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anhlise estrutural
CURSO DE
ANÁLISE ESTRUTURAL
Volume II
DeformaçZes em estruturas. Método das forças.
-- -

Enciclopédia Técnica Universal Globo


I - Estruturas Isost8ticas
II - Deforrnatóes em estruturas. Metoda das forcas
111 - Wtodo das DeformaçÍks. Roasso de Croo

CURSO DE
ISE ESTRUTURAL
Volume I 1
FICHA CATALOGRAFICA
[Preparada pelo Centro de Catalogaq50-nsFonte,
Cimara Brasileira do Livra. SPI
Deformações em estruturas. Mbtodo das forças.

Süsrekind. Jose Carlos. 1947-


S963c Curso de analise ertrutuial / Jose Carlos Siiwkind.-
v. 1-2 4. ed. - Pona Alegre : Giabo. 1980.
v. ilust. IEnciciopWia thcnica universal Globol

Bibliografia.
Cante8jdo. - v. 1. Estruturas isost6ticar. - v. 2. De-
formações em estruturas. MBtado dar forças.

1: Deformwões IMecinicaI 2. Estruturas -


Andlire
(Engenharia) 3. Forcas e Tensões. I. Titulo. II. Titu-
I 0 : Deformaç6es em estruturas. IiI.Estruturas isostiticar.

inlices p a a m á l o g o sinam6tica
1. Análise estrutural : Engenharia 624.171
2. Deformagaes : ~ ~estrutural ~624.176 ~ ~ h ~ ~ i ~ EDITORA GLOBO
3. Ertruturar : Análise :.~ngenheria 624.171 Porto Alegre
4. Forwr : Analise ettrutural : ~ngenharis624.176 1980
- .-

copyright @ 1973 by José Carlos Surwkind

Apresentacão

Capa'. ~ u b mHerrmnn
A idéia de escrever este Curso de Análise Estrutural nasceu da
Planeiamento gr8fim:Tacnimtor Ltda.
Produçdn G d f i u ~ necessidade encontrada de um texto que nos servisse de suporte para o ensino
da Isostática e da Hiperestática aos futuros engenheiros civis, idéia esta que
cresceu com.0 estfmulo recebido da parte de diversos colegas de magisl6ri0,
l? -
Ediqão abril de 1976 que se vèm deparando com o mesmo problema. e cuja concretização se tor-
2 Edi* -setembro de 1977 nou possível a partir do interesse demonstrado pela Editora Globo em
-
3? Ediw-o mmo de 1979 edita-lo.

O Curso de Análise Estrutural será dividido em très volumes.


no primeiro dos quais estudaremos os esforços nas estruturas isostáticas.
ficando o estudo dos esforços nas estruturas hiperestáticas e das deformações
em estruturas em geral para ser feito nos segundo e terceiro volumes. Nestes
últimos, incluiremos também, o estudo de alguns tópicos especiais, cujo
conhecimento julgamos indispensavel ao engenheiro civil.

Na apresentação deste Curso. é dever de gratidão mencionar o


nome do extraordinário professor que é o Dr. Domicio Falcão Moreira e Silva,
. .- a quem devemos nossos conhecimentos de Mecânica Racional e de Mecãnica
das Estruturas, e por iniciativa de quem fomos lançados no magistério supe-
7 .- . "01, na Pontificia Univenidade Católica do Rio de Janeiro.

,.g,S.f<., , \ ~ ~ $ C , gradec cem os antecipadamente aos nossos leitores e colegas


1 I:;&;,:: -&&c\+\ ,
.. 1 ,: quaisquer comentários, sugestóes ou críticas que nos venham a enviar
.I
>-- r c . ~ através da Editora Globo, Pois, a partir deles, estaremos em condiçks de
h O r!., ,i, .., . , :: C ~ ! Lj? ,
tentar sempre melhorar este trabalho, no sentido de torná-lo cada vez mais
útil ao nosso estudante - objetivo final de nossos esforços.
--.-32E.2-
Direitos excluiivor de edi*, em ttngua da Edftom Globo S. A.
-
Porto Alegre Rio Grande do Sul
Bmil .
Ri0 de Janeiro, 1.0 de abril de 1974

José Carlos Susekind


Sumario
CAPITULO I - CALCULO DE DEFORMAÇ~ESEM ESTRUTURAS
ISOSTATICAS
I - Aplicaqão do teorenia dos trahallios virtuais aos corpos el6sticos I
1.1 - O priiicípio de d'Aleniberle os conceitos de deslocanieiito
e traballio virtual I
I.? - Cálculo de defornidfóes devidas 5 atuação de carregamento
externo - F6rmula de Mohr 3
I.. - Aplicaçtíes imeiiiatas 7
1.2.2 - Uso de tabelas para calculo de /",J& 11
1.23 - Aplicações As estruturas usuais da pr8tica I6
1.2.4 - Casos de barras com inercia variável 24
1.2.4.1 - Barras cuwas com inircia variando segundo a lei Jml~cos= 1 24
'P
1.2.4.2 - Inircia variando em mísula 26
1.2.4.3 - Caso de variação aleatória da in6rcia 4 5
1.3 - Cáiculo de deformações devidas à variação de temperatura 47 L
1.3.1 - Caso particular: variação uniforme de temperatura ( ~ ~ 5 52 0 )
1.4 - Cálcu!o de deformaçGes devidas a -movimentos
.
(recalques)
dos amios 55
2 - Cálculc de deformações em vigas retas - Processo de Mohr 57
21 - AplicqXo d o processo de Mohr is vigas hipereststieas 64
3 - Cálculo de deformaçües em treliças planas - Processo de Williot 70

4 - Teoremas complementares 78
4.1 - Teorema de Betti 78
4.2 - Teorema de Mêxwell 79
4.3 - Teoremas de Castigliano 80
4.4 - Regra de MüUer-Breslau 86
i
5 - Problemas propostos 89
6 - Respostas dos problemas propostos 100

1 - -
Introdução Determinação d o grau hiperestitico 104
1.1 - Hiperestaticidade externa 104
1.2 - Hiperestaticidade interna 104
1.3 - Hiperestaticidade total 104
1.4 - Aplicações 105 .
2 - O mbtodo das forças 106
2.1 - As bases d o método 106 - Vigas semi-infinitas 287
...
'- - Obse~a$õcs109 - Vigas semi-infinitas com bordo livre 287
2.3 - Roteiro p.ara o niétodo das forças 112 - Vigas semi-infinitas com bordo articulado 290
2.4 - Aplicações 113 - Vigas semi4nfinitas com bordo engastado 292
2.5 - Artifícios hiperestáticos para estmtura elástica e geometri- - Viga finita - Processo de Hetenyi 294
camente simétrica 152 - Caso de bordos livres 294
2.5.1 - Artifício do arranio de careas 153 2.4.2 - Caso de bordos articulados 298
2.4.3 - Caso de bordos engastados 299
1.5.1.2 - O artifício 157 2.4.4 - Exemplo de aplicação 3M)
2.5.1.3 - Caso de existência de dupla simetria (elástica e geomktrica) 2.4.5 - Observações 301
na estrutura 166
2.5.1.4 - Aplicai;áo i s grelhas 172 . 3 - Problemas propostos 307
7.5.2 - Artifício dos grupos de incógnitas (ou artifício das matrizes 4 - Respostas dos problemas pmpostos 3 11
simE!ricas) 182
3 - Estudo dos sistemas reticulados enrijecidos por vigas 196
- Estudo das linhas de influência em estruturas hipereststicas 203
4.1 -- Base teórica do método de resolução 203
4.2 - Roteiro de cálculo 206
4.3 - Aplicaqões 208
5 - O teorema de Menabrea 220
6 6 - Cálculo de deformação em estruturas hiperestáticas - Verificação de
diagramas 222
6.1 - Caso de carregamento externo 222
6.2 - Caso de variação de temperatura 228
6.3 - Caso de recalques de apoio 233
7 - Problemas propostos 236
8 - Respostas dos problemas propostos 253

CAPITULO I11 - ESTRüTURAS SOBRE APOIOS ELASTICOS

1 - Apoios elásticos discretos 264


1.1 - Definição dos apoios elásticos 264
1.2 - Trabalho virtual de deformação dos apoios elkticoS 266
1.3 - C~lculode deformações em estruturas isost6ticas 267
1.4 - Resolução de estruturas hiperestáticas 269
2 - Apoios elásticos contínuos 272
2.1 - Introdução 272
2.2 - Vigas de comprimento infinito 274
2.2.1 - Atuaçáo de uma carga concentrada 274
222 - Atuaçáo de uma carga-momento 282
2.2.3 - Atuaçáo de carga uniformemente distribuída 284
22.4 - Atuaçao de carregamento distribuido qualquer 286
- ao segundo volume
Introducáo

O segundo volume de nosso Curso, onde são estudados os esforços


eni estruturas hiperestáticas, as deformações em estruturas isostáticas e
hiperestiiticas, e as estruturas sobre apoios elásticos, foi subdividido em três
capftulos, comentados a seguir:
O capítulo I estuda as deformações sofridas pelas estruturas
isostáticas devidas a cada um dos agentes deformantes a que podem estar
submetidas, quais sejam: carregamento externo, variação de temperatura,
movimentos (recalques) de seus apoios e modificações de comprimento
impostas durante a sua montagem. Todo esse estudo é feito utilizandese o
teorema dos trabalhos virtuais.
Enfase especial mereceram, devido A sua grande incidência na
prática, os casos de vigas e treliças, para os quais apresentamos, além do
processo geral de c&lculo (baseado no teorema dos trabalhos virtuais), os
processos particulares de Mohr e Williot.
Finalmente, são estudados diversos teoremas clásicos na Mecâ-
nica das Estruturas, que encontram aplicação neste capítulo ou nos capítulos
subsequentes de nosso Curso.
O capítulo I1 estuda a resolução das estruturas hiperestáticas
elo primeiro dos dois grandes métodos da Hiperestática, que é o método das
forças. São feitas aplicações para Os tipos estruturais usuais, sendo apresen-
tados, a seguir, os artifícios visando i simplificação d o trabalho de resolução
das estruturas elástica e geometricamente simétricas (que são as que ocorrem
com maior frequência).
Ainda neste capítulo, são estudadas as linhas de influência e é
apresentado o cálculo de deformações para as estruturas hiperestáticas.
O capítulo 111 estuda os esforços e deformações de estruturas
(isostáticas ou hiperestáticas) sobre apoios elásticos discretos e introduz o
estudo dos mesmos problemas para o caso de apoios elásticos contínuos,
sendo abordadas, neste caso, as vigas de inércia constante sobre base elástica
com coeficiente de recalque constante (que é o caso de esttutura sobre
apoio elástico continuo que mais @corre na prática).
Repetindo o que fizemos na introdução ao Volume I, queremos
chamar a atenção do leitor para a necessidade do trabalho individual de reso-
lução das Listas de problemas propostos ao fim de cada capítulo, como única
forma de realmente sedimentar os conceitos apresentados durante a exposi-
ção do capitulo.
Na oportunidade, queremos deixar registrados nossos agradcci- CAPTTULO I - CALCULO DE DEFORMAÇÕES EM
mentos ao amigo José de Moura Villas Boas, pelo trabalho de revisão deste \ ESTRUTURAS ISOSTATICAS
volume, e aos demais amigos que, com suas sugestões e estimulo, colabo-
raram na preparação deste trabalho.
1 - ApIieaq.50 do teorema dos trabalhos Wtuais aos corpos elãstim
Rio de Janeiro, 8 de agosto de 1974
José Carlos Sussekind 1.1 -O de d'brlembert e os conceitos de deslocamento
e trabalho Wtual
i; ]ean d'Alembert introduziu na Mecânica Racional os conceitos
de deslocamento e trabalho virtual, estudando o seguinte caso:

P. I p2

Seja um ponto material m em equilibrio, isto é, submetido a um conjunto


de forgas Pi tais'qiiè sua resuitante $ 6 nula, conforme indica a Fig. 1-1.
Imaginemos seja dado a este ponto um deslocamento 8 sem a introdução
de nenhuma nova força no sistema, isto é, mantendo = O. Este desloca-
mento não pode ser atribuído a nenhuma causa física real, pois, para haver
deslocamento real do ponto, seria necessária a introdução de uma nova
força ao sistema, que possibilitasse este deslocamento (real) do ponto m.
Tratemos, entáo, este deslocamento ,), dado nestas condicões. . . (isto
. é.
= O), como uma entidade puramente matemática, â qual chamaremos
deslocamento virtyl:
O trabalho virtual W realizado pelo conjunto de forças Pi ( r e e )
que amam s$re 0 ponto m quando ele sofre o deslocamento virtual 6
vale W = 2. 6 =O. Dizemos, então. que, " p m um ponto material em equilí-
brio (2= 01. O nobalho wml r ~ l i r a d opelo sistemn de forcas reais em
equilíbrio que atua sobre o,yn*o, w n d o este sofre um deslouimento wtuol
arbih$rio quaiquer, 6 nulo , o que constitui o princfpio de d'Alembeh
Isso garante a aeitaçzo do novo conceito (trabalho virtual),
pois preserva, para O ponto que sofreu um deslocamento virtual, as suas
duas condições de equilíbrio: a estática (traduzida pela resultante nula) e a
energhtica (traduzida pelo trabaiho virtual realizado nulo).
A pariir destas consideraçóes, poderemos extrapojar os teoremas
gerais da Mecânica sobre trabalhos reais para teoremas sobre trabalhos

I
Cálculo de deformações em estruturas isostáticas 3

virtuais, senão vejamos: neste caso, a metodologia utilizada pelo prof. Leopoldo de Castro Moreira
em seu trabalho "Curso de Estática das Construçóes" publicado pelo Dire-
Para um ponto material em equilíbrio, sabemos que o "trabalho tório Acadèmico da Pontificia Universidade Católica do Rio de Janeiro no
real realizado pelo sistema de forças que atua sobre ele é nulo"; para este
ano de 1953, por nos parecer a ideal, didaticamente falando.
mesmo ponto, o princípio de d'Aiembert nos diz que "o trabalho virtual
realizado pelo sistema de forças que atua sobre ele 6 nulo para um desloca-
mento virtual arbitrário qualquer que ihe imponhamos". Bastou, portanto,
1.2 - Cálculo de deformaçóes devidas à atuaeo de carregamento
substituir a palavra "real" do enunciado da proposição da Mecinica sobre
externo - Fórmula de Mohr
trabalho (real) realizado por um ponto em equilíbrio, por "virtual" para Seja a estrutura da Fig. 1-2, submetida ao carregamento indicado.
obtermos a proposição sobre trabalho virtual realizado por um ponto material Em se tratando de um corpo elástico, ela se deformará devido a estas
em equilíbrio, quando ele sofre um deslocamento virtual arbitrário qualquer. cargas, adquirindo a configuraçáo esquematizada em pontilhado na Fig. 1-2.
Como os corpos rígidos e elásticos nada mais são que um
somatbrio ao infinito de pontos materiais, podemos, imediatamente, enun-
ciar os teoremas sobre trabalhos virtuais a eles aplicáveis, substituindo a
palavra "real" dos enunciados dos teoremas de trabalhos reais relativos a
estes dois tipos de corpos pela palavra "virtual" e, então, teremos:
a) Corpos rígidos:
"Para um corpo rígido em equilíbrio, a soma algébrica dos
trabalhos virtuais de todas as forças (reais) que sobre ele a t u m é nula, para
todos os deslocamentos virtuais arbitrários (compatíveis com os vínculos
do corpo) que lhe imponhamos."
b) Corpos elásticos: Fig. 1-2 Fig. 1-3
"Para um corpo elástico, que atingiu sua configuração de 6 evidente que duas seções vizinhas, distantes de ds, terão deformações
equilíbrio, o trabalho virtual total das forças externas que sobre ele a t u m é relativas devidas aos esforços simples M,N, Q nelas atuantes, deformaçks
igual ao trabalho virtual das forças internas (esforços simples) nele atuantes, estas que denominamnos d9 (rotação relativa de duas seções distantes de ds,
para todos os deslocamentos virtuais' arbitrários (compatíveis com os devida a M),A ds (deslocamento axial relativo de duas seçóes distantes de
vínculos do corpo) que lhe imponhamos" ds. devido a N), dh (deslizamento relativo de duas seçoes distantes de ds.
devido a Q). Os valores destas defonnaçóes relativas sáo objeto de estudo
Obsmagões: na Resisténcia de Materiais, e são dados por:
a) Diversos autores costumam intitular de princípios aos teoremas de tia- x Qds
d,# = - Mds ,- Ads= -
Nds . < ~ h =-
balhos virtuais relativos a corpos rígidos e elásticos, por estarem eles baseados ES ' CS '
no princípio de d'Aiembert. Como, a partir deste principio, podem ser
demonstrados estes teoremas de trabalhos virtuais, em tudo que se seguir E: módulo de elasticidade longitudinal do material;
sendo
manteremos a denominação de teorema dos trabalhos virtuais.
G: módulo de elasticidade transversal;
b) Diversos livros, também, apresentam deduções muito mais sofisticadas
e elegantes, sob o ponto de vista matemático, para os teoremas dos traba- J: momento de inercia de seção transversal em relação a seu eixo
lhos virtuais; não o fizemos, neste trabalho, por ser nosso objetivo aPre.Sen- neutro;
ti-10s sob a feição mais eminentemente física e ~ráticapossível, que facilite S: área de seção transversal:
ao leitor a compreensão do conceito de trabalho virtual, a partir qual
resolveremos o problema do cálculo de deformações nas estruturas (corpos X: coeficiente de redução, resultante da distribuição não uniforme
elásticos), o que está feito nos itens a seguir. das tensões cisalhantes, cujo valor varia com o tipo de seçao.
>I
c) Não somos pioneiros nesta forma de apresentação do assunto; adotamos,
~uponhamos, para fms de raciocínio, que queiramos cdcuiar
I Os dedacamentor virtuais arbitrários quaisquer devem ser Pequenos dedocamentos, o deslocamento do ponto rn na direção A , ao qual chamaremos o :
pela razão expasta na abrerva@ogdo item 1.2 deste capitulo. Seja, agora, a Fig. E3, onde a configuraçáo da estrutura, apbs a
4 Curso de análise estrutural
I
-
1 Cálculo de d e f o m q ü e s em estruturas isostáticas

aplicação do carga P = I , 6 a indicada em traço cheio e quc coincidc com o de forças externas igual a PE . Ele é, pois, funqão da deformação a calcular
eixo da estrutura da Fig. 1-2 quando descarregada. Dandc-se a todos os
pontos da estrutura com o carregamento indicado em 1.3 deslocamentos e pode ser, comodamente, tabelado para OS Casos práticos usuais. o que
está feito na tabela I.
virtuais exatamente iguais aos provocados pelo carregamento indicado em
1-2, esta assumirá a configuração deformada (virtual) indicada em pontilhado C) O estado de deformação pode ser provocado por:
(idêntica à configuração deformada real indicada em 7-2). - carregamento exterior
Apliquemos, então, à estrutura com as cargas e esforqos indicados - variação de temperatura
em 1-3, e sob os deslocamentos virtuais impostos, o teorema de trabalhos - movimentos (recalques) de apoios
virtuais aplicado aos corpos el5sticos. que diz ser o trabalho virtual das - modificações impostas na montagem
forças externas igual ao trabalho virtual das forças internas, para quaisquer Neste item, estudamos a primeira das causas; as outras serão analisadas,
deslocamentos virtuais compatíveis com os vínculos da estrutura. Temos: de. forma inteiramente análoga, nos próximos.
Trabalho virtual das forças externas (cargas e reações): d) NO caso mais geral (estruturas no espaço), teríamos a acrescentar ao tra-
balho virtual das forças internas aquele do momento de torção, que vale:
Wext = P6 (as reações não dão trabalho)

Trabalho virtual das forças internas (Wint):


I Jt o momento de inércia à torç%oda seção da peça e que está tabelado,
Será igual à soma dos trabalhos virtuais de deformação de todos I
os elementos de comprimento ds ao longo da estrutura e, como estamos para as seções mais usuais, na tabela XVI. Notar bem que Jt + J (mo-
no regime linear e vale o princípio da superposição de efeitos, será a soma
I mento de inércia polar), para as seções mais gerais; só temos Jt =.f,
para
I algumas seçóes especiais, tais como círculos, anéis circulares. etc.
dos trabalhos virtuais de deformação devidos a cada um dos esforços
simples atuantes na estrutura. Desta maneira, sob forma mais geral, o cálculo de. deformaçóes em
Teremos, então, no caso: estruturas devidas a carregamento exterior atuante, é resolvido pela
expressão (Ll), instituída por Mohr,
Wint = @dP + 1,FMS + Il ~ d h , ou, levandoem conta as
expressões da Resistência dos Materiais:
I d o o estado de carregamento definido pela tabela I.

Igualandese, obtemos I\
a:
e) Para as estruturas com que lidamos usualmente na prática, podemos
acrescentar as Seguintes informações, de grande valia na simplificação
do trabalho numérico d o engenheiro:
- A parcela

pode ser, usualmente, desprezada em presença das demais, com erro


expressão esta que resolve o problema. minimo (somente em caso de vãos muito curtos e cargas muito elevadas,
a influência do esforço Cortante apresenta valor considerável).
- Também com erro tolerável, podemos desprezar a parcela
a) Chegand*se à expressão final, verificamos que, para fm de cáiculo dos
trabalhos virtuais, tudo se passou como se a ~ i g 1-3
. nos fornecesse cargas
e esforços e a Fig. 1-2 as deformações. Por esta rafio, elas são denomi- para peças de estruturas que não trabalhem fundamentalmente ao
nadas, respectivamente, estado de carregamento e estado de deformação. esforço normal. (E evidente que não o podemos fazer, pois, nosca-
b) A escolha d o estado de carregamento deve ser tal que a carga P associada sos de arcos, escoras, tirantes, barras de treliça, pilares esbeltos e
à deformação 6 , que se deseja calcular, nos forneça um trabalho Wtual peças protendidas em geral.)
TABELA I - Esmlha do Estado de Carregamento
C á i d o de deformqíks em estruturas isostátieas 7
Deformacão 6 a calcular Estado de Carregamento
0uso destas sVnpIiifi&es deve ser feito, enfretanto. com muito cri-
tério e somente m casos induvidososSa fim de se evitar possiveir m o s
1. Deslocamento linear de um ponto grossebos Em caso de dúvida, devem ser computadas numericamente
todas as parcelas, a fim de ser possível a avaliação de sua importância
rn numa direção A relativa.

"
f ) Conforme veremos mais adiante, para estruturas compostas por barras
retas de in6rcia constante, a resolução da
G= 1
2 Rotação da tangente B elástica numa
seção S 11
se obterrl por um simples uso de tabela (V. tabela 11), em função dos
aspectos dos diagramas M e IÜ,o que simplificará enormemente o
trabalho num6nco dos problenqs a solucionar.
g) Queremos chamar a atenção para o fato de que os esforços foram calcula-
3. Rotação relativa das tangentes à elástica numa dos para o eixo indefomdo da estrutura. Quando atuar o carregamento,
rótula,de 2 barras i e j este eixo se modificará, evidentemente, e os esforços sofrerão uma
variação que poderá ser desprezada, caso a deformação sofrida pela
estrutura seja pequena (o que, de fato, ocorre para as estruturas usuais).
É o que fmmos no caso e, portanto, em tudo que se segue (bem como
em tudo que se viu até aqui) estaremos estudando a Análise EStniturd
4. Rotação relativa das tarqentes à elástica em
das pequenas defomaç6es.
2 secíies S e S' de uma barra
1.2.1 - Apiiqóes imediatas
Ex. I-I - Calcular o deslocamento horizontal de D, para o quadro
da Fig. 14, que tem E3 = 2 x 104 tm2 para todas as bar-
p = - ras.
5. Rotagão absoluta de uma
Em se tratando de quadro plano, que trabalha fun-
corda AB damentalmente à flexão, teremos:
(ÃB=II

6. Rotação relativa de 2 cordas


AB e CD
(nii = I ;CD= I2l

a) Da tabela I, obtemos o estado de carregamento da fig. 1-5:


7. Variação do comprimento da corda
que une 2 pontos A e B
-
P= 1
i*I O$ ertador de earnigarnento tabelada G o tais qu, nos Como tra-
balho virtual das forgag externas o valor 1 x 6.

-
b) Wtado de deformação
Curso de d i s e e s t n i t d
I CXInilo de deformações em esmthuas isost5ticm

(ES) tirante = 10%

Fip. 1-7

A
tirante
c) Cálculo de 6:
Sendo EJ constante, temos: Temos:
EJ6 =
b.M-ds =
b
MMMMds+
b MM-ds +
b M-ds

Como, para a barra QI ,M = O, a expressão se simplifica para


a) Estado de carregamento: conforme a tabela I, temos:

M = ~ s e n 6( O g B < n )
EJ6 = + bMMdS
Lembrando que cada uma destas integrais representa trabalho
de deformação na barra correspondente e, lembrando ainda que trabalho
independe do sistema de coordenadas adotado, podemos escolher livremente,
para cada barra, um sistema de coordenadas para fms de cálculo das inte-
grais. (E evidente que devemos nos guiar, nesta escoiha, pelo critdrio de
obtenção de funções de fácil integração.) Escolhidas as abscissas indicadas
nos diagramas, obtemos finalmente: Fig. 1-8

b) Estado de deformação
12t
(Os sinais negativos se devem ao fato dos diagramas M e tracionarem
fibras opostas, nas barras @ e @ .)
Interpretemos o resultado: sabemos que o valor 6 encontrado Fip. 1.8
simboliza o trabalho virtual pij = 1 x fj . Sendo seu sinal negativo, indica que
os sentidos de P e de 6 se opõem e o deslocamento vale, portanto. 7,88mm,
para a direita de D.
-
E r I-2 Calcular a rotação relativa das tangente a e b t i c a na lt
rótula C, desprezando o trabalho da barra curva ao
esforço normal, para a estmtura da Fig. 1-7.

Sáo dados: (EJ) barra curva = 2 x I@&


Fig 1-11
b) Estado de deformação

Fia 1-12
c) Cálculo de 6 :

(O sinal positivo indica que a rotação relativa 6 no sentido r ) .)


Ex 1-3 - Calcular a rotaçgo da corda BC da grelha & Fig. 1-10.
cujas barras têm

6 = 7,875 x 10.3 rad

(O sinal positivo indica que o sentido arbitrado para o estado de carrega-


mento corresponde ao da deformação.)

(Caso de compostas par barras retas com inercia


constante.)

1' Seja o quadro da Fig. 1-13, cujas barras tEm as inercias constantes
indicadas na figura. A defornacão 6 devida ao trabalho i b ~ ã V&:o

Temos:

a) Estado de carregamento: conforme o tabela I, vem:


a + li
Da Geometria das Massas, sabemos que Mxdx 6 o
a
momento eststico da rea M .em relação a0 eixo y, numericamente igual
Sendo Jc uma indrcia arbitrária, chamada inbrcia de compa- ao produto da hrea A do diagrama M pela distância i de seu centro de
raça0 (que usualmente 6 arbitrada igual à menor das in6rcias das barras), M
gravidade ao eixo y. Ficamos, entáo, com:
temos:

Em hinçáo dos diagramas M e M em cada barra, tabelaremos os Jc


valores de: que desejamos tabelar C igual ao produto de - pela área d o diagrama
J;
Jc qualquer e pela ordenada, na posição de seu ientro de gravidade, lida
Ibarra
MM~S no diagrama retilíneo.
barra

que, somados para todas as barras das estruturas, nos darão o valar
EJc 6, a partir do qual se obtdm, imediatamente, o valor da deformação
s des?j&
Vejamos o caso geral a considerar, para estruturas compostas
.por barras retas: A expressão 1-3 C atribuida ao nisso Vereschaguin.
Conforme a tabela I, vemos que os diagramas no 'estado de A partir dela, podemos instituir os valores para os diversos casos
carregamento serão sempre compostos de trechos retilíneos para estmturas particulares apresentados na tabela 11.
compostas por barras retas. Os diagramas M no estado de deformação
A título de apiicaçZo imediata, estudemos os casos seguintes:
podem ser quaisquer (função do carregamento atuante). O caso geral será,
portanto, o cálculo do valor a) Combinação de M e retilíneos:

sendo M retiiíneo e M qualquer. Temos, para uma barra de inbrcia Ji e


comprimento li, conforme indica a Fig. 1-14:

Fig. 1-16
Cuiso de análise estrutural I .

Chamando-se I'Je
J:
=I:, de compiimento elástico da barra i

e que é o compkmento fictício de uma barra de inércia J, que nos dá a


mesma defonnaçáo da barra de comprimento li e in6rcia J , , temos:

Os casos de diagramas triangulares e retangulares saem. eviden- i


temente, como casos particulares deste.
b) Combinação de retilineo com M parábola d o 2P grau:
16 . Curso de anáiise estmtural Cáicuio de defotmaç&s em estruturas isostáticas 17

1.2.3 - Aplicações às estnihuas usuais da prática C) Cálculo de 6 :


@I-?- Calcular a rotaçzo da tangente à elistica em E, para 1 Temos, empregando a tabela 11:
a estrutura da Fig. 1-17.
L Dado: EJ, = 2 x 104 tml
- Para barra @
,
>
,., -

4m Fig. 1-17

A
-
Ç 3m. ?(L 3m + 3m +3m +
Temos:
a) Estado de carregamento
0.5mt

Fig. 1-18
I
b) EEtado de deformação it,m
18 a n o de análise eshtural I Cálculo de defonna@es em estmtum isost6ticas
I
6 = - 1,4 x 104 rad (O sentido correto é, pois o anti-horário.)
b) Estado de defornação

Observação:
1"
No caso deste exemplo, a combinação dos diagramas poderia ter sido feita
diretamente, pois as parabolas terminam com tangente horizontal que
o esforço cortante é nulo), e este caso está tabelado; não o fizemos, entre-
tanto, para ilustrar o procedimento a adotar no caso de tal não ocorrer.
Ex. 1-5'- Calcular a rotação da corda CD para a grelha da Fig.
1-20. São dados:

--
EJ - 2; ; H = 2 x 105 tm2
=-'t (todas as barras)
,

:. 8 = 1,005 x l u 3 rad (O sentido arbitrado no estado do


carregamento está cometo.)

Ex. 1-6 - Calcular a rotação da tangente i elástica em A para


a estrutura da Fig. 1-23, que tem EJ = 104 tm2,
constante para todas as banas do quadro e cujo
tirante tem ES = 0.5 x 104t.
Fip. 1-20

Temos :
a) Estado de carregamento
l P = 6' t

g= e
. - Devido à simetria existente, escolheremos o estado de carre-
gamento indicado na Fig. 1-24 e que nos fornecer8 como resposta a soma da
Fig. 1-21 h, I' rotação em A com a rotação em B. igual ao dobro de cada uma delas

L
20 CUROde análise estmtural

(devido i simetria). Temos, entáo:


a) Estado de carregamento:
-
= -20 42,66 = - 62,66
6 A = -3.13 x 1 0 3 rad (sentido correto I? n )

1-7- Calcular o deslocamento horizontal do ponto C provo-


~ d poro um encurtamento de 2 cm imposto ao tirante
Fig. 1-24
& Fig. 1-26.
M = lmt
M- lmt

Não importa o aparecimento de um esforço de compressão no tirante


no estado de carregamento, pois este não tem existéncia física real.

b) Estado de defomlação:

a) Estado de carregamento
lt E F

c) Cálculo de 6 A: b) Estado de deformação: Dado pelo encurtamento de 2 cm n o


Temos: tirante (M.yN= Q=O, pois trata-se de uma estrutura i~o~thtica,
que 6 livre à deformação).

2W6A = MMds + Nnds c) Cálculo de 6 :


Trabalho virtual das forcas extemas:PS = (11 6
/quadro I t i r ante Trabalho virtual das forças internas: Ntir.2ncUtamento =
= fl t (-2 cm) - cm (sentido correto: Organizando um quadro de valores, temos:
Igualando, vem: = - 2 4 2 )

Ex. I-8 - Para a treliça da Fig. 1-28, cujas barras têm, todas,
ES = 104t, pedem-se:
I?) Calcular o deslocamento vertical de A para o canegamento
indicado. \
20) Calcular que modificação de comprimento deve ser dada i
barra a durante a montagem para que, quando atuar o
carregamento, o pontoA fique no mesmo nível de B.

3m Fig. 1.28

1 NOta:
I?) Cálculo de deslocamento vertical de A. ,
I Se cada barra tivesse área diferente teríamos, evidentemente
a) Estado de deformação b) Estado de carregamento

1 2P) Cálculo da variação de comprimento da barra a : Nosso


objetivo com esta variação de comprimento é fazer com que o ponto A
tenha uma deformação de ( - 6 A ) para que, quando for somada i defor-
I mação 6 A devida ao carregamento, a deformação final seja nula e t e
nhamos 0 ponto A no mesmo nível de E.
Formulemos o problema em termos de teorema de trabalhos
virtuais:
Empregand- o mesmo estado de carregamento do item ante-
F i g C29 rior, vamos dar uma variaçzo virtual 6' de comprimento 3i barra @ tal que
o ponto A tenha um deslocamento (tambCm virtual) de ( d A ) . Teremos:
c) Cálculo de 6 A :
Trabaho virtual das forças externas: = -(1t)(1,05 cm)
NF~S r. ES 6A = X ( N S Ib,) Trabalho virtual das forças internas: B56'= (- f l ) 6'
bana Igualando, obtemos: 6' = m=
\rr
0,74 cm
24 Curso de análise estrutural

A barra 5 deve ser montada, pois, com um comprimento 0,74 em eles deverão ser traçados a partir de uma reta horizontal, podendo ser
superior ao seu comprimento teórico. aplicada a tabela I1 (pois a integração dos mesmos se fará ao longo do eixo
dos x, conforme 14, e não ao longo do comprimento da barra curva).
Ex 1-9 - Calcular a variação da corda CD para a estrutura da
Fig. 1-32,
a) Este exemplo visou mostrar a forma pela qual podemos dar
contra-flechas em treliças, que consiste em montar alguma(s) Sáo dados:
de suas barras com uma variação adequada de comprimento. Barras 1 e 2: J = J c
b) O problema pode ser resolvido variandc-se o comprimento
de qualquer (quaisquer) bana@) da treliça, desde que seu
esforço normal N seja diferente de zero.
Barra curva: J =-
tos P
J~ .sendo JM = 2 Jc

1.2.4 - Casos de barras com inércia variável


Para calcular ?lf
para barras de inércia variável, dividiremos nosso estudo em 3 casos:

1.2.4.1 - Barras curvas com inércia variando segundo a lei


J m = I (conforme a Fig. 1.31):
I 4m
Fig 1-32
J cos V grau
1 4m

Temos, desenhando os diagramas na barra curva a partir da reta


horizontal de substituição:
Fig. 1-31 -. f- a) Estado de carregamento:

Temos J =- Jm sendo I,,, a inércia na seção de tangente hori- I


cos V
zontal. Dai vem:

EJc 6 = Jc
i. m~- jC
d :1 "-
dr
COS '4

-Jm
=
Jm
'.I MMdx (1-4)

cos P
'
Fig. 1.33
Tudo se passará, portanto, como se a barra tivesse comprimento
I, inércia constante igual a J , e, para fins de combinação dos diagramas,
26 C u m de análise estrutural 27
Cglculo de deformap" em estruturas isost8ticas
b) Estado de deformação:
a adotar quando d o emprego dessas tabelas, pois o problema (tebrico)
já está bem definido e o caso em questão 6 , apenas. o cátculo nu-
mds
mbrieo de .
i, I-;- que ser8 feito dentro do roteiro de eálculo
J *
instituído por estes autores, resumido na tabela 111, para as leis de variação
de altura da barra indicadas na Fig. 1-35 (que são as leis de variação de
altura mais usuais para pontes com inCrcia variável).
As leis de variação de altura tabeladas2 sxo:
I
a) Misula reta assimétrica
I 1.
Jmin

p%
1
Jmáx I
reta t

+a -4 I

Fia 1-54
b) Misula parabólica assim6trica
c) Cálculo de 6 :
As combinaçóes de diagramas nos fornecem:
Paraasbarras ae 0 : 2 ~ ' ~ 4 16
3
x =
2 85,3
~ par. do 2.O grau

curva
(l"8 rn) c) Misula reta simétrica

Jmáx Jmáx

6 = 1.37cm (a corda aumenta).

d) Misula parabólica simétrica


1.2.4.2 - inércia variando em mfsula
Emprego das tabelas III a X V p m cilculo de Jc

Para barras cuja altura varia segundo as leis esquematizadas na


Fig E35 (mantendo-se constante a outra dimensão). divenos autores tabe-
laram os coeficientes necessários i obtenção de deformações (tabelas 1V
a XV) provocadas pelos carregamentos usuais (cargas concentradas e uni-
formemente distribuídas).
Fi* 1.35
Não nos deteremos aqui apresentando justificativas para o roteiro 2 O estudo original
.

