutuantes na 10 10
?
cidade de Santos. GNAISSE
GNEISS ARGILA
Marine
MARINEMARINHA
Soft MOLE
SOFTClay ( SFL
CLAY(SFL) )
(SFL) ?? ( SFL )

20 20
Estacas pré-moldadas de concreto, cravadas até o o topo das ATs GNAISSE
GNEISS ??
perfuração da camada de areia superficial, compacta, com jato d’água ~50m AREIA
FINE FINA
SAND
Fine Sand MÉDIA
Medium
30 30
? ( AT ? )
ARGILA MARINHA ( AT )
Décourt (1996): sugeriu a adoção de “ estacas T” como solução intermediária MARINE CLAY (AT)
Marine Medium Clay (AT)
40 40
entre os extremos de fundações rasas, tecnicamente problemáticas, e as estacas
cravadas até o solo residual, eficientes, mas dispendiosas. ((AT)
AT )
AREIAAND
FINA E MÉDIA RIJA
O50uso de estacas metálicas longas, constituídas FINE
por
Fine to medium Sand MEDIUM
perfis H) como Stiff)
SANDfundação
Stiff
de edifícios
50 altos
é recente (Falconi e Perez, 2008) SROELSO
GNAISSE
?
L
Falconi e Perez (2007, 2008a e 2008b): estacas metálicas longas, com secção GNEISS IDRUES
IDU ? ? SL
RUEA
IDSUO
AIL
A pequena seção transversal e a elevada resistência
60
AL
S AL
OIL facilita a penetração L O
OE na areia compacta.
SR S ID 60
decrescente com a profundidade, conceito usado anteriormente em Pernambuco,
São soldados 4 segmentos com seção transversal decrescente dando a cada estaca uma “slight
conforme Rocha et al. (2006) e Gusmão et al. (2006). 70
step-tapered form”, reduzindo custos. 70

SECÇÃO
O GEOLÓGICA_ORLA
conceito já PRAIANA
havia sido usado anteriormente (Adaptado
em Pernambuco (Gusmão deetTeixeira,
al., 2006). 1994)

9
COMPORTAMENTO DE ESTACAS LONGAS DE AÇO EM SANTOS ESTACAS LONGAS DE AÇO - SANTOS
INSTRUMENTAÇÃO (BUREAU DE PROJETOS )

Falconi, F.F. e Perez W. (2008 )

Vista das chapas de proteção dos strain Caixa seletora e painel digital para leitura
gauges e cabos-obra nº 8 dos strain gauges-obra nº 8.

N: número de andares hc: comprimento cravado S: área da seção transversal


De Falconi, F.F. e Perez W. (2008 )
Instrumentadas

ESTACAS LONGAS EM SANTOS


COMPORTAMENTO DE ESTACAS LONGAS DE AÇO EM SANTOS
São
As medidas de
deformações em VicenteItararé
Morro
Itararé
Hill
SANTOS

Balsa
Ilha Porchat
Porchat Island SANTOS

Estuário
várias profundidades São Canal 1 2 3 4 5 6 7 GUARUJÁ
Guarujá
revelaram: 0m
Vicente
0m
AREIA
Areia média aFINA
FINE SANDcompacta
12 a 22m de 10
?
10

profundidade GNAISSE
GNEISS ARGILA MARINHA
SOFT MOLE
CLAY( SFL
Argila Mole (SFL)
MARINE )
(SFL) ?? ( SFL )

20 20
GNAISSE
GNEISS ??
a) Comportamento de ~38m AREIA
FINE FINA
SAND
Areia Fina MÉDIA
Medium
30 30
Estacas flutuantes; e ? ( AT ? )
ARGILA
MARINEMARINHA
CLAY ((AT)
AT )
b) Atrito lateral Argila Média (AT)
40 40
total=3.510kN
((AT)
AT )
AREIAAND
FINE FINA E MÉDIA
MEDIUM SAND RIJA
Rija)
Stiff
50 Areia Fina a Média 50
Uma redução drástica no SR
OELSO ?
GNAISSE L
AIL
atrito lateral entre 12 e GNEISS IDRUES ? ? SLIDSUO
AILDSUOA RUEA
60 L
IL OELSOID
SR 60
22m de profundidade.
70 70

SECÇÃO GEOLÓGICA_ORLA PRAIANA (Adaptado de Teixeira, 1994)

10
ESTACAS LONGAS EM SANTOS 200
EDIFÍCIO No. 8 - SANTOS
COMPORTAMENTO DE ESTACAS LONGAS DE AÇO EM SANTOS

f - Atrito Lateral Unitário (kPa)


Na camada superficial de 150

São se comportou
areia a estaca 100
Areia Superficial (0-12m)
Loads (kN)
Cargas
comoVicente
se houvesseMorroum bulbo
Itararé
Itararé
Hill
SANTOS 50
0 1000 2000 3000 4000 5000

