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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA

FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA


CURSO DE QUÍMICA - LICENCIATURA

RELATÓRIO DE FÍSICO-QUÍMICA
VOLUME MOLAR DO GÁS OXIGÊNIO

Adi Eloy de Moraes


Felipe Arruda Paes
Paulo Henrique Menegatti
Rafael Lopes
Thamiris Fernanda Bessi

Relatório de Atividade Laboratorial


realizado como requisito parcial à
avaliação da disciplina Físico-Química.

Orientador:
Profª. Marilisa Conti

Piracicaba
2011
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS p. 3

2. METODOLOGIA p. 8

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO p. 10

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS p.

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1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

Aspectos históricos

Robert Boyle (1627 - 1691)


Os estudos mais relevantes sobre o comportamento dos gases remontam ao
século XVII quando o físico e químico anglo-irlandês Robert Boyle, em 1660, realizou
diversas experiências com gases. Nas suas experiências, Boyle usou um tubo de vidro
em forma de U, fechado numa das extremidades. Boyle encerrou uma amostra de ar no
ramo fechado e mediu o seu volume à pressão atmosférica: o mercúrio, nestas
condições, estaciona ao mesmo nível nos dois ramos. Introduzindo mais mercúrio no
ramo aberto, a amostra de ar é comprimida, diminuindo o seu volume.
Verificou então que, mantendo constante a temperatura, o aumento de pressão é
acompanhado por uma diminuição do volume da amostra. Por outro lado, as variações
de pressão e volume verificadas eram tais que o produto p × V se mantinha constante,
isto é, p e V são grandezas inversamente proporcionais:
P1 /P2 = V2 /V1.

Edmé Mariotte (1620 - 1684)


Em 1676, o físico francês Edmé Mariotte reproduziu a mesma experiência de
Boyle, mas utilizando um dispositivo experimental diferente e divulgou-a em França,
mas cedeu todos os créditos à Boyle pela descoberta. A referida lei é conhecida como
Lei de Boyle-Mariotte.

Jacques Alexandre César Charles (1746 – 1823)


A verificação experimental da relação entre volume e temperatura, para uma
pressão constante, foi realizada pela primeira vez em 1787, por Jacques Charles.

Joseph Louis Gay-Lussac (1778 - 1850)


Uns anos mais tarde, em 1802, Louis Joseph Gay-Lussac chegou ao mesmo
resultado - hoje conhecida como Lei de Charles ou primeira Lei de Charles e Gay-
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Lussac: "Sob uma mesma pressão, o volume de um gás varia linearmente com a
temperatura". Matematicamente, esse enunciado é traduzido pela equação:
V = Vo (1 + t)

V e V0 representam os volumes gasosos, à temperatura de t ºC e 0 ºC,


respectivamente; o coeficiente de dilatação assume para todos os gases o valor de
1/273,15.
Considerando-se as temperaturas na escala absoluta, a primeira Lei de Charles
e Gay-Lussac- apresenta-se sob uma outra forma: “À pressão constante, os volumes de
uma massa gasosa estão entre si como as temperaturas absolutas que lhes
correspondem”: V1 /V2 = T1 /T2.
Um outro tipo de transformação pode ocorrer num sistema gasoso - a
transformação isocórica, durante a qual o volume do gás se mantém constante,
enquanto a pressão e a temperatura variam. As pesquisas realizadas com processos
isocóricos conduziram à Lei de Gay-Lussac ou segunda Lei de Charles e Gay-Lussac:
"Mantendo-se constante o volume, as pressões de uma massa gasosa variam
linearmente com a temperatura". A sua expressão matemática é:
P = P0 (1 + t)
Onde P é a pressão do gás a t ºC, P0 a pressão a 0 ºC; sendo o coeficiente de
dilatação.
Considerando-se as temperaturas na escala absoluta, a segunda Lei de Charles
e Gay-Lussac- apresenta-se sob uma outra forma: “À volume constante, as pressões de
uma massa gasosa estão entre si como as temperaturas absolutas que lhes
correspondem”: P1 /P2 = T1 /T2.

Amadeo Avogadro (1776 – 1856)


O primeiro cientista a dar o nome de molécula aos “átomos compostos”
resultantes de uma ligação química é Amadeo Avogadro. Em 1811 formula uma
hipótese, hoje conhecida como Lei de Avogadro, decisiva para o desenvolvimento
posterior da teoria atómico-molecular: “volumes iguais de gases diferentes contêm igual
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número de moléculas quando medidos nas mesmas condições de temperatura e
pressão”:
V1 /V2 = n1 /n2.
Essa ideia leva à descoberta posterior do número de moléculas contidas numa
molécula-grama (hoje chamada de massa molar) de uma substância, o chamado
número de Avogadro: 6,023 x 10²³ um valor constante, válido para todas as
substâncias.

Benoit Paul Emile Clapeyron (1799 – 1864)


Em 1834, B. P. Emil Clapeyron reunindo os trabalhos experimentais de Boyle,
Charles, Gay-Lussac e Avogadro chegou a equação da Lei dos gases ideais:
PV = nRT.