0 g.5: :SE i z g E$? E;! g E E C;? g s z $65 c R *


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~ ~ 3 s
T A B E U XII
-*h- 4,. h
.

"an. r". e, "" B lids

J A ' ' ~

9.n
A

" =- e
A
'
TABELA XIII
-mni .h
o,,
aplicaçóes seguintes esclarecerão:
1-10 - Calcular o deslocamento vertical de A para a viga de
Fig. 1-36. Todas as banas são mísulas retas com
/,,,in = e = 5 J,.
E dado EJc = 2 x 104 tml.

B C
Fig. 1-36

Temos:
a) Estado de carregamento:

-P= 11 Fig. 1-37

b) Estado de deformação

c) Cálculo de 6 :
I Conforme O roteiro indicado na tabela 111, obtemos:
42 CURO de análise estrutural

Para a barra a EJ, 6 =4,0 - 1,2 + 39,l - 197,Z - 126,2 = -281,s


3 = 1. n = --
(mls reta assimdtrica): A = -
3 '
Jc
5 Jc
-
0,2; 1' = I --
J~ = 3 m
Jm,
EX
. .&
'
=- 1,4cm (o ponto A sobe).

1-11 - Calcular o deslocamento horizontal do ponto A para

-
Tab. IV

al=o,098
3 x 3 ~ 4 . 5x O,W8 = +4,0
o quadro da Fig. 1-39. Todas as banas têm a inércia
máxima igual ao quíntuplo da mínima, sendo que
as barras verticais têm Jmín = Jc e a horizontal
Jmín = 2 J,. 6 dado EJc = 104 tm2.

-
Tab. VI11

al=o,ol53
-3xlx9r3x0,0153

Obsemçóo:
Note o leitor que basta conhecer a linha de fechamento do diagrama M
para o cáiculo de S. 1-39
Para a barra a Fig.

(ObserwçZo preliminur: Para se definir o valor extremo da inércia de uma


(mis. reta simdtrica): X =
barra, devemos prolongar sua lei de variação até o eixo da próxima barra,
definind-se a altura extrema por esta interseção, conforme está feito na
/ 3mt Fig. 1-39.)

Temos:
Tab. VI
--r 1 2 ~ 3 ~ 4 . 5 ~ 0 . 2=+39.1
41 a) Estado de carregamento
a=0,241

-, I tlm
S 4 + + + + )
A A
-
Tab. X
ai -0,038
-3 x 1 x 12' x 1 2 x 0,038 = -197.2

3mt
44 Cuiso de anáiise e s t ~ t u r a i

b) Estado de deformação nc6 = 197 + 49 = 246

.'. 6 = 2,46 im (para a esquerda)

1.2.4.3 - Caso de variação aleatória da inércia


NO caso da inércia náo variar segundo nenhuma das leis estudadas
anteriormente, teremos que calcular
Fig. 1-41

por integraçáo aproximada.


O problema será, pois, calcular 1, qdx sendo q = h@f
--.Jc
J
Uma das maneiras de resolvê-lo será através do emprego da regra de Sipson:
C) Cflculo de 6 :
Dividindo-se o v%o1 da barra num número n (par) de intervalos
Conforme o roteiro indicado na tabela 111, obtemos: Ax. temos:
Para a bana , @ :

(mís reta simétrica): 81 = 2= 0,2; =0 , ~ ; 1. = 5


1o
A aplicação seguinte esclarecer.5.
Ex l-12- Caldar a rotação da tangente à elástica em A
para a viga da Fig. 1-42. submetida ao carregamento
indicado. A seção é retangular, com base de 40cm
e altura variável conforme a figura. É dado:
E = 2,l x 106 t1m2.
4 i I r A i
Adotando EJc = 2.1 x 106 x 0 -4 x L1 ~- -
12
,
<
,
. , .. -
I , .
= 7. x.. .
10
-
4 tm*.
....
, I ' . '
temos:
Para a barra @ :

(mís. reta assimétrica): X = I; n = 0,2; I'= 5


106

108 Y.0 276.0

18
Fig. 1-42 0121

Vem, e n t ~ o : E J ~6 = 387,4 x&= 2 387.4 = 258 2 = 387.4


3 3
.: 6 = 3,68 x 1 0 - ~
rad
TABELA XVI - CÁLCULO D A I N ~ R C I AJ ~ TORÇÃO
A 1.3 - Cálculo de deformações devidas à variaç-Sode temperatura
Seja a estrutura isostática da Fig. 143, cujas fibras externas so-
frem uma variação de temperatura te e cujas fibras internas uma variação
ti em relação à temperatura d o dia de execução da estrutura. Ao lon-
go da altura das barras da estrutura, a variação de temperatura entre as
fibras externas e internas pode ser considerada linear (os ensaios em labo-
A t- h
'.
Fig. 1-43

Estado de ddoimaqão: Erforto. nulos Defornafim relativsr J dp = a 6.- te) ds


dh=OI h

ratório assim o autorizam), de modo que, no estado de deformação, duas


seções distantes de ds tendem a assumir a configuração deformada de Fig.
1-44.
Vemos então, que duas seções distantes de ds sofrem um mo-
vimento relativo composto de .duas partes:
a) deslocamento axial relativo de Ads = arg ,ds, sendo tg a
variação de temperatura no centro de gravidade em relaçáo
ao dia de execução.

Fig. 1.44

-
O b s e ~ f l o : Para peças de concreto armado, dependendo d o grau de
fissuraçá0, a inércia Jt torção pode cair para at6 15%
dos valores indicados nesta tabela.

b) uma rotação relativa dip = i t e c r ~ t


h ds =-- h ds,
sendo or o coeficiente de dilataçzo linear do material. seguintes convenções de sinal:
Suponhamos, para fm de raciocínio, que desejemos calcular O fi $erii positivo quando de tração
deslocamento do ponto m da direção A : O estado de carregamento seri - j@ serh positivo quando tracionar as fibras internas da estru-
o da Fi& 1-45 e o teorema dos trabalhos virtuais se escreverá, então, quan- tura
do dermos a todos os pontos da Fig. 1-45 deslocamentos virtuais exata- - As variações de temperatura ti, t , tg serão positivas quando
mente iguais aos provocados pela variação de temperatura: -
se tratar de aumento de temperatura (notar que Ar = (ti te).

3.0) O valor de 6 não 6, evidentemente, afetado pela existêc-


cia de esforços cortantes ou momentos torçores no esta-
do de carregamento.

As aplicaçües seguintes esclarecerão:


O 1-13 - Calcular o deslocamento horizontal d o ponto B se
a estmtura da Fig. 146, cujo material tem
Fis 1.45 - Estado de mrmmsnm:
a = 10.5 /OC
e cujas barras têm seção retangular de 0,s m de
altura, sofrer a variação de temperatura indicada na

e:.-"II
figura, em relação ao dia da sua execução.

Supondo as barras com seção constante, temos:

"O." +... .
rg-+3O0C

"--.. ,,=+1o0c

se identificam com as áreas dos diagramas de esforço normal e de momento Fig. 148 Fíg. 1.47
fletor no estado de carregamento e temos. então:
- n
P S = a tg AN
-+% h AR (Sendo as barras de seçzo constante) (1-5) Sendo diagramas IÜe N no estado de carregamento, os in-
A dicados na Fig. 1-48, teremos, levando em conta a expressáo 1-5, e o esque
Observações: ma da Fig. 1-47:
I
I?) Se as barras não tiverem seção constante, teremos eviden-
temente:
F6=oi \ / N t g d s t a A t
k (1-6)

2.O) Para emprego das expresses (1-5) ou (M),


adotaremm
("O plano da estrutura náo h&variação relativa de temperatura).
~ ~ a partir
m do~ estado ~ de, carregamento de Fig. 1-51: /

O ponto B se deslocará, pois, de 6,58 cm,para a direita.


Ex 1-14- Calcular as defomaçCks seguintes, para a grelha de
Fig. 149, cujas barras têm seção retangulir de 0,s m
de altura e cujo material possui
a = lo-S/~c,
se suas fibras superiores forem aquecidas de 20 OC
e as inferiores tiverem mantida a sua temperatura
em relação à do dia de sua execução.

+
A
4m -+' Fig. 1-49

1.O) Rotação da corda BC perpendicular ao plano ABC. Fig. 1-52


2.0) Deslocamento do ponto C na direção BC.
A
Temos:
1.O) Cálculo da rotação de BC perpendicular ao plano ABC
Sendo o estado de carregamento o de Fig. 1-50, obtemos: Devido à simetria, sabemos que as m t a ç b em A e em B S o
iguais e tmios, entxo, a .partir do estado de carregamento da Fig. 1-53:

N- O
M= l m t
lmt M= l m t lmt -

2.') Cálculo do deslocamento de C na direção BC:


Trata-se do cálculo de uma deformação numa estrubira plana
devida a
adode ,jefotmaç&s em estruturas isoststicas
53 I
A rotação da tangente à elistica em A vale, então a n R t , se tratando do regime elástico, estamos diante dc um cam
h- .~
po conservativo, para o qual sabemos, da Mecinica Racional, que o traba-
no sentido horário.
lho independe da trajetória, dependendo apenas de seus pontos extremos.
1.3.1 - Caso particular: variaflo uniforme & temperatura L ~ as integrais
~ ~ , ser calculadas para qualquer trajetória que cm.
tivesse os oontos A, B, rn Tal nos permite concluir:
( A, = 0)
pma o cólmlo de deformação numa estrutura isostórica devida
Seja calcular o deslocamento do ponto m na direção A , devi-
do a uma variação uniforme de temperatura tg atuante, para a estmtum
o ,,
epor oum
wnnyóo de temperatura. podemos substituir a eshutura
desde que contenha os mesmos vínculos e pon-
de Fig 1-54:
tos de aplicgcão de cargo do estado de crnregomento.

n-B
1-16- Cdcular o deslocamento horizontal de B devido a
um aumento uniforme de 20 OC, para o quadro de
Fig. 1-55.

i
I
mo:oi = 1o-s/oc

7 10m Fia. 1-55

Temos, a partir de 1.6:


0 s pontos indiinsáveis de passagem da estrutura de substitui-
ç%oS o os v i n d o s (A e 8) e pontos de aplicação de carga no estado de
carregamento (E, no caso). Ficamos, então, com:

sendo r$ o hgulo formado por RA com a tangente ao eixo d a estrutura


numa seção genérica do trecho A - rn e y o ãngulo entre R g e a tangen.
te ao eixo da wtruiura numa seção genérica no trecho B m. -
Ora, as integrais acima podem ser reescritas sob a forma
6 = a t g A ~ = 1 0 - 5X ~ O 10
X =2 mm
(para a direita)
-,
= Trabalho realizado por RA ao percorrer a trajetóna A -m E* 1-17 - C a l d a r a variaçXo de comprimento da wrda AC
devida a m a diminuiçáo de 3 0 0 ~ .para a es-
trutura de Fig. 1-57.

-+
= Trabalho realizado por RB ao percorrer a trajetória B - m
I 54 Curso de análise estmtural
ado& defOnneqõcsem estruturas isostáticas 55

A de substituição mais conveniente será a de Fig. 1-60.


a partirde qual obtemos:

Fig. 1-57 Fig. 1-60

A estrutura de substituição mais conveniente no caso seri a de


Fig. 1-58. a partir de qual obtemos: I
6 = 10-5 (-301 (-1 x 51 = 1.5 mm de encurtamento
1.4 - Cáicuio de deformações devidas a movimentos (recalques)
6 = 1 0 . ~(-30) (-1 x -@) = =,o2 mm dos apoios
(encurtamento)
seja a estrutura de Fig, 1-61 cujos apoios sofrem os re~dques

A
co&ecidos3, nela indicados. Se quisemos calcular deformações provocadas
J P = lt por esses recalques, já sabemos como instituir o estado de carregamento e
já sabemos que daremos, neste estado de carregamento, deformações vir.
tuais a todos os pontos da estrutura exatamente iguais às existentes noes-
tado de deformação.

-
' '18 -
Fia. 1.68

c d ~ d a ar r u i a ~ l ode comprimenm da mrda BD


devida a uma diminuição uniforme de30 OC, para a
I
r-
'
I

r*,,
jTIB
A
----I

-)PAV
o--+ 4"

1
estrutura de Fig. 1-59:
Dado: ct = I O - ~ / O C Fie. 1.61 - nditivas nula)
Estado dedeiwmsqio l h f o y r a a d d o r m w õ ~

Aplicando, então, o teorema dos trabalhos virtuais, teremos


qualquer que seja o estado de carregamento:

Trabalho virtual das forças externas: P6 t Z R P , sendo R


Fig. 1.59 as mações de apoio no estado de carregamento e P os recalques a elas cor-
"SPondentes no estado de deformação.
Trabalho virtual das forças internas: nulo, visto que as defor-

+ 2m X 2m +- 3 Calculados p l a Mecânica dos Solos


56 C u m de mase estrutural

mações relativas no estado de deformação são nulas.


Igualando o trabalho virtual das forças externas ao das forças
internas, obtemos
P6 = - Z R p (1-7). expressão que resolve o problema.
Ex. 1-19- Calcular a rotação relativa das tangentes 'a elástica
em E devida aos recalques indicados, para a estru-
tura de Fig. 1-62.

Aproveitando a simetria, as reações de apoio no estado de car-


~sgamentosão as indicadas na Fig. 1-65, a partir das quais obtemos:

Fig. 1.62

Temos as reações R no estado de carregamento indicadas na


2aA = -ERp = - 2 x 1(-2x10-2) = 4x10-2m
Fig. 1-63, a partir das quais obtemos, pelo emprego da expressão 1-7: O ponto A descera, então, de 2 cm.

ibserwçâò: Os recaiques de apoio ocorrem, evidentemente, devido ao carre-


gmento atuante; para calcular as deformações que o conjunto karregamen-
o + recalques)-provoca na estrutura, preferimos usar o principio da super-
msição de efeitos, calculando inicialmente, pela expressão (I-I), as defor-
nações devidas somente ao carregamento e, a seguir, pela expressão (1-7),
iquelas devidas aos recalques. somando finalmente os dois resultados obtidos.

1 - Cálcdo de d e f o m s ç k s em vigs retas - Rocem de Mohr


Embora se tratando de um caso particular, desemiolveremosnes
te tópico um processo, idealizado por Mohr, que nos permite obter, sem
aplica~ãodo teorema dos trabalhos virtuais, a elástica de uma viga reta
.A ênfase especial que atamos dando a este caso particular se justifica pe-
la grande incidência com que ocorrem, na prática, as vigas retas e pela pos-
(O sentido arbitrado foi correto.) Qbilidade que este processo oferece de obtermos, de uma sb vez, a elástica.
Ex. 1-20- Calcular o deslocamento vertical do ponto A da Sabemos, da Resistência dos Materiais, que a rotação relativa
grelha da Fig. 1-64 devido a recalques verticais de devida flexão, de duas seções de uma viga distantes de ds é dada por
cima para baixo de 2 cm em i3 e F e de 4 cm em D. "P=& conforme indica a Fig. 1-66,
EJ'
58 Curso de análise estrutural

Resumindo, temos:
Rotação na viga dada = Esforço cortante na viga conjugada
Deslocamento vertical da viga dada=Momento Fletor na viga
conjugada
A determinação da viga wnjugada será guiada pelo respeito às
Fig. 166
wndiç&s de contorno d o problema dado, em função da formulação adota-
V I da para sua resolução (encarar a elástica como um diagrama de momentos
fletores na viga conjugada) e resultará de uma simples transformação dos
Por outro lado, do Cálculo Intinitesimal, sabemos que a
vinculos da estrutura dada conforme indicam os exemplos a seguir:
curvatura de uma curva plana y = y(x) igual, por definição à relação d9 - a) Seja, por exemplo, um apoio extremo do l? gênero A exis-
para a curva - referida a um sistema xy como o de Fig. 1 6 6 6 dada ds
por t e n t e na viga dada conforme indica a Fig. 1-67. Sabemos
-dP
=- Y" que a seção da viga situada sobre o apoio d o l?gênero terá
ds (1+~'=)~/2 deslocamento vertical nulo (y = O) e rotação livre (9# O),
já que este apoio só impede deslocamento vertical. Assim,
A elâstica y = y(x) de uma viga fletida seri, então, obtida da devemos ter na viga conjugada em A um vínculo tal que t e
equação diferencial - Y"
(1 + y'2)312
-.
= M Como estamos tratando da
EJ
nha momento fletor nulo (pois este representará o deslocs

Análise Estmtural no âmbito das pequenas deformaç&s, o valor y g $A


-e Fig. 1-67
pode ser desprezado em presença de unidade e teremos, ünalmente, a equa- mento vertical de A) e esforço cortante diferente de zero
ção diferencial da elástica para vigas retas dada por (pois este representará a rotação que sofrerá a seção); este
- vínculo será, então, outro apoio extremo do 1P gênero.
b) Seja, agora, .uma rótula intermediária B existente na viga da-
da, conforme indica a Fig. 1-68, A seção B poderá sofrer um
Observando a analogia matemática entre a equação diferencial deslocamento vertical (já que não existe apoio do I? gênero
da elástica (1-8) e a equação diferencial fundamental da Estática $.$
= 0, - sob ela) e terá rotações das tangentes à elástica diferentes à
dxL B
Mohr teve a genial idtia de encarar y como sendo o momento fletor numa
Fig. 1-68
viga (a que chamaremos viga conjugada, e cuja determinação d e p e n d e da
análise das condições de contorno do problema), carregada com uma car- esquerda e à direita da rótula (pois que a mesma libera as
ga distribuída cuja taxa de distribuição t M , sendo M o momento fletor rotações de um lado da viga em relação ao outro). Assim,
atuante na viga dada. EJ devemos ter em B, na viga conjugada, um vínculo tal que
Empregando-se o processo de Mohr, estaremos fazendo as apresente momento fletor diferente de zero e esforços cor-
seguintes analogias: tantes diferentes à sua esquerda e direita; este vinculo será,
então, um apoio intermediário do l'? gênero.
Raciocinando de maneira inteiramente análoga para todos os
outros tipos de vínculos que podem aparecer numa viga reta, teremos ins-
tituída a tabela XVII, através da qual passaremos da viga dada à viga w n -
jugada. (Nesta tabela indicamos na coluna extrema da direita, a titulo de
explicação, as condições de contorno que
-
guiaram
.
esta transformação de
vinculo.)
Ficando determinada a viga conjugada o problema está, então,
resolvido.
Obsemções: a) A viga wnjugada de uma viga isostática será sempre isos-
tática Os exemplos das Figs. 1-69 a 1-71 esclarecem.
-
60 Cuiso de análise estmtural U(lculo & deformaç&s em e s t m t u m isostáticas 61

n1.71
- L

v,8

lI1lI.,
,.,., ,~,.~..

,c,
Fip. 1-69

nipi

ãig.
1-70
6----7

-
.e,h. ,,,,,,,,,,,,I,,

",,/I

u,+n co,,,n,e.,
I"I.IU,.,<I.,
b) A viga conjugada de uma viga hiperestática será hipostática (a não ser
em alguns casos de vigas hiperestáticas, submetidas a determinados recal-
ques de apoio, conforme os exemplos 1-26 e 1-28 deste capitulo), mas seu
canegamento MJEJ será sempre tal que a viga conjugada fique em equili.
brio (impondose esta condição às vigas conjugadas das vigas hiperestáticas
ficaremos,até.emcondiçóes de obter diagramas solicitantes em vigas hipe-
restáticas, conforme ilustrarão as aplicações feitas no item 2.1 deste tópi-
co), pois, como existe uma deformada real, estável, para uma viga dada hi-
perestática, e w m o esta deformada é obtida a partir de sua viga conjugada,

--
esta última terá que estar submetida sempre a um carregamento em equi-
líbrio.
Tabela XVii - Transformação de vínculos para obtenFo da viga conjugada
N~~ ~ i g s .1-72 e 1-73 apresentamos exemplos deste tipo de vi-
gas wnjugadas.

viga dada viga conjugada


Fip. 1-72

P
viga dada viga conjugada
Fig 1-73

c) Quando formos carregar a viga conjugada com o carregamento cuja taxa


de distribuiçáo é = - M , sendo M o momento fletor atuante na viga da-
EJ
da, a um momento fletor M positivo na viga dada (tracionando as fibras
inferiores da viga) conesponderá, evidentemente, uma carga distribuída 9
Positiva (de cima para baixo) na viga conjugada.
d) O metodo de Mohr se aplica integralmente, às vigas com inkrcia variá-
vel. Neste caso, apenas, as funçóes q = serão mais complexas.
EJ
Ex-1-21 - Fazer um esboço da elástica para a viga da Fig. 1-74
que tem EJ = 104 tm2, cotando seus valores extre-
mos:
A partir da viga conjugada, carregada com E . o b t e m o s a
EJ
62 Curso de anáiise estrutural

2.0) Calcular os deslocamentos verticais de A


e E;
3.0) Calcular a rotação da seção B;
4.0) Calcular a rotação relativa das tangentes ê elas-
tica em C.
I I
I I I
I I 1 'Mviga dada
I I
I II
I
1 I
I I
I II 16x10.~m-' I I
I I
1
I 'i viga conjugada I ! ~ ~ i gdada
s
I carregada com
I I IC I M
I I I I 1 9= -
I I EJ
I I I I I
I I I I

p,
u ~
I
I I I
3,6mm 3,6mm

Elástica =
. conjugada
=Mviga
3.2mm

elástica pedida, representada na própria Fig. 1-74.


Notar que os trechos AB e DE da elástica são retilineos; en-
quanto que os. trechos BC e CD são parábolas do 3.O grau, simétricas
uma da outra e que concordam em C.
Os valores extremos pedidos são:

1.O) Aspecto da elistica:


Ex. 1-22 - Para a viga da Fig 1-75, que tem EJ =103 tm2, Encontra-se esbqado na própria Fig. 1-75, onde indica-
pedem-se: mos tamMrn a viga conjugada
-
~
- com q = !!!. . Chamamos a
carrezada
1.O) Esboçar o aspecto da elástica; L
I
64 Curso de anáüse estrutural
atenção para a simplicidade e conveniencia da obtenção prévia do aspec-
Passando à viga conjugada, que será a haste livre da Fig. 1-78.1.
to da elástica, pois que ele nos fornece todos os sentidos corretos de
deformação, restando-nos calcular apenas seus aódulos. para que a mesma esteja em equilíbrio (O que nos possibilitará escrever.
para a viga conjugada, que MA = MB = O e QA = Qg = O, o que deve
2.0) Deslocamentos verticais de A e E: ocorrer, pois sabemos que y ~ = y ~ = O e VA = ' 4 =~O, para a viga
y ~ = M ~ ~ ~ ~3 ~ ~3 ~+1 ~j ~= 34 x3~xl 21O= 1.0 5 ~x 1 0 - ~ = 1 ~ m m
A
dada), o carregamento deverá estar auto-equilibrado. A condiçgo XY = O,
E - 4 ~ . 1 0 - ~ ~ 3 + 13 X-=16,Smm
0 - 3*
YE ="viga conj - 2

3.O) Rotação em B:

VB = conj = 4 x 10.3 rad (o sentido está indicado na figura; no caso, é M


o anti-horário) -
M
1.78.2
BEJ
EJ
4.O) Rotação relativa em C:
Cdir Fip. 1-78
C
-
-
Vesq
C + 1 CeSq
@$r = Qviga conj I I
Qviga conj
+
1-78.1
a partir da decomposição indicada em 1.78.2, nos fornece:
" -
= 8 x i r 3 rad ( o sentido está indicado na figura).

2.1. - Aplicação do processode Mohr h vigas hiperestáticas


O diagrama de momentos fletores pedido ser& então, o da
(Obtenção de diagramas solicitantes e deformaçües) Fig. 1-79.
Ex 1-23- Obter o diagrama de momentos fletores para a viga
biengastada da Fig. 1-76, que tem inércia constante. (i-
mq Fio. 1-79

B-A Fig. 1-76


I
I

E r 1-24 - Obter os diagramas solicitantes para a viga hiperes-


tática da Fig. 1-80. que possui indrcia constante:
O aspecto do diagrama de momentos fletores, levando em con.
ta a simetria da viga deverá ser o da Fig. 1-77, bastando, pois, conhecer o
valor de M para ficar determinado.
A
Fig. 1-00

~4$M
h Fig. 1-77 - Aspecto do d i i p m n a daaido. I

O aspecto do diagrama de momentos fletores sendo o da


Ffk1-81, a determinação de M se fará impondo condições de equilíbrio
3 viga conjugada carregada ccm M/EJ, indicada na Fig. 1-82.1.
E* 1-25- Para a viga da Fig. 1-80, obter a rotação da tangen.
te à elástica em A.
-
Imediatamente, podemos escrever, a partir da Fie.
1-82.2:
13
conjugada = 2 -g3 - & =L,
'PA = QA 3 8EJ 48/3
no sentido horário .

Fig. 1-81 - Aspano do diignma de momantm flammi daaido.


"8'
-- ~-
Q,:
Ex. 1-26- Obter o diagrama de momentos fletores para a viga
de Fig. 1-84; que tem vão / e rigidez EJ, devido ao
recalque angular 8 nela indicado (EJ = constante).

11

1-82.1
c,

F i g . 1-82
1.82.2

A partir da decomposição do carregamento atuante na viga con-


jugada feita em 1-82.2, a condiçáo de momento fletor nulo na rótula B

-
(pois em B devemos ter M = O na viga conjugada, já que y~ = O para
a viga dada), nos fornecerá:
t i - Fig. 1.84

donde obtemos M = -.4IL


8

A partir desse valor, os diagramas solicitantes e reações de A B


apoio para a viga dada são os indicados na Fig. 1-83. A A Viga conjugada

O aspecto do diagrama de momentos fletores desejado na viga


:stá indicado na própria Fig. 1-84 ( MB deve ter, evidentemente, o sentido
i0 recalque 8).
Passemos, agora, à viga conjugada, para a qual iremos igualar o
?sfor~oCortante em B ao valor de 8 (rotação da seçáo). O apoio do 1.'
3ênero existente em A (como não sofre recaiques) será transformado em
' P i o do 1.' gênero, de acordo com nossa tabela XVII de transformação
de vínculos. Já o apoio B, como sofre recalque, não pode ser transforma-
i0 P r emprego da tabela XVII e deve ser analisado para o caso.

NO ponto B (viga dada), temos:


C d l d o de defonnaçócs em estruturas isostátiess 69

Sendo assim, devemos ter na viga conjugada um vínculo q u e


nos dê cortante e não dê momento. Será, então, um apoio do 1.0 géneros 2Y = O . .. MA = M6(visto não existir cortante em 6, o próprio car-
também. Ficamos, portanto, com o esquema da Fig. 1-84 para' o qual,im. regamento tem que fornecer resultante nula).
pondese as equações de equilíbrio, temos, por Z: MA =O:
EM = O . ...P = x
2 E J
3x
2
1
x 2 1 (ou seja, o carregamento
3
nos dá um binário, que deve ser absorvido em
B. devendo o momento fletor em B ser igual a'p).
O problema está, então, resolvido, e o diagrama de momentos Dai obtemos: MA = M6 =--- EJp e os diagramas solicitantes serão os da
fletores na viga devido ao recaique angular e é o indicado na Fig. 1-85. I'
F i a 1-87.
-
6EJp
) I'
6EJp
-
l2

4 / '.
1 12EJp
l3 "I
E x 1-27 - Obter os diagramas solicitantes na viga biengastada
de vão 1 e rigidez EJ, submetida ao recalque verti-
cal p em 6 , indicado na Fig. 1-86 (EJ = constante).
F i g . 1.87

Obse7vação: Os resultados destes dois Últimos exemplos serão de grande


importância no estudo do m6todo das deformações, conforme verá o leitor
no Vol. 111 deste Curso.
Ex. 1-28 - Obter o diagrama de momentos fletores provocado
Fig. 186 pelos recaiques verticais indicados, para a viga da

-
M~
EJ
7 *q Viga conjugada
c
A
A.
Fig. 1-88, que tem rigidez EJ, constante

.
1 -
E
+31 -t

P
C

p ,,
I +
,
O
.

A:.
- ._
- - - . i - - -
/ b
O aspecto d o diagrama de momentos fletores na viga dada
e s 6 indicado na Fig. 1-86, Determinemos, então, a viga conjugada: O en-
gaste A (que não sofre recalque) se transformará numa extremidade livre;
0 engaste E , que sofre um recalque vertical (e para o qual temos, portan-
-
to, yg = P e V6 = O) deve se transformar num vínculo que nos dê mo-
mento (o qual valer5 P ) sem nos dar cortante e deverá ser o indicado
na Fig. 1-86.
Impondo as equações de equilíbrio A viga wnjugada, temos:
-
2M~l
EJ f
IlillIllrn,
Fie. 1-88
2MBl
-
MB
EJ

t
Viga conjugada

EJ
70 CUROde anáiise estrutural de defornações em estruturas isostiticas 71

Devido à simetria existente, o aspecto do diagrama de momen-


tos fletores na viga dada será o indicado na Fig. 1-88, Para a viga conju.
gada, os apoios A e D se mantêm e os apoios B e C, que sofrem recal-
ques, e para os quais temos

devem ser substituídos por um vinculo tal que nos d6 momento (igual a p )
e que nos dê Qesq = Qdir , obtendo-se, entxo, o esquema indicado na
Fig. 1-88.

Impondo-se a condição de momento íietor igual a p em B e


C na viga conjugada, obtemos:

O diagrama de momentos fletores pedido6,entãoodaFig. 1-89. Os fundamentos do processo de Wüiiot podem ser compreendi-
dos wnsiderandese a treliça ABC representada na Fig. 1-90 que, para O
carregamento indicado, ter5 suas barras AC e BC comprimidas e a barra
AB tracionada. Cada uma destas barras sofrerá, em função do aforço nor-
md Ninela atuante (proia.ado pelo carregamento indicado), uma variação
Nili
Fig. 1.89 de comprimento Ai = -- (no caso, A, e
E Si
4 serão encurtamentos
-6 EJp
-
6 EJp e A3 será um alongamento). Conhecidas estas variaçóes de wmprimento
11 l2 11 lZ A i , a configuração deformada da treliça pode ser determinada da seguin-
te maneira, conforme indica a Fig. 1-90:
Inicialmente, removeremos o pino (rbtula) d o nó C e permiti-
Ex 1-29 - Para a estrutura do exemplo anterior, calcular a ro- remos a variação A 3 de comprimento da barra AB; isto provocari um mo-
tação da tangente à elástica em A.

i
vimento da barra BC (agora desligada da barra AO, que se deslocará para-
lelamente a si própria, passando a ocupar a posição B'C. Permitindo, ag*
Temos. evidentemente: ta, às barras AC e B'E suas variaçaes de comprimento A1 e A2, respecti-
vamente, as extremidades C e C passarão a ocupar as pmiçDes C1 e C2
I
indicadas na Fig. L90. Para podermos rewlocar o pino (rótula) ligando as
barras 1 e 2, é necessário fazer com que as extremidades C1 e C2 dasbar-
ras 1 e 2 coincidam novamente, o que é obtido girando AC1 em tomo de
3 - Cálculo de defomqóes em trrliças planas - Rooesso de Wiiiiot A e B'C2 em tomo de B' até que os arcos se interceptem em C', posição
deformada final do n$ C da treliça. AB'Cé, então, a deformada da treli-
Assim como apresentamos, no tópico 2 deste capítulo, um Ça da Figa 1-90 submetida ao carregamento indicado e, a partir dela, pode-
processo particular visando à determinação da elistica de vigas retas (pro- mos dizer que o nó ü sofreu um deslocamento hodzontal Sg- BB' e o
cesso de Mohr), apresentaremos neste tópico, um processo ideaiizadb pelo nó C um deslocamento 6C= CC', definidos na ~ i g .1-90, Este processo
engenheiro franc6s WiUiot, que permite a determinação dos deslocamentos
de todos os nós de uma treliça plana. máfico seria perfeito não fosse o problema das deformaçües serem muito
Curso de análise estrutural a n d o de deformações em estruturas isostáticas

pequenas em presenca das dimensões da treliça, o que nos obrigaria ao liot para chegarmos a cada novo ponto. Nos casos em que isto não ocorrer
emprego de escalas enormes para desenho, a fim de se ter alguma precigo (ver exemplo 1-33). calcularemos previamente alguma (s) deformação, apli-
lios resultados, o que é impraticável. (No caso da Fig. 1-90. indicamos as ,.,do o teorema dos trabalhos virtuais de modo a poder iniciar e (ou)
deformacões em escala niuito exagerada eni presença das dimensões d a no traçado do williot.
trelica.
As aplicaç5es seguintes esclarecerão.
Justimeote porque as defomaçóes sofridas pela treliça são pe-
quenas em presença de suas dimensões, a rotação de qualquer barra será E r 1-30- Obter os deslocamentos de todos os nós da treliça da
pequena, de modo que podemos considerar que, durante a rotação de uma Fig. 1-92, cujas barras possuem, todas e l a s , ~ ~ = 1 0 ~ t .
barra, sua extremidade se desloque ao longo da normal B direção primitiva
da barra, ao inv6s de considerarnios o deslocamento ao longo do arco de
circulo verdadeiro. Introduundo-se esta simplificação, válida no âmbito das
pequenas deformaçóes (lupótese fundamental na nossa Análise Estrutural),
toma-se possivel obtcr os deslocamentos dos nós da treliçasem termosque
desenhar seus comprimentos totais, pois não mais será necessário desenhar
os arcos de circulo em torno de seus centros de rotação; é o que está
feito na Fig. 1-91, chamada diagrama de Wiliiot ou, mais simplesmente,
williot da treliça dada, em homenagem ao lançador do processo:
Como anteriormente, imaginamos que o pino (rótula) em C é
tempordamente removido e permitinios que se realizem as mudanças de Fig. 1-92
coniprimento das barras, uma de cada vez. Assim, sendo o a origem esco-
lhida para marcação dos deslocamentos (e que, no caso. coincidirá com o
ponto a, rep-sentando o deslocamento nulo do apoio do 2.O gcnero A),
marcamos 03 = n3, representando a variação de comprimento da barra 3
(barra AB). Como a barra AB se conservará horizontal após sua deforma-
ção, o segmento Õ3 já simbolizará o deslocamento final do nó 3 da treli-
ça (apenas para respeitar a notaçào que adotaremos no williot e que con-
siste em representar a posicão final do nó pela letra que o simboliza, em
minúsculo, diremos que o ponto 3 coincide com o ponto b no williot e Devemos, inicialmente, calcular as varia~&% de comprimento ai
que o deslocamento do nó B é dado por ob). Devido a suas diminuições de cada uma das barras da treliça devidas aos esforços normais Ni nelas
AI e de comprimento, respectivamente, a extremidade C da barra atuantes, o que esiá feito na tabela seguinte, a partir da qual 6 imediata a
AC se move para baixo, paralelamente a AC, e a extremidade C da obtenção do-williot desenhado na ~ i ~ . - 1 - 9 3 .
barra BC se move para baixo, paralelamente a Bs. o-aue está rep.'esen-
tado, no wiüiot da Fig. 1-91 pelos segmentos a1 e b2, respectivamente.
&ira Nj(t) li lml I ~;=N;li/ES(mml
I
Para ligamos; novamente, as barras ACe BC pelo pino em C, a primeira deve
girar em torno de A e a segunda em tomo de B, até se interceptarem;
durante estas rotaçóes, admitimos que elas se movam nas direçóes normais
a cada uma delas. No williot estas rotações estão simbolizadas, respectiva-
mente, pelas retas perpendiculares a AC e BC tiradas por 1 e 2, que se
interceptam em c, ponto que simboliza a posição deformada final do nó C

. -.
em relação à sua posição primitiva.
%
Os vetores ou, o b e oc)representam, então, os deslocamentos ab-
Sol~itosdos nós A. B e C da treliça de Fig. 1-90 devidos ao carregamento ne-
la indicado.
A wnstruçxo dos wüiiots para treliças mais complicadas é feita
da mesma forma, sendo apenas necessário conhecermos dois pontos no w S
74 CUBOde anáiise estrutural -do de deformações em estruturas isostáticas 75

EX 1-31 - Obter os deslocamentos de todos os nós da treliça


..
Os deslocamentos dos nós A. B, C . . H da treliça sáo da. & Fig. 1-94, se ela for submetida a uma diminui-
dos em direção, sentido e módulo pelos vetores ou, + ob. ...
-* oc,
+ , oh+ do ção uniforme de temperatura de 30 OC. É dado o
,,;
williot, valendo estes mbduios, respectivamente, 0; 1,6 mm; 3 6.5 mm; coeficiente de dilatação linear do material, igual a
13.9 mm; 7,2 mm; 4.4 mm; e 3,l mm. 10.5/0C.

