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´´ Há uma época na educação de todo homem – escreveu ele no ensaio

intitulado Self-Reliance – em que ele chega à convicção de que inveja é


ignorância; de que imitação é suicídio; de que deve, para seu bem ou para seu
mal, aceitar o seu quinhão; que bem embora o amplo universo esteja cheio de
coisas boas, nenhuma semente de trigo generoso lhe virá às mãos a não ser
pelo trabalho que dedicar ao pedaço de terra que lhe foi dado para cultivar ``

ateneu
[Do gr. Athénaion, ‘templo de Atena’, pelo lat. Athenaeu.]
Substantivo masculino.

1.Lugar público onde os literatos, na Grécia antiga, liam as suas obras.


2.Associação científica ou literária; academia.
3.Estabelecimento de ensino.

´´ A opinião pública é fraca tirana, comparada à nossa opinião. O que um


homem pensa de si é o que determina ou, antes, é o que indica o seu destino ``
Henry David Thoreau

´´ O que os velhos dizem que a gente não pode fazer, a gente experimenta e
vê que pode. `` Henry David Thoreau

´´ As paredes do quarto do espírito estão cobertas de inscrições, e não se


necessita senão de uma vela para torná-las legíveis. `` frase de Emerson que
cantou no espírito de James Russell Lowell

A minha fé induz-me a esperar, embora não deva presumir que essa bondade
continue a derramar-se sobre mim, suscitando a persistência desta felicidade, e
tornando-me capaz de suportar qualquer revés fatal, que eu deva sofrer, como
outros tem sofrido; reconhecendo que a linha do meu futuro deste apenas d’Ele
é conhecida e que nas suas mãos está o poder de proteger-nos, mesmo nas
nossas aflições.

* Franklin: proprietário de terras, de nascimento livre, mas não de origem


nobre, nos séc. XIV e XV

´´ Desde criança que eu gostava de ler e que aplicava em livros todas as


pequenas importâncias que me davam. ``

* Daniel de Foe: Escritor inglês dos séculos XVII e XVIII, autor de várias obras
entre as quais a que mais se popularizou foi Robinson Crusoe. De Foe morreu
na miséria.

Desirmanado. Adj.
1.Separado de coisa ou pessoa com que estava emparelhado, irmanado;
desunido. 2.Não semelhante; desigual, diferente.
John Locke, filósofo que não aceitava as ideias inatas, e atribuía a origem de
todos os nossos conhecimentos à experiência, baseando-os na sensação
auxiliada pela reflexão (1632-1704)

Airoso
(ô) [Do esp. airoso.]

Adjetivo. 1. Gracioso de movimentos; elegante na aparência; garboso. 2.


Delicado de maneiras; gentil, galante. 3. Digno, honroso, decoroso.

JUNTO: um clube de aperfeiçoamento recíproco; reuniões que ocorriam às


quintas-feiras, à noite. Os estatutos, redigidos por Benjamin, impunham que
cada membro apresentasse, turno a turno, um ou mais quesitos sobre qualquer
ponto de Moral, Política ou Filosofia Natural, para ser discutido entre todos.

´´... Na juventude se cavam os alicerces dos nossos hábitos e dos nossos


preconceitos; na juventude a gente decide da profissão, da nossa carreira
literária, do nosso matrimônio. Na juventude, portanto, imprime-se o rumo; na
juventude é dada a educação da própria geração seguinte; na juventude
determina-se o caráter público e particular; e como a fase da verdadeira vida se
não alonga senão a partir da juventude e no caminho para a idade avançada, a
vida precisa ser bem iniciada a partir da juventude e principalmente antes de
formarmos as nossas opiniões e de estabelecermos os nossos principais
objetivos. `` Benjamin Vaughan, trecho da carta dirigida a Benjamin Franklin,
em 31/01/1783.

´´ Ó Poderosa Bondade! Pai Generoso! Misericordioso Guia! Faz com que a


minha sabedoria aumente, visto que nela reside o meu mais verdadeiro
interesse. Robustece a minha resolução de cumprir o que essa sabedoria me
ditar. Aceita os meus bons ofícios pelos Teus outros filhos, como sendo a única
maneira de que disponho para te dar graças pelos contínuos benefícios que de
Ti recebo.`` B. F.

Oh Tu, Bondade Suprema! Pai da Luz e da Vida!


Ensina-me o que é o Bem; ensina-me o que és Tu!
Salva-me da loucura, do vício e da vaidade,
De tudo quanto é baixo; e inunda a minha alma
De saber, virtude pura e paz de consciência,
Sagrada e substancial bem-aventurança que jamais definha. – James
Thomson, poeta escocês da época.

´´ De minha parte `` - prossegui - ´´ considero essa versatilidade da língua uma


sábia precaução da Providência em benefício do mundo, em geral, e dos
autores, em particular. Raciocinando por analogia, contemplamos diariamente
as lindas e variadas espécies de vegetais, brotando, florescendo, enfeitando os
campos por um curto espaço de tempo e depois reduzindo-se a pó, para darem
lugar a seus sucessores. Se assim não fora, a fecundidade da natureza seria
uma maldição em vez duma benção. A terra gemeria com uma vegetação
excessiva e exuberante e sua superfície seria um cipoal deserto. De igual
modo, as obras do gênio e do saber tombam para cederam lugar às produções
posteriores. A língua altera-se gradativamente e com ela fenece a literatura dos
autores, que floresceram a seu tempo. Doutra maneira, as forças criadores do
gênio supersaturariam o mundo e a inteligência ficaria inteiramente perplexa
diante do labirinto sem saída da literatura. `` Washington Irving.

