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Acionar um Motor CC envolve bons conhecimentos do seu funcionamento e

aplicação.
As Máquinas de corrente contínua possuem o enrolamento de armadura e
podem ter dois tipos de enrolamento de campo: enrolamento série e
enrolamento shunt (Paralelo).

A forma de realizar a ligação entre os enrolamentos fornece vários


características funcionais aos motores CC, cada qual com sua característica.
Estes são:

-Motor CC com excitação independente


-Motor CC Shunt (ou paralelo ou em derivação);
-Motor CC Série;
-Motor CC Compound (Composta, ligação em paralelo e em série);

Motor com excitação independente


A rotação do motor pode ser alterada, conforme a equação, mantendo o fluxo
(ɸ) constante e variando a tensão de armadura (controle de armadura), ou
mantendo a tensão de armadura fixa e alterando o fluxo (controle pelo campo).
Alterar fluxo magnético significa modificar corrente de campo. No controle pela
armadura para corrente de campo constante, o torque é constante e a potência
proporcional a rotação. No controle pelo campo, para IA = constante, o torque é
inversamente proporcional à rotação e a potência é constante. A regulagem
pela armadura é usada para acionamentos de máquinas operatrizes em geral,
como: ferramentas de avanço, torque de fricção, bombas a pistão,
compressores, etc. A regulagem de campo por sua vez é usada para
acionamento de máquinas de corte periférico, como em chapeamento de toras,
tornos, bobinadeiras, máquinas têxteis, etc.

Motor com excitação série


Pode-se verificar que a corrente de armadura passa pelo enrolamento de
campo, sendo responsável pelo fluxo gerado. Enquanto não é atingida a
saturação magnética, a velocidade do motor diminui de forma inversamente
proporcional à intensidade de corrente de armadura.
Portanto o motor série pode trabalhar em regimes de sobrecarga, sendo o
aumento do consumo de corrente relativamente moderado.
Esta propriedade é essencialmente valiosa para a tração elétrica,
acionamentos de guindaste, etc.
Deve-se ter em conta que no caso da redução da carga, a velocidade do motor
se torna tão grande que as forças centrífugas podem destruir o seu induzido.
Por isso, quando a tensão é nominal, não se deve colocar em funcionamento o
motor série com uma carga muito reduzida.

Motor com excitação shuntMotor com excitação shunt


Este é o tipo mais comum de motor CC. Suas curvas características de
velocidade × carga e torque × carga mostram que o torque aumenta
linearmente com o aumento na corrente da armadura, enquanto a velocidade
cai ligeiramente à medida que a corrente da armadura aumenta. A velocidade
básica é a velocidade com carga máxima. O ajuste de velocidade é feito
inserindo-se uma resistência no campo usando um reostato de campo. Numa
posição do reostato, a velocidade do motor, permanece praticamente constante
para todas as cargas. Deve-se tomar cuidado para não se abrir o circuito do
campo de um motor em derivação que está rodando sem carga, porque a
velocidade do motor aumenta descontroladamente.

Motor com excitação composto


Motor com características intermediárias. É esta a característica do motor de
excitação composta.
Este motor possui dois enrolamentos, um série e outro paralelo. Na maioria dos
casos os dois enrolamentos são acoplados de forma que os fluxos magnéticos
se adicionem.
O motor composto funciona com segurança sem carga. À medida que se
adicionam as cargas, a sua velocidade diminui, e o torque é maior se
comparado com o do motor shunt.
Este tipo de excitação é ideal para acionamentos com variações bruscas de
carga (ex.: prensa), e para se obter um comportamento mais estável da
máquina.

Observe na figura a simbologia dos três enrolamentos da máquina e lembre-se


sempre que, o enrolamento shunt é formado por muitas espiras de fio de menor
seção, enquanto o enrolamento série é formado por poucas espiras de um fio
de maior seção.

As bobinas de campo quando alimentadas produzem campo magnético


(eletromagnético, mais especificamente), cujas linhas atravessam
constantemente a armadura.

Se houver uma força eletromotriz (FEM) na armadura, ou seja, se houver uma


corrente na armadura, fornecida por uma fonte externa e, consequentemente,
um campo induzido por essa corrente, ela ira girar por efeito do torque.

Além disso, o campo principal cria na armadura uma força contraetromotriz


(FCEM).
Medindo a resistência (R) do enrolamento de armadura, é possível calcular a
corrente de armadura se essa fosse alimentada com determinada tensão
(FEM).

I = FEM / R

Para o motor girar ele depende desta corrente mas, na realidade, como temos
a força contraeletromotriz, a equação ficará:

I = (FEM – FCEM) / R

Ou seja, se aplicarmos mais FEM, a corrente na armadura aumentará e como a


velocidade é diretamente proporcional a FEM, esta também aumenta. Da
mesma forma, reduzindo a FCEM, a corrente também irá aumentar, podendo
disparar a velocidade.

Medindo a resistência (R) do enrolamento de armadura, é possível calcular a


corrente de armadura se essa fosse alimentada com determinada tensão
(FEM).

I = FEM / R

Para o motor girar ele depende desta corrente mas, na realidade, como temos
a força contraeletromotriz, a equação ficará:

I = (FEM – FCEM) / R

Ou seja, se aplicarmos mais FEM, a corrente na armadura aumentará e como a


velocidade é diretamente proporcional a FEM, esta também aumenta. Da
mesma forma, reduzindo a FCEM, a corrente também irá aumentar, podendo
disparar a velocidade.

Já a armadura está em constante contato com as escovas através do


comutador.
INVERSÃO DO SENTIDO DE ROTAÇÃO DO MOTOR CC

O sentido de rotação de um motor depende do sentido do campo magnético e


do sentido da corrente na armadura.

A simples inversão na polaridade de um dos enrolamentos (campo ou


armadura) é suficiente para tal.

É importante que se inverta a polaridade de apenas um dos dois enrolamentos


e que essa escolha seja feita tendo em mente que as características de torque,
rotação e potência da máquina podem ser diferentes em cada escolha.

REQUISITOS DE PARTIDA DOS MOTORES CC

Há duas exigências durante a partida dos motores:

Tanto o motor quanto os condutores das linhas de alimentação devem estar


protegidos contra um fluxo excessivo de corrente durante o período da partida,
colocando-se uma resistência externa em série com o circuito da armadura.

O torque de partida no motor deve ser o maior possível para fazer o motor
atingir a sua velocidade máxima (nominal) no menor tempo possível.

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