Fig. 1-94

As variações de comprimento A i de cada uma das barras, de-


vidas A variação de temperatura, sáo dadas por Ai = Lu Al li =-30~10.5li
valendo. então:
A1=A4=-12 mm; A2=A3=-12 J?lmm; A5=A6=-6amm

A partir desses valores, obtemos, pelo williot da Fig. 1-95, que


os deslocamentos dos nós+c D e _E da treliça, dados em diieção, mádulo
e sentido pelos vetores oc, ode oe d 3 williot têm seus mádulos iguais a
1 2 6 mm, 1 2 ~mm 5 e 12 mm.

1-32 - Obter os deslocamentos de todos os nós da treliça


da Fig. 1-94, caso seu apoio B sofra os recalques in-
dicados na Fig. 1-96, passando a ocupar a posição
B:
~ g l d de
e d~f~nnsções
em estruturas isost~ticas

a) Cglculo dos Ai

PBV = lcm Fig. 1-96


B'
PBH = 2cm ?Y.Ii

Neste caso, os Ai de todas as barras são nulos e podemos pas.


sar imediatamente ao traçado do wiiiiot, feito na Fig. 1.97, a partir do
qual obtemos que os ~esl~cam+entos d y nós A. B, C, D e E da treliça,
dados pelos vetores oa. ob, oc, o b e oe, têm módulos de 0; 2.24 cm; 3 cm;
1.41 cm e 2,54 cm.

,
A
P~~
Fig. 1-97 - Escala do williol: 1 :1
b) Cálculo do deslocamento do ponto B:
Ex. I-33- Obter os deslocamentos de todos os nós da treliça Para conhecermos o deslocamento resultante do nó B, basta co-
da Fig. 1-98, cujas barras tèm, todas elas E S = I Ot.~ nhecermos suas componentes horizontal e vertical. A componente horimn-
tal 6 dada por A7, ou seja, vale 6 BH = 16 mm, da esquerda para direita
A componente vertical 6 obtida a partir d o estado de carrega
mento da Fig. 1-99 e vale:

Fig. 1-98

A Fig. 1-99

No caso, alem de calcularmos as deformações Ai de todas as


barras, devidas aos esforços normais Ni nelas atuantes, precisamos calcular 6sv=\9='[4x4(~t2x j ) t 4 y r i - x 4 \ 2~ f i l ?t ~
previamente o deslocamento do nó B (ou do n6 E) para termos conheci- 1O" 3
dos os deslocamentos de dois nós A e B (ou A e E), condição necessária
para podermos iniciar o traçado do williot. Temos, então: t- 6) + 3
2 x 4 Y. 41 = 77.2 mm (de cima para baixo)
78 CWO & x3lUíb estmhiral Cglculo de defornações em estruturas isostdticas 79

c) Traçado do williot
mação e o segundo a causa que a provocou:
Conhecidos os deslocamentos dos nós A e B, obtemos o williot
da Fin. 1.100, que resolve o problema.
I
(?jk;.conforme a indexação adotada, indica a deformação. na direção da
carga Pk devida ao carregamento Pi).
Tomando, agora, para a mesma estrutura, Pk como estado de
deformação e P; como estado de carregamento,, temos:

( tjik indica a deformação, na direção da carga Pi,devida ao carregame*


to Pk ).
Igualando as duas expressóes, obtemos:
zP;G;k = ZPk 6ki (1-9), que é a expressáo do teorema de
Betti, que nos diz:
"O trabalho virtual produzido por um sistema de forças em
equilíbrio, quando se desloca devido às deformaçõespoduzidas
por um outro sistema de forças em equilíbrio, é igual ao tra-
balho virtual produzido por este segundo sistema de forças
quando se desloca devido As deformaçóes produzidas pelo pri-
meiro sistema".

Fig. 1-100 - Erala do.williot: 1:l


4.2 - Teorema de MaxweU
Os deslocamentos dos nós B, C. D. E,. F, da treliça, dados em
direção, sentido e mbdulo pelos vetores o$ ocf oee do williot, Fazendo, no caso do Teorema de Betti, com queP; e Pk sejam
têm estes módulos iguais
. a 7.9 cm; 8,4 cm; 4,8 cm; 8,4 cm e 7,9 cm. uma única força (ou momento) unitária, teremos:
Como ve"fícaçXo do wiUiot, vemos que o vetor od é horizontal,
o que tem que ocorrer, levando em conta que o apoio do 1.0 genero
existente em D impede qualquer deslocamento vertical deste ponto. A pos- expressão do teorema de Maxwell, que nos diz:
sibilidade de efetuarmos esta verificação é devida, evidentemente, ao fato
de termos feito o cálculo prévio do deslocamento de um nó da treliça "O deslocamento de um ponto na direção de um esforço uni-
(para podermos iniciar o traçado d o williot). tário, provocado por um segundo esforço unitário, é igual ao
deslocamento do ponto de aplicação do segundo esforço. em
4 - Teoremas complementares sua direção, devido à aplicação do primeiro esforço unitário".

4.1 - Teorema de Betti


Seja uma estrutura qualquer, para a qual um grupo de cargas
O esf01~0a que se refere o teorema pode ser, evidentemente,
uma força ou um momento.
P; constitui o estado de deformação e outro grupo de cargas Pk constitui
O estado de carregamento.

Aplicando o teorema dos trabalhos virtuais, temos, indexando Os exemplos das Figs. 1-101 e 1-102 ilustram a aplicação do
as deformaçóes com dois índices, o primeiro indicando o local da defor- teorema de Maxwell.
a d o de deformações em estruturas isostáticas 81

. ,
lpi = 1
'. . ,1
Eri. <ar.*
A k A A Esl. carr.

reaç6es) e das forças internas (esforços simples). Calculemos estes tra-


balhos.
Fig. 1-101
Pelo teorema de MaxweU, temos a) Trabalho das forças externas:
= 6ik
O trabalho realizado por uma carga Pi que, por ser está-
tica, apresenta um diagrama (carga x deformação) w m o o da Fig. 1-104,
vale:

Fig. 1-104

1-102.1 1-1022
Fig. 1-102
Pelo teorema de Maxwell: hik = 6 ki

Observação: A aplicação d o teorema de Maxwell será de importância fun-


damental no estudo das linhas de influencia em estruturas hiperestáti-
cas, bem como para provar a simetria da matriz de flexibilidade das estru-
turas hiperestáticas, conforme se verá no cap. I1 deste volume.
I OU seja:

O tmbalho realizado por um esforp que cresce miformemenfe


desde zero até seu valor final (o mesmo acontecendo com a deform@o
Por ele prOwcada) vale a metade do produto dos valores f[nnis do esforço
4.3 - Teoremas de Castigliano (Trabalho real de deformação) Pelo deformação que ele provocou. Esta conclusão 6 atribuida a Clapeyron ,
I costumando a igualdade 1-11 ser conhecida como teorema de Clapeyron.
Seja a estmtura da Fig. 1-103, carregada com as cargas estãti.
Cas Pi (cargas cujos valores crescem uniformemente desde zero até os valores Como estamos no regime linear e vale o principio da superposi-
maximos P i ) Em se tratando de uma estrutura elistica, ela se defor- de efeitos, o trabalho das cargas externas P1, ..., 5,..., P, valerá:
I n
mará, adquirindo a wnfiguraçáo indicada em tracejado na figura. Como
estamos no regime elástico, a wndição de equilíbrio energitico do sis-
tema implicará na igualdade dos trabaihos das forças externas (cargas e
82 Curso de anãlise estmtural

b) Trabalho das forças internas (energia real de deformação I A demonstração é tamb6m imediata:
da estrutura).
Conforme sabemos, será o trabalho realizado pelos esforços
simples. No caso (estrutura plana), os esforços simples M. N, Q acarretam
deformações relativas em suas direções, de duas seções distantes de ds Observaç5es:
iguais a
1.a) Nos casos práticos, quando da avaliação da energia real de deforma-
ção, podem ser feitas as mesmas simplificações mencionadas na ob-
servação 1-2 deste capitulo a respeito da aplicação d o teorema dos
trabalhos virtuais:
Como as cargas são estáticas, também os esforços que elas 2.a) O 1.O teorema de Castigliano, convenientemente explorado, permite
provocam o são e podemos escrever que a energia (ou trabalho) real de o cáiculo de deformações em estruturas devidas a carregamento ex-
deformaçãõ de um elemento de comprimento ds de estrutura vale: terno, conforme ilustrarão as aplicações a seguir. Não permite, entre-
I I
tanto, o cálculo de deformações devidas a variações térnucas, recalques de
dW = 2 MdV + - N Ads + L Q dh (pelo teorema de Clapey ron) apoio ou niodificações impostas a barras da estrutura durante a montagem
2 2 Por esta razáo é que apresentamos este capítulo dando êrifase maior ao
A energia real da deformação da estrutura será, entáo: teorema dos trabalhos virtuais, por ser ele inteiramente geral.

Ex. 1-34 - Calcular o deslocamento vertical do ponto R da viga


da Figl 1-105 que teni rigidez t'/ constante.

No caso de uma estrutura no espaço, teriamos também o tra-


balho da torção, e a expressão da energia real de deformação, em sua for-
ma mais geral, se escreverá:

De posse das expresshs (1-12) e (I-13), podemos instituir os


dois teoremas de Castigliano, que são enunciados da maneira seguinte:

1.O Teorema:
'X derivada parcial da energia real de deformação em relação
a uma das cargas aplicadas é igual a d e f o r m o eiústica segundo
a direção desta auga':
A demonstração C imediata: A energia real de deformação: desprezandese a influência do
Temos: trabalho devido ao esforço cortante vale:

w =
2 I'
0
fPx)*7 dw -
EJ
$2
6EJ
Temos, então:
2.O Teorema:
"A deriva& parcial da enegio real de deformapio em relação
a deformação elástica segundo a direp-o de uma das cagas
aplicadas é igual ao d o r desta caga':
84 Cum de an5ise estrutural CBlcnio de defornações em estruturas isostáticas 85

Ex. 1-35 - Calcular o deslocamento vertical do ponto C da grelha Ex. 1-36 - Calcular a rotação da tangente à elástica em B para
da Fig. 1-106, que tem rigidez à flexáo A7 e rigidez a viga da Fig. 1-107.
à torção GJ
t' .

Fig. 1.107

Fig. 1-106

Não havendo carga aplicada na direção da deformação que de-


sejamos calcular (o que é indispensável, caso desejemos empregar o 1.0
teorema de Castigliano), aplicaremos uma carga moniento fictícia M emB,
desenvolveremos todos os cálculos e, no fim do'probleina (após termosde-
rivado a energia real de deformação em relação a M), igualaremos a zero
a carga M acrescentada. Temos, então:

A energia real, de deformação, desprezando-se a influência d o


trabalho devido ao esforço cortante, vale:

Fazendo, agora M = 0, obtemos finalmente:

O tipo de procedimento adotado neste exemplo é geral, isto é, sempre


Temos: que desejamos calcular, mediante o emprego d o 1 .O Teorema de Castigliano,
aw P I ~( 2 + 3 - EJ
) uma deformação que não seja na direção de uma dai cargas aplicadas à
3EJ estmtura, criaremos uma carga fictícia, correspondendo ao ponto e à direção
em que desejamos calcular a deformação, efetuaremos todos os cálculos
e, após termos feito a derivação parcial, igualaremos esta carga fictícia a
zero, obtendo a solução d o problema.
86

4.4
Cuno de análise estmtural

- Regra de Mdler - Bwslau (Metodo cineniático para o traçado dc


Cglcuio & &formações em estruturas isostátiess

Aplicando o teorema dos trabalhos virtuais, temos:


87
I
linlias de influência) -
trabalho virtual das forças externas = I x 6 1 x VA
trabalho virtual das forças internas = zero (a estrutura tornou-
Enunciaremos, inicialmente, a regra, demonstrando-a a seguir. se uma cadeia cinemática; livre, portanto à deformação).
"Para se traçar a linha de influencia de uin efeito estático E Igualandose vem: 6 = VA ,o que quer dizer que uma ordena-
(esforço ou reação), procede-se da seguinte forma: da ger16rica da figura deformada obtida representa o valor da reação de
a) rompe-se o vinculo capaz de transmitir o efeito I.:, cuja linlia apoio em A produzida por uma carga unitária sobre aquela seção genéricq
de influencia se deseja determinar; o que corresponde exatamente à definição de linha de influênciae demons
tra, então, a proposiçáo.
b) na secção onde atua E, atribui-se à estrutura, no sen-
tido oposto ao de E positivo, uma deformação (absoluta, no
caso de reação de apoio ou relativa, no caso de esforço sim- a) Sendo a estrutura dada isostática, após a rutura do vínculo transforma-
ples) unitária, que seri tratada como pequena deformação; se numa cadeia cinemática, cuja deformada é uma linha poligonal q u e
c ) a elástica obtida é a linha de influência de E.'' brada, nos casos mais gerais. Isto demonsna quc as linhas de influência
de esforços simples e reaçóes de apoio em estruturas isostáticassãosem-
pre constituídas por segmentos de reta, nos casos mais gerais.
b) A mençáo feita, no enunciado da regra, a uma deformação unitária
Demonstraremos para um caso particular, embora a demonstra.
ção seja absolutanlente idêntica para qualquer outro caso:
Seja a viga da Fig. 1-108, para a qual desejamos conhecer a
I constitui uma pequena falha teórica no enunciado (pois o teorema dos
trabalhos virtuais só é válido no regime das pequenas deformações), mas
que não acarreta erro algum nas conclusões. conforme veremos a seguir:
linha de influencia de reação de apoio em A. Suponhamos seja atribuido ao ponto A da viga de que t r a t a m u m
deslocamento virtual igual a ,sendo n um número tal que o torne um
n
pequeno deslocamento. A aplicação (plena) do teorema dos trabalhos vir-
tuais nos forneceria VA = n 6 , ou seja, deveríamos dar uma deformação
igual a 1 e, a seguir, multiplicar as ordenadas da figura deformada por n.
n
Tudo se passará, então, como se tivéssemos dado uma defomçãounitária,
tratada como pequena deformação. Por esta razão, a regra esta enunciada
Rompendo-se o vínculo que transmite VA e, atribuindose à desta forma, tornando sua aplicação mais prática.'
viga assim obtida uma deformação virtual unitária oposta ao sentido de C) O espírito da regra de Muller-Breslau também se aplica às estruturas hi-
VA positivo, conforme indica a Fig. 1-109, obtemos uma estrutura hipos- perestáticas, confonne poderá ver o leitor no cap. I1 deste volume.
tática, mas que, submetida a uma força VA tal que equilibre P = 1 e As aplicaçúes seguintes esclarecem.
Vg (e, portanto, igual ao valor da reação vertical em A produzida por Ex. 1-37 - Traçar as iinhas de influência das reações de apoio
P = 1), está equilibrada.
em A e C para a viga da Fig. 1-110.
A
u
B
__- i
- q,-
e
I

'-- -
-- t
I
I lII-
I_
Fip. 1-109
Fip. 1-110
88 Curso de d i s e estrutural 89
Cálculo de defomiaçõcs em estruturas hstáticas
Seguindo, passo a passo, a regra de Muller-Breslau, obtenios as
Ex. 1-39 - Traçar a linha de influéncia de momento fletor na
linhas de influincia desenhadas na Fig. 1-1 1 1 . seção S para a viga da Fig. 1-114.
A S B
-A Fig. 1.114

Seguindo a regra de MuUer-Breslau, obtemos a linhade influên-


cia indicada na Fig. 1-115.

, Fip. 1.115

Fig. 1.111 Obsevapo:


Como a deformação unitária deve ser tratada como pequena deformação
- - A (ver o b ~ a ç á ob), podemos confundir a corda AC com o arco e temos,
então, AC = x , o que justitica traçado da Fig. 1-115.
Ex. 1-38 - Traçar a linha de influência de esforço cortante na
seção S da viga da Fig. 1-112. I 5 - Exercícios propostos

AA
S

-
A
B
Fip. 1-112
I 5.1 - Calcular, para a estrutura da Fig. 1-116, que tem rigidez cons-
tante e igual a 104 tm2:

Sabemos, pela regra de Midler-Breslau, que devemos dar um


deslocamento unitário (relativo) no sentido oposto ao de e,(+).Como
o deslocamento 6 somente na direção de e,, (não devendo haver rotação
relativa), os dois trechos da linha de influência devem ser paralelos, o que
justifica a construção da Fig. 1-113.
0 1 -1
\C i: Fig. 1-116

* a) rotação relativa das tangentes à elástica em C


Fip. 1-113
'I *
t l!*
C
b) deslocamento horiwntal de D;
c) deslocamento vertical de B.
C ~ i s ode análise estmtura] GUcuio de deformações em estmtum isost6ticar 91

5.2 - Calcular o afundamento do ponto D da grelha da Fig. 1.117, a) deslocamento horizontal de A;


cujas barras fomam, em todos os 116s. ân,ylos de 900 e t6m b) deslocamento vertical de E.
Dado: EJ, = 2 x 104 tm2

5.5. - Para a estrutura da Fig. 1-120, pedem-se:

a) devido ao carregamento atuante, obter:


a l ) rotação do nó E;
a.2) variação d o comprimento da corda EF;
I Fio. 1-1 17 b) devido a uma diminuição uniforme de 30 OC, calcular a de-
formação mencionada em a2
Dados: or= I O - ~ / ~W
C = 2 x 104 tm2 (todas as barras)

5.6 - Para a estrutura da Fig. I-12l,.pede-se:


5.3 - Empregando, diretamente, a fónnula de Vereschaguin, obter
a rotação da tangente à elástica em B para a viga da Fig. 1-118, que tem a) para o carregamento indicado, calcular
rigidez W (constante). variaçáo da corda AD;

+I p P
4
I
AB
-
a.2) deslocamento vertical de H;
b) calcular o deslocamento horizontal de A para:
b.1) aumento uniforme de temperatura de 30OC;
b.2) recalques verticais, de cima para baixo, de 2 cm dos
Fig. 1-118
apoios B e C.
a + a +
5.4 - Para a estrutura da Fig. 1-119, calcular: Dados: W = 2 x 104 tm2 (todas as barras)
a = 1Crs/oc

3tim
r r r r r r r r ~ ~ r ~ . r j

4- Irn
_k- 4m -k- 4m + -+ + 4m 4m 4m -A
Fia. 1.121
5.7- As barras horizontais da estrutura da Fig. 1-122 são misulas
I CAculo de deformações em estruturas isost4ticas

Desprezar o trabalho do quadro ao esforço normal, computan-


93
I
parabólicas com Jdn= J, e Jmix= SJ,. Sabendo-se que, quando do para este fim apenas a influência do tirante.
a estrutura é submetida a um aumento uniforme de 300C, o desloca-
mento horizontal do ponto B é de 3 mm, para a direita, pede-se c$. 5.9 - Calcular os deslocamentos verticais no meio do váo e na
cular o deslocamento vertical do ponto M devido à atuaçáo, unicammte, ponta dos balanços para a viga da Fig. 1-124, cujas misulas são parabóli-
do carregameiito indicado. cas com Jmin= Jc e Jmax= lWc. É dado EJ, = 104 tm2
Dados: EJc = 104 tm2 ; a = ~ u ~. / ~ c
1tlm

5.10 - Calcular que variação de comprimento 6 ' deve ser dada às


barras 1 e 2 da treliça da Fig. 1-125 durante a montagem para que, quan-
Fig. 1-122 do atuar o carregamento indicado, os pontos A. B. D. E fiquem alinhados.
5.8 - Calcular a rotaçso da tangente à elástica em A para o quadro
atirantado da Fig. 1-123, cujas barras verticais têm J = Jc e cuja barra

+ 2m+ 2m +2m +2m+


ES = lo4t (constante)

5.11 - Calcular, para a estrutura da Fig. 1-126, que encurtamentos


prévios devem ser dados aos tirantes para que, quando atuar o canegamen-
Fip. 1.123 to indicado, os pontos D, E. permaneçam I m acima de A. 8, C
Obs: Desprezar efeitos do esforço normal no quadro.
Dados: (EJ)quadro = 2 x 103 tm2 ; (ESltirante= 103 t

curva tem J = -
Jm , sendo Jm = 25,. SXo dados:
COS '#

(W,)quadro = 104 tm2


(ES) tirante = 5 x 103 t.
94 CUROde anáiise estrutural Cálculo de & f o m a ~ ó e s em estnituns irost6ticas 95

5.12 - Calcular os deslocamentos verticais dos pontos A das vigas-


balcão circulares, das Figs. 1-127 e 1-128, com seção transversal circular, 5.15 - O interior do quadro da figura 1-131, cujas barras têm altura h,
módulo de elasticidade E e coeficiente de Poisson igual a l/m. sofre um auriiento de temperatura de t OC, mantendo-se constante a tempera
tura externa. Sendo a o coeficiente de dilatação linear do material, pedem.se:

. a) rotaçáo relativa das tangentes ê elástica em B;


b) deslocamento horizontal de C.
R

Fig. 1-127 A Fig. 1-128


F i g 1-73?

5.13 - As fibras superiores da estrutura da Fig 1.129 sofrem um


aumento de temperatura de 30 OC em relação a o dia de sua execução. Sen-
d o a seção retangular, com 0,s m de altura, pede-se o deslocamento hori-
zontal de B. É dado: a = ~ O - ~ I O C . I
5.16 - Sendo "m" uma carga momento fletor uniformemente distribuí-
da ao longo das vigas. de inércia constante, das figuras I-132-a e I-132.b, pe-
dem-se os deslocamentos verticais das seções S indicadas. São dados: E, J. m

Fig. 1-129
B
1.132-b
1.132.~ Fig. 1-132
5.17 - Para o quadro da figura 1-133, as barras@@são encurtadas de
5.14 - Para a estrutura da Fig. 1-130, a temperatura no interior da I 2 cm. Pedem-se:
parte circular, de seção transversal retangular de altura h e coeficiente de
dilatação linear u sofre um aumento de toC, mantendese constante a a) deslocamento horizontal de A ;
temperatura externa. Pedem-se: h) rotaçáo relativa em Bdas tangentes à elástica das barras@@
a) variaçfío da corda CD;
I
b) rotação relativa das tangentes à elástica em A.
A

Fig. 1.133
I
Cdledo de deformações em estruturas iswtiticas 97

5.18 -Para o quadroespacial da figura 1-134, cujas barras tem seçãocir. 5.20 - Calcular a rotação da tangente a elástica em C. empregando
cular com inércia ê flexão de 0,0Sm4, pedem-se: 1 o processo de Mo&, para a viga da Fig. 1-136 ( J = constante).
a) rotação da corda BC nos planosxy e xz; i Dados: M. E, J, a, I
b) deslocamento de B na direçáo z.

Fip. 1-136

5.21 - Obter a equação da elástica de uma viga biapoiada de rigi-


dez EJ e váo I, submetida a um carregamento uniformemente distribuído
"q" (EJ= constante)

5.22 - Para a viga da Fig. 1-137, que tem rigidez igual a 104tm2,
pedem-se:
a) rotações da tangente à elástica em B e D;
b) deslocamentos verticais em A, C, E.

5.19 - Empregando o processo de Molir, obter, para a viga da figu-


ra 1-135:
a) equação da elástica; 5.23 - Empregando o processo de Mohr, obter os diagramas solici-
tantes para a viga de in6rcia constante da Fig. 1.138.
b) flecha máxima;
c) rotação da tangente à elástica em B.
Dado: EJ= constante

+ 117.
I 5.24 -
-+ I12
Idem, para a da Fig. 1.139..
-r-

I
I
-
n t, Fip. 1-139

-+a -1.-
Cglailo & &fornações em estmtums isostútitieap
98 curso de wsuw e ~ t ~ t u i a l i 99

5.25 - Obter os diagramas de momentos flctores para as vigas das


5.28 - Idem, para a treliça da Fí& 1-147, devidos às mesmas causa.
figuras1.140 a 1.142, que têm rigidez constante W.quando forem subme-
tidas aos recalques angulares 8 indicados.

Fig. 1-140 Fig. 1-141 Fig. 1-142


,
,e .e
I-:
9
.<.
-; ,9,
,.r
1
5; I I I

u 3'
i
-
< , . (
I

Fig. 1-147

5.26 - Idem, para as das Figs. 1-143 a 1-145 quando sofrerem os

-
1 5.29 - Empregando o teorem de Costigiinno, calcular o desloca
recalques verticais p indicados. mento horizontal relativo das extremidades A e B d o anel circular aber-
i Fig. 1-143 Fig. 1-144 Fig. 1-145
to da Fik 1-148 (Desprezar efeitos da força normal.)
Dados: P. R. E. J (constante).

o r l p PI IP o I ~
I -+-I---+ - & l t I + - I + - C l + l +

5.27 - Empregando o proeesso de WiUiot, calcular os deslocamentos


dos nós E e G. da treliqa da Fig. 1.146, que tem ES = 5 x 103 t para
todas as barras e oi = IO.~/OC,devidos a cada uma das causas seguintes:
I
I
5.30 - Empregando o teorema de Castigliano, calcular o deslwa-
mento horizontal d o ponto B do quadm da Fig. 1-149, cujas barras têm
rigidez EJ, constante.
Fig. 1.146

a) carregamento indicado;
b) aumento uniforme dc temperatura de 3 0 OC;
c) recaique vertical, de cima para baixo, do apoio B, igual a 2 cm.
I
I 100 Cuno de anYise estrutural
I . Cdleulo de defonna$ões em estruturas isostátiras 101 I
6 - Respostas dos problemas propostos

a) 2,93 mm (-*I ; b) 3.71 mm (1)


a.1) 7 . 5 ~ rad (tl);a,?) 13,2 mm (aumento):
b) 5,4 mm (encurtamento)
a.l) 3,84 cmfaumento) ;a.2) I ,6 mm ( f ) :
b.1) 4,8 mm(+) : b.2) 2 cm (e)
1,07 cm (4)
1 . 4 6 ~10-3 rad (n)
a) 0,98 cm (4) ;b) 0,17 mm (t)
Alongamento de 1,94 mm
Encurtamento de 2,14 mm

4EJ m
- ]
(371 8) (C)

4.2 ,rn (+I


-

a) aumento de <r t R ( I + )
b) zero

5.17 - a) 2 6 c m (+) ;b) f l x IO-:' rad (o )


5.1 8 - a) 0.21 x 1O-' rad (12);0,33 x 1
t
rad (( )
b) 1 mm (4)

5.22 - a) 0.133 x rad


b) 0,67 mm ( f ) ;zero ; 0,67 mm (L )
102 Curso de análise estrutural 103
a
nil
o& &formafõsem estmtunis isosiatia

C) P~~ = 2 o m m ( ~ ) ;pEH=15mm(+); ~ ~ ~ = 1 0 m m í L ) ;
pGH= 30 mm (-+)

5,28 - componentesverticais e horizontais dos deslocamentos valem,


em cada caso:

a) ~ ~ ~ = 3 4 , 6 m r n ( L ) ; ~ ~ ~ = 6 , 4 m m ( - f ) ; ~ ~ ~ = 1 7 , 3 m m (
pGH = 0

b)pEv=0,6mm(t); pEH=1,8mm(+); pGV=0,6mm(t);

pGH = 3,O mm (+)

C) pFV= 10mm(&); ~ ~ ~ = 3 , 3 m m ( - + ) ; ~ ~ ~ = ~ 6 , 7 m m ( + ) ;

pGH = 3.3 mm (+)

5.29 - -"
Abertura de 3nPK
EJ

5.27 - As componentes verticais e horizontais dos deslocamentos valem,


em cada caso:
i
i?

CAPITULO li - HIPERESTATICA - O METODO DAS FORCAS Hipc&6tica -O d t o d 0 das forps g' ' 105

reações de apoio e seus esforços simples, 0 grau hiperestático total do uma


1 - htrodii@o - Determinação d o grau hiperestático
(x) 6 a soma de seus graus hiperestáticos externo (&) e
1.1 - Hiperestaticidade externa II interno lgi).
Seja a estrutura da Fig. 11-1, que possui 5 reações de apoio a
determinar. Para tal. dispomos, no caso, das três equaçúes universais da
I g = Be + 8i (11.1)

Estática no plano e de mais uma (momento fletor nulo em E). Temos,


portanto, cinco incógnitas e quatro equações para determiná-las. Existe, 1.4 - Aplicaçk
então, deficiência de uma equaçso para resolver o problema do cálculo Obter o grau hiperestático g das estruturas a seguir:
das reações de apoio. Esta deficiência é chamada grau hiperestático ex.
terno da estrutura que é, pois, igual ao número de equações suplemen- a) Quadros planos
tares necessárias ao cilculo das reações de apoio da estrutura Fig. 11-4

C.

4\. 1'9 = g e X t = 2 &-


r; n\

Fip 11-1
Fig. 11.2
1.2 - Hiperestaticidade interna
Seja, agora, a estrutura da Fig Ib2, cujas reações de apoio
são de imediata obtenção a partir das equações universais da Estática.
Isto não significa, entretanto. que a estrutura esteja resolvida pois que
o simples conhecimento das reações de apoio, não nos habilita a traçar
seus diagramas solicitantes pelo fato de ser uma estrutura fechada e não
sabermos quais são as forças da esquerda e quais as da direita. Seria
necessário "abrir" a estrutura, isto é, romper-lhe uma seção; para tal,
necessitaríamos conhecer os esforços simples atuantes nesta seção para
podermos aplicá-los, após rompê-la, na estrutura assim obtida, preservan-
do, desta forma. a igualdade estática da nova estrutura "aberta" com a
primitiva
I
Para a determinação desses esforços não possuímos equaçw
suplementares da Estática e, sendo assim, a estrutura em questão tem
um grau hiperestático interno igual a 3.
Portanto, grau hiperesiátim interno de uma estrutura é o nú-
mero de esforços simples cujo conhecimento nos possibilita traçar os d i a 6 tirante
gramas solicitantes para a estrutura, conhecidas suas reações de apoio. O O
I
1.3 -Hiperesiatiadade total a = ggxt + gint '1 + 1 = 2
Evidentemente, como resdver uma estrutura é conhecer suas
Fip. 11-9

Fia. 11-10 g = 5 x 3 x 3 = 45
106 Curso de anáiise estrutuml Hiperrststica - .cmétodo das f o r p s 107

Obsermção: Nenhuma alteração d o ponto de vista estático ocorrera se


Notar que, para o quadro da Fig. 11-10. a forma mais fácil de determi. encararmos a estrutura sob a forma indicada n a Fig. 11-17:
nar seu grau hiperestático total g é rompê-lo pelas seçóes Sl, S2. e S3, I Na passagem da Fig. 11-16 para a Fig. 11-17, rompemos uma
que interceptam um total de 5 x 3 = I5 seçóes suas, transformando-o
em três quadros isostáticos engastados e livres. Sendo assim, seu grau t,j. quantidade de vínculos tal (no caso, 3) que transformasse a estrutura
perestátito é g = 3 X 15 = 45.
b) Treliças planas:

Fip. 11-16 - Estrutura hipaenátka a rsrolver

dada numa estnitura isostática à qual chamamos sistema principal' e, para


Fig; 11-11 Fip. 11-12
preservar a compatibilidade estática, introduzimos os esforços (no caso,
X,, X?, X3) existentes nos vinculos rompidos, que continuam sendo

C) Grelhas:
Fig. 11-13 Fip. 11-14 Fip. 11.15

Fig. 11-1 7 - Sirtma principal e hiperest4tico


as incógnitas d o problema, e cuja determinação implicará na resolução
da estrutura Por esta razão, chamamos a esses esforços de hiperestáticos
Observaçüo: Pensem s, agora, na compatibilidade de deformaçóeí:
Para a esttutura da Fig. 11-15 representamos apenas, os apoios perpendi- ?
çulares a seu plano, que sáo os que funcionam. no seu trabalho w m o Evidentemente, para cada vinculo rompido, na passagem d a e s
grelha. trutura dada (Fig. 11-16) para o sistema principal (Fig. 11-17). liberamos
uma dcformaçáo que não existe, de modo que devemos impor, à estru-
2 - O mbtodo das f o v s ' tura d o sistema principal, a condição de serem nulos os deslocamentos
I
nas direçks dos hiperestátiços.
2.1 - As bases d o método
L
(NO caso, devemos ter na Fig. 11.17: rotação em A; rotação e
Seja a estrutura da Fig. 11-16. três vezes hiperestatica, que deslocamento horizontal de B iguais a zero.)
desqamos resolver:

1 Também chamado método dor esforços e método da flexibilidade. Estas duas


outras denominaçóes $%o, até, mais próprias dentro do esplrito do método. mas
-
*
Com isso, para cada incógnita Xi da Fig. 11-17, temos uma

C o n @ m veremos no Vol. I11 deste Cuno o sistema não ~ I e c i s a%r


necesfanamentc isostático. podendo, cm detarkinado, e a ~ o r . ur útil trabalhar com
optamos pela denominasão "método das forças" por tradi$ão histórica um SIitema principal hipcrestátira.
108 Curso de análise estrutural Hipem&tica -o método das f o r ç a 109

equação dizendo que o deslocamento na direção de Xi é nulo. O pro- Assim, devemos ter, indexando as deformaç6es indicadas na
blema está, então, resolvido e podemos afirniar que a resolução de uma es- Fig. 11-18 eom dois índices. o primeiro d o qual se refere ao local e o
trutura n vezes hipcrestática recairá na resoluçáo de um sistema n x ,,, segundo à causa da deformação3, temos:
em que cada equação exprimirá a condição de ser nulo o deslocamento
na direção de cada um dos hipcrestáticos. RotaçãoemA=O ...
. . . . . . . 6~0+611XI+61ZX2+613X3=0
Poderíamos, é claro, impor estas condiçaes diretamente sobre RotaçãoemB= O . .. . . . .. . . 620 + 6 2 1 X I + S22X2 + 623X3=0
a Fig. 11-17, mas será mais simples. para a manipulação algébrica d o
problema, empregar o princípio da superposição de efeitos da forma in- ~ ~ s l o c a m e nhorizontal
to emB= O .[ 630 + 631XI + 632X2 + 833x3 = O
dicada na Fig. 11-18, em que separamos o efeito do carregamento exter-
no e 0 de cada um dos hiperestáticos; no desconhecimento dos valores A solução d o sistema anterior, que 6 o sistema de equações
corretos destes. arbitramos um valor qualquer para cada um deles (no caso, de compatibilidade elástica do sistema principal com a estrutura hiperes-
por simplicidade. arbitramos valores unitários, embora pudessem ser valores tática, nos fornece os valores dos hiperestáticos, a partir dos quais pode-
quaisquer) e esses valores devem ser multiplicados pelos fatores-escala mos obter os esforços atuantes na estrutura.
X 1, X 2. X, 3 tais que façam que os deslocamentos finais nas direçaes dos
hiperestat~cossejam nulos. 2.2 - Observações
a) Vejamos qual a forma de o b t e n d o dos coeficientes 6 do
sistema de equaçoes que conduz 20 cálculo dos Iuperestiticm:
Sistema principal com Seja, por exemplo. obter 623 que, sabemos, é a deformação
carregamento externo e
I .
hiperestáticos X,. . . Xn
na direçáo do hiperestático X2 (ou seja, rotação da tangente à elástica.
no sistema principal, em B) devida à aplicação de X3 = 1. Como se trata
d o cá!culo de uma deformação numa estrutura isostática, temos:
Estado de carregamento: dado pela aplicaçáo de X, = I
sistema principal.
-
no

Estado de deformação: dado pela aplicação de X3 = I no


sistema principal.