´´ Vive para sempre gentil livro, real imagem do espírito do teu criador e áurea
coluna de sua nobre coragem; e proclama sempre ao mundo que o teu foi o
secretário da eloquência, o alento das musas, a abelha das mais tenras flores
do espírito e da arte, o fosso das virtudes morais e intelectuais, o exército de
Belbone no campo de batalha, a dialética de Suada na Câmara, modelo de
excelência em impressão. Supererogação de Pierce – HARVEY ``

´´ As consequências são alarmantes. O córrego da literatura expandiu-se numa


torrente - aumentou-se num rio e extravasou-se num mar. Há alguns séculos,
cinco a seis centenas de manuscritos constituíam uma grande biblioteca. Mas
que diríeis de bibliotecas com as que de fato existem hodiernamente e que
ostentam três ou quatro centenas de milhares de volumes, legiões de autores
em novas elaborações e prelos girando nervosamente numa terrível e
crescente atividade, no afã de duplicar-lhes e quadruplicar-lhes o número? ``
Washington Irving.

´´ Meu boníssimo amigo `` - exclamou o volume, bocejando melancolicamente


no meu rosto - ´´ desculpai-me interromper-vos, mas noto que gostais de
palestrar. Perguntar-vos-ia sobre o destino de um escritor que estava fazendo
algum barulho, na ocasião em que me retirei do mundo. É verdade que sua
reputação era considerada efêmera. A intelectualidade fechou-lhes as portas
porque era um velhaco inculto, que pouco conhecia o latim e ignorava
totalmente o Greco, e fora obrigado a fugas sucessivas, por furtos de caça.
Parece-me que seu nome era Shakespeare. Deverá ter logo caído no olvido,
creio `` Washington Irving.

´´ Ao contrário `` - retruquei - ´´ graças exatamente a esse homem a literatura


de sua época tem resistido a uma duração superior ao termo ordinário da
literatura inglesa. Surgem, de quando em vez, autores que parecem prova à
mutabilidade da língua, porque enraizaram-se nos princípios imutáveis da
natureza humana. São como as árvores gigantescas que às vezes observamos
às margens de um riacho. Estas, devido às raízes vastas e profundas, que
penetraram através da superfície e agarram-se poderosamente nas
verdadeiras fundações da terra, protegem o solo em derredor contra a erosão
da corrente ininterrupta e sustem muitas plantas vizinhas e até algas
desprezíveis, garantindo-lhes a perpetuidade. Este é o caso de Shakespeare, a
quem contemplamos desafiando a usurpação do tempo, conservando em uso
moderno a língua e literatura dos seus dias e dando duração a muitos autores
vagos, simplesmente por terem florescido na sua vizinha. Mas também ele –
pesa-me dizê-lo – vai aos poucos recebendo o estigma do tempo e a
integridade das suas composições é atacada por uma profusão de
comentadores os quais, à semelhança de parasitas trepadeiras, quase
sufocam a planta que os arrima. `` Washington Irving.

´´ Formidável `` - berrou, logo que recobrou o fôlego - ´´ formidável! Com que


então, quereis persuadir-me que a literatura de uma época deverá ser
perpetuada por um vagabundo ladrão de caça! Por um homem inculto! Por um
poeta, sim um poeta!`` Washington Irving.

´´Sim`` - continuei energicamente - ´´ um poeta. Dentre todos os escritores o


poeta possui as melhores oportunidades para a imortalidade. Os outros podem
escrever com a cabeça, mas ele escreve com o coração, e o coração há de
sempre o entender. É o retratista fiel da natureza, cujas feições são sempre as
mesmas, e interessantes sempre. Os prosadores são extensos e estáticos.
Suas páginas, prenhes de lugares-comum e seu pensamento desenvolvido ao
tédio. Já com o verdadeiro poeta, os temas são tratados de modo elegante,
comunicativo e brilhante. Proporciona os mais escolhidos pensamentos na
mais selecionada forma. Ilustra-os com todas as coisas notáveis que encontra
na natureza e na arte. Enriquece-os com quadros da vida humana, como a vê
do seu prisma. Seus escritos, portanto, contem o espírito, o aroma, se assim
me posso expressar, da época em que vive. São relicários que abrigam no seu
delicado bojo a riqueza da língua – suas joias de família, que são dessarte
transmitidas à posteridade, gerações empós gerações. A moldura pode
ocasionalmente ser antiquada e necessitar de restaurações periódicas, como
no exemplo de Chaucer, mas o brilho e o valor intrínseco das gemas continuam
inalterados. Lançai um olhar retrospectivo sobre a longa estrada da literatura!
Que vastíssimos vales de imbecilidades preenchidos com lendas fradescas e
controvérsias acadêmicas. Que atoleiros de especulações teológicas! Que
devastações ruinosas da metafísica! Só de longe em longe, contemplamos os
iluminados bardos, projetados como faróis nas suas iminências insuladas, para
transmitirem a luz filtrada da inteligência poética às várias gerações. ``
Washington Irving.

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