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Produtividade,
Tecnologia e
Optimização de Layout
FICHA TÉCNICA
Título Guia de Boas Práticas - Produtividade, Tecnologia e Optimização de Layout
Editor AIMMP – Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal
Autores José António Lopes Santos
Concepção gráfica Sílvia Pinto
Edição Monstros & Cia – Soluções de Comunicação
Ano 2010
Direitos autorais AIMMP – Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal
GUIA DE BOAS PRÁTICAS
Produtividade,
Tecnologia e
Optimização de Layout
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS
2
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
PREÂMBULO
3
ÍNDICE
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
PREÂMBULO 3
ÍNDICE 5
Objectivos 7
1 Tecnologia 9
1.1 Introdução 10
1.2 Tecnologia e automatização 13
1.2.1 Generalidades 13
1.2.2 Concepção Assistida por Computador 14
1.2.3 Utilização de Ferramentas CAD/CAE/CAM no Desenvolvimento de Produtos
Vantagens e Desafios 17
1.2.4 A Influência dos Sistemas CAD/CAE e CAM, na competitividade 20
2 Produtividade 25
2.1 Generalidades 26
2.2 Planeamento Estratégico da Produção 27
2.3 Tipologia de produção MRP 33
3 cONCEPÇÃO DE LOCAIS DE TRABALHO 43
3.1 Introdução 44
3.2 Humanização do trabalho (ergonomia) 45
3.2.1 Generalidades 45
3.2.2 Ergonomia e o Layout 45
3.2.3 Gestão ergonómica de um Layout 46
3.2.4 Concepção de locais de trabalho 48
3.2.5 Características do Posto de trabalho 50
3.2.5.1 Altura do plano de trabalho 50
3.2.5.2 Espaço livre 51
3.2.5.3 Alcance 51
4 LAYOUT 55
4.1 Generalidades 56
4.2 Projecto de um Layout 57
4.2.1 Método Lógico para elaboração do Layout Funcional 57
4.2.2 Fluxo de Produção 58
4.2.2.1 Metas da Análise de Fluxo 58
4.2.2.3 Técnicas para a Análise de Fluxo 58
5 Layout Industrial 61
5.1 Tipos de Fluxo Padrão 62
5.2 Tipos de Layout 63
CONCLUSÃO 73
BIBLIOGRAFIA 77
5
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS
6
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
OBJECTIVOS
7
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PRÁTICAS
8
01
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
TECNOLOGIA
9
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS
1.1
Introdução
Actualmente, aplica-se o termo “Novas Tecnologias” para representar os novos
conceitos de condições de produção uma vez que, na realidade, o progresso
técnico e económico tem sido condicionado pelo aparecimento constante de
novas técnicas e, por aplicação destas à indústria, ao aparecimento de novos
produtos, mais adequados às necessidades dos consumidores.
A natureza dos produtos (cujo ciclo de vida se encontra cada vez mais redu-
zido), os novos métodos de produção e gestão dessa mesma produção (com
desenvolvimento da robótica e automação) e as alterações dos lugares geo-
gráficos de produção, são actualmente afectados por uma profunda mutação
industrial. Esta mutação industrial está ligada, inevitavelmente, à evolução
tecnológica e sujeita aos novos paradigmas daí resultantes.
Fig. 1
Sistema de
maquinação
CNC
10
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
Fig. 2
Maquinação
de portas
por CNC
Mesmo nos sectores mais tradicionais da indústria das madeiras (como por
exemplo a carpintaria), referenciados como de fraca incorporação tecnológica,
têm-se registado evoluções significativas nesse domínio.
Fig. 3
Tupia
de nova
geração
11
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS
Fig. 4
Produção de
contraplacado
12
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
1.2
Tecnologia e automatização
1.2.1 Generalidades
A resposta para este novo paradigma passa, inevitavelmente, pela aquisição
de tecnologia de automação, que permita potenciar níveis de desempenho,
nas seguintes dimensões estratégicas:
|| custos;
|| qualidade;
|| prazos de entrega;
|| flexibilidade.
13
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS
Fig. 6
Posto
de CAD/CAM
Custo do Projecto
Fig. 7
Custo da mudança Custos de
Tempo de projecto um projecto
|| Análise de engenharia;
|| Revisão do projecto;
|| Documentação.
