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Resultados e Discussão

O processo produtivo da indústria estudada (FIGURA 1), foi desenhado para dar
sustentabilidade às estratégias de negócio, as quais têm sido baseadas na diferenciação,
ofertando ao mercado produtos e serviços agregados com qualidade e diferenciais tecnológicos,
com atendimento responsivo e preços competitivos.

Figura 1 – Processo produtivo da indústria de fundição

Fonte: elaborado pela autora dados da pesquisa

Tal processo teve início em 2014 com o projeto de excelência operacional. A partir desse
momento, o sistema de gestão da produção tem evoluído gradualmente passando por etapas de:
i) introdução de novos conceitos; ii) desenvolvimento da liderança; iii) revisão da estrutura
organizacional; iv) implantação; e v) replicação do modelo nas diferentes unidades produtivas.
Do ponto de vista de bases conceituais, está estruturado nos seguintes níveis: pessoas; melhoria
contínua do processo; circuitos de produtividade, atendimento, lead time, flexibilidade,
qualidade e segurança e meio ambiente; e, por fim, os resultados internos e no cliente.
Desde a implantação do SGA, a empresa já investiu mais de R$ 115 milhões em obras,
e R$ 7 milhões em equipamentos e melhorias nos processos, nas suas plantas industriais de
Joinville e Mauá. Entre as melhorias implantadas estão novos sistemas de exaustão e controle
dos fornos, que captam materiais particulados por meio de filtros de manga, com índices de
eficiência que variam entre 90 e 98%.
Os números referentes ao SGA da indústria podem ser observados na Figura 2, e
referem-se ao ano de 2017.

Figura 2 - Números referentes ao SGA

Fonte: elaborado pela autoradados da pesquisa

A geração de resíduos sólidos é inerente a todos os processos produtivos, desta forma a


indústria trabalha para segregá-los e destiná-los de maneira correta, focando energias em
desenvolvimentos que viabilizem a redução, o reuso e/ou a reciclagem em outras cadeias
produtivas. Assim, poupam-se recursos naturais em benefício de toda a sociedade e, ao mesmo
tempo, gera-se valor econômico.
Todas as áreas praticam a coleta seletiva, o que facilita o processo de gestão. Quanto
aos resíduos para os quais ainda não foram identificadas tecnologias que viabilizem sua
reciclagem, estes são destinados a aterros industriais devidamente licenciados. No caso de
Joinville os resíduos não perigosos (classe II) são enviados para aterro próprio, construído e
gerenciado de acordo com normas e procedimentos avançados, com vistas à segurança de sua
operação. Antes de homologar um parceiro para receber os resíduos, é realizada auditoria in
loco pela equipe de Engenharia Ambiental, de forma a garantir que a empresa atende suas
condicionantes ambientais.
A indústria utiliza sucatas de ferro e aço como sua principal matéria-prima, a
empresa exerce importante papel de recicladora, absorvendo grandes quantidades de materiais
que assim deixam de ocupar espaços em aterros (FIGURA 3).
Figura 3 - Utilização de sucatas de ferro e aço como matéria-prima

Fonte: imagem coletada pela autoradados da pesquisa

O processo de transformação de 650 mil toneladas de sucatas de ferro e aço em


componentes indispensáveis à produção de veículos de passeio, caminhões, ônibus, máquinas
agrícolas, de construção, mineração, geradores de energia, locomotivas e outros, exige a
produção de moldes nos quais o ferro fundido é vazado. O mesmo processo se dá com as
conexões, utilizadas em diversos setores industriais, na construção civil, na cadeia de óleo e
gás, saneamento, irrigação, dentre outros.
Além disso, areias constituem o principal resíduo de fundição, visto que com elas são
feitos todos os moldes das peças fundidas. Em geral, o maior desafio é encontrar solução para
o reuso dessas areias. Com a implantação do SGA as areias descartadas pelos processos de
macharia são reaproveitadas, por meio de regeneradores próprios nas duas plantas fabris, de
Joinville e Mauá (FIGURA 4).

