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• Refúgio é onde nos protegemos. Tomar refúgio é nos proteger dos perigos internos.
• Buddha – aquele que despertou, ele tem a mente que não será atingida pelos perigos
da cobiça, ódio e ignorância.
• O sentimento por trás da tomada de refúgio no Buddha é a gratidão por ele ter nos
mostrado o caminho.
• Podemos meditar sobre as três qualidades do Buddha e dela nos lembramos ao
tomar refúgio nele: Pureza, Compaixão, Sabedoria.
• A compaixão é o motivo pelo qual estamos aqui. Temos compaixão por nós
mesmos, porque não queremos mais sofrer. E temos compaixão pelos outros, porque
não queremos provocar sofrimento nos outros.
• O Dhamma é as leis naturais, é a realidade das coisas. Conscientes ou não dessas
leis, elas existem e fazem efeito sobre todos nós.
• O primeiro momento da libertação altera a mente e nós não voltamos mais a ser
como antes.
• As pessoas que alcançaram a iluminação possuem uma fé e uma confiança
inabaláveis.
• O grupo de prática deve ter unidade, apoio e harmonia.
• Dos 5 preceitos que tomamos os três primeiros em seus dois sentidos são:
o Não destruir nenhum ser vivo – conservar e preservar a vida;
o Não tomar aquilo que não é dado – ser generoso e compassivo;
o Abster-se de condutas sexuais incorretas – combater o apego às sensações;
o (os demais eu não consegui anotar)
• Quando aceleramos demais nas atividades não conseguimos perceber detalhes
importantes de nossa vida.
• Quando a gente desacelera a gente consegue perceber coisas que passam pela mente.
• A generosidade combate a cobiça.
• Outras maneiras de pensar os 5 preceitos:
o 2º preceito: estar feliz e satisfeito com o que temos aqui e agora.
o 3º preceito: o controle sobre os sentidos preserva energia para se concentrar
na meditação
o 4º preceito: não ser indulgente com a fala ajuda-nos a concentrar e evita
atritos com as pessoas
o 5º preceito: não tomar intoxicantes ajuda a manter a mente acordada,
desperta e atenta.
• Dicas para avançar bem na meditação (para o retiro):
o Slow down
o Patience
o Expectation-free
o Continuity of mindfulness
o Intention
o Attitude of responding not reacting
o Letting go
• Slow down: desacelere em tudo
• Paciência: com a sua prática; Meditação leva tempo. Quando a gente planta as
sementes do Dhamma temos que ter a paciência com os frutos da mesma forma que
com uma árvore.
• Sem expectativas: expectativa é uma forma de desejo. Estar sempre aberto para as
experiências, sem expectativas. Estar aberto é ser livre. O excesso de expectativas
leva à frustração.
• Continuidade da plena atenção: procure manter a plena atenção até mesmo entre as
meditações. Uma plena atenção após outra, persistentemente, fortalece a mente.
Apenas uma é frágil, mas uma sequência é forte.
• Intenção: perceber a intenção prévia em qualquer ação. Intenção clara. Isso evita
esquecer coisas ou fazer coisas erradas. Comece prestando atenção pouco a pouco,
uma ação após a outra. Ex: vou treinar prestar atenção toda vez que eu me levantar.
Depois: aumentar para 2 ações: toda vez que eu beber água, etc...
• Atitude de responder ao invés de reagir: abrace suas experiências, responda a elas,
observe, compreenda, não reaja. Aceite as experiências.
• Deixar ir: apego, medo, aversão, estados mentais não saudáveis.
• Ouvir, entender e praticar o “deixar ir” significa ter compreendido todo o
ensinamento do Buddha. Pois todo o ensinamento pode ser resumido nisso.
• Até mesmo a questão do sucesso e progresso temos que deixar ir.
• Postura: conforto e sem se torturar – estamos aqui para sermos felizes e atingirmos a
iluminação.
• A postura do lótus completa favorece a curvatura natural da coluna e trava a postura
de tal maneira que o corpo fica estável.
