INTRODUÇÃO
O construtivismo é uma teoria que procura descrever os diferentes estágios que passa
o sujeito no processo de aquisição dos conhecimentos, de como se desenvolve a inteligência
humana e de como tal individuo deve se comportar. Muito se tem escrito sobre como poderia
ser o processo de ensino fundamentado nas descobertas feitas por essa teoria, muitas das
criticas sobre o construtivismo estão fundamentadas na tradução dessa teoria para a
pedagogia, por alguns educadores objetivando justificar o uso no ensino escolar. Essa teoria
não é remédio miraculoso, nem instancia normativa pedagógica para os problemas que
afligem o nosso ensino, assim como a introdução de novas tecnologias, como os usos de
computadores nas escolas, não resolvem por si, a situação de nossa educação.
Para falarmos sobre o construtivismo e suas teorias é necessário que entendamos o que
ele significa. É o nome pelo qual se tomou conhecida uma nova linha pedagógica que vem
ganhando terreno nas salas de aula há pouco mais de uma década. As maiores autoridades do
construtivismo, contudo, não costumam admitir que se trate de uma pedagogia ou método de
ensino, por ser um campo de estudo ainda recente, cujas práticas, salvo no caso da
alfabetização, ainda requerem tempo para amadurecimento e sistematização.
Com base nos estudos do psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980). A maior
autoridade do século sobre o processo de funcionamento da inteligência e de aquisição do
conhecimento. Piaget demonstrou que a criança raciocina segundo estruturas lógicas próprias,
que evoluem conforme faixas etárias definidas, e são diferentes da lógica madura do adulto.
Por exemplo: se uma criança de 4 ou 5 anos transforma uma bolinha de massa em salsicha.
Ela conclui que a salsicha, por ser comprida, contém mais massa do que a bolinha. Não se
trata de um erro, como se julgava antes de Piaget, mas de um raciocínio apropriado a essa
faixa etária. O construtivismo procura desenvolver práticas pedagógicas sob medida para cada
degrau de amadurecimento intelectual da criança.
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1.1 – Do Construtivismo
1.1.1 – Conceito
1.2 – Os teóricos
Voltou-se então para a criança, porque nela era possível encontrar a origem desses
fenômenos psíquicos e acompanhar sua evolução, não apenas descrevendo-os, mas
encontrando os mecanismos do processo de seu desenvolvimento.
Para Wallon, o pensamento não é apenas uma produção do cérebro, é algo que está
além dele, apesar de ser produzido nele. A consciência é algo mais do que o orgânico em
estágio de maior complexidade.
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Wallon procurou analisar o homem como um ser integral, num todo indissociável de
aspectos biológicos e sociais. Ela quis que a psicologia unisse num só contexto explicativo o
organismo e o psiquismo, a matéria e o espírito. Tal psicologia estaria entre as ciências
naturais e as sociais porque o homem é matéria e consciência, integrados numa unidade
indivisível .
Podemos ver, o Kantismo evolutivo está mais para o Kantismo Plantonista. Por um
lado, possuiria apenas de Kantiano o fato de afirmar que o conhecimento é o resultado do
encontro de duas realidades pré-construidas enfrentadas entre si – as formas a priori, enquanto
condição de possibilidade, e o conteúdo bruto – e, por outro, seria plantonista, uma vez que
retifica a condição de possibilidade, bem como postula simultaneamente sua eternidade.
Assim da conjunção de ambos os termos que a priori se substancializam e passam a conter em
si mesmos proto-conhecimentos que vão ao encontro de um meio estimulante.
As teorias de Jean Piaget, que foi um dos primeiros a pesquisar cientificamente como
o conhecimento era formado na mente de um pesquisador, tomando aqui a palavra
pesquisador o seu sentido mais amplo, uma vez que seus estudos iniciaram-se com a
apreciação de bebês, o mesmo observou como um recém-nascido passava do estado de não
reconhecimento de sua individualidade frente ao mundo que o cerca indo até a idade dos
adolescentes, onde já temos o inicio de operações de raciocínio mais complexas. De suas
observações posteriormente sistematizadas com uma metodologia de analise, denominada o
Método clinico, Piaget estabeleceu as bases de sua teoria, a qual chamou de Epistemologia
Genética. Essa fundamentação descreve as relações entre o sujeito e seu meio que consiste
numa interação radical, de modo tal que a consciência não começa pelo conhecimento dos
objetos nem pelo da atividade do sujeito, mas por um estado diferenciado, e é desse estado
que derivam dois movimentos complementares, um de incorporação das coisas do sujeito, o
outro de acomodação às próprias coisas.