Figura 4 - Captação de ADF para reutilização

Fonte: dados da pesquisa

O maior volume, porém, é constituído de areias de moldagem e estas, por serem


classificadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) como resíduo Classe II
A - não inerte, até pouco tempo atrás tinham como único destino os aterros industriais. Porém,
ao analisar o processo produtivo e se aproveitando do modelo de países europeus e nos Estados
Unidos, houve adaptação de maneira a reaproveitar essas areias para diversos fins.
Com o resultado de estudos científicos comprovou-se aos conselhos estaduais de meio
ambiente de que areias de moldagem não são perigosas. Nesse sentido, a indústria em conjunto
com a academia pôde dar subsídios às discussões acerca do tema.
Com a assinatura, em 2008, de resolução do Conselho Estadual de Meio Ambiente de
Santa Catarina autorizando o uso na composição de massa asfáltica e na construção de artefatos
de concreto sem funções estruturais. Em caráter experimental, a empresa montou uma fábrica
de pavers, que são utilizados na pavimentação de calçadas, e vem produzindo lotes que estão
sendo doados para obras públicas em Joinville, conforme observado na Figura 54.

Figura 54 - Exemplo de pavers fabricados a partir da reutilização de ADF

Fonte: dados da pesquisaimagem coletada pela autora

O objetivo é exclusivamente o de mostrar ao mercado da construção que o reuso é


viável, evitando com isso o uso de areia virgem, um recurso natural, e contribuindo para reduzir
o volume de areia enviada a aterros. A quantidade de ADF reutilizada em outras cadeias
produtivas, no ano de 2017, foi de 98 mil toneladas.
Além disso, a indústria lidera outros projetos experimentais no Estado de Santa
Catarina, como o de utilização dessas areias para construir bases e sub-bases de estradas e para
assentar tubulações de esgoto. Ainda no sentido de comprovar a não periculosidade do resíduo,
a empresa desenvolveu em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural
(EPAGRI), um experimento de cultivo de alface e cenoura em solo com adição de areia
descartada. Os resultados comprovaram que não houve qualquer dano aos vegetais. Em 2017,
a soma de reutilização de areias regeneradas (reciclada internamente), no Brasil e no México
foi de 208 mil toneladas.
As operações regulares da indústria exigem a utilização de água em múltiplas atividades.
Por isso, efluentes e resíduos também têm merecido grande atenção. Novas estações de
tratamento de efluentes foram projetadas e construídas nesse período, e o aterro industrial
próprio, na planta de Joinville, foi inteiramente readequado observando as mais rigorosas
exigências ambientais. Com investimentos de R$ 7,8 milhões, a empresa construiu e está
operando regularmente, desde 2007, no parque fabril de Joinville, duas novas estações – A ETE
GHW e a ETE Principal, que juntas têm capacidade para tratar 48 m3 por hora de efluentes
industriais e sanitários (FIGURA 65).
Figura 65 - NovasNova estaçãoões de tratamentos de efluentes industriais e sanitários