• Várias posturas: lótus completa, meio lótus, ¼ de lótus, postura birmanesa cruzada
• Tipos de meditação: samatha, vipassana (insight)
• Vi – Passana
o Vi: especial, diferentemente
o Passana: visão (com o olho da sabedoria)
• A meditação vipassana, de insight se concentra em observar as três características
universais em tudo:
o Impermanência: tudo muda o tempo todo
o Insegurança = insatisfatoriedade
o Impessoalidade = as coisas estão para além de nosso controle
• Começamos observando as características específicas das coisas/experiências: calor,
tensão, pressão, pulsação. Perceber isso é a introdução ao vipassana.
• Quando começamos a perceber as 3 características universais das experiências
estamos praticando vipassana.
• Este é o caminho para obtermos sabedoria. Ganhamos sabedoria através do corpo.
• Objeto primário: atenção sobre a respiração, para dentro, para fora,
expansão/contração dos pulmões, ar passando pelas narinas.
• Não se fechar apenas a esse primeiro estágio.
• Quando surge pensamentos ou obstáculos (dúvida, raiva, medo, ...) Percebê-los,
deixá-los ir e depois voltar para o objeto primário.
• Quando sentir dor, percebê-la, observar suas características específicas e as
universais.
• Perceber o sentar/tocar, atenção sobre o corpo.
• Respiração é o objeto primário (nosso lar), nós retornamos a ela todo o tempo, os
demais são objetos secundários.
• Esteja consciente de tudo o que vier à mente no momento presente a partir do
momento em que o evento se tornar importante.
• O processo de pensar é natural e não é errado que pensemos durante a meditação,
errado é que nos apeguemos ao pensamento.
• A raiva, a tristeza e o medo vem da aversão. A raiz de todo o sofrimento vem do
desejo na forma de apego/aversão. O apego vem da vontade/ilusão de querer que as
coisas sejam permanentes, de que as coisas boas nunca terminem, etc. A aversão
vem do desejo de repelir situações indesejadas.
Desejos
sensoriais Desejo pela
Apego à não-
existênci existência,
a aniquilação,
Linha do Apego / Aversão
niilismo
Linha da Impermanência
Tudo está
sempre Tudo está
terminand Surgindo / sempre
o, mudando / nascendo,
passando. passando crescendo
, surgindo.
2ª – pensamento correto
• Tendo a visão/compreensão correta, podemos escolher pelo pensamento correto.
Deve-se cultivar os seguintes pensamentos corretos:
o Não-cobiça / generosidade
o Não-ódio / amizade amorosa, metta
o Não-crueldade / compaixão
• Ser generoso através do nosso tempo, fala, ouvidos e sorriso.
• Se você cultivar o contentamento na vida, se ficar feliz com a vida que tem, você
consegue evitar a cobiça.
• “O contentamento é a nossa maior riqueza/fortuna” – Buddha
• Quem é mais feliz? Aquele que tem pouco mas está contente ou aquele que tem
muito e não se contenta?
• Doar/oferecer é diferente de se livrar das coisas oferecendo-as a alguém.
• Metta: amor irradiante – abrir o coração em relação a todos os seres. A prática ajuda
a acalmar e se tornar pacífico. Metta significa construir pontes entre as pessoas,
pontes, ao invés de muros ou cercas. Metta é o amor universal.
• Essa prática se assemelha ao sermão da montanha.
• Samatha – concentração constante leva ao samadhi
• Vipassana – o objeto é visto em sua natureza
• Três características universais: anicca, anatha, dukka
• Procurar o discurso do Buddha chamado: “os sinais das 3 características”
• Anicca Anupassana: ver os sinais no momento presente, quando eles ocorrem, a
medida em que ocorrem:
o 1. Aumentando / surgindo
o 2. Diminuindo / desaparecendo
o 3. Os dois ao mesmo tempo
• Sinais de dukkha: dor física, mudança, cessação do prazer, condicionamento das
coisas
• Sinais de anatta: você não pode controlar os processos da vida
Cinco obstáculos
• Thinking (pensamentos) – ficar numa avalanche de pensamentos. Não é necessário
parar de meditar quando há muitos pensamentos. Se você puder estar consciente de
seus pensamentos, isso é meditação. A função da mente é pensar, portanto, não
podemos “brigar” com a cobeça. O melhor é se acalmar, fazer respirações profundas
e observar os pensamentos.
