Você está na página 1de 30

(Versão do Professor)

Trabalho de avaliação (aula simulada) como requisito de aprovação para o 7º


semestre da disciplina Filosofia da Mente - Curso de Filosofia - FACH/UFMS
1

Acadêmico: Ivo Sergio Gomes Reis - Professor: Erickson Cristiano dos Santos
Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com
.
SUMÁRIO
(Os nºs à esquerda representam os nºs dos slides)

1- Tela de de abertura 15- As Ondas Cerebrais e os EAC


2- Sumário 16- A Consciência e os EAC
3- Conteúdo da aula 17- As Teorias Dualistas (1)
4- INÍCIO DA PARTE I (Conceitos Básicos) 18- Idem (2)
5- Mente, Cérebro e suas Diferenças (1) 19- PARTE II – Entendendo o MNR
6- Idem (2) 20- Outros Conceitos Úteis ao MNR (1)
7- Idem 3 21- Idem 2
8- Idem 4 22- As Discussões Ontológicas no MNR
9- Mente, Cérebro e Corpo (1) 23- Outra Interpret Esquemática do MNR
10- Idem (2) 24- PARTE III – Consid. Finais/Recomendações
11- Dualismo de Substâncias e de Propriedades 25- O Princípio da Navalha de Ockham
12- Cérebro – O Sistema Nervoso Humano 26 – Vídeo de John Searle sobre a consciência
13- As Sinapses 27- PARTE IV – Bibliografia e Recomendações
14- As ondas cerebrais e os estados de consc. 28- Bibliografia, Vídeos e Textos (1)

Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com


Eis os pensamentos que vêm, de
Será preciso um altíssimo poder de síntese para dar
imediato, à mente do responsável pela
cabo da tarefa. A razão é que o conteúdo abaixo terá
tarefa:
de ser cumprido em 30 minutos:

30 min

Para suprir a limitação acima, a aula foi


apostilada e distribuída aos alunos, para
acompanhamento. Esta aula deverá ser revisada
em casa, após baixarem o arquivo no link 3
fornecido. Perguntas? Próxima aula.
Ir
Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com Sumário
Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com 4

Ir
Sumário
MENTE, CÉREBRO E SUAS DIFERENÇAS (1)

Com toda certeza, esta é a parte de mais difícil entendimento nesta aula,
primeiro, por conta das confusões generalizadas que ainda se fazem em torno
desses dois conceitos; segundo, porque a ciência não conseguiu também
solucioná-las por completo, criando apenas um “paradigma científico provisório”
que, é claro, só serve como ponto de partida para pesquisas mais profundas.
Cérebro e mente são entidades distintas ou são uma coisa só? Convivem em uma
relação simbiótica, numa relação biunívoca ou unívoca? Se existem relações de
dependências, quais são e qual o seu grau? Quem depende mais de quem?

A dificuldade maior: definir corretamente o que é a mente (as definições


do cérebro até podem ser aceitas com mais facilidade, “dando pro gasto”),
porque o cérebro é um órgão físico, que pode ser aberto, observado em
funcionamento, escaneado e estudado.

Mesmo assim, como entender um órgão que tem bilhões de células nervosas, 86
bilhões de neurônios e uma rede neural com trilhões de relações sinápticas? O que
5
acontece à mente quando o cérebro adoece ou morre?
Ir
Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com
Sumário
MENTE, CÉREBRO E SUAS DIFERENÇAS (2)

Sobre a mente...
Não existe definição universalmente aceita sobre a mente. O que existe são tentativas de
definições, centenas delas, e nenhuma aceita sem restrições. Sempre haverá alguém que
conteste. Ninguém sabe exatamente o que é, onde fica e em que circunstâncias exatas o seu
mecanismo é acionado. Selecionamos abaixo dois conceitos que nos pareceram mais
“aceitáveis” (Maslin não se arriscou a defini-la, no seu “glossário):

1 - Pode definir-se a mente como a potência intelectual da alma. A mente implica um conjunto
de processos e atividades que se desenvolvem na psique, de forma consciente e inconsciente, e
que, na sua maioria, são de carácter cognitivo. Trata-se de uma faculdade do cérebro que
permite ao ser humano compilar informação, analisá-la e extrair conclusões. (Fonte:
https://conceito.de/mente)
2 - a mente se refere a um fenômeno bem complexo e está associada ao nosso pensamento,
conhecimento e expressão das ideias. Também pode ser definido como potencial intelectual da
alma. Trata-se de uma atividade do cérebro que permite copiar informações e tirar conclusões.
Ela é responsável pela criação do pensamento, pelo nosso raciocínio, entendimento, memória,
emoção e imaginação. (neurocirurgião Koshiro Nikumi).
6

Pontos comuns: potencial intelectual da alma; resultante de uma atividade do cérebro.