Por conseguinte, a23


resultará da combiriaçáo dos diagramas
trapdos, no sistema principal, para X2 = 1 e para X3 = 1.
Analogamente, um 6i0 resultará da combinação dos diagramas,
no sistema principal, devidos à aplicação do carregamento externo e do
hiperestático Xi = I.\
Podemos, então, escrever:
6ii = Combinação dos diagramas resultantes da aplicação dos hiperestá-
ticos Xi e Xi no sistema principal, com os valores arbitrados.
SiO= Combinação dos diagramas resultantes da aplicação docarregamen-
t o externo e d o hiperestático xi
(com o valor arbitrado) no sis-
tema principal.

=[ Sistema principal
com
]
carregamento externo +
"
2 Chi,c0
Sistema principal

i].
Nota:
0 s diagramas a combinar São, evidentemente, aqueles que influenciam no
d c u l o da deformaçáo 6 de~ejada,confomeestudado no cap I deste volume.

Fim 11-18 3 O canegamento externo será simbolizado por O.


Hipernt6tica - o método das forças 111 1
b) No caso de querermos resolver uma estrutura hiperest5tica
para uma variaçáo de temperatura, para recalques de apoio ou para mo-
dificações de comprimento impostas durante a montagem, teremos t ã e
somente que substituir os 6i0 (deformações, no sistema principal, na di.
reçáo dos hiperestaticos Xi devidas à atuação d o agente extemo deformam

C,
.
te, no caso da Fig. 11.18, o carregamento externo) pelos Sit 6* ou
(deformações, no sistema principal, na direção dos hiperestaticos
Xi, devidas a atuação do agente extemo deformante, no caso, variaçáo de Sob forma mais compacta, vem:
temperatura, recalques de apoio ou modificações de comprimentoimpostas
durante a montagem).
Os valores de 6it, 6y ou 6,. em se tratando de deforma- Ao vetor { 6 O 1 , onde a influencia d o carregamento externo
ções em estrutura isosthtica, são de imediata obtenção a partir d o que se faz sentir, chamamos vetor dos termos de carga.
se estudou no cap. I, sendo dados por:
à matriz [ 6 1, quadrada, simétrica ( &i. = 6.., li a partir
do teorema de Maxwell). chamamos niatriz de flexibifidade da estrutura
Esta denominação foi dada levando-se em conta que a matriz 1 6 ] é
aquela que transforma os hiperestáticos (esforços) { X } nas deformações
que eles provocam 1 6 1 { X }.
Note-se bem, que a matriz [ E ] independecomplet?mente da
6i,,, = 2 ( Ni x modificações de comprimento correspondentes.) solicitação externa, sendo função apenas d o sistema principal adotado.
(114) Ao vetor {X} chamamos vetor dos hiperestáticos.
(Os esforços e reaçóes com índice i são, evidentemente aque- A solução da equação matricial é, evidentemente, dada pela
les obtidos quando aplicamos o hiperestático Xi , no sistema principal, com equação 11-6, em que [ P ] é a matriz inversa da matriz de flexibilidade.
o valor arbitrado inicialmente.') e é chamada matriz de rigidez da estrutura, sendo também quadrada e
simétrica.
C) Como, quando combinamos diagramas de momentos fleto- v
res, obtemos os EJc6 ao invés dos 6 , temos: 1x1 = - [si-'{ao} = - [PI (11-6)
- no caso de resoluçáo de estruturas hiperestiticas para atua- Notas:
ção de carregamento externo, podemos substituir os 6i0 e 6~ pelos 1) Se, em vez de termos carregamento externo, tivermos variação de tem-
Wc6i0 e EJ, 6ii (pois que um sistema de equações não se altera se
peratura, recalques ou modificações de montagem, basta substituir o
multiplicamos ambos os membros por H,,e o segundo membro é nulo) ; vetor \
- no caso de resolução de estruturas hiperestáticas para ama-
ção de variação de temperatura, recalques de apoio ou modificações de {60) por {6t} . {Sr} ou {6,}em(11.6).
comprimento durante a montagem, podemos substituir os S . . pelos 2) Se estivermos resolvendo uma estrutura hiperestática para um único
11
carregamento, será indiferente obter os valores dos hiperestáticos por
EJ, Bii, desde que multipliquemos os 6il, OU 6im por E&. resolução direta d o sistema de equações ou a partir da inversão da
matriz de flexibilidade. Se, entretanto, tivermos vários CarIegamentOSa
d) Escrevendo o sistema de equações que resolve v problema, considerar, o procedimento matricial ( { X = - [P I { 6 0 } ) será
sob forma matricial, temos: muito mais vantajoso.
e) (h esforços finais na estrutura hiperestática são obtidos em-
pregando-se o principio da superposição de efeitos (V. Fig. 1-18), da ex+
ptessáo:
-

Valor este que náo precisa ser uni&to. E = E. + EiXi (11-7)


112 Curso de anáiise estrutural

em que: 50) Traçado dos diagrainas no sistema principal;


E. : esforço no sistema principal, provocado pelo agente. so. 1 3.0) Obtenção dos EJc 6 ;
licitante externo;
Ei : esforço no sistema principal provocado pela aplicação do
hiperestático Xi com o valor inicialmente arbitrado;
4.0)
5.0)
6.0)
Obtenção dos hiperestáticos ( t X }
Obtençáo dos efeitos finais (E = E. + ZEiXi)
-
Formulação do sistema de equações de compatibilidade elástica;
-
[ b 1 { 60 } )
xi : valor obtido para o hiperestitico, a partir da resoluqào '. \
direta d o sistema de equaqões de compatibilidade elásti.
ca ou da equação matricial (11.6).
Nota: i! Ex. Ir-1 - Obter os diagramas solicitantes e as reaçóes de apoio
N a mos de variação de temperatura, recalques de apoio e modificaqões para a estrutura da Fig. 11-19.1, devidos a cada um
durante a montagem. a expressão desta observação se simplifica para dos agentes discriminados a seguir:
E = 2 E i Xi pois, nesses casos, temos E. = O.

f) Evidcntcmente, o número de sistemas principais para uma


estrutura hiperestática é infinito, sendo todos teoricamente corretos. O
que se deve procurar, entretanto. é obter um sistema principal para o

-
qual os diagramas a combinar sejam simples, acarretando uma obtcnqão
não trabalhosa dos 6 . Para isto. recomendamos, no caso dos quadros
lanos, para a obtenção de uin bom sistema principal. que sejam ccilwa
&ulos nus nSs da estrutura, em número adequado. Isto conduzira.
certainente, aos sistemas principais ideais. Apenas nos casos de existencia
de simetria e anti-sinietna pode-se chegar a iiielliores sistemas princiliais.
+Sm
agindo-se de outra maneira (v. aplicações n.0s11-5 a 11-7). Para os outros Pii. ii-19.1
tipos de estruturas, os sistemas principais ideais estáo indicados lias apli-
caçóes correspondentcs. -. a) carregamento indicado;
b) diminuição unifome de 30 OC ;
g) Queremos voltar a chamar a atenqãopard o fato de que,
c) recalques em A indicadas abaixo.
quando arbitraiiios valores para os hiperestiticos, eles não precisam ser
unitirios; podem ser quaisquer, pois os valores que eiicontrxeinos para
os hiperestiticos seráo os fatores-escala t a s que corrijam os ii~icialnientc
arbitrados para eles, de modo a satisfazer a compatibilidade de deforma-
çóes da estrutura dada com seu sistema principd.
h) Verifique o leitor a facilidade com que podemos escrever
as equações de compatibilidade elástica sem precisamos recorrer, eni ca-
da caso, a uma análise detalhada como a que fazemos na Fig. 11-18. pois
uma equação genérica (a iésima, por exemplo), do sistema de equafces
de compatibilidade (supondo a estrutura n vezes hiperestática) se escre-
veri: Dados: EJc = 104 tm2
6i0 + 6 11
- X1 + .... tiiiXi +. . .+ 6,X, = O (11.8)
1
a = lO"/OC
a) Carregamento indicado

2.3 - Roteiro para o método das forps 1. Sistema principal e hiperestáticos


A partir dos itens anteriores, o roteiro para resoluçáo de CS- Em se tratando de uma estmtura duas vezes hiperestitica,
truturas hiperestáticas, será: m p e r - l h e dois vínculos, a fim de obter seu sistema principal
1.O) Escoiha do sistema principal (v. 2.2.1); ismtátim. Seguindo a orientação dada na observação 2.2.f, chegamos ao
sistema principal da Fig. 11-20, rotulando os nQ C e D da estrutura hi.
perestática dada. Como rompemos OS vhculos capazes de transmitir os
momentos fletores atuantes em C e D, nossos hiperestáticos X1
e X2

I
serão os indicados na Fig. 11-19.2, preservando a wmpatibilidade estitica
da estrutura dada w m seu sistema principal.

Obtemos:

6. Diagramas solicitantes e rea<;&a


A partir da expresão 11-7, temos E = E. + 3,27 E l + 4,09E2,
obtendo os diagramas solicitantes e as reações de apoio indicados nas
Figs. 11-21 e 11-23.
1 2. Diagramas no sistema principal I
Aplicando no sistema principal, respectivamente, o eanega-
mento externo e cada um dos hiperestátiws, tomados iguah a 1, obte-
mos os diagramas da Fig. 11-20.

F i i 11-20
3. Cálculo dos Hc 6
Em se tratando de um quadro, consideraremos apenas seu
trabalho H flexão, obtendo:

F i i 11.21

mm
*larnos
Os
- m e r { X }= -[EJc6r' {I?Jc6o } ,já que não e n m o í imbaihuido
V--r&eiro% ma% sim. com reus d o r e s multiplicados por &Jc Como
tcn;im desta forma, pan não complicar n nota~Ho.ewreveremor sirnpksmcnte:
@o 1, embora estejamos u m d o os me&
(biso de anáiise estrutural

'carr.
4.15 t
Fig. 11-22
Fio 11-24

JF~ + 0.731

Ntamp. F'm.11-25

' C) Recaloues de a w i o
Fip. 11-26

Basta substituirmos o vetor { b0 ) por { 6,} . No caso, vem:

Fio 11-23
Os hiperestáticos devidos ao recalque são, então:

b) Variação de iemperatura
Basta substituirmos o vetor { 60 1 pelo vetor { 6 t 1. Devemos c
tomar o cuidado de multiplicar por W,os valores dos 6 ir dados pela
expressão 11-2, em função da observação 22.c deste capitulo, já que es- ,
= .7,3EI -22,4E2, obtemos os dia
A partir da expressão E,,,
tam- trabalhando com os EJc 8" ao invés dos 6". Obtemos, então:
gramas solicitantes indicados nas Figs. 11-27 a 11-29.

Os novos hikrestáticos, d'evidos à variaqão de tempe;atura,são:


12.521

Fim. 11-27
12.521 Fie. 11-28

+ 7.47, 1
Os e~forçosdevidos à varlação de temperatura serZo, po,iS:
.Etemp = - 0,55E, -2,18E2, estando os diagramas solicitantes indica
dos nas Figs 11-24 a 11-26,
I wpmdtjtia - o métodod a foqz%3
Obsenuçõeí: a) MO b) M l
I ) Note o leitor a simplicidade com que traçamos os diagramas no sistema
principal e calculamos OS valores dos Uc6 necessários à obtenção dos
hiperestáticos. Isto mostra a vantagem do sistema principal escolhido
obedecendese & observação 2.2.f. deste capitulo.
2) Igual simplicidade encontraríamos. no caso deste exemplo, se, ao invés
de nós C e D, houvéssemos rotulado os n6s A e C ou A e D.

Ex 11-2 - Obter o diagrama de momentos fletores para a estm.


tura da Fig. 11-30.

3. Cálculo do$ EJc 6


Considerando apenas o trabalho da estrutura 4 flexão, obtemos:
EJeSlO= .-i
~ 3 x 1 2 -I - x 6 x 1 2 - -1 x 6 x 4 = - 4 4
3 3

1. Sistema principal e hiperesiáticos


Em se tratando de estrutura duas vezes hiperestática, devems
romper-lhe dois vinculos para obter um sistema principal isostátieo. Rotu-

I
C
lando, por exemplo ,os nós A e C esq, obtemos o sistema principal in-
dicado na Fig. 11-31, onde estzo também indicados os comprimentos
elásticos das diversas banas, necessários para o cálculo dos EJ, 6.
4. Equações de compatibilidadf:
I 4XI + 2X2 = 44

I S. Hiperestátims: \ XI = 8,s

I 6. Diagrama final
1 A partir de (11-7). sabemos que. M = Mo + 8,5M1 + 5M2.
t obtendese, então, o diagrama de momentos fletores .ia Fig. 11-33,

2. Diagramas no sistema principal


Fig. 11-33
Temos, aplicando o carregamento externo e cada um dos
hiperestátims unitários no sistema principal, os diagramas da Fig. U-32. -
- o métododas forps
I
I -ou 121

\; Ex. 11-3 - Obter o diagrama de momentos fletores para a viga


continua da Fig. 11.34. I
4. Equações de compatibilidade
\ 3X1 + 0,SX2 = 76,s
1 o,sx, + 2 x 2 = 45
5. Hiperestáticos: X, = 22.7

6. Diagrama final

1. Sistema principal e hiperestático


I Será dado por M = Mo t 22,7M1
tao o diagrama da Fig. ii-37.
+ 16,8M2, obtendo-se en-

O sistema principal ideal para resolução de vigas contínuas 6


obtido rotuland<~.seos apoios internediarios, conforme se verá a seguir.
Temos, entio, para o caso, o sistema principal da Fig. 11-35. na qual in-
dicamos também os comprimentos elásticos das barras.

r:;
I' = 6m I'= 3m
2. Diagramas no sistema principal
I' = 3m Fig. 11-35

Observe o leitor a vantagem do sistema principal adotado que


conduziu a diagramas Mo ,M1 e M2 os mais simples passíveis, simpli-
cidade esta que prosseguiu no cálculo dos EJ, 6 e no traçado do dia-
a) Mo b) M1 c) M2 grama fmal, para o qual os valores dos hiperestiticos j6 &o os momen-
tos fletores atuantes nos apoios intermediários, obtendo-se, desta forma,
a linha de fechamento do diagrama final, a partir .da qual penduramos o
diagrama Mo de cada barra
Ex. 11.4 - Resolver a estrutura da Fig. 11-38 para: a) canegamento
indicado; b) diminui ão uniforme de 30 OC,
Fq. 11-38
F
Dado: EJ, CY = 10 tm2/0C

3. Cálculo dos ,Vc S


EJ,Sl0 = 1 ( 6 ~ 1 8 + 3 x 4 0 , 5 )=-76,s
3
122 Curso & anáiise estmtural Hiptestátiea - o método dsr fo<pis 123
I
a) Carregamento indicado
1. Sistema principal e hiperestáticos
Em se tratando de uma estrutura três vezes h'perestática,
3. Cálculo dos Wc6:
WcS,, = - 1 0 4 ; E J , S z 0 = - 6 4 ; E J c 6 =- 36 I
rotulando (15s nOs (no caio escolhemos os nós LI. LIeSq e DA"), obre.
nios o sistetiia principal da Fig. 11-39.

4. Equações de compatibilidade:

104
64
36

Temos:
2. Diagramas no sistema principal

1t: 1 1 1
x3
=
11,3
20-7

19.3

6. Diagrama final e reaçóes


A partir da expressão E = E 0 + 1 l,3EI + 20,7E2 + 19,3E3
obtemos o diagrama de momentos fletores e as reaçóes de apoio indicadas
na Fig. 11-41 /

lmt
x lml t
1/12 I

*l
- o método das f o q
124 CUM de anáiir estrutural

b) Diminuição uniforme de 3 0 OC - Conforme sabemos, basta-


WprrsUtica

ObservaçtTo:
'125
I
Só empregar uma estnitura de substituiçEo do sistema prùidp&
nos calcular o vetor { h t ),cujos termos sit = a r & ~ ~ representam as no caso de variaçxo uniforme de temperatura, para o cálculo dos 6,t;
deformaçóes, no sistema principal, na direção de cada um dos hiperestá- o c&ulo dos 6~ (que dependem de trabalho à flexão), temos que
ticos, devidas i variação uniforme de temperatura, sendo, pois, deforma- respeitar o sistema pnncipal verdadeiro.
ções numa estrutura isosfatica devidas a uma wriaçüo uniforme de tem-
peratura Para seu cálculo, podemos então trabalhar com unia estrutura Ex. 11-5 - Resolver a estrutura da Fig. I 1 4 4 para o c s n e g ~
de substituiçáo (que contenha os vinculos e pontos de aplicação de car- mento indicado. Todas as banas tèmmpsmainercia
ga da estrutura dada), obtendo, a partir dos diagramas da Fig. 11-42:
41/61

t
-1t181

O
111161
g-ph $1
.L ,
"'
1116i

Fip. 11-42
-X!IZ,

Pelas razões que ficarão claras no decorrer desia aplicaç%o,e


colheremos o sistema principal indicado na Fig. 1145.
1. Sistema principal e hiperestático
Trata-se de uma estrutura submetida a um carregamento auto-
X1 x1
Temos. então: I \

Fip. 1146

Os efeitos finais devidos à variação de temperatura serão dados


por E = -3,07E1 + 2,52E2 -0,62M3, obtendo-se o diagrama de momentos equilibrado, inteiramente hiperestática íg = 3). Rompendo-a na seção de
fletores e as reages de apoio indicadas na Fig. 11-43. simetria S. os hiperestáticos serão os esforços simples atuantes nesta =@O,
conforme indica a Fig. 1145.
,1,81mt
2. Diagramas no sistema principal
a) Mo b) M1 C> M2 d) M3

70.301 Fip. 1143


Observap-o: Na seção S de simetria de uma estrutura plana. elsstica e
Neste caso, tivemos mistura de hiperestitico-momento com hiperestático- geometricamente simétrica, em que o eixo de simetria intercepta ortogo-
força. Como os valores arbitrados para os hiperestáticos, nesta fase, p+ nalmente a barra em questão, temos que::
dem ser quais uer, 6 recomendável, com a fuialidade de se evitar o apa-
1
recimento de de ordem de grandeza muito diferente, que os hiperesti. - rn a s o de solicitaçüo simétrico: QS= 0
ticos-força . ~r0duZa
~.sejam arbitrados eom um valor tal que . esforcos
>
de
-- - rn caso d e solicitaçüo anti-simim?a: Ms = Ns = O.
mesma ordem de grandeza que os provocados pelo valor arbitrado (nor-
malmente unitário) para o hiperestático-momento. Por esta razão. arbitra- Tais conclusões nos facilitarão enormemente o trabalho daqui
mos o valor 113 para os hiperestáticos X2 e X3 . para a frente, pois, quando ocorrem tais condições, poderemos escrever
0 que determinados hiperestáticos são nulos o que, evidentemente,
3. Cálculo dos EJc 6 : nos simplificará em muito o trabalho de resolução da estrutura.
Temos: Voltemos i aplicação em questão.
S. Hiperestáticos
Xl = 0,29
X2 = -2,57
X3 = O (evidente, pois o carregamento
e simc5trico).
Obsmçüo:
4. Equações d e compatibilidade: Levando em conta as conclusóes do item 4 desta aplicação, se a fôsse-
mos resolver novamente, partiríamos de, apenas, 2 hiperestáticos (X1 e
X2), pois sabemos que X3 = 0.

1 --'- - - - - - ;iox;=
-1 6. Diagramas finais
o -. Temos: E = ,E,
licitantes da F i s 11-47.
+ 0.29 E1 - 2,57E,, obtendo os diagramasse

Note o leitor que, independentemente do carregamento atuan-


te (que só se reflete sobre os 6;o ), devido ao sistema principal escolhi-
do, temos que: = 6 2 3 = O, o que resulta do fato dos diagramas
MI e Mjserem simétricos e do M3 ser anti-sim6tric0, bem como do fato
das barras terem seções simétricas em relação ao eixo de simetria da es-
trutura. Isso acarreta a subdivisão espontúnea (decorrente, apenas, da boa
escolha do sistema princi al) do nosso sistema de equações 3 x 3 em 2 ,4 0 Fk 1147
sistemas (2 x 2.e I x 1)sndependentes Tal já 6 , em si, uma vantagem Ex. 11-6 - Obter o diagrama de momentos fletores para a estru-
do sistema principal escolhido. Vejamos, entretanto. outras vantagens su- tura da Fig. 1148, que tem EJ = 104 tm2, devido
plementares para casos especiais de carregamento: aos recalque indicados.
- Suponhamos ser o orregamento simétrico:
Teremos Mo simétrico e, portanto, 6 30 = O, com O que; X3 = 0.
- Suponhamos ser o carregamento anti-simétrico:
Teremos Mo anti-simétrico e, portanto, 6 = 6 20 = O, w m O que,
Xl = X? = o.
Estas conclusóes podem ser extrapoladas para outros Caso3 e
podemos afirmar que:
-
~perrs<$tica o método das forças
Trata-se de uma estrutura simetrica com solicitação anti-simé- h. Diagrama final
t n c a Tirando partido das conclusões do exemplo 11.5, temos:
1. Sistema principal e hiperestático

Fip 11.51

Fig. 1149

Ex 11-7 - Obter o diagrama de momentos fletores para a estru-


2. Diagrama no sistema principal tura da Fig. 11-51. provocado por uma diminuição
uniforme de temperatura de 30 OC.
Dado: EJa = 5 x 10-I t m 2 l 0 ~
(para todas as banas).

3. Cálculo dos E36 Trata-se de uma estrutura simétrica com solicitação simétrico

-
Tirando partido das conclusóes do exemplo 11-5, temos: Qs= O. Por outro
lado, como temos Ms O, por força da rótula, o Único esforço simples
remanescente na seção S será o esforço normal e temos então:

1. Sistema principal e hiperestático

4. Equação de compatibilidade
%+tia - o mctodo das forps
2. Diagramas no sistema principal IEJI quadro = f l m 2
(ES) tirante

tll 1 11-64.1
i" Ti' Fip 11-64
3. Cálculo dos EJ, 6
Fip. 11-56

4. Equação de compatibilidade
Trata-se de uma estrutura duas vezes hiperestática.
45 + 36X1 = O
Rompend-se o tirante e rotulando.se urn n6 da estrutura, te-
mos o sistema principal da Fig. 11-57.
S. Hiperestático:

Xl = - 1,25
1. Sistema principal e hiperestitico

6. Diagrama final

Ex. II-8 - Obter os diagramas de momento fletor no quadro


e de esforço normal no tirante, se este sofrer um
encurtamento de 1 cm. São dados:
(EJ) quadro = 3 x 104 tm 2
132 Luis0 de ant4iae eshuturai -
~ h p ~ t i c oa idtcdo das fo- 133

2. Magramas no sistema principal 6. Diagramas finais

a) M1 . N1 b) M2. N2
A partir de E = -9E1 + 21,3E2 , temos o diagrama da Fig. IM9.

lmt

Imt
X2. 1
lmt

t d
Fia. l i 4 9
47 &t
-Ft 2

15.06t
.-)

3. Cálculo dos Ele 6 Ex. 11-9 - Para a estrutura da Fig. 11-60. que 6 um quadro de
concreto w m um tirante metálico, pede-se:
Computandbse o trabalho à flexáo d o quadro e o trabalho
ao esforço normal do tirante, obtemos:
t4.b
El, 61enc. -O;
- Ele = -3FX3 104 x 10-2 = -300 1

.> F i p . 1160-
'5
4. Equações de wmpatibidade
-

a) resolv&la para o carregamento indicado;


b) calcular que encurtamento prCvio 6' deve ser dado
ao tirante durante a montagem, para que a reaçxo
horizontal final seja nula.
Ciuso de anáüs estrutural

Dados: (EJj quadro = 2 x 103 tm2


(ESj tirante = 103 t
3. Cálculo dos U,6: 1
(Euquadro
(ESIquadro
= número muito pequeno. EYc610= IíMgs
quadro
1 1
= - 2 ( - j ~ 3 ~1 3, 5~ t 3- ~ S ~ 3 ~ 1 , 5 ) = - 2 4

a) Resolução para o carregamento indicado


1. Sistema principal e hiperestático
A presenca do tirante toma a estrutura uma vez hiprestática
internamente. R o m p n d w , obtemos o sistema principal indicado na
Fig. 11-61. I
4. Equação de compatibilidade:
- 2 4 t 28X, = O

5. Hiperestático:
X l = 0,86

6. Diagrama final
A partir de E = E. t 0,86El , obtemos o diagrama de mc-
mentos fletores da Fig. 11-63.
2. Diagramas no sistema principal
Como o ralor de (ES) para o quadro 4 muito grande eni
presença de seu (EJ;, podemos desprezar seu trabalho ao esforço normal
em presença do trabalho à flexão. Necessitamos, pois, dos diagramas de L
inomentos fletores n9 quadro e de esforço normal no tirante. Vimentão:

a)Mo. No b) M l , N1

tis. 11-83

a) Cáiculo do encurtamento prévio 8' a ser dado ao tirante


Para t e m reaçáo horizontal nula,& necessário que 0 hipe-
-
restatico seja tal aue: O = 1 0.5 X; .: X: = 2 t
&a, 0 hipekstátifosai da equa& de Eompatibhidade elástica

4'1 agentesexternos 'E/e 61 1 Xi = O


m p d t i e s - o metodo das foqS 137

cornoos agentes externos, no caso, serão o carregamento e encurtamento,


teremos: Dados: JA= JC = JD = Jcomp jcornp
(EJc610 + E J Cen,.)+EJc611
~ ~ Xi = O
1. Sistema principal e hiperestático
ou: -24 + EJc 6 +?8x2=0

61 enc. = -1,6cm
Como a deformação, no sistema principal, na direção do hipe-
restático X1 devida ao encurtamento S' dado ao tirante C o próprio va-
lor deste encurtamento, temos 6' = 6 enc. = -1.6 cm.ou seja, devemos en-
curtar o tirante de 1.6 cm para termos a reaçso horizontal final nula. 2. Diagramas no sistema principal
Com isso, os diagramas serão os da Fig. 11-64.

3. Cálculo dos (EJcomp ) 6


Sendo as banas misulas retas, empregando as tabelas apresen-
Fip. 1164 tadas no cap. I deste volume, obtemos:

A estrutura estará funcionando, então, sob sua forma ideal, pois


o concreto estará uniformemente comprimido, todas as tensões de tração
tendo ido para o tirante metálico.
Ex II-I0 - Obter o diagrama de momentos fletores e as reações Barras e @ /,
de apoio para a viga contínua da Fig. 11-65,
q = 1 tlm

"comp \
'I
I 138 (hnu de an5is estmtural ~ p d t i c -ao método dar foqas 139

I. Sistema principal e hiperestático


t ~ 2 x 8 x ~ x ~ x
1 Barras @ e @
e = 0,207
I
x 0,207 = 3,32
I

4. Equaçáo de compatibilidade:
- 31,4 + 3,32X1 = O 2. Diagramas no sistema principal

N, i -1, !,
-
11-71.1 IC71.2
6. Diagrama final
Fq. 11-71
(Para efeito de cálculo do 81t podemos substituir o sistema principal por
uma estrutura de substituição contendo seus mesmos vínculos e pontos de
aplicação de cargas.)
3. Cálculo dos EJc S

b)EJ,611
Barras 1 e 2 d5
i(
Ex 11-11 - Obter o diagrama de momentos fletores provocado tab ,2x5x5x
CMfsula reta QI = 0,098
por um aumento uniforme de temperatura de 30 OC,
para o quadro simktrico da Fig. 11-69. assim6trica) z X d 5 x 5 x 0,098 = 24.5

Dado: EIc a = 5 x 10.' tm2i0c h = i; n = 0,2

r 5Jc Barra 3
IMiUUa r e h
sidtnca)
11 - 1 5 tabV'
e = 0.222
0 =0.144
+21'M1Ml(~+
rica - o método das fo- 141

4. Equação de compatibilidade 2. Diagramas no sistema principal


-3GQ+ 116X1 = O

6. Diagrama final

$ 11-75.1 I Fip. 11-76

3. Cálculo dos ES 6 :
Fip. 11-72

Ex. II-12 -Resolver a treliça hiperestática da Fig. 11-73. cujas


barras têm, todas, a mesma área.

Temos, então:
Fip. 11.73

ESalo= (NINO1)=2 P o ( 1 +A)


Trata-se de uma.treliça uma vez hiperestática internamente e,
por isso, temos:
1. Sistema principal e. hiperestático 4. Equaqáo de compatibilidade:
X1 2~.(1 +a t 4a ( 1 +A)x,
= O
Observaçdo: poderfamos ter
rompido qualquer outra barra
Fie. 11-74
no sistema principal. S. Hipenstático:
WpIedMtia - o método das for~a,
6. Esforçm finais
Temos: N = NO + N , X 1 = NO P XI , obtendo,
- ~- a partir
2
d o quadro de valores anterior, os esforços normais finais indicados na
Fig. 11-76.

2. Diagramas no sistema principal


a) Mo, To b) M, . TI

Ex 11-13 - Resolver a grelha da Fig. 11-77 para o carregamento


indicado. Sabe-se que --
EJ -1,s-
GJt X, - lrn,

Q,
i i i 11-79
d

C)Mz, T2 d>M3. T3

Fig. 11.77

3m
J
4
h,

1. Sistema principal e hiperestatico


Fig 11-81
O
Tratase de uma grelha três vezes hiperestática. Para obtemos 3. meu10 dos EJ?~
0 sistema principal, basta rompê-la numa seção. adotando como hiwres-
táticos os esforços atuantes nesta seção (momentos fletor e torior e Temos que:
esforço cartante), seção esta que pode ser, endentemente, um dos engastes.
Temos, optando pela seçáo central, o sistema principal e os hiperestátiws tiii = (fombiiaç%ode Micom M.)+ &!- x
indicados na Fig. 11-78. 1 GJ,
X (cambinaçao de Ticom Ti)
144 Cuno de anslisc estmturai @-t4tiu-ométodods,f~ 145

vem enw a diagramas finais de momentos fietom e torçores indicados na Fig.11-83.


2
3 3 + - x 3 x 2 ~ 5 - 1 , 5 -49.5
~ . 1 6 ~ ~ = - ~ ~ 9 x x 9 ~ 3 =

~ 6 1 x 3~x 18 =~27 =
2
1 1
~ x 3 x 9 - - x 3 x 2 , 2 5 + - x 3 x 1 8 + 1 ~ x 9 x 3 = 65.25
3 3 3

W612 = EJ613 = O (Combinação de diagramas sim6tricos com diagramas


anti-sim6trims.)

EJ$2= 2 x 3 + 1 , 5 x 2 x 3 = 15

Obsewa@:
Suponhamos que, nesta aplicaç%o,tiv6ssemos o caso de carrega-
4. Equações de compatibilidade: mento sim6trico. Isto nos daria diagrama M simétrico e diagrama To
mti-simétricõ, com o que teríamos 620 = 830
= O, o que acarretaria
x2 = x3 = o
Suponhamos, agora, que tiv6ssemos o caso de carregamento
anti&tnco; isto nos daria diagrama Mo anti-simétrica e diagrwa To
simétrico, com o que teríamos 610 = 0, O que acarretaria X l = O
Estas conclusões podem ser extrapoladas e podemos, então,
escrever que:
Na seçãõ S de simetria (de uma grelha elástica e geometricamente sime-
'rica) em que o eixo de simetria intercepta ortogonalmente a barra em
questão, temos que:
5. Hiperestáticos:
- "O mso de solicitapio simém'crr: Qs = Ts = O
- no a s 0 de solicitapio anti-simétrica: Aís = O

Ex. 11-14- As fibras superiores da estrutura da Fig. 11-84 sofrem


uma diminuição de temperatura de 10 OC e as infe-
riores um aumento de 30 OC, em relaçáo ao dia da
execução da estmtura, de t a sorte que a temperatura
6. Diagramas finais (em mt) no centro de gravidade sofre um aumento de10 'C.
Sabendo que:
a) os apoios A e F impedem todos os deslocamentos
- -
Temos, a partir da expressão E = E. + 3 3 E 1 0 8 4 E 2 4.8263. lineares, enquanto que os demais apoios impedem
mpm&ica -0 d t o d o ds f o r p i
1. Sistema principal e hipenstático
apenas os deslocamentos verticais;
Levandesc em mnta as conclusões tiradas no exemplo 11-13,
a m o atamos diante de uma solicitação simétrica, na seção de simetria
te- apenas momento fletor, conforme indicado no sistema principal &
Fig. 11-86,

b) (EJ) grelha = 104 tm 2


(H)plano = 4 x 104 tm2 ObsmaçZo:
GJt = 0,s x l d l tm2 Para At =40 OC, com tg = 0, funcionaráo apenas os apoios perpendl-
cu = 1D5/0C, culares ao plano, pois não e h t e tendência de deformação no próprio
pedem-se os diagramas de momentos fletores. e plano da estmtura.
torçores atuantes.
2. Diagramas no sistema principal
A variação de temperatura do problema, empregando o prin-
cipio de superposiçáo de efeitos, pode ser encarada da forma indicada na
Fig. 11-85.

3. CálaJlo dos (,VIgretha 8 :

Para a parcela da Fig. 11-85.2, temos uma estrutura plana soli-


citada perpendicularmente a seu plano (grelha), e, para a da Fig. 11-85.3,
temos uma estrutura plana solicitada em seu próprio plano. Visto isto, 0
problema está resolvido, senão vejamos:
a) Grelha com h = 40 OC (Parcela da Fig. 11-85.2)
4. Equação de wmpatibilidade: - 60 t-383 X1 = O
148 Cuno de m8is estmturai -
w p d U u o mctodo das forps 149
2. Diagramas no sistema principal

2 mt
Zmt
I
6. Diagramas finais (grelha)
São os indicados na Fig. 11-88 a partir de f? = 4,73E1 , cor- para o dleulo de 62t)
respondendo ao caso da Fig. 11-85.2.