Identificação
de uma necessidade
Definição
do Problema
Modelação
Síntese
geométrica (CAD)
Análise Análise
e optimização de Engenharia (CAE)
Fig. 8
Gestão de
Apresentação Documentação Projecto
Informatizada
15
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS
vista do projectista.
|| Assegura que um trabalho pronto possa ser alterado sem que se destrua
as versões anteriores e sem ter que refazer todos os traçados - esta vanta-
gem é assegurada pelo facto de que o projecto fica armazenado na memória
externa do computador (disco duro);
16
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
||
Benefícios na produção
Os desenhos de uma peça gerados no CAD podem ser aproveitados no pro-
jecto, na fabricação das ferramentas ou dispositivos, no planeamento do
processo ou na programação das máquinas CNC;
Fig. 10
Simulação CAM
em 2 eixos
Fig. 11
Maquinação
CAM em 3 eixos
Nos sistemas CAD actuais podem existir dois tipos de associatividade, a ma-
nual e a automática. Com a associatividade manual, o sistema CAD reconhece,
numa determinada aplicação, que a informação foi alterada, mas não faz a
actualização da informação que lhe está relacionada noutras aplicações até
que o operador lhe dê instruções sobre o que deve fazer (commit).
Fig. 12
Maquinação 5
eixos contínuos
Fig. 14
Consola CAM
Uma proposta mais moderna faz o processo de projecto sofrer uma mudança
radical de fluxo com adopção do conceito de Engenharia Simultânea. Nesta
metodologia, as actividades e decisões de projecto são realizadas com os
diversos agentes actuando de forma simultânea, integrada e sincronizada no
desenvolvimento do produto. O modelo 3D proposto exibe três actividades
que representam a maior parte do processo de projecto com adopção de
Engenharia Simultânea: a concepção, o refinamento e a implementação.
Fig. 16
Design
e fabricação
com o mesmo
software
Fig. 17
Projecto
CAD/CAE
21
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS
22
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
23
GUIA
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PRÁTICAS
02 24
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
produtividade
TECNOLOGIA
25
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS
2.1
Generalidades
A Gestão da Produção pode ser entendida como a forma de gestão dos recur-
sos directos necessários para produzir os bens/serviços fornecidos por uma
unidade económica, tendo em conta os objectivos estratégicos da empresa
e os interesses dos seus accionistas.
Entradas Saída
Perturbações
INPUT OUTPUT
Materiais Produtos
Energia
Um Sistema de
Informações
PRODUÇÃO
é: um arranjo Serviço
Clientes
Procura
º Elementos físicos: complexo de ao consumidor Externos
Máquinas-ferramenta para
processamento Situação elementos
Ferramentas Política / Económica físicos º Desperdício
Fig. 18 Equipamentos para o
Sistema manuseamento de materiais
de produção Pessoas (clientes internos)
26
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
2.2
PLANEAMENTO ESTRATÉGICO
da produção
A função fulcral do gestor de operações será o desenho do sistema produtivo
que concerne à definição da capacidade a instalar, do layout das operações, do
planeamento da produção e da tecnologia e equipamentos específicos a utilizar.
Vendas
Zona de lucro
Custos Totais
Custos Variáveis
Zona de prejuízo
Custos Fixos
Fig. 20
Ponto morto
27
Break-Even Point Q de vendas
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS
Fórmula de Cálculo
CF Para calcular o Ponto Crítico de Vendas em termos de valor, pode ser utilizada
PE =
Ponto
de equilíbrio V - CV a fórmula seguinte (na qual é notória a dependência relativamente aos custos
de vendas
(em valor) V fixos e à margem aplicada sobre os custos variáveis):
Assim, a empresa terá que se basear numa análise económica para tomar a
decisão sobre qual a solução técnica que vai utilizar, pois existe um grande Fig. 21
Ponto
número de soluções à sua disposição. A empresa terá que ter em conta o po- de equilíbrio
Fig. 22
Exemplos
de Software
CAD/CAE
29
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS
Mercado
Estratégia da Empresa
Estratégia da Produção
Planeamento e Controlo
Fig. 23
Área
operacional
DISPONIBILIDADE TOTAL
PARAGENS
DISPONIBILIDADE PROGRAMADA MANUTENÇÃO
PARAGENS
TEMPO TRABALHADO INDEVIDAS
PARAGENS
TEMPO PRODUTIVO INDEVIDAS
GESTÃO Fig. 24
PERDAS Gestão
TEMPO EFECTIVO POR SETUP do tempo
de trabalho
||
O Zero defeito;
|| A produção em pequenos lotes, entre outros.