Ir
Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com Sumário
MENTE, CÉREBRO E SUAS DIFERENÇAS (3)
Somente para efeitos didáticos, vamos ficar com uma explicação mais simples e de fácil
entendimento (por muito tempo aceita pela comunidade científica): aquela que compara a mente
e o cérebro humano ao software e ao hardware de um computador:

CONCEITO DIDÁTICO DE MENTE E CÉREBRO

O cérebro é pois um órgão que se encontra na cavidade craniana e que apresenta uma grande
quantidade de neurónios (células do sistema nervoso). A mente, por sua vez, emerge do cérebro
7

como consequência do funcionamento deste órgão.


Ir
Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com Sumário
MENTE, CÉREBRO E SUAS DIFERENÇAS (4)
Vamos mostrar, agora, um outro conceito para a mente humana, o psicanalítico:

CONCEITO PSICANALITICO DA MENTE HUMANA

Ir
Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com Sumário
MENTE, CÉREBRO E CORPO (1)
Vamos mostrar, agora AS RELAÇÕES entre corpo, cérebro e mente. Para efeitos somente didáticos,
e para não fugir do livro-texto, entenda-se aqui a “mente” como sinônimo de “alma”, para não
complicar mais:

Córtex Cerebral Glândula Pineal

Mesencéfalo
Tronco Ponte
Encefálico Bulbo
Ou Cerebral Medula Cerebelo

MENTE: Imaterial CÉREBRO: Físico CORPO: Físico


(Sem forma, volume e peso) (possui forma, volume e peso) (possui forma, volume e peso)
Se o cérebro está dentro da caixa craniana, o cérebro é corpo; 9
Se o cérebro é corpo, restam apenas CORPO E MENTE;
Se a mente é uma função do cérebro, “cérebro e mente estão no corpo”, são unos Ir
Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com Sumário
MENTE, CÉREBRO E CORPO (2)
Conhecendo um pouco mais sobre o cérebro....
Córtex Cerebral
o que é e para que serve?

A epífise neural, glândula pineal ou simplesmente pineal é


uma pequena glândula endócrina localizada perto do centro
do cérebro, entre os dois hemisférios, acima do aqueduto de
Sylvius. [...] Está presa por diversos pedúnculos. Apesar das
funções desta glândula serem muito discutidas, parece não
haver dúvidas quanto ao importante papel que ela exerce
na regulação dos chamados ciclos circadianos, que são os
ciclos vitais (principalmente o sono) e no controle das
atividades sexuais e de reprodução.
(Fonte: https://smiguelterapias.blogs.sapo.pt/1639.html )
Também chamado de medula oblonga, o bulbo é o órgão que estabelece a comunicação entre o
cérebro e a medula espinhal. É um órgão condutor de impulsos nervosos. Relaciona-se com funções vitais
como a respiração, os batimentos do coração e a pressão arterial. Controla também alguns reflexos
(mastigação, piscar de olhos, fala, vômitos. Danos no bulbo podem levar à morte, por paralisação dse
movimentos respiratórios e cardíacos. 10

Parte do encéfalo responsável pelo controle do equilíbrio e da parte motora. Dependemos do


Ir
cerebelo para andar, correr, pular... Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com Sumário
DUALISMO DE SUBSTÂNCIA E DUALISMO DE PROPRIEDADES

Dualismo de substâncias
Este tipo de dualismo descreve que cada mente é uma res não-física distinta, um aglomerado
individual de substância não-física, uma coisa cujas propriedades são independentes de um corpo
que porventura esteja "conectada". Segundo ela, os estados mentais são oriundos dessas mesmas
propriedades não-físicas, distintas e únicas de substância.
Levando-se em conta essas propriedades citadas, ao longo da história da filosofia teve-se a idéia
de caracterizar negativamente esta abordagem, apesar de certos expoentes da filosofia tentarem
manejar uma explicação positiva com relação ao assunto, dentre eles René Descartes.