Fig II-91 0-
3. Cálculo dos (EJ) plano 6

plano = (Eljplano a t g AN = 4x 104 x10-5 x l q - 2 ) = -8


2
Fig 11.85

4. Equaç%ode compatibilidade:
b) Estrutura plana com tg =+100C (parcela da Fig. 11.85.3) - 8 + - 64 X - 0
3 2 -
Em se tratando de estrutura plana trabalhando em seu próprio
plano, funcionarão apenas os apoios que irnp"ç,am-movimentos no plano
da estrutura, que serão, no caso. apoios do 2. genero em A e F.
Com isto, teremos:
1. Sistema principal e hiperesthtico 6. Diagrama final (estrutura plana): Em perspectiva, novamente,
OS o diagrama da Fig. 11-92, correspondendo ao caso da Fig. 11-85.3.

Rebatendo, temos, em verdadeira grandeza, o esquema da


Fig. 11-90. I

A solução do problema é, então, dada pelos dois diagnuips


a m t a d o s na Fig. 11-88 e pelo diagrama apresentado na Fig. 11-92.

-
11-15 Resolver a viga balcão da Fig. 11-93. que tem W = q
150 Cuno de an9ise estniturd 1 n+da - o método dss f o r p 151
I

1. Sistema principal e hiperestático


I
I
Em se tratando de uma grelha (curva) simétrica, com carrega-
mento simétrico, temos, rompendo a estrutura na sua reção de simetria,
o sistema principal da Fig. 11-94, em que o hiprestático X1 representa
o ntomento fletor atuante nesta seção.

d X, = lmt

2. Diagramas no sistema principal


a) Mo. To
I
Reduzindo a carga P/2,sucessivamente, aos pontos A e S in- ~ i 11.~7
i ~ i 11-96
i
dicados na Fig. 11-96, que representa uma vista em planta, em verda-
drira grandeza, de uma das duas metades do sistema principal, obtenios
os esforços sim~lesatuantes numa seção gen6rica S do sistema principal Reduzindo a carga-momento X 1 = 1 mt à seçáo genérica S,
devidos ao carregamento externo, cujos módulos valem obtemos, a partir do esquema em verdadeira grandeza da Fig. 11-98, que
IM11 = ~ 0 0s e I T 1 1 = sen O , estando os diagramas M1 e T1 correspon-
IMO[ = PR
- sene e IT PR ( 1 - c o s e ) ,
I = -- dentes Wresentados na Fig. 11-97.
7- 0 2- !
e r partu de cujos sentidos obtemos os diagramas Mo e To da Fi.11-95, 3. Caculo dos EJ 6
I
I Calcularemos os ~6 para metade da estrutura apenas, o que
a dividir membro a membro a equação de compatibilidade elás-
tica Por 2, sem
- nenhuma alteração do resultado. Temos. então:
mprrstBtica - o método dm for* 153

cio das matrizes sim6tricas6), que apresentaremos a seguir.


2.5.1 - Artifício do arranjo de cargas
2.5.1.1 - Intmduçáo
a) Seja a estNtura elástica e g o m e t r i c a m e n g i r i c a da Fig.
4. Equação de compatibilidade:
II.100.1, submetida ao carregamento sim6tric2 indicado.

5. Hiperestático:

6. Diagramas finais lCIW.l 11-100.2 ll.100.3

A PR E 1 ,
partir da expressáo E = E. + - obtemos os Em se tratando de uma estrutura simétrica, com carregamento
lr
diagramas solicitantes da Fig. 11-99. simétrico, a única componente de deformação, que terá sua seção S de si-
metria, será o deslocamento vertical, já que não existirá tendência de des-
locamento horizontal nem de rotação desta seçáo, devido à simetria da so-
licitação (pois, se o carregamento existente num dos lados da seção ter..
de a provocar uma destas duas últimas deformações, num dado sentido,
o carregamento existente do outro lado tenderá a provocá-las no sentido
oposto, anulandese então as duas parcelas ).
I? o que está indicado no esquema da Fig. 11-100.2, que repre.
senta um esboço da elástica do quadro, a partir do qual podemos romper
a estrutura dada na sua seção de simetria, colocando nesta seção um vín-
culo tal que impeça a sua rotação e seu deslocamento horizontal (já que
s'4 = Xs =O), deixando livre o deslocamento vertical. Este vínculo está
representado esquematicamente na Fig. 11-100.3: a cada um dos desloca-
mentos impedidos corresponde uma reação do vínculo, existindo, no ca-
so, uma reação-momento M e uma reaçãeforça N.
F i e 11.99 - Devido à simetria da estrutura e do carregamento foi possível,
mtáo, passar do esquema da Fig. 11.100.1 (estmtura três vezes hiperestá
t i a ) Para o da Fig. 11-100.3 (no qual temos uma estmtura somente duas

2.5 - Artifiaos hiperestáticos


mente sidtriea
paia estmtura elsstia e geometria-

Os exemplos 11-5, 11-6, 11-7, 11-13, 11-14 e 11-15 deste capi:u-


10 nm mostraram as grandes simplificações a que uma simetria da eStN-
I -
vezes hiperestática a resolver), mais fácil de ser resolvido que o primitiva

6
Obtidos os diagramas solicitantes para a metade da estrutur:.

-tudo dos areos e quadros biengastados, bem como das galcriar unieeldares
feehada8 ( m s m o assimétricos), teve grande divulgação o uüiiza$ão, durante muito
tempo. o assim chamado irtificio do centro elástico, que reduz a matriz I 6 I desta*
tiira hiperestática nos conduz. A partir dai, explorando esta simetri;~suP FSmtUm ' ' ~ e ~ l t h t i c xà sua diagonal principal, permitindo a obtengão, dos h ) ~ -
giram os dois grandes gnipos de artifícios da Hiperestilica, que são o do res"icos '
partir de q u a ~ õ e sindependentes uma da outra O b a x o grau hipeieStallc\
@ = 3-e-eshturas nãolustifica, no cntanto, uma ênfase especial para este ar<ifício.
arranjo de cargas e o dos grupos de incógnitas (também chamado artifi- lUe abordado em nosso Cuno.
mpmtátiea - o d t o d o das fo- 155

indicada em 11-100.3, os diagramas da outra metade serão obtidos lem-


brando que, no caso de estrutura plana simétrica com carregamento si-
d t r i c o , os diagramas de momentos fletores e esforços normais sáo simé- Para carregamento anti-simétrico, a estrutura dada, três v e m
tricos e o de esforços cortantes é anti-simétrico. hiperestática, se comportará como apenas uma vez hiperestática, parth
dese do esquema da Fig. 11-102.3.
Obsm@o:
O mesmo tipo de idéias permanece válido, evidentemente, se estivermos Obtidos os diagramas solicitantes para a metade da estrutura
estudando uma estrutura como a da Fig. 11-101.1, cuja configuração da indicada em 11-102.3, os diagramas da outra metade serão determinados
elástica, sendo a da Fig. 11.1012 (na qual a única componente de defor- lembrando que, para estruturas sim6tricas com carregamento anti-simétri-
mação de sua seção de simetria 6 o deslocamento vertical), nos permite co, os diagramas de momentos fletores e esforços normais sáo anti-simé-
~esolvê-Iaa paitir da configuração estática indicada na Fig. 11-101.3. tricos e o de esforços cortantes é simétrico.
ObsewpTo:
Com raciocínio inteiramente análogo, a estrutura da Fi& 11-103.1, sub-
metida ao carregamento anti-simétrico indicado, poderá ser resolvida a
partir do esquema dado em 11-103.2.

b) Seja, agcra, a mesma estrutura elastica e geometricamente si-


d t r i c a que a indicada na Fig. 11-100, submetida ao carregamento anti-
simetria> da Fig. 11-102.1.

c) Analisemos, agora, o caso em que o eixo de simetria atra


v m a completamente uma barra da estrutura:
Seja, por exemplo, o quadro simitriw da Fig. 11-104.1, sub-
metido ao carregamento sim6trico indicado.
_.
.I
I
.i=;* 4
1. 1 I*

No caso, agora, as tendência de deslocamento horizond e


de rotação da seçáo S de simetria da estrutura, provocadas pelas forças
atuantes de cada um de seus lados, se somarão (ao invés de se anular.
como no 'as0 da Fig. 11-100), fornecendo os valores x,y e 9s indicados
em 11-102.2; o deslocamento vertical da seção será, entretanto, nulo,pois
as tendências desta deformação em S, provocadas pela forças atuantes
à sua esquerda e à sua direita, se oporão. Podemos, então, romper a es- hfonne ji vimos, para o caso da estrutura da Fig. u-100,
trutura na seção S de simetria, colocando nesta seção um vínculo ta] na WH0 de simetria de uma estrutura simétrica com carregamento si-
que impeça o deslocamento vertical e permita o deslocamentohotimntd dtdco, 6 tendência de deslocamento na direçáo do eixo de sime
e a rotação, que é, no caso, o apoio d o i ? gênero indicado em 11-1023. %a; da fig. 11-104, entretanto, este deslocamento está imp*
&do' devido à presença da barra central SC, ficando a elástica da e s do esquema indicado em 11-105.3.)
trutura com o aspecto indicado em 11-104.2, a partir do qual, podemos 0 s exemplos das Fim 11-100 a 11-105 ilustraram, para todas
romper a estrutura na seção S. colocando nela um engaste (já que ne- as situações possíveis de carregamento sim6trico e anti-simdtrico que p
nhuma componente de deslocamento poderá ter esta seção S), conforme
dem ocorrer para uma estrutura plana, simétrica, as simplificações que
indica o esquema estático da Fig. 11-104.3, a partir do qual a estrutura estes tipos de carregamentos introduzem em sua resolução. Exporemos, a
pode ser resolvida (o problema da resoluç20 do quadro seis vezes hipe- seguir, a essência do artifício do arranjo de cargas, introduzido na Hi-
restático da Fig. IE104.1 recaiu, entzo, na resolução do quadro três vezes perestática justamente Para explorar as simplificações -que encontramos
hiperestático de 11-1043). No caso, a barra SC, interceptada pelo eixo nesta introdução para 0s Casos em que ocorrem estas simetrias ou anti-
de simetria, ficará submetida apenas a um esforço normal constante, simetrias de carregamentos.
igual ao dobro da reação vertical em S calculada a partir d o esquemada
Fig. 11-104.3. 2.5.1.2- 0 artificio
Analisemos, agora, o caso de carregamento anti-simétrico, con- A idéia do artifício do arranjo de cargas 6 a mais simples
forme indica a Fig. 11-105.1, para a qual a barra interceptada pelo eixo possivel; quando tivemos, numa estrutura elástica e geometricamente si-
de simetria da estrutura tem inércia igual a J. metrica, a atuação de um carregamento genérico qualquer, d e c o m p o r e
mos este carregamento em suas componentes sim6trica e anti-simétrica (o
que 6 sempre possível fazer, conforme esclarecerão os exemplos a seguir),
resolvendo a estrutura, separadamente, para cada uma destas componen-
tes do carregamento (para as quais podemos explorar as simplificações
apresentadas na introdução deste artifício), superpondo, a seguir, os dia-
gramas solicitantes encontrados para cada caso, a fun de obter o diagra
ma solicitante final.
Nas Figs. 11-106 a 11-108 exemplificamos o arranjo de cargas
para diversos tipos de carregamentos, obtendo suas componentes simé-
trica (Fig. 11-106.2 a 11-108.2) e anti-sim6trica (Fig. 11-106.3 a 11-108.3)
F~Q.li-105
Examinando a deformaçáo da barra central SC, é fácil ver
que as cargas situadas de um e de outro lado dela contribuem igualmn-
te para sua deformação total, indicada em 11-105.2, contribuiçóes estas
de influência aditiva uma à outra e tais que os efeitos do carregamento
atuante, num dos lados da estrutura, sobre a barra SC, em nenhum ins-
tante tendem a se opor àqueles do carregamento atuante sobre o outro
lado da mesma. Podemos, então, dizer que metade da barra SC é solici-
tada pelo carregamento atuante na parte da esquerda da estrutura eque
a outra metade é solicitada pelo carregamento atuante na parte da direi-
ta da estrutura, que poderá, pois, ser resolvida a partir do esquema es-
tático indicado em 11-105.3, para a parte da esquerda Os diagramas fi-
nais serão obtidos lembrando que os diagramas de momentos fletores e
de esforços normais serão anti-simétricos e que o diagrama de esforços
cortantes será simétrico. (Notar que, para a bana SC, o diagrama final
de momentos fletores será, por esta razão, igual ao dobro do obtido a

' Este déslocamento a6 impedido, despremdc-se a deformação da bana SC


devida ao esforço normal. Casa queiramos levar em constderaçáo esia deformafáo.
basta substituirmos a parcela do engaste, que impede o deslocamento vertical. por um
apoio em mola, nos tennosrm que será ele definido n o c a p 111 deste volume. Nenhuma
dificuldade suplementar de análise do problema surgirá com a introduçáo desta mola,
conforme veremos no referido ca~itulo. Fio. 11-107
mpnditica - o método das foqm 159

a) Parte simétrica (Fig. 11-110.2)


Sabemos que a estrutura a resolver, levando em conta a simetria
do carregamento. 6 a da Fig. 11-11 I, cujos diagramas no sistema principal,

11-108.1 11-108.2 11-108.3

As aplicações seguintes esclarecerão mbre o emprego do ar-


tifício.
ExlI-I6 - Obter o diagrama de momentos fletores para o qua.
dro simétrico da Fig. 11-109, submetido ao carre-
gamento indiiado, cujas barras têm, todas, a me*
ma inércia. Fio. II-111 Fip. 11.112

indicado em 11-112, estão traçados na Fig. 11-113.

Q coeficientes do sistema de equações de compatibilidade elas-


oca Jão:
Fip. 11-109

Sendo o arranjo de cargas o indicado na Fig. 11-110, passe


mos A resolução das parcelas simétrica e anti-~imdt~ca
de carregamento.
Fip. 11.110
n-n-J
2,im

+
11-110.1 11-1103 VI-110.3
ü a coeficientes do sistema de equaçóes de compatibilidade
estando o diagrama de momentos fletores referente à parte simdtrica do
carregamento indicado em 11-114 elástica são:
El cSlO = -3.33

Obtemos, e n t h : /Xi =

4.67
= 0.71 / /, estando o diagrama
de momentos fletores referente pane anti-&t&a do carregamento
indicado em 11-118.

b) Parte anti-simbtnca (Fig. 11-110.3)


Sabemos que a estrutura a resolver, levando em conta a antiai-
metna do carregamento, é a da Fig. 11-115. a partir de cujo dstema principal,
indicado em 11-116, temos os diagramas da Fig. 11-117. Fio. 11-118
O diigrama de momentos fletores final para a estrutura será,
mtzo, o da Fig. 11-119, resultante da soma dos diagramas indicados em
11.114 e 11-118.

Fio. 11-115 Fio. 11-116

Fig. 11-119
Observe o leitor que o emprego do artificio do arranjo de
pemiitiu fazer recair o problema da resoluçxo de uma estru
tura tres vezes h&restática na resolução de duas estruturas, uma delas
duas vezes hiperestática e a outra uma vez hiperestatica.
E.% 11-17 - Resolver o quadro da Fig, 11-120, a j a s b- h,
todas elas, EJ = 1 d t m 2 , para um reealque de apoio
162 Cum de a n a i s estrutural - o mCtodo das f o r p
~hpanttititiai 163
I
de 2 cm, de cima para baixo, do apoio A.

O recalque de apoio de que fala o problema pode ser decomposto


nas parcelas simétrica e anti-simetrica indicadas na Fig. 11-121, a partir das
quais obtemos: X1 = l m t

= + '
-t
Fiq, 11-125

- -1.36
' I 1E"! lcm
T lc-737
4 O diagrama de momentos fletores referente B parte anti-simétri-
ca será. então, o indicado na Fig, 11-126 e já será o diagrama final, devi-
do B wntribuição nula da parte simétrica.
Fiq. 11-121

a) Parte siméírica (Fig. 11-121.2)


A estrutura estará afundando, toda ela, de 1 cm, não apare-
cendo nenhum esforço devido a este afundamento uniforme, pois ele ná0
Fiq. 11-12s
teri qualquer impedimento.
b) Parte anti-simétrica (Fig, 11-121.3)
Sabemos que a estrutura a resolver, considerando a anti-sime-
tna da solicitação. 6 a da Fig. 11.122. Levando em conta. previamente, a
existência da rótula em B e o fato da barra BC estar descarregada, pode
mos escrever que V, = 0, simplificand*se a estrutura a resolver para a
indicada na Fig. 11.123, a partir de cujo sistema principal, representado -
11-18 Obter o diagrama de momentos fletons p a n o quadro
em 11.124, obtemos o diagrama M1 da Fig. 11-125, que nos fornece: da Fig. 11-127.
filemo, a estrutura a resolver 6 a da Fig. 11-129, cujas reações v e r t i a
em F e G são nulas por força da presença das r6tulas em B e C , t m
fo-dese a estrutura, então, na da Fig. 11-130 (isostática), que nos
n>nduz ao diagrama de momentos fletores final representado em 11.131.
-
EX 11-19 Obter o diagrama de momentos fletores para a esm-
tura da Fig. 11-132 (cujas barras têm, todas e1as.a
mesma inércia), submetida ao carregamento anti-si-
métrico indicado.

Fip. 11-127

O carregamento atuante pode ser dewmporto nas parcelas sit


d t n c a e anti-simétrica indicadas na Fig. 11-128.

Fip. 11-132
A estrutura a resolver, levando em conta a anti-simetriaexib
F i i 11.128
tente, sn8 a da Fig. 11-133, para a qual escolhemos o sistema prihcipal
A parcela sim6trica do carregamento, indicada em 11-128.2, indicado na Fik 11-134, obtendo os diagramas solicitantes da Fig. 11.135,
constitui um carregamento auto-equilibrado, que solicitará as barras hori- \i no sistema p ~ c i p a l ,que nos conduzem a:
zontais da estrutura apenas a esforços normais de compressão e iguais a EJc 610 =-I3
I t , não influindo, portanto, para a obtenção do diagrama final de IX-
mentos fletores a que ficará submetida a estrutura, que será funçzo, ape-
nas, do carregamento anti-sirn6trico representado em 11-128.3. Para este

F i 11.129 F i i IC130 Fip li-131

In t3l
F h 14-133 Fis. 11-134 Fip. 11.136

Dai vem. x1 = l3
7.,-.
17
= 1.81, obtendo-se o diagrama

'-ui de mmentos fletora representado na Fig. 11-136.


Dnpcrandose as &fonn.Fõa devidas iestes d o q o s m>muih
Wprrstltkd - o método das forçar 167

1 l
Tirando partido da simetria de carregamento existente em re-
a aos~ eixos
~ xx~ e jj, a estrutura a resolver 6 a da Fig. 11-138.1.

Fig. 11-138.1
q
2.5.1.3 - Caso de existência de dupla simetria (elistica e geo- Ternos:
m6trica) na estrutura a) Sistema principal e hiperestitico
Nos casos de existência de dupla simetria na estrutura, tirare-
mos, duplamente, partindo das sirnplificaçóes existentes no caso de sim-
ples simetria, diminuindo mais ainda o trabalho de resoluç%o da estru-
tura. Os exemplos seguintes esclarecem.
Ex 11-20- Obter o diagrama de momentos fletores para a estm-
Nra auto-equilibrada da Fig, 11.137, simdtrica em re-
lação aos eixos fx e jj.

*h Fig. 11.138.2

b) Diagramas no sistema principal

i I Fip. 11-139
168 <hno&inPiaccstmhurl
1 w t i c a - o método dar f o r p 169

C) CáIcuIo dos EJ 6 Explorando a dupla simetria da estrutura, o canegamento atuante


ser decomposto nas parcelas simttrica e anti-simétrica da Fig. 11-142
Fio. 11-142
malo=-joF (
Temos:
b PR
~ a b ) n d =-- 2

61111 Rdb =nRy

d) Cálculo do hiperestático

e) Diagrama fmal
O diagrama de momentos fletores fmal seri o da Fig. U-140.
I A parcela da Fig. 11-142.2 promoverá apenas 9 o apareci-
mento de esforços normais, constantes, nas barras verticais e nas barras
horizontais superior e inferior, não influindo, portanto, sobre o diagrama
de momentos fletores da estrutura, que será obtido, portanto, a partir do
carregamento da Fig. 11-142.3.
Explorando a anti-simetria deste Último canegamento em rela-
çgo aos eixos xx e jj, a estrutura a resolver será a da Fig. 11-143. Trata-se
de uma estrutura hipstática @ais os dois apoios verticais do I? gênero
estão na mesma linha de chamada), mas que podemos resolver, por estar
submetida a um carregamento autwquilibrado (a soma das reações verti-
cais dará uma força de 3t que, associada à carga existente de 31 nos
fornecerá um binário que equilibra aquele formado pelas duas forças ho-

'0,318~~
Fip. 11.140

E r 11-21 - Obter o diagrama de momentos fletores para a e s w -


tura da Fig. 11-141.

' --nd*ae
no cuo. a defonna@o da estnitura devida no esforgo nomal, o que 6 usual
AipevstBtica - o método dm f o q 171

-ntais de It). Temos, a partir do sistema principal da Fig. 11-114 e dos Decompondo o carregamento nas quatro parcelas indicadas nas I
diagramas no sistema principal da Fig. 11-145: Figs 11.148.1 a 11-151.1, teremos a resolver, explorando a simetria da
tmtura em relação aos eixos xx e yy, os casos indicados nas Figs. 11-148.2
a 11-151.2, cujos sistemas principais são os representados em 11-148.3 a f
11-151.3.
i i i 11-148

Fie. 11.144 Fip. 11-145

Obtemos, então, o diigrama final de momentos fletores indica-


do m Fig. 11.146.

1.59mt

-
47-J Fip. 11-146

Ex. 11-22 Decompor a resolução daestnitun nove v e m hipre


tgtica da Fi.II-147, submetida ao carregamento indicado, na maior quanti-
dade possível de casos, visando simplificar sua resolução com o aproveita-
mento de sua dupla simetria
5 .
: I*
-o método dar forçp 173

A exploração conveniente da dupla simetria subdividiu, então,


a resolução da estrutura nove vezes Iuperestática na resolução de duas es-
tmturas três vezes hiperestáticas, de uma estrutura duas vezes hiperestática
e de uma estrutura uma vez hiperestática (as estruturas indicadas nas Figs.
11.149.2 a 11-151.2 possuem hipostaticidade numa direção, mas, comoseus

-
carregamentos são auteequilibrados nesta direção, a decomposiç20 éMlida).
2.5.1.4 - Aplicação às grelhas
Já vimos, no exemplo 11-13 deste capitulo que, na seção de si-
metria de uma grelha elástica e geometricamente simdtrica, $ ocorre
pento em t ~ ~ d o ~ e ~ o ~ d e ~ s ~ t ~ i a ~ q u a n d " , o O c a ~ r e g a m e ~ o O d d s i m ~ t r i c o ;
e, quando o carregamento 6 anti-sundtrico, so S i - n k e m torno
do eixo perpendicular ao eixo de simetria,-= a um esforço cortan-
te. (No caso da barra ser perpendicular ao eixo de simetria, o momento Do ponto de vista de deformações da grelha, estes sistemas
em torno deste eixo já será o momento fletor atuante na seção e aquele principais podem ser justificados, para o caso de carregamento simdtrico
perpendicular a este eixo de simetria será o momento torçor.) (Figs 11-152 e 11.154), pelo fato de que a seção de simetria da estrutura
não possuirá rotação em torno do eixo de simetria (pois o carregamento
Sendo assim, para as greihas das Figs. 11-152.1 a 11-155.1, s u b situado de um dos lados do eixo de simetria anula a tendência de rotação
metidas aos carregamentos simétricos e anti-simétricos indicados, os siste- em torno dele provocada pelo carregamento situado do outro lado), per-
mas principais, explorando estas simetrias e anti-simetrias serão os indica- manecendo existente o deslocamento vertical e a rotação da seção de si-
dos nas Figs. 11-152.2 a 11-155.2. metria em torno do eixo que a contém e que é perpendicular ao de sime-
tria (pais, para estes dois tipos de deslocamentos, são aditivos os efeitos ris
forças atuantes nas duas partes da estrutura). 6 possível. então, romper a
grelha na q ã o de simetria, colocando um vinculo que impeça a rotaçgo
em tomo do eixo de simetria, liberando as duas outras deformaç&s;a rea-
ção de apoio X1 deste vinculo é o hiperestático a considerar no caso da
simetria (notar, então, que as grelhas três vezes hiperestáticas das Figs.
11-152 e 11-154 se comportam, devido à simetria do carregamento, como
se fossem uma vez hiperestiticas).
Para o caso de anti-simetria (Figs. 11-153 e 11-155h os carrega-
mentos sltuados de um e do outro lado da seção de simetria se somarão
para provocar rotação desta seção de simetria em torno do eixo de sime-
tria e anularão o deslocamento vertical e a rotaçáo da s.eção S em torno
do eixo perpendicular ao de simetria sendo, então, possível romper a seção
S. colocando vinculos que impeçam estas duas ultimas defomaç5es e libe
rem a primeira ; as reações de apoio X1 e X2 destes vínculos são, entáo,
Fim. 11-153 11-153.2 0 s hiperestáticos a considerar no caso de anti-simetria (notar, então, que as
g r e h três vezes hiperestáticas das Figs. 11-153 e 11-155 se comportam,&
vido à anti-simetria do carregamento, como se fossem duas vezes hiperes-
táticas).

Para o caso em que o eixo de simetria coincide com uma das


bwda grelha, as simplificações que o carregamento simdtrico (Fig. 11-156)
e ana-simétrico (Fig. 11-157) introduzem na resolução do problema (através
da escolha do sistema principal) estão indicadas nas Figs 11-156 e 11-157.
Aiprest6tica - o d t o d o dm forçar 175

to, o de torçgo e podemos rompê-la entzo em S. aplicandc-o como +


restátiw (X1) Sobra, ainda, um quadro hiperestático ADSEC que, devido
g anti-simetria do carregamento atuante, pode ser rompido em S, aplican-
dese como hiperestático adicionais o momento (X2) atuante em $ nas
barras AS e SE, na direção perpendicular â do eixo de .simetria, e o esfor-
ço wrtante (X3). atuante em S, nas mesmas barras"; com isto, obte-
mos o sistema principal isostático da Fig. 11.157.2 (notar que, devido A
anti-simetria, a resolução da grelha seis vezes hiperestática dada recaiu na
/ s resolução de uma grelha três vezes hiperestática).
/ Os exemplos seguintes esclarecerão.
X
11-156.1 E r 11-23 - Decompor, utilizando o artifício do arranjo de cargas,
a resolução da grelha elástica e geometricamente si-
11.156.2
Fip. 11-156 -
2
-
2
métrica da Fig. 11.158 em suas parcelas de carrega-
mento simétrica e anti-simétrica, indicando para ca-
da uma delas o respectivo sistema principal.

PJ< /+) Fia. 11-158

As parcelas simétrica e anti-simétrica do carregamento estáo in-


No primeiro caso (Fig. U-156.1), a simetria do carregamento rücadas n d Figs. 11-159.1 e 11-160.1, sendo os respectivos sistemas princi-
impede qualquer rotação em torno do eixo xx; por conseguinte, a barra P"1 os indicados em 11-159.2 e 11-160.2.
SB não terá esforço de torção, sendo possível rompê-la em S aplicando
wmo hiperestáticos o momento fletor (X1) e o esforço cortante (X2) atu-
antes nesta seção. Sobra, ainda, um quadro hiperestático A D S E C que,
I devido à sua simetria, pode ser rompido em S, aplicandc-se como hiperes-
tático adicional o momento (X3) atuante, em S'O, nas barras DS e SE
na direção do eixo de simetria. Com isto, obtemos o sistmia prkipalisos-
tático da Fig. 11-156.2 (notar que, devido â simetria, a resolução da grelha
seis vezes hiperestática dada recaiu na redução de uma grelha trêsvezes hi-
perestática).
No caso de anti-simetria (Fig. 11-157.1), a mesma anula a rota-
çáo de qualquer seção da barra SB em torno de eixos perpendiculares a
xx, bem como anula os deslocamentos perpendiculares ao plano da g r e b
para todas as seções da barra SB a j a Única deformação restante seri a r*
t q ã o em tomo do eixo u;a barra SB terá wmo único esforço, portam

10 Ver CLV>S de, Figa 11-152 e 11-154.


Conforme se vê, a nsoluçXo da greiha dada (cinco v e m hip- 2 Diagramas no sistema principal
Mitica) recaiu na resolução de uma grelha duas vezes hiperestitica e de
outra três vezes hiperntitica.
Ex. 11-24- Obter os diagramas de momentos fletons e torçores
para a grelha da Fi 11-161, cujar barras tEm,todas
elas,
=2
G7;

lmt

Utilizando o artifício do arranjo de cargas, temos a resolver os


casos das Figs. 11-162.2 e 11-162.3.

~ i p .ti-raa
a) Parte simetria (caso da Fig. 11-162.2)
Temos:
1. Sistema principal e hiperestátic08

F i e 11-187

3- Cálculo dos hiperestáticos


I Calculados os valores dos E J b , a partir da expressão EJGii=
4comb'inação de Micom
obtemos:
(wmbinação de Ti w m q),
1 4. Diagramas da parte simétrica
A partir de E = E. t 0,19 E, - -
1.37 E2 0.57 E , obtemos
I lrnt
O
&. 11.168.
0s diagramas de momentos fletores e tor(ores, representados na
4-
x2=lmt v
lmt
d mt Fip. 11.172

iirn.

Fip. 11-168

11 b) parte anti-simktrica (caso da Fig. II-1623)


Temos:
Fip. 11-173

1. Sistema principal e hipenstfiticos 3. Cálculo dos hiperestátiws


Temos:

4. Diagramas na prte anti-sim6trica


X3
Fip. 11-169
A partir da expressSo E = EO t 0,32 E1 - 0,43 E2 t 0.44 E3,
obtemai os diagramas de momentos fletores e torçores, representados na
2. Diagramas no sistema principal Pi& U-174.

Fip. 11-171
I ,
+ t
a
i - o método dm f o l p 181

I' 0s diagramas finais serao os indicados na Fig. 11-175, resultan-


tes da superposição dos diagramas da Fi& 11-168 @arte simétrica) com os
& Fig. 11.174 @arte anti-simbtnca).
I 2. Diagmma no sistema principal

Fig. 11-17s

da Fi.11-176, nijas b m têm


GJt
-
E r 11-23- Obter os diagramas M e T para a greha simbtrica
2.
! Fie. 11-179

X,= lmt

Sendo a estrutura e o carregamento sIm6tricos, temos:


1. Sistema principal e hipcresthticos

3. Cálculo dos hiperestiticos


Tmios:

4. Diagramas solicitantes
Fig. 11-177
A pMir da express8o E = E,, + 0,23 E1 + 9,59 E2, obtemos
1 -tia - o rnCtodo das força3 183

m diagramas solidtantes indicados na Fig. II-181.

I Fig. 11-183

E fhcil ver que os hiperestiticos XA, ...


, XE indicados na
Fi II.183 podem &r obtidos por superposição dos hiperestáticos indica.
dos nas Figs. 11-184 e 11-185, hiperesthticos estes resultantes da subdivisão
dos hiprestáticos XA, ... ,XE em grupos de hiperestiticos simPtricos e
anti-sidtricos
(Nocaso: X A = X l + X 4 , X B z X 2 + X 5 , X C = X 3 , X D Z X 2 - X 5 ,

25.2 - Artiffcdo dos grupos de irtc6gnitas (ou artifício das


matrizes simétricas)
A idbia básica do artifício dos grupos de incbpitas 6 a mesma
do artifício do arranjo de cargas, ou seja, diminuir a dimensão da ma-
triz de flexibilidade a ser invertida. No caso do artifício do arranjo de car-
gas tal resultado foi obtido verificandese que esforços eram nulos para as
parcelas simétrica e anti-simétrica do carregamento atuante, tirand-se par-
tido deste fato na escolha do sistema principal, conforme vimos no item
2.5.1.
No caso do artifício dos grupos de incógnitas, agiremos da ma-
neira divena, que pode ser ilustrada para a estrutura cinco vezes hiperesti-
tica, elástica e geometricamente simttrica, da.Fig 11-182.
C
;J
I

1 7 -
9e

. >

Fig. 11-182

Para obter seu sistema principal isostitiw, mmper-lheemos,


simetricamente, em relaçzo ao eixo de simetria (no intuito de tirar partido
da simetria da estrutura, conforme veremos a seguir), 5 vinculas, obtendo Fig. 11-184
o sistema principal e os hiperestiticos iridicados na Fig. 11-183.
I - o método das forças
~i~~rrstátiea

e a outra ao gnipo anti-simbtrico de hiperestáticos).


185

Para as estruturas simktricas das Fig. 11-186 a 11-189 indicamos,


a titulo de ilustração, os sistemas principais, os gniposde hiperestáticos si.
d t r i c o s e anti-simétricos e a forma simplificada que assumirá a matriz [61.

Podemos, então, ao inv6s de trabaihar com os hiperest6ticos XA.


. . ., XE. trabalharcom os hiperestáticos X1, ... , X5 que têm a vanta-
gem de anular diversos 6 da matriz de flexibilidade da estrutura, j&
que a combinação dos diagramas (sim6tricos) resultantes da aplicação do
I Fig. 11-186

grupo (simétrico) de hiperestáticos X 1 , X 2 , X 3, com aqueles ( anti-si-


mdtricos) resultantes da aplicação do grupo (anti-simétrico) de hipemtáticos
Xq, X5 ser&sempre nula. Isto acarretara, espontanmmente, a subdivisáo da
matriz de flexibilidade [a] da estrutura, qualquer que s& o mnegamenro
atuunte, em duas submatrizes, uma referente aos hiperestáticos simétricos e a
outra aos anti-simktricos, sendo, no caso, a matriz [ 6 j dada por:

O sistema de equações de compatibilidade elástica a resolver


(que deveria ser um sistema 5 x 5) se decompôs, então, em dois sistemas
mais simples (um 3 x 3 e outro 2 x 2), sendo este o objetivo do artifício
cuja essêncm, então, cunsiíte m adoçüo de um sistem priwipol simétrico,
no qual aplicoremos dois aupos de hiperestúticos: um simétrim e OutrO
anti-simétrico, operando, o pariu &í. denho & sequência u m 1 adorada
no método das forças (e sabendo que a matriz [6 ] da estrutura se de-
comporá, por isto, em duas submatrizes, uma referente ao gnipo sim6trico
11-190.4 Fia. 11-190

Em todos os exemplos apresentados atb aqui, os sistemas princi-


pais escolhidos foram rigorosamente sim6tricos; não existe, entretanto, pa"
se obterem as simplificaçóes a que visa o artifício do gmpo de incógnitas, a
obrigaçZo do sistema principal, em si, ser rigorosamente sim6trlc0, mas, sim,
a dos diagramas resultantes de aplicaçZo do grupo de lúperestáticos simbtrico
e anti-simbtrico serem sim6tricos e anti-simbtricos, a fim de ocorrer a
subdivis50 desejada da matriz de flexibilidade (61. Isto está ilustrado para
ar estruturas simbtricas das Figs 11-190.1 e 11-191.1, para as quais, a partú
dos sistemas principais das Figs 11-190.2 e 11-191.2, 6 possível a obtençáo
da simplificação desejada da matriz 161, sendo os mesmos. pois, válidos em
temos do emprego do artifício dos grupos de incbgnitas.
Fia. 11-191 11-1913
v
uirso de máiise estmtural - o método das f o w
Os exemplos seguintes esclarecerão acerca do emprego do artifício. d) Diagrama fd
Ex. Ii-26 - Obter o diagrama de momentos fletom para o qua- A partir da expralrHo E = E, + O,SE1 + 0,5E2 + 5,4E3, ob-
dro da Fig. 11-192, cujas banas tem, todas, indrcia temos o diagrama f d da Fig. ii-195.
constante.

