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As 4 Nobres Verdades

1. Existe o sofrimento (duka - veja aqui uma explicação do Lama em


2017 ou aqui)
2. Existem as causas do sofrimento (duka)
3. A liberação do sofrimento (duka) é possível
4. Existe um caminho leva a esta liberação (o nobre caminho óctuplo)
Este foi o primeiro ensinamento do Buda Sakyamuni, o Buda histórico, que foi a fonte
de todos os conhecimentos de todas as tradições do Budismo há uns 2600 anos atrás.
Após a iluminação, ele passou 45 anos dando ensinamentos (o Darma). Este
ensinamento inicial se deu num local chamado Parque dos Cervos de Isipatana (em
Baranasi, segundo o Budadarma). Por isso, o CEBBtem dois cervos em seu símbolo
olhando a roda de oito raiors que simboliza o nobre caminho óctuplo. É um
ensinamento comum a tradição Theravada, Mahayana e Vajrayana (3 grandes
correntes atuais do Darma, que sobraram).

Os 6 selos de Guru Rinpoche - Lama Padma Samten


1. Sele as aparências com a vacuidade
2. Sele a vacuidade com as aparências
3. Sele as aparências e a vacuidade como inseparáveis
4. Sele a inseparatividade das aparências com a vacuidade com a grande
bem-aventurança
5. Sele a grande bem-aventurança com a ausência de referenciais
(Bodicita e ausência de identidades)
6. Sele a a ausência de referenciais (Bodicita e ausência de
identidades) com a grande mãe Darmata
As 4 Nobres Verdades
1. Existe o sofrimento (duka - veja aqui uma explicação do Lama em
2017 ou aqui)
2. Existem as causas do sofrimento (duka)
3. A liberação do sofrimento (duka) é possível
4. Existe um caminho leva a esta liberação (o nobre caminho óctuplo)
Este foi o primeiro ensinamento do Buda Sakyamuni, o Buda histórico, que foi a fonte
de todos os conhecimentos de todas as tradições do Budismo há uns 2600 anos atrás.
Após a iluminação, ele passou 45 anos dando ensinamentos (o Darma). Este
ensinamento inicial se deu num local chamado Parque dos Cervos de Isipatana (em
Baranasi, segundo o Budadarma). Por isso, o CEBBtem dois cervos em seu símbolo
olhando a roda de oito raiors que simboliza o nobre caminho óctuplo. É um
ensinamento comum a tradição Theravada, Mahayana e Vajrayana (3 grandes
correntes atuais do Darma, que sobraram).

É simbolizado pela roda de oito raios, o dharmachakra:


Cada passo leva ao seguinte:
1. Compreensão / Visão Correta
2. Pensamento Correto
3. Fala Correta
4. Ação Correta
5. Modo de Vida Correto
6. Esforço Correto
7. Atenção Correta
8. Concentração Correta

No CEBB (Mahayana com foco no caminho tântrico):

1 - Motivação - Estágios: Em próprio benefício, Em benefício dos outros, Liberação.


Estudo: 4 pensamentos que transformam a mente
2 - Evitar ações negativas de Mente. Estudo: 10 ações não virtuosas
3 - Evitar ações negativas de Fala. Estudo: 10 ações não virtuosas
4 - Evitar ações negativas de Corpo. Estudo: 10 ações não virtuosas
5 - Ação transcendente. Estudo: 4 qualidades incomensuráveis, 6 perfeições
6 - Diana, Shamata. Técnica: Shamata
7 - Vipassana, Shamasati: Técnica: Prajnaparamita
8 - Presença, Samasamadi. Técnica: Repousar na presença (volta à energia da
motivação)

os 4 pensamentos que transformam a mente (ou que


redirecionam a mente para o Darma)
Seguem minhas anotações do que Lama Padma Samten ensinou durante o retiro de inverno
2014, no CEBB Viamão, RS.

1- Vida humana preciosa. Temos méritos só pelo Darma (ensinamentos budistas) nos tocar.
Nascimento humano nessas condições e com essas capacidades é algo bem raro (basta olhar
o mundo!). Temos o potencial para a iluminação. (A ideia de dedicação de méritos para todos
os seres ao final das práticas também visa nos mantermos com uma vida humana preciosa, em
contato com o Darma, e não no reino dos deuses, por exemplo)

2- Impermanência. Todas as vantagens (ou desvantagens) no samsara não são permanentes.