Fonte: imagem coletada pela autoradados da pesquisa

Cuidar dos efluentes sanitários, originários de banheiros e cozinhas que atendem a cerca
de oito mil empregados, foi um grande avanço e uma contribuição importante ao saneamento
da cidade. Outro avanço significativo está no fato do sistema funcionar em circuito fechado,
permitindo que toda a água resultante retorne aos processos fabris. Em 2017 foram tratados 398
milhões de litros e efluentes.
O reuso de água, além de uma contribuição ao meio ambiente, resulta também em
economia de recursos financeiros, visto que menos água é demandada do serviço de
abastecimento público. Em quatro anos, a empresa reduziu o consumo de água potável em 48%.
Ainda sobre economia de água, vale ressaltar que edificações novas foram projetadas para
captar água de chuva e essa vem sendo utilizada na lavação de veículos e em alguns processos
industriais, contribuindo também para a redução do consumo de água originária de fontes
externas, que em 2017, somaram 9 milhões de litros.
A indústria também é detentora de reservas florestais nativas de mata
atlântica, localizadas em regiões de preservação permanente no estado de Santa Catarina,
neutralizando com isso parte de suas próprias emissões de CO2. Essas áreas abrigam nascentes
e espécies de flora e fauna sob risco de extinção, e contribuem como sequestradoras de carbono
e reguladoras de águas subterrâneas e de rios.
Além disso, a empresa também é proprietária de uma extensa área urbana localizada no
Morro do Boa Vista, em Joinville, um dos poucos remanescentes de mata atlântica original na
região central da cidade. No total, são 2600 hectares de florestas mantidas e preservadas em
Santa Catarina.
A certificação inicial do SGA na norma ISO 14001, em 2001, demonstra o tratamento
prioritário no que se refere ao gerenciamento de riscos ambientais, como parte da administração
cotidiana dos negócios da indústria. Ressalte-se que a aprovação do SGA segundo o padrão
internacional ISO 14001 requer auditorias executadas periodicamente por organização externa
e independente. Em maio de 2017, a indústria passou por um processo de recertificação na ISO
14001 em sua nova versão 2015.
O fundamento econômico do compromisso acima mencionado com a certificação
encontra-se no sistema produtivo, o qual tem a segurança do trabalho e a preservação do meio
ambiente entre os pilares que conectam a geração de resultados aos acionistas e aos clientes
com a melhoria contínua de processos e a participação das pessoas.
Nesse contexto, a efetividade da gestão ambiental requer o engajamento dos
funcionários para o exercício contínuo de práticas e procedimentos corretos, sendo essencial
que sejam devidamente educados e treinados.
Para tal, o SGA implantado na indústria conta com equipe de profissionais qualificados
no Brasil e no México que atuam na manutenção dos controles ambientais, licenciamentos
ambientais, gestão de resíduos, tratamento de efluentes, auditorias internas, avaliação de
requisitos legais, educação ambiental entre outros projetos de melhoria contínua.
A realização de modificações realizadas culminou no estabelecimento de
responsabilidade social corporativa e colaborou em comprovar que a implantação do SGA
trouxe melhora contínua nos processos produtivos, com vistas a reduzir o uso de recursos
naturais e a minimizar seus impactos no meio ambiente.