Empregando o artifício do grupo de inoógnitas, temos:


a) Sistema principal e hiperestáticos

X2 I&. &
- Fio. 11-193
bXJd - X3

E r 11-27 - Obter o diagrama de momentosIiletores para o qua-


b) Diagramas no sistema principal dro da Fig. 11-196, que tem rigidez constante EJ =
4th =lo4 tm? se os apoios A e C s o f r e m os recalques
horizontais indicados.
X l = lmt
4.5mt

" + 3m + 3m +

] ~ ']TI
r
X3= l m t Fia. 11-196
Empregando o artifício do gmpo de incbgnitas, temos:
lmt tml x3- 1mi
lmt - a) Sistema principal e hiperestátiws
X
Fio. 11.194

c) Cáiculo dos hiperestáticos


Temos:

X2
-54
HipaestB<ics - O método das forças 191

Lkvido à anti-simetria da solicitaçZo, s6 aparecerão os hiperes- E r IA28 - Obter o diagrama de momentos fletores para
anel circular, de raio R. submetido ao carregamento
tsticos da Fig 11-197.2 e a estrutura se comportará, então, como se fosse auto-equilibrado da Fig. 11-200.
uma só vez hiperestática.
b) Diagrama no sistema principal

lmt 1mt
I

X3= lmt

- -C
113t
Fio. 11-198
c) Cálculo do hiperestático Fip. 11-200
Temos: Explorando a dupla simetria, da estrutura e do carregamento,
EJ S33 = 12 temos:
a) Sistema principal e hiperest8ticos
El 63, = - 104 x 2 ( - 13 x 3 x 10.~) = + 200
Vem então: X 3 =
12
= - 16.6
d) Diagrama final
A partir da expressão E = - 16,6 E3, temos o diagrama da
Fig 11-199.
b) Diagramas no sistema principal

X, = l m t

Fim. 11.202
192
Cum, de análise estmtnral -
~ ~ m i á t i e ao metodo das fo- 193
1
c) Cálculo do hiperestático Explorando a dupla simetria da estnitura e do carregamento,
tem:
Temos: a) Sistema principal e hiperestáticos

U610=4
n
:I 2
~ ( ~ e n l l t c o s 0 - l ) R d l l = - P R(4-d

m611 -4 f Rdll =2nR

Dai, vem: X1 - - ln 0,137 PR

Fig 11-205
I
d) Diagram final
b) Diagramas no sistema principal
O diagrama de momentos fletores será o da Fig. IL203.

Fie 11.208
c) Cálculo dos hiperestáticos

Temos:

. ~-~
Er 11-29 - Obter o diagrama de momentos fletons para a
tnitura duplamente simétrica da Fí& 11-204.

d) Diagrama fmal

A partir da expressão E = E. t E1 t 4 E 2 , obtmios


diagrama final da Fig. 11.207.
194 Cinso de d s c eatmturd Wpemtática - o método das forçss 195

b) Diagramas no sistema principal

lrnt lrnt

E r 11-30 - Obter os diagramas de momentos fletores e torçe


res despertados na greiha da Fig 11-208, cuja *o
reta é um retângulo de 0,2 m de altura, se suasfi.
bras siiperiores forem aquecidas de 10 OC e as infe- c) Cálculo dos hiperestáticos
riores resfriadas de 10 OC. São dados:
Ternos:
E/ a = 10.2 tm210c ; - EJ
GJr
= 2
EISlt= - 1w2 x 2 0
0.2
',x 3 2
= -6

I E1611= 1 6 , ~ ~ 6 ~ ~= =- 1 2 , E J S Z 2 = 18

Vem, então:

Explorando a simetria da greiha e da solicitaçXo , temos:

-
a) Sistema principal e hiperestáticos

/t X2 P
A partir da express8o E = 1.25 E1 + 1.17 E2, obtemos os
l2 Como tg= 0. r30 haverá trnbaih da estrutura em x u prbprio plano. fWda Fi 11-212.
aprrststica - o método das foqar 197
I
Todas as estmtum esquematizadas nas Figs. 11-213 e 11-214
60u m vez hiperestáticas, pois basta conhecer o esforço normal atuante
,uma das barras do reticulado para, por análise sucessiva de equilíbrio dos
seus n6% chegarmos aos esforços normais atuantes em todas as outras bar.
do mesmo, sendo os diagramas solicitantes da viga AB obtidos a partir
dos carregamentos sobre ela atuantes, que são as cargas externas sobre ela
aplicadas e as forças correspondentes aos esforços normais reinantes nas
barras do retichlado que convergem na viga, atuando nestes pontos de con.
vergência Dentro desta ordem de ideias, é fácil verificar que, estando as
estruturas das Figs. 11-213 e 11-214 submetidas a cariegamento vertical, as
1,I Fig. 11-212
vigas do tipo I estarão submetidas a um esforço normal constante, devi-
do à componente horizontal dos esforços normais atuantes. nas barras in-
3 - Estudo dos sistemas reticulados enrijecidos por vigas
clinadas externas do reticulado, ao passo que as vigas das estruturas do
(Vigas Langer e sistemas pênseis) tipo 11 não possuirão esforço normal, pois todas as barras do reticulado
nelas concorrem ortogonalmente.
Temos dois tipos de sistemas reticulados enrijecidos por viga a
estudar: Para o caso usual, que 6 o de carregamento de cima para
baixo, e s t a indicados nas Figs. 11-213 e 11-214 os sinais dos esforços
a) Tipo I - Viga de rigidez trabalhando à flexão composta normais que serão despertados nas barras da estrutura.
(flexão com esforço normal) para carregamento vertical.
A 1 A resolução deste tipo de estruturas será, então, feita usando
as ideias já conhecidas do método das forças, sendo os sistemas princi-
pais obtidos rompendo-se, indiferentemente, uma das barras do reticulado.

I . Os exemplos seguintes ilustrarão esta resolu$ão.


I Observação:
Para atuaçáo de cargas horizontais na viga AB, a estrutura funcionará
como isostática, pois trabaihará apenas a viga AB para estas cargas hori.
mntais que nela despertarão somente esforços normais.
E r 11-31 - Resolver a viga langer da Fig. 11.215.
Fia. São dados:
para as barras do reticulado S = 10 em2
-
b) Tipo 11 Viga de rigidez trabalhando à flexão simples (sem
esforço normal) para carregamento vertical.
I para a viga AR: S = 80 cm2,1 = 104 m4
198 Curso de an%iae estnihird ffipe,&6tiea - o método das f o w
Temos: S. Hiperestático: X1 = 1,83
1. Sistema principal e hiperestático
6. Efeitos finais
Rompendese, por exemplo, a barra CD do reticulado,obtemos
o sistema principal indicado na Fig. 11-216. A partir da expressão E = E,, + 1,83El , obtemos os esfor-
ços finais atuantes na viga Langer, representados na Fig. 11-219.

2. Diagramas no sistema principal


a) Mo . No b) M1 ..v1 I Fip. 11.219

Observação:
Note o leitor a economia introduzida por este tipo estrutural: 0s nio-
mentos fletores que a t u m na vip,a são inferiores à décima parte daque-
les que ocorreriam se ela fosse simplesmente biapoiada, tudo isto
possibilitado pelo trabalho do reticulado ao esforço normal. As vigas
Langer sáo, por isto, um sistema estrutural muito empregado, principal.
mente para o caso de cargas pesadas (cwo das construçóes industriais,
pontes, etc).

Para a estrutura & Fig. 11-220, tem-se: (EJ/ngaE 104 tm 2


Fip. 11-218
- 104
3. Cilculo dos EJ6 reticulado - T-
Devemos levar em conta o trabalho da estrutura à flexáo e a@ (Y = IO.~/''~ Pedem-se:
esforço normal, obtendo:
A B C
EJc O = (combinação de MI com Mo) = - (2x-x2x4x2+2x4x4)
1 = - 42.67
3
EJ fil (combinação de MI com M1) + (combinação dos --,- - - -
reticulado
I "1 I I U3 I 4m
N, do reticulado entre si) + -
fl- (combinação do N1 da viga wm I

(E J v i m I

4; Equação de compatibilidade: - 42.67 + 23,3Xl = O


200 Cuno de anluae a r t m M I ,prrst4tica -o método das forçsp 201
l
a) DMF na viga de rigidez, esforços normais nas barras dor* finais indicados na Fig. 11-222.
ticula~oe reações de apoio para um aumento uniforme de
temperatura de 30 OC.
b) Esforço normal em U se houver um recalque vertical, de
?
cima para baixo, de cm do apoio E.
c) Qual o encurtamento que deve ser dado à barra U2, de
modo que, ap6s a variação de temperatura a que se refere
o item 1, o momento fletor em C seja de 0,4 mt, traci-
onando as fibras superiores

a) I. Sistema principal, hiperestático e diagramas:


Temos, rompendo a bana U do reticulado, o sistema princi-
pai e os diagramas indicados na Fig. 11321.

F i i 11.222

b) Temos:

Dai, obtemos: 546 X1 = 400 -


3
. - . X1 = 0,244 t (tiação), coincidindo
com o esforço normal atuante, neste caso, na bana LI2.
2. Cálculo dos EJ 6 e do hiperestático
Temos, computando o trabalho da estrutura B flexáo e ao
esforço normal: -
c) Para que MC = 0,4 mt, devemos ter: X'l = - 0,l t. Dai
vir&: (Ws.+ 100) + 546 x', = O
.- ------
C Devemos, pois, dar um encurtamento de 4 3 4 mm à bana U2 para que
MC = -
0,4 mt
Obsmaçdes:
a) Podemos ter, evidentemente, sistemas reticuladcs emijecidos por viga
~ ~ = = 1 0 4 x 1 0 . ~ ~ 3 0 ( 2 ~ 5 ~+ 72 ,x 5z x 4 +
F J ~ EJotgAN1 continua, conforme esquemstizado na Fi& 11-223.1; sua resoIuçã0 serh
3 3 feita normalmente, a partir do sistema principal indicado em 11-223.2.
+ 1 x 3 ) = 7 5 + 1 6 + 9 = 100

Vem, então: 546 X1 = - 100.'. X1 = - 0,183 t


3. Esforços fmais
A partir da expressão: E = - 0,183 E1 , obtemos os efeitos
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203
~ p e ~ t A t i c-aO metodo das forças
b) E fácii verificar, a partir dos exemplos 11-31 e 11-32, que o reticulado (amomentos fletores e esforços cortantes fmais atuantes na viga AB
das vigas Langer e sistemas pènseis estará submetido a esforços nor- foram nulos, no caso, apenas devido ao carregamento particular, atuante;
mais simétricos, desde que seja geometricamente (apenas) simétricqin. teriam vaiores significativos para outros tipos de carregamentos.)
dependentemente da existência ou não da simetria elástica ou de car-
regamento. d) O leitor pode perceber, após os exemplos apresentados, que a idéia
básica que deu origem às vigas Langer e aos sistemas pên-
c) Podemos ter (embora ocorram com muita raridade na prática) vigas seis foi a da criação de um sistema reticulado, solidário com a viga
Langer e sistemas pênseis isostáticos, bastando, para isto, existir uma biapoiada, que, trabalhando ao esforço normal, alivia as solicitações
rótula numa das seções da viga de rigidez. Empregaremos, nestes ca. de flexão da viga (pois absorve parte da carga) auxiliando-a, então, a
sos, o mesmo tipo de procedimento adotado no caso da estrutura ser vencer um vão que ela, isoladamente, nãa poderia vencer (ao menos
hiperestática, rompendo uma barra do reticulado, obtendo os momen. de uma forma economicamente viável).
tos fletores Mo e M1 atuantes na viga de substituição na posição cor-
respondente & rótula e,impondo que o esforço normal X, na bana
rompida do reticulado deve ser tal que o momento fletor final M = 4. Estudo das linhas de influencia em estruturas hippstáticas
=Mo + MIXl atuante na rótula seja nulo, teremos resolvidaaestmtura 4.1 - Base teórica d o método de resolução
Por exemplo, se a viga AB da viga Langer do exemplo 11-31 Seja a estmtura duas vezes hiperestitica da Fig. 11.226:
possuisse uma rótula C na posição indicada na Fig. 11-224, teríamos,
aproveitando as dilgramas das Figs. 11-217 e 11-218:
G C C
hf$ = + 4mt; M1 = - 2n1t Impondo a condição Mo + M1 Xl = 0,
A
lp=
' n A
A B C D
F i i 11926 - Enruniri hiperastbtica.
Adotando-se para sistema principal o indicado na Fig. II-227
temos, conforme o que abordamos no item 2.2.d deste capitulo:

Ou seja:

obtemos: X1 = 2t, sendo os esforços atuantes dados, então, a partir da


expressão E = E. + 2E1, pela Fig. 11.225.

F i g . 11-225
204 Curso de &se estrutural mpeiatdtki - o método âas forças 20s

Nestas expressBes, os 0 ij. função apenas do sistema princi- da carga concentrada unitária
pal adotado, independem do carregamento, ao passo que os são,evi.
dentemente, função dele. Em se tratando do estudo de linhas de innuên. Isto nos permite concluir, entáo, que:
cia, a cada posição da carga unitária corresponderão diferentes 6i0 e
demos então escrever que: L L S10 = Elástica do sistema principal carregado com X1 = I.

De forma inteiramente análoga, concluiriamos que:


LL SZ0 = Elástica do sistema principal carregado com X2 = 1 .
Com isto, as l i de influência dos hiperestiticos estão c e
nheeidas, senão vejamos:
Para obtermos as linhas de influência dos hiperestáticosbasta-
rá, pois, conhecer as linhas de influência dos L L Xl = - ( P1 1 L. L filo + 0 12 L I. ) = Elástica do sistema
I
Seja, por exemplo, obter a linha de inliuência de filo (deformação
na dinção do hiperestático X1 , no sistema principal, devida ao carrega-
mento externo P = 1 que percorre a estrutura). Para obtenção de uma
principal carregado com X1 = - I e x2 = - a 12,
ordenada generica de SI0. em se tratando de uma deformação numa es- OU, ainda: L L X1 = Elástica do sistema principal carregado com os(-0 )
trutura isostática, temos os estados de carregamento e de deformação in- da Ia. linha da matriz [ O ]
dicados na Fig. 11-228: A uma conclus%oanáloga chegariamos para a L. I. X2 e, genera-
lizando, podemos concluir que:

L L Xi = Elktica do sistema principal carregado com os (4) da


i G a a linha da matriz [o].
+c' Estado de deformaqão -
Conheadas as linhas de influência dos hiperestáticos, aslinhas
de influência de outros efeitos são obtidas imediatamente da expressão:

u L
Nesta expressão, E1 e E2 não variam com a variação da P*'
Estado de carregamento
SiHo da caga unitária, pois representam os valores do efeito estudado,
no sistema principal, provocados pela aplicação de X1 = 1 e X2 = 1 ,
respectivamente.
Fio. 11.228

Combinando os diagramas obtidos para estes estados de car-


regamento e de deformação, teríamos a rotação relativa das tangentes à
.
Com a variação da posição de P = 1 variaráo, então,apenas
E0 s X1 X2. segundo suas l i a s de influência.
Como L L E 0 é uma linha de influencia no sistema principal
elástica em 3, no sistema principal ( &i0)provocada pela aplicação da (i"statico) e como as linhas de influência dos hiperestáticos já são cc-
carga P = 1 na posição genérica S indicada. Lembrando, agora, o teorema a e a d a s , o pmblema está resolvido e, generalizando, temos:
de Maxwell sabemos que, caso quiséssemos obter o deslocamento
vertical de uma seção genérica S. no sistema principal, devido à aplica-
ção de uma carga X1 = I , como os diagramas a combinar seriam os
mesmos, teríamos que este deslocamento vertical de uma seção genérica
devido à aplicação de X1 = 1 seria numericamente igual ao deslocamen-
to na direção de X1 provocado pela aplicação, naquela seção genérica,
Hipaestdtica - o metodo das forças 207

4.2 - Roteim de cálculo a) Caso de J constante:


A partir das conclusões do item anterior, podemos =tabele.
cer o seguinte roteiro para o traçado de linhas de influência cm ntm.
Nras hiperestáticas.
L Pd :Viga Tnjugada carregada mm
J 8

I?) Escoiha do sistema principal (de prcferência composto de :-.M,


trechos que se comportem, para a carga P = 1 , como biapoiadm) e
dos hiperestáticm (aplicados no sentido do esforço positivo).
Observação:
Recomendamos que o sistema principal seja constituído de trechos com- 11-230
Fig.
portando-se como biapoiados para, quando do cálculo das linhas de in- Como a elástica é o diagrama de momentos fletores na viga
fluència dos hiperestáticos, recairmos nas expressões que deduziremos no conjugada, temos:
item 59. (É claro que nada impede de se adotar um sistema principal
qualquer e de se obterem as ordenadas das linhas de influéncia dos hi-
perestáticos ponto a ponto, pela aplicação do teorema dos trabalhos vir-
tuais.)
Recomendamos, também, que os hiperestatiws sejam aplicados
no sentido do esforço positivo para que as linhas de influência obtidas
já tenham o sinal' correto do esforço estudado. ou seja:

2?) Traçado dos diagramas no sistema principal para os hi-


perestáticos unitários.
3?) Obten~ãoda matriz [ 8 1
49) Obtenção & matriz [ P ] = 16 1 (Podemos, pois, usar os P da matriz errada com que trabalhamos usual-
mente sem maiores preocupaçóes)
S?) Obtenção das linhas de influência dos hiperestáticos.
b) Caso de J variando em mísula (supondo Jmax.em I )
Observaçóo inicial:
Sabemos que as linhas de influéncia dos hiperestáticos são as elásticasdo
sistema principal carregado com os (- P ) corretos Ora, até aqui, temos
sempre trabalhado com os hii da matriz [ 6 1 multiplicados porElc,ou
seja, a matriz correta [ 6 1 seria aquela com que trabalhamos dividida
por ,!Vc e, conseqüentemente, a matriz [o ] correta será aquela comque
trabalhamos devidamente multiplicada por EJc. Não podemos, pois, nos
esquecer disto na hora da obtenção das linhas de influência dos hiperes-
táticos, ou seja, devemos multiplicar os nossos (- 0 ) da matriz [ P ] er-
rada com que trabalhamos por EJc para obtençzo das elásticas.
Supondo que, em nosso sistema principal adotado, a estrutura fi-
que dividida em elementos cornportandwe para a cargaP= 1 como biapoiados,
para obtenção das linhas de inflGncia dos hiperestáticos teremos que achar
- biapoiadas para carreeamentos da forma da Fig. 11-229.
elásticas de vi~as

k h Fip. 11-229 l3 0 s v a h i du Riqaes % e WD estão dados na takla I pertencente r0 c*P-


7i I ---*- d o v01 I &ste Curso.
Uma ordenada gengrica R Xi da elástica, obtida pela combina. 2. Diagramas no sistema principal
çzo dos diagramas da Fik 11-231 é dada, conforme a tabela 111 do cap. I, X, .,m, X, . lrn,
pela expressão:

ou seja:
(11.10)
qx, = 11' ( P1 rll + P2 V2)
I Fip. 11.234
3. Matriz 1 61
sendo: I' = 1 -Jc
Jm in

Os coeficientes q 1 e V 2 . dependendo do tipo de mísula.


são obtidos das tabelas XII a XV do cap. I.
6?) Outras linhas de iníiuéncia
São obtidas da expressáo 1
L1.E = LI.EO + ZEiL.LXi (11.11) I
I

4.3 - ApIicações i
E r 11-33 - Para o quadro da Fig. 11-232, de inércia constante,
traçar as linhas de influência seguintes, cotandcm nas 1 S. Linhas de influência dos hiperestáticos
seçóes indicadas (as wtas estão em metros): 5.1 - L I. X 1
Será a elistica do sistema principal carregado mm
(- 1% h h a ) da matriz 10 I , ou seja, com o carregamento indicado na
Fig. 11-235.

Fip. 11-232
Fig. 11-235

L I . M ? ~ , h(?, M~
barra CF
.
VF. HB. M I I . Qv Temos, entao:
Temos: a) Trecho BC
1. Sistema principal e hiperestitieo~
X1 Xi 7/90
rhh Fie. 11.233
I Fig. 11-236
210 Corso de mslise nitnihiral Hipmtática - O método h f o v 211
1

Para as seçóes -inaladas na Fig. 11.232, obtemos: Teremos: % = -2 124


7
= 0.55 -
Podemos, então, traçar a linha de influência de X1 , o que
feito na Fig. 11-239.

Fg. 11.237
Obser~nção:
b) Trecho CD Haverá, também, uma elástica para a barra vertical CF, em cujo conhe
Para este trecho, n2o precisam refazer os cflculos, pois cimento não estamos interessados, pois a carga P=l nso percorre esta barra.
vemos que o trecho BC se transforma em CD, se lhe imprimimos uma
rotaçáo de 180°, multiplicando seus valores por 2 . Sendo assim, temos:
7 Será a elistica do sistema principal carregado com (-2a.laia)
da matriz [ p ] , ou seja, com o carregamento indicado na Fig. 11-240.

c) Balanço Ai3
Sabemos que a elástica serA uma linha reta nos balanços,
bastando, portanto, calcular sua ordenada extrema, o que faremos a par-
tir da defullçáo. Temos a combinar os diagramas da Fig. 11-238,obtendo:

Fip. 11-240
Comparando com 5.1, vemos que, para obter a L I. X2, bas
ta se imprimir uma rotação de I800 à L I. X1. Com isto, temos a li-
nha de infiuência representada na Fig. 11-241.

Fip. 11-238

E Y c t ; A = E l c x -1 ~ 3 0 x 57 ~ --
6 90
. . TIA= 1,94

d) Balanço DE
212 Cuiso de a n h eatmtunl

6. Outras linhas de influência 6.2 - L.1.V


F
6.1 - L I. Mcbarra C F Temos:
Temos: L I. VF = L. I.(Vo)F --
30
( LI. X1 + L.1X2 ). estando representada,
barra C F -
LLMc - L 1. (MolebarraCF
-L. LX1
- 1 xL.I.X1 + 1 L.I.X2= LI.X2-
I a partir do quadro de valores seguinte, na Fig. 11-243.

Vem, entáo: a partir do quadro de valores seguinte, a linha de influên-


cia representada na Fig. 11-242.

barra C F
%E0 - í.y =L.l.Mc
x2 1

A -1,39

I +1,96

I1 t3.13

111 +2,64

IV - 2,64

V -3.13

VI -1,96

E +1,39

6.3 - LINB
Considerando positiva a reação horizontal da diieita para a
Fip. 11.242 esquerda, temos:
214 CURO de an%iseestrutud Hipdtica - o método dar forçns 215
LLHB = LI.(Ho)i( - - 12
1 1
L.I.X1 + - L . 1 . X 2 =
I2
1
-(L.1.L
12
-
1 6.5 - L 1. Q v
Temos:
- L. I. XI ) = L I. M? CF,0 que é aiiás, evidente.
12 L L Q V E LI.(Qo)v - -
30
L 1. X , estando traçada na Fig. 11-245.
2
Podemos dispensar seu traçado.
6.4 - L.I.
lemos:
L I. MI1 = L 1. ( M o ) II + 0,5 L. I. X, .estando traçada na Fig. 11-244.
I

Fip 11.245 - L. I. O
v
Hipemt6tka - 0 d t o d o das f 0 ~ ,217 I

E*. 11-34- Para a estrutura d o exemplo 11-1 I, traçar as linhas


de influência dos esforços simples na segão a 114
do váo, contada do apoio esquerdo.
Adotando o sistema principal da Fig. 11-70 do referidoexem.
plo e que esta transcrito a seguir, obtivemos [ SI= [I 161, ou seja:
I It m [(3]= [!/I 161 Daí vem:
2. Linhas de influência dos esforços simples atuantes em 1
2.1.-L,I. MI = L I. (MO)I - 5 L I. Xl ,indicada na Fig. 11-248.

Fig. 11.245

1. Linha de influência d o hiperestático


Será a elástica da estrutura carregada com (-- 1 ) no lugar
116
de X1 , OU seja, com o carregamento dado na Fig. 11-246, para o tre.
cho horizontal em que se desloca a carga unitária.

51116 7: 11 lU 51116
I I (
A:
Fig 11-246

A partir de (11.10). obtemos


5
= /l'((3,q1 + 021)= 20x5
116
(Vl + q 2 ) =

Empregando-se a tabela XIV, obtenios, com o auxílio do 2.2 - L.1. Q1= L I. ( Qo ), , indicada na Fig. 11-249.
quadro de valores a seguir, a L 1. X1 , traçada na Fig. 11-247.

Seção '71 '12 "x1


I 0,0459 0,0349 0,38
I1 0,0560 0,0560 0,48

111 0,0349 0,0459 0.38


~ i p r r ~ t l l ü c-a o método das f o w ' 219

pendo o vinculo que transmite esta reaÇã0 vertical vA e aplicando, em


A, uma força VA igual à que existiria se O vincblo existisse, temos o
esquema estático da Fig. 11-251.2, idêntico ao da Fig. 11-251.1 e cujo
aspecto da elástica está indicado na própria figura (tendo esta elástica,
pois, ordenada nula na seção A).
Considerando, agora, para a mesma estrutura que a da F@,
11-251.2 a aplicação, em A. no sentido oposto ao de vA positivo, de
uma força F tal que produza uma deformação unitánalS da seção A
(e cujo aspecto da elástica pmvocada no resto da estrutura estáindicado
na Fig. 11-251.3). teremos, aplicando o teorema de Betti aos grupos de
forças indicados em 11-251.2 e 11-251.3:

Fio 11-250 - L. I. N,
-VA x l + l x q = F x O . . q = VA, oquedemonsiraque,para o b
termos a linha de influência da reaçgo vertical VA. rompemos o vincu-
Obsevaqies: lo capaz de transmitf-la, atribuindo à estrutura assim obtida um dedoca-
a) Os exemplos 11-33 e 11-34 ilustram o procedimento a adotar para se mento unitário no sentido oposto ao de VA positivo, sendo a elástica
obterem as linhas de influência numa estrutura hiperestática. Caso a desta estrutura. decorrente da imposição deste deslocamento u n i m o , a
estrutura hiperestática em questáo for tal que não seja possível obter linha de influência desejada.
um sistema principal, que se comporte à flexão como viga biapoiada,
as expressões (U-9) e (LI-10) não mais serão válidas para a obtenção De maneira inteiramente anáIoga, demonstrariamos a validade
das linhas de influência dos hiperestáticos que, em se tratando de da regra de MuUer-Breslau para a obtenção de outros tipos de linhas de
elásticas do sistema principal, serão obtidas por pontos, empregando-se influência.
diretamente os conceitos de estado de carregamento e estado de de- Não é usual utilizarmos a regra de MüUer-Breslau para a obtenção
formação estudados no cap. 1, para obtenção de cada um desses Fon- numérica das linhas de influência em estruturas hiperestáticas; seu conhe
t o s Isto ocorrerá tamb6m para as estruturas cuja lei de variação de cimento é, no entanto, bastante útil, pois nos permite conhecer, o p r b
inércia n b as enquadre em caso de combinação de diagramas tabela- ri, que aspecto terão estas linhas de influência. Assim, para a viga mn-
do no cap. I.. tinua da Fig. 11-252, podemos afirmar que as linhas de influência dos
b) A regra de ~ ü l l e r - ~ r e d a u 'd~ também aplicável para a obtenção de esforços indicados terão os aspectos apresentados nesta figura
linhas de influência em estruturas hiperestáticas, conforme ilustra oca-
so seguinte:
Seja a viga continua da Fig. 11-251.1, para a qual desejamos
obter, por exemplo, a linha de influência da reação vertical em A. Rom-

Fi 11 -2 Y
IV
Fig. 11-251
14 Ver enunciado no item 4.4 do rnp. 1 deste volume. lS Que ni6 c n a n d a como pequena defoma@o (v. obrrviflo do item 1.2 do ap.ipJ).
220 Curso de anáiise estrutural
I
I
I w - ~t i a - o método das fo- 221

Podemos, conforme já sabemos, encará-la mmo sendo a estni-


wra isostatica da Fig. 11.253.2, submetida ao mesmo carregamento Pi ,
acrescido dos hiperestáticos X1 , . . .' .Xg , cujos valores são tais que as
deformações da estrutura em sua direção sáo nulas.
Sendo assim, podemos dizer, por exemplo, que 6 3 = 0, pois 6 3
6 a deformaçáo da estrutura, devida ao carregamento atuante, na direção do
hiperestfitico X3 (no caso, 6 o deslocamento horizontal de E), Por força
dos teoremas de Castigliano, podemos escrever que 6 3 = - a-r = 0, sendo r
J x,
a energia real de deformação da estrutura.
.
Derivando esta última expressão em relacão a XI< . obtemos
-263
ax3
- , que representa o aumento da deformação
-- a2 T
a2
83 na

direção de X3 para um acrésci'mo de X3 , aumento este essencialmente


positivo. Temos, então que o valor de XJ satisfaz às mndições:
2
- a- - O e h 2 > 0 , 0 que indica que X3 toma um mi-
3x7 axq
nimoi isto constitui o dorema de Menabrea, que podemos enunciar da se--
guinte forma:
"A pndeza hiperestdtim tem um wlor tal que t o m o traba-
Fie. 11-252 (mnL)
iho r@! de deformaç& & esiruium wn mínimo':
Ex 11-35 - Empregando o teorema de Menabrea, obter o diagra-
5 - O teozema de Mennbrea ma de momentos fletores para a vigq da Fig.
Apresentaremos, agora, uma interpretaçáo puramente energética 11-254, submetida ao carregamento indicado, que
para os valores dos hiperestáticos de uma estrutura hiperestática possui inkrcia constante.
Seja, por exemplo, a estrutura hiperestática da Fi& 11-253-1 ,
submetida ao carregamento Pi indicado.

Devido à simetria existente, podemos afumar que o aspecto


do diagrama de momentos fletores desejado é o da Fig. 11-255, sendo o
valor de M a determinar.
-q
Como:
M(x)= -',,+&L - qx
2
I Hiptestática - o &todo das forpa

2 2
o trabalho real de defonnaçHo será dado por:
Levando em conta que, a partir de um sistema principal qualquer,
podemos escrever:
M = M O + M I X l +M2X2, N = N O + N I X l +N2X2,
Q =Qo + QIX1 + Q2X2 e m=Mo + M ~ +XM2x2,~
3 8 I N=Zo + N I X I + N2X2, Q = Go + QIXI + Q Z x 2 , temos:
Temos:
- 3 I
ar = - &)
aM 2EJ 6

--0:.
- xQ (Q9
- + Qlrl
= -
Impondo o teorema de Menabrea, vem:
aM
l2 sendo o diagrama pdido. pis,o indicado na Fig. 11.256.
M = I
+ 1 + Q2x2)di =

12 xaod" +

EJ

6
de diagramas
6.1 -
Fig. 11-256

- C á i d o de defamaçio em estmturas hiperestiticas


Caro de cungamento externo
- Verifiraçk
I
I

+ x2 [j EJ + x1
ES

CS

I"""
+ x2 , "C:"'] +

!3eja a estrutura da Fig. 11-257.1, submetida ao carregamento


indicado, para a qual desejamos, por exemplo, calcular o deslocamento +
da seção m na direção A. Conforme vimos no cap. I deste volume. a
aplicação do teorema dos trabalhos virtuais, a partir do estado de carre
+j +XI

gamento da Fig. 11-257.2, nos fornece: 4

AnaIisando os coeficientes de TI e de x 2 , a igualdade pode


*r reescrita sob a forma:
224 Cuno de anáiise estnitud lii+tka - o método dac forças -' 225

Levando em conta que os coeficientes de rl


e & serão iguais &antes) e escolher o estado de carregamento, num sistema principal
a zero, por serem dados por cada uma das equações do sistema de equações isost6ticO 18. necessário ?obtenção
i de um deslocamento cujo valor
de compatibilidade elástica para determinação dos hiperestaticos X I e x2 nhecemos a priori @r exemplo, rotaçao num engaste, deslocamento li.
do estado de defomação, a expressão anterior se reduzira para near de um apoio do 2.O gênero, etc., valores estes que sabemos serem
nulos); calculamos, então, este deslocamento cujo valor comparamos com
aquele que conhecemos a prwri, o que permite então verificar a cone-
ção ou não dos diagramas solicitantes obtidos para a estrutura hiperesti-
tica
em que M, N. Q são os esforços atuantes na estnitura hiperestiticanoes-
tado de defonnaçao e 6,Fio, DOE esforços atuantes no sistema principal
E r 11-36 - C a l d a r o deslocamento vertical na seção central
isostdtico se nele aplicamos a carga P = 1 t.
'da viga biengastada de rigidez constante EJ indi-
Por manipulações algébricas inteiramente anâlogas poderlanos cada na Fig. 11-258.
também obter

em q u e . K x E são os esforços atuantes na estrutura


~- hiperestática no
~.- .
estado-de .canegarneE, e Mo, No , Qo os esforços atuantes no siste-
ma principal isostático se nele aplicamos o carregamento externo atuante. Tomando o estado de deformação na estrutura hiperestiticae
o estado de carregamento no sistema principal, por exemplo, da Fig.
A partir das duas Últimas expressões, Peter Pastemak enun- U-259,temos, a parti dos diagramas Mo e M das Figs 11-259 e 11.260
ciou o assim chamado teorema da redução, da forma seguinte: (sendo, que o diagrama M j i é conhecido a partir do resultado doexem-
"Para se calruiar deformações numa estruma hiperestáticn. plo U-35). empregando a tabela 11:
empregando-se o teorema dos trabalhos virtuais. um dos estados ( o de
mwegamento ou o de deformaçüo) deve ser tomado m esirutura hiperestática.
podendo o outro ser tornado num sistema principal isostáti~o'~ qualquer
que dela se obtenha':
Obsmaçóes:
a) Normalmente, no caso de carregamento externo, o estado de deformaçXo
6 tomado para a estrutura hiperestatica, pois precisamos conheXrseus
~

diagramas solicitantes para este carregãmento externo atuante a fun de


poder dimensioni-Ia, ficando o estado de carregamento para ser tomado
num sistema principal qualquer, obtido a partir da estrutura hiperestitica. Fia. 11-258 Fia. 11.280
b) O câlculo de defomaç6es em estruturas hiperestitiw tem grande apli-
caça0 na verificaçáo de diagramas solicitantes obtidos para uma estrutura
hiperestatica, pois basta tomar o estado de deformação na estrutura
hiperestatica (sendo conhecidos, portanto, seus diagramas s0li-

16 No casa de estnitura no espaço, substituir por (11-20).


17 NO casa de emutura no erpaco, substituir por (11-21).
l 8 O sistema principal isastático deve ser tal que possibiite a existência da deforma*
18 (V. m u e.anterior. )
que queremos cplcular.
Obsewuçüo:
Para o estado de,$egamento poderíamos ter, indiferentemente, tmba.
.
Ihado com um dos sistemas principais da Fig. U-261. x 4.09 = + 2,45, que reproduz o resultado anterior.

