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Superior Tribunal de Justiça

AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.743.643 - RS (2018/0115317-0)

RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN


AGRAVANTE : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
AGRAVANTE : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL
PROCURADORE : LISIANE SAMPAIO TROGLIO - RS017153
S
FLÁVIA GARCIA GOMES - RS029712
ANA CLARA BERWANGER BITTENCOURT - RS049418
LUCIANA GARCIA VEGINI - RS065199
AGRAVADO : ANNA CELESTE SCHEEREN
ADVOGADOS : SÉRGIO MACHADO CEZIMBRA - RS048091
PAULO CÉZAR PIZZOLOTTO - RS047572
ANA AMÉLIA PIUCO - RS048122
MÁRCIO SEQUEIRA DA SILVA - RS048034
ALINE TIERLING - RS077271
LÉON HENRIQUE BERLATTO FÃO FISCHER - RS092518
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA.
PEQUENO VALOR. FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
PRECLUSÃO. NÃO OCORRÊNCIA. PRECEDENTES.
1. Ao declarar a não ocorrência de preclusão, o acórdão proferido pelo Tribunal de
origem deu parcial provimento à Apelação e determinou que os honorários
advocatícios fossem fixados pelo juízo de origem. Assim ficou decidido in verbis:
"Portanto, seguindo o entendimento já reiterado do Superior Tribunal de Justiça, não
há preclusão ao pedido de arbitramento de verba honorária, no curso da execução
por RPV".
2. Com efeito, não há preclusão quanto aos honorários advocatícios que não se
tornaram questão decidida nos autos da ação principal de execução, tendo em vista
que a jurisprudência do STJ, firmada no julgamento do REsp n. 1.252.412/RN,
submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973, declara a não ocorrência da preclusão
quanto à fixação dos honorários advocatícios, ainda que não tenham sido requeridos
no começo da execução e já tenha ocorrido o pagamento do ofício requisitório.
3. Agravo Interno não provido.
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas,


acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça: ""A Turma, por
unanimidade, negou provimento ao agravo interno, nos termos do voto do(a) Sr(a).
Ministro(a)-Relator(a)." Os Srs. Ministros Og Fernandes, Mauro Campbell Marques,
Assusete Magalhães e Francisco Falcão (Presidente) votaram com o Sr. Ministro Relator."

Brasília, 04 de dezembro de 2018(data do julgamento).

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MINISTRO HERMAN BENJAMIN


Relator

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Superior Tribunal de Justiça
AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.743.643 - RS (2018/0115317-0)

RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN


AGRAVANTE : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
AGRAVANTE : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL
PROCURADORE : LISIANE SAMPAIO TROGLIO - RS017153
S
FLÁVIA GARCIA GOMES - RS029712
ANA CLARA BERWANGER BITTENCOURT - RS049418
LUCIANA GARCIA VEGINI - RS065199
AGRAVADO : ANNA CELESTE SCHEEREN
ADVOGADOS : SÉRGIO MACHADO CEZIMBRA - RS048091
PAULO CÉZAR PIZZOLOTTO - RS047572
ANA AMÉLIA PIUCO - RS048122
MÁRCIO SEQUEIRA DA SILVA - RS048034
ALINE TIERLING - RS077271
LÉON HENRIQUE BERLATTO FÃO FISCHER - RS092518

RELATÓRIO

O EXMO. SR. MINISTRO HERMAN BENJAMIN (Relator): Cuida-se


de Agravo Interno interposto contra decisão monocrática (fls. 430-433, e-STJ) que negou
provimento ao Recurso Especial.
Nas razões do Agravo Interno, os recorrentes sustentam a reforma da decisão
ora impugnada por não corresponder à jurisprudência do STJ. Aduzem que o pedido quanto
ao pagamento de honorários advocatícios em execução está precluso porque não
oportunamente apreciado, tendo em vista que o requerido o fez quando da inicial da execução.
Requerem a reconsideração do decisum ou a submissão do feito à Turma.
Impugnação às fls. 448-452, e-STJ.
É o relatório.

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VOTO

O EXMO. SR. MINISTRO HERMAN BENJAMIN (Relator): Os autos


foram recebidos neste Gabinete em 16.11.2018.
A pretensão não merece acolhida.
Ao declarar a não ocorrência de preclusão, o acórdão proferido pelo Tribunal
de origem deu parcial provimento à Apelação e determinou que os honorários advocatícios
fossem fixados pelo juízo de origem. Assim ficou decidido in verbis:

Portanto, seguindo o entendimento já reiterado do Superior


Tribunal de Justiça, não há preclusão ao pedido de arbitramento de verba
honorária, no curso da execução por RPV. (fl. 293, e-STJ)