Como mencionado anteriormente, é a junção das teorias existentes, pois Piaget não
acreditava que todo conhecimento seja a priori, inerente ao próprio sujeito, nem o
conhecimento venha totalmente de observações do meio que o cerca; de acordo com suas
teorias, o conhecimento, em qualquer nível, é gerado através de uma interação radical do
sujeito com seu meio, a partir de estruturas previamente existentes no sujeito. Assim sendo, a
aquisição de conhecimentos depende tanto de certas estruturas cognitivas inerentes ao próprio
sujeito.
Precisamos também salientar que devemos lidar como o fator do erro e da avaliação,
este aspecto está mais aprofundado tornando-se importante da importante da estreita relação
com o próprio erro, uma abordagem construtivista, pois o erro é importante no aprendizado, o
aprendiz deve sempre se questionar sobre as conseqüências de suas atitudes e a partir de seus
erros ou acertos ir construindo seus conceitos, ao invés de servir apenas para verificar o
quanto do que foi repassado para o aluno, como é nas práticas empiristas.
Portanto, o sentido de um conhecimento matemático se define não apenas por uma coleção de
situações em que o aprendiz encontra ou utiliza este conhecimento como meio de solução,
mas principalmente pelo conjunto de concepções que rejeita, de erros que evita, de economia
que procura e reformulações que faz.
A cartilha mecanicista que tem medo do erro e, para evitá-lo, subjuga a comunicação
escrita as silabas e frases já memorizadas, tem que buscar novas referencias para mostrar aos
novos alunos que os mesmos não querem viver de repetições de frases já bastante conhecidas
onde se torna para o aluno uma coisa sem sentido. Portanto, o aluno que é sujeito de todo esse
processo, é o sujeito que busca conhecimento que é algo que se constrói pela ação dele
mesmo.
A analise fonética das palavras são de muita importância para a escrita, pois a sílaba
não pode ser considerada uma unidade e que pode ser separada em unidades menores. A
identificação do som não é garantia de identificação da letra, o que pode gerar as famosas
dificuldades ortográficas nas crianças. Podemos entender o processo de aquisição da escrita
pelas crianças sob diferentes pontos de vista, o mais comum é onde a escrita é imutável e deve
se seguir o modelo adulto, pois do ponto de vista do trabalho, a escrita é vista como um objeto
do conhecimento levando em conta as tentativas individuais das crianças, já no ponto de vista
da interação, o aspecto é mais social, onde a alfabetização é um processo discursivo. Cabe aos
pedagogos pensar nesses três pontos de vistas e construir o seu próprio.
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Analisar as representações sobre a escrita de uma criança tem muita importância para
o pedagogo e para o professor saber como agir, não por que a criança participa de forma direta
da construção do seu conhecimento, que não via precisar dos ensinamentos do professor, mas
o professor tem a função de organizar as atividades que favorecem a reflexão da criança sobre
a escrita, pois é pensando é que ela aprende.
O processo da experiência da criança, tem que ser levado em conta, pois implica a
escola ver a criança com bastantes experiências importantes, como do ponto de vista para a
formação dos conceitos científicos que irão ser desenvolvidos somente quando da existência
dos conceitos espontâneos da própria criança que alcança um nível determinado, próprio do
começo da idade para a vida escolar.
Essa idéia caminha para a efetivação dos outros elementos importantes na vida escolar,
pois enfatiza o interesse pelo desenvolvimento das operações concretas e das operações
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As organizações cognitivas têm um papel muito importante, visto que dita a interação
com vários elementos dando uma estimulação comportamental e por último reduz o processo
de construção epistemica a uma simples atualização de possíveis cognitivos pré-formados que
desconhecem a natureza construtivista da interação. A psicologia da inteligência, uma que
sustenta o caráter genético da inteligência detentora de anterioridade não só lógica, quanto,
principalmente, cronológica e de nível a respeito da experiência epistemica do sujeito.
Para Piaget, o esquema mínimo de todo raciocínio pré-formista é onde já existia uma
coisa mais ou menos já dada que se atualiza, evoluindo graças ao simples contato gratificante
ou frustrante com a realidade pensada como seu exterior, inerente ao evolucionismo vitaliza
um começo a partir do conjunto de todos os possíveis.
Não há dúvidas que esse modo de raciocinar acaba se endereçando pelos caminhos que
encontram desmascaradas as tendências naturais do espírito capaz de falsear toda analise.
Piaget nunca confundiu as estruturas intelectuais com as orgânicas, em particular, as
neuronais. Sempre assimilou que se tratava de simples analogias qualitativas, isomorfismos
parciais, bem como de comparações sistemáticas entre as coordenações cognitivas e a
problemática da relação genoma-meio. Nesse sentido, não devemos confundir: Uma coisa é
remissão, a temática da adaptação vital, enquanto estratégia argumentativa ou pré-texto,
segundo Piaget, ele afirma que é real.