Dualismo de propriedades
Descreve uma categoria de posições em filosofia da mente que advogam que, apesar de o mundo
ser constituído por apenas um tipo de substância, do tipo físico, existem dois tipos distintos de
propriedades: propriedades físicas e propriedades mentais.
Por outras palavras, é a visão segundo a qual as propriedades não-físicas, mentais, como crenças,
desejos e emoções, inerem em alguma substância física, nomeadamente o cérebro[1].
O dualismo de substâncias, por seu lado, é a visão de que existem dois tipos de substância: física e
não-física (a mente), e por consequência também dois tipos de propriedades relacionadas com as
respectivas substâncias.
Fonte: Wikipédia 11

Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com Ir


Sumário
MENTE, CÉREBRO E CORPO (5): O SISTEMA NERVOSO HUMANO

Classes de neurônios: Existem 3 classes de neurônios: sensoriais, motores e interneurônios. Exs:


Sensoriais – pega um carvão quente e o neurônio sensorial leva a informação (sensação) para o
SNC (sua mão solta o carvão); interneurônios: existem apenas no SNC e conectam um neurônio a
Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com 12
outro. Recebem informações de outros neurônios e transmitem para outros; motores: emitem
comandos para órgãos, músculos e glândulas. Interneurônios são a mais numerosa classe Ir
Sumário
Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com
13
Ir
Sumário
MAIS SOBRE O CÉREBRO: AS ONDAS CEREBRAIS E OS ESTADOS DE CONSCÊNCIA

ONDAS CEREBRAIS

Ondas cerebrais são os impulsos gerados pela atividade elétrica do nosso cérebro. Essa atividade
pode ser medida e registrada através do eletroencefalograma (EEG). O eletroencefalograma
registra graficamente as correntes elétricas dos hemisférios esquerdo
e direito do cérebro, através de eletrodos aplicados no couro cabeludo.

As ondas cerebrais são medidas em “ciclos por segundo”, tendo por unidade o “Hertz”(Hz).
Existem 4 tipos comuns de onda (delta, teta, alfa e beta) e um mais raro, denominado gama, de
altíssima frequência. 14
Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com Ir
Sumário
“Em sentido psicológico, a consciência é a percepção do eu por si mesmo Em termos
metafísicos, chamamos muitas vezes à consciência de “o Eu”.

A consciência é pois uma qualidade da mente, considerando abranger qualificações


tais como subjetividade, autoconsciência e a capacidade de perceber a relação entre si
e o outro”.
(Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/consciencia-moral-liberdade-humana.htm )

Os chamados “Estados Alterados de Consciência (EAC) são todos os estados de


consciência nos quais se observa uma modificação significativa na experiência subjetiva
ou funcionamento psicológico. São estados de consciência em que os conteúdos mentais
emergentes são diferentes dos conteúdos próprios do seu estado habitual de vigília e seus
graus de atenção e predomínio lógico específicos. Simplificando, podemos dizer que são
todos os estados diferentes do de vigília habitual.

Os EAC, vão desde o estado de sono e de sonho, experiências com substâncias


alucinogéneas, de hipnose e de meditação, até aos estados próprios do relaxamento ou
do cansaço. 15

Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com


Ir
Sumário
OS ESTADOS MENTAIS E AS TEORIAS DA RELAÇÃO MENTE-CORPO
São 6 as teorias conhecidas da relação mente-corpo, 5 delas já estudadas aqui. Nesta aula
vamos estudar a teoria denominada “monismo não-redutivo”. Antes porém vamos saber o que
são estados mentais e quais são as duas grandes teorias existentes (o MNR é uma subdivisão
de uma delas). As duas grandes principais teorias são as DUALISTAS e MONISTAS

O MNR rejeita o dualismo cartesiano e/ou o dualismo de substâncias, mas admite, com
ressalvas, o dualismo de propriedades. Atrela-se aos critérios de superveniência e
subveniência e é dito não-redutivo porque“não insiste que as propriedades mentais não16
sejam nada além de propriedades físicas” (Maslin, IFM, p.160).
Ir
Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com Ir para o slide nº 23 Sumário
AS TEORIAS DUALISTAS
Essas teorias, nos dias autuais, têm sido rejeitadas pela ciência, por carecerem de
comprovação de qualquer espécie. Seus maiores defensores foram dois grandes filósofos:
Platão e Descartes (talvez por isso, e só por isso, ainda sejam discutidas até hoje. O dualismo
cartesiano ou de substância defende que corpo e mente são substâncias distintas; uma (o
corpo) de natureza material e outra (a mente ou alma, que ele não distingue), de natureza
imaterial, subsistindo após a morte do corpo (???).

Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com 17

Ir
Sumário
AS TEORIAS DUALISTAS (2)

John R. Searle, filósofo norte-americano, considerado na atualidade o


maior autoridade na área de filosofia da mente, nega o dualismo cartesiano, a
ideia de que a mente é uma forma separada de substância do corpo, porque isso
contraria toda a nossa compreensão da física, e ao contrário de Descartes, ele não
traz Deus para o problema. Referindo-se ao dualismo cartesiano, disse John Searle:

"Há uma série de desastres famosos na história da filosofia, e Descartes é


um dos maiores desastres. Vivemos em um mundo, não dois ou três ou
mais, e o que consideramos como consciência e a mente é uma
característica biológica de certos tipos de organismos. A maior catástrofe
de Descartes é seu dualismo, a ideia de que a realidade se divide em dois
tipos de substâncias, matéria e espírito. Descartes foi incapaz de ver isso,
porque ele achava que a consciência só poderia existir em uma alma,
e a alma não era uma parte do mundo físico”.
(John Searle)

18
Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com

Ir
Sumário
19
Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com
OUTROS CONCEITOS ÚTEIS AO MNR(1)

Reducionismo
O reducionismo é um tipo de interpretação da realidade através do qual tudo o que ocorre
em um sistema, pode ser entendido estudando o comportamento individual de suas peças,
seus componentes, isoladamente. O estudo feito tem apenas um único foco e abstém-se das
visões periféricas ou globais.
Naturalismo Biológico

20

Ir
Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com
Sumário
OUTROS CONCEITOS ÚTEIS AO MNR(2)
Superveniência/Subveniência

sem sem

Epifenomenalismo
Em filosofia da mente, o epifenomenalismo é a visão segundo a qual alguns ou
todos os estados mentais são meros epifenómenos (efeitos secundários ou sub-
produtos) do estado físico do mundo. Então, o epifenomenalismo nega que
a mente tenha qualquer influência no corpo ou em qualquer outra parte do
mundo físico: enquanto que os estados mentais são causados por estados
físicos, os estados mentais não têm influência nos estados físicos. Algumas
versões do epifenomenalismo advogam que todos os estados mentais são
inertes, enquanto outras advogam que apenas alguns estados mentais são
inertes. A última versão muitas vezes diz que apenas aqueles tipos de estados
mentais que são especialmente difíceis de justificar cientificamente são
21
epifenomenológicos, tais como os estados mentais qualitativos (como por
exemplo, a sensação de dor). Ir
Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com Sumário
AS DISCUSSÕES ONTOLÓGICAS E O POSICIONAMENTO DO
“MONISMO NÃO-REDUTIVO”
As correntes teóricas

O Monismo não-redutivo (=epifenomenalismo)

Mental
Físico

O monismo não-redutivo rejeita o “dualismo de substâncias” (Descartes), mas admite (com


reservas) o “dualismo de propriedades”. É um monismo “mais light” e menos radical. Diz-
22
se não-redutivo “porque não insiste que as prorpriedades mentais não sejama nada além
de de propriedades físicas” (Maslin, IFM, p. 160)
Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com
OUTRA INTERPRETAÇÃO ESQUEMÁTICA DO
MONISMO NÃO-REDUTIVO

