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DEFINIÇÃO| estudo de degradação forçada| estudo que A Resolução se aplica aos medicamentos com substâncias ativas sintéticas e semissintéticas,
permite a geração de produtos de degradação através da exposição classificados como novos, genéricos e similares.
do insumo farmacêutico ativo e produto acabado a condições de A Resolução não se aplica aos produtos biológicos/ biotecnológicos, excipientes, peptídeos,
estresse, como por exemplo, luz, temperatura, calor, umidade, oligonucleotídeos, radiofármacos, produtos de fermentação e derivados, produtos
hidrólise ácida/ básica e oxidação, entre outras. Este estudo fitoterápicos, produtos brutos de origem animal, medicamentos específicos, medicamentos à
permite o desenvolvimento de métodos indicativos de estabilidade base de vitaminas e/ou minerais associados entre si ou isolados, poliaminoácidos, os de
com especificidade e seletividade adequada, bem como fornecer notificação simplificada, bem como aos produtos usados nas etapas de desenvolvimento de
informações acerca das possíveis rotas de degradação de um estudos clínicos.
determinado produto.
Caso as condições acima não possam ser empregadas devido às características inerentes à § 1° O estudo do perfil de degradação forçada deve ser realizado em todas as
amostra ou não sejam aplicáveis, deve-se justificar tecnicamente a não utilização de concentrações do medicamento.
qualquer uma dessas condições. Os testes e os respectivos resultados dos ensaios de § 2° No caso das associações em dose fixa, deverão ser executados também
degradação forçada deverão ser refeitos e reapresentados quando forem solicitadas: os estudos de degradação forçada com os insumos farmacêuticos ativos
I - alterações ou inclusões na rota de síntese do insumo farmacêutico ativo; ou isolados, associados e na formulação.
II - mudanças quantitativas e qualitativas de excipiente na composição do produto acabado
Art.6°: Os estudos de degradação forçada devem promover degradação em extensão A análise crítica do perfil de degradação deve contemplar:
suficiente a fim de permitir avaliação da formação de produtos de degradação. I - verificação da pureza cromatográfica do pico do insumo farmacêutico
§ 1º Os testes devem promover uma degradação superior a 10% (dez por cento) e inferior ativo no medicamento; e
àquela que levaria à degradação completa da amostra, comprometendo o teste. II - avaliação dos fatores que podem interferir de alguma forma na
§ 2º Nos testes em que a degradação for inferior a 10% (dez por cento), a empresa deve estabilidade do medicamento.
apresentar justificativa técnica fundamentada.
Tipos de estudos de estudos de estabilidade
BRASIL Classificado como ZONA QUENTE e MUITO ÚMIDA (30ºC/75%UR)
Estudo de Estabilidade Acelerada: Estudo projetado para acelerar a degradação química e/ou mudanças
físicas de um produto farmacêutico em condições forçadas de armazenamento. Os dados obtidos nesse estudo,
juntamente aos derivados dos estudos de longa duração, podem ser usados para avaliar efeitos químicos e
físicos prolongados em condições normais de armazenamento e para avaliar o impacto de curtas exposições a
condições fora daquelas estabelecidas no rótulo do produto, que podem ocorrer durante o transporte .
Portanto, este estudo determina o prazo de validade provisório e as condições de armazenamento. A DATA DE VALIDADE É DEFINIDA PELO FABRICANTE
Período: 0,3 e 6 meses COM BASE EM SEUS TESTES DE ESTABILIDADE
Lotes avaliados 3 primeiros lotes.
(ACELERADA E DE LONGA DURAÇÃO).
Condições do estudo: 40ºC±2ºC / (75%UR se sólido e 25%UR se semi sólido ou líquido).
Estudos avaliados nos intervalos de 0,3 e 6 meses: Doseamento, quantificação de produtos de degradação,
dissolução (quando aplicável) e variação no pH (quando aplicável). Para as demais, apresentar estudo aos 6 O fabricante do produto determina este prazo limite tendo como base os
meses comparativo ao momento zero. resultados obtidos nos testes de estabilidade seja acelerado ou de longa
duração desde que o usuário mantenha as condições de armazenamento
Estudo de Estabilidade de Longa Duração: Visa delinear o comportamento e características do produto definidas na rotulagem do produto. Quanto o prazo de validade é
farmacêutico durante todo o prazo de validade e até mesmo depois de seu prazo de validade (essa estimado pelos resultados do teste acelerado, este prazo deve ser
avaliação é opcional). Os resultados são usados para estabelecer ou confirmar o prazo de validade e confirmado pelos resultados do estudo de longa duração.
recomendar as condições de armazenamento que foram estabelecidas no Estudo de Estabilidade
Acelerada.
