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28/04/2019 Dissecando as “Novas Mulheres”

Dissecando as “Novas Mulheres”


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Barãozin March 20, 2012

Meu camarada Roberto, do fórum HR, resolveu dissecar mais


um texto bobalhão, mais especificamente este aqui. Trabalho de
cirurgião!

Muito prazer, se ainda não nos percebeu. Mas nós nos


apresentamos todos os dias bem diante de seus olhos. Temos todas
as idades e fazemos de tudo um pouco, porque não há mais tempo
nem de parar para discutir, ficar de bate boca com quem ainda não
entendeu que a igualdade já é.

Percebam que o texto começa com uma apresentação para


quem ainda não as percebeu e diz que elas se apresentam todos
os dias. Em outras palavras, os homens (destacados, bem
sucedidos, emocionalmente independentes) estão cagando e
andando para a independência feminina. A “nova mulher” tenta todo dia se afirmar para esse
tipo de homem, mas é invisível perante a seleção de quem tem poder de escolha.

Logo depois ela se contradiz. Diz que não tem tempo para discutir, mas esse texto não passa
de uma enorme tentativa de reafirmação, de reassegurar que seu fracasso emocional e como
mulher possui alguma gratificação. O parágrafo demonstra que ela, junto com essas “novas
mulheres”, sentem-se irritadas com o fato de as pessoas não admirá-las e louvá-las tanto
como elas gostariam.

É. Conseguimos. Nós ainda surpreendemos a galera quando aparecemos desbravando algum


campo de batalha e quartel general masculino que porventura resista, mas já caducando, por aí.
Não é por querermos nos gabar, mas convenhamos: em muito pouco tempo, poucas décadas,
depois que obtivemos mais ar para respirar, avançamos, demos passos gigantescos com os nossos
saltos altos ou rasteirinhas, com nossas qualidades e implicâncias e – por que não dizer? – algumas
poucas, pouquíssimas, fraquezas e deficiências. A gente pode tudo e tem mesmo é de ficar bem
prosa.

A primeira conclusão que se chega ao ler este parágrafo é que elas vivem tentando, de
qualquer maneira, subverter os gostos e preferências masculinas. Percebam que o parágrafo
começa com ela dizendo que “conseguimos” e logo depois fala sobre a resistência masculina.
Como sabemos, este texto tem o objetivo de afirmação da “nova mulher” e os dois primeiros
parágrafos pregam pela aceitação dessa “nova mulher” pela sociedade, especialmente por
parte do homem. Em outras palavras, a “nova mulher” está sofrendo, pois não consegue se
afirmar como mulher perante o homem (percebam a menção de saltos altos, rasteirinhas e sua
relação com o “campo de batalha”, ou seja, a batalha da mulher para se afirmar perante o
homem).

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Provavelmente elas “surpreendem a galera” pois insistem em querer que os homens mudem
suas preferências, ao invés de se adequarem às deles. Na prática, isso se traduz a balzacas,
gordas, raquíticas, masculinizadas e outros horrores querendo ser aceitas por homens
destacados, bem sucedidos, emocionalmente independentes.

A autora é uma balzaca, e milita para se afirmar perante os homens. E de acordo com o teor
do texto, não possui sucesso nisso. Vejam que ela fala que os homens da resistência estão
caducando, porém esse texto é basicamente uma tentativa de se afirmar perante eles. Ou
seja, os poucos caducos são justamente os que importam, ao passo que os já “conquistados”
(leia-se: indoutrinados) sequer são considerados homens.

Fomos fortes, atravessamos os preconceitos, e ainda morremos, ou somos assassinadas, e


comemos o pão que o diabo amassa todos os dias com o rabo. Mas conseguimos. Chegamos lá; e
lá; e lá, também. Governamos, mandamos, dirigimos, destruímos, lideramos, lutamos,
descobrimos véus e arrombamos portas antes fortificadas com cercas elétricas.
Nada mais natural, de natureza, naturalidade, que já estejamos até nascendo meio diferentes, mais
firmes, mais confiantes, como vemos todas as menininhas por aí esbanjando a alegria e as
diferenças da alma feminina, nossa essência. Tudo já é mais precoce, mais livre, sem vetos.

Esse parágrafo é uma ilustração do que a mulher SENTE ao militar, e não o que ela FAZ. A
mulher não gosta de ser guerreira, de se esforçar e se sacrificar. Ela gosta de se SENTIR
guerreira, esforçada e sacrificada. É basicamente uma criança brincando de superherói: quer o
mérito e os poderes, mas não o esforço e a dor.