M1, M2
Fenômenos mentais

F1, F2:
Fenômenos físicos

23
Definição de MNR: Ir para slide nº 16
Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com Ir
Sumário
PARTE III

Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com 24

Ir
Sumário
O PRINCÍPIO DA NAVALHA DE OCKHAM...
“ A Navalha de Occam é um princípio lógico e epistemológico que
afirma que a explicação para qualquer fenômeno deve assumir a menor
quantidade de premissas possível. As entidades não devem ser multiplicadas
além da necessidade. Apesar disso, considera-se que a navalha de Occam é
apenas uma dentre várias navalhas filosóficas que podem ser consideradas
‘princípios de parcimônia’.
Originalmente um princípio da filosofia reducionista e do nominalismo, é
hoje tido como uma das máximas heurísticas (regra geral) que aconselham
economia, parcimônia e simplicidade, especialmente nas teorias científicas. A
Navalha de Occam é um princípio metodológico, e não uma lei.”
Fonte: Wikipédia. Navalha de Ockham (https://pt.wikipedia.org/wiki/Navalha_de_Occam
Observando esse simples critério e aplicando-o a assunto tão controverso, com ele
concordamos (mas sem assumir posição) e acompanhamos John Searle, que assim se
manifesta:
“[...] O problema mente-corpo tradicional tem uma "solução simples":
os fenômenos mentais são causados por processos biológicos no25
cérebro e são eles mesmos características do cérebro.(V. Maslin, IFM, p.165)
Ir
Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com Sumário
Embora não faça parte desta aula, recomendamos fortemente o vídeo abaixo, do
filósofo estadunidense John Searle, vivo, que há 40 anos pesquisa sobre a “filosofia da mente”.
Searle, no século passado, juntamente com Bertrand Russell, Gottlob Frege e Wittgenstein, foi um
notável filósofo, atuando na área de “filosofia da linguagem”. Pesquisando sobre linguagem,
chegou à filosofia da mente, de onde não mais saiu, até hoje. Já possui cerca de 20 livros
traduzidos para a língua portuguesa e visitou o Brasil por duas vezes, onde deu importantes
entrevistas. Declarou que não encontrou nenhum filósofo da mente que diz o que precisa ser dito. É
por isso que ele escreve tantos livros sobre o assunto. Diz que vai continuar a escrever, apenas
porque há muitas visões equivocadas que ainda estão por aí afora. Ressalta ainda que a pior
catástrofe na filosofia da mente foi Descartes.
Naturalismo biológico é uma teoria monista sobre a relação entre a mente e
o corpo (ou seja, o cérebro). Foi proposta por John R. Searle, em 1980.
A Intencionalidade no sistema mente-corpo, pela ótica do “naturalismo biológico”:
A definição de intencionalidade, apresentada pelo próprio Searle (1995) é a seguinte: “A
intencionalidade é aquela propriedade de muitos estados e eventos mentais pelos quais estes são
dirigidos para, ou acerca de objetos e estados de coisas no mundo”. É também dele a frase: “Não
deveríamos nunca esquecer quem somos; e, por sermos como somos, é um erro admitir que tudo o
que existe é compreensível aos nossos cérebros”.
Link para o vídeo “A consciência é um fenômeno biológico”, de John Searle (clique aqui!) 26

Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com Ir


Sumário
I – Referências da apresentação: Foram inseridas no corpo do texto
II – Vídeos: https://www.youtube.com/watch?v=pJqm_tQWqds (A Consciência é um
fenômeno Biológico – John Searle – Legendado em Português)
III – Obras recomendadas:
Todas as de John Searle, dada a sua autoridade de mais de 40 anos de pesquisa na
área de filosofia da mente, dentre as quais destacamos:

- Publicações em língua portuguesa (com original em língua inglesa)

- Os atos de fala: um ensaio de filosofia da linguagem


Speech Acts: An Essay in the Philosophy of Language (1969)
- Expressão e Significado: Estudos da teoria dos Atos da Fala
Expression and Meaning: Studies in the Theory of Speech Acts (essay collection; 1979)
- Intencionalidade [ Intentionality: An Essay in the Philosophy of Mind (1983) ]
- Mente Cérebro e Ciência [Minds, Brains and Science: The 1984 Reith Lectures (lecture collection;
1984)]
- A Redescoberta da Mente [The Rediscovery of the Mind (1992)]
- O Misterio da Consciencia [The Mystery of Consciousness (review collection; 1997)]
Mente, linguagem e sociedade: Filosofia no mundo real
Mind, Language and Society: Philosophy in the Real World (summary of earlier work; 1998) 27
Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com Ir
Sumário
PARTE IV

Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com 28

Ir
Sumário
Consciencia e Linguagem
Consciousness and Language (essay collection; 2002)
Liberdade e Neurobiologia
Freedom and Neurobiology (lecture collection; 2004)
SEARLE, J. R. A Redescoberta da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
______. Intencionalidade. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
______. O Mistério da Consciência. São Paulo: Paz e Terra, 1998.

IV – Outras Obras:
CANAL, R. Sobre a filosofia de John Searle. Marília: UNESP, 2010. 171 f. Dissertação (Mestrado
em filosofia) – Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Mente, Epistemologia e Lógica,
Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita filho”,
Marília, SP, 2010.
CASTOÑON, G. John Searle e o Cognitivismo. Ciência & Cognição, Rio de Janeiro, v. 08, pp. 96-
109, ago. 2006. Disponível em:
<http://www.cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/view/584/365> Acesso em:
08 dez. 2018.
DENNETT, D. C. Tipos de Mentes: rumo a uma compreensão da consciência. Rio de Janeiro: Rocco,
1997, pp. 25-51. 29

Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com Ir


Sumário
VÍDEO DE JOHN SEARLE SOBRE A CONSCIÊNCIA E
A RELAÇÃO MENTE X CORPO

Vídeo de John Searle, falando sobre a consciência e a relação Mente x Corpo

- https://www.youtube.com/watch?v=pJqm_tQWqds

30

Ivo S. G. Reis - ivosgreis@globo.com Ir


Sumário

Você também pode gostar