Discussão

O levantamento realizado demonstra que a indústria apresentou benefícios


organizacionais e ambientais, de acordo com Iraldo et al., (2009). Os benefícios relacionados à
conformidade legal do SGA já foram demonstrados por Chan e Wong (2004), Liu et al.
(2016), McGuire (2015), Zeng et al. (2011), e Zhang et al. (2008) em diferentes tipos de
empresas chinesas; Djekic et al. (2014) em empresas de alimentos sérvios; Campos
(2016), Gavronski et al. (2008) e Jabbour (2010) em diferentes setores industriais no
Brasil; López-Gamero et al. (2010) em empresas espanholas; Phan e Baird (2015) e Zutshi e
Sohal (2004) em organizações australianas; Santos et al. (2011) em PME portuguesas e Wu
(2009) no setor de produção nos EUA. Além disso, pode ser possível vincular a relevância do
SGA com a disseminação da certificação 14001 (DELMAS, 2002).
Outros estudos confirmam a importância do monitoramento do desempenho ambiental
em organizações que adotaram o SGA, em consonância com os resultados apresentados: Abad
et al. (2014) e Martìn-Peña et al. (2014) em empresas espanholas e indústria automotiva,
respectivamente; Arimura et al. (2008) em instalações de fabricação japonesas; Khan
(2008) e Phan e Baird (2015) na indústria automotiva australiana; Castka e Prajogo (2013) para
empresas australianas e da Nova Zelândia; Djekic et al. (2014) em empresas de alimentos
sérvios; Massoud et al. (2010) na indústria alimentar libanesa; Padma et al. (2008) em
empresas indianas de manufatura; Testa et al. (2014) nas indústrias intensivas em energia
italianas; e Turk (2009) nas empresas de construção turcas. Alguns autores, como Agan et
al. (2013), De Jong et al. (2014), Gavronski et al. (2013), Heras-Saizarbitoria et al.
(2015), Lannelongue et al. (2015), Marcoux e Urpelainen (2012), Tatoglu et al. (2015), To e
Lee (2014), mostram que a relação entre a adoção do SGA e a melhoria do desempenho
ambiental dos processos nem sempre é linear, e as principais variáveis que suportam ou afetam
essa relação são numerosas e inter-relacionadas (por exemplo, tamanho, tipo, setor, taxa de
inovação, localização geográfica, mercado, stakeholders, cadeia de suprimentos). Para
complicar ainda mais esse tópico, a literatura publicada recentemente demonstra que a
integração do SGA com outros padrões, como a ISO 9001, permite obter uma maior melhoria
do desempenho ambiental e operacional das organizações (BERNARDO et al., 2015; SIVA et
al., 2016). Com base nessas considerações, seria interessante, no futuro, explorar nas
organizações se existe uma correlação entre os benefícios da identificação do aspecto ambiental
da ISO 14001 e o desempenho ambiental dos processos, considerando diferentes variáveis-
chave.

Conclusão

Conclui-se que uma certificação ISO 14001 contribui significativamente organizacional


e ambientalmente para as empresas com adoção de práticas de SGA, pois promove uma cultura
ecologicamente correta dentro da empresa e contribui para uma alocação sistemática de
recursos para os processos de tomada de decisão nesse processo. Por outro lado, essa
oportunidade deve ser tomada pelas organizações e pela cadeia em que atua, considerando que
a sistematização das práticas de SGA, mesmo que ainda na fase de maturação, pode ser um
grande avanço no desempenho ambiental das organizações.
Embora não tenha sido estudado diretamente, a relação inversa que representa a
contribuição do SGA para o cumprimento dos requisitos da ISO 14001 a melhoria
organizacional também pode ser observada. Esse campo precisa ser explorado empiricamente,
mas, em teoria, pode-se observar que praticar o SGA aumenta a facilidade e as condições para
atender aos requisitos e obter a certificação ISO 14001.
O presente trabalho preenche uma lacuna identificada na literatura que repousa sobre
um vasto campo ainda a ser explorado para identificar, empiricamente, as várias formas de
relações de influência da ISO 14001 para a implementação do SGA, e vice-versa. Essas relações
podem ser analisadas e aplicadas pelas organizações que buscam melhorias em seu desempenho
ambiental.
Tanto a norma ISO 14001 quanto o SGA mantêm suas estruturas independentemente da
região ou país em que estão inseridas, e os resultados obtidos a partir desta pesquisa podem ser
aplicados a diferentes indústrias.
Foram identificados fatores e variáveis que podem ser considerados fundamentais para
as melhorias ambientais exigidas pelos requisitos da ISO 14001. Não foi possível estabelecer
uma relação de causa e efeito, dadas as limitações do método de pesquisa, por isso tem havido
a necessidade para outros métodos de pesquisa empírica, como simulações, pesquisa
operacional, pesquisa-ação, etc.
Recomenda-se a aplicação de novos instrumentos de coleta de dados, enfocando as
relações conflitantes do SGA e os requisitos da norma ISO 14001 para a adoção de práticas
sustentáveis. Por fim, esse mesmo instrumento de coleta de dados pode ser aplicado em
diferentes momentos, em diferentes países, a fim de verificar mudanças no cenário apresentado
neste trabalho.

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