Interessante é que esse parágrafo contém uma sutil inveja das “menininhas” (leia-se: novinhas
gostosas que não se importam com essa militância) que possuem todas as liberdades que as
limitantes, e ainda são valorizadas como mulheres, coisa que as militantes não são. O sonho
das “novas mulheres” é serem tratadas como princesas e terem o poder de rainhas. O texto
fala sobre o quão distante este sonho se encontra da realidade.

Há quem diga que o mundo ficou bem melhor. Pode ser. Mas nós também damos muito “defeito”,
principalmente quando nos espelhamos e buscamos imitar os comportamentos do tal alfa
masculino. Aí nada combina.

Há quem esteja ciente de que a “nova mulher” esteja querendo mais do que realmente
merece, pois o mundo já lhe deu muitos direitos. A autora do texto inconscientemente
concorda, mas diz que continua insatisfeita por não conseguir se igualar ao macho alfa. Ela
percebe que jamais conseguirá ter o poder do homem e o prestígio sexual do mesmo e se
sente infeliz por isso.

Hoje já assustamos com nossa presença maciça no mercado de trabalho, na colaboração com
inteligência, e no uso cotidiano de nossas grandes armas, além da beleza intrínseca, claro! Somos
generosas, intuitivas, até decorativas. Fazemos o mundo mais bonito e às vezes penso até se não é
esse o detalhe que faz com que tantos homens até se operem para chegar “lá” mais jeitosos. Cada
vez mais, também, mulheres amam outras mulheres, livremente, e já estamos nas ruas, andando de
mãos dadas, sem precisar apresentar desculpas. Somos mais do que comadres.

Hoje já assustam os pretendentes por possuir o perfil masculino padrão exigido pelo mercado
do trabalho, pelas suas ideologias contraprodutivas aplicadas no âmbito das relações e pelo
uso da militância e táticas de intimidação no cotidiano. Aqui é perceptível que essas “novas

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mulheres” esperavam que fossem sexualmente valorizadas por trabalharem e por terem
ideologias diferentes das do homem (na cabeça delas, discordar do homem é sinônimo de
independência), mas aí encontraram a realidade: a beleza exterior é o que excita o homem.

A segunda parte do texto fala sobre gays e lésbicas e mostra a amargura dela em relação ao
fato de as lésbicas não serem consideradas esposas e moças de família, e serem tratadas
como mulheres que não conseguiram exercer sua feminilidade.

Somos diferentes mesmo. Adoramos novidades, trocar a cor de nossas roupas e cabelos. As que
podem, capricham. Cortam aqui, ali, aspiram de um lado, injetam de outro. Temos até agora o que
chamo, mas na boa, de Nova Raça – um ramo da espécie feminina, que tem um bundão e um
pernão maiores do que os dos jogadores de futebol, esporte onde, aliás adentramos o gramado com
glórias e martas absolutas. Quase assustadoras diante dos mirrados homens, essa nova raça foi
vista agora mesmo, abundantemente, nas escolas de samba; estão nos reality shows e onde tiver
um funk para dançar “chão, chão, chão”. Tanquinho só no abdômen – o tempo é gasto em levantar
pesos, cuidar dos glúteos, algumas até exageradamente, essas popozudas que povoam sonhos, mas
que bem poucos têm condições de encarar.

Aqui ela admite que se encontra fora do padrão de beleza e tenta se conformar com isso
exaltando as mulheres que não conseguem competir com o padrão. É um tanto irônico que
mulheres bombadas, com o corpo mais musculoso que o de um homem, não só seja
considerada feia, mas também continua mais fraca fisicamente que a maioria dos homens.

Estamos todas nós nas capas e fotos das revistas, inclusive nas econômicas e especializadas em
mais do que ensinar como ser mulherzinha. A lata de água na cabeça ficou para trás. O corpo
malemolente moldado nas vielas e ladeiras também. Mas o rebolado, de alguma forma, aumentou.
Independência traz maiores necessidades.

São exaltadas pela mídia, exceto na pornografia, nos ensaios sensuais e nas revistas
masculinas em geral.