A morte apaga tudo. Depois de um tempo, ninguém nem lembra mais de nossa existência no
samsara.
3 - Carma. Lei de causa e efeito. Colhemos o que plantamos.

4 - Sofrimento. Decorrente do carma que plantamos nessa ou em outras vidas.


Imprevisibilidade total de tudo no samsara. Ações condicionadas sempre insatisfatórias.

Esse pensamento causa o reforço da motivação em praticar. No CEBB, também temos


aHomenagem ao Lama, que seria uma homenagem a todos os mestres que há quase 2500
anos fizeram com que o Darma chegasse até nós e o Refúgio nas 3 Joias (Buda - estado
iluminado, Darma - ensinamentos e Sanga - praticantes).

10 ações não-virtuosas (de corpo, fala e mente)


1. Matar (ação de corpo)
2. Roubar (ação de corpo)
3. Conduta sexual imprópria (ação de corpo)*
4. Mentir (ação de fala)
5. Agredir os outros verbalmente (ação de fala)
6. Criar intrigas ou fofocas, difamar, gerar discórdia (ação de fala)
7. Falar inutilmente, tagarelar (ação de fala)
8. Ensinar coisas indevidas, visão errônea (ação de mente)
9. Sentir raiva ou aversão a outros seres, má vontade (ação de mente)
10. Manifestar avareza (ação de mente)
Veja aqui o Lama falando mais profundamente destes dez pontos em 2018.

*Conduta sexual imprópria tem uma enormidade de detalhes e varia conforme a


tradição. Podemos considerar, para facilitar, que conduta sexual imprópria seria
qualquer ato sexual que cause sofrimento ao outro.

6 emoções perturbadoras (ligadas aos 6 reinos)


1. Orgulho (reino dos deuses)
2. Inveja e Ciúmes (reino dos asuras ou semi-deuses)
3. Desejo e Apego (reino dos humanos)
4. Obtusidade Mental e Preguiça (reino dos animais)
5. Carência e Insatisfatoriedade (reino dos fantasmas famintos)
6. Raiva e Medo (reino dos infernos)
A Roda da Vida - Lama Padma Samten
A Roda da Vida

A roda da vida numa das paredes do templo do CEBB em Viamão (foto minha - meio fora de foco - rs - clique pra
ampliar)

Seguem minhas anotações do que Lama Padma Samten ensinou durante o retiro de inverno
2014, no CEBB Viamão, RS.

Atualização em 2018: explicação completa da Roda da Vida por Jetsunma Tenzim Palmo.

Do centro da imagem para fora:


3 animais: (mais detalhes abaixo)
 Javali - ignorância - que gera:
 Galo - desejo/apego - que gera (quando ameaçado):
 Cobra - raiva

6 reinos:

- Reino dos Deuses - Ideal do samsara. Viver como reis e imperadores. Tudo de bom (topo na
imagem). Para o budismo, aqui ficam Brahma, Vishnu e Shiva (deuses que, respectivamente,
mantém e dissolvem ilusões do samsara) e o jardim do éden cristão. Emoção principal:
orgulho.

- Reino dos Semideuses - Invejam os Deuses. Disputa. Tentam sempre alcançar o que os
Deuses possuem. No mundo, tecnologia, ciência etc. Perseverar dentro do samsara. Olho do
bom senso e da causalidade aprendido no mundo.

- Reino dos Infernos - Muitas variações de raiva, dor e tortura (abaixo na imagem).

- Reino dos Seres Famintos - Carência. Aspirações impossíveis de realizar. No nosso mundo
(samsara), crescente limitação de recursos. Em expansão, com os problemas ecológicos.

- Reino dos Animais - O reino animal. Preguiça. Impossibilidade de sair de avidya. No nosso
mundo, em diminuição, com os problemas ecológicos.

- Reino Humano - O mais favorável porque nele há os ensinamentos e a chance de


iluminação. É muito pequeno. "Somos cegos porque vemos." (Buda) Notar a raridade de um
Buda surgir aqui. E de o Darma nos tocar. Buda Sakyamuni é o quarto buda histórico. O
próximo é Maytrea. Reino caracterizado pelo planejamento por etapas para obter resultados,
mas limitado pela impermanência, falta de controle e sofrimento. Falta de sentido.