Ex 11-38 - Empregando o teorema de Pasternak, verificar a


wrreção do diagrama de momentos fletores para a
viga da Fig. 11-258.
Fio. 11-261
Ex 11-37- Calcular o deslocamento horizontal da barra a Calculemos, por exemplo, a rotação da tangente à elastica
para a eitrutura da Fig. 11-19 (exemplo 11-1) s u b num dos engastes, que sabemos, a priori, ser nula.
metida ao carregamento indicado nesta figurá.
Temos, escolhendo o engaste A , por exempjo, a partir do si*
Temos, adotando o estado de carregamento no sis!emaprinci- tema principal isostático da Fig. 11-265, o diagrama mo
indicado nesta
pal da Fig. 11-262 e mantendo o estado de deformação na estrutura hi- figura que, combinado com o diagrama M da Fig. 11-260, nos fornece:
perestática, os diagramas Mo e M das Figs. 11-262 e 11-263, a partir dos
quais obtemos:
I
U 6 =MoMds= ~
12
X
2
3
verifica a correçzo do diagrama M.
8
12
I 1 X- - x e x I x 1 = O, o que

lmt Imt

M Obsmu@:
Fio. 11-262 Fig. 11.263 t O sistema principal escolhido para tratado do diagrama MO deve ser tal
EJc6=
I M@ds= 'x3
3
x 3(-0.82 + =)=
2
= 0,245 mm, da esquerda para a direita
+2.45. ' .6 =
I

I
que possibilite a existència da deformaçáo, cujo valor, que conhecemos a
priori, desejamos verificar; caso contrário, náo será possível esta verifica-
çáo. Assim, no caso deste exemplo, o sistema principal da Fig. 11-265
não poderia ter o engaste em A , que impediria a rotacão da tangente à
1
ObsenaçaO: elástica em A, cujo valor nulo desejamos usar na venficaçáo da sorreção
Se trabalhássemos com qualquer outro sistema principal, chegaríamosevi- do diagrama M da viga hiperestatica.
I
dentemente ao mesmo resgltado, senão vejamos. Ex 11-39 - Verificar a wrreção do diagrama de momentos fle-
A partir do diagrama Mo traçado para o sistema principal da tores, representado na Fig. 11-21, para a estrutura
Fig. 11-264, obtemos: da Fig. Ib19, submetida ao carregamento indicado
nesta figura.

Cslculemos, por exemplo, o deslocamento horizontal doengm


I te A, que sabemos a priori ser nulo.

I Smdo o diagrama M na estrutura hipemtitica o indicado na


r%.11-263 e o diagrama Mo no sistema ~rincipaleswihido o indica-
I do na Fig. 11-266. temos:
Como, para uma variação de temperatura temos MO = Ng = Qo = O,a
expresso obtida pela aplicação do teorema dos trabalhos virtuais se re-
duz, finalmente, para
Fie. 11-266

a partir da qual podemos calcular deformações em estruturas hiperestlti-


eas devidas à variação de temperafura, sem ser necessário conhecer os
Tagramas solicitantes que esta variação de temperatura introduz na estru-
tura hiperestática dada.
o que verifica o diagrama. (A ligeira diferença encontrada do valor zero I
se deve, evidentemente, ao arredondamento feito quando do cálculo dos Podemos, também, trabalhar com o estado de carregamento
hiperestiticos, para a obtenção de M.) na estrutura isostática, o que é útil quando j6 conhecemos os diagramas
solicitmtes na estrutura hiperestática devidos à variaçáo de temperatura,
6.2 - Caso de varia* de temperatura senão vejamos
Se a estrutura da Fig. 11-257.1, estiver agora submitida'ava- Partindo da expressáo (U.14) e levando em conta que:
nação de temperatura indicada na Fig. 11-267.1, o deslocamento da se-
$%om, na direção A, por ela provocado, valerá, a partir do estado de car- M = MIXl + M2X2 , N = NIXl + N A , Q = QIXI + Q2X2 ,
regamento da Fip. 11-267.2:

i ti 1 1 1
Fie. 11-287.1 - Estado de ddomirSo Fie. 11-267.2 - y c]
Emdo deuirqimsnto
obtemos:

IEnorqm: M, N, 01 IEsfortm:

Fie. 11-267

F x ~ =
I " 'h-"' M d s + l f f t g B &d$s !+! A /
- + /&%&
ES
+

GS
I
1 A partir do desenvolvimento apresentado no tópico 6.1 deste I l9 A notafio e as mnwnções de sinais a30 a1 mesmas apresentadas no tópim cone*
item, sabemos que I Pondmte no mp. I deste volume.
Hipmiática - o método dss fo- 231
/
No caso, como o diagrama na estrutura hiperestática já 6 n>.
hecido, toma-se mais pratico trabalhar com o estado de carregamento
num sistema principal isostátim. Escolhendo o sistema principal da Fig.
11-268.1 cujos diagramas ao e NO estão traçados eni 11.268.2 e 11.
268.3, temos, a partir da expressão (11.16). em que desprezamos os dois

Identificados os coefieientes de e 2 como as duas equa


1 ( 2 ~ 2 ) e ( 62t +
pões de compatibilidade elástica ( S I ? + 6 1 1 ~ +
+ 62iX1 + 622X2) para resolução da estrutura hiperestática submetida
à vaziaçáo de temperatura, seus valores serão nulos e ficamos, finalmen-
te, com

6ltimos termos por se tratar de um quadro, que trabalha basicamente à


flexão e cujo primeiro t e m o é nulo (pois ri = te = tg ) e, levando em
conta o diagrama M na estrutura hiperestática devido à variação da tem-
peratura representado em 11-269 (transcrito da Fig. 11-24):

A expressão (11-16) nos permite, então, calcular defomações em estrutu.


ras hiperestáticas devidas a v a r i a ç k de temperatura, trabalhando com o
estado
- de qanegamento num sistema principal isostático (fornecendo esforços
Mo, No,gO) e c o m o estado de deformação na estrutura hiperestática
(esforços M.N, Q).
Os termos pertencentes ao primeiro parintesis somam a d e
formação no sistcma principal isostático devida à variação de temperatu-
ra existente; os iermos do segundo parintesis representam ii deformação
elastica devida aos esforços que a hiperestaticidade da estrutura nela in- I F i i 11-269 - M (em mtl
troduz devido à variaçáo de temperatura. *'
A expressão (11-16) permite tambbm a verificação de diagra-
mas obtidos em estruturas hiperestáticas para variação de temperatura,
sendo o tipo de procedimento inteiramente análogo ao adotado no caso
de carregamento externo.
Os exemplos seguintes esclarecem.
Ex. 11-41 - Verificar a c o n q ã o do diagrama de momentos fie
Ex. 11-40 - Para a estrutura do exemplo U-1 (representada na - tores para a estrutura do exemplo anterior.
Fig. 11-19), calcular a rotação da tangente à elásti-
ca em B devida à vaziação de temperatura de que
faia o item b do exemplo 11-1.
I em A.
Calculemos, por exemplo, a rotação da tangente à elastica

Temos, para o sistema principal da Fig. 11-270, os diagramas


20 No caso de estnitura no espaço. substituir por (11-22).
No cálculo dos termos do xgundo pnrênteds (que s i m b o h m deform;yáo dásti- mo e No,a partk dos quais temos, empregando a expressllo 01-16) (va-
EP da csflunira). podem ser feitas as simplifica@er mencionada no item 1.Le do lendo as observaçóes feitas no exemplo anterior):
cap I.
lmt
m6nlm
lmt

6
1 Sendo o estado de carregamento. então,o
a partir de cuja resolução obtemos os diagramas M e N
da Fig. 11-272.1,
indicados em
11-272.2 e 11-272.3, obtemos, pela aplicação da expresão (11-15): e

1 A scção central sobe, então, de 0 9 8 m

6.3 - Ciso de reealqws & apoio


Seja a estrutura hiperestátiea da Fig 11-273.1, submetida aos
.. -
6= 0,000002 rad O , o que verifica o diagrama (a diferença de recalques de apoio indicados, para a q u d queremos calcular, por exem-
$10, o deslocamento da seção m na direçzo A , provocado por estes re-
zero se devendo aos arredondamentos feitos quando do cálculo dos hi-
perestáticos, para a obtençáo de M). calques
Ex. 11-42 - Calcular o deslocamento vertical da seçáo central A partir do estado de carregamento da Fig. 11-2732, temos,
da estrutura da Fig. 11-271, que tem ff = 1 0 5 / 0 ~ empregando o teorema dos trabalhos virtuais:
e cuja seçáo transversal, constante, 6 um retângu-
lo de O,4 m de altura. se suas fibras externas fo-
rem resfriadas de 10 OC e as internas aquecidas de
30°C em relação a temperatura do dia de ,113
execução.
5"
C ,...,@C P
'
I i" f

No caso deste exemplo, ser4 mais cômodo trabalhar com o


estado de carregamento na estrutura hiperestática, já que não conhece-
mos os diagramas solicitantes devidos à variação de temperaturaem ques-
Fie. 11-273.1 - E n d o da d&rmuj&
(Worsa: M, N, O )
-
Fip. 11-273.2 Eado deurrasmmm
- - A

I E n o m : M, N, O
tão na estrutura hipereststica
Fig. 11-273

g*n
-
Por procedimento inteiramente análogo ao adotado na pas<s-
da expressão (11.14) para a expressiio (11-15). no item 6.2 deste t6.
pico, podemos mostrar que o segundo membro da igualdade (II-17)enu-
10 e ficamos, então, com:
PS + zRp = O (11-1 8 )
W Cuiso de anáiii estrutural -Oca - o método das f o p 235

Esta Última expressão permite, então, calcular deformações em


estruturas hiperestáticas, trabalhando com o estado de carregamento na
estrutura hiperestitica, sendo necessário apenas calcular as reaçóes de
apoio R no estado de carregamento.
Podemos, também, trabalhar com o estado de carregamento
num sistema principal isostátiw (ficando m m o estado de deformação
na estrutura hiperestitica), obtendo, de forma inteiramente aniloga à
adotada no caso de variação de temperatura: ..

Ex 11-43- Calcular, para o quadro da Fig. 11.271, o desloca-


mento vertical da s q ã o central, provocado pelos
Do
Na expressa0 (11-19), Ro, Mo.No, se referem a um sistema recalques, indicados na Fig. 11-274, dos apoios A e
principal isost6tico e M. N, Q sao esforços na estrutura hiperestática dada B.
provocados pelos recalques p.
Esta Última expressão é valiosa para fins de verificação de di-
agramas obtidos em estruturas hiperestáticas para recalques de apoio, sen-
do o tipo de procedimento análogo ao adotado nos casos de carregamen
to externo e variação de temperatura.
Observaçóes:
a) Sendo o segundo membro da igualdade (11-19) dado por trabalho de
deformação elástica de estrutura, podem -ser feitas, em seu cálculo, as
simplificações mencionadas no item 1.2.e do cap. L
b) Todas as expressões que deduzimos neste tópico 6 o foram para s
truturas planas. Caso tenhamos uma estmtura nb espaço, devemos
acrescentar ao trabalho virtual de deformação, devido ao momento fle- Fip. 11-274
tor e aos esforços normal e cortante, aquele devido ao momento tor-
çor. Assi, para o caso de estruturas espaciais, as expressões (11-12). Como as reações de apoio no estado de carregamento, toma-
(11-13). (11-16) e (IE19) se transformarão, respectivamente, em: d o na estrutura hiperestática, já são conhecidas (V. Fig. 11-272.1) pode-
mos escrever, imediatamente, a partir de (11-18), que

.' . 6 = 0,0175 m = 1,75 cm (para baixo).

Ex. 11-44 - Verificar a curreção do diagrama de momentos fle-


tores (idicado na Fig. 11-27) para a estrutura do
exemplo 11-1 (Fig. 11-19) submetida aos recalques
verticais de que fala o item c do enunciado do
referido exemplo.
Calculando, por exemplo, a rotação da tangente à elástica em
A (que sabemos ser 1 0 3 rad) temos, a partir da expressão (11-19), ]e-
"ando em wnta o estado de deformação (na estrutura hiperestática) e 0
No caso de ertmhira no espaço. substituir por 01-23). estado de carregamento (num sistema principal isostático) das Figs. 11-275
236 de inPg «rhritiua~
CII~SO

e II-276 e desprezando os trabalhos elásticos de defomçllo devidos aos i 7.2 - Traçar o diagrama de momentos fletores para a estrutura da
esforços normais e cortantes: Fig. 11.278. Todas as barras têm mesma indrcia.
w

I Fig. 11-275 - En.do&&foimi*k. Fig. 11.276 - Enido & sri.pmmto. + - a m + d m - C


Fig. 11-278

7.3 - Obter o diagrama de momentos fletores e as reaç&s de apoio


para o quadro da Fig. 11-279, que possui inkrcia constante.

H, 6 = -6
+ 11.7 - 18,s = 9,9 . . 6 = 0,00099
'

valor do recalque angular sofrido pelo engaste A (a pequena diferença


encontrada se deve aos arredondamentos feitos quando do ciicuio dos
hiperestáticos devidos ao recalque).
- 0,001 rad,

7.4
c*-
d C
b
---C

Fig. 11.279
L+
t

- Para o quadro, de inércia constante, da Fig. 11-280,pede-se:


a) mostrar que as reaçóes verticais em A e B só dependem de equa-
çóes da Estática;
7 - Pmbiemas pmpoatos b) calcular o valor da carga concentrada que, aplicada emM, dana a
7.1 - Obter o diagrama de momentos fletores para o quadro da mesma reação horizontal em A que aquela provocada pelo carre-
gamento uniforme indicado.
Fig. 11-277.
EEni

-in- +
Fig. 11.280

7.5 - Para-a estrutura da Fig, 11-281, qual o esforço normal que


aparecerá no tirante se lhe for dado um encurtamento de
Zcm?
Dados: (Eqquadro = lo4 tm2
(ESltirante = 103 t
Hiped6tics - o método da9 fo- 239

7.6 - Obter o diagrama de esforços normais para a estrutura da


Fia. 11-282. Fip 11-282

7.9 - As fibras superiores da grelha da Fig. 11-283 sofrem um aumen-


to de temperatura de 20 oC. Sendo dados = 10-5/oC;

= 2 ;W = 104 tm2; h = 0,s m (altura da seção reta), pe-


GJt
dem-se seus diagramas solicitantes.

A
,
AB=BC=6m
Fip. 11-283

7.10'- Obter o diagrama de momentos fletores para o quadro de inbr-


cia wnstante da Fig. 11.284 provocado por:
a) carregamento indicado.
b) diminuição uniforme de 30 OC
Fig. 11-282 E dado: WCt = 1 tm21oC
7.7 - Uma viga de seção constante, rotulada em A e engastada em
E, é submetida a uma variação térmica linear, segundo a altu-
ra h, definida por rs = + t 'X e ti = + 3 t OC, nos bordos su-
perior e inferior, respectivamente. A seção é tal que o centro
de gravidade dista h/3 do bordo inferior. Determinar as rea-
' @s de apoio.
Dados: E, J, S. a, h, r.
7.8 - Obter os diagramag solicitantes para o quadro de inércia cons-
1-1-1 &2t .
Fip. 11.284

tante da Fig. 11.283.


240 Cuno de wáiisc estrutural
7.11 - Obter o diagrama de momentos fletores para a viga de inér- J
para a bana curva: a= 1, sendo Jm=4
- J,
cia variável da Fig. 11-286. J cos P 3
Dados:
JA = JD = Jcomp.
J~ = 5 Jcomp.

7.14 - Idem, para o quadro da Fig. 11.289, para o qual temos:


barras verticais: J = 21ç
barras curvas: = 1, sendo Jm = J,
JCOSP

Fig. 11-286
7.12 - O apoio B da estrutura da Fig. 11-287 sofre um recalque de
1 cm, de cima para baixo. Pede-se o DMF e as reaçties de
apoio. Admitir que a barra @ tenha inércia constante.
Dados: Barra ( iJ: JA = 2Jcomp.
+h & h +
Jc = I0Jcomp. Fig. 11-289
Barra @ :
J = J mmp.
7.15 - Obter O valor do esforço normal no tirante da Fig. 11-290 devido a
= 104 tm2
Ucomp. um encurtamento de 2 cm a ele imposto. São dados:

Jm
Barra curva: -- - 1, sendo
Jcosq
Jm= Jc
Ci
Barras verticais: J = 2Jc

( H c ) quadro = 10" tm'


+- .
I --r-
(ES) tirante = 5x103 t ~ 911-290
.

7.16 - Qual a variagio de comprimento que deve ser dada ao tiran-


te AB da estrutura da Fig. 11-291 durante a montagem pa-
7.13 - Traçar o diagrama de momentos fletores para o quadro da ra que, quando atuar o carregamento indicado. o momen-
Fig. 11.288. to fletor atuante em A e em B sqa de Zmt, tracionando
Sáo dados: para as banas verticais: J = Jc as fibras externas ?
242 CUROde análise estrutural

São dados: EJ, = 104 tm 2 7.19 - Calcular os momentos de engastamento perfeito para a vi.
ga balczo semicircular da Fig. 11-294, submetida a um cai.
regamento uniformemente distribuída "q" e que possui

CJt = F i . 11.204

720 - Resolver a grelha da Fig. 11-295, cujas barras têm inkrcia


constante.

Fia. 11.295
7.21 - Obter os diagramas de momentos fletores e torçores para a grelha da
Fig. 11-296, cujas barras têm E =2.
CJ,

7.17
Fia. 11-291

- Obter as reaç&s de apoio para a viga balcgo circular da


Fig. 11-292 submetida a uma diminuiçáo de t oC das fibras
superiores e a um aumento de t oC das fibras inferiores.
Dados:
/ ~ i --f-'"-f-
+.*% Fip 11-296

0
+,m+- b
Altura: h
7.22 - Idem, para a grelha da Fig. 11-298.
Seção retangular
EJ = CJt
Coef. de dilataçxo: a

Fio. 11-292

7.18 - Obter os diagramas solicitantes para a grelha da Fig. n-293, 723 - Empregando o artifício do arranjo de cargas, obter o dia-
que tem FJ -I GJt
grama de momentos fletores para o quadro d e inércia
constante da Fig. 1 1 - 2 q
. . l - rn

]+6fiLJ Fig. 11-298

*
-
'
- .'i
L
7.24 - Idem, para o quadro da Fig. 11-299.
I
! 7.27 - Idem, para o quadro da Fig. 11.302.

Fip. 11-299

7.25 - Idem, para o quadro duplamente simémw da Fig. 11-300. 7.28 - Obter o diagrama de m h e n t o s fletores
Y=
da Fig. iI-303, que tem rigidez EJ = 10 tm2,a provocado
pela imposição de um encurtamento de 2 cm ? barra
i AB.

Fig. 11-303

Fip. 11-300'

+ JLm 4em$
+Im -P
729 - Obter para a viga da Fig. iI-304o DMF provocado pelo
7.26 - Idem, para o quadro da Fig. 11-301 carregamento momento fletor uniformemente distribuído.

Q I Fip. 11-301
7.30 - Calcular a compressão atuante na barra EF. São dados:
Para o quadro ABW: J = 10m2m4
o
P a r a a b m E F : J = 1 0 - ~m4
UIEa- F ~ 11-306
. s = to-> m2
y-
CUROde anáiip estrutud
-
~ ~ r r s t s t i c ao metodo das f o r p

\ii 7.31 - Obter o diagrama de momentos fletores para o quadro. de inércia c o n i


tante, da F ~ R1.1.306.

3 3 - i - + r +
7.32 - Obter sistemas principais com o menor número possível de hiperes-
táticos para as estruturas elástica e geometricamente simétricas da
Fig. 11-307. Os carregamentos, indicados esquematicamente. são si-
métricos o u anti-simétricos:

733 - Idem, para as estruturas (grelhas) da Fig. Ir-308.

Fi
g . 11-308
7.34 - Empregando o artifício do grupo de incógnitas, obter os
diagramas de momentos fletores para O quadro da Fig.
ü-309.que tem W = 2.1 x lo4 tm2, devidosa:
a) carregamento indicado
b) recalque vertical de 1 cm do apoio E, de cima
para baixo.
7.37 - Obter os diagramas solicitantes para a grelha da Fig. 11-312,
que tem EJ = 2CJt

+3m -+ 3m ?IL
Fip. 11-309 7.38 - Obter o diagrama de momentos fletores para o quadro da
Fig. 11.313, cujas barras t h inércia constante.
7.35 - Idem, para o quadro da Fig. 11-310, que tem inércia mns-
tante.
I
Fip. 11313

+ . r i4
ttttttt*
7.39 - As fibras superiores da greba da Fig. 11-314 s%oaquecidas e as
inferiores resfriadas de 10 'C. Sendo a seção transversal um re-
tângulo de 0,5 m de altura, obter o valor do momento torçor
atuante na bana AB. São dados: EJ = 2 x 104tmZ ;
G J I = 104tmZ ;
a = IO-~/OC

7.36 - Calcular os esforços normais atuantes nos tirantes da estm-


tura da Fig. 11-311.
Dados: (EJlquadro = 2 x lo4 tm2
= 104 7.40 - Determinar os esforços solicitantes em todas as banas da
viga armada da Fig. 11-315.
4 1 . -
$tlm Dados: Barra horizontal: .

3m Outras barras:
2
+ 4m -+ 4m
Fio. 11-311
--+
250 Curso de análise estrutura] IFiperestática - o método das forfs9 251

7.41 - A viga de rigidez do sistema pénsil da Fig. 11-316 7.45 - Traçar, para a viga armada da Fig. 11-321, as linhas de in-
7
W = lo4 tni- e as barras do reticulado tém /:S = - -.
]o4tein fluência de esforço normal na barra U:, e de momento fle-
9 tor na seção 1. São dados: (E&iga = 104 tm?
Obter:
a) esforço nori:i:d em C caso ocorrain recalques em A e B, (ES),ticulado = 103 i, (SJ
)viga = muito pequeno.
de cinia para baixo, valendo. ambos, 3 cm. I II B
b) esíoqo normd em I/ para uma diminuição uniíorine de
temperatura de 30oC. Dado: a = 10-5/uC.
Fie. 11-321
----- 4 4

7.46 - Traçar as linhas de influência seguintes para a viga continua

. . . .
de inércia constante da Fig. 11-322. cotandcbas nos quintos
+s.*,..f. 4m t 3 m * 3 m + d o vão: VA M B MII QI 1 3
7.42 - Resolver a viga armada isostática da Fig. 11-317.
C 4 3tim

+ 6rn 6m+ 6m-i(L6m 1 2 m 4


Fip. 11.322
-&h -&h ?iam -+h-+
7.43 - Calcular, para o sistema pênsil da Fig. 11-318, que variação de
comprimento deve ser dada A barra O?.durante a montagem, 7.47 - Traçar as linhas de influencia de reação vertical de momento
para que, com a atuação do carregamento indicado, sejam nu- fletor no engaste A. cotando-as nas seções indicadas, para o
los os momentos fletores em B e C. quadro de inércia constante da Fig. 11-323.
A F
São d a d o ~ : ( E J ) * =
~ ~104tm2
(ES)reticulado= 5 X 1O3t

7.44 -
t +
i
.-
l i
-+
4.
i
+- .-
i
-
L I u .

Obter as equaçóes da linha de influência do momento fle-


tor em A , para as vigas das Figs. 11.3 19 e 11-320 que têm
aII Fim. 11.318

L i Fig. 11323

inercia constante. 7.48 - Para a estrutura da Fig. 11-324, pedem-se:


a) linhas de influência de MD e MC esq
b) usando as linhas de influência anteriores, traçar o DMF

23 As linhas de influência para vigas contínuas de inércia constante. ~ o maté 4 vãos,


foram tabeladas par Georg Anger, sendo estas tabelas de inestimável ajuda para O enge
Fig. 11-319 Fig. 11-320 nheúo estrutural.
Hipteat&ica - o método das fo- 253

provocado por uma carga vertical de 6t. de cima para 7.51 - Calcular o deslocamento horiwntal da bana CDEF da es-
baixo. atuando em A. trutura da Fig. 11.283, que teni EJ = 104 trn2.

7.52 - Verificar a correçáo do diagrama de momentos fletores ob-


tidos para o quadro da Fig. 11-288.

7.53 - Verificar a correção dos diagramas obtidos para a grelha da


Fig. 11.293.

7.54 - Verificar a coneção do diagrama obtido para o quadro da


1 Fig. 11.313.
7.55 - Calcular o deslocamento vertid, sob a carga P. para as vi-
I gas das Figs. 11-326e 11.327, que têm rigidez E%

8 - Respostas dos pmblemrnr p m p t m


Fip. 11.324

Dados: barras verticais: J = const = Jc


barras BC e CD: = 2 .Ic
Jmax 10 Jc

7.49 - Obter a linha de influencia de reação vertical no engaste, para


o quadro da Fig. 11-325.
,2Jc

7.50 - Empregando o teorema de Menabrea, obter os diagramas


de momentos fletores para as vigas de. inérciaconstantedas
Figs 11-326 11-327 .

4
1 E A
+112 4 112 + + * +
112 2
Fig. 11-326 Fie. 11.327
T Hipaesiítiea - o método h i o q

7.4 2 ql
--
3
7.5 - Tração de 3,38t

7.6 - Esforços normais: Barra AB: -4,ESt; Barra BC:-8,75t; Barra


AD: +6,86t; Barra BD: +6,5t.

7.7 -
3
-
ReaçM horizontais: H = 7 ESat (compressão)

Reaçües verticais: -
V = 3 EJa t (cortante negativo)
hl

Reação momento: 3 EJat (traciona fibras superiores)


M= -
h
I

I
7.19 - Momento fletor: qRZ;Momento torçor: 0,298 qR1
I

715 - Tração de 4,151


7.16 - Encurtamento de 4,73mm
7.17 - Reações nulas

; r-o
Curso de anáíise estrutural mprrststia - o &todo das forças

7.29 - Diagrama nulo


7.30 - 2.63t

7.32 - Indicaremos, apenas, o número mínimo de hiperestfiticos dis-


tintos:
260 CURO de a n a i s estrutural Hiprestática - o método das forças

-
qa2
12
i M (duplamente rirn6tricol

736 - Esforcos normais nulos.

7.43 - Encurtamento de 6,4 em


v-
- '

Curso de anais estrutural f6prestádca - o metodo das fo-


Estmtum sobre apoios elásticos

CAPITULO I11 - ESTRUTURAS SOBRE APOIOS ELASTICOS te da mola valerá:

1 - Apoios elhticos discretos


1.1 - Defuiieo dos apoios elásticos
b) Engaste elástico (equivalente estaticamente ao engaste perfeito)
a) Apoio eni mola (equivalente estaticamente ao apoio do 19
gênero) Seja a viga AB da Fig. 111-3. Como as colunas a e @ não
têm condições (baixa rigidez) para impedir as rotaç6es de A e B. esta
Seja a viga AB da Fig. 111-1, apoiada em A num apoio do viga funcionará como biapoiada.
20 gênero e, em B, sobre a viga CD. Agindo uma carga P sobre AB, ela
se transmitirá ao apoio A e à viga CD que, sob a ação da carga recebi.
da, se deformará. Podemos, então, dizer que o ponto B da viga CD é,
para a viga AB, um apoio elástico, pois absorve uma reação de apoio às
custas de uma deformaçzo na direçáo da força absorvida.

~7 Fip. 111-2
Fip. 111.1

O esquema estrutural da viga AB é, então, o da Fig. 111-2.


I
1
Seja, agora, a viga AB da Fig. 111-4. A seção B da viga náo
poderá @ar, devido à rigidez infinita da parede @ ; a viga funcionará,

Fip. 111-4

portanto, como apoiada em A e engastada em B.


Se tivermos, finalmente, uma viga AB em que a rigidez do
apoio @ se situe entre os dois limites extremos dos exemplos anterio-
res, este apoio oferecerá algum impedimento à Livre rotação, aparecendo
nele, portanto, uma reação-momento M, associada a uma rotação 8. vis-
to que náo existe rigidez suficiente para impedir totalmente a rotação.
Estamos, pois, diante do caso de um vinculo que oferece reaçSmomen-
to M associada a uma rotação 8. Chamaremos a tal vínculo engaste ekS-
A móla fica defmida, numericamente, pela constante k, dita 1
e ele será definido pela constante K de engastamento elástico, razão
constarite de mola, e que representa a razão entre a força aplicada na entre O momento M absorvi60 pelo engaste elástico e sua rotação 8 .
mola e a defonnaçáo nela pmduzida por esta força (razão esta constan- Temos, pois
te, pois estamos no regime elástico). Para conhecermos esta constante de K = .-M (111.2)
mola, basta aplicarmos na estrutura que funciona como apoio ( n o caso, I e
C D ) uma força F no ponto em que apóia a estrutura dada (no caso B )
e calcular sua deformação 6, neste ponto, sob a ação de F. A consta- O esquema desta última viga AB será, então, o da Fig. 111-5.
curso & análise estmtunl Estruturas sobre apoios elástiws 267

Como, nas aplicações usuais, os trabalhos virtuais de deforma-

. $50 vêm multiplicados por &Ic,temos:

b) Engaste elástico
Por exemplo, para o cálculo da Iiaste AB do quadro da Fig. Sendo M e os momentos atuantes no engaste elástico nos
111-6.1, podemos analisá-la isoladamente a partir do esquema esiático da estados de deformação e de carregamento, respectivamente, por analogia
Fig. 111-6.2, sendo a constante K de engastamento elástico ohtida pela com o caso anterior, teremos:
razão entre o momento M aplicado na estrutura da Fig. 111-6.3 (que fun-
ciona como engaste elástico) e a rotação que ele provoca no nó E.

Fia. 1 1 1 8 qM 1.3 - CXcflo de deformações em estruturas isostiticas


Sabemos que, para cálculo de deformações em estruturas, es-
creveremos:
Trabalho virtual das forças externas = Trabalho virtual das forças
internas, ou seja, no caso: Trabalho virtual das forças ex?emas = Trabalho
111.6.1 111-6.2 111.6.3
virtual de deformação da estrutura propriamente dita + Trabalho virtual de
Observação: deformaçEo dos apoios elásticos.
O apoio elástico estaticamente equivalente ao apoio do 2 O género ser& Basta, pois, acrescentar aos termos atd aqui considerados, no
evidentemente, resultante da associação de duas molas conforme indica a cálculo dos EJc 6 , tantas vezes as parcelas
figura a seguir:

quantos forem as molas e engastes elástiws da estrutura. A aplicação se-


guinte esclarecerá.
Ex 111-i- Para a estrutura da Fig. 111-7, que tem
El = 104 tm2 , K = lo4 mtlrad e k = ld tlm, kaicular:
1.2 - Trabalho W i d de defonnsç~odcs apoios eiástims ,
a) rotação relativa das tangentes elásticas em E:
a) Mola b) deslocamento vertical de C,
Caso a estrutura possua apoios em mola, estas molas terão, c) rotação da tangente A elástica em A.
no estado de carregamento, uma força F e, no estado de deformação, I
uma força F (ou seja, uma deformaça0 6 = -). F Dandese h estrutura, no
k
a t a d o de carregamento, deslocamentos virtuais exatamente iguais aos do
estado de deformação, o trabalho virtual de deformaçáo de cada mola será
dado por:

'virtual
- FF
mola = F 8 =- k
'r- - ~-
~-

268 Cursa de análise estmtural Estruturas sobre apoios elhstims 269

O sistema estático equivalente sendo o indicado em 111.8, te- 1.4 -Resolu@o de eshuturas hipemtstiw
mos: Conhecidos os E J ,~o ~problema das estruturas hiperestiti-
, cas está. também, resolvido. As aplicaçtks seguintes esclarecerão.
A B
n
C
Fig. 111-8
-
E r 111-2 Obter o diagrama de momentos fletores para a vi-
ga da Fig. 111-10. São dados:
-
A
= lo5 tm2 ; K = 104mt/rad ; k = 10 tlm
4
a) Rotação relativa em B

p@
4

2,5mt
" '. M = imt

111.9.1
F = 1/47
Fia. 111-10
O sistema estático equivalente sendo o da Fig 111-11, temos:

Fig. 111.9 1. Sistema principal e hiperestatico


A partir da Fig. 111-9, obtemos:

F J =~ J'MÜI~
~ + 3
k
FF + 3
K
M M . ouseja
2 Diagramas no sistema principal
1tJm

X1= lmt

'. 6 = - 18.9 x 1 0 3 rad (sentido: )) 4t /


b) Deslocamento vertical de C
Temos, imediatamente:

6 =- Fc = 4= 4 mm (para baixo)
C k 103

c) Rotação de A
Temos, imediatamente:

BA = 3= = 2,4 x 10-3 rad (sentido horário)


K 104 4. Equação de compatibilidade: - 26.33 + 12.83 X1 = O
270 Curso de m6lk e ~ t n i t d Esbuhuar sobre apoios ciústicoa

5. Hiperestático: X1 = 2,05 2 Diagramas no sistema principal


6. Diagrama final

3. Cglculo dos m c 6
Wc611= 2 x 3- x 3 x 3 x 3 + 2 ~ 3 ~ 3 ~-
1
3 +x 1 x
lo4
103
- "
Fio. 181-14

Observação:
A partir das expresses (111.1) e (111.2) sabemos, no caso, que:
deslocamento vertical de A: y~ = 0,374 mm (para b u o )
rotação da tangente em i?: Bg = 2,05 x 1 0 4 rad (sentido anti-
horario).
Ex. IU-3 - Resolver a grelha da Fig, 111-15 para um recalque de 5. Hiperestático X1 = 0.62
cima para baixo de 1 cm do apoio A. S%odados:
6. Diagramas fmais

Fio. 111-15 A 8 = BC = 3m
Temos:
1. Sistema principal e hiperutático
Ex. 111-4 - Calcular o deslocamento vertical do ponto A da

A $ B/txl Fio. 111.18


)y viga-balcHo da Fig. 111-19-1, cujas fibras superiores
6 sofrem uma diminuição de 20 OC, mantendo-se cais-
tante a temperatura das fibras inferiores.
São dados:
E J = G J ~= 104tm2
k = 104tim
Altura da viga: h = 0,l rn
Fip. 111.19.1
u = lo-S/oc
Curso de anáiis estrutural Estmhnas sobre apoios dsstiios 273
Levando em conta que, para o funcionamento da estrutura 10 terreno (que se constitui, então, num apoio elástico c o n t i n u o para
como grelha. não importa qual a variação de temperatura sofrida pelo elas), de trilhos de estradas de feno (wportados por dormentes que, de.
centro de gravidade da seção, temos: vido à pequena distância que guardam entre si em relação ao compri-
I. Sistema principal e hiperestático mento total do trilho, podem ser considerados como um apoio elástico
contínuo), de estacas verticais submetidas a cargas horizontais em seu to-
po (o terreno em contato com os fustes das estacas ser6 o apoio elás-
tico e de quaisquer outros tipos de pec;as cujos apoios elásti.
possam, com precisão satisfatória, ser considerados contínuos.
I Estudaremos o caso em que a peça sobre o apoio elástico
Fig. 111-19.2
.=ontfnuo tenha inbrcia constante', cuja equação diferencial pode ser
prontamente obtida a partir do esquema da Fig. 111-20.
q (xl

2. Diagramas no sistema principal


De acordo com o item 2.a do exemplo 11.15 do cap. 11,
temos, para atuação de X1 = 1:
. ,,,--
% ,,= ,,,;
I.,
"'Z v,,-- =z
,,,~,#, --,I(
,--Irt--

Temos: EJ 6 = r
3. Cálculo dos EJ 6 :

( s e n 2 0 + I + c u s 2 0 - 2 r o s O ) d o + - -I -o4x
104
I
Fig. 111.20

Seja o trecho Atl da viga, com rigidez H , carregada com uma carga
distribuída q ( x ) e repousando sobre um meio elástico que, em cada se.
ção, exerce sobre a viga uma reação de apoio proporcional ao desloca-
mento vertical y sofrido por esta seç%02, igual a ky, sendo k a cons-
tante de mola d o meio elástico que serve de apoio. Temos, a partir da
equação diferencial das vigas íietidas

4. Equação de compatibilidade - 20 + 2,14 Xl = O

5. Hiperestático X1 = 9.35
2 vezes derivada, membro a membro, em relação a x:
6. Deslocamento vertical de A: 6 - X~ - 0,935 mm
A - - (para cima)

-
2 Apoios elktiws contínuos
2.1 - introdução
' O caso de inércia variável tornar5 mais complexas as equa 6er diferenciais a
integrar para resoluçáo do problema Para este raso. rccomen&or a leltu!a do ca-
pitulo wrrespandente do livm de M. HetPnyi: Beomr on Elosric Foundaftons. Ann
Arbor.
Este tbpico visa apresentar ao leitor as bases para o estudo Suporemos o meio elástiw capaz de fornecer reaçócs para qualquer sentida de
estático e elástiw da flexáo simples de vigas suportadas diretamente pe- a
deslocamento y (positivo ou negativo):
I
II
274 Curso de anáüs eshuturd btnitursp sobre apoios eiáaticos 275

da Fig. 111.21, temos, a partir de (111-5). levando em conta que q(x)= 0:

I Levando em conta que a segunda derivada do momento fle-


tor em relação i abscissa que descreve a viga é igual à taxa de carga
distribuída com sinal trocado, obtemos, no caso:

que 0, entzo, a equação diferencial fundamental para o estudo das vigas


sobre base elástica, a partir de cuja solução. y(x), conheceremosos esfor- Fip. 111-21
ços simples atuantes numa seção genérica da viga, dados por:
(111-9)
4
Fazendo h4 = k
-- (III-10), vem:
4EJ

%Y + 4 4y =o, cuja soiução 6:


dx4
A rotação da tangente i elástica numa seção gentrica será,
evidentemente, dada por
Y(X) = e X x( c 1 C- x x + C* sen h)+e - h /c3 X x + C4 sen X x )

1 Na resolução das vigas sobre base elhstica, empregaremos o


princípio da superposição de efeitos; sendo assim, estudaremos inicial- i
Passemos â determinação das constantes de integração. Levan-
do em conta que y ( - ) = O (já que a carga P não exercerá influên-
mente os efeitos de uma carga concentrada isolada, a partir dos quais cia sobre uma seção infinitamente distante de seu ponto de aplicação),
podemos obter os efeitos provocados por quaisquer outros tipos de car- devemos ter C1 = C2 = 0, com o que ficamos com:

-
regamento, conforme veremos nos próximos itens deste tópico.