Dessa forma, cabe concluir que aquilo a ser reconstruído não é um conhecimento
enquanto copia do sujeito, na medida de sua participação não-egocêntrica, poderá vir a dar
sustento ao próprio objeto em questão. Em suma, o objeto e a inteligência do sujeito
constituem uma mesma e única realidade interativa, e não como às vezes se pensa, duas
materialidades heterogenias onde uma delas possuirá a capacidade de vir a completar a
evolução potencial da outra. Como Piaget sempre sustentou, o objeto e o sujeito são dois
pólos da interação ou de uma realidade intelectual que se auto-constroi.
Aqueles que são ou foram alfabetizadores, com certeza, já se depararam com certos
professores que logo ao primeiro mês de aula estão dizendo, a respeito de alguns alunos: não
tem prontidão para aprender, tem problemas familiares, é muito fraco de cabeça, não fez uma
boa pré-escola, não tem maturidade para aprender e tantos outros comentários assemelhados.
Outra vez culpam-se os próprios educadores, os métodos ou materiais didáticos.
De que valem as informações contidas nos livros se a criança não pode ter acesso a
elas quando sua curiosidade é despertada? Ensine a criança a respeitar os livros. Não adianta
ter em casa as melhores obras de consulta se a criança não for ensinada a gostar delas. Mesmo
se a criança ainda não estiver na escola, devem os pais ler para ela com freqüência, deixando-
a ver as ilustrações dos livros. Para a criança será sempre motivo de inspiração viver num lar
onde os livros são tratados com interesse e respeito.
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Devemos fazer com que o aluno estabeleça um horário fixo de estudos e se acostume a
ele. Ensine-o a distribuir seu tempo da maneira mais apropriada; dessa forma, ele não
consumirá tempo demais no estudo e poderá dedicar-se aos necessários momentos de lazer,
diversão e descanso.
Quantas vezes já passamos em exames, para os quais não tínhamos estudado, graças à
atenção prestada ao professor na aula? De fato, saber escutar é uma aptidão muito valiosa, que
só se adquire por meio da perseverança. O ser humano pensa pelo menos cinco vezes mais
depressa do que emite palavras. Entretanto, essa grande diferença muitas vezes ocasiona
dificuldades ao estudante: o professor fala com lentidão e a mente da criança anda muito
depressa, fazendo com que desvie a atenção repetidamente. Alguns conselhos poderão ajudar
seu filho a aprender a escutar. Procure dar à criança uma idéia sucinta do assunto que será
tratado nas aulas. Um pouco de preparação prévia, além de poupar mais tarde ao estudante
várias horas de revisão de matéria, facilitará o trabalho de escutar e entender.
Podemos nos surpreender com o número de adultos que apresentam deficiências ao ler
e escrever. Isto se deve, freqüentemente, à falta de assistência na infância, quando tiveram
dificuldades de aprender. Se a criança apresentar problemas de escrita ou de leitura, será
conveniente complementar o programa escolar por meio de revisões e exercícios em casa.
Talvez seja adequado, antes disso, solicitar uma entrevista com o professor da criança para
que ele indique as dificuldades específicas - falta de vocabulário, defeitos de pronúncia,
pouca atenção na aula, problemas de caligrafia etc. - e sugira a forma de ajudá-lo.
As crianças estão sentadas em círculo. Uma delas está em pé no meio do círculo e diz
qualquer coisa deste gênero: “Os que trazem cinto! “. Todos os que usam cinto mudam de
lugar trocando com outros que também trazem cinto. O que está no meio do círculo deve
também procurar um lugar e aquele que não se conseguiu sentar vai então para o meio e terá
de escolher uma outra sugestão. As crianças apercebem-se depressa de que podem ser ao
mesmo tempo semelhantes e diferentes de bastantes formas. Uma maneira interessante de
terminar o jogo consiste em escolher uma pequena frase que contenha um
qualificativo,talcomo: “Os que são felizes /simpáticos! Como é mais dificil identificar assim
de repente uma qualidade, o jogo chega geralmente ao fim nesse momento. O professor pode
então pretender analisar com as crianças de que modo essas qualidades são, em geral,
reconhecidas.
Será também necessário estabelecer com as crianças uma estratégia coerente que
permita abordar a “adversidade”. A adversidade surge com freqüência. Há contudo meios que
permitem enfrentá-la e, se deliberadamente utilizados na aula, podem criar reflexos que serão
um triunfo seguro na vida.