12 elos (compreensão importante para Prajna):

Se você já está mais avançado nos estudos, veja nesse post o resumo que fiz de todos osdoze
elos da originação dependente

Imagens fora da roda: Simbolizam a perda de tempo de pessoas no samsara que não
aproveitam a vida humana preciosa para praticar (jogando videogame ou dançando).

P.S.: Palestra maravilhosa da Jeanne Pilli sobre A Roda da Vida no CEBB Fortaleza, em
08/10/2015.
Contemplando o desenho do centro da roda da vida de Tiffani Gyatso

Este desenho de Tiffany Gyatso do centro da roda da vida no templo do CEBB em Viamão foi
fotografado e usado como capa do livro "A roda da vida como caminho para a lucidez", do
Lama Padma Samten.

Classicamente, o javali (ou porco) simboliza a ignorância, visão de vida baixa, curta e
autocentrada. A partir de seu rabo surge o galo (desejo e apego), simbolizando nosso esforço
cotidiano de manter o que desejamos e nos afastar do que não desejamos (por isso, o galo,
que é um animal que está sempre ciscando, buscando algo, em movimento movido pelo
desejo). O Lama Padma Samten fala que o galo tem tudo a ver com a figura do equilibrista de
pratos que somos, tentando manter girando sem cair o prato do emprego, o prato do
relacionamento, o prato da família, etc. A partir do rabo do galo surge a cobra (raiva), que brota
quando algo atrapalha nossos desejos, nossas fixações, nossos apegos. Quando algum prato
cai e quebra. E a partir daí, o ciclo eterno se reinicia, gerando um novo javali (o Lama brinca
que seria um javali 2.0) que agora vai tentar evitar a quebra de outros pratos. A simbologia do
animal comendo o próprio rabo lembra a imagem grega do Oroboros, representando algo
eterno.

Na representação dos três animais, podemos notar com um olhar mais apurado algumas
criações notáveis da artista, como o galo com penas de pavão em seu rabo, como que
simbolizando um orgulho nosso pelos pratos conquistados. O Buda (presente em todas as
partes da roda da vida) está acima desse ciclo, fora dessa confusão tão nossa, com o rosto
plácido, uma luz na mão esquerda (talvez representando lucidez) e a mão direita apontando a
flor de lótus que nasceu onde ele pisou (no nascimento do Buda Sakyamuni, Sidarta Gautama,
diz-se que onde ele pisava nasciam flores de lótus).

A saída, então, do ciclo, seria a flor de lótus, que o Buda aponta, o que me lembrou o mantra
da compaixão, "do lodo nasce o lótus" (OM MANI PADME HUM). Ou seja, por mais que
aparentemos estar preso nesse ciclo, por mais que estejamos atolados no lodo, Buda nos
aponta a saída em Bodicita, na compaixão, na ampliação da visão autocentrada e dual do javali
em qualquer uma de suas versões.

Os doze elos da originação dependente (ou interdependente)