I
22 - Vigas de mmpnmento infinito
I 1 Derivando, obtemos:
2.2.1 - AtunHo de uma carga mnantrada
I
I
Seja a viga de comprimento infinito da Fig. 111.21, subme-
tida h carga P aplicada em O. Adotando o sistema de eixos x O 3'
~ ( x =) dr = - ~ e - ' ~(C3 cos Xx + C4 sen Xx + C3 sen Xx - C4 cos Xx)

Já que estamos analisando o caso de inércia mnsuntc. No caso de inércia V*


Levando agora em conta que, devido 2 simetria existente. devemos ter
riável, obteríamos:
6
-r + 2 & E + l d2 y & = - I _ d2W
dx4 J dx3 dx dx2 dx2 " d*2 1 Em nosso niudo, ntamos supondo também que a constante de moia do meio
I clistico seja constante.
Estmtiuas sobre i p i m dbrticos 277

rotaç6es nulas da tangente à elástica na origem, obtemos, da condição:


~ ( 0 =) 0, que C3 = C4 , simplificando-se a igualdade (III-
11) para
y(x) = c3 e - h x (cos xx + sen X X ) (111.12)
a partir da qual, podemos escrever: 1

d2 = - 2 EJ
M ( x ) = -EJ 2 h2c3 e - ' x -
(sen xx cos Ax)
dx2

Devido à simetria existente, sabemos tambhm que:


5
Q (O+) = - P/2 , cotn o que obtemos, finalmente:

O problema está então resolvido e temos para x > 0:


PX -Ix(COS Xx + se? Xx) (111-1 3)
y(x) = -
2k e
Fig. 111-22
V(x) = --
'h2 e-'X
k
sen xx (111-14) Obsenqões:
a) Para emprego das equações (111-13) a (111-Ió), temos as seguintes wn-
P
M(x) = - eAx(cos xx - sen X X ) (111-15) I venções 2e sinais:
P e y são positivos quando de cima para baixo;
4X
M e Q têm seus sinais obedecendo convenç6es clássicas de sinais ado-
Q(x) = - - E edXx cos Xx
2
(111-16)
I tados no estudo das vigas;
9 é positivo quando no sentido dos ponteiros do rel6gio(sentido horário).

I
Os gráficos das funções y(x), ~ ( x ) ,M(x) e Q(x) se encon- b) Para facilitar o t r a b numdriw
~ do engenheiro, a introdução das
tram na Fig. 111.22.~ No ponto de aplicaçao .da carga P(x= O), temos funções A(Xx), B(Xx), CfXx) e D(Xx), d e f ~ d a pelas
s igualdades (111-17) a
(111-20) e tabeladas, para os diversos valores de (Xx) na tabela XVIII.
Permite a simplificação das equações (111.13) a (IIi-16) para a forma
5 Estamos, então, calculando a e q u a f ã o válida para x positivo. indicada em (111-21) a (111-24).
6 As expresròer (111.13) a (111-16) mostram pue as funçáes y l x ) , vxf:Mlrle
Q(xJ são tunfóes lineares de P. Isto prova a validadc do emprcgo do principio da
~uperposifão de efeitos, de que falamos na introdução deste tópico
i Devido i simeiria cstática exirtcntc, sabemos que a funções y l x ) c M ( x ) 150 AfAx)= e-Xx (cos Xx + sen Xx) (111.17)
rimitriçai e ar funcóes V@) eQ(x1 anti-simétricas, com o que pudemos trafnr os
gráficos Nmplctos. a partir da? equaçõcs dcduzidas, válidas somente para x Po
ritivo. BIXx) = e-Xx sen xx (111-18)
q h x ) = e-Ix (ccis Xx - sen Xx) (111-19)

D ( X X ) = e-Xx cos hx (111-20)

O cálculo dos efeitos estáticos e elástim para o caso seri,


então, imediato, mediante o emprego das expressões (111-21) a (111-24) ,
com o auxílio da tabela XVIII.
Conforme ver6 o leitor ao longo deste t6pic0, as funçer'
Afix). B(Ax), C(Xx) e D(Ax) nos serso de enorme auxilio, m m o quando
estivermos com outros tipos de carregamentos.
Ex. 111-5 - Obter os deslocamentos verticais e os momentos
fletores atuantes sob os pontos de aplicação das
cargas de 5 t indicadas na Fig. 111-23, para a viga
infinita cuja rigidez vale EJ = 103 tm2, repousan-
do sobre um meio elástico cuja constante de mo-.
la é k = 4 x l d tlm2.
Eairuturss s o b apoios elpsticos 281

No caso: 1 efeitos para x > 0: C= +.

Escolhendo para origem do sistema de coordenadas a primei-


ra das cargas concentradas, temos, a partir do quadro de valores a se-
guir, empregando o principio da superposição de efeitos, que:

Mo x2
= - - MOA
2k
[ - 2xBfix) I = ---
k
BIAX) I

Ievando em conta a expressão recemdeduzida, obtemos para x > O:


Y/X) = -
Mo A2
k
B(w (111-25)

q x ) = dy
L- = --Mo A3
dx k c/xx) (111-26)

M/x) =-El--d2Y = WAX) 5 (111-27)


dr2 2
Devido à simetria existente (pois a viga é infinita), os valores Q(x)=-FJ---d3y
dr3. -
M A A /Axl
(111-28)
encontrados para as seções O e A são também válidos para as seções 0'
e A';respectivamente.
Como 0 b S e ~ a ~ áinteressante
o a respeito deste exercício, que-
remos chamar a atenção do leitor para o fato de que o momento fletor
máximo atuante na viga devido à açáo de 4 cargas concentradas é no
caso, igual a 65% daquele que ocorreria se tivéssemos a atuação de uma
única carga concentrada.
%..--.A Fip. 111-26
22.2 - Atuaçáo de uma cargamomento
Seja a viga infinita da Fig. 111-24.1, submetida à atuaçáo <te
uma carga-momento Mo , aplicada na origem 0. Podemos fazer o pr*
blema recair no anterior se encararmos a carga-momento M como um
limite do carregamento indicado em 111-24.2 quando, a ten8endo para
zero, o produto Pa tender para Mo. Assim. levando em wnta (II1-21),
(111-17) e (111-18). temos, empregando o principio da superposiçZo de
l 3 t m ~ ssob=
r apoios elásticos 283

Temos, então, os gráficos indicados na Fi& 111-25, obtidos le- Procedendo, para O cáiculo de Vc, MC e QC .de modo intei-
vando em conta que, devido à anti-simetria da solicitação. as funções w n t e análogo ao empregado para a obtenção deYC, teremos:
y(x) e M(x) são anti-simétricas e as funções V(x) e Q(x) são simétricas. I
Em particular, os valores no ponto de aplicação de M o sáo:

22.3 - Atus@o de carga unifonnemente distribuída


a) Seções sab o c 4 disnibuida
~
Seja a viga da Fig. 111-26, submetida A carga unifonnemen-
te distribuída q atuante no trecho AB. Calculemos os efeitos desta carga
b) Seçóes fora do trecho compreendido sob o mwegamento
distribuída na seção C, definida por suas distâncias a e h aos pontos A
disiribuido
e B, respectivamente. Empregando o principio da superposição de efeitos,
temos, levando em conta que a influencia de carga concentrada infinite-
simal qdx sobre o deslocamento vertical da seçáo C é:

~ Y =C <Idrh e-Xx (cos ~ x sen


+ XX), que:

V Fia. 111.27

Partindo do esquema da Fig. nI-27, temos:

i
(COS XX + sen h x ) & = 3-
2k (e-'' cos xu - e-Ab cos u)

Podemos, entHo, escrever que:

+m h ) ] = $ [(i - e-Ao COS h=) + (1 - e-Ab cos ,b)


I
Podemos, entzo, eacrever que: Por procedimento inteiramente anáiogo, obtemos:
Para a atuaçzo de um carregamento disttibuido qualquer, a so-
lução do problema seri ainda obtida empregando-se o principio da su- A precisão de tal procedimento será, evidentemente, tanto
perposição de efeitos. Para o caso, por exemplo, da Fig. 111-28, o desloca- maior quanto maior for o númem das cargas conoentradas Pi em que for
mento vertical da seção C será dado por dividido o carregamento distribuído.
23 -V i semi-lúinitas
yc = &[ q(x) (cos AX + sen AX) h,
2.3.1 - Vias s e m i - i i i t a s com bordo l i
agindo-se de maneira andloga para a obtenção de IPc. MC e QC.

Quando a funçáo q ( x ) for tal que impossibüite as integrações


necessárias ao cálculo de yc, ... , QC ,um procedimento aproximado
bastante simples para se obter a solução do problema consistirá em subs
tituir o carregamento distribuido por um númem finito de cargas mn-
centradas Pi que o reproduzam e, a partir das expressões (111-21) a (111-
24). poderemos escrever que:

Seja a viga semi-infbita da Fig. Iii-29.1, submetida ao carre-


gamento indicado, que desejamos resolver. Vejamos a maneira pela qual
podemos fazer com que sua resolução recaia na resolução de uma Viga
286 Cuiso de anríli estrutural I Estminns sobn apoios elbsücos 287

infiita @roblema já resolvido no item 2.2 deste tópim). h b d o das conclusões tiradas neste item, sabemos que o
Se tivéssemos a resolver a viga infinita da Fig. 111-29.2, sua momento fletor ~ e d i d opode ser obtido a partir da viga infinita da Fig.
diferença estática da viga semi-infinita da Fig. 111-29.1 residiria na exis- 111.31, em que Po e Mo Sáo obtidos a partir das expressões (11141) e
tência, em A. de um momento fletor MA e de um esforce cortante QA, (111-42).
que mant&m a continuidade entre os trechos semi-infinitos de viga à es-
querda e à direita de A. Caso tivéssemos MA = QA = O , isti; quereriadi-
zer que n80 existe ação estática da parte (carregada) da viga 6 direita de
A sobre a parte (descarregada) da viga esquerda de A, que não estaria,
então, trabaihando; assim, se conseguirmos fazer desaparecer .MA e QA
para a viga infinita da Fig. 111-29.2, sua resolução será idêntica à da vi-
ga semi-infinita da Fig. 111-29.1. Isto pode ser facilmente conseguido se
aplicarmos à viga infinita, em AW.. uma carga vertical Po e um mo-
mento Mo tais que promovam o aparecimento, em A, de um momento
fletor (-MA) e de um esforço cortante (aA) que tornem inativa a par-
te da viga infinita à esquerda de A.
Levando em conta as expressões deduzidas no item 2.2, de-
vemos ter: Temos, no caso, levando em conta que

M*=& C(Aa) e Q A =P~ D ( X ~ ) :

obtendo, então: I P o = 4 ( X M ~+ QA!

Assim sendo, o momento fletor atuante sob a carga P ser8


\ dado, empregando-se o principio da superposição de efeitos, por:
Asim, a resolução da viga semi-infinita da F i e IU-29.1 será
a resoluçáo da viga infinita da Fig 111-29.3, submetida ao mesmo carre-
gamento que o da semi-infinita dada, acrescido das cargas Po e Mo d e
fiidas em (11141) e (III42), atuantes em Aeq.
-
Ex. 111.6 Para a viga semi-infinita da Fig. 111-30, submetida
ao carregamento indicado, obter o momento fletor
a sob O ponto de aplicaçáo da carga P. ou *a: ME= -P [ I + C 2(Ao)- 2 D 2f i a ) ]
4A

E& 111-7- Resolver a viga semi-infinita da Fig. IIM2 subme-


tida ao carregamento indicado.
OD
288 Cuiso de anúiise estrutural

A fim de evitar problemas com condiçaes de contorno, supo-


remos P aplicado em Adir, para a determinação de Po e Mo. Levando
então em conta que

(jh que a carga está em ~ d i r . ) ,obtemos, a partir de (11141) e (11142):

premitado na Fig. 111-34.1, analogamente ao que se expôs para o caso


das vigas semi-infinitas com bordo livre, a resolução pode ser feita para
a viga infinita da Fig. 111-34.2, submetida ao mesmo carregamento que a
Assim sendo, a solução do problema, válida para x >
O, po- da viga semi-infinita, acrescido das cargas Po e Mo aplicadas em AeSq,
de ser obtida a partir da viga infinita da Fig. 111-33, submetida ao car- que ser50 obtidas respeitando-se as condições de contorno do problema
regamento indicado nesta figura, obtendo-se, a partir das expressões (111- que são, no caso; para o ponto A,

-
y = M = O.
21) a (111-24) e (111-25) a (111-28), pelo emprego do principio de super-
posição de efeitos: Sendo assim, Po e Mo devem ser tais que provoquem o apa-
recimento, na viga infinita, de um deslocamento vertical (-yA) e de um
momento fletor (-MA) em A, sendo YA e M,, o deslo-ento eo
P + P o = 4P mento fletor que existiam em A se a viga infinita estivesse submetida,

C
0 O3-
!/ s/// *
A

I//% i;//,=///~//&-@~//&-//~///
m
--)
apenas, ao mesmo carregamento que o da viga semi-infinita.hrtant~d e
vemos ter:

I
1
I
tv Fig. 111-33

A resoluçso deste sistema nos fornece

Assi, a resoluç%o da viga semioinfinita da Fig. 111-34.1 ser6


a resoluçáo da viga infinita da Fig. U1-34.2, submetida ao mesmo carre-
gamehto que o da semi-infinita dada, acrescido das cargas Po e Mo, d e
fmidas em (IU-43) e (11141, aplicadas em Aesq.

2.3.2 - \r* smiciníininitsr com bordo artieulado Ex. iII-8 - Resolver a viga semi-infinita da Fig. 111.35 submetida
Para o caso de vigas semi-infinitas c6m bordo articulado re. ao Carregamento indicado.
Eshitiuas sobra apoios elásticos 291

ciM -
- .
-..
OD

,,,=,,,%n/
U .fi-2fi
4
2-
OD
---r.
I

.
A A .S.,3,>"m#s,e,~w1 A !"t=*s,,/3&

I V
*

Fig. 111.35 Fio. 111.38

Suporemos o momento aplicado em Ad" para fins de detenninaçEo de


Po e Mo.
Levando, enião, em conta que, para .a viga infuiita da Fig.

I obtemos, a partir de (11143) e (n1-44):


I
! Dai, obtemos:

Assim sendo, a soluç%o do problema, válida para x > O, po-


de ser obtida a partir da viga infinita da Fig. 1II-36, submetida ao car- E% nI-9- Para a viga semi-infinita da Fig. 111.38, obter o
regamento indicado, obtendo-se: momento fletor atuante sob o ponto de aplicação
da carga P.

2.3.3 - Vias semi-iifinitss com bordo enpptado I


Por analogia com os c h s antdores, a resoluçEo da viga se- No caso, levando em conta que, para a viga infinita da. Fig.
mi-infinita w m bordo engastado da Fig. 111-37.1 será a da viga infinita
da Fig. 111-37.2 submetida ao mesmo carregamento que a semi-infinita
dada, acrescido das cargas Po e Mo aplicadas em Aexl, pelas mesmas -
..
razões já discutidas nos itens 23.1 e 2.3.2. No caso, as condições de obtemos, a partir de (11145) e (111.46):
I
contorno a satisfazer para o borda engastado A sáo ), = 1P = O, obten-
do-se, então, os valores de Po e Mo a partir das expesóesseguintes em
que YA e +'A são o deslocamento vertical e a mtaçáo em A na viga in-
finita devidos ao carregamento aplicado na viga semi-infmita.
~.tiiim
sobe apoios dásticoa 293

mmentos fletons e esforços cortantes de mesmo módulo e sinais opo*


tos aos provocados pelo carregamento da viga finita aplicado na viga in-
finita Desta fomia, as partes da viga infinita à esquerda de A e à direi-
ta de B estarão inertes 66 que não há transmissão de esforços nestas SF
ç&s); w m isto, os resultados obtidos para o trecho AB da viga infdta
reproduzirão fielmente o comportamento da viga finita AB dada.
.
Sendo, então QA MA. QB e MB os esforços cortantes e
momentos fietores atuantes, na viga infinita, nas seç&s A e B, devidos
ao mesmo carregamento que o aplicado na viga finita, as cargas PoAr
,uoA , Pog, e MoB devem satisfazer às seguintes condiçks (obtida por
superposição de efeitos, levando em wnta que devemos ter, na viga in-
finita M = Q = O em A e 6):
Daí, empregando o ptincípio da superposição de efeitos, c b
gamos ao momento fletor atuante sob a carga P, dado, a parür do e i
quema da Fig. 111-39, por:
P M M
C (O) + 4h C(A1) + 2
D(0) + A
2 Dfi[)=-MA

ou seja: f l f ~ = L [ 1 - A (Xa) CIAa) - 28 (Aa) D &a) ]


4A

2.4.1 - CLIO de bordos lims


A solução de uma viga finita sobre base elástica pode
ser feita recair, analogamente ao caso da viga semi-infinita, na resolução
de urna viga infinita.
Seja, par exemplo, resolver a viga fuiita com bordos1ivres.de
cbmprimento i , da Fig. 11140, submetida ao carregamento indicado.
Fio llC40 Fk. lIU1

Resolvido o sistema anterior, obteremos os valores de PoA.


-7~ - .-! t_-

i" I
*v
P o ~?A
. e MoB .que nos permitirão resolver a viga finita dada como
a nga uifinita da Fig. IIM1.
Sua resolução será idêntica à da viga iniiita da Fig. IIMI,
desde que acrescentemos, para esta ultima, ao carregamento atuante. as O trabaiho algbbtiw de resolução do problema pode ser, no
cargas P o e~ mo^ (aplicadas em A"q ) e P,B e mo^ (aplicadas em &ir) entanto, grandemente simplificado se empregarmos o artifício do ananjo
tais que façam com que apareçam. nas seções A e B da viga infinita. de cagar, o que permitirá a decomposição do sistema de 4 equações a
4 incógnitas para determinação dos valores de PoA. MoA. Po e MOB
Este pmcerso foi apresentado, p l s primeira vez, por M. Heiényi no Rclat6rio
Final do Congrew da Associação Internacional de Pontes e Grandes Fstmturu.
em 2 sistemas independentes de 2 equações a 2 indgnitas. "F
al foi o
Bulirn. 1938. Procedimento lançado por Hetenyi, que apresentaremos a seguir.
S j a resolver a viga com bordos livres da Fig, III42,subme& I( A soluçtío do sistema nos fornece, a partir da funçso E, ( A I )
da ao carregamento indi~ado.~ Empregandc-se o artifício do a r 4 0 definida por 11147 e tabelada na tabela XVIII:
de cargas, sua resolução será a soma das resoluções dos casos das Figs. r
11143.1 (carregamento sim&rico) e 11143.2 (carregamento anti-sim&
trico), sendo sim6tricas as cargas . e . ~ ai aplicar no caso da Fig.
11143.1 (carregamento simétrico) e anti-smetncas as cargas pO e M a
aplicar no caw da Fik 11143.2 (carregamento anti-sim6trico). O O
- Y
2(sen hhl + sen A I)

Fip. lll-42
I'

Obscrw@:
Se obtivemos valores positivos para $ eMSo , seus sentidos sertío os h.
-dicados na Fig. II143.l;nocm de valores negativas, os sentidos c o n e
tos seráo contrários aos indicadas na figura.
a) C ~ Mm t i - h e t n è ò
Impondo, agora, ao caso da F i i 11143.2, respectivamente, as
mdiçóes de contorno. M = Q = O em A e E, temos, chamando de
4 eQ
: o momento fletor e o esforço cortante atuantes em A d h -
dosao carregamento anti-simetrim atuante no trecho AB (no caso, as
duas cargas concentradas, de sentidos opostos e módulo P/2):

Determinemos: entgo os valores de P: ,& ,e e 4.


a) Caso simétrico
Impondo ao caso da Fig. 11143.1, rmpeetivamente, as condi-
q3es de contorno M = Q = O em A e E, temos, chamando de $ e
A
Qfi o momento iietor e o esforço cortante atuantes em A, devidos ao I \
A solução do sistema nos fornece, a partir dafunçtío E,(M),
carregamento simétrico atuante no trecho AB (no caso, as duas cargas defi~da'por(IIESO) e tabelada na tabela XWI:
concentradas iguais a PI2):
. .

A 4

As expressões ue dcdurircmoi IPo dkia para qudqun encgamento atumtc:


apenas, por c o d i d a d e de ipresentaçüo. adotunor cvmo carregamento uma única
carga conccnhsda P.
(Valores positivos de P
: e 4 confumaráo os sentidos indicados na Fig.
11143.2.)
Concluindo, a resolução de uma viga finita AB com bordoS
livres sobre base elástica, pode ser decomposta na resolução de duas vi-
gas infinitas sobre base elástica, a primeira delas submetida a parcela si-
métrica do, carregamento, acrescida das cargas $ e M: aplicadas em
Aesq e fJdlr e a segunda submetida à parcela anti-simbtriea p carrega
mento, acrescida das cargas e e @ aplicadas em AeSq e Bil< 0 s v a em que:
lores de P:, MA. e M: estão definidos nas express6es (11148). (111-
49), (111-51) e (111.52).
MJ e yfi são o momento fletor e o deslocamento vertical da seção A da
viga infinita da Fig. 1114.2, submetida apenas à parcela simétrica do
carngamento (no caso, as duas cargas de mesmo sentido de P/2);
2.4.2 -
Caso de bordos articulados
4 YI e são o momento fletor e o deslocamento vertical da seção A
A Única diferença do caso de bordos articulados para o m o da viga infuiita da Fi 1114.3 submetida apenas à parcela anti-simétri-
de bordos livres 6 que as condições de contorno são. agora, y = M =O. ca do carregamento (nocaso, as duas cargas de sentidos opostos de PD);
Assim, agindo de modo inteiramente análogo ao adoiado no F8 (A I ) e Fa (LI) são duas funções auxiliares para o cálculo, defuiidas pe-
item 2.4.1, podemos dizer que a resolução da viga finita da Fig 111-44.1 las expressóes (111-57) e (111.58) e tabeladas na tabela XVIII:
será a soma da resolução das vigas infinitas das Figs. 1114.2 e 1114.3
submetidas respectivamente, às parcelas simétrica e anti-simétrica do car-

I 2.4.3 - Cmo de bordos engastados


Analogamente aos casos anteriores, a resolução da viga fimta
biengaatada sobre base elástica da Fik 11145.1, será a soma da resolu-
ÇHo das vigas infinitas das Figs. 11145.2 e 11145.3, submetidas, respecti-
vamente, às parcelas simétrica e anti-sibtrica do carregamento, acresci-
das das cargas 6 para o I? caso, e das cargas % e @ no 2?
m,.cujos valores (obtidos respeitando-se as condiçoes de bordo para o
caso, em A e B, e que são y = V = O), si30 dados por:
P" -

regament~'~, acrescidas das cargas $ e M: para o primeiro caso, e das


cargas 'e e @ no segundo caco.
Os valores de $,M:. e (obtidos respeitandc-se as
wndiçóes de contorno, em A e b'. y = M = 0, para o carregamento
simétrico e anti-simétrico) são dados por:
10 W q u e r que reja ele
! NO -, mmo X l = I. vêm: e = 0,94P

Nestas expressões, as funções E S N ) e E (Ai) são as mesmas


do caso de bordos livres e os valores y;. 4,
y! e v2representam
o deslocamento vertical e a mtaçso da tangente H elhtica em A, na vi-
Empngsndo, e n m , o principio de superposiçáo de efeitos,
ga infinita, submetida, respectivamente, às parcelas simétrica e anti-sim&
obtemos:
trica do carregamento amante na viga finita dada.

2.4.4 - Exemplo de aplicaçãa


Ex. III-10 -Calcular o deslocamento verti& e o momento fle-
tor atuante sob a carga P para a viga finita, de
bordos lines da Fig. 111-46, que tem A1 = 1.

Leiando em conta que M = 1, temos finalmente:

AI B
///s///=///=
/ n s ///S// Fio. I l ~

+ 2 t 112 +
C

a) V I , que, no caso de viga finitas com condiçóes de bordo simétri-


No casv, como o carregamento atuante já C simétrico, s6 t e Cas, foi possível d e a n p o r a resolução do problema na resolução das
remos a parcela simétrica a estudar. A resolução da viga íinita dada se- parcelas simétrica e anti-simbtrica do carregamento atuante. Caso as
rá, entáo, a resoluçáo da viga i n f ~ t ada Fig. 111.47 submetida ao cme- mndiçües de bordo do problema não sejam, entretanto, sidtricas, con-
gamento indicado, sendo os valores de M: e p: obtidos das expressões forme 6 o caso da viga da Fig 11148.1, sua resoluç%o, a partir do
(111-48) e (111-49). levando em conta que . que vimos no inicio do item 2.4.1 deste t6piw, será a da viga infinita
QS = P D ( -)A I
- e Mi P
= 4~ C/- X 1 , dados por
A 2 2 2

1 Fig. 111-48
Estmtunt so&e apoios eiásticos 301

da Fig. 11148.2, sendo os valores de f$ ,Ut,


Pf e M! obtidos das I bém importante a uifluência de cargas atuantes num bordo sobre o
wndiçaes de bordo: i outro bordo. vigas deste grupo devem ser, pois, estudadas com todo
YA =o o rigor, dentro da teoria apresentada neste item.
MA = O Finahiente, para as vigas do terceiro grupo, a influência das
Ye = o cargas atuantes num dos bordos sobre o outro bordo 6 muito pequena
vg =o,
(isto C, podemos dizer que A ( A I / ,. . ..
D (AI), tendem rapidamente pa-
ra zero se AI > r ) de modo que, ao se estudar um de seus bordos,

i
\ podemos supor que o outro esteja infinitamente afastado (considerando.
que nos wnduziráo a um sistema de 4 equações a 4 incógnitas, que re- se, então, a viga como semi-infdta).
solverá o problema. I
Queremos chamar a atenção para o fato de que Timoshenko
b) Partindo dos princípios e express&s apresentados neste item 2.4, p sugere, ao invés dos d o r e s e para limitar o caso de vigas médias,
demos tabelar a solução dos diversos tipos de vigas finitas sobre base os valores 0,60 e 5; preferimos, entretanto, ficar com os primeiros valo.
elástica para os carregamentos que mais ocorrem na prática; é o que res (sugeridos por Hetényi), pois já fornecem uma precisa0 bastante sa-
está feito na tabela XIX, onde fornecemos, para cada caso, a equação tisfatória para os cálculos usuais em engenharia.
dos deslocamentos verticais y da viga a partir da qual, pelo emprego
e) Os casos de carregamento tabelados na tabela XIX nos permitem tam-
das expressões (111-6) a (111-8), podemos obter as equações dos esfor-
ços cortantes e momentos fletores atuantes na viga, bem wmo das bém a resolução de vigas contínuas sobre base elástica, senZo vejamos:
rotações das tangentes à elástica. Seja, por exemplo, resolver a viga contínua sobre base elástica da
1 Fig. 11149.1.
c) Para o caso de vigas cuja base elástica é uma camada de solo, a cons-
tante de mola k do meio elástico, dada por k = c b,, em que b, i
C a largura da viga em contacto com o solo e c o coeficiente de re- A A
I calques do solo, pode ser obtida a partir dos valores de c, tabelados
na tabela XX para os diferentes tipos de solo." .t-+ 11149.2
1,,2 3,': '2
d) Em função do valor do produto ( A I), que caracteriza a rigidez rela- 111.49.1 Fig. 11149
tiva da viga em relação à sua base elástica, podemos classificar as vi-
gas finitas em três grupos: Sabemos. do ponto de visfa estático, que podemos encarar a
resolução da viga continua dada como sendo a resoluçáo das duas vigas
I? grupo: vigas curtas: 1 1 <
TI4
isost&ticasindependentes AB e BC, submetidas ao mesmo carregamento
2P grupo: vigas médias: r 14 < XI < r que a viga continua, acrescido do momento M de continuidade em B para
39 grupo: vigas longas: XI >
n as vigas AB e BC, que será determinado levando em conta que .
viga AB = BC
Para o primeiro grupo, podemos desprezar por completoafle v~
xáo danga, considerandea como infinitamente rígida, por ser sua defor- (atas duas rotações podem ser determinadas a partir dos d o r e s de y
maçso elástica muito pequena em wmparaçáo com a deformago do tabelados na tabela XIX). Determinado o valor de M, o problema está
apoio elástico continuo; consideraremos, entZo, que sua deformada é uma resolvido, a partir do esquema da Fig. 11149.2.
linha reta, obtida por simples considerações de estatica (a reaçáo do
apoio elástico contínuo, que será uma pressão linearmente distribuída ao Por procedimento inteiramente anaogo, poderemos resolver
longo da viga, deve dar uma resultante coincidindo em módulo e dire- vigas contínuas sobre base elástica com maior número de vãos.
ção com a resultante do carregamento aplicado na viga). f
, estudo de problemas mais wmplexos, relativos a vigas sobre base
. Para
o segundo grupo, são importantes as deformaçóes elásti- elástica, tais como os casos de vigas de inércia variável, de bases elás-
cas da viga em presença das deformações do apoio elástico, sendo tam- ticas 'com constante de mola variável, de ocorrência de flexão com.
I Posta e torção, recomendamos a leitura dos capítulos wrrespondentes
"0 livro de M . Hetinyi, já citado neste tópiw.
l 1 Or vaiores iqiresentados d o o s recomendados par Bowles em seu livm "Foun.
dation Analyrb and Durgn", McGraw HiU
Eatruturm sobre apoios d8sticos 305
TABELA XX - COEFICIENTES DE RECALQUE DE SOLOS
c ítJrn3) 3 - Roblemss pmpost~
3.1 - h a a estrutura isostática da Fig. 111-50. cujas barras verticais
tém inércia J, e cuja barra curva tem inércia variando segun-
do a lei
TIPO DE SOLO Jm = 1, sendo Jm = -$-I,, pedem-se:
JcosV

a) rotação relativa das tangentes à elástica em E:


6) deslocamento horizontal de C;
c) deslocamento vekical de D.
São dados:
(m&quadro = 5 x lo3 tm2
(ESjtirante = 2,s x lo3t
k = 103 tlm

- par. 2?gau

argiia 3.2 - Calcular as n q õ e s verticais nas molas, para a viga da Fig


muito rija 5,0 x ld 111-51, que tem inércia infinita.
préadensada
I' I'
dura 10 1o3

+Im -i)L-- Im + lm
Fip. 11161
3.3 - Resolver o problema anterior, supondo todas as molas com mesma
constante k
3.4 - Para a grelha da Fig. 111-52, pedem-se os deslocamen?os verticais
dos pontos A e E. I

Dados:

Fip. 111-64

3.7- Calcular o ddoeamento vertical de A para a viga-baleao da


Fig. 111-55. Dados:
Ell = 2,4 x lo4 tm2
GJt = 1,6 x 104 tm2
ic = 104 t/m
3.5 -Calcular as reaçlles de apoio para a grelha da Fig. 111.53,
para a qual temos
.E2 = 2;Hr 2 0 0 3
GJt k

3.8 - Mostrar, para a viga infmita a b r e base elástica, da Fi& 111-56,


que o momento fletor atuante na seção C indicada 6 dado
Pr: .,fC = - -
[ A (h@) A (hb) -2hf ~ ( h b ) ]

3.6- Obter o deslocamento vertical de C para a grelha da Fig.


111-54. São dados :
I Fip. 111-56

l2 Para os problemas 3.8 a 3.14. são dados E l e k.


3.9 - Resolver a viga semi-infita da Fi 111-57 para o carregamen- 3.13 - Calcular a rotaçso da tangente à elástica em A para a viga da
to indicado. Fig. 111.59.

3.14 - Calcular a flecha máxima para a viga da F i 111-60.

3.15 - Calcular a rotação das tangentesà elástica em A. B e Cpara


a viga da Fig, UI-61, empregando a tabela XM.
São dados: A1 = 1, EJ.
i Fig. 111-ó7

3.10 - Mostrar que as rea* de apoio no engaste da viga semi-infi-


nita da Fig. 111-58 são dadas por
M = 2~~ H L
! e V = 9-
k A

Fig. 11141

4 - Resposts dos p m e pmpostos.


3.1 - a) 0,89 x 10-'rad (f?) ; b) 5,19mm(-r) ; c) 2.75 mm (4)
Fig. t i t a s

3.1 1 - Calcular, sem o emprego da tabela XE, o mommto fletor 3.2 - 9 P . , 1op I1p e 1
-
26 13 ' 26
63
P ,de baixo paracima
atuante em C para a viga fuiita da F i 111-59.
3.3 - -
Todas as reações iguais a P ,de baixo para cima
2

3.4 - 1,8 mm e 4.6 mm, de cima para baixo


3.5 - Nos engastes: V = 1.81 t ; M = 7,08 mt ; T = 10,86 mt
Fie. 111-69 Na mola: V = 6,38 t
3.12 - Calcular, sem o emprego da tabela XM, os momentos de en-
3.6 - 2,16 mrn, para baixo
gastamento perfeito para a viga tinita da Fi. 111-60.
-q 3.7 - 0,105 mm, para baixo

3.9 2MA2 C ( A x ) ; v=- 4MX3 D ( X X ) ; M = M A ( x x ) ;


- y=- - k k
1 I
Fip. lll.60
Q=-2MAB(Ax)
310

- -
sen h AI sen A I
2 2
3.11 - M
C'
9 x
c m h X 1 + coshl

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