PASSADO HOJE
|| Quota de mercado || Quota de clientes
|| Diferenciar produtos || Diferenciar clientes
2.3
Tipologia de produção MRP
Todas as indústrias transformadoras, como a indústria da madeira e do mo-
biliário, com uma vasta gama de produtos de venda, devem dar uma grande
importância à elaboração das famílias de artigos e às respectivas árvores de
artigos. A sua elaboração é responsável por agilizar a produção ao máximo
e tornar os seus processos mais normalizados, reduzindo assim custos de
produção e aumentando as margens. Desta forma, a gama de artigos disponibi-
lizados por uma empresa deve ser analisada cuidadosamente e não deve estar
isolada de todos os outros processos existentes nas organizações industriais.
Para se estruturar um conjunto de artigos, estes devem ser divididos por
grupos de famílias/ sub-famílias genéricas, que por sua vez incorporam mó-
dulos, tais como, funções e características que distinguem os subconjuntos de
artigos. No último nível, a estruturação destes módulos e sub-módulos levará
à definição dos atributos mais comuns de qualquer tipo de artigo de venda,
como é o caso de, por exemplo, da cor, acabamento, dimensão, etc.
Características Funcionais
Atributos comuns
Fig. 26
Planeamento
Módulos comuns
da estrutura
de artigos
Fig. 27
Screen de um
programa de
gestão (BOM)
34
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
PRODUTO A NÍVEL 0
{
1 2 3 NÍVEL 1
COMPONENTES
4 5 6 7 8 9 10 11 NÍVEL 2
12 13 14 15 16 17 NÍVEL 3
Fig. 28
Lista
18 19 20 NÍVEL 4 de materiais
(árvore
de artigo)
35
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS
A A NÍVEL 0
B C D B D NÍVEL 1
Fig. 29
Correcção C C C NÍVEL 2
do nível das
necessidades
|| Equipamento necessário;
|| Tempos necessários;
|| Quantidades necessárias.
PROCURA
Independente Dependente
A grande força do MRP reside não tanto na sua lógica (que não constitui grande
inovação) mas na automatização dessa lógica (associada à informatização).
Desvios da procura relativamente às estimativas implicam uma revisão dos
planos de produção.
|| Existências actuais;
existente.
ÁRVORE DO PRODUTO A
Qtd = 1
A
Tempo de Montagem = 1 semana
Qtd = 2 Qtd = 1
B C
|| Processo hierárquico;
|| Simulações.
Recursos
Humanos
Finanças Procura
Gestão de Ordens de
MRP
pedidos produção
Relatórios Operações
Fig. 31
Gestão Inventário
integrada
40
da empresa
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
41
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS
03 42
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
cONCEPÇÃO
DE LOCAIS
DE TRABALHO
43
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS
3.1
Introdução
O alcance da robustez de um sistema produtivo passa pelo projecto adequado
do layout do chão-de-fábrica. A forma como se decide arranjar fisicamente
os meios operativos é muito importante, pois pode reflectir directamente no
desempenho da produção e na satisfação do cliente. Além disso, o projecto do
layout tem impacto directamente em três factores de desperdício. São eles:
|| Desperdício de Movimentação;
|| um layout optimizado;
Estas quatro variáveis não são independentes umas da outras, estando ligadas
por um sistema de gestão integrado. Portanto, o projecto do layout é uma
importante etapa na busca pela excelência nos processos. Mas, para projectar
o layout é necessário, inicialmente, identificar:
|| as famílias de peças/máquinas/produtos;
|| velocidade de processo;
|| informação e formação.