1. Ignorância, Perda de visão (Avidya) - Ilusão de separatividade /
dualidade entre sujeito e objeto. Quando vemos assim, perdemos todas as
outras formas de ver.
2. Marcas Mentais (Samskara) - Hábitos causados pela repetição da
ilusão de separatividade.
3. Consciência (Vijnana) - Embrião de uma identidade (a partir da
repetição, das marcas mentais de separatividade, o observador começa a se
ver como uma identidade e começa a vontade de perpetuar algo).
4. Nome e Forma, Aspirações (Nama-Rupa) - Ponte ligando o abstrato ao
concreto. Desejo dessa identidade de objetos físicos (corpo) para estabilizar
energia.
5. Sentidos (Shadayatana) - Materialização do desejo de objetos físicos
para estabilizar energia - surgimento dos sentidos.
6. Contato (Sparsha) - Contato dos sentidos com objetos do mundo.
7. Escolhas, Gostar/Não Gostar (Vedana) - Outra perda de visão: Tendo
como base os sentidos, gostar ou não gostar de algo (objetos concretos ou
abstratos), sem perceber os elos anteriores.
8. Desejo, Apego (Trishna) - Querer o que gostamos, se afastar do que
não gostamos. Busca mundana de felicidade condicionada.
9. Ação Contaminada (Upadana) - Sucesso aparente. Ações baseadas
no desejo e apego gera resultados.
10. O Mundo é Assim (Bhava ou Rupa) - Nascimento do eu e de sua visão
de mundo. Soberba por achar entender o mundo (contexto) com visões
limitadas. Arrogância. Rigidez da identidade da pessoa e de sua visão de
mundo.
11. Circunstâncias da Vida (Jeti) - Baseado no eu e em sua visão de
mundo, busca na vida humana de estabilidade, como um equilibrista girando
pratos. Urgências e prioridades (para um futuro que nunca chega).
12. Envelhecimento e Morte (Jana-Marana) - Sofrimento com o
desequilíbrio e finitude, tentando sustentar o insustentável, por estarmos
viciados em sermos como equilibristas, sem perceber a presença incessante.
(Após o bardo da morte, os seres sencientes que não se libertam voltam direto
pro item 4, recomeçando o ciclo daí.)
“Quem tem ignorância termina tendo marcas mentais, quem tem marcas mentais tem
um embrião de identidade, quem tem um embrião de identidade tem aspirações, que
tem aspirações termina gerando um corpo, quem tem um corpo gera contato com o
mundo a partir do corpo, o contato com o mundo a partir do corpo leva à experiência de
gostar e não gostar, gostar e não gostar leva ao apego e ao desejo, desejo e apego
levam a sucessos parciais, esses sucessos parciais levam à noção de nascimento, o
nascimento leva à ação no mundo, ação do mundo leva à morte.” – Lama Padma
Samten

Entramos na roda dos 12 elos na ordem crescente (elos são cumulativos, cada um
serve de base para haver a possibilidade do seguinte) e podemos sair em ordem
decrescente, sendo cada elo causa do elo posterior na ordem crescente e a
dissolução de cada elo causa a possibilidade da dissolução do elo subsequente na
ordem decrescente. Por isso, o Buda apresentou esse ensinamento com a ajuda do
desenho da Roda da Vida, que resumiria todo o conhecimento do Budismo.

No sutra da haste de arroz, vale a pena contemplar que, da mesma forma do que
acontece com os 12 elos, a haste de arroz não sabe que depende da semente, e a
semente não sabe que pode gerar uma haste de arroz, mas mesmo assim são
elementos dependentes.

*Resumo do que aprendi no CEBB e no livro A Roda da Vida, de Lama Padma


Samten.

As 4 Qualidades Incomensuráveis
 Amor
 Compaixão
 Alegria
 Equanimidade

As 6 paramitas (na ordem correta - cada uma depende da anterior) são:

1. generosidade,
2. ética (ou moralidade) - não prejudicar os outros,
3. paciência (ou paz) - não se abalar,
4. energia (ou esforço) constante - independente de fatores externos,
5. concentração (ou meditação),
6. sabedoria.
Cinco Diani Budas - Lama Padma Samten (5 sabedorias)
Seguem minhas anotações do que Lama Padma Samten ensinou durante o retiro de inverno
2014, no CEBB Viamão, RS.

Há um caminho espiritual direto que nem necessita de meditação com as cinco


inteligências ou sabedorias:

