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ocó-boi-baio

O socó-boi-baio é uma ave pelecaniforme da família Ardeidae.


Nome Científico
Seu nome científico significa: do (latim) botaurus = abetouro ou abetoiro; e do
(latim) pinnatus, pena = emplumado, pena.  Abetouro emplumado. O Abetouro é
uma ave europeia (Botaurus stellaris) aparentada às garças que é conhecida no
velho mundo como galinhola-real.
Características
Mede de 63.5 a 76 cm. Grande, de colorido críptico. Coroa escura, face cinzenta
com uma área amarela entre o bico e os olhos com uma linha marrom que
atravessa os lores; lados do pescoço pardos com fino barrado escuro; por cima,
mais escuro e rajado. Garganta branca, demais partes inferiores branco-sujas,
rajadas com castanho-claro. Bico forte, em geral amarelado, com maxila escura,
pernas são amarelo-esverdeadas, íris amarela. Imaturos são semelhantes aos
adultos, mas o preto barrado na cabeça e pescoço é esparso, menos regular.

socó-boi-baio adulto
socó-boi-baio jovem

Subespécies
Possui duas subespécies:
● Botaurus pinnatus pinnatus (Wagler, 1829) - ocorre do sudeste da Nicarágua
até o Equador, nas Guianas, no norte da Argentina e no Brasil;

● Botaurus pinnatus caribaeus (Dickerman, 1961) - ocorre nas planícies


alagadas do leste do México.

Alimentação
É um caçador paciente, estando frequentemente imóvel por longos períodos
enquanto aguarda presa a se mover dentro do alcance. Alimenta-se de peixinhos,
anfíbios, crustáceos, insetos, sementes e invertebrados aquáticos.
socó-boi-baio se alimentando

Reprodução
Na época da reprodução, os machos produzem gritos explosivos ao entardecer e
durante toda a noite. Reproduz principalmente ou apenas na estação chuvosa. Seu
ninho é uma plataforma ou um copo raso feito de caules ou outros materiais
vegetais e é tipicamente construído entre a vegetação espessa não muito acima da
superfície da água. A fêmea põe dois ou três ovos marronss claro ou verde-
oliváceos, que são incubados apenas pela fêmea. Ambos os pais alimentam os
filhotes, que permanecem perto do ninho até aprenderem a voar.

Ninho de socó-boi-baio
Ovo de socó-boi-baio

Hábitos
Vive em pantanais, banhados, brejos e juncais. Oculta-se na vegetação densa,
saindo no crepúsculo para caçar. Apresenta o comportamento de ficar parado e
escondido na vegetação alta, com o pescoço esticado e o bico voltado para cima,
lembrando um pau fincado nos ambientes alagados em que vive. Chega mesmo a
imitar o balançar dos juncos com o vento, o que dificulta ainda mais sua
visualização. Se detectado, pode agachar e rastejar pelo junco sem ser notado. É
uma ave difícil de ver, usa camuflagem como medida de sobrevivência. Agacha
quando alarmado, baixando o corpo e segurando a cabeça na vertical, como se
fosse um mourão, apenas o suficiente para ver, com o bico apontado para o céu,
fingindo ser parte de uma moita de juncos secos. Em geral solitário, pode mais
raramente ser visto em casal.
Voz: “ro-ro-ro” levantando voo; áspero “rawk-rawk-rawk” chamada; seu canto é um
mugido profundo e monossilábico “poonk ou poonkoo”.

Distribuição Geográfica
R (Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos). Ocorre do México à Argentina e
localmente em todo o Brasil.
Status de conservação: LC ( IUCN ).
  Ocorrências registradas no WikiAves

Referências
* Crozariol, M.A. (2008) Imagens do ninho, ovo e de desenvolvimento do filhote de
Botaurus pinnatus (Wagler, 1829) em um campo de arroz irrigado. Atualidades
Ornitológicas, 143: 42. disponível em: http://www.ao.com.br/download/ao143_42.pdf
* Gwynne, John A., Ridgely, Robert S., Tudor, Guy & Argel, Martha (2010). Aves do
Brasil. Vol. 1. Pantanal e Cerrado. Editora Horizonte. pg 50.
* NaturaLista (Site) 2014. Disponível em http://conabio.inaturalist.org/taxa/5031-
Botaurus-pinnatus. Acessado em 07 de Setembro de 2014.
* CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell
University Press, 2005.
* Sick, Helmut. Ornitologia Brasileira. Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1997.
* Sigrist, Tomas. Guia de Campo Avis Brasilis, Avifauna Brasileira. Editora
Avisbrasilis, Vinhedo, São Pailo, 2009.
* http://www.planetofbirds.com
* http://neotropical.birds.cornell.edu/
* http://www.oiseaux.net/
* https://en.wikipedia.org/wiki/Pinnated_bittern
* Contribuição: Omar Ramos Borges.
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