Com efeito, não há preclusão quanto aos honorários advocatícios que não se
tornaram questão decidida nos autos da ação principal de execução, tendo em vista que a
jurisprudência do STJ, firmada no julgamento do REsp n. 1.252.412/RN, submetido ao rito do
art. 543-C do CPC/1973, declara a não ocorrência da preclusão quanto à fixação dos
honorários advocatícios, ainda que não tenham sido requeridos no começo da execução e já
tenha ocorrido o pagamento do ofício requisitório. A propósito, os seguintes precedentes:
PROCESSUAL CIVIL. EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO
COMPLEMENTAR. PAGAMENTO DE JUROS DE MORA E CORREÇÃO
MONETÁRIA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA
282/STF. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. PEDIDO FORMULADO APÓS
A EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
[...]
4. No tocante à questão da verba honorária, infere-se do acórdão
recorrido que o pedido de condenação da Fazenda Pública ao pagamento da
verba honorária foi realizado após a sentença extintiva da execução e que, por tal
motivo, o acolhimento do pleito seria indevido.
5. Conforme preconiza a jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça, inexiste preclusão no ato do magistrado que arbitra verba honorária no
curso da Ação de Execução, mesmo nos casos em que os honorários
advocatícios não tenham sido pleiteados no início do processo executivo.
6. Ocorre que, in casu, o pedido de arbitramento dos honorários

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advocatícios somente foi formulado após a extinção da execução, situação que
não se amolda ao entendimento consolidado pelo STJ.
7. Recurso Especial parcialmente conhecido e, nessa parte, não
provido.
(REsp 1684729/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 03/10/2017, DJe 16/10/2017)

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL.


PRECATÓRIO. EXECUÇÃO. FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS.
CABIMENTO.
1. "Nos termos da jurisprudência pacífica do STJ, não há
preclusão no pedido de arbitramento de verba honorária, no curso da execução,
mesmo que a referida verba não tenha sido pleiteada no início do processo
executivo, e apesar de já ter ocorrido pagamento da RPV, tendo em vista a
inexistência de dispositivo legal que determine o momento processual para esse
pleito" (v.g.: AgRg no AREsp 268.392/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, DJe 07/03/2013).
2. Agravo regimental não provido.
(AgRg no REsp 1188906/RS, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/11/2014, DJe
26/11/2014)

Por tudo isso, nego provimento ao Agravo Interno.


É como voto.

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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
SEGUNDA TURMA

AgInt no
Número Registro: 2018/0115317-0 REsp 1.743.643 / RS

Números Origem: 00110524391789 00373291020058210001 00722278520178217000


01098156320168217000 02710599820168217000 1098156320168217000
110524391789 2710599820168217000 373291020058210001 70068996214
70070608658 70073081127 722278520178217000

PAUTA: 04/12/2018 JULGADO: 04/12/2018

Relator
Exmo. Sr. Ministro HERMAN BENJAMIN
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro FRANCISCO FALCÃO
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. MARIO LUIZ BONSAGLIA
Secretária
Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI

AUTUAÇÃO
RECORRENTE : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
RECORRENTE : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROCURADORES : LISIANE SAMPAIO TROGLIO - RS017153
FLÁVIA GARCIA GOMES - RS029712
ANA CLARA BERWANGER BITTENCOURT - RS049418
LUCIANA GARCIA VEGINI - RS065199
RECORRIDO : ANNA CELESTE SCHEEREN
ADVOGADOS : SÉRGIO MACHADO CEZIMBRA - RS048091
PAULO CÉZAR PIZZOLOTTO - RS047572
ANA AMÉLIA PIUCO - RS048122
MÁRCIO SEQUEIRA DA SILVA - RS048034
ALINE TIERLING - RS077271
LÉON HENRIQUE BERLATTO FÃO FISCHER - RS092518

ASSUNTO: DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Servidor


Público Civil - Sistema Remuneratório e Benefícios - Descontos Indevidos

AGRAVO INTERNO
AGRAVANTE : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
AGRAVANTE : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROCURADORES : LISIANE SAMPAIO TROGLIO - RS017153
FLÁVIA GARCIA GOMES - RS029712
ANA CLARA BERWANGER BITTENCOURT - RS049418
LUCIANA GARCIA VEGINI - RS065199
AGRAVADO : ANNA CELESTE SCHEEREN
ADVOGADOS : SÉRGIO MACHADO CEZIMBRA - RS048091

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Superior Tribunal de Justiça
PAULO CÉZAR PIZZOLOTTO - RS047572
ANA AMÉLIA PIUCO - RS048122
MÁRCIO SEQUEIRA DA SILVA - RS048034
ALINE TIERLING - RS077271
LÉON HENRIQUE BERLATTO FÃO FISCHER - RS092518

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno, nos termos do voto
do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)."
Os Srs. Ministros Og Fernandes, Mauro Campbell Marques, Assusete Magalhães e
Francisco Falcão (Presidente) votaram com o Sr. Ministro Relator.

Documento: 1779725 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/03/2019 Página 7 de 4

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