1. Sabedoria do espelho - Acolher como for (o outro dentro dos


referenciais dele, dentro do mundo dele - ele olha o mundo e vê apenas a
mente dele, igual a olhar no espelho). Coemergência do mundo externo e
interno: nos ensina a ser verdadeiramente útil no mundo do outro, nos
referenciais dele, com compaixão e amor, não nas nossas ideias, teorias e
referenciais. Exemplo: ensinar crianças a meditar como forma de brincadeira.
Onisciência. Azul da água, que se adapta ao que for. Cor azul, que
corresponde ao Buda Akshobia. Lung: água. Leste. VAJRA
2. Sabedoria da igualdade - O outro como igual a nós. Sua alegria é
nossa. Ao olhar os outros seres, nossa mente se engaja para ajudar. Ao
ajudar, ajudamos a nós mesmos, nossa energia vem disso. Foco nos pontos
positivos dos outros (riquezas, ouro, daí o amarelo) e ajudá-los a se
desenvolver naturalmente. Exemplos que ocorrem naturalmente: Se engajar
com filmes ou se alegrar com a alegria dos outros. Mente não fixada. Buda
Ratnasambhava, cor amarela. Lung: terra. Sul. GURU
3. Sabedoria discriminativa - Fazer os seres entenderem a vida a partir
das 4 nobres verdades e do nobre caminho de 8 passos. Entender as coisas
racionalmente no Darma. Aprofundamento. Ajudar a dar sentido às vidas das
pessoas. Se afastar do engano. Silenciar e meditar. Gera a motivação correta.
A roda da vida. Essência do ensinamento budista. Buda Amitaba, cor
vermelha. Lung: fogo. Oeste. PADMA
4. Sabedoria da causalidade - Destruir ações negativas que restaram.
Impedir que as pessoas criem complicações (carma) pra elas mesmas.
Aspecto causal que cria as aparências são relativos (poder de transmutar a
aparência dos fenômenos, a causalidade em uma visão correta). Ações
positivas não precisam de grandes explicações, ao contrário das negativas.
Não construir referenciais sutis negativos, mas positivos. Não se abalar com
negatividades: 4 ações de Guru Rinpoche. Transforma ação perturbadora em
lucidez ("Tira leite de pedra"). Buda Verde, Amogasidi. Lung: ar. Norte. SIDI
5. Sabedoria de darmata - Tecido da realidade é vacuidade (corresponde
à visão iluminada). Compreensão do espaço básico, além de todas as
transitoriedades, além de nascer e morrer. "Todos os jeitos particulares de nos
manifestarmos são construções". Ver o que realmente somos. A natureza de
Buda é a natureza livre e todos os seres a possuem, além de qualquer
construção. Cor branca. Buda Vairochana. Lung: éter. Centro (todas as outras
brotam dela). HUNG
Imagem: CEBB
OBS.: Essas cores são representadas nas bandeirinhas da vitória, um dos símbolos
mais reconhecidos do Budismo.

OBS.2: Ao recitar o mantra de Guru Rinpoche estamos falando também dessas cinco
famílias búdicas, que não se separam do próprio Padmasambava.

OBS. 3: Trata-se de algo tão essencial no budismo tibetano que o Vajra (ou Dorje em
Tibetano) tem 5 hastes em cada extremidade, representando as 5 sabedorias e os 5
lungs em equilíbrio. O Vajra também pode ser visto como sendo a mente na parte
central e numa extremidade ficar o samsara e na outra o nirvana (simbolizando que a
mente é que cria tanto samsara quanto nirvana). Guru Rinpoche costuma ser
representado segurando o Vajra em sua mão direita:

Meditação shamata com foco nos cinco lungs (elementos)


Há 3 aspectos a serem observados na shamata:
 Grosseiro - Percepções no corpo dos cinco lungs
 Sutil - Simbologia dos cinco lungs (cinco elementos), o que representam
 Secreto - Natureza primordial independente dos bardos. Muito mais ampla do
que o samsara.
Nesse outro blog falo bastante do aspecto grosseiro, bom para iniciantes.

Cinco elementos - aspectos sutis

Éter - mais amplo que o ar. Vivacidade da mente pura sem condicionante. Se
funde com a natureza primordial.
Ar - expansão limitada.
Fogo - criador dependendo da energia posta em criar. Criamos mundos ao
pensar, mesmo que no samsara
Água - não se contém. Fluidez
Terra - Espaço além do tempo. Suportou o big bang caso tenha havido.
Estável. Maior.

(Avançamos dos aspectos grosseiros pros sutis.)

Prajnaparamita - Análise do texto - Lama Padma Samten


Link para palestra do Lama em 2017 explicando o texto da Prajnaparamita | Outro no retiro
de inverno 2017
Seguem minhas anotações do que Lama Padma Samten ensinou durante o retiro de inverno
2014, no CEBB Viamão, RS.

Link para o Lama fazendo a prática do Prajnaparamita - Parte 2

Muito tempo perdido em transmigração (mudando as condições externas,


nada adianta):
- sentido grosseiro: de corpo em corpo
- sentido sutil: de bolha em bolha
(Só é possível ver se não estivermos totalmente dentro das bolhas.)

Na grande perfeição tudo parece perfeito. Desse ponto não se consegue nem
criticar as pessoas nas bolhas.

Inconcebível e inexprimível lucidez (rigpa). Mente de Amitaba. Mãe de todos


os Budas dos três tempos. Capaz de ver os processos artificiais onde
estivemos presos. Não nascida porque está sempre lá. Como o céu:
com espaço para acolher tudo.Experienciada pela cognição cognitiva
prístina (sem condicionamento)...