E importante que a criança possa refletir sobre um problema para conseguir encontrar-lhe uma
solução.Uma maneira mais sistemática de proceder segundo Odair Furtado é a seguinte:
5.Escolher uma solução.Optar por uma das soluções propostas , numa base de mútuo
acordo.
Por toda parte as pessoas admitem - algumas com entusiasmo, outras com grande
pessimismo - que o mundo está sofrendo uma revolução radical em conseqüência das novas
tecnologias de informação e de comunicação. Os computadores e as redes mundiais como a
Internet se juntaram a ferramentas mais antigas - rádio, televisão e telefone - para criar um
sistema mundial de comunicação que as pessoas usam para conversar, ensinar, aprender, fazer
conferências, comprar e vender produtos, recebendo informações de todos os tipos. Tudo isso
é, entre outras coisas, uma nova e gigantesca indústria.
Mas, apesar de tais dificuldades, é preciso ver o impacto positivo dessas tecnologias
nos países mais pobres. Na África, por exemplo, a Internet se tornou nos últimos anos um
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meio importante de liberdade de expressão. Mesmo nos países que vivem sob ditadura, é tal o
fluxo de informação que os censores estatais não têm como lidar com ele. Na área ambiental,
os beneficios em várias partes do mundo também têm sido enormes. Na Indonésia, um
programa de computador preparado pelo Ministério do Meio Ambiente tornou-se um meio-
chave de desenvolvimento sustentável de florestas tropicais.
A internet representa ump otencial de informações no qual o usuário ainda não sabe
bem como explorá-la, potanto, o bibliotecario tem os conhecimentos das fontes de pesquisas e
as estratégias de busca para explorar a imensa biblioteca que é a internet, também denominada
de biblioteca inteligente e orientar o seu usuário na montagem de mais informações.
Esses profissionais ganham um papel muito impotante, pois selecionar, organizar e indexar a
informação eletrônica tornuo-se tarefa indispensável.
Esse novo bibloitecário, terá a tarefa de conhecer as novas tecnologias para que possa
usá-las como ferramentas úteis no seu dia a dia, na execução das tarefas historicamente
executadas nas bibliotecas tradicionais. Nesse novo modelo, a tradicional tarefa de selecionar
a informação ganha uma importância especial que é separar o que é significativo do que
banal.
A psicologia da criança adquire uma posição-chave no estudo dos mais diversos temas
humanos: além de a criança despertar grande interesse em si mesma, ela também explica o
adulto e este a explica. Se o adulto educa a criança por meio de múltiplas transformações
sociais, diz Piaget, “todo adulto,embora criador, começou sendo criança, e isso tanto nos
tempos pré-históricos quanto hoje em dia”. Piaget optou, desde o inicio, por um
caminhoequidistante dos inatistas e dos associacionistas ou behavionistas. Piaget não
acreditava que a inteligência fosse herdada, que viesse com a pessoa como carga genética ou
que aparecesse espontaneamente à medida que a pessoa crescesse, nem que fosse apenas um
mecanismo de adaptação ao meio exterior, um comportamento adquirido por exercício ou
treinamento.
Cada estágio é caracterizado por uma estrutura de conjunto, que integra os vários
aspectos do comportamento (nesse ponto, Piaget discorda de Wallon, por ter, este, dado
predominância ora ao afetivo, ora ao cognitivo, no processo de desenvolvimento).
As estruturas do conjunto são integrativas, não se substituem uma à outra; cada uma
resulta da precedente , sendo inicialmente a ela subordinada e, depois, preparando a seguinte,
integrando-se a ela mais cedo ou mais tarde.
Se a nova biblioteca requer um novo bibliotecário para um novo usuário. Este novo
papel está respaldado numa abordagem construtivista de aprendizagem, cuja ênfase está na
aprendizagem e não no ensino, onde a aprendizagem é vista como um processo de construção
do conhecimento realizado através da operação e cooperação entre indivíduos.
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Os usuários são estimulados a desenvolver uma autonomia cognitiva que garanta que a
nova informação passe a fazer parte da construção de um conhecimento a longo prazo,
devemos, portanto, incentivar a habilidade de avaliar e utilizar as informações, essa nova
visão identifica os problemas e busca soluções criticando alguns enfoques.
CONCLUSÃO
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As teorias presumem, nasceu com base nos estudos do psicólogo suíço Jean Piaget
(1896-1980).A maior autoridade do século sobre o processo de funcionamento da inteligência
e de aquisição do conhecimento. Piaget demonstrou que a criança raciocina segundo
estruturas lógicas próprias. Que evoluem conforme faixas etárias definidas, e são diferentes da
lógica madura do adulto. O construtivismo procura desenvolver práticas pedagógicas sob
medida para cada degrau de amadurecimento intelectual da criança.
BIBLIOGRAFIA
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