44
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
3.2
Humanização do trabalho
(ergonomia)
3.2.1 Generalidades
Os factores produtivos e humanos devem ser considerados e analisados quan-
titativamente e qualitativamente, de forma a que as medidas ergonómicas
conduzam harmoniosamente à adaptação, voltando-se principalmente para a
realização do objectivo de preservar a saúde, a adaptação social do trabalho e
a racionalização técnico e económica, por acções que visem preservar a saúde,
através da implementação de um conjunto de medidas a seguir para evitar
ou reduzir as condições de trabalho que resultem em doenças profissionais.
Além disso, deverá ser tida em conta a adequação social, pela garantia de
respeito às normas da sociedade e estabelecimento do relacionamento entre
as pessoas. A produtividade do sistema de trabalho, através da optimização
das condições de trabalho, permitem ao operador um rendimento superior, o
que leva a uma maior confiança na garantia de atingir os objectivos propostos
pela organização.
Trabalhador
Saúde
Tarefas a serem Actividades
Emprego
desenvolvidas de trabalho
Fig. 32 Produção
Representação
esquemática
da relação
Tarefa x Empresa
actividade
e saúde x
46
produção
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
trabalho;
|| Na concepção e especificação para aquisição de máquinas e equipamentos;
ergonómicas;
|| Preparação de meios para a construção civil e recepção das instalações;
48
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
Fig. 33
Linha de
Embalagem
de caixas
ESTATURA
OLHOS G 1840
M 1730
G 1720 P 1620
M 1610
P 1520 OMBROS Olhos
G 1530 G 830
M 1420 M 770
P 1320 P 740
Ombros Fig. 34
Posto
G 620
cotovelo M 570
de trabalho 1
G 1130 P 520
M 1050 BRAÇO
P 980 G 510 cotovelo
M 470 G 270
P 440 M 235
PUNHO P 190
G 820 COLO cota 0
M 760 G 160
P 700 M 140
P 120
Pé
Largura = 120
(calçado)
Dados da população
Fig. 35
francesa, 90% da população Dados antro-
se inclui no gráfico ao lado pométricos
população
francesa
5% 50% 95% Dados antropométricos de (Masculina)
PEQUENO MÉDIO GRANDE base (população masculina)
49
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS
ESTATURA ESTATURA
G 1730 G 890
OLHOS M 840
M 1620
G 1620 P 1540 P 800
M 1510
P 1430 OMBROS Olhos
G 1420 G 790
M 1320 M 730
P 1260 P 690
Ombros
G 660
cotovelo M 560
G 1060 P 520
M 990 BRAÇO
P 920 G 470 cotovelo
M 440 G 270
P 430 M 235
PUNHO P 190
G 770 COLO
M 710 G 150
P 660 M 120
P 90
Pé
Largura = 120
(calçado)
Dados da população
Fig. 36Dados
antropomérti- francesa, 90% da população
cos população se inclui no gráfico ao lado
francesa
(Feminina)
5% 50% 95% Dados antropomérticos de
PEQUENO MÉDIO GRANDE base (população feminina)
dos cotovelos;
|| trabalho pesado: quando é exigido esforço físico considerável o plano de
as posturas;
|| a postura sentado reduz a pressão intravascular, principalmente nas mu-
lheres;
|| os mecanismos de controlo com os pés pode ser melhorado recorrendo a
|| tipo de tarefas.
Recomendações:
|| não subir ou descer nem deslocar-se entre níveis diferentes no ciclo normal
de trabalho;
|| espaço livre posterior ao operador superior ao espaço livre frontal;
3.2.5.3 Alcance
O alcance permite a manipulação dos objectos inerentes à actividade, no
entanto, pela frequência de utilização, devem estar mais perto ou afastados:
|| Uma peça ou ferramenta que seja utilizada com frequência elevada deve
||
A área óptima deve ser uma área próxima de um quadrado de aproximada-
mente 250 mm de lado.