Nós, as novas mulheres. Mulher que tem homem. Mulher que tem mulher. Mulher que tem
amantes. Mulher que quer viver sozinha. Mulher que tem filhos só seus, e até com o sêmen de
desconhecidos – e os homens sempre se acharam necessários para tal. Mulher que, mesmo
sozinha, adota e amamenta filhos de outras mulheres. Mulher que não quer filho, mas ama
gatos, cachorros ou livros. Mulher que tem brinquedinhos vibratórios na gaveta, e alguns de
verdade. Mulheres que amam demais, de menos. Que se jogam do céu em paraquedas, e pilotam
aviões ou motos e bicicletas. Ou ônibus, caminhões. Que venham os motores e as rebimbocas e
parafusetas. Mulheres que pagam por acompanhantes momentâneos, para conversar, dançar ou
amar.

Em relação às partes grifadas, respectivamente, leia-se: mulher que não conseguiu um CSP,
mãe solteira, mulher abandonada criadora de gatinhos e outros animais (ri alto quando vi que
ela colocou LIVROS no final da frase pra disfarçar), MADAs.

O último grifo ou é mentira (prostituição e pornografia masculinas só fazem sucesso entre os


gays), ou é caso de balzaca desesperada que paga as contas de um homem na esperança de
prendê-lo, ou é uma mulher que está sustentando um cafajeste.

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Somos mesmo demais! Nossos banheiros têm mais shampoos e cremes e se você não sabe por
causa de quê, respondo. É simples: porque alternamos. Hoje podemos mudar de ideia. Amamos
sapatos porque eles levam nossos pés longe, como rodinhas, ou as asas de Mercúrio, e nossos
olhos gostam de vê-los se movimentando. Amamos bolsas porque nelas carregamos muitos de
nossos segredos, um pouco de nossa casa, primeiros socorros. Talvez até a foto do amor na
carteira. As chaves que abrem as portas que atravessamos, ou as que trancam e protegem nossos
tesouros.

Linguagem figurada onde ela admite que trai os seus companheiros. Shampoos e cremes,
produtos que tocam o corpo, são as diferentes opções sexuais. Sapatos diferentes para
compromissos diferentes em ambientes diferentes. Um pouco de nossa casa significa algo
relativo ao homem com quem elas têm compromisso e primeiros socorros tem a ver com as
necessidades imediatas, ou seja, um parceiro casual, um amante. Chaves e fechaduras são
referência ao pênis e à buceta.

Gostamos de brilhos. Nossos armários têm mais coisas do que a que podemos usar. Faz parte. A
gente nunca sabe bem qual personagem será o do dia, e é para isso que existe a criatividade de
juntar peças, como fazemos com a vida, quebra-cabeças. O palco é a vida. Somos todas artistas.

São dissimuladas não possuem personalidade própria. Ao invés disso, reagem conforme a
situação pede. Tem dias que se deve agir como boa moça, mulher de família. Tem outros dias
em que se pode agir como vagabunda.

Somos invejadas por essas nossas capacidades, até por outras mulheres que demoraram a perceber
as mudanças que foram tão rápidas, e que muitas até hoje ou não entendem, ou dizem por aí que
não as queriam. Não foi fácil; não é fácil, não será. Mas aconteceram e nasceu a Nova Mulher.
Muito prazer – inclusive uma das coisas que gostamos – em conhecer.

O velho mecanismo psicológico de transferência de sentimentos. Você diz que a outra pessoa
sente o que você sente para tentar se livrar do próprio sentimento. Ou seja, as “novas
mulheres” são quem sentem invejas das mulheres jovens e bonitas que cagam e andam para
o feminismo e mesmo assim conseguem ficar com homens destacados.

Ainda há tentativa de afirmação em relação ao prazer feminino no final do parágrafo. Se ela


precisa afirmar isso, é mais uma comprovação de que a mulher não sente tanto prazer quanto
o homem.

Por isso, sorria, aplauda. Venham comemorar com a gente o Dia da Mulher, mas, por favor, sem
falar besteiras ou piadinhas bobas. É o dia que marca nosso orgulho. Deixa ele aí no calendário.
Marque um círculo em sua volta, como se fosse tabelinha de menstruação, essa coisa tão feminina.
Podia até ser feriado, porque por ele, para conseguir tudo isso, muitas de nós morreram.

Mulheres não conseguem reagir bem ao humor. Sentem-se ridicularizadas. Isso porque a
felicidade delas é ser levada a sério pelos homens e eventualmente irritá-los. O homem, ao
ignorar a mulher ou fazer piada dela, torna-a impotente. Portanto, sempre que alguma mulher
tentar se afirmar com misandria, narcisismo e agins, a solução é ignorá-la ou ridicularizá-la
com humor, ironia e sarcasmo.

fonte: http://forum.homensrealistas.info/viewtopic.php?f=14&t=2373&p=56620#p56188

© 2019 Canal do Búfalo.

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