Balsa
ou Porchat
um alargamento
Ilha Porchat
Island de seção. SANTOS

Estuário
São Canal 1 2 3 4 5 0
6 7 GUARUJÁ
Guarujá 0
Vicente 0 20 40 60 80 100
0m yfc - Deslocamento do Fuste no centro das camadas 0m

(mm)
(mm)
AREIA
Areia média aFINA
FINE SANDcompacta
-20

Movements (mm)
10 10
?
GNAISSE
GNEISS ARGILA MARINHA
SOFT MOLE ( SFL
Argila Mole (SFL)
MARINE CLAY200 )
(SFL) ?? ( SFL )

Deslocamentos
EDIFÍCIO No. 8 - SANTOS
20 20
y1=37mm 4'

f - Atrito Lateral Unitário (kPa)


Argila de SFL (12-17m)

GNAISSE
GNEISS ?? 150
Areia de SFL ? (17-22m) -40
30
~38m AREIA
FINE FINA
SAND
Areia Fina 100
MÉDIA
Argila de SFL (22-33m)

MediumArgila Transicional (33-42m)


30

Abaixo, a estaca comportou-


? ( AT ? )
ARGILA
MARINEMARINHA
50
CLAY ((AT)
AT )
Sedimentos Transic. (42-50m)

“Radier” “Radier
Argila Média (AT) -60
se40como esperado. 0
0 20 40 60 80
40
100
“Estaca” Estaqueado”
-50 ((AT)
AT ) 5'
AREIAAND
FINA E MÉDIA RIJA
Rija)
50
FINE
Areia FinaMEDIUM
a Média SAND
y - Deslocamento Stiff no centro das
do Fuste fc
50 -80
Em outras palavras, a estacas
GNAISSE SR
OELSO
camadas (mm)

?
L
AIL
BUILDING
EDIFÍCIO 88
GNEISS IDRUES ? ? SLIDSUO
AI LDSUOA RUEA
60
comportou-se como uma L
IL OELSOID
SR 60
-100
Estaca T (ou radier estaqueado).
70 70

SECÇÃO GEOLÓGICA-ORLA PRAIANA (Adaptado de Teixeira, 1994)

SAPATA COM 4 ESTACAS TIPO BROCA –BRASÍLIA CONCLUSÕES


Po - Cargas (kN)
a)

0
0 100 200 300 400 500

Po=2Kr.yo
600
I) GERAIS
2m
Po3=377kN
a) Há várias evidências geotécnicas sobre a AÇÃO DE
yo - Recalques (mm)

4
5 y03=5mm
2m Alr=360kN DUNAS na planície de Santos
Krad=4,2kN/mm Kpr=75,3kN/mm

10 Kr=284kN/mm Po=358+4,2yo Interpretação


4 brocas D=0,15 m b) Tal fato passou INSUSPEITO DURANTE O SÉCULO
Radier sobre pelo Método das
0,15 m
4 estacas 5
Duas Retas PASSADO e é consistente com a origem geológica do
15

b)
Cargas (kN) (Massad, 2010) Lagamar de Santos.
0 100 200 300 400 500 600
100

Kpr=75,3kN/mm
c) Os RECALQUES PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS
80
dependem do nível das tensões e da RSA (OCR)  H.
Rigidez (kN/mm)

60 Geológica
Radier sobre
40
4 estacas
Dados de Bezerra e d) A VELOCIDADE dos recalques secundários depende
20
Cunha (2002 ) destes fatores e é melhor entendida com base no velho
Krad=4,2kN/mm
0
coeficiente de adensamento secundário.

11
CONCLUSÕES CONCLUSÕES
II) FUNDAÇÕES RASAS III) ESTACAS LONGAS
a) O sobreadensamento errático das ARGILAS MOLES
(SFL) de Santos, causado pelas oscilações negativas a) Em estacas de aço longas em Santos O ATRITO
do NM e pela ação de dunas, explicam A DISPERSÃO LATERAL UNITÁRIO MÁXIMO foi atingido após
NOS RECALQUES E EM SUAS VELOCIDADE, tanto ALGUNS mm de deslocamento do fuste, EXCETO NA
primários quanto secundários. CAMADA DE AREIA SUPERFICIAL, que requereu
DEZENAS DE mm.
b) Para o EDIFÍCIO I EM SÃO VICENTE, apoiado em ~30 m
de ARGILA RIJA, PLEISTOCÊNICA, o adensamento b) Esta constatação sugeriu um comportamento típico
primário predominou; encontrou-se um valor tão baixo de ponta ou UM ALARGAMENTO (BULBO) NA
quanto 0,09% para C. CAMADA DE AREIA SUPERFICIAL.
c) As PRESSÕES NÃO-UNIFORMES EXERCIDAS PELAS c) Este efeito tipo “RADIER ESTAQUEADO” provocou
DUNAS podem explicar a INCLINAÇÃO DE EDIFÍCIOS uma REDUÇÃO NO ATRITO LATERAL da camada de
ISOLADOS, i.e., sem a influência de prédios vizinhos. argila mole (SFL), situada logo abaixo da camada
superficial de areia.

FIM

12

Você também pode gostar