Fig. 38
Exemplo de
posto de
trabalho mal 1
dimensionado 6 5
53
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS
04 54
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
LAYOUT
55
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS
4.1
Generalidades
Determinar a sequência de operações de fabrico, quais e quantos recursos
estão disponíveis para cada tipo de operação, como fluem os materiais e
as pessoas, qual o local dos armazéns, como estes são abastecidos e quais
são os requisitos de espaço, são algumas das questões a responder no pla-
neamento de instalações industriais. Este problema pode ser considerado
como um caso particular do problema mais geral, conhecido por problema de
projecto de layout de instalações. De facto, o planeamento e arranjo físico
de recursos (materiais e/ou humanos) em instalações industriais, serviços,
escritórios, instalações comerciais, são problemas típicos de projecto de
layout de instalações.
Projecto de
| Proposta de reorganização
Reorganização do | Estratégias de implantação
Processo Produtivo | Propostas de Lean Manufacturing
Rastreamento do
| Inventário e fluxo de matéria-prima
Fig. 40 Processo Produtivo | Mapeamento do layout
Organização
do Layout Existente
56
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
4.2
Projecto de um Layout
Denominamos de Layout Funcional a organização das instalações físicas de
uma empresa para promover o uso eficiente de equipamento, material, pessoas
e energia.
material;
|| Calcular a área afecta a cada operação;
|| Implementar o projecto;
|| Iniciar a produção;
|| Operações;
|| Transportes;
|| Armazenamentos;
|| Inspecções;
|| Demoras;
|| Relação de Operações.
||
Eu posso posicionar os postos de trabalho mais juntos?
|| Eu posso justificar apoios de produção para aumentar a eficiência?
|| Quanto custa produzir esta parte?
05 60
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
LAYOUT
INDUSTRIAL
61
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS
5.1
Tipos de Fluxo Padrão
Na elaboração do layout industrial, é colocada frequentemente ênfase no fluxo
de materiais entre departamentos ou postos de trabalho. O fluxo de materiais
requer manipulação, o que gera custos e não agrega valor ao produto. Ideal-
mente, é preferível reduzir o problema a vários grupos de máquinas e dentro
de cada grupo, todas as partes seguem a mesma sucessão de máquinas.
Fluxos em “O” são comumente usados em células de máquina que são abas-
62 tecidas por um único robô de manipulação de material. Planos serpentinos
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
são usados para processos de montagem longos que têm que se ajustar em
áreas quadradas.
U-FLOW O-FLOW
Fig. 41
Tipos de fluxo
de materiais
SERPENTINE FLOW típicos do
layout
industrial
5.2
Tipos de Layout
Os layouts podem concebidos de acordo com os seguintes tipos:
|| Layout de Produto Estático;
64
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
Layout
estruturado
em linha
de fabrico
Layout sem
qualquer
estruturado
em linha
de fabrico
65
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS
EXEMPLO DE LAYOUT
FLUXO DE MATÉRIAS
66
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
LOCALIZAÇÃO DE STOCKS
67
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS
frequência;
|| Minimizar o capital e custo de operação do equipamento e da planta;
de materiais;
|| Facilitar a estrutura organizacional e a gestão da tomada de decisões;
balho;
|| Atender a problemas de impacte ambiental e suas consequências.
Para projectar uma instalação industrial é necessário ter bem presente os tipos
de produtos a fabricar uma vez que estes vão afectar fortemente a natureza
da unidade industrial. A informação dos produtos é tipicamente obtida nos
departamentos de projecto. É também importante compreender como os
produtos são usados pelos clientes para obter uma melhor apreciação dos
requisitos de qualidade e especificações operacionais.
68
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
Roteiros, que indicam a ordem pela qual as operações serão realizadas, bem
como a sequência de máquinas ou estações de trabalho a serem utilizadas por
forma a se obter uma parte ou a totalidade de um produto;
70
PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
71
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS
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PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
CONCLUsÃO
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GUIA
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PRÁTICAS
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TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
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TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
BIBLIOGRAFIA
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DE BOAS
PRÁTICAS
Bibliografia
DRUCKER, P. E. The discipline of innovation. Innovation. Cambridge, MA:
Harvard Business School, 1991.
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PRODUTIVIDADE,
TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
DE LAYOUT
Infografia
www.dei.isep.ipp.pt
www.snc.edu
www.ie.umn.edu
www.systemflow.com
www.cimtechnologies.com
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PRÁTICAS
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TECNOLOGIA
E OPTIMIZAÇÃO
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