Período: 0,3,6,9,12 e 24 meses
Para produtos à GRANEL : No produto importado a granel, na embalagem do
Lotes avaliados: 7 lotes.
bulk deve conter um rótulo que descreva a data de fabricação do bulk e a data de
Estudos avaliados nos intervalos de 0,3,6,9,12 e 24 meses: Doseamento, produtos de degradação, pH e
validade do bulk, para que este seja liberado por Portos, Aeroportos e Fronteiras.
solubilidade (quando aplicável).
Condições de estudo: 30ºC ±2ºC/ (75%UR se sólido e 25%UR se semi- sólido ou líquido). Para produtos que necessitam ser RECONSTITUÍDOS: Em caso de produtos
Para os demais estudos apresentar estudo aos 6 meses comparativo ao momento zero. que requeiram reconstituição ou diluição deve-se apresentar informações iniciais e
Teste de esterilidade ,pirogênio e dureza podem ser realizadas apenas no primeiro e no último mês do finais que comprovem o período de utilização pelo qual o produto mantém a sua
estudo de longa duração 24º mês, pois são obrigatórios. Entretanto se a empresa tem a intensão de estabilidade depois da reconstituição, nas condições de armazenamento
aumentar o prazo de validade estas análises deverão ser realizadas também no último mês do prazo de determinadas. Os estudos devem ser conduzidos utilizando o diluente especificado
validade pretendido. para reconstituição do produto farmacêutico. Se existir a opção de mais de um
diluente, o estudo deve ser conduzido com aquele que apresente o produto
Estudo de Estabilidade de Acompanhamento: Visa verificar se o produto farmacêutico mantém suas farmacêutico reconstituído menos estável.
características físicas, químicas, biológicas, e microbiológicas conforme os resultados obtidos nos estudos
de estabilidade de longa duração. Seu objetivo é verificar se não foi introduzida nenhuma mudança na Para os produtos cujos cuidados de conservação sejam inferiores a 25°C e de
formulação, ou no processo de fabricação que possa afetar a estabilidade do produto. uso exclusivo em hospitais e clínicas médicas, serão aceitos estudos de
Período: Durante todo o prazo de validade estabilidade nas condições especificadas para Zona II (25°C/60%UR), desde que
Lotes avaliados: Para produções> 15 lotes/ano 1 lote anual; seja devidamente comprovado que o produto não suporta as condições
Para produções <15 lotes/ano 1 lote a cada 2 anos. estabelecidas nesta Resolução. Entretanto o titular do registro do produto deve
Estudos avaliados: Doseamento, produtos de degradação, pH e solubilidade (quando aplicável). Para as assegurar a conservação recomendada durante o transporte e a distribuição. A
demais apresentar estudo aos 6 meses comparativo ao tempo zero. empresa deve comprovar tecnicamente que o produto não suporta a zona IV.
Condições de estudo: 30ºC ±2ºC/ (75%UR se sólido e 25%UR (se semi sólido ou líquido). Nestes raros casos, a Anvisa deve condicionar o uso do medicamento apenas a
Seja para a amostra um lote/ano, ou para a amostra um lote/dois anos, os testes de acompanhamento hospitais e clínicas médicas.
devem ser realizados de 12 em 12 meses. Para o caso de um lote/dois anos, uma parte dele será usado em
uma bateria de testes e a outra na segunda bateria 12 meses depois. Para produtos cuja a concentração do princípio ativo esteja na ordem
Se após os estudos de estabilidade de acompanhamento o prazo de validade comprovado for menor, a
de dosagem abaixo de 0,99 mg por unidade posológica,o lote piloto
empresa deverá solicitar alteração pós registro.
(lote testado) deverá ser igual ao lote industrial.