A chave para perceber a vacuidade é a coemergência. Como perceber um


sonho. Como um pintor e sua tela: as imagens não estão na tinta. Como
perceber a mente dando formas às nuvens.

Ótimo para lembrar quando se está sofrendo. É vazio qualquer sofrimento


olhado assim. Remove sua solidez ao permitir o olhar fora de sua bolha.

termos:
darmas = atores no samsara
derradeiro nirvana = liberação completa do samsara
mantra = resumo de toda a prajnaparamita. A prática é manter a visão disso
tudo ao recitá-lo. Com essa visão, o que vemos é a mandala de
prajnaparamita ou mandala vajra (trocando os referenciais internos, as coisas
mudam)

Outros vídeos ótimos sobre prajnaparamita:


 Prajnaparamita - Bom Coração - Lama Jigme Lhawang
 Prajnaparamita em 8 passos
 Áudio do Lama sobre identidades e bolhas

OBS.: Melhor evitar qualquer coisa que gere sofrimento. Ainda mais se desenvolvermos
nossa prática e pudermos ver como as ações pequenas podem causar um sofrimento
enorme, justamente pela vacuidade de tudo aceitar qualquer luminosidade. Em nós mesmos
pelo carma ou diretamente na outra pessoa. Exemplo: você trai e a pessoa e ela se mata por
causa disso... Imagine o carma negativo gerado para ambos! A visão de Prajna aumenta
nossa responsabilidade ética e não o contrário ("Vale tudo, se é tudo vazio").

“Não importa qual a perturbação que a pessoa esteja manifestando, a origem


dessa perturbação está numa bolha — e dentro da bolha está na fixação dela às
aparências e às respostas automatizadas. É isso. É só isso que acontece. Sempre
tem o momento que o sonho se desfaz. Aí nós estamos livres. Quando estamos
livres descobrimos que sempre estivemos livres, que o sonho sempre esteve a um
triz de se desfazer. Aquilo nunca teve consistência.”

—Lama Padma Samten

Lama Padma Samten explicando a Sadana do CEBB


Coletânea de vídeos do Lama Padma Samten comentando ou praticando trechos da
Sadana do CEBB. Por favor, deixem nos comentários se acharem mais vídeos que
incluo aqui. Também estou pesquisando. :)

* ANÁLISES:

Explicação do Lama sobre os Pujas:


https://youtu.be/HZPlaOuqIG8?t=39m19s

Prece aos Três Kaias do Lama:


https://youtu.be/-3QWhD7UBA0?t=1h28m28s

Prece a Padmasambava:
(faltando achar)

Prece para Alcançar a Cidadela da Sabedoria Intrínseca:


https://youtu.be/oPTXIJNqOdg?t=52m52s / transcrição (colaboração do Danilo)

O Estado Desperto Autoliberado:


https://youtu.be/-3QWhD7UBA0?t=1h20m50s
Cinco Bardos (Seis Selos):
https://youtu.be/-3QWhD7UBA0?t=59m30s

A Iluminação da Sabedoria Primordial:


https://youtu.be/InG7nb2UXVc?t=18m26s

A Inexprimível Confissão Suprema:


https://youtu.be/-3QWhD7UBA0?t=1h6m56s

(...)

Sutra do Coração da Prajnaparamita:


https://youtu.be/iVGXjdAlckE?t=21m25s

Os oito versos que transformam a mente (retiro inteiro):


https://www.youtube.com/watch?v=fmjHXSU70Jc&list=PLO_7Zoueaxd6Be0J8T6pMV
Prf9UVL6gl5

* PRÁTICAS:

Puja Chuva de Bênçãos (legendado):


https://www.youtube.com/watch?v=zkVbcntlbFI&t=1s

Puja Prajnaparamita:
https://youtu.be/floiL6HuKRI?t=6m21s

*Complemento: Marcelo Nicolodi conduzindo o Puja Prajnaparamita em


Tibetano: https://www.youtube.com/watch?v=-1xD9UgEvKw / Monja Coen na
cerimônia Zen: https://youtu.be/wogWzJ8f8oo

Dedicação de méritos e preces de encerramento:


https://youtu.be/Xo4u6vB0GUM?t=2h29m2s

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