Johannes Diederik Van der Waals (1837 – 1923)


Em 1873, J.D. Van der Waals propôs uma equação diferente. Observou que a
equação geral dos gases ideais não correspondia ao observado em gases reais. Isto
porque para gases ideias assume-se que, de acordo com a teoria cinética dos gases
ideias, não existem forças atrativas e/ou repulsivas entre as partículas do gás e que o
volume de cada partícula era zero. Van der Waals introduziu então à famosa equação
PV = nRT mais dois parâmetros, relacionados com o tamanho e as forças
intermoleculares. Este físico reescreveu a equação dos gases ideias e publicou uma
nova equação, conhecida como equação de Van der Waals para os gases reais.
Num gás real, a pressão é menor do que a prevista pela lei dos gases ideais
devido à existência de forças atrativas intermoleculares. Por isso, a pressão é corrigida
pela expressão a2/V2. Da mesma forma, moléculas reais têm volume. O termo b é uma
função do diâmetro esférico da molécula do gás, conhecido como diâmetro de Van der
Waals. E, para n moles de gás, a equação genérica é:
(P + n a 2 / V 2 ) (V- nb) = nRT

Na tabela, referida a seguir, indicam-se alguns valores de a e b para alguns


gases. Verifica-se que os gases como hidrogênio, hélio e néon apresentam valores
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muito próximos de zero. Isto porque evidenciam muito poucas interações
intermoleculares no estado gasoso, o seu comportamento é quase ideal.

Gás a (atm dm6 mol-2) b (dm3 mol-1)

He 0,034 0,0237
Ne 0,211 0,0171
H2 0,244 0,0266
O2 1,36 0,0318
N2 1,39 0,0391
CO2 3,59 0,0427
NH3 4,17 0,0371
H2O 5,46 0,0305

Volume molar
Chama-se de Volume Molar ao volume ocupado por 1 mol de cada substância.
Para sólidos e líquidos o volume molar depende, entre outras coisas, da natureza, da
substância, mas para gases ele só dependerá das condições de temperatura e pressão,
qualquer que seja a natureza do gás.
Nas CNTP´s, condições normais de pressão e temperatura p= 1 atm ou 760
mmHg e T=0ºc ou 273 K e R= 0,082 quando a pressão estiver em atm ou 62,3 quando
a pressão é dada em mmHg, o volume molar apresenta um valor constante igual a 22,4
litros que é, portanto, o volume ocupado por 1 mol de qualquer gás nas referidas
condições.
Por definição, um gás ideal (também chamado gás perfeito) é aquele onde a
energia de interação entre as moléculas é desprezível. Uma boa aproximação para esta
situação é atingida fazendo com que a separação média entre as moléculas seja tão
grande que se possa negligenciar a interação entre elas. Na prática, obtém-se este
efeito a pressões muito baixas, onde o número de moléculas por unidade de volume é
suficientemente pequeno.

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No caso de um gás perfeito, a função f que relacionada às variáveis
termodinâmicas apresenta uma forma muito simples, de modo que a equação de
estado do gás ideal é:

R, chamada constante dos gases perfeitos, é determinada experimentalmente. A


equação 1 é muitas vezes chamada Lei dos gases ideais.
O objetivo é demonstrar experimentalmente que o volume ocupado por um mol
de qualquer substância gasosa nas CNTP (condições normais de temperatura e
pressão) é igual a 22,4L.

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2. METODOLOGIA

2.1 MATERIAIS UTILIZADOS


-2 suportes universais
-1 bico de Bünsen
-1 tubo de ensaio
-1 proveta de 250 ml
-1 cuba
-1 balança analítica
-2 espátulas

Utilizamos dois tipos de reagentes: Clorato de Potássio (KClO 3) e Dióxido de Manganês


(MnO2).

2.2 PROCEDIMENTO
Colocamos 0,1g de KClO3 e 0,05g de MnO2 em um tubo de ensaio limpo e seco e
misturamos as duas substâncias. Enchemos a proveta de água sem deixar bolhas.
Aquecemos o tubo de ensaio diretamente na chama do bico de Bünsen.
Após o desprendimento do oxigênio, realizamos nova leitura do volume de gás na
proveta e anotamos a temperatura e pressão ambiente.
Efetuamos a soma (m4) de todas as massas encontradas (m 1=massa do tubo de
ensaio; m2= KClO3; m3= MnO2).
Medimos o volume de O2 na proveta.
Deixamos esfriar o tubo de ensaio com os reagentes e o pesamos novamente, agora
com as substâncias em seu interior (m5).
Subtraímos a massa m5 pela massa m4 e encontramos a massa de oxigênio cujo
volume foi medido na proveta.
Realizamos os cálculos utilizando a equação:
P.V = P1.V1
T T1
Substituímos:
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P = Pressão de O2 na proveta;
P = P atmosfera – P vapor da água;
V = Volume de oxigênio medido;
T = °C + 273K.
Massa Molar O2 = 32g/mol
Massa Molar KClO3 = 122,5g/mol
P1 = Pressão nas CNTP = 760mmHg
T1 = Temperatura nas CNTP = 273K
V1 = Volume do oxigênio (CNTP) a ser obtido nos cálculos.

Ao descobrirmos o V1, utilizamos uma regra de três para calcular o volume molar do
oxigênio obtido experimentalmente.
“m” g..............................................V 1cm³
32 g.....................................................”X”

O valor teórico de “X” é 22400cm³.


Calculamos então a porcentagem de erro no experimento.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Texto. (Arial, 12, espaçamento 1,5)

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REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASTELLAN, G. Fundamentos de Físico-Química. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2002.

CASTELLAN, Gilberto. Fundamentos de Físico-Química. 8 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1995.

MACEDO. Físico-Química I. Guanabara Dois, 2004.

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