• Pensar não é um obstáculo. Ficar preso nos pensamentos é um obstáculo. Se
começar a sentir isso, procure pela fonte deles. De onde eles vem? Observar os
pensamentos mas sempre voltar para a respiração. Se isso não for suficiente,
pratique samatha.
• Vipassana é uma meditação ativa, enérgica
• Samatha é uma meditação de concentração e calma
• Você deve mudar de uma para outra de acordo com seu estado mental. Quando
agitado, pratique também metta
• Quando sua mente está bem/feliz, ela se concentra mais fácil. O contrário não é bem
verdade. Portanto, para se concentrar, prepare-se para isso com uma prática alegre.
Ex: pensar sobre as qualidades do Buddha.
• Para lidar com a sonolência: abrir os olhos, meditar em pé, iluminar o ambiente
(isso diminui a produção de um hormônio relativo ao sono), respirações rápidas ou
profundas porque aumenta o ritmo cardíaco e pressão sanguínea; meditar sobre a
percepção do corpo, como o sentar.
• Toda vez que você estiver agarrado às coisas, você irá sofrer.
• 3 práticas ambientais:
o Simplicidade: simplifique a sua vida. Seguindo o caminho de 8 passos, sua
vida naturalmente se tornará mais simples
o Self-sufficiency (auto-suficiência): uma vida sem desperdícios, contenciosa,
suficiente e saudável
o Sustaining (sustentável): viver de acordo com suas posses, não comprar
coisas que te levem à preocupação, não consumir além de sua renda, não ter
posses em excesso.
• Preste atenção nas pessoas com quem você convive e trabalha. O seu meio social
influencia muito sua vida.
6º passo: Esforço correto
• Todo bom trabalho necessita de esforço e energia
• O esforço correto compreende:
o Evitar que algo não saudável aconteça. Ex: quando sentir que a raiva está
chegando, tornar-se consciente dela e trabalhar para trazer a calma. Sempre
buscar consciência do que te irrita. Esteja consciente de tudo o que está
vindo a tona ao seu redor, estar atento a tudo o que chega até as 6 portas dos
sentidos.
o Vencer (superar) uma coisa não saudável que aconteceu. Consicentizar-se da
sensação, sem reação. Ex: quando estiver com raiva, fazer anotação mental:
“raiva, raiva...”, quando você consegue fazer isso a raiva passa porque a
mente consegue se ocupar apenas de uma coisa por vez. Durante a
meditação, pode ocorrer a raiva por si mesmo, por pensar que não está dando
conta, que não está progredindo, etc.
o Criar/Fazer surgir estados mentais benéficos. Fazer esforço para
sustentar/manter os estados mentais benéficos.
3 níveis de impurezas
O nobre caminho Os três Árvore das
(ódio, cobiça e ilusão – raízes da
de 8 passos treinamentos impurezas
infelicidade)
3 – fala correta
Grupo da Nível da transgressão: ação e fala.
4 – ação correta COPA DA
Conduta Para combater: seguir os 5
5 – meio de vida ÁRVORE
Ética preceitos.
correto
6 – esforço correto
Nível da obsessão: obsessões na
7 – atenção plena TRONCO
Grupo da mente, pensamentos dispersos.
correta DA
Concentração Não há ações, porém as
8 – concentração ÁRVORE
impurezas ainda estão lá.
correta
1 – compreensão
correta Grupo da Nível de latência: impurezas RAÍZES DA
2 – pensamento Sabedoria dormentes ou latentes ÁRVORE
correto
Spiritual life:
• S – spiritual friends
• P – priority setting (dhamma first)
• I – intentions (motivation)
• R – regular practice
• I – investigating life
• T – training (3 trainings)
• U – Upekkha: equanimidade, equilíbrio
• A – attention
• L – letting go
• Nibbanna:
o O único incondicionado
o Permanentemente permanente
o Felicidade, ausência de sofrimento
• Sobre o vazio (emptyness):
o Emptyness = non-self no Theravada
o O que estamos esvaziando? Estamos esvaziando a mente da raiva, da
cobiça, aversão, crueldade, ignorância, e todos os demais pensamentos
inábeis.
o Emptyness não significa “vácuo”!
• Podemos fazer qualquer coisa na vida, desde que não vá contra os 5 preceitos e que
seja feita dentro dos 3 treinamentos do Nobre Caminho.